História Da Arte
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HISTÓRIA DA ARTE - MARTA
PUC MINAS – 3º PP
RODRIGO GOULART PRIMO HADDAD
Que conexões podemos estabelecer entre o surgimento da fotografia no século XIX e o desenvolvimento da arte impressionista?
Nos primeiros tempos, essa invenção tinha sido principalmente usada
para retratos. O desenvolvimento da máquina fotográfica portátil e do
instantâneo ocorreu durante os mesmos anos que também
presenciaram a ascensão da pintura impressionista. A máquina
fotográfica ajudou a descobrir o encanto da cena fortuita e do ângulo
inesperado. Além disso, o desenvolvimento da fotografia iria impulsionar
ainda mais os artistas em seu caminho de exploração e experimento.
Não havia necessidade de a pintura executar uma tarefa que um
dispositivo mecânico podia realizar melhor e mais barato. Não devemos
esquecer que, no passado, a arte da pintura serviu a numerosos fins
utilitários. Era usada para registrar a imagem de uma pessoa notável ou
de uma residência de campo. O pintor era um homem que podia derrotar
a natureza transitória das coisas e preservar o aspecto de qualquer
objeto para a posteridade. Ignoraríamos o aspecto do dodó, se um pintor
holandês do século XVII não tivesse usado sua habilidade para retratar
um espécime pouco antes dessas aves terem sido extintas. A fotografia
no século XIX estava prestes a assumir essa função da arte pictórica.
Foi um golpe na posição dos artistas, tão sério quanto a abolição das
imagens religiosas pelo Protestantismo. Antes dessa invenção, quase
toda pessoa que se prezava posava para seu retrato, pelo menos uma
vez na vida. Agora, as pessoas raramente se sujeitavam a isso, a menos
que quisessem obsequiar e ajudar um pintor amigo. Assim sendo, os
artistas viram-se cada vez mais compelidos a explorar regiões onde a
fotografia não podia acompanhá-los. De fato. a arte moderna dificilmente
se converteria no que é sem o impacto dessa invenção.
Qual é a importância de Cézanne em relação ao cubismo?
O cubismo é um movimento estético das artes plásticas, sobre tudo na
pintura que ocorreu entre 1907 e 1914, (século XX) em Paris e que
rompeu com a perspectiva adotada pela arte ocidental desde o
Renascimento. Seu precursor foi Cézanne, que se tornou o pai da "arte
moderna", ao sacrificar a correção convencional da perspectiva linear e
aérea em busca de um arranjo ordenado na tela, que os mestres
clássicos haviam conhecido. Cézanne usava formas geométricas
quando pintava e afirmava ver na natureza "o quadrado, a esfera e o
cone". Seus desenhos rompiam com a apresentação tradicional de um
objeto calcada na perspectiva. Mostravam a figura em mais de uma
face, distorcendo-as sutilmente. Pode-se dizer que, com a formulação e
concretização da idéia de que seria possível chegar à forma inerente
dos objetos, ousando trazer para a arte de representar a Natureza uma
geometrização nunca antes tentada, Paul Cézanne é apontado com
justa razão como a grande influência que teria tornado possível uma
aceleração das pesquisas pictóricas rumo à abstração no início do
século XX.
Por que Gombrich diz que artistas cubistas e abstratos estavam mais preocupados com problemas ligados à forma que ao tema de seus trabalhos?
A melhor descrição desse procedimento foi oferecida pelo pintor e
músico suíço Paul Klee (1879- 1940), que era amigo de Kandinsky, mas
também ficara profundamente impressionado pelos experimentos dos
cubistas, com quem travara conhecimento em Paris, em 1912, Para ele,
esses experimentos mostraram menos o caminho para novos métodos
de representação da realidade do que as novas possibilidades que se
abriam ao jogo com formas. Numa conferência na Bauhaus (p. 444),
Klee conta-nos como começou a relacionar linhas, sombras e cores
umas com outras, enfatizando aqui, removendo um peso ali, para obter
a sensação de equilíbrio ou "correção" que todo artista se esforça por
conseguir. Descreveu como as formas que emergiam sob suas mãos
sugeriram gradualmente algum tema real ou fantástico a sua imaginação
e como seguiu esses indícios e essas sugestões, sempre que pressentiu
poder ajudar e não dificultar suas harmonias completando a imagem que
tinha "encontrado". Era sua convicção que esse modo de criar imagens
era mais "fiel à natureza" do que qualquer cópia servil jamais poderia
ser. A própria natureza, argumentou Klee, cria através do artista; é o
mesmo poder misterioso que gerou as fantásticas formas dos animais
pré-históricos e o reino feérico e sobrenatural da fauna dos mares
profundos que está ainda ativo no espírito do artista e faz suas criaturas
crescerem. Tal como Picasso, Klee comprazia-se na variedade de
imagens que podiam ser produzidas desse modo. De fato, é difícil
apreciar a riqueza de suas fantasias através de apenas um de seus
quadros.