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PRÉ-VESTIBULAR LIVRO DO PROFESSOR HISTÓRIA Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br

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PRÉ-VESTIBULARLIVRO DO PROFESSOR

HISTÓRIA

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© 2006-2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

Produção Projeto e Desenvolvimento Pedagógico

Disciplinas Autores

Língua Portuguesa Francis Madeira da S. Sales Márcio F. Santiago Calixto Rita de Fátima BezerraLiteratura Fábio D’Ávila Danton Pedro dos SantosMatemática Feres Fares Haroldo Costa Silva Filho Jayme Andrade Neto Renato Caldas Madeira Rodrigo Piracicaba CostaFísica Cleber Ribeiro Marco Antonio Noronha Vitor M. SaquetteQuímica Edson Costa P. da Cruz Fernanda BarbosaBiologia Fernando Pimentel Hélio Apostolo Rogério FernandesHistória Jefferson dos Santos da Silva Marcelo Piccinini Rafael F. de Menezes Rogério de Sousa Gonçalves Vanessa SilvaGeografia DuarteA.R.Vieira Enilson F. Venâncio Felipe Silveira de Souza Fernando Mousquer

I229 IESDE Brasil S.A. / Pré-vestibular / IESDE Brasil S.A. — Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor]

696 p.

ISBN: 978-85-387-0574-1

1. Pré-vestibular. 2. Educação. 3. Estudo e Ensino. I. Título.

CDD 370.71

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Da União Ibérica ao governo de Marquês de

Pombal

Após estudarmos a Economia Açucareira do Brasil Colonial costuma surgir a seguinte dúvida: Por que a região Nordeste, área mais rica nos primeiros séculos, é tão pobre nos dias de hoje?

Tal questionamento é fundamental para o desen-volvimento de uma consciência da cidadania. Por meio do estudo das origens de nossos problemas, podemos buscar alternativas para uma sociedade melhor.

Esse é o nosso caminho. Com a União Ibérica, Portugal e Brasil ficaram sob o domínio espanhol. E a Espanha, devido às rivalidades internacionais, proibiu a presença holandesa na economia açuca-reira do Brasil.

Os holandeses decidiram invadir o Brasil e pro-vocaram, após a sua expulsão, a decadência de nosso principal produto de exportação: o açúcar. Os detalhes iremos aprender a partir de agora.

Portugal e Espanha montaram vastos impérios coloniais através do processo de Expansão Marítima, ampliando a integração da Europa a outras regiões do globo. A grandiosidade dos impérios ibéricos estimulou rivalidades entre eles e entre estes e as potências emergentes como Inglaterra, França e Holanda, gerando guerras e invasões.

Em 1556, ascendeu ao trono espanhol Filipe II de Habsburgo, dinastia que também controlava o Sacro-Império Romano Germânico. Esse rei intensi-ficou a exploração de metais preciosos na América

Hispânica, além de ser o responsável pela construção de uma grandiosa frota naval intitulada Invencível Armada, com o objetivo de defender o vasto império espanhol.

Dom

ínio

púb

lico.

A invencível armada.

Paralelamente, o Império Português, embora estendendo-se do Brasil à Ásia demonstrava toda sua fragilidade a partir da ausência de infraestru-tura (navios, portos feitorias, núcleos coloniais) suficientes para a sua manutenção. Essa fragilidade portuguesa aguçou a cobiça de outras nações, espe-cialmente da vizinha Espanha que se aproveitou da morte prematura do rei D. Sebastião de Portugal para invadir o reino, transferindo para Portugal as rivalida-des internacionais espanholas. Essas tensões eram provocadas pela política externa agressiva de Filipe II, em prol da manutenção do que os historiadores denominam preponderância espanhola no século

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XVI. Uma das principais riva-lidades era entre a Espanha e a Holanda, uma vez que esta úl-tima, uma província controlada pelos Habsburgos espanhóis, lutava por sua independência desde 1581, diante da intransi-gência de Filipe II na aceitação do protestantismo, predomi-nante na Holanda. Rivalidade que afetou diretamente as até então amistosas relações entre holandeses e portugueses.

Portugal e Holanda mantinham próximas rela-ções desde a expansão marítima (XV-XVI), onde casas bancárias holandesas participaram do finan-ciamento das expedições lusas. Os holandeses ain-da tinham grande atuação na economia açucareira portuguesa, tanto no financiamento dos engenhos e transporte do açúcar para Portugal, quanto no refino e distribuição do açúcar pela Europa.

A União Ibérica (1580-1640)

Convencionou-se chamar de União Ibérica o período compreendido entre os anos de 1580 e 1640, onde o rei da Espanha passou a ser também o rei de Portugal. Este domínio ocorre logo após a morte do rei D. Sebastião de Portugal em 1578, na região de Alcácer-Qbir (norte da África) em batalha contra os mouros.

Dom

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púb

lico.

Desenho da batalha de Alcácer-Qbir, na África, onde morreu D. Sebastião.

Como não deixou herdeiros, assumiu o trono português seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique, que veio a falecer dois anos depois, dando fim à dinas-tia de Avis, inaugurada pelo mestre D. João I em 1385. Aproveitando-se dessa ausência, o rei Filipe II (descendente pelo lado materno de D. Manuel, rei de Portugal entre 1495 e 1521) ordenou a invasão de Portugal, declarando: “Portugal, lo herdé, lo compré y lo conquisté” (Portugal, o herdei, o comprei e o conquistei).

As consequências da União Ibérica para Portugal

Apesar de Filipe II ter prometido através do Juramento de Tomar (1581) manter a autonomia administrativa e comercial portuguesa, realizou modificações significativas como a divisão do Brasil em dois Estados, no ano de 1621, criando o Estado do Maranhão (capital em São Luiz) e o Estado do Brasil (capital em Salvador), para melhor combater as crescentes incursões estrangeiras. Outra modificação foi a ampliação dos limites territoriais da ocupação portuguesa na América, uma vez que com a União das Coroas Ibéricas, portugueses e espanhóis pude-ram transitar com mais desenvoltura entre os dois lados do meridiano de Tordesilhas.

Entretanto, a mais significativa das consequên-cias desta união, foram as invasões estrangeiras ao Brasil, destacando-se as invasões holandesas.

Portugal só recuperou sua autonomia no ano de 1640 com apoio da Inglaterra, após a Guerra de Res-tauração. Sobe ao trono português D. João IV, dando início à dinastia de Bragança em Portugal. Apesar da autonomia em relação à Espanha, Portugal passou então a gravitar na esfera de influência inglesa, pro-cesso que se agravou no decorrer dos anos.

As invasões holandesas ao Brasil

CausaFilipe II decretou o bloqueio dos portos de seus

domínios aos mercadores holandeses. Com a União Ibérica, esta restrição ampliou-se para o Brasil, moti-vando a invasão holandesa com o objetivo de garantir a participação na economia açucareira do Brasil. Para realizar a invasão, foi criada a WIC (Companhia das Índias Ocidentais Holandesas) em 1621, formada por mercadores flamengos que receberam o monopólio sobre a exploração comercial na América e África.

Felipe II.

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A invasão fracassada à Bahia (1624-1625)

Em 1624, os holandeses iniciaram suas incur-sões ao Nordeste Brasileiro pela Bahia (sede do Go-verno Geral do Brasil e principal produtor de açúcar até então). Apesar do sucesso inicial, os holandeses comandados por Jacob Wilikens e Van Dorth foram expulsos da Bahia por uma tropa colonial liderada pelo bispo D. Marcos Teixeira, que utilizou um discur-so anticalvinista para mobilizar a população colonial contra os invasores. Uma esquadra luso-espanhola chamada Jornada dos Vassalos também foi envia-da para auxiliar na expulsão dos invasores que em 1625 já tinham sido expulsos. Porém, não desistiram da empreitada no Nordeste e passaram a preparar uma nova invasão, financiada por saques a navios espanhóis carregados de metais preciosos.

A invasão a Pernambuco (1630-1654)

Em 1630, os holandeses com cerca de setenta navios, invadiram Pernambuco, vencendo a defesa comandada por Matias de Albuquerque. Embora tenha resistido aos ataques flamengos por cerca de 5 anos, Matias de Albuquerque viu suas tropas serem derrotadas principalmente após a traição de Domin-gos Calabar, militar que atuou nas tropas de defesa, mas que passou a colaborar com os holandeses, indicando os principais centros de defesa colonial. Em 1635, completou-se a conquista holandesa, após a queda do Arraial do Bom Jesus.

S

O L

N

300 km0

Invasão Holandesa

(1624 - 1625)

Invasão

Holandesa

(1630 - 165

4)DOMÍNIO

HOLANDÊS

DOMÍNIOPORTUGUÊS

Belém

São LuisFortaleza

NatalParaíba

OlindaRecife

Salvador

Domínio holandês.

Tem

átic

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A administração de Maurício de Nassau (1637-1644)

Em 1637, foi enviado para ser o administrador do Nordeste holandês, o nobre e funcionário da WIC João Maurício de Nassau-Siegen. O período de ad-ministração de Nassau foi um dos mais prósperos do Nordeste, e responsável pela consolidação da ocupação holandesa, buscando a conciliação com os luso-brasileiros.

Entre as realizações de Nassau destacamos:

Respeito à propriedade dos senhores de •engenho: diante das ameaças de saques e confiscos que poderiam ser feitos pelos holandeses.

Fornecimento de empréstimos: • para esti-mular a produção açucareira no Nordeste, elevando a produtividade agrícola a partir do cultivo de novas áreas e introdução de novas técnicas.

Tolerância religiosa: • respeito ao catolicismo, eliminando o temor que pairava entre os luso- -brasileiros de que os holandeses instituis-sem o calvinismo como religião oficial.

Criação da Câmara dos Escabinos: • criada para administrar as possessões holandesas no Brasil. Embora comandada por holande-ses, contava com a participação dos senhores de engenho, garantindo-lhes relativa influên-cia política.

Urbanização do Recife: • a partir da constru-ção de pontes, palácios, jardins e pavimen-tação das ruas.

Vinda de intelectuais e artistas europeus: • como Franz Post, Willem Piso, Marcgrave e Albert Eckhout.

Os holandeses não limitaram sua conquista ao Nordeste Brasileiro, invadindo também o prin-cipal centro distribuidor de escravos na África (A fortaleza de São Jorge da Mina – atualmente em Gana). Se por um lado garantiam o fornecimento de escravos às áreas ocupadas pelos holandeses, por outro restringiam o fornecimento em outras áreas como São Vicente, que passou a se dedicar ao apresamento de índios. A fortaleza só foi reto-

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mada em 1649 por Salvador de Sá e Benevides, restabelecendo o fornecimento de escravos e provocando o declínio do apresamento de índios. Salvador de Sá e Benevides há muito tempo dedicava-se à compra de escravos na África que eram vendidos na região andina e platina, em um negócio bastante lucrativo.

Maurício de Nassau: Johann Mauritius van Nassau-Siegen, general holandês que governou as possessões holandesas no Brasil, nasceu em Dillenburg (Alemanha) em 17 de junho de 1604. Estudou nas universidades de Genebra e Basileia, cidades de forte influência calvinista. Participou em 1618 da Guerra dos Trinta Anos e aceitou a nomeação da Companhia das Índias Ocidentais para governar as recém conquistadas possessões holandesas no Brasil, chegando à Recife em janeiro de 1637. Sua administração conseguiu diminuir a revolta dos luso-brasileiros, introduzindo novas técnicas na produção dos engenhos, diminuindo os impostos, além de permitir liberdade religiosa. Remodelou a cidade, construiu palácios, pontes e o observatório astronômico na ilha de Antônio Vaz, criou também a cidade de Maurícia (hoje bairro de Recife). Após sua demissão pela WIC, retornou à Europa e tornou-se governador de Kleve na Renâ-nia. Em 1661 ainda viajou à Inglaterra em missão diplomática. No ano de 1668 tornou-se marechal- -de-campo durante a guerra entre a Holanda e a França de Luís XIV distinguindo-se nas batalhas. Em 1674 retornou aos seus domínios em Kleve, onde abandonou a carreira política e faleceu em 20 de dezembro de 1679.

Demitido da administração do Brasil holandês em 1644 por conta de seu estilo considerado “one-roso” pela WIC, recomendou muita prudência por parte da junta que o substituiu, como descrito no documento citado:

(...) Convém que procurem angariar e manter, por meio de favores e de dinheiro, alguns portugue-ses particularmente dispostos e dedicados para com V. Sas., dos quais possam vir a saber em segredo os preparativos do inimigo (...). Não convém por agora

que a patrícia de nossa religião seja abertamente introduzida entre os portugueses com a abolição dos seus ritos e cerimônias, pois nada há que mais os exarcebe.(...)

(J. Maurício, Conde de Nassau

Recife de Pernambuco, 6 de maio de 1644)

Dom

ínio

púb

lico.

Retrato de Maurício de Nassau, 1644. Jean de Baen.

Os conselhos de Nassau não foram seguidos, ge-rando revolta entre os luso-brasileiros, que culminou com a Insurreição Pernambucana de 1645.

A Insurreição Pernambucana (1645-1654)

Esse movimento consistiu na luta para expulsar os holandeses do Nordeste.

As causas fundamentais da Insurreição Per-nambucana foram:

mudança de política da WIC • , elevando impostos, aumentando o preço do frete e co-brando os empréstimos feitos, uma vez que a WIC não obteve retorno compatível com os investimentos realizados;

a demissão de Maurício de Nassau • em 1644, procurando contornar seu estilo administrati-vo bastante oneroso. Nassau foi substituído por um Conselho Supremo de três membros que anulou a tolerância religiosa e confis-cou propriedades de senhores de engenho, gerando profundo descontentamento e mo-bilização dos luso-brasileiros contra a ocu-pação holandesa, dando início à Insurreição Pernambucana.

O movimento foi liderado por André Vidal de Negreiros, João Fernandes Vieira, Henrique Dias (negro) e pelo índio Poti Filipe Camarão. Os principais palcos de batalhas foram: região do Monte das Tabo-cas (1645), Guararapes (1648 e 1649) e Campina da

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Taborda, em 1654, ano em que foram definitivamente expulsos do Brasil. Os luso-brasileiros ainda contaram com o apoio inglês, o que contribuiu para ampliar a dependência de Portugal em relação à Inglaterra.

Alguns fatores internacionais facilitaram a ex-pulsão dos holandeses do Brasil. Com o fim da União Ibérica em 1640, Portugal assinou a Trégua dos Dez Anos (1641-1651) com a Holanda. Sem recursos ma-teriais para lutar contra a ocupação, Portugal optou pela assinatura de um acordo onde os holandeses se comprometiam a não expandir sua dominação no Brasil. A paz entre as nações motivou os holan-deses a retirarem parte de suas tropas da região, facilitando o processo de expulsão. Outro aspecto importante foi a guerra entre Inglaterra e Holanda, pela disputa da hegemonia marítima no século XVII, motivada pela ascensão de Oliver Cromwell na Inglaterra (1649-1658) após a Revolução Puritana. Cromwell editou os Atos de Navegação de 1651, restringindo a participação dos holandeses no co-mércio com as possessões inglesas. A Inglaterra saiu vitoriosa no conflito, abrindo caminho não só para a hegemonia marítima inglesa, mas também para a derrota dos holandeses no Brasil com a des-truição de parte de sua frota naval.

Consequências da expulsão dos holandeses

A expulsão dos holandeses provocou duas im-portantes consequências:

crise econômica em Portugal; •

aumento da exploração sobre o Brasil. •

Crise econômica portuguesaApós a União Ibérica, Portugal mergulhou numa

profunda crise econômica:

Em 1661, Portugal e Holanda assinaram o •Tratado de Paz de Haia, onde ao reconhecer a perda do Brasil, os holandeses receberiam de Portugal uma indenização no valor de quatro milhões de cruzados.

Concorrência holandesa na produção açu- •careira, uma vez que os holandeses assi-milaram as técnicas de produção no Brasil, aperfeiçoaram-nas e aplicaram nas Antilhas (Aruba e Curaçao). Além da concorrência na produção, vale ressaltar que os holandeses possuíam contatos nos principais centros de consumo europeus, gerando uma forte crise da produção açucareira no Brasil.

Dependência econômica em relação à In- •glaterra, após o apoio para expulsão dos espanhóis e holandeses.

Perda de várias possessões na África e na •Ásia diante das constantes invasões dos inimigos de Castela.

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A elevação da exploração sobre o Brasil

Diante desta grave crise econômica, Portugal ampliou a exploração do Brasil, considerado pelo padre Antonil em seu livro Cultura e Opulência do Brasil como a “vaca leiteira” ao tornar-se a principal colônia portuguesa e sustentáculo do Império. Com esse fim, a Coroa Portuguesa tomou uma série de iniciativas como:

Criação do Conselho Ultramarino • em 1642, órgão sediado em Portugal e responsável pela centralização da administração do Império Colonial Português, restringindo o poder dos latifundiários nas câmaras municipais.

Criação da Companhias de Comércio do •Maranhão e do Brasil, que adquiriram o monopólio sobre a exploração econômica dos dois Estados oriundos da divisão do Brasil em 1621. A intensa exploração gerada pela Com-panhia do Maranhão está diretamente rela-cionada à Revolta de Beckman em 1684.

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A conquista do interiorChamamos de expansão territorial ao processo

de ocupação portuguesa Além-Tordesilhas desenvol-vida nos séculos XVII e XVIII.

Fatores da expansãoOs principais fatores da expansão foram:

ocupação militar; •

ação dos Jesuítas; •

pecuária; •

atividades bandeirantes; •

a mineração; •

a Colônia do Sacramento. •

Ocupação militarA ocupação militar ocorreu devido à presença

dos franceses, interessados no pau-brasil, além de

ingleses e holandeses, na região amazônica das “drogas-do-sertão”.

A construção de fortes ocorreu em fins do século XVI e início do século XVII, ocupando o litoral norte, acima de Pernambuco.

As principais fortificações foram:

Filipeia de Nossa Senhora das Neves (Paraí- •ba) – atual cidade de João Pessoa.

Reis Magos (Rio Grande do Norte) – atual •cidade de Natal.

São Luís do Maranhão (Maranhão) – atual •cidade de São Luís (fundada por franceses, em 1612, e tomada em 1615).

Nossa Senhora do Amparo (Ceará) – atual •cidade de Fortaleza.

Presépio de Santa Maria de Belém (Grão-Pará) •– atual cidade de Belém.

Assegurando o domínio do Grão-Pará, atuais Amazonas e Pará, os portugueses empurraram os franceses para as Guianas.

Fortificação do Litoral Norte (acima de Pernambuco).

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Ação dos JesuítasAs missões jesuíticas permitiram a expansão

na região amazônica e no sul.

A Amazônia e as “drogas-do-sertão”

Na região amazônica, os jesuítas estabeleceram o extrativismo das “drogas-do-sertão”, no caso: cra-vo, cacau, guaraná, baunilha, produtos medicinais e aromáticos, também chamados de “especiarias brasileiras”.

A mão-de-obra indígena e os recursos obtidos enriqueciam os jesuítas, sendo estas riquezas utili-zadas para manutenção das missões e abertura de novos povoados.

As missões do SulFormadas principalmente por jesuítas espa-

nhóis, no sul destacaram-se as seguintes missões:

Guairá – entre os rios Paranapanema e Igua- •çu, no atual Paraná.

Itatim – na margem esquerda do rio Paraguai, •no atual Mato Grosso do Sul.

Tape – oeste do atual Rio Grande do Sul. •

Paraná-Uruguai – entre os rios Paraná e Uru- •guai, atuais Rio Grande do Sul e Argentina.

Os índios catequizados foram alvo dos bandei-rantes.

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Fortes

Ataques corsários

Fundação de cidades e vilasOcupaçõesFrancesa (1512-1615)

Holandesa (1624-1654)e Holandesa (1624-1654)

Missões JesuíticasLimite atual do Brasil

A ocupação do Brasil no século XVI e XVII – Regiões das missões jesuíticas.

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A PecuáriaA Pecuária contribuiu na ocupação do sertão do

Nordeste e do Sul.

Nas duas áreas, a Pecuária foi uma atividade complementar, voltada basicamente para o mercado interno.

Sertão nordestinoCom a ocupação litorânea do açúcar, a criação

de animais deslocou-se para o interior.

O Rio São Francisco ficou conhecido como o “Rio dos Currais”, abrigando as fazendas em suas margens.

A pecuária nordestina atendeu às necessidades dos engenhos açucareiros, destacando-se:

alimentação; •

couro; •

transporte; •

tração (movendo arados e moendas, por •exemplo).

Devido à produção extensiva, o trabalhador geralmente era livre, e parte do pagamento era em crias, o que permitia uma certa mobilidade social. A fazenda de gado exigia pouco capital e pouca mão-de-obra.

No século XVIII, também abasteceu a região mineradora.

Pecuária no sertão nordestino, destacando o rio São Francisco.

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Campos do SulNo Sul, a pecuária abasteceu a mineração das

Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

As fazendas, fundadas por paulistas e gaúchos, eram chamadas de estâncias. Dominaram o gado muar e bovino que viviam em estado selvagem desde a destruição de missões jesuíticas pelas bandeiras no século XVII.

O principal produto era o charque (carne-seca).

Predominava o uso da mão-de-obra livre e assa-lariada, sob o controle dos capatazes, sem condições de montar a sua fazenda.

Atividades bandeirantesAs bandeiras eram expedições particulares que

buscaram riquezas a partir do século XVI.

A região empobrecida da Capitania de São Vi-cente foi o núcleo irradiador das bandeiras. O motivo da pobreza econômica da capitania foi devido ao fracasso da lavoura de exportação e o seu isolamento político.

As principais atividades bandeirantes foram:

caça ao índio; •

busca do ouro; •

sertanismo de contrato; •

monções. •

Caça ao índioO bandeirismo apresador, também conhecido

como caça ao índio ou preação, ganhou destaque du-rante o domínio holandês (1637-1654), diante da perda dos centros fornecedores de escravos na África.

Partindo de São Vicente, os bandeirantes ata-caram as missões no Sul e chegaram até a região amazônica. O índio catequizado era mais dócil e, geralmente, conhecia o idioma português. Os indí-genas eram vendidos para o Nordeste e usados como escravos em São Vicente.

Os principais bandeirantes foram: Antônio Ra-poso Tavares e Manuel Preto.

A consequência foi a destruição das missões jesuíticas do Sul, o despovoamento dessas regiões e a expansão das fronteiras para além do tratado de Tordesilhas.

Busca do ouroEm meados do século XVII, com a destruição

das missões e a reativação do tráfico dos negros africanos, os bandeirantes saíram à procura de nova riqueza: o ouro.

O bandeirismo prospector ou busca do ouro des-tacou-se em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

Antonio Rodrigues Arzão descobriu ouro em •Cataguases em 1693: sendo esta a primeira no-tícia oficial de descoberta de jazida de ouro.

Sertanismo de contratoO sertanismo de contrato consistiu na contra-

tação de bandeirantes para combater índios rebel-des e destruir quilombos. Os contratadores eram autoridades ou latifundiários preocupados com as ameaças indígenas ou negras.

Os principais exemplos foram:

Repressão à Confederação dos Cariri: revolta •indígena no Rio Grande do Norte.

Destruição do Quilombo dos Palmares: núcleo •quilombola em Alagoas.

O principal bandeirante foi Domingos Jorge Velho.

MonçõesAs monções foram expedições fluviais de abas-

tecimento das regiões do Mato Grosso e Goiás.

Seguindo pelo rio Tietê, levavam alimentos, roupas e outros produtos para os mineradores do interior do Brasil. Contribuiu no povoamento de Mato Grosso.

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Atividades bandeirantes.

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MineraçãoNo século XVIII, a mineração contribuiu na

ocupação de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, conforme estudaremos a seguir.

Colônia do Sacramento (1680)

Por iniciativa do governo português, ocorreu a fundação de uma colônia no estuário do rio da Prata, no atual Uruguai, próxima a Buenos Aires (capital da atual Argentina).

O principal motivo foi participar do contrabando de metais preciosos que desciam dos Andes pelo rio da Prata.

A reação dos colonos de Buenos Aires e da Coroa Espanhola geraram invasões da Colônia do Sacramento e a assinatura de tratados de limites.

Colônia de Sacramento.

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Tratados de limites e formação de fronteiras

Os principais tratados que fixaram o território brasileiro, foram:

Tratado de Lisboa (1681): a Espanha reco- •nhecia a posse portuguesa da Colônia do Sacramento.

1.º Tratado de Utrecht (1713): assinado entre •França e Portugal, os franceses reconheciam o domínio amazônico de Portugal em troca do controle da Guiana.

2.º Tratado de Utrecht (1715): a Espanha é •obrigada, mais uma vez, a ceder a Colônia do Sacramento para Portugal.

Tratado de Madri (1750): entre espanhóis e •portugueses, definia a posse, de direito e de fato, das terras efetivamente ocupadas por

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Portugal além dos limites de Tordesilhas. Não houve participação da Igreja. Utilizou o prin-cípio de utis possidetis (a posse é de quem usa), defendida por Alexandre de Gusmão. A Espanha reconhecia a posse portuguesa de todas as terras efetivamente ocupadas por portugueses além da linha de Tordesilhas e cedia a Portugal a região de Sete Povos das Missões (RS). Portugal devolveria à Espanha a Colônia do Sacramento. Por esse tratado, o Brasil assumiu, praticamente, sua atual configuração geográfica.

Guerras Guaraníticas: revolta dos índios dos Sete Povos das Missões liderados pelos jesuítas. O motivo era o fato dos jesuítas não concordarem com a entrega de Sete Povos das Missões para os portugueses e os índios suspeitarem de uma pos-sível ocupação de suas terras e da escravização. Com a repressão, a população de Sete Povos das Missões foi chacinada pelas tropas portuguesas.

Tratado de El Pardo (1761): anulava o Tratado •de Madri e a Colônia do Sacramento voltava para Portugal.

Tratado de Santo Ildefonso (1777): a Colônia •do Sacramento e Sete Povos das Missões foram devolvidas para a Espanha.

Tratado de Badajós (1801): confirmava os limi- •tes estabelecidos pelo Tratado de Madri.

A descoberta do ouroApós estudarmos a crise açucareira e as ativi-

dades bandeirantes, torna-se clara a importância da descoberta de grandes jazidas auríferas no Brasil. O ouro, principal produto do século XVIII, veio atender às necessidades econômicas portuguesas.

Mas não foi apenas isso! A mineração deslocou o eixo político e econômico para o Sudeste brasileiro, completando, juntou a desvalorização da cana, o enfraquecimento do Nordeste.

Aproveitaremos para estudar as medidas do Marquês de Pombal, ministro do rei D. José I, que aumentou a opressão colonial no Brasil. Preste aten-ção, porque nessa parte estão as causas das revoltas separatistas.

Com o fim da União Ibérica em 1640 e a pos-terior expulsão dos holandeses em 1654, o Império português enfrentou uma grave crise econômica que contribuiu para gerar a ampliação de inicia-tivas particulares e oficiais em busca de metais preciosos, vistos como saída para a crise. Desta maneira, ampliaram-se as bandeiras, que no final do século XVII, conseguem encontrar as primeiras minas de ouro na região das Minas Gerais. Quando as primeiras notícias das descobertas chegaram a Portugal, muitos portugueses partiram para Minas Gerais em busca dos metais, o que contrariava o desejo dos bandeirantes paulistas de obterem o mo-nopólio sobre a exploração das minas. Os forasteiros portugueses foram chamados pelos bandeirantes de emboabas (pés enfeitados, em tupi) devido ao hábito de usar calçados – geralmente os bandeiran-tes andavam descalços. Não tardou e as rivalidades entre os dois grupos transformaram-se na Guerra dos Emboabas (1707-1709), finalizada com a vitória dos forasteiros.

A administração da região mineradora

O Regimento de 1702, editado pelo governo português, deliberou sobre as regras básicas da mineração no Brasil. O regimento afirmava que a mi-neração era rigidamente controlada pela metrópole através de uma intensa política fiscal e controle ab-soluto sobre a mineração. Tal controle era justificado pela crise enfrentada pela Coroa, intensificando a exploração sobre o Brasil. O mesmo regimento afir-mava que a exploração era livre, mas os mineradores deveriam submeter-se às autoridades da Coroa e pagar os impostos.

O principal órgão responsável pela adminis-tração da região mineradora foi a Intendência das Minas. A Intendência era o órgão responsável pelo policiamento, fiscalização e direção da exploração das jazidas, além de funcionar como um tribunal e de ser responsável pela cobrança dos impostos. To-das as minas pertenciam ao rei e o descobridor de uma jazida deveria comunicar a Intendência, caso contrário seria preso e julgado. A mina, depois de descoberta, era dividida pela Intendência em lotes (datas): as duas primeiras datas eram escolhidas pelo descobridor da mina, a terceira data era re-servada para a Coroa e depois leiloada e as demais datas eram distribuídas com os interessados que tivessem maior número de escravos. O guarda-mor era o auxiliar do Intendente das Minas responsável pela distribuição dos lotes.

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Caminho para as Minas - Século XVIII

Mineração

Roteiros esquemáticos

Terrestre

Limite atual do Brasil

Fluviais

S

O L

N

OceanoAtlântico

Região mineradora.

IESD

E B

rasi

l S.A

.

Formas de organização da produção aurífera

Existiam duas formas básicas de exploração na região aurífera:

A grande exploração: feita nas lavras (jazi- •das). A mina era a grande unidade de ex-tração e exigia volume razoável de capital. A mão-de-obra predominante era a escrava.

A faiscação ou pequena exploração: era feita •no leito dos rios e riachos, além de minas abandonadas. Os garimpeiros ou faiscadores eram trabalhadores livres que trabalhavam isoladamente.

A exploração tributáriaO principal imposto que incidia sobre a mine-

ração foi o quinto, representando a quinta parte ou 20% da produção aurífera que deveria ser destinada à Coroa Portuguesa. A cobrança do quinto sofreu uma série de alterações no sistema de cobrança. A primeira forma foi por bateia, ou seja, cobrada indi-vidualmente da produção de cada minerador. Mais tarde, foi instituída a capitação, imposto anual pago

pelo minerador por cabeça de escravo, no valor de 17 gramas de ouro. Essa forma gerou muita insatisfação, pois o minerador teria que pagar o imposto tendo ou não extraído ouro em quantidade significativa.

Dom

ínio

púb

lico.

Mineração.

Posteriormente, a Coroa portuguesa instituiu o sistema de fintas, cotas fixas anuais no valor de 100 arrobas (aproximadamente 1500kg). Porém, a sonegação de impostos era um problema que dimi-nuía a arrecadação metropolitana. Diante do imenso contrabando, a Coroa portuguesa decidiu proibir a circulação do ouro em pó ou em pepitas. Todo o ouro encontrado deveria ir para uma Casa de Fundição onde seria derretido, quintado (cobrado o quinto) e transformado em barras. A instalação das Casas de Fundição gerou protestos de mineradores, prin-cipalmente a Revolta de Vila Rica em 1720, local da instalação da primeira Casa.

A Derrama, criada pelo Marquês de Pombal em 1762 foi a forma de opressão criada para combater o contrabando e a queda na arrecadação de impostos. A Coroa instituiu que o quinto deveria atingir uma cota de 100 arrobas (cerca de 1500kg). Caso contrário, as tropas portuguesas em Minas Gerais (os dragões) realizaram uma violenta cobrança, arrematando o que encontrassem de valor, até atingir-se o valor preterido pela Coroa. A Derrama foi uma das causas da Inconfidência Mineira de 1789.

O destino do ouro brasileiroO ouro brasileiro foi basicamente para a Inglater-

ra devido ao Tratado de Methuen (1703), também co-nhecido como o Tratado de Panos e Vinhos. Assinado entre Portugal e Inglaterra, o tratado estipulava que Portugal teria vantagens alfandegárias na venda de

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vinhos para a Inglaterra e esta teria vantagens alfan-degárias na venda de manufaturados para Portugal.

A crise da economia açucareira no Brasil tinha arrasado a economia portuguesa, obrigando a assi-natura deste tratado que apresentava nítidas des-vantagens comerciais para Portugal. O ouro brasileiro serviu para a Coroa pagar suas dívidas e cobrir os prejuízos da balança comercial deficitária.

Se para a Inglaterra as consequências foram favoráveis, para Portugal foram economicamente desastrosas uma vez que a grande entrada dos manufaturados ingleses a baixos preços, paralisava a indústria portuguesa, que além da concorrência, não contava com os mesmos investimentos em pro-dução que o Reino Unido. Dessa maneira, Portugal efetivou-se como uma nação agrária e submissa ao capital inglês.

A extração de diamantesOs diamantes foram descobertos pelo bandeirante

Bernardo da Fonseca Lobo (1729), no Vale do rio Jequi-tinhonha (Arraial do Tijuco – Diamantina, em MG).

Segundo o Regimento dos Diamantes (1730), a região teria uma rígida fiscalização. Inicialmente, a Coroa concedeu a particulares o direito de extração em troca do pagamento de taxas e impostos. Diante do contrabando, foi decidida a entrega do direito de extração a um único indivíduo: o contratador. Em 1771, Portugal tornou a exploração de diamantes um monopólio régio.

S

O L

NOceanoAtlânticoO

cean

oPa

cífico

Chapada

ParqueNacional

Bahia

Diamantina

Extração de diamantes.

IESD

E B

rasi

l S.A

.

Consequências da mineração

A mineração gerou uma série de transformações no Brasil. Entre elas podemos destacar:

crescimento demográfico diante da grande •imigração de portugueses e da ampliação do

tráfico negreiro, fornecendo escravos para a exploração nas minas;

desenvolvimento da vida urbana a partir do •surgimento e do desenvolvimento de cidades como Sabará, Vila Rica, Ouro Preto, São João Del Rey entre outras;

crescimento do comércio e do artesanato, •dinamizando o mercado interno. Desenvolve-ram-se inclusive manufaturas coloniais que tiveram sua ação restringida pelo Alvará de 1785 da rainha Maria I, que restringia a ins-talação de manufaturas coloniais, pois estas poderiam fazer concorrência com os produtos metropolitanos;

integração entre diferentes regiões do Brasil •com a zona mineradora. O Rio de Janeiro conectou-se com Minas Gerais, pois tornou- -se a área preferencial de escoamento do ouro para a metrópole. São Paulo se destacou pela produção de charque para o abastecimento de Minas Gerais;

expansão do território brasileiro, devido à •ocupação de Minas Gerais e de áreas no Centro-Oeste;

transferência da capital de Salvador para o •Rio de Janeiro (1763), para melhor controlar o escoamento da produção aurífera, evitando saques e o contrabando;

deslocamento do eixo econômico do Nordeste •para o Centro-Sul, ampliando ainda mais a crise econômica na tradicional área produtora de açúcar;

aparecimento de uma camada social média, •formada por pequenos mineradores, comer-ciantes, funcionários do reino, profissionais liberais. Essa classe desenvolveu-se tanto pelo advento da mineração quanto pela ampliação da atividade urbana. Esses fatores também pro-porcionaram na colônia uma maior mobilidade social, ao contrário da sociedade açucareira;

crescimento das atividades intelectuais e •culturais (arquitetura, escultura, música reli-giosa, poesia). Destacou-se a arte barroca de Aleijadinho e a difusão do Iluminismo entre os intelectuais de classe média, que estudavam em universidades europeias, assimilando tal ideologia setecentista e aplicando-a no Brasil em movimentos como a Inconfidência Mineira de 1789. Entre estes intelectuais destacaram-se Tomás Antonio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Silva Alvarenga, Alvarenga Peixoto.

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A decadência da mineração

A partir de 1760, a quantidade de ouro no Brasil passou a decair fortemente. Entre os fatores responsáveis podemos citar um fator geológico: o ouro brasileiro era predominantemente aluvional recente, de pouca profundidade, o que determinou sua intensa exploração que contribuiu para o rápi-do esgotamento. As técnicas de extração bastante rudimentares dificultavam a extração de ouro em maiores profundidades.

A época pombalina (1750-1777)

Chamamos de época pombalina ao período em que Portugal e o Brasil ficaram sob a influência de Sebastião de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, ministro do rei D. José I. Baseado nos princípios do Despotismo Esclarecido (tentativa de usar ideias iluministas para racionalizar a administração em governos absolutistas), Pombal buscou salvar Por-tugal da dependência inglesa, tentando anular os efeitos desastrosos do Tratado de Methuen para a economia portuguesa.

Dentre as principais medidas de Pombal, po-demos citar:

estímulo às manufaturas portuguesas após a •proibição da exportação de ouro, o que garan-tiria capitais para investimentos e diminuiria a grande dependência econômica em relação à Inglaterra;

criação da Companhia de Comércio do Grão- •-Pará e Maranhão e da Companhia de Co-mércio de Pernambuco e Paraíba que visava racionalizar a exploração da colônia para re-compor a economia da metrópole através do monopólio do comércio e da navegação;

centralismo e fortalecimento do Estado •metropolitano, chocando-se com parcela da nobreza, visando eliminar a influência política dos membros mais influentes da nobreza;

expulsão da Companhia de Jesus em 1759. •Pombal acusava-os de constituírem um im-pério em terras brasileiras e utilizou como pretexto a Guerra Guaranítica (1750) entre portugueses e jesuítas espanhóis que se recusavam a se retirar dos Sete Povos, de acordo com as determinações do Tratado de Madri. Como consequências da expulsão

dos jesuítas, temos o confisco das terras pelo Estado português. Além disso, as institui-ções de ensino que até então eram religiosas passaram a ser controladas pelo Estado, tornando-se instituições laicas;

reforma na Universidade de Coimbra, dimi- •nuindo as matérias ligadas ao ensino religio-so e ampliando o conhecimento das ciências exatas, naturais e jurídicas;

transferência da capital do Brasil de Salvador •(BA) para o Rio de Janeiro (RJ) em 1763;

política colonial marcada pelos excessos e •abusos, baseada numa política fiscal rígida e opressiva, como a criação da derrama.

O renascimento agrícolaCom a decadência da mineração, a agricultura

voltou a destacar-se na economia, uma vez que os investimentos e atenções deslocaram-se para esta atividade. O algodão, principalmente no Maranhão, foi incentivado pela Revolução Industrial Inglesa e problemas na produção norte-americana envolvida em sua independência entre 1776 e 1783. Em guerra com a colônia, a Inglaterra deu preferência à compra do algodão brasileiro, o que gerou a elevação da produção no Maranhão. Outro produto que, no final do século XVIII, se destacou foi o açúcar. Produzido no Nordeste e Sudeste, foi incentivado pela crise nas Antilhas onde colônias como o Haiti rebelaram-se na época da Revolução Francesa em prol da indepen-dência e pelo fim do escravismo. O tabaco, além de ser usado na troca por escravos, foi incentivado pela difusão do hábito de fumar e foi produzido na Bahia, entre outras regiões.

(Unesp) “E se a lição foi aprendida1.

a vitória não será vã.

Neste Brasil holandês,

Tem lugar para o português

e para o Banco de Amsterdam.”

(Chico Buarque e Rui Guerra. Calabar, 1973.)

Baseando-se nos versos da peça de teatro Calabar, responda:

O que era o “Brasil holandês”?a)

Por que os autores afirmam que no Brasil havia lugar b) “para o português e para o Banco de Amsterdam”?

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Solução: `

O nordeste brasileiro ocupado pelos holandeses a a) partir das invasões na Bahia (1624-25) e em Per-nambuco (1630-1654) após a proibição do rei da Espanha, durante a União Ibérica, da participação holandesa no comércio do açúcar brasileiro.

Durante a administração de Maurício de Nassau, b) banqueiros holandeses financiavam a obtenção de escravos e a produção açucareira aos senhores de engenho, havendo uma relativa tranquilidade na convivência entre os invasores e invadidos.

(Fuvest) Foram, respectivamente, fatores importantes 2. na ocupação holandesa no Nordeste do Brasil e na sua posterior expulsão:

o envolvimento da Holanda no tráfico de escravos e a) os desentendimentos entre Maurício de Nassau e a Companhia das Índias Ocidentais.

a participação da Holanda na economia do açúcar b) e o endividamento dos senhores de engenho com a Companhia das Índias Ocidentais.

o interesse da Holanda na economia do ouro e a c) resistência e não-aceitação do domínio estrangeiro pela população.

a tentativa da Holanda em monopolizar o comércio co-d) lonial e o fim da dominação espanhola em Portugal.

a exclusão da Holanda da economia açucareira e a e) mudança de interesses da Companhia das Índias Ocidentais.

Solução: `

A ocupação holandesa foi devido aos interesses na economia açucareira, proibidos pela Espanha após a União Ibérica, enquanto a expulsão teve como estopim a cobrança dos impostos devidos pelos senhores de enge-nho aos holandeses da Companhia das Índias Ocidentais. Portanto, a alternativa correta é a “B”.

(Fatec) Os holandeses permaneceram no Brasil, em 3. Pernambuco, de 1630 até 1654; conquistaram terras, desenvolveram a indústria açucareira e urbanizaram Recife.

É correto afirmar, ainda, que:

foram traídos por Domingos Fernandes Calabar a) quando invadiram o Brasil.

invadiram primeiramente o Rio de Janeiro, onde b) fundaram o Brasil Holandês, uma colônia totalmen-te formada por protestantes.

dominaram grande parte dos senhores de engenho c) preocupados não só em escravizar os índios para trabalhar na lavoura, mas também em destruir o Quilombo de Palmares.

fundaram o Arraial do Bom Jesus, de onde partiram d) e dominaram por completo os brasileiros.

tiveram em Maurício de Nassau a maior figura ho-e) landesa no Brasil, pois foi ele quem reorganizou a vida econômica, após ter garantido a ocupação do território.

Solução: `

Estão incorretas as alternativas: “A”, pois Calabar auxi-liou a invasão holandesa; “B”, pois a invasão do Rio de Janeiro deu-se pelos franceses; “C”, pois o Quilombo de Palmares cresceu durante a invasão holandesa e só houve o combate após a expulsão dos holandeses; “D”, pois não houve o completo domínio dos brasileiros, ape-nas do litoral nordestino. Portanto, a única alternativa correta é a “E”, pois o governo Nassau foi responsável pela ocupação do território e organização econômica da invasão holandesa.

(Adaptada) “Lula recria Sudene (Superintendência de 4. Desenvolvimento do Nordeste) e defende política de desenvolvimento”.

(Disponível em: <http://br.news.yahoo.com/030729/16/d4qt.html>.)

Com a manchete acima, o Yahoo Notícias, de 28 de Julho de 2004, anunciava a recriação da Sudene. O órgão havia sido extinto em 2001, no Governo FHC, devido a inúmeras denúncias de corrupção. A nova Sudene foi uma das promessas de campanha do Presidente Lula.

Explique o que é a Sudene e qual o objetivo de sua a) criação.

Identifique os principais problemas regionais do b) Nordeste Brasileiro.

Relacione a decadência nordestina com o processo c) de invasões holandesas.

Resposta: `

Superintendência de Desenvolvimento do Nordes-a) te. Foi criada com o objetivo de integração nacional e desenvolvimento de regiões menos favorecidas.

Poderá ser identificado problemas como: a seca, b) a miséria, a fome, subnutrição, êxodo rural, a con-centração fundiária, menor concentração industrial, atrasos educacionais etc.

As invasões holandesas permitiram o domínio da c) técnica de produção açucareira. Com a técnica, os holandeses foram produzir açúcar nas Antilhas, provocando a decadência econômica do Nordeste.

(Fuvest) “A maior parte das representações atuais do 5. paulista do século XVII, seja na pintura, seja na escultura, mostra-o como uma espécie de Pilgrim Father, em seu traje, com botas altas. Mas, na verdade, eles muito pouca

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coisa usaram além do chapelão de abas largas, barbas, camisas e ceroulas. Caminhavam quase sempre descal-ços, em fila indiana, ao longo das trilhas do sertão e dos caminhos dos matagais, embora muitas vezes levassem várias armas. Sua vestimenta incluía, igualmente, gibões de algodão, que se mostraram úteis contra as flechas ameríndias... .”

(BOXER, C.R. A Idade do Ouro do Brasil.)

A que figura da Capitania de São Vicente corres-a) ponde essa descrição?

A que se deve sua existência nessa região?b)

Solução: `

O Bandeirante.a)

A miséria na região, a mestiçagem, as lendas do b) Eldorado, as trilhas indígenas.

(Cesgranrio) Apesar do predomínio da agromanufatura 6. açucareira na economia colonial brasileira, a pecuária e a extração das “drogas-do-sertão” foram fundamentais. A esse respeito, podemos afirmar que:

ocorreu uma grande absorção da mão-de-obra es-a) crava negra, particularmente na pecuária.

a presença do indígena na extração das “drogas- b) -do-sertão” foi essencial pelo conhecimento da geografia da região Nordeste.

por serem atividades complementares, a força de c) trabalho não se dedicava integralmente a elas.

ambas foram responsáveis pelo processo de inte-d) riorização do Brasil colonial.

possibilitaram o surgimento de um mercado inter-e) no que se contrapunha às flutuações do comércio internacional.

Solução: `

Estão incorretas as alternativas: “A”, pois a pecuária teve o predomínio de mão-de-obra livre; “B”, pois as drogas- -do-sertão foram exploradas na região amazônica; “C”, por afirmar que a força de trabalho não se dedicava à pecuária e drogas-do-sertão; “E”, por afirmar que as duas atividades voltavam-se para o mercado interno (apenas a pecuária). A alternativa correta é a “D”, pois ambas atividades auxiliaram a expansão territorial.

Durante o século XVIII, fortificações portuguesas foram 7. construídas na Região Amazônica com o objetivo de consolidação e expansão territorial.

Pesquise sobre as propostas relativas a Amazônia do candidato à presidência dos EUA, Barak Obama.

(Unicamp) O francês Saint-Hilaire, ao visitar, no século 8. XIX, a região do Distrito dos Diamantes (Minas Gerais), explicou da seguinte maneira como ela fora criada no século XVIII:

“Tendo o governo reconhecido que a extração de diamantes por arrendadores era frequentemente acompanhada por fraudes e abusos, resolveu explorar por sua própria conta as terras diamantinas (...). O Distrito dos Diamantes ficou como que isolado do resto do Universo; situado em um país governado por um poder absoluto, esse distrito foi submetido a um despotismo ainda mais absoluto.”

(SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem pelo distrito dos

diamantes e litoral do Brasil, Belo Horizonte:

Itatiaia/São Paulo: Edusp, 1974. p. 14. v. 5.)

Quais as razões pelas quais era importante à Co-a) roa Portuguesa que o Distrito Diamantino ficasse “como que isolado do resto do Universo”?

Como se dava a exploração das minas por parte da b) Coroa portuguesa?

Solução: `

Garantir o total controle da extração de diamantes.a)

Através do monopólio real realizado por um contra-b) tador que, ao garanti-lo, ganhava uma parte.

(Fuvest) No século XVIII a produção do ouro provocou 9. muitas transformações na colônia. Entre elas podemos destacar:

a urbanização da Amazônia, o início da produção a) do tabaco, a introdução do trabalho livre com os imigrantes.

a introdução do tráfico africano, a integração do ín-b) dio, a desarticulação das relações com a Inglaterra.

a industrialização de São Paulo, a produção de café c) no Vale do Paraíba, a expansão da criação de ovi-nos em Minas Gerais.

a preservação da população indígena, a decadên-d) cia da produção algodoeira, a introdução de operá-rios europeus.

o aumento da produção de alimentos, a integração e) de novas áreas por meio da pecuária e do comér-cio, a mudança do eixo econômico para o Sul.

Solução: `

Estão totalmente incorretas as alternativas: “A”; “B”, “C” e “D”. Portanto, a única alternativa correta é a “E”.

(UFMG) “Ninguém duvida que chegaremos àquela 10. última infelicidade que receamos, se Vossa Majestade

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não se dignar de fazer, às Câmaras destas Minas, a graça de que possam dispender tudo o que for preciso de porção certa e anual aos capitães-do-mato, para continuarem a desinfestar as estradas destes capitais inimigos [...], que querem lançar o jugo do cativeiro com maior conhecimento de suas forças, pelo nosso descuido em não os desbaratarmos em seus redutos, onde cada vez se fazem mais formidáveis”.

(Carta do Senado da Câmara de São João

del Rey ao Rei de Portugal, 28 de abril de 1745.)

Esse trecho do documento citado refere-se:

à pobreza da região mineradora, que necessitava a) de um fluxo constante de recursos fornecidos pela Metrópole.

às lutas dos mineradores contra os índios da Ca-b) pitania de Minas Gerais que atacavam constante-mente as vilas e arraiais da região.

à necessidade de controlar, na região mineradora, c) os atos de rebeldia dos escravos, como assaltos e formação de quilombos.

à proibição da Coroa portuguesa de que os Sena-d) dos da Câmara das Minas Gerais contratassem e pagassem os capitães-do-mato.

Solução : `

O texto trata da necessidade de investimentos em capi-tães-do-mato, ou seja, homens destinados à captura de escravos, demonstrando a preocupação com a presença de escravos fugitivos nas estradas e a formação de qui-lombos. Portanto, a alternativa correta é a “C”.

(Fuvest) Entre as mudanças ocorridas no Brasil Colônia 1. durante a União Ibérica (1580-1640), destacam-se:

a introdução do tráfico negreiro, a invasão dos ho-a) landeses no Nordeste e o início da produção de tabaco no recôncavo baiano.

a expansão da economia açucareira no Nordeste, b) o estreitamento das relações com a Inglaterra e a expulsão dos jesuítas.

a incorporação do extremo Sul, o início da explo-c) ração do ouro em Minas Gerais e a reordenação administrativa do território.

a expulsão dos holandeses do Nordeste, a intensifi-d) cação da escravização indígena e a introdução das companhias de comércio monopolistas.

a expansão da ocupação interna pela pecuária, a ex-e) pulsão dos franceses e o incremento do bandeirismo.

(Fuvest) Foram, respectivamente, fatores importantes 2. na ocupação holandesa no Nordeste do Brasil e na sua posterior expulsão:

o envolvimento da Holanda no tráfico de escravos e a) os desentendimentos entre Maurício de Nassau e a Companhia das Índias Ocidentais.

(Elite) “A sede insaciável do ouro estimulou a tantos 11. a deixarem suas terras e a meterem-se por caminhos tão ásperos como são os das minas, que dificultosa-mente se poderá dar conta do número das pessoas que atualmente lá estão.”

(ANTONIL, André João. Cultura e Opulência

do Brasil por suas Drogas e Minas.)

O jesuíta Antonil foi um dos cronistas que analisaram a exploração aurífera do Brasil colonial, principal produto do século XVIII. Esgotado nas Minas Gerais, o ouro foi descoberto, mais tarde, em outras regiões. Infelizmente, a produção atual utiliza o mercúrio, gerando um grave problema ambiental.

Identifique no texto uma consequência da mine-a) ração no Brasil colonial.

Explique o motivo do uso do mercúrio na pro-b) dução aurífera.

Resposta: `

O deslocamento populacional para a região das a) Minas Gerais, fruto da migração interna (pes-soas vindas do Nordeste) e de imigrantes eu-ropeus.

O garimpeiro, para aumentar a recuperação das b) finas partículas de ouro, usa o mercúrio na sua forma líquida. Esse metal líquido tem a proprie-dade de capturar os grãos de ouro formando um amálgama. No garimpo, a operação com o mercúrio consiste em colocar grandes quanti-dades desse metal líquido nas caixas (sluice boxes) em posições estratégicas onde o ouro estará sendo também concentrado. O fluxo da água faz o ouro entrar em contato com o mer-cúrio sendo imediatamente aprisionado. (Dis-ponível em: <www.geologo.com.br>.)

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a participação da Holanda na economia do açúcar b) e o endividamento dos senhores de engenho com a Companhia das Índias Ocidentais.

o interesse da Holanda na economia do ouro e a c) resistência e não aceitação do domínio estrangeiro pela população.

a tentativa da Holanda em monopolizar o comér-d) cio colonial e o fim da dominação espanhola em Portugal.

a exclusão da Holanda da economia açucareira e a e) mudança de interesses da Companhia das Índias Ocidentais.

(Fuvest)3.

A gravura a seguir foi publicada na Holanda, em 1648. Que situações típicas da realidade colonial brasileira ela ilustra?

(Unesp) A solução dada à questão dinástica portuguesa, 4. após o desaparecimento de D. Sebastião em Alcácer- -Qbir (1578), repercutiu na Europa e no ultramar. Con-sidere a fase de união das monarquias ibéricas (1580-1640) e relacione as consequências no Brasil.

(Fuvest)5.

Observando o mapa acima, explique:

Dois fatores que contribuíram para a configuração a) territorial alcançada pelo Brasil no século XVIII.

O princípio que norteou o Tratado de Madrid.b)

(Unesp) A partir de 1750, com os tratados de limites, 6. fixou-se a área territorial brasileira, com pequenas di-ferenças em relação à configuração atual. A expansão geográfica havia rompido os limites impostos pelo Tra-tado de Tordesilhas. No período colonial, os fatores que mais contribuíram para a referida expansão foram:

criação de gado no vale de São Francisco e desen-a) volvimento de uma sólida rede urbana.

apresamento do indígena e constante procura de b) riquezas minerais.

cultivo de cana-de-açúcar e expansão da pecuária c) no Nordeste.

ação dos donatários das capitanias hereditárias e d) Guerra dos Emboabas.

incremento da cultura do algodão e penetração dos e) jesuítas no Maranhão.

(Unesp) A pecuária, além de contribuir para a interio-7. rização da colonização, complementava as atividades econômicas açucareira do litoral nordestino e a aurífera das Minas Gerais. Indique o fator natural que contribuiu para a multiplicação do rebanho bovino no extremo sul da colônia e esclareça a razão de seu relacionamento com as Minas Gerais.

(Fuvest) Entre 1750, quando assinaram o Tratado de 8. Madrid, e 1777, quando assinaram o Tratado de Santo Ildefonso, Portugal e Espanha discutiram os limites entre suas colônias americanas. Nesse contexto, ga-nhou importância, na política portuguesa, a ideia da necessidade de:

defender a colônia com forças locais, daí a organi-a) zação dos corpos militares do centro-sul e a aboli-ção das diferenças entre índios e brancos.

fortificar o litoral para evitar ataques espanhóis e b) isolar o Marquês de Pombal por sua política nitida-mente pró-bourbônica.

transferir a capital da Bahia para o Rio de Janeiro, c) para onde fluía a maior parte da produção açuca-reira, ameaçada pela pirataria.

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afastar os jesuítas da colônia por serem quase to-d) dos espanhóis e, nessa qualidade, defenderem os interesses da Espanha.

aliar-se política e economicamente à França para e) enfrentar os vizinhos espanhóis, impondo-lhes suas concepções geopolíticas na América.

(Unesp) Leia o texto e responda.9.

“Em 1776, a população de Minas Gerais, excluindo os índios, superava as 300 000 almas o que representava 20% da população total da América portuguesa e o maior aglomerado de toda a colônia. Mais de 50% da população era negra... O resto compunha-se, em porcentagens aproximadamente iguais, de brancos, mulatos e outros mestiços de combinações raciais inteiramente americanas. Era grande a desproporção entre homens e mulheres e, no interior de vários grupos raciais, só as mulatas eram mais que os mulatos.”

(MAXWEL, Kenneth I; SILVA Maria Beatriz N. da.

O Império Luso-Brasileiro, 1750-1822.)

Explique a concentração populacional em Minas e a) o elevado percentual da população de origem afri-cana.

Exemplifique o que os autores afirmam ser “mestiços b) e combinações raciais inteiramente americanas”.

(Unesp) O açúcar e o ouro, cada qual em sua época 10. de predomínio, garantiram para Portugal a posse e a ocupação de vasto território, alimentaram sonhos e cobiças, estimularam o povoamento e o fluxo expressivo de negros escravos, subsidiaram e induziram atividades intermediárias; foram fatores decisivos para o relativo progresso material e certa opulência barroca, além de contribuírem para o razoável florescimento das artes e das letras no período colonial. Apesar dessa ação comum ou semelhante, a economia aurífera colonial avançou em direção própria e se diferenciou das demais atividades, principalmente porque:

não teve efeito multiplicador no desenvolvimento a) de atividades econômicas secundárias junto às mi-nas e nas pradarias do Rio Grande.

interiorizou a formação de um mercado consumidor b) e propiciou surto urbano considerável.

o ouro brasileiro, sendo dependente do mercado c) externo, não resistiu à influência exercida pela prata das minas de Potosí.

representou forte obstáculo às relações favoráveis d) à Metrópole e não educou o colonizado para a luta contra a opressão do colonizador.

as bandeiras não foram além dos limites territoriais e) estabelecidos em Tordesilhas, apesar dos conflitos com os jesuítas e da ação cruel contra os indígenas do sertão sul-americano.

(Unitau) O bandeirismo foi uma atividade paulista do 11. século XVI e XVII. Suas expedições podem ser divididas em dois grandes ciclos:

o dos capitães do mato e de prospecção.a)

o de expansão das fronteiras e de prospecção.b)

da caça ao índio e o de busca do ouro.c)

o dos capitães do mato e de caça ao índio.d)

o de expansão das fronteiras e o de busca do ouroe) .

(FAAP) O Brasil estava sob domínio ibérico de 1580 a 1. 1640. Neste período, os criadores de gado e os bandei-rantes, que buscavam metais e pedras preciosas, atra-vessaram a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas, incorporando ao território brasileiro:

Minas Gerais, Amazonas e Pará.a)

Ceará, Piauí e Alagoas.b)

Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.c)

Maranhão, Pernambuco e Bahia.d)

Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.e)

(UFPE) A ocupação portuguesa do litoral Norte e 2. Nordeste do Brasil, em fins do século XVI e início do século XVII, deu-se em virtude dos ataques ingleses, franceses e holandeses a esse território. Sobre essas invasões e ocupações, identifique as proposições ver-dadeiras e falsas.

Os franceses invadiram Sergipe del Rei, a Paraíba, )(o Rio Grande do Norte, o Ceará, o Maranhão e o Grão-Pará.

Os holandeses ocuparam, por longo tempo, os ter- )(ritórios da Bahia, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Os franceses, holandeses e ingleses conquista- )(ram todo o Norte e Nordeste, restando aos por-tugueses, no século XVI, o domínio do território abaixo da Bahia.

De todas as invasões do século XVII, a holandesa )(foi a mais duradoura, no sentido da permanência da

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ocupação. Em Pernambuco, o domínio holandês se estendeu de 1630 a 1654.

A conquista do Grão-Pará, pelos portugueses, em )(1616, beneficiou o monopólio do comércio dessa região para Portugal e obrigou os franceses a se ins-talarem nas Guianas.

(UFMG) Leia o texto.3.

“Nassau chegou em 1637 e partiu em 1644, deixando a marca do administrador. Seu período é o mais brilhante de presença estrangeira. Nassau renovou a administração (...) Foi relativamente tolerante com os católicos, permitindo-lhes o livre exercício do culto. Como também com os judeus (depois dele não houve a mesma tolerância, nem com os católicos a nem com os judeus fato estranhável, pois a Companhia das Índias contava muito com eles, como acionistas ou em postos eminentes. Pensou no povo, dando-lhe diversões, melhorando as condições do porto a do núcleo urbano (...), fazendo museus de arte, parques botânicos e zoológicos, observatórios astronômicos”.

(Francisco lglésias)

Esse texto refere-se:

à chegada e instalação dos puritanos ingleses na a) Nova lnglaterra, em busca de liberdade religiosa.

a invasão holandesa no Brasil, no período de União b) lbérica, a à fundação da Nova Holanda no nordeste açucareiro.

as invasões francesas no litoral fluminense a à ins-c) talação de uma sociedade cosmopolita no Rio de Janeiro.

ao domínio flamengo nas Antilhas e à criação de d) uma sociedade moderna, influenciada pelo Renas-cimento.

ao estabelecimento dos sefardins, expulsos na e) Guerra de Reconquista lbérica, nos Países Baixos a à fundação de Companhia das Índias Ocidentais.

(Fuvest) É característica da economia holandesa, na 4. primeira metade do século XVII:

a preponderância das atividades comerciais e finan-a) ceiras, com a formação de importante frota naval.

o predomínio do setor industrial na economia, em b) detrimento das atividades comerciais.

a formação de companhias de comércio, dando iní-c) cio ao liberalismo econômico.

o aproveitamento exclusivo de rotas fluviais, consoli-d) dando a hegemonia econômica na Europa Oriental.

a inexistência de agricultura e pesca, conduzindo à e) dependência dos países fornecedores.

Entre as causas da ocupação holandesa em Pernam-5. buco, pode-se destacar:

o interesse no tráfico negreiro.a)

a participação das companhias de comércio na ex-b) portação de algodão.

a participação holandesa na indústria açucareira e c) a União Ibérica.

a ausência dos jesuítas em Pernambuco.d)

a necessidade de uma colônia protestante.e)

(Fuvest) Indique as principais razões da insurreição 6. pernambucana contra os holandeses, ocorrida entre 1645 e 1654.

Explique o que é a “indústria da seca”. Qual foi a região 7. brasileira que os holandeses invadiram?

Cite três realizações de Maurício de Nassau, durante a 8. presença holandesa em Pernambuco.

(Cesgranrio) A ocupação do território brasileiro, res-9. trita, no século XVI, ao litoral e associada à lavoura de produtos tropicais, estendeu-se para o interior durante os séculos XVII e XVIII, ligada à exploração de novas atividades econômicas e aos interesses políticos de Portugal em definir as fronteiras da colônia.

As afirmações a seguir relacionam as regiões ocupadas a partir do século XVII e suas atividades dominantes.

1) No vale amazônico, o extrativismo vegetal as dro-gas do sertão e a captura de índios atraíram os co-lonizadores.

2) A ocupação do pampa gaúcho não teve nenhum interesse econômico, estando ligada aos conflitos luso-espanhóis na Europa.

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3) O planalto central, nas áreas correspondentes aos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, foi um dos principais alvos do bandeirismo, e sua ocupação está ligada à mineração.

4) A zona missioneira no Sul do Brasil representava um obstáculo tanto aos colonos, interessados na escravização dos indígenas, quanto à Portugal, difi-cultando a demarcação das fronteiras.

5) O sertão nordestino, primeira área interior ocupada no processo de colonização, foi um prolongamen-to da lavoura canavieira, fornecendo novas terras e mão-de-obra para a expansão da lavoura.

As afirmações corretas são:

somente 1, 2 e 4.a)

somente 1, 2 e 5.b)

somente 1, 3 e 4.c)

somente 2, 3 e 4.d)

somente 2, 3 e 5.e)

(UEL) No Brasil Colônia, a pecuária teve um papel de-10. cisivo na:

ocupação das áreas litorâneas.a)

expulsão do assalariado do campo.b)

formação e exploração dos minifúndios.c)

fixação do escravo na agricultura.d)

expansão para o interior.e)

(UFMG) Todas as alternativas apresentam afirmações 11. corretas sobre a atividade pecuária no processo de colonização no Brasil, exceto:

Constituiu-se numa atividade subsidiária da grande a) lavoura.

Criou núcleos urbanos destinados ao comércio do b) couro.

Destinou grande parte da produção de charque para c) o mercado externo.

Foi um dos elementos importantes na interiorização d) da colonização.

Produziu a figura do vaqueiro, um trabalhador livre e) geralmente pago em espécie.

(Fuvest) Em 1703, é assinado o Tratado de Methuen 12. entre Portugal e Inglaterra. Esse acordo, segundo Celso Furtado, “significou para Portugal renunciar a todo o desenvolvimento manufatureiro e implicou transferir para a Inglaterra o impulso dinâmico criado pela produção aurífera no Brasil”.

Explique o que foi o Tratado de Methuen e discuta a afirmativa de Celso Furtado.

(Unicamp) “A Amazônia selvagem sempre teve o dom de 13. impressionar a civilização distante. Desde os primeiros tempos da Colônia, as mais imponentes expedições e solenes visitas pastorais rumavam de preferência às suas plagas desconhecidas. Para lá os mais veneráveis bispos, os mais garbosos capitães-generais, os mais lúcidos cientistas.”

(CUNHA, Euclides da. À Margem da História,

São Paulo, Cultrix, 1975, p. 32.)

Explique como ocorreu a ocupação da Amazônia a) desde o período colonial até o século XIX.

Caracterize a principal atividade econômica da b) Amazônia, entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX, mencionando as razões de sua importância internacional.

Apresente fatores relacionados à Amazônia Brasi-14. leira.

O mil e novecentos foi, em Manaus, (...) época de um 15. esplendor artístico em desproporção com a paisagem agrestemente tropical que rodeava a um tanto postiça capital do Amazonas. Já Manaus tivera, com efeito, bonde elétrico, praças asfaltadas, porto eletrificado tudo antes de outros estados. O Teatro Amazonas já era o mais belo e o mais imponente teatro de todas as Américas.

(FREYRE, Gilberto. Ordem e Progresso. Rio de Janeiro:

Livraria José Olympio Editora, 1959, p. 408-411. tomo 2.)

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Nas últimas décadas do século XIX e no início do século XX, o surgimento do pneumático e o desenvolvimento da indústria automobilística fizeram crescer a demanda internacional pela borracha. Nessa mesma época, o Brasil detinha praticamente 100% do mercado mundial do produto, desfrutando assim de uma situação privilegiada no mercado internacional.

Identifique uma atividade econômica que caracterizava a região amazônica no século XVII.

(Fuvest) No século XVIII a produção do ouro provocou 16. muitas transformações na colônia. Entre elas podemos destacar:

a urbanização da Amazônia, o início da produção a) do tabaco, a introdução do trabalho livre com os imigrantes.

a introdução do tráfico africano, a integração do ín-b) dio, a desarticulação das relações com a Inglaterra.

a industrialização de São Paulo, a produção de café c) no vale do Paraíba, a expansão da criação de ovinos em Minas Gerais.

a preservação da população indígena, a decadên-d) cia da produção algodoeira, a introdução de operá-rios europeus.

o aumento da produção de alimentos, a integração e) de novas áreas por meio da pecuária e do comér-cio, a mudança do eixo econômico para o Sul.

(Fuvest) Discorra sobre o impacto provocado pela 17. descoberta do ouro das Minas Gerais na organização interna da colônia.

(UFMG) Todas as alternativas contêm afirmações cor-18. retas sobre a tributação do ouro nas Minas no período colonial, exceto:

a Derrama era a cobrança dos impostos atrasados a) quando não eram preenchidas as cotas anuais.

a tributação do ouro se verificou inicialmente sob a b) forma de cobrança por bateias.

o imposto da Capitação recaía sobre todo escravo c) empregado nos trabalhos auríferos.

o ouro passou a ser quintado somente a partir da d) instalação das Casas de Fundição.

o quinto correspondia a uma porcentagem sobre a e) produção paga pelos mineradores.

(UFC) Os bandeirantes paulistas foram responsáveis pela 19. interiorização e expansão do projeto colonial português. Suas expedições visavam ao aprisionamento de índios, com a finalidade de transformá-los em mão-de-obra escrava, e a metais preciosos para seu enriquecimento pessoal ou da Coroa portuguesa.

Diga como eram chamadas as expedições conduzi-a) das pelos bandeirantes.

Apresente pontos de divergência presentes na his-b) toriografia brasileira, a respeito da ação dos ban-deirantes.

(Fuvest) Podemos afirmar sobre o período da mineração 20. no Brasil que:

atraídos pelo ouro, vieram para o Brasil aventureiros a) de toda espécie, que inviabilizaram a mineração.

a exploração das minas de ouro só trouxe benefí-b) cios para Portugal.

a mineração deu origem a uma classe média ur-c) bana que teve papel decisivo na independência do Brasil.

o ouro beneficiou apenas a Inglaterra, que finan-d) ciou sua exploração.

a mineração contribuiu para interligar as várias re-e) giões do Brasil, e foi fator de diferenciação da so-ciedade.

(Fuvest) “Na mineração, como de resto em qualquer 21. atividade primordial da colônia, a força de trabalho era basicamente escrava, havendo entretanto os interstícios ocupados pelo trabalho livre ou semilivre. Dificilmente o homem livre destituído de recursos vultosos poderia se manter como proprietário, sobretudo em Minas, região que, apesar de tida tradicionalmente como rica e demo-crática, apresentava possibilidades favoráveis apenas a um pequeno número de pessoas.”

(SOUZA, Laura de Mello e. Desclassificados do Ouro.)

Qual o conceito expresso pela historiografia tradicional sobre o poder político e econômico nas áreas de mineração? Como esse conceito é contestado no trecho anterior?

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Além das sub-regiões do Sudeste, o Centro-Sul é 22. formado pelo Norte de Minas Gerais e pela região Sul. Explique por que podemos afirmar que essas são regiões economicamente opostas. Exemplifique.

Explique o que era o bandeirismo de apresamento.23.

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E1.

B2.

A produção açucareira, o engenho, os escravos e o tipo 3. de engenho, o trapiche movido à tração animal.

A Holanda foi proibida de comercializar o açúcar do 4. Nordeste, sendo assim, invade o Brasil.

5.

Bandeirismo, atividade missionária e criação de gado a) no Sul do país.

“b) Uti posseditis”, ou seja, tem a terra quem dela se apossou.

B6.

A região de pastagens naturais desenvolveu o gado 7. bovino e muar, oferecendo carne, couro, força motriz e outros.

A8.

9. Deve-se à mineração e à base escravista de pro-a) dução.

Refere-se à composição étnica, especialmente bra-b) sileira de brancos europeus, negros e índios.

B10.

C11.

C1.

V, F, F, V, V2.

B3.

A4.

C5.

A mudança da política de tolerância e a execução das 6. dívidas dos portugueses.

Utilização de um processo natural do Nordeste com 7. finalidade de só conseguir recursos econômicos junto ao poder Federal Região Nordeste.

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Promoveu a urbanização do Recife, convenceu os 8. banqueiros holandeses a financiar os senhores-de- -engenho e permitiu a liberdade de culto religioso aos protestantes.C9.

E10.

C11.

O Tratado de Methuen, também chamado de “Tratado 12. dos Panos e Vinhos”, estabelecia que Portugal poderia exportar vinhos para a Inglaterra pagando tarifas alfan-degárias preferenciais; em contrapartida, a Inglaterra venderia seus tecidos (melhores e mais baratos que os panos portugueses) e Portugal sem quaisquer taxas aduaneiras. Com isso, as manufaturas portuguesas não puderam suportar a concorrência britânica. Con-sequentemente, o ouro brasileiro foi canalizado para a Inglaterra, a fim de cobrir o déficit comercial português. Por todos esses aspectos, Celso Furtado conclui que o Tratado de Methuen criou condições favoráveis à intensificação da acumulação capitalista responsável pela Revolução Industrial Inglesa do século XVIII.

13.

Desde o período colonial até meados do século XX, a) a ocupação da Amazônia esteve vinculada às ativida-des extrativistas e a ação de missionários religiosos, tendo na hidrografia a via de acesso ao interior.

No período do colonial destacaram-se a exploração das drogas do sertão e a ação sobretudo dos jesuí-tas na fundação de núcleos de povoamento.

Entre 1880 e 1920, a região viveu o “Ciclo da Borra-b) cha”, favorecido pela demanda do produto em de-corrência da Segunda Revolução Industrial.

Se de um lado a exploração da borracha enrique-cia seringalistas e atravessadores, fez proliferar na Amazônia uma massa pauperizada, formada princi-palmente por migrantes do Nordeste.

14.

1) A Amazônia constitui um espaço econômico, social e político pouco estruturado e potencialmente ge-rador de novas oportunidades.

2) A diversidade biológica ímpar da região lhe con-fere, atualmente, grande valor tendo em vista o de-senvolvimento de biotecnologias.

3) A região apresenta focos de modernidade, exem-plificados pela presença de uma zona franca de comércio e de grandes projetos de mineração.

4) As disputas pela posse e pelo uso da terra envol-vendo posseiros, fazendeiros, extrativistas, garim-peiros, índios e companhias mineradoras e madei-reiras continuam.

No século XVII, a principal atividade econômica na região 15. Amazônica foi o extrativismo vegetal caracterizado na exploração das “drogas-do-sertão” (condimentos, re-sinas aromáticas, sementes oleaginosas, frutos, plantas medicinais e tintoriais). Em menor escala, praticava-se a pecuária e em ambos os casos, explorava-se o trabalho indígena através do escambo.

E16.

O ouro provocou a mudança da capital de Salvador 17. para o Rio de Janeiro; a interiorização da colonização; um mercado interno; a urbanização é uma menor con-centração de renda.

D18.

19.

Entradas ou bandeiras.a)

Para muitos são vistos como heróis que desbrava-b) ram os sertões, para outros homens movidos pela cobiça e ganância de enriquecimento.

E20.

O de que na sociedade colonial esta era polarizada entre 21. senhores e escravos. Com a mineração, apresenta-se uma estratificação da sociedade com homens livres brancos trabalhadores (camada média).

Devido ao ritmo diferente de atividades econômicas e 22. ao quadro natural.

Norte de Minas - semiárido, atividade restrita - pecuária extensiva.

Região Sul - subtropical, dinamismo econômico influên- cia da imigração.

Era a captura de índios por grupos de bandeirantes, para 23. serem vendidos como escravos aos engenhos.

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