Hippolyte, Kardec · da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas Raymond Monvoisin •(1790-1870)...

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Hippolyte, Kardec

e a Arte

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Hyppolite Léon Denizard Rivail /

Allan Kardec

• Nascimento: 03 de outubro de 1804

• Desencarnação: 31 de março de 1869

• Trabalho da Codificação:

– 1855 a 1869

• Século XIX – França: O século da Razão

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Biografia

• Instituto Pestalozzi

• O casamento com Amélie Gabrielle Boudet

• O pedagogo

• Obras – livros didáticos: pedagogia, matemática, gramática, filosiologia, química, física, etc

• Codificador da Doutrina Espírita

• O pentateuco: Obras Básicas do Espiritismo

– Livro dos Espíritos, Livro dos Médiuns, Evangelho segundo o Espiritismo, A Gênese, O Céu e o Inferno

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E a Arte na vida

de Hippolyte?

E na de Kardec?

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• Hippolyte era professor, pedagogo, intelectual

• Viveu num século de grandes mudanças e avanços na ciência, filosofia e na arte

• Do final do século XVIII ao início do século XX, a cultura da França teve seu período áureo de influência no mundo.

Século XIX –1801 a 1900

O século em que Kardec viveu

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Século XIX – Contexto

• No século anterior (século XVIII), o que aconteceu: – Revolução Francesa iniciou a Idade Contemporânea – Revolução Industrial – Iluminismo

• Ciência e tecnologia no século XIX:

– Invenções: locomotiva a vapor, iluminação de rua, telégrafo, telefone, fotografia, lâmpada, automóvel, etc;

– Darwin e a teoria evolucionista.

• Consolidadas ideias Iluministas Positivismo:

– Rejeição à religiosidade e misticismo;

– Teorias tem que ser comprovadas cientificamente.

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Séc. XIX- Inúmeros movimentos artísticos

• Neo Classicismo – fins do século XVIII a 1830;

• Romantismo – 1800 a 1860;

• Realismo –1850 a 1900;

• Impressionismo – 1872 a 1900

A arte cada vez mais desatrelada da religião e ligada aos fatos sociais.

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Neoclassicismo – Jacques Louis David “O juramento dos Horácios”

Romantismo – Delacroix “A Liberdade guiando o povo”

Realismo - Gustavo Coulbert “Auto retrato”

Impressionismo – Monet “O lago das ninfas – Harmonia verde”

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Hippolyte e a Arte

• Sua esposa Amélie Gabrielle Boudet:

– Poetisa e artista plástica – técnicas tradicionais;

– Professora de Letras e Belas Artes.

• Intelectual, Hippolyte apreciava as artes, mas não era artista;

• Trabalhou uma época como guarda-livros (uma espécie de contador) de um teatro;

• Pedagogo, sua produção foi quase toda de livros didáticos: pedagogia, matemática, gramática, filosiologia, química, física, etc

• Mas o sr. Rivail escreveu uma peça de teatro!!!!!

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Comédia Musical

“Uma Paixão de Salão”

• Autoria:

– Napoléon Gallois

– Hippolyte Rivail

• Foi apresentada em Paris, em 1845.

• Não é uma peça espírita.

– Tem somente interesse histórico.

• Sinopse: um conquistador cai de amores por uma bela senhorita em um quadro. Porém, ela é uma senhora elegante e louca para sair da solteirice.

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Arte nas obras de Allan Kardec

• O Livro dos Espíritos:

– Questões 220, 251, 315, 316, 521, 565, 566

• O Livro dos Médiuns:

– Apresentação Artística e a relação com a plateia nos dois planos da vida

• Obras Póstumas:

– Música Espírita

– Sobre as artes em geral: sua regeneração pelo Espiritismo

• Revista Espírita:

– 64 artigos e mensagens de artistas desencarnados e encarnados

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Alguns espíritas artistas do séc. XIX

• Victor Hugo - romancista:

– “Notre-Dame de Paris”

– “Os Miseráveis”

• Arthur Conan Doyle - escritor policial :

– criador do Sherlock Holmes

– Autor de “A História do Espiritismo”

• Pintor Raymond Monvoisin

• Dramaturgo Victorien Sardou

• Hugo, Monvoison e Sardou foram membros da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas

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Raymond Monvoisin

• (1790-1870) Pintor, desenhista e litógrafo francês que se radicou por dez anos na América do Sul, principalmente no Chile

• Esteve no Brasil e pintou o retrato de Dom Pedro II

• Primeiro pintor espírita

– Doou 8 obras com ótica espírita para Kardec, que teve a idéia de abrir um Museu Espírita;

– Desconhecido o motivo do extravio das obras.

Auto-retrato

de Monvoisin,

conhecido

erroneamente

como H. Rivail

na juventude

“Soldado de

la guardia

de Rosas”

“Dom Pedro II”

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Victorien Sardou

• (1831 — 1908) Dramaturgo francês, conhecido pelas suas comédias e libretos de ópera (“Tosca”, “Fedora”)

• Acompanhou Kardec desde as primeiras sessões de mesas girantes

• Autor da primeira peça espírita: “Spiritisme” (“Amargo Despertar”, no Brasil)

• Estreou no Theatre de la Renaissance – Paris, em 1896, com Sarah Bernhardt

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Mansão de Mozart,

em Júpiter

(descrita na Revista

Espírita ago/1858)

• Sardou era médium de psicopictografia. A Revista Espírita publicou desenhos de habitações de Júpiter, inclusive a mansão de Mozart.

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Revista Espírita – alguns artistas

desencarnados que se comunicaram

• Benvenutto Cellini (1500-1571) – escultor e ourives da Renascença;

• François Fénelon (1651-1715) – poeta e escritor;

• Mozart (1756-1791) - compositor;

• Chopin (1810-1849) - compositor;

• Alfred de Musset (1810-1857) – poeta e dramaturgo;

• Rossini (1792-1868) – compositor.

(*) Alguns foram contemporâneos de Kardec

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Trechos de Mensagens – Mozart (Revista Espírita - maio/1858 e maio/1859)

Pergunta a Mozart, que não reconheceu uma obra sua: Como pudeste esquecer a música composta por ti mesmo? • Resp. – “A que tenho aqui é tão bela! Como lembrar daquilo

que era só matéria? “

A música do mundo que habitais pode ser comparada à nossa? • Resp.– Teríeis dificuldade em compreendê-la. Temos sentidos

que, por ora, ainda não possuís. • “Não possuímos instrumentos:

os coristas são as plantas e as aves; o pensamento compõe e os ouvintes desfrutam sem audição material, sem o auxílio da palavra, e isso a uma distância incomensurável. Nos mundos superiores isso é ainda mais sublime. “

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Trechos de Mensagens – Chopin (Revista Espírita - maio/1859)

• “Sob nossas ordens temos legiões de executantes que tocam nossas composições com mil vezes mais arte do qualquer um dos vossos.

• São músicos completos. O instrumento de que se servem é, por assim dizer, a própria garganta; são auxiliados por alguns instrumentos, espécies de órgãos de uma precisão e de uma melodia que, parece, ainda não podeis compreender.”

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Trechos de Mensagens

Benvenuto Cellini (Revista Espírita - abril/1859)

Quais as vossas ocupações no mundo que habitais?

• “Trabalhamos as artes. Sou artista. Na Terra prendi-me à beleza como reprodução; hoje ocupo-me dela como invenção.”

Lamennais (Revista Espírita - maio/1861)

• “Muitas vezes o autor, longe de ser o autor moral de suas obras, não é senão o autor material, imbuído de prejuízos e idéias preconcebidas. eles sentem em si essa voz sagrada, mas a atribuem a si mesmos; recebem a graça na arte como outros a recebem na fé, e algumas vezes ela toca os que pretendem negá-la.”

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Trechos de Mensagens -

A última obra de Ingres (Revista Espírita - abril/1859)

• Um espírito, que se identificou como David, elogiou detalhadamente uma obra de Dominique Ingres que

ninguém conhecia: “Menino Jesus entre os doutores”

• Procuraram Ingres (que estava encarnado) e ele tinha acabado de pintar a obra, que estava em seu ateliê.

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A Arte Espírita - Kardec

Allan Kardec criou o termo Arte Espírita e pela primeira vez utilizou-se publicamente dele na Revista Espírita de dezem-bro de 1860, quando entrevistou o espírito Alfred de Musset:

• Perg.: A pintura, a escultura, a arquitetura, a poesia foram alternativamente influenciadas pelas ideias pagãs e cristãs; quereis nos dizer se, depois da arte pagã e da arte cristã, haverá um dia a arte espírita?

• Resp.: “Fazeis uma pergunta que se responde por si mesma: o verme é verme, torna-se verme de seda, depois borboleta. O que há de mais aéreo, de mais gracioso do que uma borboleta? Pois bem!

A arte pagã é o verme; a arte cristã é a crisálida; a arte espírita será a borboleta.”

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A Arte Espírita

– comentários de Kardec

• “À primeira vista poder-se-ia supor que o Espírito tivesse a intenção de rebaixar a arte cristã, colocando a arte espírita no coroamento do edifício, mas não há nada disto. O Espiritismo apoia-se essencialmente no Cristianismo. Não vem substituí-lo. Completa-o e veste-o com roupagem brilhante. “(Revista Espírita – dezembro/1860)

“Como a arte cristã sucedeu a arte pagã transformando-a, a arte espírita será o complemento e a transformação da arte cristã. “ (Obras Póstumas)

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“O Espiritismo abre à arte um campo novo, imenso, e ainda inexplorado, e quando o artista trabalhar com convicção, como trabalharam os artistas cristãos, haurirá nessa fonte as mais sublimes inspirações.” (Obras Póstumas)

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Obrigado!

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