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Hilti Tech Engenharia Março 2012 Casos de obra: Mercado do Bom sucesso | Fábrica dos Leões | Etar de Alcantara Investigação: Estruturas mistas madeira - betão Eventos: Sessão técnica na Universidade do Algarve

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Hilti TechEngenharia

Março 2012

Casos de obra: Mercado do Bom sucesso | Fábrica dos Leões | Etar de Alcantara

Investigação: Estruturas mistas madeira - betão

Eventos: Sessão técnica na Universidade do Algarve

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Editorial

Reabilitação e reforço

Após a excelente reacção que tivemos em relação ao primeiro número desta revista, damos agora continuidade a um tra-balho que acreditamos valer a pena. Obrigado a todos pelo feedback e pelo tempo dispen-sado na leitura.

Nesta edição, quisemos dar um papel central a ligações químicas em obras de reforço ou reabilitação. Com o desen-volver do mercado da constru-ção no campo da reabilitação, este tipo de aplicações são cada vez mais correntes, o que exige do mundo da engenha-ria um conhecimento cada vez mais profundo quando toca a projectar e aplicar esta tecno-logia.

Podemos encontrar neste número da nossa revista algu-mas obras de referência, entre elas a reabilitação do Mercado do Bom Sucesso, a ETAR de Alcântara e a reabilitação da antiga Fábrica dos Leões.

Neste último caso, o da Fábrica dos Leões, a investigação por parte da Universidade de Coimbra teve um papel crucial no desenvolvimento do pro-cesso. Do mesmo modo pro-curamos dar informações acer-ca de investigação em curso no campo do reforço estrutu-ral, que consideramos ser cada

vez mais importante perante a atual conjuntura do mercado da construção.

Esperamos desta forma estar cada vez mais alinhados consigo e com as necessidades ineren-tes ao exercício da sua activida-de profissional.

Desejos de uma boa leitura!Rui MedalhasEngenheiro Civil

Ficha técnicaDirecção Ana Cruz

Direcção técnica Rui Medalhas

Coordenação redatorial e gráfica Rita Vieira

Recepção de notícias/sugestões [email protected]

Edição bianual

Índice

3

Nova fixação universal Hilti HRD-U8

4-8

Mercado do Bom Sucesso, Porto

9

Novo dispensador HDE

10-11

Estruturas mistas

12-13

Fábrica dos Leões

14-16

Etar de Alcantra

17-18

Polímeros reforçados com fibras

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Sessão técnica na Universidade do Algarve

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Ancoragens

Esta nova ancoragem apresenta uma capacidade elevada de carga, ponto de grande importância com ancora-gens a partir de 8 mm de diâmetro. O mecanismo de expansão da bucha não é capaz de realizar essa função de compensação dimensional pois o plástico cede e dobra-se. Para se poder atingir os valores de carga elevados que se desejam, é neces-sário utilizar materiais mais fortes: o parafuso e o tijolo. O corpo plástico da ancoragem servirá então de amor-tecedor entre o parafuso e o tijo-lo, preenchendo as fissuras na dura superfície do tijolo e distribuindo as forças a que está sujeito.

O segredo do parafuso com três níveis de segurança

O exclusivo parafuso da Hilti oferece um rendimento excecional graças ao seu design.– Passo de rosca mais largo para velocidades de aparafusamento máximas;– Nova geometria de rosca para uma expansão suave e controlada. – Nova forma da cabeça do para-fuso metálico e do corpo plástico em poliamida, de modo a evitar possíveis movimentações indesejáveis no furo do material base, durante a instala-ção.

Nova fixação universal Hilti HRD-U8

Um conceito totalmente novo de ancoragem com três níveis de segurança. A fixação universal Hilti HRD-U8 incorpora um design do parafuso totalmente inovador com dois tipos de rosca, patenteado pela Hilti, que per-mite um aparafusamento e expansão de forma segura e fiável.

Primeira Ancoragem mecânica plástica com homolo-gação ETAG

A nova bucha Hilti HRD-U8 é a primeira ancoragem mecânica plástica, cujas cargas resistentes são apro-vadas de acordo com o guia de aprovação técnica europeia: ETAG-020. Estas ancoragens são fabricadas com poliamida de alta qualidade de modo a oferecer a máxima fiabilidade num amplo intervalo de temperatu-ras (-10ºC a +40ºC).

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Caso de obra

Todas estas alterações de arquitectura sem demolir a estrutura exterior do mercado existente, exi-gem um projecto de engenharia complexo onde se prevêem várias ligações de betão novo ao betão antigo através da selagem de varões. Estas ligações contudo nem sempre são fáceis de dimensionar pelos códigos estruturais em vigor na Europa e as aprovações têm um papel fulcral para este tipo de dimensionamentos. O software Hilti PROFIS Rebar 2.1 é a ferramenta indicada para estabelecer estas ligações, respeitando os códigos de cálculo (EC2/ETA) oferecendo aos Engenheiros, devido à sua ver-satilidade, a flexibilidade necessária para proporem soluções optimizadas e seguras.Ao aplicar os sistemas HIT adequados para este tipo de ligações, o Empreiteiro consegue desenvolver ligações com a capacidade de resistir a valores atuantes elevados com profundidades de embebimento dos varões reduzidas. As vantagens apresentadas pelo Empreiteiro neste projecto sublinhavam a rapi-dez e facilidade da aplicação dos químicos HIT prescritos neste projecto, tendo uma enorme poupança de tempo sem nunca colocar em causa a integridade da solução.

Mercado do Bom Sucesso, Porto

No projecto de requalificação do Mercado do Bom Sucesso, toda a intervenção proposta se desenvolve no interior do edifício, sem qualquer alteração das fachadas e da cobertura existentes. Propôs-se a construção de dois edifícios no interior, um destinado à insta-lação de um hotel, outro destinado a escritórios e uma fundação. A solução procurou que se mantivesse a leitura de todo o espaço que encerra a cobertura do Mercado, assim como a sua estrutura e ritmos de aberturas. Deste modo, os edifícios agora criados não tocam nas fachadas nem na cobertura existente, desenvolvendo-se como peças escultóricas soltas neste contexto.

Arq.ª Rosário Rodrigues – Ferreira de Almeida Arquitectos

Dados de ObraProjecto: Requalificação do

Mercado de Bom Sucesso, 2009Localização: Porto, Portugal Dono de obra Mercado Urbano - Gestão

Imobiliária, S.A. Arquitectura: Ferreira de Almeida Arquitectos,

LdaEngenharia: Sopsec - Sociedade de

Prestação de Serviços de Engenharia Civil, Lda.

Empreiteiro: Mota Engil / Eusébios

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Caso de obra

Bloco Norte (Autodesk Revit Structure)

A intervenção ao nível do projecto de estruturas centrou-se em duas grandes áreas, a reparação, reabilitação e reforço da estrutura e fundações e o projecto da nova estrutura pré-existente.

A análise do comportamento estrutural global foi efectuada com base em modelos tridimen-sionais recorrendo a programas de cálculo automático, ROBOT Structural Analysis 2012 da

Autodesk e SOFISTIK, que efectuam o cálculo dos esforços mediante uma modelação por ele-mentos finitos de casca e de barra.

A quantificação das capacidades resistentes de secções de betão armado foi feita com recurso a rotinas de cálculo automático elaboradas na empresa SOPSEC, S.A.

Os edifícios novos foram concebidos como estruturas monolíticas, sem juntas de dilatação procurando-se dotar a estrutura de maior capa-cidade de repartição de esforços pelos elemen-tos de contraventamento e evitar pontos com eventuais debilidades de funcionamento asso-ciados às juntas de dilatação.

O bloco Norte possui uma estrutura totalmente independente da estrutura existente, evitando deste modo a alteração do princípio e comporta-mento estrutural do existente. As soluções estru-turais preconizadas para os elementos verticais, passaram genericamente pela utilização de pila-res mistos, quando estes são inclinados, pilares, paredes e caixas de escadas e elevadores em betão armado nos restantes casos.

Opções estruturais na obra

Modelo parcial de cálculo

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A superstrutura é em betão armado, constituída por paredes e pilares dando apoio a lajes fun-giformes maciças de 25 e 20 cm de espessura. A cobertura é materializada por uma estrutura metálica de aço leve cujos objectivos passaram pela diminuição das cargas sobre a estrutura de betão e o facilitar do processo construtivo, dadas as condicionantes de acesso resultantes da estrutura existente.

O bloco Sul é constituído por uma estrutura reti-culada de betão armado cujos elementos verti-cais, pilares e paredes, dão apoio a vigas e lajes maciças de betão armado com, genericamente, 22 cm de espessura. A cobertura é constituída por pórticos metálicos, regularmente espaça-dos, que dão apoio a madres em aço leve e apoiam-se nos pilares de betão.

A estrutura do bloco sul interage pontualmente com a estrutura existente através do prolonga-mento de alguns pilares desta e a materializa-ção, ao nível do Piso 0, de uma laje fungiforme com 23 cm de espessura que se apoia predo-minantemente em pilares existentes, dispostos numa malha de 7.00x5.40m. O apoio da laje nos pilares existentes é realizado através de capitéis em betão com as armaduras seladas nos pilares.Os modelos de cálculo foram realizados no ROBOT Structural Analysis 2012 da Autodesk e SOFISTIK, como atrás referido, e tiveram

em conta a evolução construtiva da obra. O recurso a estes programas de cálculo permitiu, ainda, uma integração directa com o programa de desenho Autodesk Revit Structure, softwa-re com tecnologia BIM - Building Information Modeling, proporcionando uma visão integrada do projecto, a interacção da Arquitectura com as engenhariaras e a articulação do projeto com o planeamento e a orçamentação da empreita-da.

Eng.º Emanuel Correia, SOPSEC, S.A.Eng.º Marco Duarte, SOPSEC, SA.

Bloco Sul (Autodesk Revit Structure)

Caso de obra

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Soluções Hilti apresentadas em obra

Uma das principais preocupações na execução de um reforço é a de garantir a melhor ligação entre os elementos existentes e os de aplicação, de forma a que se consiga ter um comportamento estrutural monolítico. Para tal, segue-se uma des-crição das técnicas adoptadas ao nível dos pilares e das fundações, assim como das ancoragens em estruturas mistas.

Encamisamento de Pilares

Esta técnica consiste essencialmente no aumento da secção transversal dos ele-mentos pela adição de armadura suple-mentar e de uma camada de betão que envolve a secção inicial e na qual ficam inseridas as novas armaduras. Para executar correctamente um encami-samento é necessário seguir uma série de etapas fulcrais para o sucesso da opera-ção: escoramento, preparação da superfí-cie tornando-a rugosa até à visibilidade do agregado, colocação de novas armaduras, betonagem e cura.A garantia da melhor ligação entre a estru-tura existente e a nova é dada pela realiza-ção de selagens introduzindo o varão num furo preenchido com uma resina epoxídi-ca, nomeadamente a HIT-RE 500 da Hilti. Neste processo, deverá ter-se o cuidado de limpar o furo removendo todas as poei-ras e garantir a inexistência de vazios cau-sados por bolhas de ar. Do mesmo modo, o tratamento da superfície existente até à visibilidade do agregado é essencial para a garantia da melhor ligação entre o betão inicial e o de reforço.

Caso de obra

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Ancoragens

As ancoragens em estruturas mistas aço betão são fulcrais para o correto comporta-mento das estruturas. De facto, as ligações dos elementos metálicos ao material base carecem de um dimensionamento segundo normas europeias (ETAG) que definem o método de cálculo a adoptar e garantem a segurança perante os diferentes modos de rotura possíveis. No presente caso foram efectuadas várias ligações deste tipo, tendo sido feitos os res-pectivos dimensionamentos consoante os níveis de carga e as características geométri-cas e resistentes dos elementos presentes no processo. Para tal, usou-se o software de cál-culo PROFIS Anchor 2.2.4 que permite obter soluções seguras, de acordo com a legislação em vigor, e optimiza as soluções adoptadas no sentido da maior economia possível para o utilizador final.

Reforço de Fundações

Quanto ao processo de reforço em funda-ções, como se pode analisar pela foto ao lado, é bastante idêntico ao dos pilares. Assim, do mesmo modo que nos pilares se realizam as selagens da nova estrutura à antiga, nas fundações é necessário fazer a transferência das cargas através deste método. Neste caso, a selagem assume uma importância extrema na transferência de esforços transversos e momentos flectores, pelo que o correto comportamento da estru-tura disso dependerá. Quanto ao faseamen-to construtivo, subdivide-se nas seguintes etapas: escavação cuidada até atingir a base da fundação existente, demolição e picagem do maciço sem atingir as armaduras, execu-ção das ancoragens e betonagem dos novos elementos.

Caso de obra

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Foi lançado recentemente no mercado Português o novo dispensador da Hilti de cartuchos HIT, o HDE. A principal inovação deste dispensador é o manípulo de dosagem que permite ao utilizador controlar a quantidade a introduzir em cada furo, que vai resultar numa considerável poupança de químico e evita desperdícios desnecessários. Para além desta característica, existe ainda um meca-nismo de folga que automaticamente diminui a pressão no cartucho para evitar que este continue a libertar químico após a injecção. Este equipamento já foi utilizado em alguns Projectos Europeus, incluindo Portugal, e a poupança de químico de Injecção foi consideravelmente inferior ao previsto devido a esta nova tecnologia resultando numa total satisfação dos Empreiteiros.

Novo dispensador a bateria HDE

Produtividade: Manípulo de dosagem permite controlar o volume de químico a injectar

Manuseamento: Nova forma de intro-duzir os cartuchos mais prática

Performance: Bateria de 22 volts compatível com outros equipamentos

Ancoragens

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A Universidade de Coimbra, o Instituto Politécnico de Castelo Branco e a empresa Hilti desenvolveram um pro-jecto, de investigação aplicada, que teve como objectivo o desenvolvimento e optimização de ligações para estruturas mistas madeira-betão usando a resina epoxídica Hilti HIT RE 500. O crescente interesse no meio técnico pela utili-zação das estruturas mistas madeira-betão, em particular no sector da reabilitação, motivou a indústria, em parceria com o meio universitário, ao desenvolvimento de novas soluções ou à consolidação das já existentes. Este tipo de solução apresenta uma grande flexibilidade, nomea-damente ao nível da reabilitação de pavimentos, podendo ser aplicada num grande leque de situações, com ganhos significativos em termos de resistência e rigidez, sempre que a madeira original se encontre em bom estado de con-servação.

O programa de investigação baseou-se na avaliação expe-rimental do comportamento mecânico das ligações mistas. Foram identificadas de especial interesse, para o estudo, um total de 11 configurações distintas. As soluções testa-das destinam-se à utilização em pavimentos de edifícios e tabuleiros de pontes. No caso das ligações de pontes, devido ao caracter cíclico das acções, foram realizados não só ensaios monotónicos mas também cíclicos.

Optimização de ligações para estruturas mistas

Investigação

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Investigação

A caracterização das ligações mistas foi realizada com base em ensaios de corte simples seguindo o disposto na norma ISO-EN 26891 (1991). Nas ligações estudadas, a transmissão dos esforços de corte entre a madeira e o betão foi efectuada por duas formas: contacto directo entre a madeira e o betão através de um entalhe na madeira associado à tracção num dispositivo metálico colado na madeira, ou através da interposição de um elemento metálico entre os materiais. Em todas as configurações o desempenho da resina epoxídica é essencial de forma a asse-gurar um correcto funcionamento da ligação mista. Em termos de madeiras foram consideradas duas espécies distintas, Pinho bravo e Espruce, a primeira característica de Portugal, muito presente em obras de reabilitação, sendo a segunda uma madeira largamente usada em toda a Europa.Previamente à análise do comportamento das ligações mistas, foram realizados ensaios de tracção da colagem em peças de madeira. Estes ensaios conduziram a uma avaliação prévia do comportamento dessa componente da ligação, fornecendo informação técnica sobre a capacidade resistente da ligação madeira aço usando a resina Hilti HIT RE500.

Os resultados atingidos comprovaram os expectáveis valores elevados tanto para a resis-tência como para a rigidez das ligações mostrando assim a sua elevada aptidão e potencial neste tipo de aplicação.

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O projeto indicava a utilização de conectores aparafusados metálicos, com recurso a equipamento específico de furação dupla.O objetivo era apresentar uma alternativa similar para estimar um comparativo que permitisse con-cluir qual o sistema ideal a adoptar, tendo em conta alguns pontos fundamentais:• Apresentação de modelo de cálculo com estimativa de resistências;• Necessidade de realização de teste de arranque em obra;• Detalhes de instalação e equipamentos necessários;• Tempos de execução;• Custos.

A apresentação do modelo de cálculo e resistência foi efectuada com a colaboração da equipa da FCTUC-DEC, Prof. Alfredo Dias/Prof. Luís Filipe Jorge/Eng. Hélder Martins, baseado no recente trabalho de investigação/mestrado. O estudo foi apresentado à entidade projetista Adão da Fonseca Engenheiros e Consultores, Lda, sendo aprovado pelo director de projeto.

Reabilitação da antiga fábrica dos Leões - Évora

Casos de Obra

Por parte do director de obra do empreiteiro, Sr. Eng. Jorge Alves, foi apresentado um desafio de cariz construtivo à Hilti: necessitavam de uma solução construtiva para efectuar uma laje mista madeira--betão, com recurso a conectores metálicos. A Hilti rápidamente se preparou para dar resposta ao pedido.

Obra de Reabilitação da Antiga Fábrica dos Leões em Évora

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Casos de obra

A solução foi baseada em conectores metálicos, executados com varões de aço de construção moldados em obra, fixados à estrutura de suporte em madeira com recurso à resina HIT-RE 500.

Ensaio em obra Furação para fixação de conetores

Os testes efetuados em obra pela equipa de engenharia da Hilti confirmaram os cálculos apresen-tados, tendo a solução merecido a aprovação da equipa de projecto.

Vista geral conectores Pormenor da fixação

Resultado Final - Comparação de conexão metálica, aparafusada vs química (análise facultada pelo Eng. Jorge Alves):• Redução do n.º de conectores estimados inicialmente (em aprox. 50%), para um total final de

cerca de 13.000 conectores aplicados;• Utilização de equipamento de perfuração normal Hilti, em vez de equipamento especial para

aparafusar conectores (menos custos);• Utilização de conectores efetuados com aço de construção habitualmente disponível em obra,

em vez de conectores de fabrico especial e de importação, reduzindo os “timings” de execução dos trabalhos;

• Ganho considerável, com a solução química, em tempo de instalação (cerca de 50%);• Redução significativa de custos, que só no material representou cerca de -60%.

Proposta de exemplo para obras de reabilitação nas nossas cidades!

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A ETAR dispõe de uma capacidade de tratamento instalada para um caudal de ponta de 3,3 m3/s em tempo seco (tratamento biológico) e 6,6 m3/s em tempo húmido (tratamento físico-químico), sendo de realçar que durante as obras de beneficiação, iniciadas em 2006 e finalizadas em 2010, foi sempre garantido o pleno funcionamento da ETAR.

Um dos empreiteiros envolvidos no consórcio, a Hidrocontrato – Contratação e Coordenação de Empreendimentos de Engenharia Lda. na pessoa do Eng. João Miranda, pediu a colaboração do departamento de engenharia da Hilti para a definição de soluções de suporte destinadas a redes de águas residuais DN800 em tubagem de Ferro Fundido Dúctil.

Suporte de uma instalação de redes de àguas residuais para ETAR de Alcântra

Casos de Obra

Representando um investimento de cerca de 70 milhões de euros, foi concluída a empreitada de adaptação e ampliação da nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcântara, cuja gestão é da responsabilidade da SIMTEJO, empresa do Grupo Águas de Portugal.

Vista de obra da ETAR

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Casos de obra

Foi proposta uma solução na nossa gama de calhas técnicas “MI” direcionada para suportes de tubagens industriais, uma vez que cada vara de 7 m de tubagem DN800 em FFD pesa cerca de 1699,22 Kg, isto aliado ao facto de estar sempre em carga e se pretender uma distância de 2,5 m entre cada suporte definiu sem espaço para dúvidas a solução a apresentar. Foram preconizadas duas soluções usando o nosso software HILTI PROFIS INSTALLATION, um suporte com um nível horizontal (uma tubagem) e um suporte com dois níveis horizontais (duas tubagens), de acordo com as figuras apresentadas de seguida.

Modelo MEF e 3D para uma tubagem

Modelo MEF e 3D para as duas tubagens

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Após análise recorrendo a elementos de viga e usando o método dos elementos finitos, definiu-se uma solução técnica que garantiu que, para as condições inicialmen-te determinadas, o aço estaria sempre a ser solicitado dentro do seu limite elástico. A esta solução técnica junta-se o facto de ao usar a nossa gama “MI”, a construção foi feita em obra e à medida do local, uma vez que muitas vezes os pisos não são total-mente isentos de declive. Assim é possível ajustar-se sempre que necessário e sem a necessidade de tratamentos superficiais, uma vez que o material é fornecido com uma galvanização a quente com espessura de zinco de 75 µm. Apresenta-se de seguida a aplicação real das soluções preconizadas, assim como algumas aplicações idealizadas em obra.

Informação disponibilizada pelas Águas de Portugal / Informação disponibilizada pela SIMTEJO no seu sítio de internet. / Informa-ção disponibilizada pelas Águas de Portugal no seu sítio de internet. / Informação do fabricante Saint-Gobain PAM.

Casos de Obra

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Propriedades como baixo peso, elevado rácio rigidez/peso, imunidade à corrosão, grande variedade de tamanhos e formatos disponíveis e ainda o decréscimo dos custos de fabrico destes, são algumas das razões que justificam a crescente utilização deste tipo de materiais.As técnicas mais comuns para aplicação de FRP’s são, em geral, baseadas na utilização de laminados unidirecionais através da: (i) apli-cação de mantas (sistemas curados in situ) ou laminados (sistemas pré-fabricados) colados externamente sobre a superfície do elemento estrutural a reforçar (EBR – Externally Bonded Reinforcement, na literatura técnica inglesa); (ii) inserção de laminados (ou varões) em ranhuras abertas no betão de recobrimento (NSM – Near-Surface Mounted, na literatura técnica inglesa). A ligação entre os FRP’s e o betão é normal-mente assegurada por adesivos epóxi (ACI, 2008; CNR, 2004). A eficiência dessas técnicas depende, principal-mente, do desempenho da ligação. Dado que este tipo de reforço é aplicado ao nível do betão de recobrimento, que é normalmente a região com as piores propriedades mecânicas do ele-mento a ser reforçado, é frequente a ocorrência de rotura precoce do reforço por destacamento. Na tentativa de solucionar este problema, têm sido aplicados alguns complementos às téc-nicas de reforço anteriormente mencionadas, como sejam a aplicação de sistemas de anco-ragem compostos por chapas de aço aparafu-sadas nas extremidades do reforço ou o uso de cintas em manta de FRP. Para além da concen-tração de tensões que este tipo de intervenção localizada introduz nos elementos a reforçar, são necessários trabalhos de preparação dife-renciados e morosos que podem comprometer a competitividade destas técnicas.

FRP’s - Reforço estrutural

A aplicação de polímeros reforçados com fibras (FRP – Fiber Reinforced Polymers, na literatura técnica inglesa) no reforço de estruturas de betão armado tem vindo a merecer cada vez maior aceitação no seio da comunidade da Engenharia Civil, existindo já sistemas de reforço tipo com materiais e técnicas bem definidos.

Prof. Sena Cruz

Investigação

Recentemente foi desenvolvido um sistema alternativo à técnica de reforço EBR, que con-siste na utilização de laminados multidirecionais híbridos de FRP apenas ancorados ao betão através de ancoragens mecânicas (MF-FRP – Mechanically Fastened, na literatura técnica inglesa). O conceito MF-FRP não é novo, uma vez que a sua génese está associada ao reforço de estruturas de betão armado utilizando cha-pas de aço. Na técnica MF-FRP os laminados de FRP substituem as chapas de aço (Bank, 2004).A técnica que aqui se apresenta utiliza lamina-dos multidirecionais de fibra de carbono simulta-neamente colados e ancorados ao betão, tendo sido designada por MF-EBR – Mechanically Fastened and Externally Bonded Reinforcement. Esta técnica de reforço utiliza laminados multi-direcionais de CFRP (MDL-CFRP) e procura explorar os pontos fortes das técnicas MF-FRP e EBR, na tentativa de superar as falhas locais registadas na primeira e o descolamento pre-maturo observado na segunda (Sena-Cruz et al., 2010).Nesse contexto foi concebido um laminado multidirecional constituído por várias camadas de dois laminados de CFRP existentes no mer-cado. Este foi projetado de modo a suportar, para além das ações induzidas pelo sistema EBR, as que resultam da introdução de anco-ragens.

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Investigação

Com vista à avaliação do comportamento da ligação ancorada e colada entre laminados multidi-recionais e o betão foram realizadas várias campanhas de ensaios experimentais, nomeadamente, ensaios de arranque direto em provetes de betão armado, ensaios de flexão em vigas de betão armado e ensaios de nós de pórtico sujeitos a carregamentos cíclicos (ver Figura 1). Em todas as campanhas foram analisados provetes reforçados com MDL-CFRP usando as técnicas MF-EBR e MF-FRP, e provetes reforçados com laminados unidirecionais usando as técnicas EBR e NSM.O presente trabalho foi realizado nos últimos dois anos no Laboratório de Estruturas da Universidade do Minho sob a supervisão do Professor José Sena Cruz.Na execução do mesmo foi preciosa a ajuda da Hilti, nomeadamente, no fornecimento daquele que se veio a revelar como o sistema de aplicação da técnica MF-EBR mais eficaz. Este consistia na aplicação de ancoragens químicas HIT HY 150 MAX em conjunto com varões HIT-V M8 8.8 e anilhas de aba larga DIN9021.A apresentação dos resultados do projeto de investigação ao abrigo do qual este trabalho foi desenvolvido, foi realizada em várias conferências e congressos, nacionais e internacionais. Toda a informação relativa ao referido projeto poderá ser consultada no sitio web do mesmo.

Prof. Sena Cruz

Referências:American Concrete Institute (ACI), (2008). “Guide for the de-sign and construction of externally bonded FRP systems for strengthening concrete structures.” Report ACI 440.2R-08 by ACI Committee 440, Farmington Hills, USA, 80 pp.CNR-DT 200 (2004). “Guide for the Design and Construction of Externally Bonded FRP Systems for Strengthening Existing Structures.” National Research Council, Rome, 157 pp.Bank, L.C. (2004). “Mechanically Fastened FRP (MF-FRP) Strips for Strengthening RC Structures – A Viable Alternative”, Proceedings of CICE 2004, 2nd International Conference on FRP Composites in Civil Engineering, December 8-10, Ad-elaide, Australia, 12 pp.Sena Cruz, J.M., Barros, J.A.O., Coelho, M. (2010). “Bond Between Concrete and Multi-Directional CFRP Laminates.” Advanced Materials Research - Structural Analysis of Historic Constructions, Vols. 133-134, 917-922. [doi:10.4028/www.scientific.net/AMR.133-134.917]

Arranque direto Flexão em vigas

Nós de pórtico sujeitos a ações cíclicas

Ensaios realizados para caracterização do comportamento da ligação entre o betão e o MDL-CFRP

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Eventos

Decorreu no transacto ano de 2011, no dia 12 de Outubro, uma sessão técnica no Instituto Superior de Engenharia da UALG realizada devido à coope-ração entre o Departamento de Engenharia da Hilti e o Departamento de Engenharia Civil do instituto, na pessoa do professor Eng.º António André.A sessão foi aberta a estudantes, professores, pro-jectistas, empreiteiros, clientes Hilti e empresas de fiscalização do Algarve. Houve a participação de 94 pessoas, das quais 10% foram alunos.Os temas abordados foram o dimensionamen-to de ligações estruturais aço-betão, conectores de corte de fixação directa para lajes-mistas e o dimensionamento de ligações estruturais betão--betão.

Sessão Técnica Hilti no Instituto Superior de Engenharia da Universidade do Algarve

A sessão técnica contou ainda com a contribuição do director do Instituto, o Eng.º Ilídio Mestre, e do respectivo director do Departamento de Engenharia Civil, o Eng.º Vítor Charneca. Posteriormente foi pedida a opinião dos participantes através de um inquérito, que se mostrou extremamente positivo, de acordo com o objectivo preconizado pela Hilti.De futuro e também alinhados com os resultados do inquérito efectuado aos participantes, a Hilti poderá introduzir nas futuras sessões técnicas a realizar os temas sobre produtos para protecção passiva contra incêndios e seu dimensionamento, assim como, produtos para instalações elec-tromecânicas e seu dimensionamento.

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Departamento de Engenharia

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PortoEstrada Exterior da Circunvalação, nº 12252 4460-282 Sra. da HoraT 229 533 366 | F 229 519 458

LeiriaRua Paulo VI, nº 44 D - Casal Andrino2410-147 LeiriaT 244 835 855 | F 244 835 503

Sta. Iria de AzóiaEdifício Empresarial Tejo, R/C Frt. Lj Dta.Sítio dos Bacelos2695-390 Sta. Iria de AzóiaT 219 532 788 | F 219 532 790

CarnaxideAv. Edmundo Lima Bastos, 1 Lj 12790-223 CarnaxideT 214 187 698 | F 214 187 699

PalmelaAv. Alberto Valente, 56-AVolta da Pedra2950-439 PalmelaT 212 336 281 | F 212 334 625

LouléEN 125 - Benfarras, nº 536-A8100-068 BoliqueimeT 289 399 974 | F 289 393 435

Hilti. Supera expectativas.