HIGIENE OCUPACIONAL - Raquel Simas · tempo de exposição ao agentes, ... Ruido Nível de Pressão...

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FASE AVALIAÇÃO HIGIENE OCUPACIONAL

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FASE AVALIAÇÃO

HIGIENE OCUPACIONAL

AVALIAÇÃO

Composta de medição instrumental e/ou

laboratorial da concentração do agente

e comparação dos resultados com os

níveis de exposição aceitáveis.

Limites de Tolerância

Parâmetro de referência utilizado para as

avaliações, ou seja, aquelas concentrações dos

agentes químicos ou intensidades dos agentes

físicos presentes no ambiente de trabalho, sob as

quais acredita-se que a maioria dos trabalhadores

pode ficar exposta durante toda a sua vida laboral,

sem sofrer efeitos adversos à sua saúde.

Esses limites são estabelecidos através de

estudos coordenados por diversas entidades,

sendo que uma das mais importantes é a

AMERICAN CONFERENCE OF

GOVERNMENTAL INDUSTRIAL

HYGIENISTS - ACGIH

Essa entidade formada por higienistas

governamentais emite a cada ano, um livreto

denominado "THRESHOLD LIMIT VALUES

and BIOLOGICAL EXPOSURE INDICES" que

contém os limites de tolerância atualizados,

bem como uma relação de modificações ou

acréscimo de novos valores.

Os TLVs - limites de tolerância da

ACGIH - tornaram-se referência em

todo o mundo e serviram de base para

as legislações de muitos países,

inclusive o Brasil.

Limites de Tolerância no Brasil

Antes de 1978 muito pouco se tinha de

legislação relativa à avaliação

profissional.

Em 1978, foi publicada pelo Ministério do

Trabalho, a Portaria 3.214 que estabeleceu em

sua Norma Regulamentadora No. 15 → Limites de

Tolerância para uma série de agentes químicos e

físicos.

No item 15.1 da NR 15 encontra-se a definição

legal de Limite de Tolerância:

Entende-se por limite de tolerância, para os fins

desta norma, a concentração ou intensidade

máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o

tempo de exposição ao agentes, que não causará

dano à saúde do trabalhador, durante sua vida

laboral.

Os LTs são destinados para uso na prática

de Higiene Ocupacional como guias ou

recomendações no controle de riscos

potenciais à saúde e não devem ser

considerados como limites seguros entre

saúde e doença.

EVOLUÇÃO DO L.T. PARA BENZENO

1920 - EUA (alguns estados) 100 ppm

1930 - EUA (limite estadual) 50 ppm

1940 - EUA (limite estadual) 35 ppm

1942-45 - EUA (limite guerra) 100 ppm

1946 - ACGIH 100 ppm

1947 - ACGIH 50 ppm

1948 – ACGIH 5 ppm

1957 – ACGIH 5 ppm

1972 – OSHA 10 ppm

1977 – OSHA 1 ppm

1978 - BRASIL 8 ppm

1990-94 - ACGIH (proposta) ,1 ppm

1995 - ACGIH (proposta) 0,3 ppm

2002 - ACGIH 0,5 ppm

Limite de Tolerância (NR-15, Anexo 1 item 6)

Risco: Físico Agente: Ruído

Nível de Pressão

Sonora dB(A)

Tempo de Exposição

Dose

85 8 horas 100 %

90 4 horas 100 %

95 2 horas 100 %

.... .... ....

115 7 min 100 %

Limite de Tolerância

Limite de Tolerância (NR-15, Anexo 1 item 6)

Risco: Fisico Agente: Ruido

Nível de Pressão

Sonora dB(A)

Tempo de Exposição

Dose

85 8 horas 100 %

90 4 horas 100 %

90 8 horas 200%

80 16 horas 100%

80 8 horas 50 %

Limite de Tolerância

DOSE DE RUÍDO

C1 + C2 + C3 + ... + Cn < 1

T1 T2 T3 Tn

Cn=TEMPO/EXPOSIÇÃO AO NÍVEL DE RUÍDO

ESPECÍFICO.

Tn=TEMPO/MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA

PERMISSÍVEL AO NÍVEL/RUÍDO ESPECÍFICO.

CÁLCULO DE DOSE DE RUÍDO

EXEMPLO “TORRISTA / JORNADA 12 H”.

- 1 H. NO HELICÓPTERO A “95” dB (A) - L.T = 2 HORAS

- 4 H. NA DESC./REVESTIMENTO A “92” dB (A) - L.T= 3

HORAS

- 2 H. NA SALA DE BOMBAS A “99” dB (A)- L.T= 69 MIN.

- 5 H. EM SERV. DIV. A “82” dB (A) - L.T = 12 HORAS

APLICAÇÃO DA FÓRMULA AO EXEMPLO

DOSE = C1 + C2 + C3 + .... CnT1 T2 T3 Tn

DOSE = 60 + 240 + 120 + 300 >20 180 69 720

DOSE = 0,5 + 1,3 + 1,7 + 0,4 > 50% 130% 170% 40%

DOSE = 3,9 (EXPOSIÇÃO EXCESSIVA) 390%

Doses acima de 1,0 ou 100 % estão acima do limite legal da NR-15.

No item 15.1 são consideradas insalubres as

atividades que se desenvolvem acima dos limites de

tolerância.

A NR-15 estabelece Limite de Tolerância para:

- Ruído contínuo e de impacto (Anexo 1 e 2);

- Calor (Anexo 3);

- Substâncias químicas (Anexo 11 - para 150

substâncias);

- Poeiras Minerais (Anexo 12).

Estabelece avaliação qualitativa ou seja,

insalubridade determinada através de inspeção do

local de trabalho para:

Radiações não ionizantes: microondas,

Ultravioleta, Laser (Anexo 7);

Frio (Anexo 9);

Umidade (Anexo 10);

Atividades e operações envolvendo agentes

químicos que não possuem Limite de Tolerância

(Anexo 13);

Agentes biológicos (Anexo 14).

Os limites de Tolerância estabelecidos na NR-15

foram baseados naqueles adotados pela ACGIH,

sendo que para as substâncias químicas houve

necessidade de correção dos valores para

adequação da jornada de trabalho semanal.

Os Limites da ACGIH são válidos para jornadas de

8 horas por dia, 40 horas semanais: enquanto que no

Brasil a jornada semanal usual era de 48 horas

TLV/TWA

STEL

CEILLING

LT/MPT

VALOR MÁXIMO

VALOR TETO

Page 5 ACGIH

Antes de iniciar a avaliação, o higienista

ocupacional deverá definir o objetivo dessa,

podendo ser para:

verificar conformidade com o Limite de

Tolerância;

verificar necessidade ou eficiência das medidas de

controle;

estudo/pesquisa.

Uma vez definido o objetivo, deverão ser

estabelecidos os seguintes pontos:

Onde amostrar?

Quem amostrar?

Por quanto tempo?

Com quantas amostras?

Em que período? (p.ex: dia ou noite, verão ou inverno)

A escolha do local de amostragem depende do

objetivo da avaliação, podendo ser:

na zona respiratória do trabalhador;

no ar ambiente;

na operação.

O tempo de amostragem

Sensibilidade do procedimento analítico

empregado;

Limite de Tolerância do contaminante;

Concentração estimada.

Assim, o volume de amostra necessário pode variar de poucos

mililitros, quando a concentração estimada é elevada, a metros

cúbicos quando a concentração esperada for baixa.

A duração da amostragem deverá cobrir pelo menos um ciclo da jornada de trabalho ou da operação.

Uma técnica alternativa é amostrar em intervalos inicialmente regulares como p.ex: alguns minutos em cada hora.

Poderão existir alguns fatores restritivos ao tipo de

levantamento do ambiente de trabalho inicialmente

elaborado, como por exemplo:

Quantidade e tipo de equipamentos disponíveis;

Tempo disponível;

Precisão necessária;

Recursos de laboratório.

MEDIDAS DE CONTROLE

Realmente necessárias e suficientes para

eliminar ou minimizar a exposição

Fonte

Trajetória

Exposto

FFFOOONNNTTTEEE TTTRRRAAAJJJEEETTTÓÓÓRRRIIIAAA FFFUUUNNNCCCIIIOOONNNÁÁÁRRRIIIOOO

SSUUBBSSTTIITTUUIIÇÇÃÃOO DDEE

MMAATTEERRIIAAIISS

SSEEGGRREEGGAAÇÇÃÃOO

EENNCCLLAAUUSSUURRAA--MMEENNTTOO

LLIIMMPPEEZZAA

AALLTTEERRAAÇÇÃÃOO DDEE

PPRROOCCEESSSSOO

PPRROOJJEETTOO

VVEENNTTIILLAAÇÇÃÃOO

DDIILLUUIIDDOORRAA

VVEENNTTIILLAAÇÇÃÃOO

EEXXAAUUSSTTOORRAA

LLIIMMIITTAAÇÇÃÃOO DDOO TTEEMMPPOO

DDEE EEXXPPOOSSIIÇÇÃÃOO

CCOONNTTRROOLLEE MMÉÉDDIICCOO

EEPPII’’SS

MEDIDAS DE CONTROLE EM S&SO

MEDIDAS DE CONTROLE

ALGUNS EXEMPLOSDE MEDIDAS DE CONTROLE

EXECUTADAS EM UNIDADESOPERACIONAIS OFFSHORE

E ONSHORE

ABASTECIMENTO PRODUTOS QUÍMICOS

.

ANÁLISE DE ÓLEO

CAPELA IDEAL

Equipamento: Medidor de Nível de Pressão SonoraLocal: Camarote número 301N. P. S.: 68 dB(A)Obs: Ruído proveniente das bbs. do sist. refrig.

Fim !!!