Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

72
Hidrologia Basica Aquiles 2019

Transcript of Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Page 1: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Hidrologia Basica

Aquiles

2019

Page 2: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Hidrologia

Definição: é a ciência que estuda a distribuição, circulação e comportamento da água no sistema terrestre. Também estuda suas propriedades físico-químicas e sua interação com o meio ambiente (biótico e abiótico).

Hidrometeorologia – estudo da água na atmosfera

Oceanografia – estudo dos oceanos

Limnologia – estudo de águas interiores (lagos e reservatórios)

Fluviologia – estudo de rios e cursos d’água

Glaciologia - estudo da água na forma de neve e gelo

Hidrogeologia – estudo das águas subterrâneas

Page 3: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Principais variaveis hidrologicas consideradas no ciclo hidrologico

• · E: evaporação (mm/d);

• · q: umidade especifica do ar em gramas de vapor d’ agua por quilo de ar, ou g/kg;

• · P: precipitação (mm);

• · i: intensidade de chuva (mm/h);

• · Q: defluvio superficial ou vazão (m3/s);

• · f: taxa de infiltração (mm/h);

• · ET: evapotranspiração (mm/d).

Page 4: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

O Ciclo Hidrológico

O ciclo hidrológico é um fenômeno global de circulação da água em suas 3 fases: gasosa (vapor), líquida (chuva e escoamento) e sólida (gelo e neve).

É um sistema fechado apenas em nível global.

Page 5: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Fonte: USGS - United States Geologica l Survey

Page 6: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

O Ciclo Hidrológico Global

Ciclo Global da Água

Transporte de vapor

Nuvens

Nuvens

Precipitação

Precipitação

Transpiração

Evaporação Evaporação

Descarga de Rios Percolação

Fluxo de água subterrânea Oceano

Gelo e Neve

Água subterrânea Estoque 1012 m3

Fluxos 1012 m3/ano

Page 7: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Distribuição da Água no Mundo

Geleira e Calotas Polares 68,7%

Água Subterrânea (aquíferos)

30,1%

Água na Superfície e outros

1,2%

Água Doce

Fonte: Shiklomanov, I. "World fresh water resources" in Gleick, P.H. (editor) Water in Crisis: a gudie to the Worls´s Fresh Water Resources. 1993

http://water.usgs.gov/edu/earthwherewater.html

Água Salgada (oceano) 96,5%

Água Doce 2,5%

Total

Águas Salinas (outros)

0,9%

Rios 0,49%

“Brejos” 2,6%

Água Doce

Superficial

Lagos 20,9%

Gelo subterrâneo e Pergelissolo (Permafrost)

69%

Umidade do Solo 3,8%

Atmosfera 3,0%

Organismos Vivos 0,26%

Page 8: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Toda água do planeta

Água doce (líquida)

Água doce em lagos e rios

(1) Toda a água do mundo: ~1400 km diâmetro

Distribuição da Água no Mundo

http://water.usgs.gov/edu/earthwherewater.html

(2) Água doce no solo, lagos, áreas alagáveis e rios: ~270 km diâmetro

(3) Água doce em lagos e rios: ~ 56 km - diâmetro

Page 9: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Níveis de Detalhamento

http://www.ib.usp.br/ecologia/ecossistema_print.htm

Escala Local (Pontual)

Interações entre a matriz de solo e os macroporos

Processos unidimensionais

Escala de Vertente

Mecanismos de geração de escoamento direto e de base

Processos bidimensionais

Escala de Bacia Hidrográfica

Variação espacial e temporal de processos – recarga

Processos tridimensionais

Page 10: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Rocha

chuva

Componentes do Ciclo Hidrológico

Page 11: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Rocha

chuva

evaporação

Componentes do Ciclo Hidrológico

Page 12: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Rocha

chuva

infiltração

Componentes do Ciclo Hidrológico

Page 13: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Rocha

chuva

escoamento superficial

Componentes do Ciclo Hidrológico

Page 14: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Rocha

lençol freático

Componentes do Ciclo Hidrológico

Zona de Saturação

Zona de Aeração

(não saturada)

Page 15: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

rocha

lençol freático

percolação

infiltração escoamento superficial

chuva

evaporação (interceptação)

Componentes do Ciclo Hidrológico

Zona de Aeração

(não saturada)

Zona de Saturação

Page 16: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

gás carbônico fotossíntese

água

Componentes do Ciclo Hidrológico

Fon

te: h

ttp

s://

ww

w.a

gro

link.

com

.br/

fert

iliza

nte

s/N

utr

icao

Folh

asA

nat

om

iaFo

liar.

asp

x

Page 17: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

lençol freático

percolação

fluxo ascendente

infiltração escoamento superficial

chuva

evaporação (interceptação) transpiração

evaporação

rocha

fluxo de base

evapotranspiração*

Componentes do Ciclo Hidrológico

Zona de Aeração

(não saturada)

Zona de Saturação

Zona de Raízes

*Alguns modelos consideram a evaporação por intercepção com parte da evapotranspiração

drenagem profunda

Page 18: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Dois modelos de um mesmo fenômeno deveriam ser iguais? »Não necessariamente »Cada modelo pode ter um objetivo diferente ou ainda ter diferenças conceituais ou de implementação decorrentes de decisões tomadas durante o desenvolvimento do modelo

Modelo de Balanço de Água no Solo

chuva

quanto? para onde? em quanto tempo?

Modelagem

Page 19: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Quais as etapas da modelagem? » Caracterizar o sistema na qual o fenômeno se insere » Fazer algumas suposições sobre como os vários componentes funcionam e

interagem entre si » Traduzir tudo em equações/procedimentos e num programa de simulação » Determinar os valores de cada parâmetro (medidas reais, valores de referência

ou calibração) » Fazer a validação

O modelo é bom? » Explica observações passadas? Foi bem calibrado?

» Prediz observações futuras? Foi validado?

» É generalizável? É robusto? Pode ser aplicado em outros lugares/períodos?

» Consegue estimar a incerteza dos resultados? Os resultados são confiáveis?

» É simples? Necessita poucos dados de entrada/parâmetros?

» É fácil de usar? Tem interface amigável?

Modelagem

Page 20: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Modelagem Hidrológica

Classificação

» determinístico ou estocástico

modelo X Y modelo X Y

» baseado em processos ou empírico * * * * * * * * *

* *

» contínuo ou discreto (no tempo)

t t

» concentrado ou distribuído (no espaço)

» estático ou dinâmico Xt+1 = f(Xt)

modelo Y X

Page 21: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Fonte: Plano Nacional de Recursos Hidricos (PNRH). Disponivel em http://www2.ana.gov.br/Paginas/default.aspx.

Regiões Hidrograficas do Brasil

Page 22: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Ietograma e hidrograda de uma chuva isolada

Fonte: CARVALHO e SILVA, 2006

Page 23: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br
Page 24: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br
Page 25: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Pluviógrafo de bóia (semanal)

Page 26: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Rede Hidrológica básica do Estado de São Paulo

Page 27: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Rede telemétrica em São Paulo

• Foi implementado no ano de 1977, com o objetivo de monitoramento automático de chuvas e níveis dos principais rios da bacia do Alto Tietê

• Redes operadas pelo Sistema de Alerta a Inundações do Estado de São Paulo – SAISP (FCTH)

• Principais redes • Rede Telemétrica do Alto Tietê: 42 postos • Rede Telemétrica Cubatão: 7 postos • Rede Telemétrica SABESP: 31postos • Rede Telemétrica Piracicaba (Bacia PCJ): 15 postos • Estações Meteorológicas: 21 postos • Piscinões SIURB: 4 postos • Piscinões DAEE: 42 postos

Page 28: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

A Agencia Nacional de Energia Eletrica (ANEEL), atraves da Resolucao no396 de 04 de dezembro de 1998, estabelece a quantidade minima de aparelhos pluviometricos exclusivamente para empreendimentos hidreletricos.

Page 29: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

ITERCEPTACAO

Page 30: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Interceptação

Page 31: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

INFILTRAÇÃO

Page 32: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

INFILTRAÇÃO

Page 33: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

INFILTRAÇÃO

Page 34: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Radar Meteorológico São Paulo

Instalado no ano de 1988, na Barragem de Ponte Nova (município de Biritiba-Mirim), cabeceira do Rio Tietê.

Page 35: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Radar Meteorológico

- São empregadas ondas eletromagnéticas de alta energia para se alcançar grandes distâncias -As ondas eletromagnéticas ao passarem por uma nuvem, causam em cada gota uma ressonância na frequência da onda incidente, de modo que cada gota produz ondas eletromagnéticas, irradiando em todas as direções

Page 36: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Radar Meteorológico

Raio de cobertura do radar é de 240 km, com resolução de 2x2 km ou com raio de 120 Km com resolução de 1x1Km

Page 37: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Chuva Acumulada pelo Radar

01 / 10 / 2001

mm

Page 38: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br
Page 39: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br
Page 40: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br
Page 41: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br
Page 42: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br
Page 43: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Micromolinete com contador de rotacoes.

Page 44: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br
Page 45: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Perfis horizontais e verticais de velocidades na seção de um rio

Page 46: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Perfis Horizontais e Verticais das Velocidades na Seção de um Rio

Page 47: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Áreas de influênciade cada vertical

Q = Vmédiai. Áreai

Medição com Molinete

Vmédiai

Áreai

OBS : Outra opção é a Medição com ADCP(AcousticDoppler CurrentProfiler)

Page 48: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Medição de vazão com aparelhos Doppler

Page 49: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br
Page 50: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Estimativa de vazão com aparelho Doppler

Page 51: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

EVAPOTRASPIRAÇÃO

Page 52: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Tanques de Evaporação

Page 53: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Evaporígrafo

Page 54: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

imagens de indice de vegetacao da diferenca normalizada (NDVI

Page 55: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

A relação entre os dados NDVI e ETP

Page 56: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

distribuição espacial da evapotranspiração potencial (ETP)

Page 57: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br
Page 58: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br
Page 59: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br
Page 60: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Seção de um rio e Curva-Chave

Page 61: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Visualização de Hidrogramas

Page 62: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br
Page 63: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br
Page 64: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br
Page 65: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Um curso d’água possui uma curva de duração de vazões diárias indicada na figura. A navegação neste trecho é possível quando as vazões estão entre 10 e 25 m³/s. Pode-se afirmar que isto é possível em: a)45% do tempo b)55% do tempo c)Mais do que 55% do tempo d)Menos do que 45% do tempo

Page 66: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Definição da Altura de Barragens e Volumes Operacionais

Page 67: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Diagrama de Massas ou Diagrama de Rippl (1883)

Page 68: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Diagrama de Massas ou Diagrama de Rippl (1883)

Page 69: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Diagrama de Diferenças Totalizadas ou Diagrama de Picos Sequenciais

Page 70: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Diagrama de Diferenças Totalizadas ou Diagrama de Picos Sequenciais – Forma Analítica

Page 71: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Diagrama de Diferenças Totalizadas para Vazões Regularizadas menor que a Média ( Forma Analítica)

Qr = 10,61 m3/s

Page 72: Hidrologia Basica - edisciplinas.usp.br

Referências

• Conceitos básicos de Hidrologia Urbana , PHA 3337 – Águas em Sistemas Urbanos I, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, ESCOLA POLITÉCNICA , DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL, Prof. Joaquin I. Bonnecarrère

• Hidrologia Básica - Carlos Eduardo M. Tucci

• Processos Hidrológicos - Camilo Daleles Rennó e Laura De Simone Borma - http://www.dpi.inpe.br/~camilo/prochidr/

• Escoamento Superficial Curva-Chave – Epusp - - Prof. Dr. Arisvaldo Méllo e Prof. Dr. Joaqui I. Bonnecarrere

• Hidrograma Unitário Sintético – Epusp - - Prof. Dr. Arisvaldo Méllo e Prof. Dr. Joaqui I. Bonnecarrere

• Escoamento Superficial - Processos de Medição de Vazão - Epusp - - Prof. Dr. Arisvaldo Méllo e Prof. Dr. Joaqui I. Bonnecarrere

• Regularização de Vazões – Parte 1 - Epusp - Prof. Dr. Arisvaldo Méllo e Prof. Dr. Joaqui I. Bonnecarrere

• Instrumentos de medição hidrometeorológicos – Epusp - Prof. Dr. Arisvaldo Méllo e Prof. Dr. Joaqui I. Bonnecarrere

• CURSO DE CAPACITAÇÃO EM HIDROLOGIA E HIDROMETRIA PARA CONSERVAÇÃO DE MANANCIAIS -

• 3ª EDIÇÃO – LABHIDRO - UFSC - MASATO KOBIYAMA, FERNANDO GRISON e ALINE DE ALMEIDA MOTA -2011