Hep aula4-antiguidade-romana-a humanitas.12-03-2012
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Aula 4 – 12/03/2012Antiguidades romana: a humanitas
Prof.ª Esp. Elisa Maria Gomide
[email protected] / (62)9149-8300
Antiguidade romana
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Focando nossa discussão na Antiguidade Romana, conforme Aranha
(2006), podemos distinguir três fases: a primeira delas, a latina original,
tem natureza patriarcal; na segunda, a influência do helenismo é criticada
pelos defensores da tradição; por fi m, na terceira, acontece a fusão entre
a cultura romana e a helenística, que já supõe elementos orientais, mas
exalta a nítida supremacia dos valores gregos.
Para saber mais visite o site: http://www.historiadomundo.com.br/
O Império de Roma se
expandiu, abrangendo toda a
Europa, norte da África, parte
da Ásia e Oriente Médio.
Espalhou a língua latina e os
costumes romanos, transmitiu
a cultura grega.
Até hoje sentimos a influência
greco-romana na civilização
ocidental.
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Império Romano
A Educação romana se contrapõe à educação grega
O ensino em Roma apresenta algumas diferenças signifi cativas em
face do modelo educativo dos gregos e algumas novidades
importantes na institucionalização de um sistema de ensino.
O ensino da música, do canto e da dança, peças-chave da Educação
grega, tornou-se objeto de contestação por parte de alguns setores
mais tradicionais. Os romanos apelidaram essas formas de arte de
impudicas e malsãs, toleráveis apenas para fins recreativos.
O Programa educativo romano privilegia, assim, uma aprendizagem
sobretudo literária, em detrimento da Ciência, da Educação Musical e
do Atletismo.
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Sistema de Ensino romano
É aos romanos, porém, que se deve o primeiro sistema de ensino de
que há conhecimento: um organismo centralizado que coordena uma
série de instituições escolares espalhadas por todas as províncias do
Império.
O carácter oficial das escolas e a sua estrita dependência relativa ao
estado constituem não apenas uma diferença acentuada ao modelo de
ensino na Grécia, como também uma novidade importante.
Esse sistema tende a privilegiar uma minoria, ou seja, uma elite,
com uma elevada formação literária e retórica.
Mas isso não impede que, entre a imensidão de escravos que os
romanos abastados do Império possuíam como resultado das suas
conquistas, houvesse a preocupação de fornecer, em particular aos
mais jovens, os ensinamentos necessários à prática dos seus serviços.
Para isso, eram reunidos em escolas, entregues a um ou mais
pedagogos, que ensinavam boas maneiras e, em alguns casos, os
iniciavam na leitura, na escrita e na aritmética.
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Educação Romana
Essa política romana, inspirada nas
tradições gregas, acaba delineando,
no Estado Romano, um conjunto de
políticas escolares inovadoras. Uma
primeira iniciativa é da autoria de
Vespasiano, que intervém diretamente
a favor dos professores, ao atribuir-
lhes reconhecimento social.
Com ele tem início uma extensa série
de retribuições e de imunidades
fiscais, atribuídas a gramáticos e
retóricos. Segue-se a criação de
cátedras de Retórica nas grandes
cidades, bem como o favorecimento e
a promoção da instituição de escolas
municipais de gramática e de retórica,
nas províncias.
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Glossário
Retórica (do latim rhetorica,
originado no grego ῥητορικὴ τέχνη
[rhêtorikê], literalmente a
«arte/técnica de bem falar», do
substantivo rhêtôr, «orador») é a
arte de usar a linguagem
para comunicar de forma eficaz
e persuasiva.
As escolas romanas
A Educação na Roma arcaica teve, sobretudo, caráter prático, familiar e
civil, destinada a formar em particular o civis romanus (cidadão romano),
superior aos outros povos, pela consciência do direito como fundamento
da própria cultura romana. Os civis romanus eram formados em família,
pelo papel central do pai e também da mãe, que, por sua vez, era menos
submissa e menos marginal na vida da família em comparação à mulher,
na Grécia.
Para as mulheres, a Educação era voltada para exercer seu papel de
esposa e mãe. O ideal romano da mulher, fiel e operosa, atribui a ela,
porém, um papel familiar e educativo.
No Século II a. C. em Roma, se formaram as escolas, segundo o modelo
grego, destinadas a dar uma formação gramatical e retórica, ligada à
língua grega.
Só no Século I a.C. é que foi fundada uma escola de retórica latina,
que reconhecia total dignidade à literatura e à língua dos romanos.
Pouco tempo depois, o espírito prático, próprio da cultura romana,
levou a uma sistemática organização das escolas, divididas por graus
e providas de instrumentos didáticos específicos (manuais). 7
A escola em graus
Quanto aos graus, as escolas eram divididas em:
1. Elementares, destinadas a dar a alfabetização primária:
ler, escrever e, frequentemente, também calcular; tal
escola funcionava em locais alugados ou na casa dos
ricos; as crianças se dirigiam para lá acompanhadas do
pedagogo, escreviam com o estilete sobre tabuletas de
cera, aprendiam as letras do alfabeto e sua combinação,
calculavam usando os dedos ou pedrinhas - calculi –
passavam boa parte do dia na escola e eram submetidas
à rígida disciplina do magister, que não excluía as
punições físicas;
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A escola em graus
2. Secundárias ou de gramática, nas quais se aprendia a
cultura nas suas diversas formas: desde a Música até a
Geometria, a Astronomia, a Literatura e a Oratória; embora
predominasse depois o ensino literário na sua forma
gramatical e filosófica, exercido sobre textos gregos e latinos;
3. Escolas de retórica - política, forense, filosófica etc. - e eram
elaboradas as suasoriae ou discursos sobre exemplos morais
e as suasoriae ou debates sobre problemas reais ou fictícios).
Embora mais limitada em comparação à Educação grega
(eram escassas a gramática, a música, e também a ciência e
a filosofia), mais utilitária, a formação escolar romana mantém
bem no centro esse princípio retórico e a tradição das artes
liberais, resumidas no valor atribuído à palavra.9
A escola em graus
Existiam, também, escolas para os grupos inferiores e
subalternos, embora menos organizadas e
institucionalizadas.
Eram escolas técnicas e profissionalizantes, ligadas aos
ofícios e às práticas de aprendizado das diversas artes.
As técnicas eram ligadas, num primeiro momento, ao
exército e à agricultura, depois ao artesanato, e, por fim,
ao artesanato de luxo.
Leia o Drope 3 (p. 96) e emita sua opinião sobre a
proximidade da educação brasileira e greco-romana.
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Atividades – capítulo 4 do PLT – p.85-98.
Responda às seguintes questões propostas no PLT:
-Página 98-99: questões 4, 7, 9, 10 e a questão 1 sobre as
leituras complementares (p.99)
- Faça uma síntese sobre as idéias dos principais
representantes da educação romana:> Cícero, Sêneca e
Quintiliano.
-Para a próxima aula: leitura do capítulo 5 e 6
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