Hemograma
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Hemograma
Eritrograma Leucograma
Série plaquetária
Hemograma
• O hemograma é um exame realizado no sentido de avaliar as células sanguíneas de um indivíduo.
• O exame é requerido pelo médico para diagnosticar ou controlar a evolução de uma doença.
Eritrograma
Eritrograma
Nº de glóbulos vermelhosHeritrograma (Ht)Volume globular médio (VGM)Concentração em hemoglobina (Hb)Hemoglobina globular média (HGM)Conc. de hemoglobina globular média (CHGM)RDW
O eritrócito
• Glóbulos vermelhos são células anucleadas e sem nem organelos, em forma de discos bicôncavos, também designadas por eritrócitos, hemácias ou células vermelhas.
• São constituídas basicamente por globulina e hemoglobina.
• A sua função é transportar o oxigénio (principalmente) e o dióxido de carbono (em menor quantidade) aos e dos tecidos.
Contagem de Eritrócitos• método manual - admite-se um erro de ±0,5 x 1012/L4,5 ← 5,0 x 1012 → 5,5• método automático - erro menor, de ±0,1 x 1012/L 4,9 ← 5,0 x 1012 → 5,1
• Intervalo de referência:Homem: 4,5 – 6,5 x 1012/LMulher: 3,8 – 5,8 x 1012/L
E lá vai , 1 ertrócito, e 2, e 3, e 4, e…
Contagem de eritrócitos
Câmara de Neubauer
A câmara está dividida em 9 quadrados (grandes)A câmara está dividida em 9 quadrados (grandes) Cada um destes está dividido em
25 quadrados mais pequenosCada um destes está dividido em 25 quadrados mais pequenos
HematocritoÉ o volume ocupado pelos eritrócitos num volume de 1000 ml
de sangue total.
• Macro-método (técnica de Wintrobe)
Micro-método
Tabela de Leitura
RDW
• Podem ser classificados em:
É um índice da variação de tamanho dos eritrócitos dentro de uma população.
RDW
• Pode ser analisado através de esfregaço• Auto analisador
Volume globular médio
Hemoglobina
• A hemoglobina (frequentemente abreviada como Hb) é uma metaloproteína que contém ferro e está presente nos glóbulos vermelhos (eritrócitos).
• A sua função é o transporte de oxigénio pelo sistema circulatório para os tecidos.
Electroforese da Hemoglobina
Aparelho
Resultado
Este aparelho vai servir para distinguir os diferentes tipos de Hb.
Os diferentes tipos de Hb que existem são:• Hb A •Hb A2-C-E• Hb F •Hb M•Hb S - D
Reticulócitos• São eritrócitos não nucleados imaturos que contêm ácido ribonucleico
(RNA) e continuam a sintetizar hemoglobina após a perda do núcleo.
• É executado através de um esfregaço, onde o sangue é incubado temporariamente numa solução com azul de metileno ou azul brilhante de cresil, o RNA precipita.
• Procede-se a contagem manual.• A percentagem de reticulócitos é determinada em, pelo menos, 1000
eritrócitos.
- Intervalo de referência:• percentagem: 0,2 – 2,0%• valor absoluto: 25 – 85 x 109/L
Velocidade de Sedimentação
•Sedimentação dos glóbulos do sangue
•Analise inespecífica
•sangue, misturado com anticoagulante, em pipetasou tubos de características especiais
Velocidade de Sedimentação
•Infecções;
•Inflamações;
•algumas patologias
•factores fisiológicos.
VS está normalmente alterada
•Diagnóstico e prognóstico
•Estudo e tratamento das modificações:
Número, forma, tamanho dos
eritrocitos
Alterações da composição plasmática
VS é usada
♦ Fase preliminar
♦ Sedimentação do “rouleaux”
♦ Sedimentação mais lenta
FASES DA SEDIMENTAÇÃO
Alteração da VS
extensão de formação de “rouleaux”
diferença de densidade entre células e plasma
relação entre glób. e plasma
a)Eritrocitosb)Composiçao do Plasma
c)Factores mecânicos ou técnicos
a) alterações no volume tamanho forma numero
B) -fibrinogénio e outras proteínas de fase aguda ou imunoglobulinas -aumentam a VS -albumina -reduz a VS
c)• tubo na vertical • evitar o movimento e a vibração• variações de temperatura ambiente -não interferem, variações maiores -causa interferência • alterações no comprimento ou no diâmetro interno do tubo da VS também afecta
avaliação da “deposiçao” dos glóbulos num determinado período de tempo
medida do tempo para que os glóbulos percorram um determinado trajecto
•Microtécnicas - microsedimentação
DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE DE SEDIMENTAÇÃO ERITROCITÁRIA
Dois grupos
•Macrotécnicas - Wintrobe e a de Westergreen
Amostra - sangue venoso citratado (citrato trissódico a 3,8% na proporção de 1/4),Pipeta de westergreen - 30 cm de comprimento e 2,4 a 2,5 mm de diâmetro; apresenta graduação de 0 a 200.
TÉCNICA DE WESTERGREEN
•Aspirar o sangue para uma pipeta westergreen até à marca zero.•Colocar a pipeta num suporte adequado •Após 60 minutos - faz-se a leitura da VS •Após 120 minutos – nova leitura da VS
Material
Processo
Índice de Katz (IK):IK= [VS à 1ª hora + (VS à 2ª hora/2)]/2
Intervalo de referência:1ª hora:
3-5 mm (Homem)4-8 mm (Mulher)
2ª hora: 4-12 mm (Homem)5-16 mm (Mulher)
Índice de Kats: 2-6 mm (Homem)
Colocar num suporte durante 1 horaFazer a leitura e registo do valor VS
TÉCNICA DE WINTROBE
Amostra e tubo - igual à determinaçao do hematocrito
Processo
Material
Leucograma
Leucograma
nºGB/l de sangue
Citologia leucocitária
Fórmula leucocitária
Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, são células incolores e de forma
esférica produzidas na medula e presentes no sangue,
linfa, orgãos linfóides e vários tecidos conjuntivos, que têm como função as defesas
celulares e imunocelulares do organismo.
Métodos visuais
Câmara de Neubauer
Colocar a lamela
Colocar a mistura da amostra com o liquido diluidor (Hayem)
Efectuar a contagem de leucócitos
Métodos automáticos
método manual - erro ± 1,0 x 109/L6,0 ← 7,0 x 109 → 8,0método automático - erro menor, ±0,1 x 109/L6,9 ← 7,0 x 109 → 7,1
Os leucócitos devem ser contados diferencialmente e o resultado dessacontagem deve ser expresso em percentagem e em valor absoluto. Intervalo de referência:
4,0 – 11,0x109/LLeucocitose – aumento do número de leucócitos no sangueLeucopenia – diminuição do número de leucócitos no sangue
Porém é inevitável que os linfócitos predominem no
centro e os granulócitos e monócitospredominam na margem e cauda.
Os leucócitos devem ser facilmente identificáveis, intactos e com uma
distribuição homogénea.
Devem ainda observar-se quanto aalterações morfológicos e à presença de
formas atípicas.
NeutrófiloSão os leucócitos mais abundantes no sangue humano, cerca de 65% (num adulto), porém também são os que possuem menos tempo de vida.Estão envolvidos na defesa contra infecção bacteriana e outros pequenos processos inflamatórios.Apresenta-se como uma célula de diâmetro entre 12-15 µm.
Núcleo polilobulado, de 3 a 5 lóbulos (geralmente apresenta 3) ligados por um fino filamento nuclear.
As suas granulações são divididas em especificas e azurófilas.
Intervalo de referência:1,8-7,0 x 109/L (no adulto branco)1,1-7,0 x 109/L (no adulto preto)
1,5-8,5 x 109/L (12 meses)
Neutrofilia – aumento do número de neutrófilos no sangue
Pneumonias, meningites, infecções intestinais, faringo-amigdalites, sarampo e varicela
Neutropenia – diminuição do número de leucócitos no sangue
Depressão, infecções orais, aplasia
EosinófiloConstituem cerca de 2 a 4% dos leucócitos.
Estão envolvidos na defesa contra infecções parasitárias e processos alérgicos, fagocitam complexos de antigénio-anticorpo.
Apresnta-se como uma célula de diâmetro entre 9-15 µm.
Núcleo, geralmente biforcado, de 2 a 3 lóbulos ligados por um fino filamento nuclear.
Apresenta granulações ovóides, maiores que as dos neutrófilos, que coram pela eosina – vermelho/alaranjado.
Intervalo de referência:0,04-0,45 x 109/L (no adulto branco)
0,05-0,7 x 109/L (12 meses)
Eosinofilia – aumento do número de eosinófilos no sangue
Parasitoses, doenças alérgicas e da pele, radioterapia, leucemia eosinófilica
Eosinopenia – diminuição do número de eosinófilos no sangue
Doenças infecciosas, uso de corticóides, stresse
BasófiloContituem menos de 1% dos leucócitos no sangue, por isso são difíceis de encontrar no esfergaço sanguíneo.
São responsáveis pela resposta alérgica e liberação da histamina.
Apresnta-se como uma célula esférica de diâmetro entre 10-15 µm.
Núcleo volumoso, irregular e retorcido, geralmente com a forma da letra S.
Apresenta granulações electro-densas, de maior tamanho comparativamente com os outros granulócitos, que têm afinidade para corantes básicos, corando de roxo.
Intervalo de referência:0-0,2 x 109/L (no adulto branco e crianças)
Basofilia – aumento do número de basófilos no sangue
Síndromes mieloproliferativas
LinfócitoConstituem cerca de 24 a 32% dos leucócitos.
Apresnta-se como uma célula de diâmetro entre 6-12 µm, porém as crianças apresentam linfócitos grandes, de diâmetro entre 12-16, que contêm granulações vermelho-púpura.
Núcleo monulear redondo, com cromatina bastante condensada e com um citoplasma escasso, sem granulações específicas, que cora de azul claro.
Após um estimulo transformam-se em plasmócitos.
Produção de anticorpos e resposta imune Coorde
nação da resposta imune
Destruição das células infectadas
Capazes de destruir o vírus
Intervalo de referência:1,5-4 x 109/L (no adulto branco)
4,0-10,5 x 109/L (12 meses)
Linfocitose– aumento do número de linfócitos no sangue
Sifílis, leucemia linfática crónica, síndrome mononucleósica
Linfopenia – diminuição do número de linfócitos no sangue
Doença de Hodgkin, radoterapia extensa, quimioterapia
MonócitoConstituem cerca de 6% dos leucócitos.
Apresnta-se como uma célula de diâmetro entre 14-20 µm, sendo assim os leucócitos de maiores dimensões.
Núcleo ovóide, em forma de rim ou ferradura, geralmente excêntrico e com cromatina num arranjo mais frouxo e delicado do que nos linfócitos.
O seu citoplasma é basófilo e comtem grânulos vermelho-púrpura muito finos.
Os monócitos do sangue desenvolvem-se a partir da medula óssea, permanecendo na corrente sanguínea apenas durante alguns dias, pois representam uma fase na maturação da célula mononuclear fagócitária na medula óssea.
Por fim, os monócitos deslocam-se para os tecidos e orgãos onde são transformados em macrófagos, que têm como principal função a fagocitose.
Intervalo de referência:0-0,8 x 109/L (no adulto branco)
0,05-1,1 x 109/L (12 meses)
Monocitose – aumento do número de monócitos no sangue
Tubercolose, brucelose, malária, leucemias monóciticas agudas e crónicas, leucemia mielomonócitica crónica, pós-aplasia.
Monocitopenia – diminuição do número de monócitos no sangue
Anemia aplástica, agranulocitose e tricoleucemia
Plaquetas
O que são plaquetas?
• As plaquetas sanguíneas ou trombócitos são fragmentos de células presentes no sangue e que são formados na medula óssea, a partir de megacariócitos que se fragmentam.
• Medem cerca de 1 a 3 micrómetros de diâmetro.
• Contribuem na formação dos coágulos sanguíneos, integrando o processo de coagulação.
•em pequenas proporções, plaquetas de maior tamanho (3 a 5 micrómetros de diâmetro).
• a plaqueta em média circula no sangue entre 9 a 10 dias.
Esfregaço
Estudo morfológico das Plaquetas
Depois é sequestrada pelo baço e destruída pelo o mesmo.
Trombocitopenia:
É a diminuição do número de plaquetas no sangue.
Aumento do sequestro esplênico: a esplenomegalia eleva a quantidade de plaquetas aprisionadas no baço, aumentado a lise plaquetária.
Redução da produção medular - aplasia medular.
Alguns medicamentos; pessoas que fazem quimioterapia.
Causas
Aumento da destruição das plaquetas: o tempo de semi- vida pode ser diminuído devido a vasos anormais ou próteses vasculares.
Gravidez
Sinais e sintomas
Pacientes com trombocitopenia possuem maior tendência para apresentar fenómenos hemorrágicos (hemorragias), a depender da causa da trombocitopenia e do número total de plaquetas.
Trombocitose
• é o aumento do número de plaquetas no sangue.
•Quanto à origem pode ser reactiva (secundária) ou essencial (primária). Apesar de frequentemente assintomática (particularmente quando se origina como uma reacção secundária), pode provocar uma predisposição para a trombose.
causas:
período inicial pós - hemorrágico; pós - cirúrgico e pós – traumático. E pacientes que retiram o baço (esplenectomizados).
Sinais e sintomas
Um aumento plaquetário não significa necessariamente a presença de problemas clínicos, e são detectados pelo um hemograma de rotina.
Náuseas, vómitos, perda de noção espacial e formigueiro nas extremidades.
Os testes laboratoriais podem incluir: hemograma, enzimas hepáticas, função renal e taxa de sedimentação eritrocitária.
Auto analisador
Conclusão
• O Hemograma não é um exame do qual se possa concluir a existência exacta de algumas patologias.
• Ajuda sim no complemento do seu diagnóstico.
• É um exame básico em análises clínicas.
Bibliografia
• www.wikipédia.org • Caquet, R. Guia Prático de Análises Clínicas. Climepsi• Henry, J. B. Clinical Diagnosis and Managment by Laboratory Methods.
Twentieth Edition• Almeida, C. Trabalhos práticos de Hematologia Clínica I.(2007/2008)• Almeida, C. Material didáctico das aulas teóricas de Hematologia Clínica I.
(2007/2008)• Seeley, R. R. , Stephens, T. D. , Tate, P. Anatomia & Fisiologia. (2003) 6ª ed.
Lusociência, Loures.