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Teoria Básica de Oferta e Demanda

Este texto propõe que você tenha tido um curso introdutório de economia. Mas se você não teve, ou se sua teoria básica de economia está um pouco enferrujada, então este apêndice lhe provém o conhecimento econômico base que precisará neste livro.

A economia usa modelos para ajuda-los a explicar os fenômenos complexos. Um modelo é uma ferramenta que nos ajuda a entender alguma coisa por focar em certos aspectos da realidade enquanto ignoramos outros. Nenhum modelo pode considerar todos os fatores possíveis que poderiam ser relevantes, então os economistas fazem suposições simplificadoras. Um modelo de economia pode ter a forma de uma estória simplificada, um gráfico, uma figura, ou um conjunto de equações. Uma dos mais poderosos e amplamente modelos utilizados em economia consiste da interação da oferta e demanda. Baseado em várias suposições simplificadoras, este modelo nos provém com insights sobre as mudanças que esperamos quando certas coisas acontecem bem como que tipos de políticas econômicas são as mais apropriadas em circunstâncias diferentes.

1.1 A Teoria da Demanda

A teoria da demanda considera como o consumidor demanda por bens e serviços mudam como um resultado das mudanças nos preços e outras variáveis relevantes. Neste apêndice, usaremos o mercado para gasolina como um exemplo. Obviamente, muitos dos fatores poderiam afetar a demanda do consumidor por gasolina, então começaremos por fazer uma suposição simplificadora. Por enquanto, vamos considerar como a demanda do consumidor por gasolina muda quando o preço da gasolina muda – todos os outros fatores relevantes são considerados constantes. Os economistas usam o termo Latin ceteris paribus, significando “todas outras coisas iguais” ou “tudo o mais sendo igual”, para isolar a influência de apenas um ou poucas variáveis.

Como a quantidade de gasolina demandada pelo consumidor mudará à medida que o preço da gasolina muda? A lei da demanda estabelece que à medida que o preço de um bem ou serviço aumenta, os consumidores demandarão menos dele, ceteris paribus. Poderíamos ao contrário estabelecer a lei da demanda como: os consumidores demandam mais de um bem ou serviço quando seu preço cai. Esta relação inversa entre preço de alguma coisa e a quantidade demandada pode ser expressa de muitas formas. Uma é a programação da demanda – uma tabela mostrando a quantidade demandada de um bem ou serviço específico a preços diferentes. A outra forma é um gráfico que ilustra a curva de demanda – a representação gráfica de uma programação de demanda. A convenção entre os economistas é de colocar a quantidade demandada no eixo horizontal (eixo x) e o preço no eixo vertical (eixo y).

Suponha que temor coletado dados sobre quanta gasolina os consumidores numa área metropolitana particular demandam a preços diferentes. Esta programação de demanda hipotética é apresentada na Tabela 1. Podemos ver que à medida que o preço da gasolina aumenta, as pessoas demandam menos dele. Os dados da Tabela 1 são expressos graficamente, como uma curva de demanda, na

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Figura 1. Note que a curva de demanda tem declividade negativa, uma vez que expressa a lei da demanda.

TABELA 1. Demanda por gasolina Price ($/litro) $1,40 $1,50 $1,60 $1,70 $1,80 $1,90 $2,00 $2,10 $2,20 $2,30

Quantidade demandada (milhares de litro/semana

80 78 76 74 72 70 68 66 64 62

Olhando a Figura 1, podemos ver que ao preço de $1,70 por litro, os

consumidores na área irão comprar 74.000 litros de gasolina por semana. Suponha que o preço se eleve até $1,90 por litro. A um preço mais elevado, vemos que os consumidores decidem comprar menos gasolina, 70.000 litros por semana. Chamamos este movimento ao longo da curva de demanda aos preços diferentes uma mudança na quantidade demandada. Esta é diferente do que os economistas chamam de uma mudança na demanda. Uma mudança na demanda ocorre quando a curva de demanda inteira se desloca.

O que causaria o deslocamento da curva de demanda inteira? Primeiro, precisamos perceber que uma mudança no preço da gasolina não causará o deslocamento da curva de demanda; ela apenas fará o consumidor mover-se ao longo da curva de demanda na Figura 1 (que é, uma mudança na quantidade demandada). Nossa curva de demanda na Figura 1 é estável tão logo se assume que nenhum dos fatores relevantes se altera – a suposição do ceteris paribus. Para expandir nosso modelo, vamos considerar os vários fatores que causariam a curva de demanda se deslocar. Um deles é a renda. Se a renda do consumidor aumentar, muitos decidiriam comprar mais gasolina ao mesmo preço. Rendas maiores resultariam numa mudança na demanda. Isto é mostrado na Figura 2 onde a curva de demanda inteira desloca-se para a direita.

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50 60 70 80 90

Quantidade Demandada

(milhares de litros/semana)

Pre

ço

($/l

itro

)

FIGURA 1. Curva de demanda por gasolina

Outro fator que causaria uma mudança na demanda é uma mudança no

preço dos bens relacionados. Em nosso exemplo da demanda por gasolina, suponha que o preço do transporte público aumente significativamente. Isto causaria a demanda por gasolina aumentar (mudança para a direita) à medida que mais

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pessoas decidem dirigir seus próprios veículos porque o transporte público é agora muito caro para eles. Uma mudança nas preferências dos consumidores causaria também a curva de demanda para gasolina mudar. Por exemplo, as preferências dos consumidores americanos com relação a veículos grandes, ineficientes em combustível, em anos recentes têm causado um aumento na demanda por gasolina. Uma mudança significativa no número de pessoas dirigindo também causaria uma mudança na demanda por gasolina. Quais outros fatores também causariam a curva de demanda se deslocar?

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Quantidade Demandada

(milhares de litros/semana)

Pre

ço

($/l

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)

FIGURA 2. Uma mudança na demanda

1.2 A Teoria da Oferta

O próximo passo em nossa análise é considerar o outro lado do mercado. A teoria da oferta considera como os produtores respondem ás mudanças no preço de um bem ou serviço que ofertam, ou outros fatores relevantes. Enquanto baixos preços apelam para os consumidores olharem por uma barganha, elevados preços apelam para os produtores olharem pela obtenção de lucro. Como você poderia esperar para uma barganha, a lei da oferta é o oposto da lei da demanda. A lei da oferta estabelece que à medida que o preço de um bem ou serviço aumenta, os produtores decidirão ofertar mais dele, ceteris paribus. De acordo com a lei da oferta, o preço e a quantidade ofertada muda na mesma direção.

Uma vez mais, podemos expressar a relação entre o preço e a quantidade ofertada usando ambos as tabelas e os gráficos. A Tabela 2 ilustra uma oferta por gasolina, com a quantidade ofertada aumentando à medida que o preço da gasolina aumenta. A Figura 3 simplesmente converte os dados na Tabela 2 num gráfico. Note que a curva de oferta tem declividade positiva á medida que nos movemos para a direita.

TABELA 2. Oferta por gasolina

Price ($/litro) $1,40 $1,50 $1,60 $1,70 $1,80 $1,90 $2,00 $2,10 $2,20 $2,30

Quantidade 60 63 66 69 72 75 78 81 84 87

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demandada (milhares de litro/semana

Existe também uma distinção entre uma mudança na quantidade ofertada e

uma mudança na oferta. Uma mudança quantidade ofertada ocorre quando nos movemos ao longo da curva de oferta à medida que o preço do bem ou serviço muda. Isto é mostrado na Figura 3. Vemos que ao preço de $1,70, os produtores estão dispostos a ofertar 69.000 litros de gasolina. Mas se o preço fosse aumentado para $1,90, a quantidade ofertada aumentaria para 75.000 litros por semana.

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Quantidade Ofertada (milhares de

litros/semana)

Pre

ço

($/l

itro

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FIGURA 3. Curva de oferta por gasolina

Uma mudança na oferta ocorre quando a curva de oferta inteira se desloca.

Novamente, vários fatores causariam o deslocamento da curva de oferta. Uma delas é uma mudança no preço dos insumos dos bens e serviços. Por exemplo, um aumento no salário pago aos empregados da companhia de gasolina faria os produtores aumentarem o preço que cobram pela gasolina, significando uma mudança na curva de oferta para a esquerda como ilustrada na Figura 4. Outro fator que causaria uma mudança na oferta é uma mudança na tecnologia de produção. Suponha que uma nova inovação reduz os custos da refinação da gasolina. Em que direção a curva de oferta se deslocaria neste caso? Quais outros fatores causariam uma mudança na oferta?

Podemos agora juntar ambos os lados do mercado da gasolina. O preço da gasolina é determinado pela interação entre os consumidores e produtores. Podemos ilustrar esta interação ao colocar nossas curvas de demanda e oferta em um mesmo gráfico, como mostrado na Figura 5. Podemos usar esta figura para determinar qual seria o preço da gasolina e quanto seria vendido. Primeiro, suponha que o preço da gasolina foi inicialmente $2,00 por litro. Vemos na Figura 5 que a este preço a quantidade ofertada excede a quantidade demandada. Chamamos esta situação de excesso de oferta porque os produtores têm mais gasolina do que os consumidores estão dispostos a comprar. Ao invés de descartar o excesso de gasolina, os produtores irão baixar os seus preços visando atraírem mais consumidores. Então, no caso de uma oferta esperamos uma pressão para baixar os preços.

O que aconteceria se o preço fosse $1,50 por litro? Vemos na Figura 5 que a este preço a quantidade demandada excede que os produtores estão desejosos de

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ofertar. Os produtores irão notar este excesso de demanda e perceberão que eles podem aumentar seus preços, de forma que a escassez de oferta irá criar uma pressão para aumentar os preços.

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Quantidade Ofertada

(milhares de litros/semana)

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($

/lit

ro)

FIGURA 4. Uma mudança na oferta

1,20

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50 60 70 80 90

Quantidade

Pre

ço

($/l

itro

)

Oferta

Demanda

FIGURA 5. Equilíbrio no mercado por gasolina

Quando um excesso ou escassez de oferta existe, o mercado irá ajustar

tentando eliminar o excesso de oferta ou demanda. Este ajustamento continuará até alcançar um preço onde a quantidade demandada iguala á quantidade ofertada. Apenas a este preço não existe pressão para ajustamentos adicionais de mercado, ceteris paribus. Na Figura 5, isto ocorre ao preço de $1,80 por litro. Á este preço, ambos a quantidade demandada e a quantidade ofertada são 72.000 litros por semana. Os economistas usam o termo equilíbrio de mercado para descrever um mercado que alcança esta situação estável.

Um mercado em equilíbrio é estável tão logo todos os outros fatores relevantes permaneçam o mesmo, incluindo a renda do consumidor, os preços dos bens relacionados, a tecnologia de produção, etc. Mudanças nessas variáveis causarão uma (ou ambas) as curvas se deslocarem e resultarem num novo equilíbrio. Isto é ilustrado na Figura 6. Assuma que um aumento na renda dos consumidores causa a curva de demanda para o gás se deslocar de D0 para D1. Isto resulta num novo equilíbrio de mercado com um preço maior e um aumento na quantidade vendida de gás. Você pode testar por si mesmo o que aconteceria ao

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preço e quantidade de equilíbrio quando a curva de demanda se desloca na direção oposta ou quando a curva de oferta se move.

1.3 Elasticidade da Demanda e Oferta

As curvas de demanda e oferta indicam a resposta dos consumidores e

produtores à mudanças no preço. Enquanto esperamos que todas as curvas de demanda sejam negativamente inclinadas sejam positivamente inclinadas (com raras exceções), suas formas irão variar, e as respostas às mudanças no preço podem ser menor ou maior. Considere novamente como os consumidores responderiam a um aumento no preço da gasolina. Os consumidores comprariam menos gasolina, mas, pelo menos no curto prazo, provavelmente não muito menos porque geralmente eles têm deslocamentos fixos para o trabalho, não podem comprar um novo veículo, e assim por diante. O grau de resposta do consumidor á mudança no preço de um bem ou serviço é determinado pela elasticidade-preço da demanda.

1,20

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Quantidade

Pre

ço

($/l

itro

)

Oferta

D0

D1

FIGURA 6. Um novo equilíbrio com uma mudança na demanda por gasolina A demanda para um bem é relativamente preço inelástico se a quantidade

demandada muda pouco à medida que o preço muda. Isto seria ilustrado graficamente por uma curva de demanda relativamente mais inclinada. A gosolina é um exemplo de um bem com uma demanda que é preço inelástico. Por outro lado, a demanda para um bem é relativamente preço elástico se a quantidade demandada muda muito à medida que o preço varia (a curva de demanda seria relativamente mais deitada). Você pode imaginar bens que sejam curvas de demanda relativamente elástica?

Podemos também falar sobre a elasticidade-preço de oferta. A oferta de um bem é considerada preço inelástica se a quantidade ofertada muda pouco com a variação do preço. Uma curva de oferta preço elástica indicaria uma mudança relativamente grande na quantidade ofertada com uma mudança no preço.

Note que a elasticidade preço da demanda e oferta pode mudar quando consideramos um período de tempo mais longo. No curto prazo, as curvas de demanda e oferta para gasolina são relativamente inelásticas. Mas quando consideramos um período de tempo mais longo, os consumidores podem responder

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a um aumento nos preços da gasolina por mover para um trabalho mais próximo da residência ou comprar um veículo mais eficiente em combustível, e os produtores podem construir novas refinarias ou perfurar mais poços de petróleo. Então a elasticidade preço da demanda e oferta para gasolina serão maiores num período de tempo mais longo.

1.4 Análise de Bem-estar

O tópico final que consideramos neste apêndice é análise de bem-estar. Análise de bem-estar olha os benefícios obtidos por consumidores e produtores a partir das transações econômicas. Usando uma análise de bem-estar, nosso modelo de oferta e demanda se torna uma ferramenta poderosa para a análise política. Nosso entendimento da análise de bem-estar começa com um olhar mais detalhado nas curvas de demanda e oferta.

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Quantidade

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($

/litr

o)

Excedente do

Consumidor

Excedente do

Produtor

FIGURA 7. Excedente do consumidor e produtor

Porque as pessoas compram as coisas? Os economistas assumem que as

pessoas não comprarão um bem ou serviço a menos que os benefícios que eles obtém da compra exceda o que eles têm pago por ele. Enquanto o custo de alguma coisa é expresso em dólares, quantificando os benefícios em termos de dólares não é óbvio. Os economistas definem os benefícios líquidos os consumidores obtêm de uma compra à medida eles maximizam a disposição a pagar, menos o preço que eles têm que pagar. Por exemplo, se alguém está desejando gastar um máximo de $30 por uma camisa particular, ainda o preço de fato é $24, então ele ou ela obtém um benefício líquido de $6 por comprá-lo. Este benefício líquido é chamado excedente do consumidor.

Note que se o preço da mudança fosse $32, o consumidor não compraria a camisa porque os custos são maiores do que os benefícios. Quando observamos as pessoas comprarem bens ou serviços, concluímos que eles estão fazendo isto porque os benefícios a ser obtido excedem seus custos. Se o preço de um item particular aumenta, algumas pessoas decidirão não compra-lo – comprando outras coisas ao invés ou poupar seu dinheiro. Se o preço aumenta ainda mais, mais

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pessoas irão deixar o mercado porque o custo excede sua disposição a pagar máxima. Em outras palavras, a curva de demanda pode também ser vista como uma curva de disposição a pagar máxima.

Podemos agora olhar a Figura 7, mostrando a demanda e oferta por gasolina. Os valores de equilíbrio são a mesma como antes ($1,80/litro e 72.000 litros vendidos) mas as curvas de demanda e oferta têm estendido até o eixo y. Dado que a curva de demanda mostra a disposição a pagar máxima, a diferença vertical entre a curva de demanda (o que os consumidores estão disposto a pagar) e o preço de equilíbrio (o que eles de fato pagam) é o excedente do produtor. O excedente do consumidor total no mercado de gasolina pode ser mensurado sobre nosso gráfico como uma área, representando esta diferença de preço múltiplo pela quantidade comprada, como mostrado no triângulo superior na Figura 7.

Podemos também olhar a curva de oferta em mais detalhe. Os economistas assumem que os produtores irão ofertar um item apenas se o preço exceder seus custos de produção – em outras palavras, se eles podem obter lucro. A curva de oferta mostra quanto é necessário para cobrir os custos de produção. Isto explica a declividade positiva: à medida que a produção aumenta, os custos tendem a aumentar. (Em dois níveis de produção, os custos poderiam cair à medida que a produção aumenta, um fenômeno conhecido como economia de escala). Em efeito, a curva de oferta nos diz quanto custa para ofertar cada unidade adicional de um item. O custo para ofertar uma unidade a mais de um bem é chamado o custo marginal. Em outras palavras, a curva de oferta é uma curva de custo marginal.

Os economistas definem os benefícios que os produtores obtêm da venda de um item, excedente do produtor. O excedente do produtor é calculado como o preço de venda menos o custo de produção. Uma vez mais, podemos olhar em nosso gráfico de oferta e demanda para visualizar o excedente do produtor. Vemos na Figura 7 que o excedente do produtor é o triângulo inferior entre a curva de oferta e o preço de equilíbrio. Os benefícios líquidos totais de um mercado é simplesmente a soma do excedente do consumidor e produtor.

Usando a análise de bem-estar, podemos determinar como os benefícios para os consumidores e produtores mudam como resultado de várias políticas. Tal política seria a instituição de uma taxa sobre um produto. Uma taxa sobre a gasolina seria efetivamente um custo adicional para os produtores ofertando um bem ou serviço. Já que a taxa adiciona aos custos de produção, aumenta a curva de oferta pelo montante da taxa. Note que o preço de equilíbrio aumenta, de $1,80 para cerca de $2,55, mas por um montante menor do que a taxa.

Os efeitos no bem-estar da queda em ambos os consumidores e produtores. O excedente do consumidor tem decrescido, mas também o excedente do produtor. O retângulo entre o excedente do consumidor e produtor indica a arrecadação obtida pelo governo. Essas receitas, que costumava ser parte do excedente do consumidor e produtor, refletem uma transferência dos consumidores e produtores para o governo. Naturalmente, o governo pode então usar essas receitas para prover serviços – taxas de gasolina, frequentemente financiam a construção e manutenção de estradas.

Finalmente, note que a área do triângulo na Figura 8 que costumava ser parte do excedente do consumidor e produtor não é mais um benefício para os agentes. Isto e a perda líquida de bem-estar, ou “deadweight loss” ou “perda irreversível”, resultando da taxa. Isto implica que não devemos nunca taxar a economia? Naturalmente não. A análise de bem-estar estudada aqui considera apenas os benefícios e custos para o consumidor e produtor. Existem muitas justificativas

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sociais para o uso de taxas, incluindo as questões ambientais. O que acontece com aqueles que são afetados negativamente pela poluição do ar gerado quando as pessoas usam a gasolina em seus veículos? Claramente outros impactos devem ser considerados se queremos conduzir uma análise de bem-estar completa.

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Arrecadação

de taxa

Perda irreversível Demanda

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S0 + taxa

FIGURA 8. O impacto de uma taxa no bem-estar