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Carreiras Médicas na América do Norte! Vem conhecer alguns exemplos hajaCrónica: Prenúncios do fim ou auspícios de um recomeço? hajaNutrição: Maio, mês do coração hajaCiência: Robots controlados pelo cérebro: nova esperança para doentes hajaSaúde! | distribuição gratuita | tiragem bimensal | Maio/Junho 12 Ano IX Nº 69

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Última edição do ano letivo 2011/2012! Vem conhecer alguns exemplos de carreiras médicas na América

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Carreiras Médicas na América do Norte!Vem conhecer alguns exemploshajaCrónica: Prenúncios do fim ou

auspícios de um recomeço?

hajaNutrição: Maio, mês do coração

hajaCiência: Robots controlados pelo cérebro: nova esperança para doentes

hajaSaúde! | distribuição gratuita | tiragem bimensal | Maio/Junho 12 Ano IX Nº 69

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2 hajaSaúde!

hajaEditorialE chegamos a

mais um final de ano letivo… Após mais um ano guia-dos pelos programas curriculares, torna--se quase inevitável pensarmos no quão rápido passa cada

ano e o quão rápido se aproxima o dia em que nos despedimos desta mui nobre aca-demia. Todos os anos, em conversas diárias, recordamos este tema, relembrando os pri-meiros dias desta longa, mas breve, cami-nhada.

Também por isto, num período desti-nado quase exclusivamente à aquisição de competências científicas, esquecem--se outras valências de formação também importantes na formação pessoal, como o desenvolvimento do espírito criativo, empreendedor, solidário e ético, tanto pela organização curricular, como pela inação de alguns estudantes; valências estas tão

importantes quanto o “saber fazer”, prin-cipalmente atendendo à atual conjuntura económica e às previsíveis condições de trabalho. Quero, no entanto, deixar uma res-salva, referindo o esforço da docência da ECS-UM, de contemplar no nosso programa curricular algumas destas valências através da criação de unidades curriculares como Domínios Verticais e apelando ao espírito crítico e criativo em todas as atividades.

Contudo, uma das valências que evi-denciamos, e novamente no final do ano, foi a união que nos envolve enquanto estudantes de medicina da Universida-de do Minho. A Semana Cultural Joaquim Pinto-Machado foi um bom exemplo disso, onde nos pudemos exprimir uns perante os outros, tendo como auge a Noite de Talen-tos da Casa, tornando o auditório principal da ECS-UM num autêntico teatro incapaz de sentar tanto estudante. A atuação dos finalistas foi, sem dúvida, o momento mais memorável e emocionante da noite, com a realização de um pequeno clip, com uma

sábia “to do list”. O Cortejo Académico foi também um excelente exemplo disso, sen-do o mesmo espírito de união aplaudido por muitas pessoas em plena Avenida Cen-tral, em frente do Museu Nogueira da Silva, valendo ao nosso curso a merecida vitória na mais importante festividade académica do ano.

Após mais um ano, queria acabar por agradecer a todos os colaboradores deste fantástico espaço de divulgação de ciência, de ajuda à educação e formação de cada um, de expressão cultural e de opiniões pes-soais. Atualmente, dispomos de uma plata-forma eletrónica onde o jornal se encontra na sua versão digital, online, podendo ser visto em http://issuu.com/hajasaude/docs, tendo obtido na edição anterior mais de 1500 visualizações.

Resta-me desejar que haja uns bons últimos exames, haja umas boas férias e, principalmente, que haja Saúde!

hajaBrevesHospital de Loures com mais

abortos do que partos

Luís Araújo. 59221 - [email protected]

Luís Araújo. 59221

Foi no dia 31 de Maio, que os estudantes de medicina, numa ação promovida pela ANEM, se fizeram ouvir em frente ao Ministério da Saúde, numa ação simbólica de protesto contra o atual número clausus das escolas médicas e da previsivel falta de vagas para os recém-graduados em Medicina. Como já é do vosso conhecimento, necessita-mos de fazer especialidade médica para que possamos pertencer à OM e exercer Medicina. No entanto, prevê-se que, como resultado do aumento insusten-tado do número clausus verificado nos últimos 10 anos, ao qual os estudantes sempre se oposeram, não haverá va-gas suficientes para abranger todos os recém-mestrados. Tratou-se, assim, na demonstração pública de que os es-tudantes estão preocupados com o fu-turo da educação médica em Portugal.

Estudo revela que café reduz o risco de morte

Foi no âmbito do Encontro Nacional da Pastoral da Saúde que Isabel Vaz, administradora do grupo privado Espírito Santo Saúde, referiu que no Hospital de Loures houve mais consultas para interrupção voluntária da gravidez do que consultas de obstetrícia. A questão surgiu na discussão dos gastos e do orçamento atual para a saúde, defendendo a ideia de que se deverá, no mínimo, impor um limite ao número de abortos, uma vez que no mesmo hospital, os pedidos para interrupção da gravidez eram já por abortos repetidos, dando o exemplo da Holanda apenas permitir um máximo de três tentativas de reprodução medicamente assistida.

O café é dos alimentos mais consumidos na sociedade geral, mas o risco de morte associado ao mesmo permanece desconhecido. Os investigadores deste estudo epidemiológico, realizado durante 13 anos (1995-2008), seguiram 229,119 homens e 173,141 mulheres, em idades compreendidas entre os 50 e 71 anos, que não tivessem qualquer patologia cardíaca, AVC e cancro previamente ao estudo. Inicialmente o café parecia aumentar o risco de morte, mas, com o facto de estar muitas vezes associado ao tabaco (factor de confundimento), fez-se o ajuste para não-fumadores e verificou-se uma associação inversa entre o consumo de café e o risco de morte. Esta associação foi verdadeira para as pessoas que morreram de doença cardiovascular, respiratória, diabetes e infeções, mas não para pessoas que morreram de cancro, revelando, de certa forma, um caráter cardiovasculoprotector. Mais informações: http://www.

n e j m . o r g / d o i / f u l l / 1 0 . 1 0 5 6 /

N E J M o a 1 1 1 2 0 1 0 ? q u e r y = f e a t u r e d _ h o m e

Estudantes de Medicina em ação simbólica de protesto con-tra a falta de vagas para acesso

à especialidadae médica

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A VIII Semana Cultural do Professor Pinto Machado, organizada pelo NEMUM a fim de homenagear o fundador do curso de Medicina na Universidade do Minho, realizou-se nos dias 23 a 29 de Abril.

A semana foi inaugu-rada com um concurso de cultura geral em formato “Quem quer ser milio-nário?” cujo prémio era um convite geral para as Monumentais Festas do Enterro da Gata. No entanto, apesar do árduo esforço dos participantes e da ajuda do público, nenhum deles conseguiu chegar ao último nível pelo que o prémio não foi atribuído.

Apelando ao talento na arte da pintura, com o propósito de renovar e tornar mais agra-dável a sala do aluno, os alunos foram desafiados a participar na atividade

“Pinta a tua sala do aluno”.Como tem sido habitual, foram

organizados torneios desportivos (ténis e voleibol) que tiveram lugar nas ins-talações desportivas do complexo de Gualtar e torneios de playstation3 (PES,

Bandhero e Singstar). As outras ativida-des desenvolvidas foram um convívio informal low cost, a feira do livro subli-

nhado, o Dia de Educação Médica e a formação PET/T4PE.

Por fim, a Noite dos Talentos que já permitiu revelar, ao longo das suas edições, as aptidões de alunos e pro-fessores em áreas tão diversas como a

música, dança, comédia e trabalhos manuais foi uma das atividades mais esperadas. Foi uma noi-te de grandes espetácu-los, tendo-se destacado a atuação dos finalistas, a quem, desde já, dese-jamos as maiores felici-dades, que nos premia-ram com uma dança e um vídeo.

O Haja Saúde! agra-dece ao NEMUM e a todas as pessoas que de forma direta ou indireta tornaram possível a rea-

lização destas atividades e congratula todos os vencedores e vencidos!

Cláudia Macedo, 56155

hajaNotícia - Semana Cutltural Professor Pinto Machado

hajaNotícia - Ranking dos Sistemas de Saúde

A Health Consumer Powerhouse, empresa analista sueca, tornou públi-cas as conclusões mais recentes sobre os sistemas de saúde europeus, através da sexta edição do relatório Euro Health Consumer Index apresentado em Bruxe-las no Parlamento Europeu.

O estudo envolveu 34 países euro-peus e pretendeu avaliar o ponto de vista dos utentes/ utilizadores sobre os sistemas de saúde, uti-lizando critérios como Direitos e Informação aos utentes, Listas de espera para tratamento, Resulta-dos, Prevenção/Âmbito e alcan-ce dos serviços prestados, bem como dados sobre o acesso aos medicamentos.

Neste estudo, Portugal surge como o 25º classificado com um total de 589 pontos em 1000 pos-síveis, tendo como concorrentes próximos a Espanha (603 pontos) e Malta (609). O pódio é honrosamente ocupado pela Holanda, que se destaca dos restantes países estudados com 872

pontos, pela Dinamarca (822 pontos) e pela Islândia (799 pontos). O estudo também realça que os países do pódio são também os países em que a per-centagem de PIB per capita aplicada à Saúde é maior. Em relação a Portugal os autores concluem que o sistema de saú-de está a ser afectado pela crise econó-

mica e financeira, baixando quatro posi-ções comparativamente a 2009, ano em que a actual crise teve os seus primór-

dios. Como Portugal estagnou enquan-to outros países melhoraram, desceu na classificação. Surpreendentemente, a Europa na sua globalidade melhorou bastante nos índices, sendo esta melho-ria atribuída ao empowerment dos cida-dãos e o seu crescente envolvimento no processo de decisão dos seus cuidados

de saúde. Este ranking não pretende

fazer uma revisão aturada de todas as dimensões dos cuidados de saúde dos países e assim fazer uma lista ordenada dos “melho-res sistemas de saúde da Europa”. Pretende antes, averiguar a con-sumer friendliness dos sistemas de saúde europeus numa pers-pectiva do que será a tendência futura para a livre circulação de utentes no espaço europeu e para o estabelecimento de um Sistema de Saúde Europeu.

João Carlos Simões, 63617

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4 hajaSaúde!

hajaICVS Grupo de investigação do ICVS estuda o relógio biológico envolvido na somitogénese e desenvolvimento dos membros

A atividade motora humana tem cara-terísticas únicas, processando-se de uma forma altamente regulada e preci-sa. Sinais elétricos são gerados a nível cerebral num padrão específico, percor-rem a espinal medula e são posterior-mente transmitidos aos músculos, que constituem a unidade efetora do com-portamento que é determinado a nível superior. Em certas patologias, como a Esclerose Lateral Amiotrófica, lesões da espinal medula ou no caso de acidentes vasculares cerebrais, existem graves alterações nestes circuitos nervosos que condicionam o desenvolvimento de paralisia e, consequentemente, de alte-rações severas na qualidade de vida das pessoas afetadas. Nas últimas décadas, inúmeros trabalhos científicos têm sido conduzidos com vista à descoberta de estratégias de prevenção e/ou atenução dos mecanismos que acarretam a dis-rupção destes circuitos nervosos; bem como, ao desenvolvimento de novas abordagens que possam levar à regene-

ração dos circuitos nervosos lesionados, com a inerente melhoria da qualidade de vida do doente. Apesar da intensa investigação nesta área do conheci-mento, os avanços até agora consegui-dos estão longe de ter o impacto que é expetável, pelo que, o desenvolvimento de novas abordagens é uma real neces-sidade. Uma das inovadoras estratégias seguida na última década são os siste-mas de interface robot-cérebro: sinais elétricos são detetados a nível cerebral e usados para controlar diretamente dis-positivos externos, sem a necessidade de envolver as restantes partes do cir-cuito nervoso. Neste sentido, um estu-do publicado recentemente na revista Nature e envolvendo o sistema BrainGa-te apresentou resultados bastante pro-missores, na medida em que, dois doen-tes com tetraplegia de longa duração foram capazes de usar dois modelos dis-tintos de braços robóticos controlados pelo cérebro e executar com sucesso, de forma controlada, acções de toque

e agarrar de objectos, nomeadamente, uma bola e uma garrafa. No caso da paciente com tetraplegia mais prolon-gada, foi mesmo possível usar os braços robóticos para beber café a partir de uma garrafa, acção que não conseguia realizar de forma autónoma há cerca de 15 anos, em virtude de um grave aci-dente vascular cerebral envolvendo a região do tronco cerebral. Apesar des-tes resultados preliminares inovadores e encorajadores, são ainda inúmeros os desafios a ultrapassar antes de um uso sistematizado deste tipo de tecnologia em doentes com paralisia. É ainda fun-damental ressalvar que o enfoque prin-cipal na abordagem deste tipo de casos deve continuar a incidir no objetivo primordial que é a restituição integral do movimento natural dos membros do doente.Para mais detalhes: http://www.nature.com/natu-

re/journal/v485/n7398/full/nature11076.html

Nuno Jorge Lamas, 41089

Atualmente, um grupo de investiga-ção do ICVS está a estudar de que forma é regulada o crescimento da coluna ver-tebral e dos membros superiores. Assim, estão a decorrer estudos do papel dos genes do relógio molecular que regulam a padronização da mesoderme, da regu-lação do ritmo do relógio embrionário e dos paralelismos moleculares verifica-dos entre o processo de somitogénese e do desenvolvimento dos membros.

A investigadora Isabel Palmeirim evidenciou, em 1997, a existência de um relógio biológico que controlava a formação dos sómitos, percursores da coluna vertebral. Dez anos mais tarde, a mesma equipa descobriu um sistema semelhante que controlava o crescimen-to dos membros superiores (Pascoal et al., J. Mol. Biol. 2007).

O trabalho da investigadora Isabel Palmeirim demonstra o padrão cíclico da expressão do gene hairy1 cuja perio-dicidade era semelhante ao da formação dos sómitos. Verificou-se que, na gali-

nha, este ciclo dura noventa minutos, o mesmo tempo da formação de um sómi-to. Este facto da somitogénese ser regu-lada por um relógio biológico valeu o reconhecimento da revista Nature como um dos marcos históricos do século XX na investigação. Desde então, já foram descobertas outras moléculas que regu-lam a formação dos sómitos a partir da

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mesoderme pré-somítica em experiên-cias efetuadas em embrião de galinha, sendo que essas moléculas garantem a robustez na formação dos sómitos. Para-lelamente, existe um mecanismo seme-lhante a operar na formação dos ossos dos membros superiores, controlando o seu crescimento.

Desta forma, o trabalho de investiga-ção realizada por estes investigadores permitiu abrir novos horizontes quanto aos vários processos que ocorrem no desen volvimento embrioná- rio. Esta área de

investigação permite, posteriormente, des cortinar os mecanis- mos existentes em diversas patologias da coluna vertebral, con- tribuindo assim para a clínica mais dirigida.

Rui Seixal, 59209

hajaCiênciaRobots controlados pelo cérebro: nova esperança para doentes com paralisia

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Sofia Leal Santos, 65728

As doenças cardiovasculares são causas de morte e morbilidade preocu-pantes que merecem atenção. Entre os factores de risco, salientam-se a hiper-tensão arterial e o colesterol elevado, particularmente o LDL, que poderão ser minimizados com alguns gestos simples que dependem apenas das escolhas ali-mentares.

De facto, a hipertensão melho-ra substancialmente substituindo-se o sal por ervas aromáticas, especiarias ou sumo de limão, e restringindo-se a ingestão de produtos salgados, bebidas estimulantes, chá preto, café e águas minerais gaseificadas.

Por outro lado, diminui-se o coles-terol limitando a ingestão de alimentos contendendo ácidos gordos saturados ou colesterol (gema de ovo, manteiga, natas, queijos e leites gordos, bacalhau, polvo, lulas, chocos, marisco, fígado e outras vísceras, enchidos, carnes ver-melhas, maionese, molhos gordos, pro-dutos de pastelaria, folhados, óleos de coco e palma), e aumentando os que possuem fibras alimentares e fitoes-teróis (frutos, vegetais, leguminosas, sementes, cereais integrais).

Alguns alimentos melhoram a vitali-dade das artérias e ajudam na preven-ção das doenças cardiovasculares:

- azeite, óleo de soja, frutos secos, peixes “azuis” (salmão, cavala, sar-dinhas, atum...): fornecem gorduras monoinsaturadas e polinsaturadas (car-dioprotetoras);

- tomate, pimentão, beterraba, melancia: possuem licopeno (antioxi-dante);

- laranja, morango, kiwi: fornecem vitamina C (antioxidante);

- maçã, cenoura, algas, brócolos, banana, aveia: fornecem pectina (fibra solúvel, diminui o colesterol);

- alho, cebola: têm propriedades anticoagulantes, aumentam o HDL;

- folhas verdes, leguminosas: pos-suem vitaminas do complexo B (regulam a homocisteína);

- romã: diminui a oxidação do coles-terol;

- coentros, açafrão: fornecem antio-xidantes;

- uvas: possuem resveratol e flavo-nóides (aumentam o HDL, previnem a aterosclerose);

É igualmente importante manter um peso saudável, restringir o consumo de álcool e preferir alimentos pouco pro-cessados (contêm mais antioxidantes e menos gorduras trans e hidrogenadas), carnes magras (perú e frango sem pele, coelho, borrego) e métodos culinários pobres em gordura.

Para concluir o cardápio, basta com-plementar com uma boa caminhada diária e sorrir quanto baste, o coração agradece!

Amândia Lopes, 23851

hajaNutrição Maio, mês do Coração

III Jornadas de Ciência e Medicina

No passado dia 14 de abril reali-zaram-se, na ECS, as III Jornadas de Ciência e Medicina, organizadas pelo NEMUM. Este ano, o tema escolhido foi “Medicina Regenerativa”.

Temos o privilégio de contar, na UM, com o IVCS, com o Grupo de Inves-tigação 3Bs (Biomaterials, Biodegrea-bles and Biomimetics) e, em particular, com o Laboratório Associado ICVS/3Bs que possui um domínio de investiga-ção em Medicina Regenerativa. Assim, trouxemos a este evento eminentes investigadores destas instituições (e não só), que apresentaram os seus mais recentes projetos de investiga-ção. Regeneração de osso e cartila-gem, cirurgia reconstrutiva, terapia celular no tratamento de lesões do sis-tema nervoso central, e regeneração de pele, são apenas alguns dos temas que foram abordados nestas Jorna-

das. Tal como nas edições anteriores, a multidisciplinaridade foi elemento constante nos trabalhos apresentados, que congregam contribuições da enge-nharia de polímeros, da bioquímica e da medicina, entre outras áreas. Con-seguimos reunir, no programa cientí-fico, um leque abrangente de temas, concorrendo favoravelmente para a

qualidade do evento.A organização considera que estas

Jornadas decorreram otimamente, opinião corroborada pelas respostas dos participantes aos nossos questioná-rios o que só traz motivação para vol-tar para o ano, com uma nova edição melhorada!

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6 hajaSaúde!

Fábio Amaral: Enquan to aluno da nossa escola ocupou vários cargos académicos. Há 3 anos foi aceite no Programa MD/PhD da Universidade do Minho, que o levou à Universidade de Columbia onde estuda a virulência do principal agente infeccioso das infecções pulmonares pediátricas.

hS!: Estás num “Programa da Casa”. Mesmo assim podes descrever em que consiste?

FA: O Programa é, basicamente, 5 anos de curso de Medicina, seguidos de 3 anos de Doutoramento e por fim o 6º ano do curso. O restante percurso é comum a todos os alunos de Medicina.

hS!: Como te preparaste para o Programa?

FA: Escolhi alguns Projectos Opção em investigação, mas foi mais por inte-resse do que com vista ao Programa. E, claro, durante alguns Verões também fiz as Rotações Laboratoriais requeridas. Depois, no final do 5º ano, tive de escre-ver um projecto, a entrevista, e come-çar a trabalhar em Nova Iorque. Não foi complicado, nem mesmo a mudança de país, isto porque tive sempre apoio do pessoal no Programa antes de mim e da

“Casa”.hS!: Estás a fazer o teu doutora-

mento antes de terminares o curso e de saberes a tua especialidade médi-ca. É vantajoso?

FA: Começo por dizer que a minha opinião hoje é a mesma de há 6 anos (quando decidi que entraria para o Programa MD/PhD). Considero o muito vantajoso. Acontece que sempre gostei e quis dedicar-me a investigação. Mas não de forma exclusiva. Sendo, contu-do, difícil fazer tudo ao mesmo tempo, quando soube deste Programa decidi quase instantaneamente que era uma óptima oportunidade. Pude parar o cur-so, fazer investigação e em breve “volto à Medicina”. Para mim faz pleno senti-do. Mas também concordo que nem toda a gente se adaptaria a este modelo. E por isso mesmo, existem as vias clássi-cas para obter um Doutoramento. É ine-gável que quando eu for Interno Com-plementar o meu modo de pensar será diferente... É que isto vai acontecer depois de anos de investigação a pensar criticamente e a (tentar) resolver pro-blemas. No mínimo, serei um pensador mais eficiente. Porém todo o meu esfor-ço de aprendizagem durante estes anos é no sentido de poder ajudar alguém com o fruto da minha investigação.

Disclaimer: (As minhas respostas não estão escritas de acordo com o mais recente acordo ortográfico.)

Inês Pires da Silva: Interna de Oncologia no IPO Lisboa, há 2 anos na New York Uni versity (NYU) a inves tigar Imunologia e Cancro, mais precisamente, como o sis-tema imune pode ser manipulado para ser uma terapêutica eficaz contra o melanoma maligno. Autora publicada não apenas de artigos científicos, mas também de livros de poesia.

hS!: Quando te apercebeste que a tua carreira não se ia ficar pelo prática clínica na cabeceira do doente?

IS: O meu percurso foi mais ao con-trário. Entrei no curso de Medicina com a ideia de fazer investigação, no entan-to, ao longo do curso apaixonei-me pelo doente e pela clínica. Entrei na espe-cialidade de Oncologia, comecei pelo Estágio de Medicina Interna no Hospital Curry Cabral, onde tive contacto com as doenças auto-imunes… depois fiz o está-gio de Doenças Infecto-contagiosas na Universidade de São Paulo (USP – Brasil), e em ambos os casos tive algum con-

Célia Soares, 47479

hajaEntrevista - Carreiras Médicas na América do Norte

Num Mundo cada vez mais global deixamos de ver o nosso país como o único local possível de formação. No entanto os exemplos de médicos a trabalhar na América do Norte não são assim tantos e bem conhecidos. Por isso, o HS! decidiu entrevistar 3 médicos e um futuro médico a investigar ou praticar Medicina no Canadá e Estados Unidos da América para mostrar as diferentes opções que existem de formação/carreira no outro lado do mar.

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hajaSaúde! 7

tacto com investigação. Quando voltei para o IPO a vontade e a necessidade de fazer investigação associada à clínica eram claras para mim. O Programa de Formação Médica Avançada (Fundação Gulbenkian/Fundação Champalimaud/Ministério da Saúde/Fundação para a Ciência e Tecnologia) foi a melhor opor-tunidade para tornar essa necessidade e vontade em realidade.

hS!: Achas que a investigação bási-ca que fazes agora terá uma ligação com a parte clínica que fazias ante-riormente?

IS: Sem dúvida. Investigação básica e prática clínica têm de estar interliga-das, se não for o caso não faz qualquer sentido ser feita por médicos. A ideia é realmente essa… aproximar a investiga-ção básica da prática clínica, levando perguntas e dúvidas que surgem da clí-nica para a bancada. E claro, fazer uma transposição mais rápida das descober-tas científicas para a prática clínica.

hS!: Tens um projecto definido do que vais fazer a seguir à tua formação nos EUA?

IS: Um projecto completamente definido ainda não tenho. Mas tenho algumas ideias do que gostaria de fazer. Voltar para o IPO para terminar a espe-cialidade será o primeiro passo… mas há

muito mais. A formação de uma unida-de multidisciplinar de melanoma junta-mente com a organização de um banco de tumores, é algo em que gostaria de participar. Para além disso, tenho pla-nos de manter alguma actividade de investigação em paralelo com a clínica. Estabelecer uma colaboração com um laboratório, em que eu possa fornecer ideias/dúvidas da clínica, assim como amostras, e trabalhar com investigado-res básicos que colaborem com a sua expertise.

Filipa Lynce: Fellow em Hematologia - Oncologia no Washing ton Cancer Institute. Gosta muito de viver e trabalhar nos EUA, sobretudo da efi-cácia e sentido prático dos americanos. Mas como boa lisboeta, sente saudades do rio Tejo e daquela luz própria de Lis-boa.

hS!: Podes descrever o teu percur-so?

FL: Estudei Medicina em Lisboa, na Faculdade de Ciências Medicas de Lis-boa. Terminei o curso em 2004 e após o internato geral, comecei a especia-lidade de Oncologia Médica no IPO de

Lisboa. Tive a sorte de ter como men-tor o Prof. José Luís Passos Coelho, que fez a especialidade nos Estados Unidos e desde cedo me fascinou pela forma científica e precisa como apresentava os dados existentes aos seus doentes. Senti que era uma Medicina verdadeiramen-te baseada na evidência (quando esta existe!). Ao mesmo tempo, uma gran-de amiga minha estava nos EUA a fazer Neuropediatria e a viver uma experiên-cia muito enriquecedora. Assim, no final do meu primeiro ano de internato decidi começar a estudar para fazer os exames do USMLE e ver no que dava! Acabei por conseguir uma posição no programa de Medicina Interna em Washington, Geor-getown University Hospital/ Washington Hospital Center e comecei a residência em 2008. Depois de completar a resi-dência, iniciei a fellowship em Hemato-logia/Oncologia Médica em 2011 e estou neste momento a terminar o primeiro ano.

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8 hajaSaúde!

hS!: O processo de candidatura a especialidades médicas nos EUA tem fama de ser longo, difícil e caro. Con-cordas?

FL: Caro, sim. Mas sempre olhei para ele como um investimento na minha for-mação. Longo, talvez. Não acho que seja difícil, acho que requer prepa-ração, para ser bem feito (não podes melhorar as tuas notas, o primeiro exa-me que fizeres e que tenhas passado, é a nota com que ficas), mas acho que é acessível. Depende também da fase da tua vida em que os fazes. No meu caso, eu fiz os exames já com alguma distân-cia dos primeiros anos da faculdade, o que fez com que tivesse que estudar mais para as cadeiras básicas (Step1), e achasse o Step2 muito acessível com base no que já estava a fazer na vida profissional. São exames engraçados, bem menos pesados que estudar para o exame do Harrison, e tens a sensação que enquanto estudas aprendes bastan-te.

hS!: O sistema de saúde americano é receptivo a estrangeiros? Ou acabam por ocupar as posições que os nativos não querem?

FL: É receptivo… q.b.! Passo a expli-car. São provavelmente mais receptivos do que nós somos em Portugal a estran-geiros… mas um estrangeiro não é visto como igual a um americano. Por exem-plo, um estrangeiro com scores de 90s nos Steps tem acesso a vagas a que os americanos tem acesso com scores de 70 ou 80s… tens de perceber que para eles é difícil saber se o sítio onde fize-mos o nosso treino médico é credível ou não. Cada vez há mais estrangeiros a concorrerem a internatos nos EUA, e estas pessoas vêm de todo o lado do Mundo. Assim, quem selecciona os can-

didatos sente-se mais confortável em escolher um médico que fez o curso em Georgetown, na NYU ou em qual-quer universidade americana. A maioria dos directores dos programas de treino médico não tem conhecimentos sobre os critérios de ensino e de exigência utili-zados numa faculdade de medicina por-tuguesa, indiana ou chinesa. Claro que há inúmeras excepções. Depende muito da especialidade e se é muito procurada pelos americanos ou não. Nem sempre o que um americano quer é o mesmo que um português quer! Também depende do teu background. Se já fizeste inves-tigação ou tens um PhD, tens acesso a lugares mais académicos, sobretudo na escolha da fellowship. Se já tens alguma experiência clínica, isso também conta. Cartas de recomendação, rotações clí-nicas que tenhas feito nos EUA… Enfim, muitos factores entram em jogo. O mais difícil é o primeiro passo, que é teres uma vaga para fazer a residência numa instituição americana. A partir daí tudo é mais fácil e muitas portas se abrem.

Tiago Mestre: Depois de terminar a especi alidade de Neurologia em Portugal, rumou para o Centro de Doenças do Movimen to da Universidade de Toronto, como fellow clínico do Dr. Anthony E. Lang. O seu sonho profissio-nal é exercer clínica como Neurologista e desenvolver uma carreira de investi-gação clínica que seja aplicável ao modo como tratamos os doentes com Doenças do Movimento. É um viajante do Mundo onde explora não só os sítios que visita, como as suas gentes.

hS!: O que te levou a escolher o Canadá para fazer a tua formação?

TM: A escolha pelo Canadá está liga-da à minha área de interesse em Neu-rologia, as Doenças do Movimento. Ter-minada a especialidade queria aprender mais. O centro de Doenças do Movimen-to da Universidade de Toronto tem um programa de fellowship nesta área que é reconhecido internacionalmente.

hS!: Qual é o processo de candida-tura?

TM: O processo de candidatura é simples para fins de fellowship. Inclui o envio duma carta de candidatura, um curriculum vitae e cartas de referên-cia. Após uma pré-selecção, recebe-se um convite para visitar o centro e fazer uma entrevista com os diferentes pro-fessores. A um clínico português que se apresenta a uma instituição norte-ame-ricana, aconselho vivamente a fazer um estágio observacional na mesma insti-tuição ou em outra de renome interna-cional, de modo a que haja um conheci-mento prévio de quem é o candidato ou que este tenha cartas de referência que sejam reconhecidas e valorizadas. No Canadá, não é necessário realizar exa-mes de equivalência de licenciatura em Medicina como nos EUA (USMLE).

hS!: Há alguma componente da tua formação que é possível no Canada e não seria em Portugal?

TM: O modelo de ensino/treino em Doenças do Movimento na Améri-ca do Norte é inexistente em Portugal. Os Ciclos de Estudos Especiais existem para algumas sub-especialidades como a Neurofisiologia, mas não para as Doen-ças do Movimento.

hajaEntrevista - Carreiras Médicas na América do Norte

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hajaSaúde! 9

Esta que é a última crónica do haja-Saúde! do ano lectivo 2011-2012 marca o fim dum ciclo, quanto mais não seja, do ciclo lectivo. Daqui até à próxima edição aposto as minhas fichas em como muita coisa estará diferente. De tal for-ma os tempos são incertos que temo que no próximo número do hajaSaúde!, algures lá para Outubro deste ano, o que escrevo agora pareça um passado lon-gínquo. Talvez Portugal ganhe o Euro. Talvez Portugal saia do Euro. Vale-nos o alívio de saber que afinal o calendário Maia não agendou o fim do mundo já para este ano (desco-berta com honras de publicação na prestigiada revis-ta Science!).

C o m e ç a n d o de fora para den-tro, estou curioso acerca do futu-ro da Europa e dos seus ideais, concretamente acerca do futuro da Grécia, esse Estado do sul ape-lidado de calão e ocioso que se vê grego para arran-jar soluções que agradem a cre-dores, creditados e fiadores. Como se não bastasse a dimensão da crise económica e financeira, o reboliço polí-tico e social interno e a falta de gover-no, o país ainda se depara com uma seca extrema e uma praga de gafanhotos. Seria até cómico se não fosse trágico. O panorama grego toma cada vez mais as proporções de um episódio bíblico, faltando apenas avistar os Quatro Cava-leiros do Apocalipse a cavalgar sobre o Peloponeso em direcção a Atenas. Res-ta saber se a investida vai varrer toda a Europa ou se vai finalmente ser contida. No outro canto da Europa, aqui, segui-mos com especial atenção esta corrida de cavalos pois não é preciso ser profe-ta para saber quem está na fila para ser

atropelado.Aproximando-nos de Portugal, um

trabalho jornalístico do jornal francês Le Monde dá conta das consequências da crise no sistema nacional de saúde, des-crevendo o sistema de saúde português como estando “anestesiado pela aus-teridade”. Isto no momento em que se sabe que, por determinação do governo e da Troika, terá de se atingir uma pou-pança de 710 milhões de euros no SNS só este ano.

Coisa rara é ouvir falar em greve dos médicos, mas é mesmo isto que preten-de o Sindicato Independente dos Médi-cos (SIM) caso as suas reivindicações não sejam ouvidas. O compromisso é aguardar até Junho pela proposta que o Governo porá em cima da mesa de nego-ciações acerca da nova grelha salarial que, entre outros assuntos, definirá as novas tabelas de horas extraordinárias.

Após a publicação dos resultados de um estudo independente sobre os sistemas de saúde europeus que colo-ca Portugal em 25º lugar de 34 países estudados, quatro posições abaixo da classificação que tinha obtido em 2009,

a Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública vem dizer que tal resul-tado já era expectável dado o crescen-te desinvestimento do Estado no sector público da saúde, entregando cada vez mais nas mãos de privados a responsabi-lidade de cuidar da saúde dos cidadãos. Coincidência ou não, prova disso mesmo foi o recente anúncio do encerramento das Urgências nocturnas do Hospital dos Covões em Coimbra na mesma sema-na em que se inaugura naquela mesma

cidade uma unidade hospitalar privada com serviço de atendimen-to permanente, 35 mil metros quadrados de área e 43 especialida-des médicas e blocos cirúrgicos. Esta tendên-cia é clara e porventura uma inevitabilidade dos tempos. Naquele mes-mo estudo, tornou-se evidente que nos paí-ses em que predomina o sistema Bismarckiano de serviço de saúde, a satisfação dos uten-tes é maior. Enquan-to os países com um sistema Beveridgiano estabelecido, de que Portugal e Reino Uni-do são exemplos para-digmáticos, se vêem a braços com enormes dificuldades de gestão e financiamento sem os esperados retornos em satisfação para os

utentes. Algures no meio estará a virtu-de. Talvez Portugal, com um SNS forte e eficiente, com implantação total no país, tenha algo a ganhar com a partilha dos encargos na saúde com seguradoras e outros sistemas mutualistas privados, garantido que esteja um acesso univer-sal e global, no fundo, como acontece com um sistema bismarckiano europeu e evoluído. Talvez a coexistência destes dois modelos permita colmatar falhas de uns, e aproveitar vantagens de outros, trazendo mais-valias para ambos e, aci-ma de tudo, para o utente.

hajaCrónica - Prenúncios do fim ou auspícios de um recomeço?João Carlos Simões, 63617

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10 hajaSaúde!

Diogo Teles, Ana Luísa André

PET/T4PE

Raquel Afonso, 59264

III Dia da Educação Médica

No passado dia 29 de abril, realizou--se na Escola de Ciências da Saúde (ECS) a quarta edição do Pre-Exchange (PET) e a segunda do Training for Professional Exchange (T4PE). Embora estes eventos tiveram como principal objetivo a pre-paração dos estudantes de medicina, que irão realizar um intercâmbio cientí-fico ou clínico, respetivamente, nos pró-ximos anos, a participação nos mesmo era aberta a todos os estudantes.

O PET contou com 2 palestras teó-ricas pela manhã e 1 sessão teórico--prática à tarde. A 1ª palestra incidiu sobre a elaboração de um artigo cientí-fico e teve como orador o Dr. Nuno Jor-ge Lamas, ao passo que a 2ª, palestrada pela Dr.ª Marina Gonçalves, abordou a elaboração de um póster científico. De tarde, os alunos tiveram a oportunidade de relembrar com o aluno da ECS, Diogo Teles, conceitos e técnicas básicas acer-ca de material de vidro de laboratório e sobre colorações da microscopia ótica.

Por sua vez, o T4PE, com o objetivo de mostrar a Medicina na sua perspetiva multicultural, contou com uma sessão teórica sobre Saúde Global, palestrada pelo Dr. Pedro Pereira, seguida de uma

palestra sobre Infetologia no viajante e no Profissional de Saúde, que teve como orador o Dr. Alexandre Carvalho. Duran-te a tarde, os alunos tiveram a oportu-nidade de treinar alguns gestos clínicos básicos, nas instalações dos LAC da ECS, entre elas Suturas e Entubação Endotra-queal, orientadas pelo Dr. Vitor Batista e a Dra. Marta Basto, respectivamente.

Para além destas atividades durante a tarde, os participantes no PET e T4PE tiveram a oportunidade de realizar um

Training, que os preparou para possíveis imprevistos que possam ocorrer durante a realização do Intercâmbio e esclare-ceu medos e dúvidas sobre a aventura para que se estão a preparar.

Em suma, o evento formativo PET/T4PE foi um sucesso, tendo tido uma avaliação pelos participantes muito positiva. Assim recomendamos a todos os alunos que irão realizar algum tipo de intercâmbio a participação em eventos como estes no futuro.

No passado dia 28 de Abril decorreu, organizado pelo NEMUM, a terceira edi-ção do Dia de Educação Médica. Este ano, os temas escolhidos para discussão foram a Construção de Currículo a Pré--graduação e Métodos de Aprendizagem e Avaliação nos anos Clínicos.

Para o debate da primeira temática, contámos com as intervenções da Drª Ana Salgueira (ECS-UM), do Dr. Miguel Portela (EEG-UM), da Drª Luísa Lobato (ICBAS), da Drª Mariana Brandão (ex--aluna FMUP) e da Drª Andreia Vilas--Boas (ex-aluna ECS-UM). Neste painel, obtiveram-se conclusões bastante inte-ressantes. A primeira, foi que para um aluno complementar o seu currículo e o enriquecer para além das atividades letivas, não importa a faculdade em que está, mas sim aquilo que faz na sua faculdade. Quer pratique desporto, faça investigação, integre um grupo cultural ou recreativo ou mesmo seja dirigente associativo, o enriquecimento pessoal é sempre reconhecido e, mais do que isso,

recompensador, uma vez que os estu-dantes vão adquirindo diversas compe-tências pessoais e profissionais. No que concerne às preocupações dos diretores de serviço na contratação de médicos, vimos que além da valorização do cur-rículo e das competências clínicas e técnicas, estes reconhecem a importân-cia da capacidade crítica, do trabalho em equipa, do espírito de liderança e da exigência de excelência no seu tra-balho. Contudo, não existem critérios de seleção definidos publicamente e, dadas as atuais circunstâncias, é neces-sário estabelecê-los. Além disso, deve começar também a haver o cuidado de uma divulgação mais vasta das vagas que abrem para os serviços hospitala-res (sites das sociedades, colégios da Ordem, do hospital, etc), dado que na maioria das vezes a contratação é feita por convite direto e não por concurso.

Da parte da tarde, pudemos contar com representantes das várias escolas médicas, de Norte a Sul do país, que nos

apresentaram um pouco da forma como a aprendizagem e a avaliação são feitas nas suas escolas ou mesmo alguns proje-tos que se estão a implementar para pro-gredir para métodos mais inovadores. A finalizar o painel, fomos presenteados com a sessão do Dr. Peter Johnston, da Universidade de Aberdeen, Escócia, que nos apresentou a realidade atual do Rei-no Unido acerca desta temática. Com isto, foi possível comparar aquilo que acontece num dos países mais desenvol-vidos em questões de educação médica com a situação portuguesa.

O NEMUM aproveita para informar que a discussão do método de aprendi-zagem e de avaliação nos anos clínicos na ECS-UM vai continuar, de forma a pro-mover uma reestruturação desta parte do curso, em conjunto com o Prof. Nuno Sousa e a Unidade de Educação Médica. Estejam atentos e colaborem connosco neste que é um esforço e interesse de todos nós!

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hajaSaúde! 11

hajaLigaNEMUMFilipe Pinto, 53130

hajaDesporto

Terminou este mês a liga de futebol portuguesa com festa azul e branca. Depois da inesperada perda de pontos do benfica nos ultimos jogos do campeo-nato, os Portistas agarraram com unhas e dentes um título que esteve em vias de lhes escapar por mais do que uma vez. Ao contrário do que aconteceu em 2011, desta vez o título foi alcançado “no sofá”, seguindo-se a habitual inva-são da alameda do Dragão e da Avenida dos Avaliados.

Esta temporada foi marcada pela irregularidade dos “4 grandes” e pelo final de época lamentável da União de Leiria. O Porto, na ressaca de uma época de sonho, teve dificuldade em manter a fasquia, sobretudo a nível das competições europeias, mas algumas vitórias decisivas permitiram-lhe sagrar--se bicampeão português. O Benfica teve momentos avassaladores, intercalados

por quebras inesperadas, mas mante-ve-se na luta pelo campeonato até às últimas jornadas. O Sporting, após um bom início de temporada, passou por um período algo negro, mas com a chega-da de Sá Pinto terminou novamente em alta, ficando, contudo, na quarta posi-ção, a 16 pontos do líder. Já o Sporting de Braga veio reforçar a sua posição e assumir-se não só como um “grande” português, sem margem para dúvidas, mas como um sério candidato ao título, tendo inclusive estado na liderança.

Mas porque desporto não é apenas futebol, há que dar o merecido desta-que ao FC Porto, tetracampeão de Ande-bol, e a Telma Monteiro, que se sagrou campeã europeia de Judo, na categoria de -57 kg, ao vencer a grega Ioulietta Boukouvala.

Finalmente, é importante mencio-nar a participação, em representação

de Portugal, de Rui Bragança, estudante do 3º ano de medicina da Universidade do Minho, no campeonato europeu de taekwondo, juntamente com o atleta Mario Silva.

Dinis Oliveira, 56201

Bicampeões numa temporada atribulada

Mais um ano termina com mais uma edição da Liga NEMUM terminada. Ape-sar de alguns contratempos relacionados com a marcação dos jogos chegaram às semi-finais as 2 melhores equipas do grupo A e B. A sorte ditou os seguintes jogos: Med United (1ºA) contra OscarAl-hos (2ºB) e FC CagaPadentro (1ºB) con-tra Brigada do Reumático (2ºA). Como se era de esperar os jogos foram disputados com as 4 equipas a darem o seu melhor para conseguir um lugar na final. Apesar dos esforços FC CagaPadentro e OscarAl-hos ficaram pelo caminho seguindo para a final as 2 equipas do Grupo A. O es-perado jogo da final foi digno da espera, as duas equipas lutaram ate ao fim para tentarem levar a melhor no tempo regu-lamentar, mas o jogo acabou por ter de ser decidido nas grandes penalidades. Na lotaria, que de sorte pouco tem, venceu a equipa Brigada do Reumático que fez valer a experiência de edições anteriores. E assim terminou mais uma Liga NEMUM repleta de emoção até ao ultimo segundo, basta-nos esperar que as próximas edições sigam o sucesso das anteriores e que se possível se inscre-vam mais equipas para que esta Liga se

torne cada vez mais competitiva!

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12 hajaSaúde!

Esta rubrica, tanto quanto me lem-bro, foi sempre um local de reflexão sobre moda. Mas, em todas as edições – as que escrevi e também as que apenas li – nunca houve um momento em que se falasse exclusivamente de estilo. Pois bem, eis que chegou o dia! Afinal, que rubrica de moda se pode esquecer de que é ojene sais quois de cada um que dita se uma roupa, um acessório ou uns sapatos arrasarão?

Existem várias definições para “esti-lo”. Pessoalmente, a que mais me satis-faz é a que o define como a capacidade de se transmitir a personalidade através do que se veste. Sabem aquelas pessoas que, vistam o que vistam, ficam sem-pre bem? Pois bem, essas pessoas são o exponente máximo do “estilo”. São irritantes, muitas vezes. Porque con-seguem acabar de acordar, sacudir o cabelo, vestir uns jeans e uma t-shirt do namorado, calçar unsstilettos e arrasar. (Já agora, qualquer mulher deveria ter um par de stilettos, faz um bem desgra-çado ao ego, nem que seja só para usar em festas).

Felizmente, não temos de ser deu-

sas irrepreensíveis para sairmos à rua sentindo-nos bem. O primeiro passo, seguramente, é vestir algo no qual nos sintamos confortáveis. Não adianta usar uns saltos de 15cm, se temos medo de partir uma perna a cada passo, nem usar o “corte de cabelo da moda”, se não tivermos paciência para o cuidar. Há sobretudo que descomplicar. O segundo passo é correr riscos, experimentar, ves-tir as roupas do avesso, brincar em fren-te ao espelho. O terceiro é descobrirmos do que gostamos. Termos a capacidade de entrar numa loja e sabermos exac-tamente o que procuramos. Finalmente, o quarto e mais importante é gostarmos de nós e da imagem que transparece-mos aos outros. Tentarmos ser o que não somos, usar esta cor ou aquele corte porque a Vogue disse que era in, está fora de questão. Não se importem de usar o out, se for aquilo que mais gos-tam. Afinal, o out de hoje, pode vir a ser o hot de amanhã...E vocês terão sidoa-vantgardee, acima de tudo, fiéis ao vos-so estilo. Afinal, como dizia Yves Saint Laurent “fashion fades, styleis eternal”.

hajaModaNádia Sepúlveda 53084 (http://myfashioninsider.blogspot.pt)

E assim nos vemos na era das Smar-tCOISAS! Sejam bem-vindos! Na hora, encontrarão todo um espólio dos mais inacreditáveis adereços; e inconsciente-mente serão convertidos nos sabedores analfabetos de toda a ciência! Exagero? Claramente, em parte…chamar-lhe-ia hipérbole, que por tudo se faz veículo obrigatório para uma visão distópica bem sucedida. Em honra à iMedicina, qualquer ser vivo racionalmente huma-no conseguirá, nos anos que se seguirão, aceder aos mais surreais pequenos apa-relhos, associados aos seus smartphones: contam-se desde os simples oxíme-tros, passando pelos Electrocardió-grafos portáteis, até aos surreais “laboratórios de análises clínicas particulares”. Na verdade, a ques-tão aprofunda-se quando o papel da nossa profissão aparece perdido nas nossas cabeças. Lá estará o médico nos seus afazeres diários, após mais um dia de trabalho algures num ser-

viço hospitalar, e de assalto começam as mensagens vindas dos dispositivos wireless dos seus doentes com o aviso de que os electrocardiógrafos ligados ao mesmo rebanho estariam a detectar alterações compatíveis com um EAM…ora fácil? E não estamos a levar as coi-sas ao extremo! Será feitio ou defeito a falsa ideia generalizada que um bom médico está sempre disponível para o seu doente? Em boa verdade, havere-mos de ter direito a ambos os lados da realidade, mas parece torpe associar o futuro a um pensar em que esta divisão

apareça que nem milagre, muito menos que estaremos preparados para lidar com o rumo que tomamos. Se por um lado a proximidade e a eficácia do nosso trabalho se haverão de tornar realmen-te notórias, o excesso de facilitismo e a perda de noção de fronteiras trazem consigo desafios nunca antes considerá-veis. Haja ficção científica que nos aju-de a compreender o que nos aguarda; haja flexibilidade mental para as parce-las de realidade que nos vão chegando!

hajaTecnologia - iDoctorJoão Abreu, 53113

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hajaSaúde! 13

O Parque da Ponte é um parque urba-no da cidade de Braga, localizado na zona Sul da cidade, perto do estádio 1º de Maio. Apesar de ser um marco emble-mático da cidade, este parque encon-trou-se bastante degradado e esquecido durante dezenas de anos, sendo famoso por ser mal frequentado e até perigoso. Foi para combater isso que, em 2011, a câmara decidiu avançar com obras pro-fundas de requalificaçã, primariamente da zona interior e mais recentemente da parte exterior. O resultado é um espa-ço bem renovado, agradável para ver e para usufruir. Apostou-se numa vegeta-ção menos densa, substituindo por rel-vado - o que deu um ar mais luminoso ao parque - mantendo as tradicionais e centenária árvores de importante valor biológico (sequóias, carvalhos, etc). As mesas e os bancos foram substituídos, e tentou-se ao máximo acabar com os “cantos escondidos” do parque. A ilumi-

nação foi melhorada. Embora seja um parque pequeno, é mais um espaço de que os bracarenses podem usufruir para um passeio de domingo ou actividade física de final de tarde, só que neste caso ele está perto das suas casas, bem perto do centro da cidade.

Parte do sucesso que este parque está a ter, desde a sua inauguração, vem da aposta no bar/restaurante do Lago. Este espaço, de aspecto arquitectónico visionário, em simbiose com o lago,

mostrou ser uma boa aposta, porque além de rentabilizar o parque, atrai o que estes espaços mais necessitam – pessoas.

O Haja Lugares aconselha uma visita a este espaço, para aproveitar os tem-pos livres da maneira que quisermos. Seja em família, sozinho numa corrida, com o parceiro a ler um livro ou com os amigos numa conversa de café. Não te vais arrepender e vais gostar do ar que lá se respira.

hajaLugares - Parque da Ponte e Bar do LagoVitor Gonçalves, 59165

O mês de Junho não poderia começar da melhor forma no Parque da Bela Vis-ta. No dia 1 vão passar pelo palco Mundo artistas como LennyKravitz, Maroon 5, Ivete Sangalo e Expensive Soul. O dia 2 dará lugar a StevieWonder, Bryan Ada-ms, Joss Stone e TheGift. O último dia deste grande espectáculo será marcado pela actuação de Bruce Springsteen, Xutos e Pontapés, James e Kaiser Chiefs.

LennyKravitz é natural dos Estados Unidos da América. É um artista multi-facetado pois além de cantar, escrever, tocar inúmeros instrumentos e compor, também é actor. Os espectadores podem esperar músicas que resultam de uma fusão de Rock, Soul e R&B. Lennyga-nhou umGrammyAward por 4 anos con-secutivos, de 1999 a 2002.

StevieWonder não necessita apre-sentações. Com uma carreira que conta com mais de 60 anos, é considerado um dos melhores artistas de todos os tem-pos. Já foi consagrado com 25GrammyA-wards, o maior número já ganho por um artista masculino. O seu último e único concerto em Portugal foi há 20 anos atrás, o que torna esta sua presença no

Rock in Rio Lisboa ainda mais especial. A fechar a 5ª edição deste espectá-

culo a cabeça de cartaz do palco Mundo é Steve Springsteen com a sua lendária E Street Band. Esta actuação marca o regresso a Portugal de Bruce Springs-teen pela primeira vez desde a actuação no Estádio de Alvalade em 1993. Com aproximadamente 40 anos de carreira e 20GrammyAwardsarrecadados, Sprin-gsteen é conhecido por dar concertos muito pessoais, abordando temas como a sua infância, família, as suas insegu-ranças e sonhos.

Mais uma edição deste grande festi-val de música, mais um cartaz repleto de grandes nomes que prometem agra-dar a fãs de diferentes géneros musicais e gerações. Artistas que fazem parte do grande projecto por detrás deste espec-táculo do Rock, que é unir as pessoas e sensibilizá-las para que ajudem a melho-rar as condições sociais e lutem por um mundo mais justo e mais equilibrado, ou seja, POR UM MUNDO MELHOR.

hajaSons - Por um mundo melhorFani Eliana, 54465

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hajaSaúde! 15

hajaAgendaFilipe COsta, 59247

hajaSudoku

1- Quem foi o vencedor do primeiro Campeonato Europeu de Futebol, realizado em 1960?

a) Espanhab) União Soviéticac) Alemanhad) Françae) Checoslováquia

2- Actualmente qual é a equipa com o maior número de Cam-peonatos Europeus conquistados?

a) Françab) Alemanhac) Espanhad) Itáliae) Portugal

3- Em que países se vão realizar os próximos Europeus (dois países em 2012 e um em 2016), respectivamente?

a) França, Itália e Portugal b) Inglaterra, Alemanha e Suéciac) Polónia, Ucrânia e Françad) Bélgica, Itália e Jugosláviae) França, Bélgica e Itália

5- Qual o nome da(s) mascote(s) oficiais para o Europeu de Futebol de 2012?

a) Goaliathb) Beneluckyc) Trix e Flixd) Bernie) Slavko e Slawek

6- Até ao momento, qual o jogador que marcou maior número de golos num Campeonato Europeu de Futebol?

a) Michel Platinib) Patrick Kluivertc) Nuno Gomesd) Thierry henrye) Zinedine Zidane

7- Que jogador português realizou mais partidas no conjunto dos Campeonatos Europeus de Futebol?

a) Cristiano Ronaldob) Luís Figoc) Pauletad) Sérgio Conceiçãoe) Nuno Gomes

Aproxima-se o Campeonato Europeu de Futebol 2012, em que Portugal irá disputar a fase de grupos juntamente com a Alemanha, Holanda e Dinamarca. Com o Europeu, vem também um quizz. Disfruta!

Música

26 Maio | Clã | Teatro Cinema Fafe | 21h30 | 10€2 Junho| Orquestra Sinfónica Portuguesa | Centro Cultural Vila Flor – Guimarães| 22h00 | 7,5 e 10€6 Junho| Concerto de Música de Câmara| Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga| Theatro Circo Braga | 19h00 |2€6 Junho| Azeituna – Espectáculo dos 20 anos| Azeituna | Theatro Circo Braga | 21h30 |5 a 7€9 Junho | Braga Solidária até à Medula | Theatho Circo Braga| 22h00 | 10€20 Junho | À Sombra de Deus |SMIX SMOX SMUX + ERMO | Theatro Circo Braga | 22h00|a definir22 Junho | Moonspell |Multiusos de Fafe 23 e 24 Junho |Brincadeiras Líricas | Centro Cultural Vila Flor – Guimarães | 11h00 e 18h00 |3 e 5€28 Junho | Eduarda Melo e Joana Gama - Voz e Piano | Theatro Circo Braga | 21h30| 8€30 Junho | Paula Teixeira -100% inclusive | Centro Cultural Vila Flor – Guimarães |22h00 |3 e 5€

Teatro

6,7 e 8 Junho| As Barcas | João Garcia Gabriel |Centro Cultural Vila Flor - Guimarães | 22h00| 5 e 7,5€7 e 8 Junho | NIóBIO |Visões Úteis| Centro Cultural Vila Flor – Guimarães | 22h00 | 5 e 7,5€9 Junho | Os Lusíadas | António Fonseca | Centro Cultural Vila Flor – Guimarães | 10h00 às 24h00 | 5 e 7,5€14 Junho | O Abajur Lilás | Centro Dramático de évora e a Escola da Noite | Theatro Circo Braga |21h30| 8€

Cinema

24 Maio |Men in Black 3 |Ação/aventura31Maio | Lockkout |Thriller31Maio| A Branca de Neve e o Caçador |Aventura/fantasia7 Junho| Apanha-me Esse Gringo |Ação/aventura7 Junho| Prometheus |Ficção científica14 Junho| Um Homem com Sorte |Drama 14 Junho| Amigos, Amigos, Sexo à Parte | Comédia 21 Junho| Abraham Lincoln: Vampire Hunter | Terror 21 Junho| 2 Dias em Nova Iorque | Comédia28 Junho| Agentes Secundários | Comédia 28 Junho| A Idade do Gelo 4

|Animação

Patrícia Varela, 59198

hajaQuizzFilipe Costa, 59247

Soluções: 1-b ;2-b; 3-c; 4-c; 5-e; 6-a; 7-b

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haja Arte

Jornal hajaSaúde! NEMUMDistribuição Gratuita.Tiragem: 80 exemplares.Direção: Luís André Araújo.Colaboradores: Abel Branco, Daniela Lasca-

sas, Vítor Gonçalves, André Miranda, Ana Mafal-da Remelhe, Filipe Costa, Patrícia Varela, Cláudia Macedo, João Pedro Silva, Nádia Sepúlveda, João Firmino Machado, Célia Soares, Fani Eliana, Rui Miguel Seixal, Nuno Jorge Lamas, João Carlos Simões, Dinis Oliveira.

Paginação & Grafismo: José Carlos Rodrigues / Luís André Araújo.

Impressão por: CopyPage

ContactosNúcleo de Estudantes de MedicinaUniversidade do MinhoEscola de Ciências da Saúde da

Universidade do MinhoCampus de Gualtar, 4710-057

BRAGA

ReflexoE o mundo continua achando que é grande…talvez porque sabe de filosofia e japonês, e os outros não..porque a comunicação é parte da razão… dizem os entendidos…andam nos pubs habituais,sabem falar de tudo,e porque o sexo é reflexo,batem-se palmas a uma boa obra,quem a vê é o sexo do lado,e é reflexo…poço de vida, cuspido por quem a desprezou,que ainda saceia quem está ás portas da dor…porque a mágoa seca,nem que seja o coração...

Monica Matra

Renata Marques