Haja Saúde! Maio-Junho 2015
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Transcript of Haja Saúde! Maio-Junho 2015
HajaBraga! HajaExplicação! HajaHumor!No enanto, para os estudantes minhotos, maio é também sinó´nimo de uma tradiaço: o Enterro da Gata!
Al-Shabaab - o que querem no Este de África?
NÃO IMPORTA É GOURMET!
PÁG. 8 PÁG. 20PÁG. 10
HajaEditorial! 3
HajaBreves! 4
HajaMemória! 5
Haja Ciência! 6
HajaTecnologia! 7
HajaBraga! 8
HajaCinema! 9
HajaExplicação! 10
HajaConto! 12
HajaSexualidade! 13
HajaDesporto! 14
HajaNEMUM! 14
HajaDesafio! 15
HajaPassatempos! 17
HajaGula! 18
HajaAgenda Cultural! 19
HajaHumor! 20
HajaPaciência! 23
HajaEditorial!
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Nesta edição do HajaSaúde!, apresentamos-‐te uma edição mais “leve” e livre. Apesar da ausência de um tema específico, poderás ler as habituais crónicas e confrontar-‐te com assuntos que assolam o mundo (como o terrorismo abordado no Ha j a E xp l i c a ç ão ! ) ou r e l a x a r enquanto lês os Conselhos da Rebecca. Como podes ver, quer sejas uma pe s soa p reocupada ou descontraída, o teu HajaSaúde! tem sempre algo para O, nem que seja uma receita (para já ainda não fazemos serviço de pastelaria, mas quiçá um dia o façamos).
Relembramos, ainda, que quem esOver interessado, poderá fazer parte desta equipa, integrando este projeto de e para alunos, escrevendo textos, ajudando na parte gráfica ou noutras vertentes.
Chegando ao final de um ano leOvo, a equipa do HajaSaúde! deseja muito boa sorte a todos aqueles que vão a exames finais and may the odds be ever in your favor. Àqueles que já se encontram de férias (ou semi-‐férias), desejamos um bom descanso e que
n ã o d e i x em d e s e i n s t r u i r culturalmente, seja a ler, a ir a concertos, ou a outras aOvidades culturais.
Além disso, a equipa do HajaSaúde! congratula e agradece, ainda, a todos aqueles que contribuíram para que Medicina fosse o curso vencedor do Cortejo das Monumentais Festas do Enterro da Gata 2015, pois “o médico que só sabe de Medicina, nem de Medicina sabe”.
A todos, umas
boas férias e
umas boas e
abundantes
leituras!
Joana Silva, 3º Ano
João Lima, 1º AnoH
ajaB
reve
s!4
iMED 7.0, a maior conferência para estudantes de medicina da Europa
O iMed 7.0 é a maior Conferência para estudantes de Medicina da Europa e ocorre
já em Setembro, em Lisboa.
O objeOvo é, não só, os parOcipantes entrarem em contacto com as mais recentes
inovações no campo da medicina, mas também que se sintam inspirados pelas
pessoas que as fizeram. Além disso, será promovida a Innovate CompeOOon,
dirigida àqueles estudantes que querem iniciar o seu próprio projeto de
invesOgação. Há 12000€ em bolsas para oferecer aos dois vencedores!
Por outro lado, para todos os que se sentem empolgados com os diagnósOcos mais
desafiantes, haverá o Clinical Mind Compe..on. As três equipas melhor
classificadas na compeOção têm a oportunidade de realizar um estágio de
voluntariado em África!
Bodyinteract
Com o intuito de melhorar o treino de competências clínicas, parOcularmente o
raciocínio, a Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho invesOu e, agora,
os alunos de medicina podem usufruir de um novo instrumento, o bodyinteract, que é
um produto desenvolvido pela empresa portuguesa Take The Wind. É um sohware de
treino que simula casos clínicos virtuais e interaOvos que devem ser resolvidos pelos
uOlizadores. Esta plataforma é usada numa mesa táOl de grandes dimensões e permite
a criação de diferentes cenários clínicos, em diferentes áreas de especialidade médica,
num ambiente realista e controlado. A interação entre alunos, professores e doente
virtual, criada durante uma sessão que dura cerca de meia hora, esOmula a parOlha de
conhecimentos e o treino do raciocínio clínico em circunstâncias que são dikceis de
reproduzir em situações reais do dia-‐a-‐dia.
É intemporal a existência de uma clara associação do verão a férias e a descanso, porém, e se nos focarmos no passado, conseguimos perceber que, com o passar dos anos, houve uma clara alteração do padrão de comportamento das pessoas. Assim sendo, é irrefutável a ideia de mudança de comportamentos não só fomentada pelo aumento das condições de vida das populações mas também pelo desenvolvimento das novas tecnologias.
Talvez sejamos todos demasiado novos para nos podermos perceber das mudanças que têm vido a acontecer e a verdade é que só nos apercebemos delas quando falamos com os nossos pais e, principalmente, com os nossos avós. De um modo geral, a infância deles, nomeadamente as férias, são descritas como momentos de enorme alegria onde toda a gente se conhecia e brincava até ao chamamento das mães que os vigiavam atentamente.
O avanço tecnológico, tal como referido, foi um dos principais responsáveis pelas mudanças de comportamentos. Assim, 1972 foi um ano que ficou marcado pelo nascimento da primeira consola de jogos e que permiOu o grande crescimento da indústria nas úlOmas décadas. Na época do seu lançamento nunca se pensou no
sucesso que viria fazer nem na mudança de comportamentos que acabaria por insOgar.
Se por um lado virou um fenómeno de vendas, por outro levou ao sedentarismo de uma forma bastante acentuada.
A este fenómeno seguiram-‐se muitos outros que acabaram por provocar o isolamento das crianças com uma enorme agravante não só para a sua condição ksica mas também psíquica. Deste modo, e embora os seus criadores tenham defendido desde sempre que estes instrumentos se tornariam fundamentais para o raciocínio das crianças, a verdade é que são vários os estudos que provam que o chamado “vício” torna as crianças mais retraídas e menos comunicaOvas acabando por funcionar com uma barreira social.
É já anOga a máxima “Mudam-‐se os tempos, mudam-‐se as vontades”, porém, é talvez das poucas que com o passar dos anos não deixara de se manter como uma verdade absoluta. Não é preciso recuarmos muito para podermos perceber que a mudança é imprevisível e que a ela estão, muitas vezes, subjacentes comportamentos impensáveis.
HajaM
emória!
5Gonçalo Cunha, 2º Ano
O VERÃO E A TECNOLOGIA
Primeira consola de jogos
“O Verão de Antigamente”
Em ciência existem apenas duas certezas. A primeira é que ainda sabemos pouco; a segunda é que o pouco sabemos hoje poderá não ser verdade amanhã . Um es tudo recente , desenvolvido na Escola de Medicina da Universidade de Virginia (UVA), demonstrou-‐nos mais uma vez isto mesmo, ao ter revelado a existência de uma ligação direta entre o cérebro e o sistema imunitário, que se pensava não exisOr. A descoberta de vasos linfáKcos meníngeos é não só transformadora sobre a perspeOva atual de interação entre sistema nervoso central e o sistema imunitário periférico, mas também profundamente surpreendente pelo facto destes vasos terem permanecido ocultos aos olhos dos invesOgadores, apesar do sistema linfáOco ter sido já extensivamente estudado.
Como desde já imaginarão, esta descoberta acarreta importantes implicações para o tratamento de doenças neurológicas, tais como a doença de Alzheimer ou a Esclerose MúlOpla. Segundo Jonathan Kipnis, PhD, professor na UVA -‐ Dep. de Neurociências e director do Center for Brain Immunology and Glia (BIG), “esta descoberta altera por completo a nossa perspeOva sobre as interações neuro-‐imunes, que sempre perspeOvámos como algo esotérico que não pode ser bem estudado; agora podemos responder a questões mecanísOcas e torna-‐se dikcil imaginar que estes vasos não parOcipem numa qualquer doença neurológica que tenha uma componente imunitária”, referiu Kipnis.
A descoberta foi tornada possível pelo trabalho de Antoine Louveau, PhD e pós-‐doc. no laboratório de Kipnis. Os vasos linfáOcos foram detectados após Louveau ter desenvolvido um método para montar as meninges de raOnho em lâmina, de modo a que estas pudessem ser observadas e examinadas como um todo. “Houve um segredo: fixámos inicialmente as meninges à superkcie interna do crânio, de modo a que estas
manOvessem a sua estrutura fisiológica, e depois procedemos à sua disseção. Se o Ovéssemos feito de outra forma, não teria resultado”, explica Louveau. Até Kipnis permaneceu céOco inicialmente. “Eu pensava que o corpo humano estava mapeado. Acreditava que este Opo de descobertas Onha acabado por volta da primeira metade do século passado. Mas aparentemente, não acabaram.” disse Kipnis após explicar que os vasos linfáOcos em questão acompanham o trajeto dos grandes vasos sanguíneos que percorrem os seios cavernosos.
Com esta descoberta abrem-‐se novas perspeOvas quanto à eOologia e tratamento de doenças como o AuOsmo, Esclerose MúlOpla e Doença de Alzheimer. Kipnis dá um exemplo: “ Na doença de Alzheimer ocorre a acumulação de agregados proteicos em diversas regiões do cérebro. Achamos que estes agregados poderão estar a acumular-‐se no cérebro, por não estarem a ser devidamente removidos pela drenagem linfáOca agora idenOficada. Notámos ainda que estes vasos linfáOcos apresentam diferenças em animais mais velhos, levantando a possibilidade de puderem desempenhar um papel aOvo no envelhecimento”, explica Kipnis.
No fundo, são inúmeras as perguntas que emergem relaOvamente a diferentes doenças neurológicas, face à presença de algo que a ciência insisOa que não exisOa. Lá está, em ciência existem apenas duas certezas…
Haj
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António Mateus-Pinheiro, 4º Ano
Descoberta uma “ligação direta” entre o cérebro e o sistema imunitárioO laboratório de Jonathan Kipnis acaba de anunciar uma descoberta que revoluciona a forma como perspeOvamos as interações neuro-‐imunes. Esqueçam o que aprenderam nos livros de texto: afinal, existem mesmo vasos linfáOcos no sistema nervoso central.
Mapa do sistema linfáOco antes (à esquerda) e após (à direita) a descoberta de vasos linfáOcos meníngeos (adaptado, Univ. Virginia)
Até à data, a monitorização da aOvidade eletrofisiológica do cérebro tem sido assegurada essencialmente pelo eletroencefalograma (EEG), uma técnica parOcularmente úOl, não só para o d iagnósOco e seguimento de patologia epilepOforme, mas como também para avaliação de patologia do sono, avaliação de coma e morte cerebral, monitorização de anestesia e como indicador indireto de perfusão cerebral em procedimentos como a endarterectomia carotdea. Contudo, esta técnica apresenta-‐se com algumas limitações, nomeadamente a reduzida resolução espacial, especialmente a nível das zonas cerebrais profundas, assim como o facto de que a monitorização não é contnua, sendo que a avaliação inter-‐ictal (em caso de patologia epiléOca) pode não ser tão relevante como a monitorização durante a crise.
Esta problemáOca da necessidade de monitorização contnua tem sido adereçada com a criação de circuitos eletrónicos flexíveis adaptáveis a estruturas naturais, que podem ser implantados a nível cerebral. Um estudo recente, publicado na revista Nature Nanotechnology (Lia et. al, 2015), apresenta uma abordagem simples e inovadora que ultrapassa os obstáculos supracitados em relação ao EEG: foi introduzido um circuito eletrónico sub-‐micrométrico em cérebros de raOnho, mais especificamente em regiões profundas, nomeadamente o hipotálamo e ventrículo lateral, através de uma agulha de vidro de 0,1 mm de diâmetro. Após a introdução deste, o circuito desdobra-‐se e recupera 80% da sua configuração in ic ia l , sem qualquer compromisso da sua funcionalidade.
Esta abordagem proposta no estudo é dotada de algumas caracterísOcas que a tornam extremamente úOl: a integração estável com o tecido, com danos muito limitados às estruturas envolventes, a reduzida imunorreaOvidade
crónica em várias regiões do cérebro (não houve evidência de reação em 5 semanas de avaliação) e a capacidade de monitorização da aOvidade cerebral contnua in vivo. Além disso, a técnica de introdução com uma seringa permite a introdução destes circuitos através de estrutura rígidas (como o crânio ósseo), a injeção de elevada quanOdade de material, devido à sua flexibilidade, assim como a co-‐injeção de outros materiais.
Em suma, a nova abordagem proposta neste estudo inovador vem tentar colmatar algumas das falhas de um dos principais exames de avaliação eletrofisiológica, sendo dotada de propriedades que a tornam muito úKl, nomeadamente a monitorização contnua e de estruturas quer superficiais, quer profundas do cérebro.
HajaTecnologia!
7Jorge Silva, 4º Ano
Mind-‐Controlling Chips: Mais Úteis do que imaginamos.
P a r a a ma i o r i a d a s pessoas maio é s inón imo de fl o r e s e d e cerejas e do dia do trabalhador e de mais uma série de coisas. No entanto , p a r a o s
estudantes minhotos, maio é também sinónimo de uma tradição: o Enterro da Gata!
Antes de mais, comecemos por fazer uma breve descrição destas Monumentais Festas, para o caso de alguém ainda não ter percebido como funcionam ou de nunca se ter importado com isso. Assim, a abertura destas Festas começa com o Velório da Gata (com a leitura do respeOvo “testamento”) e a Serenata, que se realizam na sexta-‐feira. No sábado, para além da Imposição de Insígnias e da Missa dos Finalistas, poderás visitar o Gatódromo (aka “o recinto”), que abre as suas portas nessa noite. Durante o resto da semana (desde sábado até sexta da semana seguinte) poderás visitar o recinto e na quarta-‐feira à tarde decorre o Cortejo das Monumentais Festas do Enterro da Gata pelas ruas da cidade de Braga. Para finalizar estas festas, ainda tens o Arraial Minhoto na Quinta da Malafaia no sábado.
Isto é tudo muito bonito e uma semana sempre “a bombar”, mas afinal de onde
surgiu esta tradição?
A referência mais anOga do Enterro da Gata encontra-‐se no jornal “Aurora do Minho” de 2 de junho de 1889, que descreve um cortejo em que os estudantes levavam “uma gata preta n’um caixão gracioso de papel acartonado, exornado com coroas de cabos de cebolas e resteas
d’alhos.”, culminando “no local das ceremonias mortuárias, [onde] houve discursos facetos de vários escholares, alusivos á gata que se enterrava”. Acredita-‐se que esta tradição poderá ter origem nos “enterros do Carnaval”, que eram comuns sobretudo no norte do país, e cujo objeOvo era garanOr um ano próspero e férOl, assim como uma vida saudável. No entanto, no caso do Enterro da Gata, a “gata” simbolizava o “chumbo” e, sendo enterrada, afastava-‐se esse mal do percurso de um estudante, sendo acompanhado do “Testamento da Gata” (tradição conservada mesmo nos dias de hoje).
No ano de 1934 deixou de se realizar o Enterro da Gata sobretudo devido a questões políOcas -‐ o regime salazarista controlador, tendo e s t a t r a d i ç ã o r e s s u r g i d o em 1 9 5 9 , presumivelmente devido aos anOgos alunos do Sá de Miranda. Nos anos que se seguiram, esta tradição académica ter-‐se-‐á expandido mais, acrescentado ao habitual Cortejo, a realização da Serenata Monumental no Largo do Paço, de bailes, concertos e saraus (no Salão Medieval da Biblioteca Pública, no Theatro Circo ou no Casino do Bom Jesus), assim como “provas de perícia automóvel” na Avenida Central. Contudo, 1970 seria o úlOmo ano da realização do Enterro da Gata devido à crise de 1969, ficando decretado “numa reunião geral [em 1971] que, enquanto o regime não mudasse a sua natureza corporaOva e imperial, a Academia de Braga não voltaria a promover os festejos. Os académicos bracarenses abdicavam do folclore para se dedicar a coisas sérias (A. Moura)”.
Não obstante, a história do Enterro da Gata não fica por aqui! Depois do nascimento da Universidade do Minho em 1974, os estudantes começaram a absorver as tradições das universidades mais anOgas, mormente a semana académica conhecida como Queima das Fitas.
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ga!
8Joana Silva, 3º Ano
AS MONUMENTAIS FESTAS DO ENTERRO DA GATA
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João Dourado e Núria Mascarenhas, 2º Ano
Não é só a qualidade da realização ou do elenco de uma película que determina o quanto gostamos ou não, de um dado filme; na verdade, há muitos outros fatores que contribuem para essa perceção. Neste HajaCinema! discuOmos essas mesmas condicionantes.
O local onde visualizamos uma obra cinematográfica influencia bastante o nosso julgamento final sobre a mesma. Uns são adeptos do sofá, outros dos cadeirões das salas de cinema; uma coisa é certa, todos têm os seus prós e os seus contras.
Um dos grandes inconvenientes de nos deslocarmos a um centro comercial para assisOr a um filme é a presença de terceiros desconhecidos na sala. Desde tagarelas a crianças ou adolescentes irritantes ou simplesmente adultos destruidores de pipocas com os dentes (não se limitam a ser comedores), há uma panóplia
enorme de personagens que podem assombrar uma ida ao cinema.
Além disso, nem todos somos adeptos da fantásOca pausa de sete a dez minutos a que somos obrigados a suportar a meio do filme, mais coisa menos coisa. Por outro lado, talvez haja quem precise de mais pausas, seja para se reabastecer de manOmentos, seja para evacuar os já digeridos.
Estes dois aspetos são facilmente ultrapassados permanecendo no sofá lá de casa, quer fazendo uso do velhote leitor de DVDs e da televisão, quer uOlizando o atual computador.
No entanto, certamente se perde uma certa magia da séOma arte; não estão incluídas nesta opção a reação global da plateia ou o ultra sistema sonoro próprio dos estabelecimentos referidos anteriormente. Por úlOmo, não esquecer
Todavia, o ano de 1988 foi um ano altamente marcado pelo ressurgimento das Tradições Académicas, de um voltar às origens e em que Academia Minhota assumiu a sua própria idenOdade. Assim, a Queima das Fitas da Universidade do Minho passa a Monumentais Festas do Enterro da Gata e é também retomada a realização do 1.º de Dezembro (evento este que será abordado numa próxima edição).
Para toda a gente as Monumentais Festas do Enterro da Gata não passam de uma semana em que os estudantes vivem a vida boémia no seu esplendor. E sim, é uma semana com bastante alegria – quer de espírito quer de substâncias substâncias psicoaOvas [álcool] -‐, com novas amizades a surgir – às vezes mais do que amizades…-‐, uma semana onde se revêem velhos amigos e se invocam as memórias de um passado distante ou próximo. Mas desenganem-‐se! O Enterro da Gata é mais do que isso, não é apenas
uma altura de mera folia, mas também uma altura (sobretudo no Cortejo) em que usamos de forma mais significaOva a nossa liberdade de expressão e nos insurgimos contra o que está errado e exaltamos o correto, honrando o espírito dos estudantes da Academia Minhota de 1640 assim como o espírito de todos aqueles que lutaram para que fôssemos uma Academia com uma idenOdade própria. A todos eles, (e como apenas posso falar por mim) o meu enorme obrigada.
P.S.-‐ para mais informação poderás consultar o livro “Tradições
Académicas de Braga”, da autoria da Associação Académica da
Universidade do Minho.
o tempo necessário para que um filme esteja disponível para ver em casa (quer pelos meios legais, quer pelos meios não tão legais); sejamos realistas, às vezes simplesmente não dá para esperar.
Outro fator a ter em conta é, obviamente, a companhia. Claramente que certos géneros cinematográficos “combinam” melhor com determinados acompanhantes; todos sabemos o que é vivenciar awkward moments quando começam a rolar cenas de temperatura elevada, digamos, e ao nosso lado estão os nossos pais; definiOvamente «50 Sombras de Grey» é um filme a evitar assisOr com familiares.
No entanto, entre amigos, família, companheiros ou all by yourself, a escolha de com quem se assiste a uma película em muito influencia a nossa perceção final sobre a mesma,
isso é certo; como tal, tenham isso em conta após visualização do trailer, para que possam aproveitar ao máximo a vossa experiência da séOma arte.
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Kelly Pires, 1º Ano
Al-‐Shabaab -‐ O que querem no Este de África?
Em abril de 2015 o grupo terrorista somali al-‐Shabaab matou 147 estudantes de uma Universidade em Nairobi. Foi o pior ataque terrorista no Quénia desde 1998. Já há vários anos os EUA e outros governos corroborantes têm combaOdo al-‐Shabbab. Mas de onde vem exactamente este grupo e o quão poderoso é? Nesta edição do HajaSaúde! tens uma explicação muito simplificada de um tema muito complicado, mas esperamos resolver algumas dúvidas e
atualizar-‐te sobre o que se passa noutras partes do mundo.
Em 2006 o governo transitório da Somália estava numa guerra civil, iniciada após a queda do ditador Mohamed Barre, com o Conselho Supremo das Cortes Islâmicas (CSCI) que controlava o sudoeste do país incluindo a capital, Mogadíscio. Com o apoio dos EUA, tropas etopes invadiram a Somália que, eventualmente, recuperaram a capital. Após a derrota em 2007, alguns militantes extremistas do CSCI separaram-‐se do grupo e conOnuaram a combater a invasão militar.
Esta insurgência é agora Harakat al-‐Shabaab al-‐Mujahidin, geralmente conhecida como al-‐Shabaab, que já recrutou jihadistas externos, incluindo 40 muçulmanos americanos. Reconquistaram Mogadíscio em 2009 e, ao longo dos anos, foram responsáveis por vários ataques
bombistas, cujos alvos são, proeminentemente, cristãos. As aOvidades terroristas focam-‐se na Somália, mas afetam também as regiões próximas, como Kampala, capital da Uganda, que em 2010 foi alvo de ataques bombistas suicidas, sofrendo a perda de mais de 70 cidadãos.
A meio de 2011, o grupo insurgente teve de abandonar Mogadíscio e uma unidade militar temporária com tropas do Quénia, Somália e EKópia iniciou uma tentaOva de eliminar toda a sua presença. Em 2012, com 7000-‐9000 membros, al-‐Shabaab jurou fidelidade ao al-‐Qaeda. Contudo, várias fontes, incluindo um ex-‐recruta do grupo, afirmam que, contrariamente ao al-‐Qaeda, os objeOvos de al-‐Shabbab focam-‐se mais em dominar os territórios do Este de África do que afiliarem-‐se à globalização da Lei Chária. Esta separação de interesses enfraqueceu a ligação e levou a lutas internas.
No ano passado, criou-‐se novamente uma operação militar conjunta, composta por tropas da Somália, da União Africana e dos EUA, que desencadeou ataques aéreos e locais, reclamando o território ocupado pela insurgência. Ao longo dos úlOmos meses, vários líderes do al-‐Shabaab foram assassinados, pelo menos, 700 militantes desertaram para o governo somali e grande parte da Somália foi reconquistada.
Os recentes ataques no Quénia dos quais se destacam o que ocorreu no Centro Comercial Westgate (em 2013 e que provocou a morte de 67 cidadãos) e o que ocorreu na Universidade de
Nairobi (em abril deste ano com na morte de 147 estudantes cristãos) foram interpretados como um sinal de desespero do grupo, pois sendo incapazes de atacar as tropas militares, decidiram matar civis inocentes. O Council on Foreign Rela>ons declarou que, presentemente, al-‐Shabaab se encontra no seu maior momento de fraqueza e o avanço dos militares irá diminuir o território por eles ocupado.
1. Em 1998 foi bombeada a embaixada dos EUA por extremistas islâmicos. 2. Milícia fundamentalista islâmica reunida num sistema de tribunais e
liderada por Hassan Aweys. 3. União continental, criada em 2002, constituída por 54 países africanos e,
atualmente, presidida por Mohammed Abdelaziz. Trabalha na promoção da democracia, direitos
humanos e desenvolvimentos económico.
4. Entidade sediada em Nova Iorque dedicada a compreender a política
e negócios internacionais dos EUA.
HajaExplicação!
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Bandeira de al-‐Shabaab
Mapa dos principais ataques de al-‐Shabaab
Haj
aCon
to!
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VIAGEM DE COMBOIO A manhã levantava-‐se já solene em si. A frescura lá fora era imensa e intensa, com o sol da manhã já a querer levantar-‐se num céu um tanto alaranjado. Na rua começava já algum frenesim, com as vendedoras do mercado a preparar as suas bancas para as primeiras transações do dia. As primeiras senhoras saíam também das primeiras missas do dia, em carreiro certeiro das entradas dos céus. Aquela brisa húmida da manhã entrava agora por dentro do meu quarto, com as portadas abertas de par em par e as janelas escancaradas para o sopro maOnal. Aproveito para me levantar e senOr a brisa roçar o meu dorso e aqueles primeiros raios de sol bater na minha cara. O dia começava bem e eu fui tomar um banho rápido, mesmo antes de tomar o pequeno-‐almoço. Havia-‐me levantado cedo e Onha ainda muito que esperar, pelo que pude fazer tudo nas calmas, sem correria alguma. VesO-‐me com os calções castanhos-‐claros e uma camisa de linho branco, muito fresca e apta a caminhadas. Peguei na minha mochila e fiz-‐me à rua. Fui devagar até à estação de comboio, passeando com vagar por entre as ruas da cidade, ainda adormecidas nos primeiros movimentos frescos e renovados da manhã. Devo dizer, senOa-‐me muito bem, com uma boa sensação em relação ao que iniciava aquele dia. Chegado à estação, tratei logo de comprar o bilhete para o expresso seguinte. Passei ainda pela banca dos jornais, onde comprei um dos meus diários prediletos e sentei-‐me calmamente à espera da chegada do comboio. Chegava agora uma pequena excursão de crianças, também a preparar-‐se para uma viagem maOnal nos comboios, não sei para onde, mas também esboçando largos risos nas suas caras. Brincavam intensamente uns com os outros, à macaca e a tudo o mais, enchendo o edikcio imponente com as suas portentosas gargalhadas. Eu ria-‐me para a situação. O comboio aproximava-‐se da estação, o revisor via a sua indumentária uma úlOma vez e os maquinistas viam uma úlOma vez a escala de serviço nos seus mapas. Com um som de apito forte, o comboio entra na estação e abre-‐se para os passageiros. Pego no jornal e na minha mochila e entro, com o bilhete prontamente picado pelo revisor. Sentei-‐me perto da janela, à espera de poder ver a paisagem lá fora. Com a parOda do comboio em velocidade crescente, estava a carruagem cheia de crianças, idosos e pessoas de todas as idades. Mais à frente um casal enamorava-‐se, pensando eu no que também poderia fazer dentro de algumas horas. A viagem encurtava-‐se numa paisagem deslumbrante à nossa volta, com campos verdejantes a perder de vista e um rio cristalíssimo por debaixo da ponte que atravessávamos. Estava tudo de uma forma tão harmoniosa que não havia igual. SenO o comboio a abrandar uma úlOma vez, anunciando-‐se em alta voz a chegada a uma nova estação, aquela que eu mais almejava. O motor abrandava agora e muitos dos passageiros, eu incluído, levantávamo-‐nos também. Parou enfim a carruagem e eu saí para a movimentadíssima estação, onde o frenesim era imenso e os senhores de fato apressados eram muitos. No entanto, não eram eles que me apoquentavam. Eu tentava agora perscrutar a estação por aquela que aquecia o meu coração. Ela encontra-‐me primeiro e salta-‐me às costas, viro a minha cara para a dela posta acima de mim e, depois de um sorriso inocente e infanOl, beijamo-‐nos longamente, com um delicioso perscrutar dos lábios um do outro, como se num só nos tornássemos. Estávamos agora unos, a viagem conKnuaria agora só connosco.
Pedro Peixoto, 4º Ano
ATUAR NA CABEÇA DAS MULHERES
Originalmente um composto estudado para o tratamento da hipertensão e doença coronária, o sildenafil (o tão reconhecido “Viagra”) veio revolucionar a Medicina como um tratamento eficaz para a disfunção eréOl. As suas indicações e efeitos adversos têm sido extensamente estudados e estão já estabelecidos no seu uso para o homem. Contudo, não nos restrinjamos e perguntemo-‐nos: será que a mulher poderá também beneficiar deste ou de tratamentos similares? Afinal, o desejo sexual hipoaOvo é uma das disfunções sexuais mais frequentes na mulher.
Possíveis aplicações do sildenafil na mulher têm já sido estudadas: um importante efeito adverso da terapêuOca anOdepressiva é a disfunção sexual, sendo que um estudo reportou que o sildenafil foi eficaz na reversão desta disfunção em mulheres (Nurnberg et. al, 1999); por outro lado, foi também denotado um moderado efeito no tratamento da disfunção sexual associada às alterações da menopausa (Kaplan et. al, 1998). Contudo, o uso deste fármaco na mulher nunca foi extensivamente divulgado e não há indicações claras para o mesmo.
Recentemente, tem surgido controvérsia acerca de um novo fármaco, denominado como o “Viagra para mulheres”, a flibanserina. Este f á rmaco , um modu lador de rece to res serotoninérgicos, que ao invés de atuar a nível dos órgãos genitais (como o verdadeiro “Viagra”), atua a nível central na modulação do desejo sexual, fora já rejeitado pela FDA em 2010 e 2013, pela falta de estudos acerca da sua segurança, mas conseguiu a sua aprovação em junho de 2015. As conclusões acerca da sua eficácia parecem ser consensuais: este novo fármaco parece melhorar moderadamente a libido da mulher; contudo, a controvérsia instaurou-‐se acerca do seu risco-‐benekcio. Os principais efeitos adversos reportados passam por náuseas, fadiga e
sonolência, mas a maior preocupação tem sido com os efeitos a longo prazo, até à data desconhecidos.
O principal debate acerca da aprovação da flibanserina associa-‐se ao facto de que, sendo este o primeiro fármaco verdadeiramente disponível e com principal indicação no tratamento do desejo sexual hipoaOvo na mulher, que poderão haver razões financeiras e de marke.ng que impulsionaram a disponibilidade do fármaco e que os efeitos deste não jusOfiquem os riscos: a própria FDA admite que o fármaco pode ser eficaz, mas em grau reduzido. Esta preocupação associa-‐se também ao uso do fármaco: enquanto o sildenafil é usado apenas nas ocasiões em que é necessário, a flibanserina terá indicação para a sua toma crónica, devido ao seu mecanismo de ação.
É importante permanecer alerta para estas problemáOcas acerca da farmacologia e sexualidade: o aspeto financeiro, associado à necessidade e procura, por parte das mulheres, de um tratamento eficaz para a disfunção sexual, poderá condicionar algumas aOtudes que eventualmente não serão as mais corretas.
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Jorge Silva, 4º Ano
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Entre 1 de Julho e 20 de Agosto o NEMUM vai receber cerca de 30 alunos estrangeiros de diferentes países, que irão estagiar no Hospital ou no ICVS.
Que r emos p r opo r c i o n a r -‐ l h e s uma experiência única e para isso precisamos da vossa ajuda!
Se sabes falar inglês, ou até o queres melhorar! Gostavas de conhecer Pessoas dos 4 Cantos do Mundo!
Tens ideias, gostas de organizar saídas e passeios!Estás disponível para ajudares e te diverOres, inscreve-‐te como Contact Person!
Ajuda na organização de acOvidades e acompanha os Incomings na sua estadia em Portugal!!
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cps !
David Gonçalves, 1º Ano
Rui Bragança conquista ouro em Baku:
O português Rui Bragança, estudante de Medicina na Universidade do Minho, conquistou, a 16 de junho, a medalha de ouro em Taekwondo nos Jogos Europeus de Baku (Azerbaijão), ao vencer na final o espanhol Jesus Cabrera por 6-‐5.O vimaranense, terceiro favorito, começou por derrotar o turco Gorkem Sezer (12-‐0), seguindo-‐se vitórias diante do sérvio Milos Gladovic (13-‐7) e do belga Si Mohamed Ketbi (11-‐4).Depois de quatro vitórias no caminho até à final, Rui Bragança acabou por dominar também o combate que valeu o ouro, ttulo que junta ao de campeão europeu conquistado em maio de 2014, no Azerbaijão.É a segunda medalha de ouro para Portugal nesta edição dos Jogos Europeus depois da vitória da Seleção de ténis de mesa, a quinta a juntar à prata de João Silva no triatlo e às duas igualmente de prata de Fernando Pimenta na canoagem.
Jorge Jesus no Sporting ate 2018:
Bruno de Carvalho Presidente do SporOng C.P. , em conferência de imprensa: «Anuncio formalmente a contratação de Jorge Jesus como treinador principal do nosso clube para as próximas três temporadas.»«A única garanOa que o nosso novo treinador me exigiu foi vir treinar o clube do seu coração», prosseguiu Bruno de Carvalho, destacando «o novo ciclo» que se inicia no clube.«Foram estes dois anos de trabalho em prol do reequilíbrio financeiro do clube que tornaram poss íve l estarmos aptos a aumentar o invesOmento na nossa equipa de futebol com recursos financeiros próprios – quero esclarecer para que não permaneça qualquer dúvida – recursos financeiros próprios», vincou.Assim, Jorge Jesus troca o Benfica pelo outro lado da Segunda Circular, troca esta tão polémica como não víamos acontecer desde Figo.
HajaD
esafio!15
Romeu e Julieta – Uma Reviravolta na Clepsidra Naquela fatdica noite, os mochos esvoaçavam levemente, batendo as suas asas ao vento, a Lua mostrava a sua pálida face e o vento assobiava num murmúrio lento e grave. Romeu encontrava-‐se envolto pela escuridão do túmulo e Julieta, com suas rosas brancas como mármore e seus cabelos dourados como ouro puro, reluzia com os reflexos da Lua prateada. O jovem Montéquio contemplava a face de sua amada e proferia numa voz decidida, sem que se apercebesse que pronunciava alto tais palavras: “Tem de ser, tem de ser…” De súbito, Julieta abre as suas leves pálpebras permiOndo que os raios incidissem nos seus olhos que rejuvenesciam agora num brilho de pureza e inocência. Os seus lábios, repenOnamente escarlate vivo, lentamente se abriram, enchendo-‐se-‐lhe o peito do ar gélido da noite. “Romeu!...” proferiu a sua voz cristalina e límpida, como a água que suavemente cai numa cascata. “Julieta!” exclamou o rapaz, vendo aquele rosto agora iluminado. “Que é que tem de ser?” “Julieta, nosso amor não pode conOnuar…” “Porquê?” a sua voz feminina vacilou com o receio do anúncio de um futuro ainda mais tenebroso. “Julieta, eu… (suspiro) Como hei-‐de dizer isto?” “Di-‐lo simplesmente. Não me deixes neste sufoco, não me deixes presa a estas correntes frias que me não deixam ser livre e viver…” “Eu sou… Eu sou homossexual” “Como?” perguntou incrédula a jovem. Seus joelhos pousados na laje fria agora tremiam com toda aquela mensagem. Na sua cabeça remoinhos de pensamentos turbilhavam numa confusão obsOnada, transformando-‐se numa intensa névoa negra. “Sou homossexual” repeOu Romeu. “Gosto de homens. Não me é possível a todo este meu ser meramente mortal resisOr ao desejo carnal de senOr aqueles ombros e aqueles braços fortemente traçados e esculpidos.” “Mas como pode isso ser? Nosso amor foi apenas um sonho, uma ilusão?” “Não” contrapôs. “Nosso amor foi verdadeiramente senOdo e intenso. Este meu ser já se Onha revelado em breves momentos, mas eu Onha resisOdo a esses insOntos e me obriguei a ficar conOgo” “Então nossa relação era um rio sem leito por onde correr, uma árvore cortada à nascença…” “Julieta…” “Não fales” retorquiu a rapariga. “Não me magoes mais com as tuas doces palavras que vão perfurando meu ingénuo coração que tristemente verte o sangue que vai escorrendo lento e melancólico. Responde-‐me apenas a esta questão: a quem pertence o teu genOl coração?” “A Frei Lourenço. A ele devo toda a minha alma” “Romeu…” “Sim?” “Não quero arrancar teu coração como arrancaste o meu, mas o Frei Lourenço… Ele não é frei… É freira…” “Oh Julieta! Porque roubas assim o meu coração deixando meu corpo cair ledo e mudo neste silêncio que me trespassa como espadas afiadas?” “Desculpa que não era minha intenção… Apenas desejei que tua alma soubesse a pura verdade”. Tinham começado a escorrer lágrimas pela sua face que caíam no chão que, seco e solto, agora se juntava em pequenos amontoados de areia.
Haj
aDes
afio!
16“Pois bem, se assim tem de ser… Que seja a morte a dona de toda a minha alma e não uma
desprezável mulher num corpo tão formoso e esbelto de um homem!”. Romeu desembainha a sua espada e perfura as suas vestes e a sua carne. Rapidamente o solo ficou coberto por uma vasta mancha desta vida e o bafo quente e metálico do sangue dissipava-‐se pelo ar frio da noite.
Julieta estava agora ofegante sem saber o que pensar ou proferir até que, irrompendo pelo túmulo adentro, surge Páris, parecendo tomado de uma loucura total.
“Páris!” exclamou Julieta.No entanto, o jovem príncipe não lhe dirigiu uma única palavra, tendo-‐se ajoelhado perante
Romeu e, ficando envoltos pelas trevas, pareciam um só, um corpo uniforme onde não se disOnguiam os términos.
“Páris!” voltou a invocá-‐lo a jovem Capuleto. “Páris não me ignores! Também tu? Não tornes este meu sofrimento mais pesado, este sofrimento que me atormenta e me acorrenta a uma vida vazia e sem senOdo.”
Subitamente, o jovem voltou o seu majestoso rosto agora coberto de uma viscosidade vitalícia que envolvia suas belas feições tornando-‐as imperfeitas. Seus dentes outrora pérolas suaves e brilhantes, estavam agora afiados e de um escarlate que escorria pelos seus lábios e pela sua fronte abaixo.
Todo este cenário assustou deveras Julieta, tornando sua beleza de obra-‐prima em traços de horror e manifestações contra o seu escultor e pintor. Apoderando-‐se de uma força sobrenatural, levantou todo o seu corpo numa leveza de anjo e assentou seu peso nos seus pés delicados, quais raízes que suportam a videira, e que agora pisavam o chão molhado que se encontrava debaixo de si.
“Tenho de fugir” pensou “a minha existência tem de desvanecer deste mundo cruel que me julgará e me aprisionará em grades gélidas como seus corações”
Daí a meses, Julieta estava numa gruta húmida. Em seu redor, surgiam e elevavam-‐se estalacOtes e estalagmites imponentes, erguendo-‐se em todo o seu esplendor. Lá fora, o Sol brilhava, os passarinhos chilreavam, as flores emanavam os seus perfumes e os frutos os seus deliciosos aromas. Seu intenso estudo e suor derramado Onha finalmente senOdo os calorosos raios de Sol. Julieta, como era mulher e, por isso, extremamente inteligente, Onha conseguido. A Máquina do Tempo estava construída e nada poderia fracassar. E, realmente, nada falhou.
Tudo desaparecera num remoinho hipnoOzador preto e branco até que, por fim, Julieta aterrou num mundo inóspito, onde intensas auréolas de luz ofuscavam os seus olhos.
Daí a alguns anos, seu corpo foi encontrado inerte na sua elegante e luxuosa banheira de ouro com seus cabelos flutuando na límpida e cristalina água. A causa: overdose.
Poder-‐se-‐ia afirmar que Julieta Onha fracassado, mas a verdade estava bem longe disso. Ultrapassara todos os momentos de trevas no seu quarto de bordel, começara a cantar, a criar o seu próprio esOlo, sucesso e lançara um álbum após o qual se tornara ArOsta Revelação do Ano. O seu nome artsOco? Lady Gaga.
HajaPassatem
pos!17
Ana Sofia Milheiro, 4º Ano
Soluções
SUDOKU SAMURAINÍVEL:DIFÍCIL
INGREDIENTES
-‐ 4 ovos;
-‐ 125g de manteiga;
-‐ 1dL de azeite;
-‐ 1,250kg de farinha de trigo;
-‐ 700g de açúcar;
-‐ 0,5L de água;
-‐ 100g de fermento de padeiro;
-‐ Canela.
PREPARAÇÃO
1. Põe-‐se a farinha num alguidar, faz-‐se um buraco no meio onde se deita a água morna com o fermento desfeito e uma pitada de sal;
2. Vai-‐se amassando e junta-‐se a manteiga derreOda com o azeite e ovos baOdos mornos (aquecidos em “Banho-‐Maria”);
3. Bate-‐se a massa como se fosse massa de pão, deixando-‐a um bocadinho para o mole e a levedar coberta por um pano;
4. Põe-‐se às camadas num tabuleiro untado com manteiga. As camadas são esOcadas c a mão e não com o rolo p não ficarem calcadas. A primeira camada deve ser mais grossa e com as bordas para cima do tabuleiro. Espalha-‐se o açúcar e canela muito bem sucessivamente até à úlOma camada (são em média 5). A úlOma só leva açúcar;
5. Viram-‐se as bordas da massa p dentro do tabuleiro unindo-‐se a úlOma, formando um rolo. No final pica-‐se com um palito sem chegar ao fundo. Leva-‐se a forno bem quente durante uma hora. Depois de cozida desenforma-‐se com a face do açúcar
virada para cima. Tabuleiro 24x35.
DOCES SAUDAÇÕES, PEQUENOS GULOSOS!!
Haj
aGul
a!18
Joana Silva, 3º Ano
Bola doce mirandesaNesta edição, tendo em consideração que dia 10 de junho foi o dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, decidi trazer-vos uma receita doce tipicamente portuguesa. Trata-se da bola doce mirandesa, iguaria tradicional de Miranda do Douro e extremamente viciante! Deliciem-se, mas façam exercício físico para compensar as calorias ganhas!
MÚSICA ESPECTÁCULOS CINEMA
GINGER AND THE GHOSTQUI 18 JUN
Livraria Mavy, Braga
WE TRUSTSEX 19 JUN
Theatro Circo, Braga
“E REPENICA!” -‐ I GALASÁB 20 JUN
Theatro Circo, Braga
BUDDA POWER BLUESSÁB 27 JUN
Theatro Circo, Braga
MATMOSSÁB 27 JUN
GNRaKon, Braga
CONCERTO ORQUESTRA DO BONFIM
DOM 28 JUNTheatro Circo, Braga
ALCEU VALENÇASÁB 11 JUL
Theatro Circo, Braga
CARMINHOSÁB 18 JUL
Theatro Circo, Braga
REAL COMBO LISBONENSESEX 21 AGO
Theatro Circo, Braga
LINDA MARTINISEX 28 AGO
Theatro Circo, Braga
ANGEL OLSONSÁB 05 SET
Centro Cultural Vila Flor, Guimarães
“NO ALVO”17 | 18 JUN
Theatro Circo, Braga
ROBOTSEX 26 JUN
Theatro Circo, Braga
ESCADAS ZERO 17 | 18 JUL
Theatro Circo, Braga
“ATTENDS, ATTENDS, ATTENDS... (POUR MON PÉRE)”
SEXT 24 JULTheatro Circo, Braga
CARMENESTREIA: QUA 1 JUL
A REDE DO CRIMEESTREIA: QUI 2 JUL
EXTREMINADOR_GENYSISESTREIA: QUI 2 JUL
MAGIC MIKE XXLENTREIA: QUI 2 JUL
GUILHERME TELLENTREIA: QUI 5 JUL
IDADE À FLOR DA PELEENTREIA: QUI 9 JUL
HOMEM-‐FORMIGAENTREIA: QUI 16 JUL
LOVE&MERCYESTREIA: QUI 16 JUL
BEYOND THE REACHESTREIA: QUI 23 JUL
MÍNIMOSESTREIA: QUI 23 JUL
MR. HOLMESESTREIA: QUI 23 JUL
VATICAN TAPES O REGRESSO DO MAL
ESTREIA: QUI 23 JUL
A SUPREMACIA DOS ROBOTSESTREIA: QUI 30 JUL
CIDADES DE PAPELESTREIA: QUI 30 JUL
PIXELSESTREIA: QUI 30 JUL
HajaAgenda C
ultural!19
Ana Sofia Milheiro, 4º Ano
Haj
aHum
or!
20
Warning: A seguinte rubrica pretende despertar senKmentos de espanto e estupefação com a estupidez. Obrigado. Reader discre>on is advised (or not).
(Previously) Anonymous writer is wishing for Summer
to arrive soon
Capítulo 5: Prémios Fantás>cos e Leilões Que Não Podes Recusar
Queres ganhar 20 anos de bacon?Então só tens de comprar a raspadinha de 2$ que a lotaria Hoosier está a vender no Indiana, EUA, e habilitar-‐te a ganhar o grande prémio de 20 anos de bacon, à borla! Para além deste fantásOco prémio também podes ganhar alguns trocos, e caso não tenhas a sorte de ganhar o grande prémio, 10.000$ dão sempre jeito para comprar umas belas faOas de bacon… Ou outras coisas, caso o vosso interesse pelo produto não seja assim tão… aguçado.
Mas o bónus de comprar estas raspadinhas é que começas logo ganhar a parOr do momento da compra porque a raspadinha tem cheiro a bacon. Espero que ninguém se sinta tentado a comer a sua, antes da entrega dos prémios… A única coisa que a lotaria não revela é que quanOdade é equivalente a 20 anos de bacon e se o vencedor recebe tudo duma vez ou às prestações. Haja fome para tanto bacon. (5 pontos extra por usar o nome do jornal na notcia, ping)
Prison Break, New York Edi>onTal como o nome sugere, mas só ao de leve, esta notcia é sobre fugas de prisões, em Nova Iorque. Chocante! Não estavam nada à espera, pois não? A notcia, que surgiu nos úlOmos dias, relembra grande parte dos clichés sobre fugas que se conhecem. Passemos então ao relato dos eventos sucedidos:
Os prisioneiros, dois homens de 34 e 48 anos, conseguiram fugir de uma cadeia de alta
segurança (ping) uOlizando ferramentas elétricas para perfurar as paredes (ping) (bem, o facto de serem elétricas não é assim tanto cliché, mas prosseguindo), e uOlizando as tubagens por baixo da cadeia (ping). A sua fuga foi apenas detetada na manhã seguinte, quando os guardas foram revistar a cela e encontraram roupas e almofadas nas camas dos reclusos para disfarçar a sua ausência (ping). A cadeia de alta segurança do estado de Nova Iorque funciona desde 1845, alberga 3000 prisioneiros, e esta é a primeira fuga registada até hoje (ping).
A única coisa que podemos dizer que é original nesta fuga é o senOdo de humor dos fugiOvos, que deixaram um post-‐it aos guardas, como recordação pelos bons tempos que passaram juntos.
Leilões Bizarros. Alguém quer licitar?Bem, vou-‐vos dar 3 sugestões de leilões estupendos que encontrei na internet, e desafio os leitores a escolherem um para comprar. Façam uma boa escolha.
1 – Bernand, o amigo imaginário.Uma britânica de 22 anos colocou à venda no Ebay o seu amigo imaginário Bernard, após o seu psiquiatra lhe ter dito que estava na hora de dizer adeus ao seu amigo. A jovem aceitou o conselho e tentou vender o amigo para “lhe arranjar uma nova casa”.
Na descrição do leilão, a jovem escreveu que receber 200£ por ele seria um preço justo e que o amigo seria “enviado através da imaginação para a licitação vencedora”.
2 – Pote de “Molho Mistério”O produto apareceu no site holandês 2dehands, sendo que na descrição se podia ler que o vendedor “tentou preparar 100 gramas do molho mistério mas acidentalmente, acabou por cozinhar 200 gramas” e por isso queria vender os 100 gramas extra. O maior mistério sobre esta venda é que a licitação escalou rapidamente do preço de abertura de 0.80€, e aOngiu em poucas horas o valor astronómico de 10 milhões de euros! Alguém devia estar mesmo com muita fome… Mais valia terem invesOdo o dinheiro na lotaria do bacon.
3 – Lâmpada feita a parOr da perna de um amputadoUm holandês de 53 anos, resolveu que, “tal como algumas pessoas também guardam pedras dos rins em frascos, eu também tenho o direito de preservar a minha perna”. Após ter sido amputado cirurgicamente em 2014 no seguimento de uma infecção desencadeada por um traumaOsmo, o holandês conseguiu que um patologista lhe preservasse o membro após a cirurgia e que um designer a transformasse numa lâmpada, colocando o membro dentro de um recipiente em formol. O holandês tentou então vender a lâmpada no Ebay para comprar uma perna biónica com o dinheiro. Antes do Ebay ter intervindo e cancelado o leilão, por ser proibida a venda de partes do corpo humano no seu site, a lâmpada chegou a ser licitada por 80.000$.
Não percas o próximo Haja, porque eles também não!
Me out! (sim, é suposto ler-‐se miaut, esKlo gato francês)
HajaH
umor!
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Não importa, é Gourmet Todos sabemos que tudo o que possamos imaginar se passa nos Estados Unidos da
América (“Murica” para os websurfers). Desde chuva de lampreias no Alaska a avistamentos de
OVNI’s a cada esquina, tudo é possível no país dos 50 estados. Entre essa panóplia de
acontecimentos, surge um indivíduo com 420 pedras nos rins por comer muito tofu. Podia fazer
imensas piadas sobre esta notcia mas não quero ser eu a aOrar a primeira pedra.
Como já repararam, sou um gajo que busca o saber mais básico (e secundário também) na
Internet, que prezo bastante e da qual reOro bastante prazer (intelectual seus porcos!), exceto
quando vou ao Hiddenlol (não vejam este site, a sério). Numa destas minhas aventuras pelo
universo internáuOco, assisO a um vídeo que me fez exclamar: “boa forma de alguém se suicidar”.
Então não é que um humorista americano todo fanfarrão foi a uma prisão para gozar com os
reclusos? É um Opo de comédia denominada roast, em português “assado”, em que o “assador”
faz piadas sobre uma pessoa. Uma espécie de bullying mas com piadas mais arrojadas do que “a
tua mãe é tão gorda que foi declarada como um planeta” (ATENÇÃO: esta piada até é bastante
razoável). O nome desse humorista é Jeff Ross e esta sua iniciaOva tornou-‐se bastante mediáOca
pelo facto de “fazer pouco” de serial killers ser considerado perigoso (não percebo porquê), o que
o transformou num indivíduo com uma bolsa escrotal de dimensões anormalmente elevadas. Em
Portugal, este menino não se arrisca a fazer o mesmo. Enquanto que nas prisões da América está
sujeito a levar um enxerto de porrada, uma naifada ou até mesmo um balázio (termos técnicos),
nos estabelecimentos prisionais de Portugal estaria sujeito a contas off-‐shore, freeports, gourmet
e outros substanOvos anglo-‐saxónicos da corrupção. O úlOmo não sei bem se era de corrupção...
não importa, é gourmet
Haj
aHum
or!
22Fábio Costa, 3º Ano
HajaPaciência!
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OS CONSELHOS DA REBECCAO banho deve ser praticado a uma hora saudável.
Houve um tempo em que eu era uma menina inocente. Após este desabafo, está na altura de dar início a mais um “Conselhos da Rebecca”. Peço a todos que se sentem, exceto os que estão de pé.Hoje incido sobre uma temáOca fundamental, por ser tão descuidada pela Comunicação Social, que se defenderá afirmando que o interesse de a abordar é nulo. Eu retalio dizendo que a sua cara é que é nula. Pimbas. Pois, na minha opinião, tudo isto é uma cabala para minimizar o impacto de que o sujeito em questão pode ter em variadíssimas vertentes. Nomeadamente, na influência que pode exercer já nas próximas legislaOvas, na escolha do novo treinador do Benfica (n.d.r.: à altura da elaboração da crónica ainda não se sabia que o treinador do Benfica viria a ser o Paulo Bento) ou até mesmo na decisão do melhor degradê para o enxoval do casamento da Índia Malhoa. Meus amigos, sem mais demoras, este sujeito é o unicórnio.
“O que é um unicórnio?”, perguntarão os mais novos. Não, não é o homem cuja mulher o traiu com um anão, ou então um gelado de pepino; também não é um útero bicórnio, mas só com um corno – ou como na gíria se denomina, um “útero normal”. É, pois, uma enOdade mágica, com um poder de argumentação soberbo e uma capacidade extraordinária em defecar arco-‐íris. O máximo que eu consegui foi algo semelhante ao monumento de Washington.
O unicórnio que vos trago hoje é o Rúben. Rúben pode parecer o comum unicórnio: postura tranquila na escola, sem se meter em brigas, atento, concentrado e curioso e com um negócio em forma de cenoura espetado na testa. Mas quem o conhecia sabia das dificuldades que a vida pregou a Rúben. Filho de três pais comuns, em tenra idade teve de assisOr ao seu divórcio – para quem acha que já é complicado assisOr à separação entre 2 progenitores, que meta mais um elemento ao barulho, cuja função é apenas a de achincalhar, fazer o papel de drama-‐queen e gritar ocasionalmente “porque é que vocês não me amam? Vou aOrar-‐me do varandim!”,
varandim esse que se encontra 3 tristes degraus acima do nível da relva macia do quintal; e várias foram as vezes que Rúben, assisOndo a todas estas brigas, teve ainda a coragem de ir socorrer o seu 3.º pai (na hierarquia pessoal), ajudando-‐o a recuperar das ridículas feridas que fazia nestas quedas. E para além disso, Rúben era asmáOco. A tragédia parecia não acabar.
Aos 12 anos, Rúben já sabia que queria emigrar. Todos os seus pais já Onham seguido o seu caminho – um casou novamente, outro adotou um pack de gatos e o 3.º ingressou numa relação com uma batedeira, com a qual praOcava um exóOco sexo oral. E ele, pobre coitado, ficara a viver com um símio atrevido. Ele queria ser pintor; por isso, no secundário decidiu seguir Ciências. Após 3 anos em que se foi apercebendo do quão estúpido fora pela escolha que tomou, pegou na sua medicação respiratória e não mais olhou para trás. Com efeito, nunca mais estabeleceu contacto visual com pessoas que o abordavam vindas das suas costas. Arrependimentos: zero.
Chegou ao seu desOno: Madeira. Uma língua diferente, uma cultura diferente… para pior. Era mesmo disto que ele precisava. Na primeira noite tomou um longo banho e deitou-‐se num hotel de fardos de palha localizado logo à saída do aeroporto. Foi com surpresa que no dia a seguir acordou e reparou que lhe roubaram o seu rabo-‐de-‐cavalo (o de cima ou o de baixo? Fica o mistério). Possuído, eis que entra numa demanda sanguinária, comete homicídio em massa e é preso por atentado ao pudor – encontrava-‐se nu durante todo este episódio. Triste história, a de Rúben, que, por complicação crónica da sua doença pulmonar, acabou por sucumbir na prisão enquanto lhe tapavam todo e qualquer buraco que ele pudesse usar para respirar.
Vemos, assim, o poder que um unicórnio com estudos tem na sociedade atual. Diminuto, mas algum. Vá, o suficiente para vos fazer ler uma crónica inteira sobre nada. (tu aí, que saltaste logo para o fim, volta já para o início, ai!...). Pelo que a Rebecca aconselha veementemente: nunca durmam com o cabelo molhado. É a maneira perfeita de vir a ser violado até à morte.
NEMUM - Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do MinhoJornal hajaSaúdeTiragem: 100 ExemplaresEdição: Joana Silva, Ana Sofia MilheiroColaboradores: Ana Sofia Milheiro; António Mateus-Pinheiro; David Gonçalves; Fábio Costa; Gonçalo Cunha; Joana Silva; João Dourado; João Lima; Jorge Silva; Kelly Pires; Núria Mascarenhas; Pedro Peixoto; Tiago Rosa.Paginação & Grafismo: Sara GuimarãesImpressão por: Copyscan NEMUM - Núcleo de Estudantes de Medicina da
Universidade do MinhoEscola de Ciências da Saúde da Universidade do MinhoCampus de Gualtar, 4710 - 057 BRAGA
Email: [email protected]
Fotografia de Joana Silva, 3º Ano
Foto de capa por Gustavo Rodrigues, 3º Ano
Errata da úlOma edição (“Preconceitos”, HajaSaúde! de março-‐abril): a rubrica HajaMemória! foi também da autoria de Sofia Leal Santos, 4.º ano