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Há um dado deveras surpreendente! Se fossêmos perguntar de quantos vocábulos se constitui a linguagem visual, de quantos elementos expressivos, a resposta seria: de cinco. São cinco apenas: a linha, a superfície, o volume, a luz e a cor. Com tão poucos elementos, e nem sempre reunidos, formulam-se todas as obras de arte, na imensa variedade de técnicas e estilos [...] Ao contrário das palavras, os elementos visuais não têm significado preestabelecidos, nada representam, nada descrevem, nada assinalam, não são símbolos de nada, não definem nada – nada, antes de entrarem num contexto formal. Precisamente por não determinarem nada antes, poderão determinar tanto depois.” Ostrower, 1983, p.65

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Há um dado deveras surpreendente! Se fossêmos perguntar de quantos vocábulos se constitui a linguagem visual, de

quantos elementos expressivos, a resposta seria: de cinco. São cinco apenas: a linha, a superfície, o volume, a

luz e a cor. Com tão poucos elementos, e nem sempre reunidos, formulam-se todas as obras de arte, na imensa

variedade de técnicas e estilos [...] Ao contrário das palavras, os elementos visuais não têm significado

preestabelecidos, nada representam, nada descrevem, nada assinalam, não são símbolos de nada, não definem nada – nada, antes de entrarem num contexto formal.

Precisamente por não determinarem nada antes, poderão determinar tanto depois.”

Ostrower, 1983, p.65

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Sabemos que na junção de muitos pontos, tão próximos que impossibilitem aos olhos identificá-los separadamente, obtemos um elemento que chamamos de linha. Apesar de a linha não existir na natureza (convenção inventada pelo homem), ela é tão explorada que temos conhecimento de sua existência desde que o homem começou suas primeiras manifestações artísticas.

Formas de escrita: pictográfica e alfabética.

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Além de assumirem diversas formas, as linhas também podem expressar diferentes estados de espíritos. Um artista pode perfeitamente, através de linhas, transmitir alegrias, tristezas, sofrimentos. Refletir, através de sua obra, suas maiores emoções. Um grande exemplo é a obra “O Grito” de Edvard Munch. Uma tela de 91cmx 73,5cm onde um personagem contorcido, na beira de uma ponte, com os olhos arregalados e emitindo um grito desesperador.

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- Foi um movimento artístico que teve origem na Alemanha por volta de 1904 a 1905. Fazia uma relação entre o que se vê e o que se sente, do visível da realidade com o invisível da alma.

- Reação ao Impressionismo que se preocupava com a influência da luz sobre a natureza.

- Preocupavam-se com os sentimentos humanos, com temáticas sociais, como prostitutas, menores abandonados, trabalhadores.

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É o que chamamos de forma, uma forma gerada de uma linha.

Conforme Ostrower, na organização espacial da superfície percebemos duas dimensões altura e largura. Essas são de tal maneira integradas que uma não pode ser vista sem a outra, cada uma prendendo a outra no espaço. Assim, as linhas não podem mais correr, ficando presas à área que contornam.

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Existem 3 formas:- Quadrado, retângulo, paralelogramo,

trapézio e losango;- Círculo;- Triângulo: equilátero, isósceles e escaleno;

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Não representa a realidade que nos cerca, é quase o oposto ao figurativismo.

Os artistas abstratos, abandonando as concepções tradicionais, criaram suas pinturas com formas e cores que, ao observarmos, não identificamos com nada, de imediato.

O russo Wassily Kandinsky (1866-1944) foi o iniciador da pintura abstrata.

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Duas tendências: - Abstracionismo informal: formas e cores são

expostas com liberdade, espontaneamente;- Abstracionismo geométrico ou formal: cores

e formas são organizadas de maneira equilibrada.

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