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GUSTAVO TIMBÓ PATRÍCIO RIBEIRO ANÁLISE COMPARATIVA E ESTUDO DE CASO: PROPOSTA DE INDICADORES DE GOVERNANÇA CORPORATIVA PARA EMPRESA DE VAREJO NO SEGMENTO DE PET SHOP FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO E GOVERNANÇA CORPORATIVA SÃO PAULO 2016

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GUSTAVO TIMBÓ PATRÍCIO RIBEIRO

ANÁLISE COMPARATIVA E ESTUDO DE CASO: PROPOSTA DE

INDICADORES DE GOVERNANÇA CORPORATIVA PARA EMPRESA

DE VAREJO NO SEGMENTO DE PET SHOP

FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU

PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO

E GOVERNANÇA CORPORATIVA

SÃO PAULO

2016

GUSTAVO TIMBÓ PATRÍCIO RIBEIRO

ANÁLISE COMPARATIVA E ESTUDO DE CASO: PROPOSTA DE

INDICADORES DE GOVERNANÇA CORPORATIVA PARA EMPRESA

DE VAREJO NO SEGMENTO DE PET SHOP

Dissertação apresentada ao Programa de

Mestrado Profissional em Administração e

Governança Corporativa das Faculdades

Metropolitanas Unidas, sob a orientação do

Prof. Dr. Fernando de Almeida Santos.

FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU

PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO

E GOVERNANÇA CORPORATIVA

SÃO PAULO

2016

Ribeiro, Gustavo Timbó Patrício

Análise comparativa e estudo de caso: proposta de

indicadores de governança corporativa para empresa

de varejo no segmento de pet shop / Gustavo Timbó

Patrício Ribeiro. – São Paulo: G. T. P. Ribeiro, 2016.

85 f. : il. ; 30 cm

Orientadora: Fernando de Almeida Santos

Dissertação (Mestrado) – Faculdades

Metropolitanas Unidas, Mestrado Profissional em

Administração, Governança Corporativa, 2016.

1. Pet Shop. 2. Governança corporativa. 3.

Indicadores financeiros. 4. Indicadores não

financeiros. I. Título. II. Orientador.

CDD

658

FOLHA DE APROVAÇÃO

RIBEIRO, Gustavo Timbó Patrício. Indicadores de governança corporativa para

empresas de pet shop. Dissertação apresentada às FACULDADES METROPOLITANAS

UNIDAS - FMU para obtenção do título de Mestre em Administração.

Aprovado em: ____/____/_____

Banca Examinadora

Prof. Dr. _________________________ Instituição: _______________

Julgamento: _________________________ Assinatura: _______________

Prof. Dr. _________________________ Instituição: _______________

Julgamento: _________________________ Assinatura: _______________

Prof. Dr. _________________________ Instituição: _______________

Julgamento: _________________________ Assinatura: _______________

Prof. Dr. _________________________ Instituição: _______________

Julgamento: _________________________ Assinatura: _______________

Prof. Dr. _________________________ Instituição: _______________

Julgamento: _________________________ Assinatura: _______________

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por abrir e trilhar meus caminhos na vida pessoal e profissional.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Fernando de Almeida Santos, pela amizade, dedicação

acadêmica, revisões, críticas, ponderações, sugestões e incentivo por acreditar no projeto de

pesquisa que finalizaram nesta dissertação.

Aos Professores do Programa de Mestrado em Administração e Governança

Corporativa das Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU, pela paciência e dedicação em nos

transmitir seu conhecimento.

Ao Professor Dr. Orlando Roque da Silva, membro da banca avaliadora, agradeço

pelas contribuições, críticas e sugestões que foram positivas para a conclusão desta

dissertação.

Ao Professor Dr. Gleubert Carlos Coliath, por sua participação na banca avaliadora,

críticas, sugestões e contribuições na área metodológica e científica.

À minha Esposa, Dina, por compreender as muitas horas de estudos, e colocando-se

sempre ao meu lado, nos principais momentos, apoiando incentivando de forma incondicional

à conclusão do mestrado.

Aos meus Pais, Lúcio e Cira por palavras que vieram a me fortalecer em alguns

momentos durante o percurso de minha vida.

Para finalizar, agradeço a todos os amigos e familiares que, de forma direta e indireta,

apoiaram e incentivaram para a realização deste desafio na minha vida.

RESUMO

O objetivo desta pesquisa foi identificar os indicadores utilizados pelos pet shop e quais

indicadores utilizados pelos softwares da área no intuito de comparar e estabelecer os

indicadores mais importantes para serem utilizados por empresas do segmento de pet shop,

visto que no ano de 2015 o mercado movimentou 0,37% do PIB brasileiro e que existe

expectativas de crescimento ainda maior para os próximos anos. A metodologia utilizada foi

uma pesquisa exploratória dividida em duas etapas: a primeira etapa constituiu de

levantamento de informações acerca do assunto em livros, artigos, softwares de gestão de

empresas de pet shop e sites de busca científica com a finalidade de fomentar informações

importantes sobre indicadores financeiros e não financeiros para Governança Corporativa no

setor de pet shop. A segunda etapa foi a pesquisa de campo na qual foi distribuído

questionário contendo perguntas acerca do assunto com o objetivo de validar a pesquisa. A

pesquisa foi realizada na cidade de São Paulo e não foi identificado nenhum indicador de

governança corporativa para empresas de pet shop. Os indicadores de Governança

Corporativa identificados são os mesmos utilizados por empresas varejistas, cuja estrutura

empresarial mantém semelhança. A pesquisa identificou também que, em breve, o setor

poderá ter sua própria identidade e consequentemente, indicadores próprios, desvinculando

um pouco da generalização dos indicadores aplicados atualmente por empresas de varejo.

Palavras-chave: Pet shop; indicadores financeiros; indicadores não financeiros; Governança

Corporativa.

ABSTRACT

The objective of this research was to identify the indicators used by the pet shop and which

indicators used by the area software in order to compare and establish the most important

indicators to be used by companies in the pet shop segment, since in the year 2015 the market

moved 0.37% of Brazilian GDP and that there is even higher growth expectations for the

coming years. The methodology used was an exploratory research divided into two stages:

the first step consisted in gathering information on the subject in books, articles, pet shop

management software and scientific search sites in order to promote important information

on indicators Financial and non-financial aspects for Corporate Governance in the pet shop

sector. The second stage was the field research in which a questionnaire containing questions

about the subject was distributed with the purpose of validating the research. The survey was

conducted in the city of São Paulo and no corporate governance indicator was identified for

pet shop companies. The Corporate Governance indicators identified are the same as those

used by retail companies, whose corporate structure is similar. The survey also identified that

the sector could soon have its own identity and consequently, its own indicators, disengaging

somewhat from the generalization of the indicators currently applied by retail companies.

Keyword: pet shop, financial indicators, non-financial indicators, Corporate

governance

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS QUE MAIS CRESCEM NO BRASIL ....................... 14

FIGURA 2 : CÍRCULO DA PROPRIEDADE E GESTÃO. .................................................................... 18

FIGURA 3: MODELO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA PARA PME ........................................ 2020

FIGURA 4: SISTEMA DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. ........................................................... 2424

FIGURA 5: ASSIMILAÇÃO E ADOÇÃO DE BOAS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. .. 2525

FIGURA 6: MODELO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. .............................................................. 26

FIGURA 7 - GESTÃO ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO. ................................................................ 29

FIGURA 8: ESTRUTURA DE CAPITAL SIMPLIFICADO ............................................................... 4242

FIGURA 9: ESTRUTURA DE CAPITAL DETALHADA ................................................................. 4242

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1: COMPARAÇÃO ENTRE GOVERNANÇA CORPORATIVA E GESTÃO ................................... 3232

QUADRO 2 – FÓRMULA DO ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL. ..................................................................... 38

QUADRO 3 – FÓRMULA DO ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE. ............................................................... 38

QUADRO 4– FÓRMULA DO ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA. ........................................................................ 39

QUADRO 5 - FÓRMULA DA MARGEM BRUTA. ....................................................................................... 39

QUADRO 6 - FÓRMULA DA MARGEM LÍQUIDA ..................................................................................... 40

QUADRO 7 – FÓRMULA DA RENTABILIDADE DO ATIVO ....................................................................... 40

QUADRO 8 – FÓRMULA DO GIRO DO ATIVO ......................................................................................... 41

QUADRO 9 – FÓRMULA DA RENTABILIDADE DO ATIVO ....................................................................... 41

QUADRO 10 – FÓRMULA DA PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIRO. ............................................. 42

QUADRO 11 – FÓRMULA DO GRAU DE ENDIVIDAMENTO GERAL. ........................................................ 43

QUADRO 12 – FÓRMULA DA COMPOSIÇÃO DE ENDIVIDAMENTO DE CURTO PRAZO. ............................. 43

QUADRO 13 – FÓRMULA DA IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO. ............................................... 43

QUADRO 14 – FÓRMULA DA IMOBILIZAÇÃO SOBRE RECURSOS NÃO CORRENTES. ................................ 44

QUADRO 15 – FÓRMULA DO FATOR DE INSOLVÊNCIA. ........................................................................ 44

QUADRO 16 – SÍNTESE METODOLÓGICA E MATRIZ DE AMARRAÇÃO. .................................................. 50

QUADRO17 – COMPARATIVO COM INFORMAÇÕES RELEVANTES DOS SISTEMAS PETMOURA E TOTVS .. 64

QUADRO 18 - ÍNDICES DE LIQUIDEZ .................................................................................................... 68

QUADRO 19 - ÍNDICES DE ESTRUTURA ................................................................................................ 68

QUADRO 20 - ÍNDICES DE ATIVIDADE ................................................................................................. 68

QUADRO 21 -ÍNDICES DE RENTABILIDADE .......................................................................................... 68

QUADRO 22 –I NDICADORES PROPOSTOS ............................................................................................. 72

QUADRO 23 –INDICADOR RELEVANTE PARA VARIAÇÃO DE ATIVO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA ... 73

QUADRO 24 –INDICADOR RELEVANTE PARA VARIAÇÃO DE PASSIVO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA 73

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACCA - Association of Chartered Certified Accountants

ABCQ – Associação Brasileira de Controle de Qualidade

ABINPET - Associação Brasileira da indústria de produtos para animais de estimação

AP / PL - Imobilização do patrimônio líquido

AP / (PL + ELP) - Imobilização sobre recursos não correntes

CA – Conselho de Administração

CT/CP = (PC + ELP) / PL – participação de terceiros

CVM – Comissão de Valores Mobiliários

CRMVSP - Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São

Paulo

ERP - Enterprise Resource Planningpara

Exigível de longo prazo / Patrimônio líquido – Endividamento de Terceiros a Longo Prazo

GC – Governança Corporativa

GDP = Compras / Média Duplicatas a pagar

GE = Giro do Estoque

GIRO – Giro do ativo

GOP – Gross Operating Profit

GR = Vendas / Média Duplicatas a receber – Giro do Recebimento

IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa

IASB ─ International Accounting Standards Board

IBCA – Instituto Brasileiro de Conselheiros de Administração

IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa

ILC - Índice de Liquidez corrente

ILG – Índice de Liquidez Geral

Formatado: Português (Brasil)

Formatado: Português (Brasil)

Formatado: Português (Brasil)

ILI – Índice de Liquidez Imediata

ILS – Índice de Liquidez Seca

IRAGC – Impacto Relevante do Ativo para Governança Corporativa

IRPGC – Impacto Relevante do Passivo para Governança Corporativa

ML – Margem líquida

OCC ─ Taxa de Ocupação do Setor Hoteleiro

OCDE ─ Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômica

PC / PL – Endividamento de Terceiros de curto prazo

PME – Pequenas e médias empresas

PME = Prazo médio do estoque

PMP = - Prazo médio de pagamento

PMR = Prazo médio de recebimento

RevPar – Receita por UH disponível

ROE - Retorno sobre o patrimônio líquido

ROI = Retorno Sobre o Investimento

UH – Tempo médio de permanência do setor hoteleiro

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 11

CAPITULO 1- GOVERNANÇA CORPORATIVA: CONCEITOS E PRINCÍPIOS .... 16

1.1 CONCEITO.................................................................................................................. 17

1.2 PRINCÍPIOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA ........................................... 2121

CAPÍTULO 2-RELAÇÃO DOS CONCEITOS: GESTÃO E GOVERNANÇA

CORPORATIVA..........................................................................................28

2.1 CONCEITO DE GESTÃO ...................................................................................... 2828

2.2 COMPARATIVO ENTRE PRINCÍPIOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA E

CONCEITO DE

CAPÍTULO 3 - RELEVÂNCIA DE INDICADORES DE GESTÃO .......................... 3434

3.1 CONCEITO DE INDICADORES ........................................................................... 3434

3.2 INDICADORES CONTÁBEIS FINANCEIROS .................................................... 3636

3.3 INDICADORES FINANCEIROS, CONTÁBEIS E NÃO FINANCEIROS .......... 3637

3.3.1 ÍNDICES DE LIQUIDEZ .............................................................................................. 37

3.3.2 INDICADORES DE LUCRATIVIDADE ................................................................................... 39

3.3.3 INDICADORES DE RENTABILIDADE ................................................................................... 40

3.3.4 INDICADORES DE ESTRUTURA DE CAPITAL ....................................................................... 41

3.3.5 FATOR DE INSOLVÊNCIA OU TERMÔMETRO DE KANITZ .................................................... 44

3.4 INDICADORES NÃO FINANCEIROS................................................................... 45

3.4.1 INDICADORES OPERACIONAIS E COMERCIAIS .................................................................... 45

CAPÍTULO 4 - METODOLOGIA.................................................................................... 47

4.1 PESQUISA EXPLORATÓRIA ................................................................................... 47

4.2 ESTUDO COMPARATIVO ........................................................................................ 48

CAPÍTULO 5-ESTUDO DE CASO E ESTUDO COMPARATIVOS DOS

SOFTWARES................................................................................................53

5.1 PETMOURA ......................................................................................................... 5353

5.1.1 CADASTRO DE PROPRIETÁRIO E ANIMAL ....................................................................... 5454

5.1.2 CADASTRO DE ATENDIMENTO ....................................................................................... 5454

5.1.3 AGENDA DE SERVIÇOS .................................................................................................. 5454

5.1.4 CONTROLE DE VACINAS E VERMÍFUGOS ........................................................................ 5454

5.1.5 CONTROLE DE CONSULTAS ........................................................................................... 5555

5.1.6 CADASTRO DO EXAME CLÍNICO DO ANIMAL .................................................................. 5555

5.1.7 PACOTE DE SERVIÇOS ................................................................................................... 5555

5.1.8 CONTROLE DO CRIADOR ............................................................................................... 5555

5.1.9 CONTROLE DE CHECK-IN ............................................................................................... 5555

5.1.10 RELATÓRIO DE COMISSÃO .......................................................................................... 5556

5.1.11 RELAÇÃO DE SERVIÇOS PAGOS E NÃO CONCLUÍDOS ........................................................ 56

5.1.12 ESTOQUE A GRANEL........................................................................................................ 56

5.1.13 CADASTRO E FILIAÇÃO DE ANIMAIS ................................................................................ 56

5.1.14 ENVIO DE SMS PARA O PROPRIETÁRIO ........................................................................... 56

5.1.15 CONTROLE DE JAZIDO PARA ANIMAIS ............................................................................. 56

5.1.16 CONTROLE DE HOSPEDAGEM DE HOTÉIS PARA ANIMAIS .................................................. 56

5.2 TOTVS ......................................................................................................................... 57

5.3 ESTUDO DE CASO SOBRE A EMPRESA PETZ .................................................... 58

CAPÍTULO 6 – ANÁLISE E DISCUSSÕES .................................................................... 64

6.1.INDICADORES UTILIZADOS ................................................................................................... 64

6.2.PROPOSTA DE INDICADORES ................................................................................................ 71

6.3.NOVOS INDICADORES ........................................................................................................... 72

CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 7176

REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 7778

APÊNDICE .................................................................................................................... 8283

11

INTRODUÇÃO

Esta pesquisa sobre Indicadores de Governança Corporativa para Empresas de Pet

shop trata-se de um estudo desenvolvido com base em análise de indicadores existentes nos

dois principais ERP – Enterprise Resource Planning para o setor.

O ERP é um sistema integrado, que possibilita um fluxo de informações único,

contínuo e consistente por toda a empresa, sob uma única base de dados. Portanto, um

instrumento para a melhoria de processos de negócios, como a produção, compras ou

distribuição, com informações on-line e em tempo real. (CHOPRA e MEINDL, 2003).

Os sistemas pesquisados foram PetMoura e o Totvs. O primeiro foi desenvolvido por

uma empresa nacional e traz sistema ERP para gestão de empresas, sendo o mais conhecido

para atender empresas de pet shop. A empresa tem aproximadamente 3.000 clientes e 25 anos

de mercado. A Totvs é uma empresa que surgiu há mais de 30 anos, sucessora da Empresa

Microsiga, que atua em todo o território nacional e desenvolve produtos de gestão, sendo um

deles específico para pet shops.

Segundo o Decreto Estadual de São Paulo, publicado em 24 de outubro de 1995, artigo

1º, inciso XXIII, pet shop é a loja destinada ao comércio de animais, de produtos de uso

veterinário, exceto medicamentos, drogas e outros produtos farmacêuticos, onde pode ser

praticada a tosa e o banho de animais de estimação.

Após visitas realizadas a pet shop o pesquisador apresentou como uma definição mais

apropriada de pet shop como estabelecimento comercial, especializado em vender filhotes de

animais de pequeno porte, alimentos e acessórios, além de oferecer serviços de

embelezamento como banho, tosa e perfumaria. Estes animais devem ser de fácil convívio

com o homem e adaptáveis a vida em residências como casas e apartamentos.

Para esta pesquisa, o conceito de pet shop utilizado foi o definido pelo Decreto

Estadual de São Paulo.

A pesquisa em questão contém:

Tema: Indicadores de Governança Corporativa para empresas de pet shop têm

por objetivo apresentar a existência ou não de indicadores específicos para o

setor no que se refere à governança corporativa. Para isso, a pesquisa foi

realizada em empresas do setor, aplicando questionário e entrevistando

proprietários e gestores.

12

Delimitação do tema - esta pesquisa tem por objetivo estudar os indicadores

financeiros e não financeiros utilizados para Governança Corporativa nas

empresas de pet shop.

Problematização - a contextualização do objeto-problema, utilizada para esta

pesquisa, consiste na seguinte: quais os indicadores financeiros e não

financeiros utilizados pelas empresas de pet shop? Esses indicadores foram

levantados por meio da pesquisa junto aos softwares das Empresas PetMoura e

Totvs. Foram considerados indicadores financeiros, informações obtidas por

meio de dados das demonstrações contábeis. Para os indicadores não

financeiros, foram considerados aqueles em que as demonstrações contábeis

não têm nenhuma interferência em seus resultados.

Objetivo geral – o objetivo geral desta pesquisa consiste em identificar

indicadores que possam ser utilizados para a Gestão e Governança Corporativa

nas empresas de pet shop e apresentar uma proposta para acompanhamento e

controle dos resultados.

Objetivos específicos - o trabalho tem como objetivos específicos de pesquisa

verificar a utilização dos indicadores financeiros e não financeiros para a

Governança Corporativa, nos sistemas PetMoura e Totvs, pela empresa Petz e

propor indicadores a serem utilizados pelo mercado de pet shop.

Justificativa – para a realização da pesquisa, apresentam-se seis justificativas

consideradas relevantes. As justificativas são:

1- O Brasil é o segundo maior mercado do mundial em faturamento de pet shop em

cães, gatos e aves canoras (pássaros ou passarinhos) e ornamentais, segundo a Abinpet

(2015), atrás apenas dos Estados Unidos.

Conforme a definição de aves canoras, elas são: aves que possuem um canto

harmonioso. As mais admiradas são cinco: o Curió ou Avinhado, o Bicudo, o Trinca Ferro, o

Coleira ou Papa Capim e o Canário da Terra. Acontecem torneios de canto e fibra desses

pássaros por todo o território nacional. Essas cinco aves citadas são pássaros territoriais que

defendem seu espaço com o canto quando se sentem invadidas por um intruso. (WEB

ANIMAL, 2016).

As aves ornamentais ou aves decorativas são aquelas como cisnes, pavões, diversas

variedades de patos, gansos, faisões, marrecos, periquitos australianos, calopsitas, papagaios.

13

Na maioria das vezes, as aves de maior porte, como pavões, patos, cisnes, faisões etc., são

adquiridas por proprietários de sítios, chácaras ou fazendas e utilizadas para ornamentar belos

lagos ou mesmo jardins projetados. Podem ser criadas soltas ou em viveiros. (RURALNEWS,

2016).

2 - O Brasil é o 3º maior do mundo em faturamento de produtos e serviços do mercado

pet (5,3% do faturamento mundial), segundo Abinpet (2016), atrás apenas dos Estados Unidos

e do Reino Unido;

3 – O setor movimentou 0,37% do PIB nacional em 2015. O PIB de 2015 foi de R$

5,9 trilhões (ABINPET, 2016). Em 2013, o setor movimentou mais do que produtos da linha

branca (Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, ed. de 28/03/2014)

4 - O Brasil é o 4º maior do mundo em população total de animais de estimação com

um total de 132,4 milhões dos 1,56 bilhão da população mundial, segundo Abinpet (2016),

atrás apenas dos Estados Unidos, Reino Unido e da França. A venda de pet food ocupa a

maior participação das vendas nos pet shops, ocupando 67,3% de todo o faturamento

(ABINPET, 2016)

5 – O crescimento mundial de faturamento (2014 a 2015), de 7,60%, segundo Abinpet

(2016);

6- A carga tributária de 51,20% (Brasil), segundo Abinpet (2016).

Durante a pesquisa bibliográfica, foi localizada uma pesquisa da Deloitte, realizada em

2008, resultante das 100 empresas que mais cresceram nos anos de 2005 a 2007, no Brasil,

por aplicar ou pretender aplicar Governança Corporativa. A pesquisa chamou muito a

atenção pelos benefícios que a Governança Corporativa, de forma bem aplicada, poderá trazer

para as empresas. As informações são apresentadas na figura 1:

14

Figura1: As Pequenas e Médias Empresas que mais Crescem no Brasil.

Fonte: Deloitte, 2008

Este trabalho está estruturado em sete capítulos, como elencado a seguir:

Capítulo 1 – Governança Corporativa: conceitos e princípios;

O capítulo em questão faz uma abordagem histórica da governança corporativa.

Também conceitua governança corporativa segundo autores, IBGC – Instituto Brasileiro de

Governança Corporativa e a CVM – Comissão de Valores Mobiliários. Após a abordagem

histórica e os conceitos de governança corporativa, o capítulo apresenta os princípios de

governança corporativa. Refere-se a qualificação de fatos que possibilita a identificação da

governança corporativa nas empresas. Estes fatos permitem compreender se a empresa possui

ou não governança corporativa.

Capítulo 2 – Relação dos conceitos: gestão e governança corporativa;

O capítulo apresenta a conceituação de gestão. A gestão compreende gestão de

pessoas, gestão estratégica da informação e a gestão do conhecimento. Neste capítulo também

aborda os limites entre gestão e governança corporativa.

Capítulo 3 – Relevância dos Indicadores de gestão;

Este capítulo aborda a relevância de indicadores de gestão e o conceito de indicadores.

Indicadores são tratados como termômetros momentâneos que traduzem números em

15

informações para seus gestores. Também apresenta que indicadores podem ser financeiros e

não financeiros. Indicadores financeiros são informações obtidas através das demonstrações

contábeis tais como BP - Balanço Patrimonial e DRE – Demonstração do Resultado do

Exercício. Os indicadores não financeiros são informações obtidas por meio de relatórios

gerenciais de áreas como comercial e operacional.

Capítulo 4 – Metodologia;

O capítulo apresenta a estrutura do trabalho. Identifica as etapas para a conclusão da

pesquisa e apresenta os recursos e meios que foram utilizados.

Capítulo 5 – Estudo comparativo de softwares;

Neste capítulo, o assunto determinante é o estudo comparativo de softwares. Os

softwares estudados e comparados são: o Petmoura e o Totvs. A escolha foi devido à

participação destes em uma feira internacional de pet shop realizado em 2015 na cidade de

São Paulo. São apresentados os recursos de informações de cada um destes softwares. Estas

informações auxiliam na obtenção dos indicadores de governança corporativa.

Capítulo 6 – Análise e discussões

Apresenta um resumo de todas as análises para proporcionar uma conclusão final da

pesquisa. O sistema Zanthus não foi estudado devido não ter presença na feira internacional e

somente ter sido identificado na ocasião da pesquisa, fato que ocorreu somente no final do

mês de novembro/2016.

Neste capítulo, também, apresenta-se a proposta de indicadores para serem utilizados

na Gestão e Governança Coporativa de pet shop.

Considerações Finais

Conforme os objetivos deste trabalho, foram apresentadas as considerações, limitações

para a realização da pesquisa e as propostas para trabalhos futuros.

Apêndice

Contempla o questionário de pesquisa O questionário foi a base para a identificação

dos indicadores de governança corporativa nas empresas de pet shop.

16

CAPITULO 1- GOVERNANÇA CORPORATIVA: CONCEITOS E PRINCÍPIOS

Neste capítulo, o tema refere-se à Governança Corporativa e seus princípios. Segundo

informações do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, 2016), o modelo de

propriedade dispersa expandiu-se, inicialmente, nos Estados Unidos, devido a aspectos

econômicos, culturais e políticos que datam dos anos 1920. Nessa época, o país viveu um

momento de prosperidade econômica, consolidando-se como potência mundial. Seu poder de

influência foi evidenciado pelos efeitos da Crise de 1929, quando ocorreu a queda da bolsa de

Nova Iorque. Esses efeitos, rapidamente, atingiram praticamente todos os países do globo,

movimentaram graves consequências políticas e sociais.

Naquele momento, os proprietários tinham o poder sobre as decisões administrativas

de suas empresas, frequentemente ocupando os mais importantes cargos da gestão. Décadas

mais tarde, já no contexto pós-1945 (fim da Segunda Guerra Mundial), a força e o dinamismo

da economia dos Estados Unidos apontava rumo à complexidade das organizações

empresariais, notadamente para as companhias listadas em bolsa de valores. Após o período, a

estrutura de propriedade dispersa, com ações negociadas no mercado de capitais, tornava-se

característica cada vez mais comum entre suas empresas. Aos poucos, esse tipo de controle

passou a caracterizar empresas também em outros países (IBGC, 2002).

Portanto, passou a existir um conjunto disperso de proprietários ou acionistas, mas essa

interferência direta na empresa tornou-se impraticável, sendo frequentemente privilégio de

controladores majoritários que, a exemplo do que ocorria nas empresas familiares, muitas vezes

ocupavam a função de presidente do conselho de administração (Chairman) e a de principal executivo

(ou CEO - Chief Executive Officer), ou optavam pela contratação de gestores profissionais para essa

função. Esses executivos tinham por missão maximizar os resultados da empresa e trazer informações

a todos os acionistas, ou seja, os resultados obtidos pela empresa seriam de seu interesse e não só dos

acionistas majoritários (IBGC, 2002).

No Brasil, o movimento por boas práticas mostrou-se mais dinâmico a partir das privatizações

e da abertura do mercado nacional nos anos 1990. Nesse ínterim, em 1995, ocorreu a criação do IBCA

(Instituto Brasileiro de Conselheiros de Administração), que, a partir de 1999, passou a ser intitulado

IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), almejando influenciar os protagonistas da

nossa sociedade na adoção de práticas transparentes, responsáveis e equânimes na administração das

organizações. Ainda em 1999, o IBGC lançou seu primeiro Código das Melhores Práticas de

Governança Corporativa (IBGC, 2002).

17

1.1 Conceito

A palavra Governança Corporativa vem da expressão inglesa corporate governance

que quer dizer sistema pelo qual acionistas administram a sua empresa.

A Comissão de Valores Mobiliários define Governança Corporativa como “um

conjunto de práticas que tem por finalidade otimizar o desempenho de uma companhia ao

proteger todas as partes interessadas, tais como investidores, empregados e credores,

facilitando o acesso ao capital”. (CVM, 2002).

O IBGC (2002) define Governança Corporativa como sistema pelo qual as empresas e

demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os

relacionamentos entre sócios conselhos de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e

controle e demais partes interessadas. O IBGC (2009), também, consistem em uma entidade

que tem como objetivo promover a governança corporativa e disseminar as boas práticas no

Brasil.

Rabelo e Silveira (1999, p. 5) afirmam que Governança Corporativa é um sistema por

meio do qual se exerce e se monitora o controle das corporações. Esse sistema está

intimamente vinculado à estrutura de propriedade, às características do sistema financeiro, a

densidade e profundidade dos mercados de capitais e ao arcabouço legal de cada economia.

Segundo Blair (1995), Governança Corporativa consiste em estabelecer regras sobre

quem controla e o que, quem toma que decisões e quem têm responsabilidade sobre as

exigibilidades e os recursos da empresa. O problema econômico e político central a ser

resolvido é alocar direitos e controle e decisão a pessoa que têm o incentivo e a informação

necessária para usar os recursos eficientemente para criar riqueza, assegurando ao mesmo

tempo, que controladores sejam responsáveis perante todos os demais participantes que têm

seus investimentos em risco. Em resumo, Blair apresenta sua posição que Governança

Corporativa deverá proteger o patrimônio dos acionistas, definir os limites de poder e ação

dos executivos, bem como criar e definir metas e a serem cumpridas com o propósito de criar

riquezas e possibilitar a perpetuação da empresa.

Para a tomada de decisões relevantes, aciona a Assembleia Geral. Trata-se de órgão

superior da organização, que dispõe de poderes absolutos para tomada de decisões no que

tange aos interesses da empresa, tanto para seu desenvolvimento quanto para sua defesa,

quando necessário. (IBGC, 2009).

18

Segundo Silveira (2002), o principal desafio no Brasil é o aprimoramento das

empresas e nas práticas de governança, com a finalidade de proteger os acionistas

minoritários e os credores.

O IBCG (2014, p. 18) relata que em qualquer tipo de empresa há ao menos dois

interesses em pauta, que devem ser considerados e alinhados a fim de evitar a ocorrência de

conflitos: os dos gestores e os dos proprietários. A figura 2 consiste na representação gráfica

desta definição.

Figura 2 – Círculo da propriedade e Gestão.

Fonte: Caderno de Governança Corporativa, 2014, p. 19

Para Aguiar (2005), no Brasil, uma parte significativa das companhias já adotava

diversas práticas de governança corporativa, mas não havia uma transparência adequada que

pudesse sinalizar aos investidores quais as diferenças e vantagens oferecidas por cada uma

delas. A adesão aos níveis de governança não é obrigatória e os níveis são definidos pelo

maior ou menor grau de compromisso assumido pelas empresas.

Bernhoeft e Gallo (2003) entendem que a alta concentração de propriedade e do

controle das companhias, aliada à baixa proteção legal dos acionistas, faz com que o principal

conflito de agência se dê entre acionistas, controladores e minoritários.

Andrade e Rossetti (2004, p.25) sintetizam o conceito de governança corporativa

como “um conjunto de valores, princípios, propósitos, papéis, regras e processos que rege o

19

sistema de poder e os mecanismos de gestão das empresas”. Para os autores, a Governança

Corporativa agrega valores e eleva o índice de confiabilidade na empresa.

Steinberg (2011) define governança corporativa como monitoramento constante da

gestão da companhia pelos conselheiros de administração, garantindo a conformidade com as

leis, com as políticas e diretivas internas e, ainda, o sistema que gera valor agregado, lucros,

ganhos e crescimento sustentável.

Percebe-se que a Governança Corporativa está cada vez mais conectando com as

pequenas e médias empresas, inclusive empresas familiares, tendo a principal razão proteger

os interesses dos sócios minoritários, credores, governo e demais interessados. Além dessa

proteção, a ação da Governança Corporativa é benéfica para a sua perpetuação e sucessão de

poder, transmitindo aos herdeiros o direito pela sucessão. O IASB (Conselho de Normas

Internacionais de Contabilidade, 2009), baseado em Londres, estima que aproximadamente

95% das organizações no mundo são classificadas PME (Pequenas e Médias Empresas). A

maior parte das recomendações e práticas descritas nos referidos manuais estão distantes da

realidade das PME que possuem estrutura societária e econômica diferenciadas. (ACCA -

Association of Chartered Certified Accountants, 2015).

No Brasil, está cada vez mais presente a prática de Governança Corporativa nesse em

empresas de pequeno e médio porte. Os conceitos que antes somente eram aplicados a

empresas de grande porte, principalmente empresas de sociedade anônima, cada vez mais

estão sendo incorporadas por empresas de pequeno e médio porte. O principal motivo é trazer

maior nível de transparência para atrair investimentos, créditos mais competitivos de mercado

e valor da empresa no mercado, além de buscar uma perpetuação por meio de uma sucessão

de herança, formando gestores para assumir a administração por ocasião da saída do gestor

anterior. As pequenas e médias empresas estão espelhando-se nas grandes empresas e

trazendo conceitos e práticas de governança corporativa para dentro de sua administração. A

governança é essencial ao desenvolvimento de uma empresa familiar e condição básica para a

perpetuação do negócio ao longo das gerações. (GRISCI e VELLOSO, 2014).

É possível afirmar que o elo comum para lidar com as organizações é conceber

sistemas que respeitam as distinções entre as famílias e organizações, tendo como referência

os seus sistemas de valores. (SILVA JUNIOR; SILVA e SILVA, 2013).

Para a ACCA (2015), os principais aspectos de Governança Corporativa adotados nas

PME são: supervisão, monitoria e controles internos. Por essa razão, o modelo sugere a figura

do Controller e/ou Contador externo também como agentes da governança e como

20

componentes do Conselho de Administração para as PME já que não têm condições

financeiras suficientes para montar um CA (Conselho de Administração) independente.

Assim, os principais agentes da governança corporativa para PME, conforme

apresentado na figura 3, são:

− Acionistas ou sócios;

− Conselho de Administração;

− Diretor-Presidente (CEO);

− Diretoria;

− Controller;

− Contador externo;

− Auditor externo.

Figura 3: Modelo de Governança Corporativa para PME

Fonte: Elaborado pelo autor, 2016.

Os agentes da governança compõem o Conselho de Administração, que, para as PME

que não têm estrutura financeira suficiente para montar um CA independente, seria formado

pelo próprio conjunto de agentes, conforme ilustrado na Figura 1. Assim sendo, os principais

agentes da governança corporativa para PME são: Diretor-Presidente, Diretoria, Auditor

Externo, Contador/Controler, acionistas/sócios.

21

Para Silveira (2004), o desafio é fazer com que as empresas brasileiras aprimorem suas

práticas de governança para proteger os acionistas minoritários e os credores de longo prazo.

A transparência das decisões tomadas pelos controladores, a participação dos minoritários no

conselho de administração e a adesão de mecanismos eficientes de solução de conflitos pode

ser a forma adequada.

Um dos primeiros casos de repercussão mundial foi do tradicional banco inglês Baring

Brothers & Co, fundado em 1762, que faliu no ano de 1995 após perdas milionárias devido a

negociações ilícitas cometidas pelo seu empregado Nicholas Willian Leeson, proporcionadas

por evidentes falhas na governança do banco. (Revista de Extensão da URI, 2015).

Depois, muitos outros casos de fraudes e falhas nas administrações de empresas

vieram a público, o que comprova, cada vez mais, a importância da Governança Corporativa e

seus princípios na gestão de empresas, desde as grandes companhias negociadas em bolsa de

valor, até as PME que são, em sua maioria, familiares.

1.2 Princípios de governança corporativa

O ano de 1999 foi marcante para a OCDE (Organização para Cooperação e

Desenvolvimento Econômico). Nesse ano, foram publicados os Princípios da Governança

Corporativa. Trata-se de um documento composto de duas partes: a primeira aborda as

principais conclusões que resultam em cinco princípios; e a segunda, trata das orientações

relativas a cada um deles. No Brasil, o IBGC (2009) adapta os princípios da OCDE e os

desdobra em quatro: Transparência, Equidade, Prestação de Contas e Responsabilidade.

A transparência (Disclosure) representa mais do que a obrigação de informar, ela deve

focar o desejo de informar, criando-se um clima de confiança, tanto interno quanto nas

relações com terceiros. Assim, a transparência abrange a transmissão de informações corretas,

registros contábeis confiáveis e cumprindo prazos. A empresa busca atingir um nível

diferenciado de relação com os investidores e o mercado. “Usualmente chamada de

transparência, com dados acurados, registros contábeis fora de dúvida e relatórios entregues

nos prazos combinados”. (LODI, 2000, p.19).

A fiscalização dos agentes de mercado está relacionada às exigências de maior nível

de transparência das empresas e divulgações de informações, resultando em maiores

exposições a analistas externos, agência de classificação de risco e de ratings de governança

corporativa. (GILLAN, 2006; SILVEIRA, 2010).

22

Para o IBGC (2016), transparência consiste no desejo de disponibilizar para as partes

interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por

disposições de leis ou regulamentos. Não deve restringir-se ao desempenho econômico-

financeiro, contemplando também os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a

ação gerencial e que condizem à preservação e à otimização do valor da organização. A

inexistência desse princípio comprometeria os resultados e, consequentemente, à prática de

Governança Corporativa, mesmo havendo os outros três princípios restantes: a equidade, a

prestação de contas e a responsabilidade.

A equidade (Fairness) diz respeito ao tratamento justo e igualitário a todos os grupos

minoritários com a ausência de políticas discriminatórias, tratando cada um de acordo com

suas demandas específicas. É preciso focar a justiça e a equidade com os acionistas

minoritários, tendo em vista a pressão exercida pelos majoritários. Para o IBGC (2016),

equidade caracteriza-se pelo tratamento justo e isonômico de todos os sócios e demais partes

interessadas (stakeholders), levando em consideração seus direitos, deveres, necessidades,

interesses e expectativas. A equidade representa um dos quatro princípios de Governança

Corporativa. A ausência do princípio da equidade tornaria inválido todo o processo de

Governança Corporativa, pois esse princípio é uma dos pilares de sustentação.

Na prestação de contas (Accountability), os agentes da governança devem prestar

contas a quem os elegeu, respondendo integralmente pelos atos praticados no exercício de

seus mandatos. Essa prestação de contas deve focar os demonstrativos financeiros baseados

em normas legalmente estabelecidas.

Segundo o IBGC (2016), prestação de contas (accountability) tem a mesma definição

do Lodi. A prestação de contas representa um dos quatro princípios de Governança

Corporativa. Assim, a ausência de qualquer um dos quatros princípios da Governança

Corporativa a tornaria ineficiente, ou melhor, comprometeria a eficiência de todo um processo

de Governança Corporativa a ser aplicada pela empresa.

Com relação à responsabilidade pela prestação de contas por parte dos que tomam as

decisões nos negócios (LODI, 2000, p.19), isto é, em relação à Responsabilidade Corporativa,

os agentes devem zelar pela viabilidade econômico-financeira das organizações, reduzir as

extremidades negativas de seus negócios e suas operações e aumentar as positivas, levando

em consideração, no seu modelo de negócio, os diversos capitais (financeiro, manufaturado,

intelectual, humano, social, ambiental, reputacional e outros) no curto, médio e longo prazos.

23

Perante o IBGC (2016), a responsabilidade corporativa, vem estabelecer a

necessidade de compartilhar com a aplicação dos outros três princípios (transparência,

equidade e prestação de contas). Cada princípio possui características próprias e os quatro

princípios juntos formatam a essência da Governança Corporativa.

Muitos acontecimentos registrados nos últimos anos pelo mundo afora, como

escândalos corporativos que foram estampados nos meios de comunicação de diversos países,

inclusive no Brasil e mostram que, mesmo com os efeitos negativos por eles apresentados, a

adoção de boas práticas de governança corporativa é essencial para o funcionamento eficaz do

mercado acionário e a sustentabilidade da corporação. (ANDRADE E ANDRADE, 2005).

Os princípios apresentados esclarecem a importância da transparência, equidade,

prestação de contas e responsabilidade para a construção da Governança Corporativa para

uma empresa. Esses princípios têm importância para todas as empresas, não só para as

grandes empresas e capital aberto, que é exigida pela regulamentação da CVM, mas, também,

pelas pequenas e médias empresas que desejam ter acesso a créditos bancários e fiscais.

Na figura 4, foi observado que o sistema de Governança Corporativa aprovado e

definido como padrão pelo IBGC para todas as empresas que desejam adotar Governança

Corporativa no Brasil. Como essa figura é padrão, isso não impede que as empresas de

pequeno e médio porte venham a simplificar essa estrutura, mas sem deixar de adotar os

quatro princípios básicos da governança corporativa: transparência, equidade, prestação de

contas e responsabilidade.

As organizações com boas práticas de governança tendem a apresentar condições mais

favoráveis para um melhor desempenho. A Governança Corporativa está fundamentada em

princípios como equidade, transparência de informações, prestação de contas e conformidade

no cumprimento de normas reguladoras (ANDRADE A, ROSSETI J.P., 2012).

24

Figura 4: Sistema de governança corporativa.

Fonte: Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa , 2010– 4ª Edição, p. 16

Na figura 4, apresenta-se, de forma resumida, a estrutura do sistema de governança

corporativa para empresas familiares. É possível observar que o Conselho de Família é

soberano e a família retira-se da administração da empresa com o objetivo de profissionalizar

a empresa, buscando transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade.

Observa-se também um conselho de administração que deverá ser composto por pessoas de

dentro da administração ou não e membro do Conselho de Família. As decisões mais

relevantes deverão passar pelo Conselho de Administração, sendo que, também, tem

importância supra no que diz respeito a conflitos e interesses familiares que possam gerar

impactos significativos para a empresa.

25

Figura 5: Assimilação e adoção de boas práticas de Governança Corporativa.

Fonte: Governança corporativa : fundamentos, desenvolvimento e tendências - Paschoal, José Rossetti.

Andrade, Adriana 6. ed., São Paulo : Atlas, 2012, p.100.

Foi observado na figura 5, que as boas práticas de governança corporativa além de

trazer melhor nível de transparência corporativa, facilita os processos de mudanças decorrente

de cenários internos e externos. Os cenários internos são fatos provenientes do dia a dia da

empresa, bem como o cenário externo. Este cenário refere-se a política econômica e

financeira do Brasil e do mercado internacional que possam afetar as atividades da empresa.

Andrade e Rossetti (2011) estabeleceram os 8 “Ps” que norteiam a Governança

Corporativa em uma empresa, que são:

1. propriedade;

2. princípios;

3. propósitos;

4. papéis;

5. poder;

6. práticas;

7. pessoas;

8.perpetuidade.

26

Eles são apresentados na figura 6:

Figura 6: modelo de Governança Corporativa.

Fonte: Andrade e Rossetti, 2012, p. 144

A seguir, são abordados os 8 “Ps” que norteiam a Governança Corporativa ( Andrade

e Rossetti, 2011):

1. Propriedade: tem característica consistente com a avaliação das Assembleias Gerais

ou Conselhos de Sócios, que atendem aos requisitos legais, mantêm informações relevantes

sobre os negócios aos acionistas, os resultados e as políticas de distribuição.

2.Princípios: a conformidade legal na condução da gestão e no trato dos negócios é

associável aos princípios (transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade).

3.Propósitos: os propósitos orientador (missão) e empresarial (visão), embora não atrelados a

um plano estratégico formal e de longo prazo, são percebidos como bem alinhados às

mudanças no ambiente de negócios em que as empresas operam. E é alta a coesão percebida

entre os membros administração quanto a questões de alta relevância, que possam por em

risco a perpetuidade da empresa. São baixos os hiatos percebidos em relação a esses pontos

cruciais.

27

4. Papéis: a clareza na definição dos papéis dos sócios e dos administradores é

importante. Geralmente, há sobreposições e misturas, com potenciais não desprezíveis para

geração de conflitos.

5. Poder: observam-se desconfortos, com estilos de liderança, provavelmente pela

percepção de que o processo decisório tem traços de imposição, mais visíveis que os de ampla

participação, envolvendo os níveis organizacionais alcançados pelos seus efeitos ou

responsáveis pela sua execução.

6. Práticas: o primeiro ponto destacado quanto à constituição e ao funcionamento do

Conselho de Administração foi a acumulação de funções da presidência desse colegiado com

a da Diretoria Executiva.

7. Pessoas: a gestão de pessoas pauta-se por critérios legais rigorosos, mas há

desconfortos com processos mais estruturados e fortemente ligados à estratégia de negócios.

8. Perpetuidade: no processo de Governança Corporativa, serão estudados: ciclo de

vida e crescimento dos negócios; geração de resultados de curto prazo e acesso ao fluxo de

caixa; propensão a inovações; atenção às demandas de outros stakeholders; preparação,

alinhamento e motivação de herdeiros-sucessores.

28

CAPÍTULO 2 - RELAÇÃO DOS CONCEITOS: GESTÃO E GOVERNANÇA

CORPORATIVA

Este capítulo tem como tema a gestão. Apresenta-se a definição de gestão, bem como

um comparativo entre gestão e governança corporativa de forma que seja possível

compreender cada um dos significados. O propósito é trazer ao leitor um entendimento, de

forma simples, do que seja gestão e do que seja Governança Corporativa.

2.1 Conceito de gestão

Conforme a definição de Oro et al (2009), empresa familiar é formada no núcleo

familiar e tem a finalidade principal de atender às necessidades, desejos e expectativas de seu

fundador. A necessidade de novos e melhores controles e processos de gerenciamento

garantem a sua perpetuidade. As organizações precisam de estratégias competitivas de curto e

longo prazo, para assegurar as condições de permanecer no mercado.

A empresa familiar permite a criação de estruturas que reforçam e fortalecem os

valores da família, que são fundamentais para a união e de objetivos comuns. (GRISCI e

VELLOSO, 2014).

Além disso, muitas vezes, os patriarcas levam em conta a idade, a experiência, a

maturidade e a demonstração de habilidades necessárias para dar continuidade ao negócio.

(COSTA et al, 2015).

Gestão é uma atividade complexa, que envolve a combinação e a coordenação de

recursos humanos, físicos e financeiros, de forma a que se produzam bens ou serviços que

sejam simultaneamente procurados e que possam ser oferecidos a um preço que possa ser

pago, tornando, ao mesmo tempo, agradável e aceitável o ambiente de trabalho de todos os

envolvidos. Gestão é uma forma de condução de um negócio em busca de resultados e metas

traçadas pelos sócios e/ou acionistas. É uma combinação de vários fatores internos e externos

em busca desses resultados definidos.

A gestão estratégica da informação pode ser estabelecida tendo por base seis etapas,

propostas por Tarapanoff (2001): (I) identificação de necessidades informacionais; (II)

aquisição de informação, tendo como requisitos as necessidades da organização; (III)

armazenamento; (IV) desenvolvimento de produtos e serviços informacionais; (V)

distribuição; e (VI) seu uso efetivo, conforme a Figura 7:

29

Figura 7 - Gestão estratégica da informação.

Fonte: Alvares Lilian; Baptista Sofia Galvão; Júnior, Rogério Henrique de Araújo, 2010.

A figura 7 apresenta de forma simplificada e resumida o que se pode entender por

gestão, percebe-se em gestão um núcleo que se denomina conhecimento. O verdadeiro gestor

detém o conhecimento de todo o processo empresarial. Conforme a figura 7, o processo de

gestão compõem seis etapas: identificação das necessidades; aquisição de soluções;

armazenamento de conhecimentos; desenvolvimento de produtos e serviços; distribuição dos

produtos e serviços; uso (utilização dos produtos e serviços).

Segundo Petrash (1996), Gestão do Conhecimento deve explorar os ativos

intangíveis de toda a organização, deve trazer a informação certa, para a pessoa certa, no

tempo certo e necessário para a tomada de decisões adequada.

Para melhor definir gestão, divide-se o conceito em dois: gestão de pessoas e gestão de

empresa.

Diversas tendências em gestão de pessoas estão associadas ao fenômeno da

globalização, que se constitui em um importante desafio para as organizações

contemporâneas. Uma delas é a gestão da diversidade nas organizações. A redução das

30

fronteiras entre os países e organizações proporcionou grande mobilidade para a população

global, facilitando o acesso e a comunicação entre os diferentes países. As economias globais

fizeram surgir as organizações internacionalizadas, que desenvolvem uma produção

globalizada, possuindo cadeias de valor com complexas divisões e fases de trabalho e gerando

amplas redes de trabalho (EUROFOUND, 2010).

Como ponto relevante para a gestão de pessoas, é importante citar o comprometimento

dos funcionários (GIANNANTONIO; CRISTINA; HURLEY, 2002). Outro aspecto é ter

ênfase na responsabilidade social e ambiental (EUROFOUND, 2010).

Para o Instituto Brasileiro de Coaching - IBC (2016), quando se trata de gestão de

pessoas, a definição é gerir o capital humano, também, conhecido como Departamento

Pessoal. Pode-se afirmar que é o coração da organização, pois todos os processos pessoais de

todos os colaboradores passam por essa área.

Na Gestão de Pessoas de uma organização são tratados:

Análise e descrição de cargos;

Planejamento e administração da política de cargos e salários;

Recrutamento, administração, seleção e demissão de funcionários;

Orientação e integração de novos funcionários;

Criação de benefícios e incentivos;

Avaliação de desempenho;

Comunicação aos colaboradores;

Treinamento e desenvolvimento

Quando se trata de gestão de empresas, o conceito passa a ser muito mais amplo, pois

tratamos de pessoas e processos. Para gerir a área de recursos humanos (RH), existe um

determinado processo; já para a área financeira, o processo é outro; o mesmo ocorre para o

marketing, jurídico, comercial; enfim, cada área tem seus processos e peculiaridades

específicas. Então, o que é gestão de empresa?

Pela visão do pesquisador, a gestão é definida como um processo interno, de forma

detalhadas como análise de mercado, metas, recursos humanos disponíveis, recursos

financeiros disponíveis e recursos tecnológicos disponíveis e mais, todas as variáveis

possíveis a favor e contra para se alcançar um resultado. A gestão é o processo completo que

ter início no planejamento, passando pelo desenvolvimento e finalizndo com o resultado final,

ajustando etapas e processos quando necessários para conclusão das metas previstas.

31

A figura do líder é importante para a condução desses processos de gestão, pois as

organizações têm buscado flexibilidade de produção, sendo possível por meio da sua

cooperação. (ASSIS; SIQUEIRA; BINOTTO, 2015).

O estilo de liderança dos líderes cria o poder de influenciar o crescimento da empresa,

o que se pode notar na postura dos subordinados. Um líder preparado sabe criar exceções

sobre as práticas institucionalizadas, pois sabe quais regras pode quebrar para obter melhores

resultados (FRANCO; HASHIMOTO, 2014)

Para esses autores, o líder deverá estar dimensionamento na organização como a

pessoa que dissemina valores e regras e atitudes para buscar a excelência nos resultados.

Deverá ser o responsável pela aplicação da cultura e valores da empresa para a área

operacional

Apresenta-se, ainda, a definição de alguns autores sobre gestão. Gestão estratégica

empresarial, para Chandler (1962), é a determinação dos objetivos básicos de longo prazo de

uma empresa e a adoção das ações adequadas e afetação de recursos para atingir esses

objetivos.

Já, para Mintzberg (2008), estratégia como uma força mediadora entre a organização e

o seu meio envolvente: um padrão no processo de tomada de decisões organizacionais para

fazer face ao meio envolvente.

Para Thietart (1984), estratégia é o conjunto de decisões e ações relativas à escolha

dos meios e à articulação de recursos com vista a atingir um objetivo.

2.2 Comparativo entre os princípios de governança corporativa e o conceito de gestão

O quadro 1 apresentado, tem por fundamento comprovar que Governança Corporativa

e Gestão são muito similares. Para os autores pesquisados, em muitos momentos, gestão e

governança corporativa confundem-se, pois há intersecção em muitos momentos. Muitas

vezes, fica difícil elaborar os limites de cada uma delas.

32

PRINCÍPIOS DE

GOVERNANÇA

CORPORATIVA

GESTÃO

Citação Autor TRANSPARÊNCIA Representa mais do que a obrigação de informar,

ela deve focar o desejo de informar, criando-se

um clima de confiança, tanto interno quanto nas

relações com terceiros.

Lodi (2000)

EQUIDADE A redução das fronteiras entre os países e

organizações proporcionou grande mobilidade

para a população global, facilitando o acesso e a

comunicação entre os diferentes países. As

economias globais fizeram surgir as

organizações internacionalizadas, que

desenvolvem uma produção globalizada,

possuindo cadeias de valor com complexas

divisões e fases de trabalho e gerando amplas

redes de trabalho.

Eurofound

(2010)

PRESTAÇÃO DE

CONTAS Gestão do Conhecimento deve explorar os ativos

intangíveis de toda a organização, deve trazer a

informação certa, para a pessoa certa, no tempo

certo e necessário para a tomada de decisões

adequada.

Petrash (1996)

RESPONSABILIDADE Um líder preparado sabe criar exceções sobre as

práticas institucionalizadas, pois sabe quais

regras pode quebrar para obter melhores

resultados.

Franco; Hashimoto

(2014)

Quadro 1: Comparação entre Governança Corporativa e Gestão

Fonte: elaborado pelo autor, 2016.

É fundamental entender que gestão é um conjunto de fatores como planejar, construir,

entregar e monitorar. Cada etapa desse conjunto de fatores deve ser entendida como um

degrau, um passo para se alcançar a gestão. Quando as suas etapas são bem estruturadas, há a

possibilidade de obter uma gestão bem sucedida ou uma boa gestão. Sendo assim, pode-se

considerar que a gestão é a base para uma governança corporativa.

Segundo Rosa (2002), o planejamento deverá ser antecedido pelas seguintes funções:

fonte de legitimidade que justifica suas atividades;

padrões para avaliar sua eficiência e rendimento;

unidade de medida para verificar sua produtividade. .

A construção do planejamento é a etapa seguinte da base de um planejamento. Essa

etapa significa colocar em prática o que foi planejado, fazer funcionar um projeto, uma ideia,

uma solução de um determinado problema ou de uma necessidade.

33

A etapa de entregar tem um papel fundamental para a gestão da empresa. Nessa etapa,

oficializa-se a finalização do que foi planejado e executado. A empresa passa a contar com

um produto, uma tarefa finalizada pronta para ser executada. É a etapa para gestão mais

esperada por quem está no topo da administração da empresa. Dependendo do porte e

complexidade da empresa, o tempo de maturidade entre o planejamento e a entrega de um

determinado projeto pode demorar de alguns meses ou anos.

A quarta e última etapa é o monitoramento. Para muitos, a etapa mais importante de

um projeto. Muitas vezes, há uma necessidade de ajustes, correções e modificações em um

produto. Para uma gestão eficiente de uma empresa, é preciso que cada etapa seja muito bem

desenhada e testada ou monitorada. Não é apenas planejar, construir e entregar. Poderão

existir falhas que somente serão percebidas após sua execução e todo monitoramento traz para

a empresa a oportunidade de uma melhor eficiência em resultados e crescimento corporativo.

Gestão é uma administração de alta complexidade que envolve não só competências, mas

também conhecimento do assunto em todos os sentidos a fim de propiciar informações exatas

e precisas para a alta administração.

Entende-se por Governança Corporativa como uma etapa de administração

imediatamente superior à gestão. Todo feedback do processo de gestão é avaliado por um

comitê de governança, um Conselho de Administração, no qual deverá ser monitorado,

analisado e estudado por esse conselho, com o objetivo de trazer para os proprietários, e ou

seus representantes, informações sólidas e confiáveis para a melhor tomada de decisão para o

futuro a curto, médio e longo prazo. O resultado que toda empresa espera é o lucro e melhoria

dos números apresentados em exercícios anteriores.

34

CAPÍTULO 3 - RELEVÂNCIA DE INDICADORES DE GESTÃO

Este capítulo aborda a relevância de indicadores de gestão. Indicadores são tratados

como termômetros momentâneos que traduzem números em informações para seus gestores.

Segundo Merico (1997) e Hammond et al. (1995), o conceito indicador origina-se do

latim indicare, que significa anunciar, tornar público, estimar.

Toda a empresa deveria conter um medidor de desempenho. Esse medidor é chamado

de indicador. Ele deverá fomentar o gestor, administrador, os sócios e proprietários a atual

situação de sua empresa. Esses indicadores medem, por meio de números, informações

relevantes do comportamento das áreas: operacional, comercial e financeira da empresa. Com

finalidade de indicar falha, erros que devem ter uma melhor atenção da empresa com objetivo

de reverter resultados e não comprometer um todo, que é a própria empresa.

Em algumas atividades empresariais já existem indicadores de gestão, mas em outras

ainda não existem. No caso das pet shops, os indicadores de gestão ainda não estão definidos

por se tratar de um ramo de negócio ainda novo, mas muitas empresas da área estão adotando

indicadores de varejo devido à semelhança e identificação com essa área.

3.1 Conceito de indicadores

Cave et. al (1997) definem indicador de desempenho como uma medida usualmente

quantitativa. A respeito de um objeto de interesse, que se diferencia de indicadores gerais pelo

fato de ter um ponto de referência ou meta, a partir do qual o desempenho é avaliado. Ou seja,

um indicador de desempenho é concebido para apresentar os valores e confrontá-los com um

padrão esperado.

O indicador é uma medida, de ordem quantitativa ou qualitativa, dotada de

significado particular e utilizada para organizar e captar as informações relevantes dos

elementos que compõem o objeto da observação. É um recurso metodológico que informa

empiricamente sobre a evolução do aspecto observado.

Segundo a ABCQ (Associação Brasileira de Controle da Qualidade, 2016),

organização não governamental, sem fins de lucro, dedicada à Qualidade desde 1974,

indicadores, ou Balanced ScoreCards, como são conhecidos atualmente, representam de

forma quantitativa, dentro de uma organização, a evolução e o desempenho dos seus

negócios, qualidade dos produtos e serviços, participação e motivação de seus colaboradores.

35

Os indicadores financeiros possibilitam ao gestor extrair um grande número de

informações a respeito da situação do empreendimento, bem como identificar os seus pontos

fortes e encontrar meios de sanar seus pontos fracos. (CARVALHO, SANTOS E RÊGO,

2010).

No sistema de medição de desempenho devem ser consideradas medidas internas e

externas à organização, financeiras e não financeiras, sem perder o foco estratégico. Para as

tomadas de decisões são utilizados maior número de variáveis enfatizando indicadores como:

satisfação de clientes, qualidade dos produtos, participação no mercado, retenção de clientes,

fidelidade dos clientes, inovação, habilidades estratégicas, entre outros. (SILVA,

PAMPLONA e BORNIA, 2006).

A pesquisa de indicadores observou que em outros setores da economia, como, por

exemplo, o de hotelaria e seguradoras, já existem indicadores de desempenho. Callado (2008)

estudou, na área de hotelaria, indicadores de desempenho em três dimensões: dimensão

econômica e financeira, mercadológica e desempenho de qualidade. A primeira dimensão

compreende o aspecto financeiro e as duas últimas, aspectos não financeiros. No aspecto

financeiro, foram desenvolvidos indicadores específicos para a área, tais como o Revenue per

Available Rom (RevPar) – receita por UH disponível e o Gross Operating Profit (GOP) que

não mais é doque o Ebitda – lucro antes dos juros, impostos, depreciação, e amortização.O

primeiro trata-se do índice obtido multiplicando-se diretamente a taxa de ocupação anual pela

diária média. O GOP é a taxa de lucro operacional bruto. É o índice que mensura o

crescimento das vendas e taxa de ocupação mínima para a manutenção ou lucro zero. Quando

Callado (2008) trata de indicadores não financeiros, aparecem os indicadores mercadológicos

(OCC - taxa de ocupação; evolução do número de clientes) e também desempenho da

qualidade dos produtos e serviços prestados (rotatividade de funcionários; número de

empregados por UH; tempo médio de permanência de clientes e taxa de retenção de clientes).

No setor varejista de vestuário, também existem indicadores de desempenho. Uma

pesquisa realizada no setor varejista de vestuário, mostrou que os conjuntos de indicadores

mais frequentes. Foram relacionados os seguintes indicadores para o setor:

1. Aspectos relacionados com a demanda

2. Aspectos relacionados com recursos físicos

3. Aspectos relacionados com a direção da organização

4. Aspectos relacionados à qualidade dos produtos

5. Aspectos econômicos e financeiros

36

6. Aspectos relacionados aos acionistas e/ou proprietários

7. Aspectos relacionados com os clientes

8. Planos e objetivos

9. Aspectos relacionados com qualidade e eficiência dos fornecedores

10. Aspectos relacionados com qualidade e eficiência nos processos

11. Aspectos relacionados com análise da concorrência

12. Aspectos relacionados à propaganda e marketing

13. Aspectos relacionados com políticas de desenvolvimento dos funcionários

14. Aspectos relacionados com a estrutura organizacional

15. Aspectos relacionados com o meio ambiente

16. Aspectos relacionados com parcerias

17. Aspectos relacionados à sociedade em geral

A pesquisa demonstrou que esses indicadores são aqueles ligados à demanda; os

indicadores menos frequentes são aqueles ligados com o meio ambiente.

3.2.1 Indicadores para análise das demonstrações contábeis financeiras

As demonstrações contábeis financeiras podem representar desempenho contábil

financeiro de empresas, desde que seja realizada a análise quantitativa das informações, para

contribuir com a gestão empresarial ou para possibilitar informações a terceiros.

3.2 Indicadores contábeis financeiros

Tavares Filho (2006, p. 74) afirma que a Governança Corporativa “representa uma

poderosa ferramenta capaz de alavancar, satisfatoriamente, o desempenho econômico

financeiro das empresas”. Para o autor, em virtude de as empresas fazerem parte dos níveis

diferenciados de governança corporativa, assumem o compromisso de serem mais

transparentes e adotarem outras práticas adicionais de governança, comprometendo-se a uma

postura mais proativa para melhora do desempenho, já que os resultados estarão

disponibilizados ao mercado, culminando em variações de desempenho que podem ser

avaliadas por meio dos indicadores de rentabilidade. Esses indicadores traduzem informações

importantes de desempenho financeiro.

37

O uso de indicadores para análise de empresas é uma ferramenta bastante útil, tanto

que Iudícibus (2010) afirma que técnica de análise financeira por quocientes é um dos mais

importantes desenvolvimentos da contabilidade. Para a utilização dos indicadores financeiros

extraídos da contabilidade, é preciso promover uma contabilidade confiável, transparente,

respeitando as regras e normas contábeis vigentes na lei e as normas internacionais de

contabilidade definidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). O desrespeito às

informações contábeis, e a não adoção de regras e normas estabelecidas pelo Conselho

Federal de Contabilidade (CFC) e normas internacionais de contabilidade, inviabilizam a

análise financeira de qualquer empresa, trazendo prejuízos significativos à administração, pois

não representa a verdadeira situação econômica da empresa. Sendo assim, para uma apuração

correta, transparente e verdadeira é preciso antes ter uma contabilidade real, com informações

precisas e confiáveis e suas demonstrações contábeis elaboradas com base nos procedimentos

aceitos e vigentes.

Silva e Leal (2005) usaram análise em painel em empresas brasileiras, além da criação

de um Índice de Governança Corporativa para atribuir o nível de governança às empresas.Eles

constataram que as empresas com melhores práticas de governança corporativa possuíam um

ROA estatisticamente superior.

3.3 Indicadores financeiros, contábeis e não financeiros

Matarazzo (2003), Silva (2013), Iudícibus (2010) e Assaf Neto (2012) apresentam as

principais análises financeiras e contábeis aplicadas às empresas que medem o desempenho,

tanto em relação ao próprio desenvolvimento, quanto ao desenvolvimento da área em que

aquela atividade empresarial esteja inserida.

3.3.1 Índices de liquidez

Segundo Matarazzo (2003), os índices de liquidez avaliam e analisam a capacidade de

pagamento da empresa frente a suas obrigações. Há significativa importância para a

administração da continuidade da empresa, as variações desses índices devem ser motivos de

estudos para os gestores. As informações para apresentação desses índices são retiradas do

Balanço patrimonial e da demonstração do resultado do exercício. São três os índices de

liquidez apresentados nesta pesquisa: liquidez geral, liquidez corrente e liquidez seca.

38

Liquidez geral: para Silva (2013), Assaf Neto (2012) e Matarazzo (2010) o índice

aponta quanto a empresa possui em dinheiro, bens e direitos realizáveis a curto e longo prazo.

Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / Passivo Total

Quadro 2 – Fórmula do índice de liquidez geral.

Fonte: Silva, 2013, Assaf, 2012, Matarazzo, 2010.

Resultados:

Maior que 1: resultado que demonstra folga no disponível para uma possível

liquidação das obrigações;

Se igual a 1: os valores dos direitos e obrigações a curto e longo prazo são

equivalentes;

Se menor que 1: não haveria disponibilidade suficiente para quitar as

obrigações a curto e longo prazo, caso fosse preciso.

Resultado: quanto maior melhor.

Liquidez corrente: Iudícibus (2010), Silva (2013) e Assaf Neto (2012) e Matarazzo

(2010), na sua definição de liquidez corrente, retratam o indicador para avaliar a capacidade

de pagamento no curto prazo, demonstra o quanto existem de bens e direitos que poderão ser

transformados em dinheiro, capazes de saldar as dívidas no curto prazo.

Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante

Quadro 3 – Fórmula do índice de liquidez corrente.

Fonte: Iudícibus, 2010, Silva, 2013, Neto, 2012

Resultados obtidos:

Maior que 1: resultado que demonstra disponível para uma possível liquidação

das obrigações;

Se igual a 1: os valores dos direitos e obrigações a curto prazo são

equivalentes;

Se menor que 1: não haveria disponibilidade suficientes para quitar as

obrigações a curto prazo, caso fosse preciso.

Método de comparação com outras organizações e períodos: quanto maior

melhor.

39

Liquidez seca: Iudícibus (2010) e Matarazzo (2010), em sua obra Análise de

Balanços, apresenta os indicadores contábil/financeiros. O índice de liquidez seca, é similar

ao índice de liquidez corrente. A única diferença é devido à exclusão dos estoques no ativo

circulante da empresa. Um índice de liquidez seca baixo pode indicar que o volume dos

estoques está relativamente elevado.

Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante

Quadro 4– Fórmula do índice de liquidez seca.

Fonte: Iudícíbus, 2010, Matarazzo, 2010

Como avaliar os resultados obtidos:

Maior que 1: resultado que demonstra disponível para uma possível liquidação

das obrigações;

Se igual a 1: os valores dos direitos e obrigações a curto prazo são equivalentes;

Se menor que 1: não haveria disponibilidade suficientes para quitar as obrigações a

curto prazo, caso fosse preciso.

Método de comparação com outras organizações e períodos: quanto maior melhor.

3.3.2 Indicadores de lucratividade

Para Silva (2013), Matarazzo (2003), os indicares de lucratividade avaliam o lucro das

organizações em relação ao faturamento. Os dois indicadores mais utilizados são:margem

bruta e margem líquida.

Margem bruta: Matarazzo (2010) e Silva (2013) retratam a margem bruta ou lucro

bruto. O cálculo mede o percentual que sobrou das vendas ou faturamento menos o custo das

respectivas mercadorias vendidas. É importante analisar a evolução do lucro bruto de um

período para outro e, se for o caso, fazer ajustes necessários.

Margem Bruta = [(Vendas – Custo das Mercadorias Vendidas) / Vendas] x 100

Quadro 5 - Fórmula da margem bruta.

Fonte: Matarazzo, 2010, Silva, 2013

40

Resultados obtidos:

Comparação com outras organizações e períodos: Quanto maior melhor.

Margem líquida: Silva (2013), Assaf Neto (2012) e Matarazzo (2010) informam em

sua obra a definição de margem líquida como o percentual que restou das vendas menos os

custos das mercadorias vendidas (CMV) e despesas variáveis e fixas. É importante analisar a

evolução do lucro líquido de um período para outro e, se for o caso, fazer ajustes necessários.

Margem Líquida = [(Vendas – CMV – Despesas Variáveis e Fixas) / Vendas] x 100

Quadro 6 - Fórmula da margem líquida

Fonte: Silva, 2013, Assaf Neto, 2012, Matarazzo, 2010

Resultados obtidos:

Método de comparação com outras organizações e períodos: Quanto maior

melhor.

3.3.3 Indicadores de rentabilidade

Em relação aos índices de rentabilidade, Silva (2013) e Matarazzo (2010) relatam os

indicadores de rentabilidade. Eles evidenciam o quanto renderam os investimentos efetuados

pelas e organizações. A rentabilidade pode ser entendida como o grau de remuneração de um

negócio. Apresenta-se os indicadores de rentabilidade utilizados na pesquisa:

Rentabilidade do ativo: Em sua obra, Silva (2013) traz um indicador muito útil para

acompanhamento da evolução ao longo do tempo nas organizações. Sua medição é feita por

meio da porcentagem resultante do lucro líquido pelo ativo total.

Rentabilidade do ativo = (Lucro Líquido / Ativo Total) x 100

Quadro 7 – Fórmula da rentabilidade do ativo

Fonte: Silva, 2013

Resultados obtidos:

Quanto maior melhor.

Giro do ativo: Matarazzo (2010), informa que o giro do ativo é o indicador que

relaciona o total das vendas produzidas com o ativo da empresa. Mostra quantas vezes o ativo

girou no período. Corresponde a um índice de eficiência no uso dos ativos.

41

Giro do ativo = (Receita de vendas / Ativo Total) x 100

Quadro 8 – Fórmula do giro do ativo

Fonte: Matarazzo, 2010

Como avaliar os resultados obtidos:

Quanto maior melhor.

Rentabilidade do patrimônio líquido: Matarazzo (2010) e Silva (2013) informam,

em sua obra, o índice que media a rentabilidade do patrimônio líquido. Esse indicador

apresenta o percentual de lucro líquido ou prejuízo líquido auferido relacionado ao montante

total aplicado pelos acionistas.

Rentabilidade do patrimônio líquido = (Lucro Líquido / Patrimônio Líquido) x 100

Quadro 9 – Fórmula da rentabilidade do ativo

Fonte: Matarazzo, 2010, Silva, 2013

Resultados obtidos:

Quanto maior melhor.

3.3.4 Indicadores de estrutura de capital

Os Indicadores de estrutura de capital são apresentados relacionando-se os valores do

capital (próprio e de terceiros) em relação ao montante de recursos aplicados (Ativo). No que

se diz respeito a análise e tomada de decisões das estruturas de capital, são considerados

somente os fundos permanentes e de longo prazo. A seguir, nas figuras 8 e 9, são

apresentados os principais indicadores de estrutura a serem obtidos na análise dos

demonstrativos contábeis das organizações.

42

Figura 8: Estrutura de Capital Simplificado

Fonte: Vendruscolo, s.d.

Figura9: Estrutura de Capital Detalhada

Fonte: Vendruscolo, s.d.

Participação de capitais de terceiros: Assaf Neto (2012) retrata, em sua obra,

indicador de participação de capital de terceiros. O indicador, conforme quadro 10, demonstra

o percentual de capital de terceiros investido na organização em relação ao capital próprio.

Participação de capitais de terceiros = (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante) x 100

Patrimônio Líquido

Quadro 10 – Fórmula da participação de capitais de terceiro.

43

Fonte: Assaf Neto, 2012

Resultados obtidos:

Quanto menor melhor.

Grau de endividamento geral: Iudícibus (2010), em sua obra, relata sobre Grau de

Endividamento. Esse indicador revela qual o percentual de obrigações de curto e longo prazo

em relação ao ativo total. Em outras palavras, o endividamento total.

Grau de endividamento = (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante) x 100

Ativo Total

Quadro 11 – Fórmula do grau de endividamento Geral.

Fonte: Iudícibus, 2010

Resultados obtidos:

Quanto menor melhor.

Composição de endividamento de curto prazo: Silva (2013) indica qual o

percentual de obrigações de curto prazo (com vencimento de até um ano) em relação às

obrigações totais.

Composição de endividamento = Passivo Circulante x 100

(Passivo Circulante + Passivo Não Circulante)

Quadro 12 – Fórmula da composição de endividamento de curto prazo.

Fonte: Silva, 2013

Como avaliar os resultados obtidos:

Quanto menor melhor.

Imobilização do patrimônio líquido: Assaf Neto (2012) revela o percentual do

patrimônio líquido aplicado no ativo não circulante.

Imobilização do patrimônio líquido = (Ativo não Circulante / Patrimônio líquido) x 100

Quadro 13 – Fórmula da imobilização do patrimônio líquido.

Fonte: Assaf Neto

Resultados obtidos:

Quanto menor melhor.

44

Imobilização sobre recursos não correntes: Matarazzo (2010) indica o percentual de

recursos não correntes aplicados no ativo não circulante.

Imobilização Recursos não Correntes = Ativo não Circulante x100

(Patrimônio Líquido + Passivo Não Circulante)

Quadro 14 – Fórmula da imobilização sobre recursos não correntes.

Fonte: Matarazzo, 2010

Resultados obtidos:

Método de comparação com outras organizações e períodos: Quanto menor melhor.

3.3.5 Fator de insolvência ou termômetro de Kanitz

Fator de insolvência, ou termômetro de Kanitz, é um instrumento utilizado para prever

a possibilidade de falência de organizações. A sua utilização tem sido, via de regra, relativa a

empresas isoladas. Procura-se analisar se determinada empresa tem possibilidade ou não de

falir, principalmente em curto prazo.

F. Insolvência = [(RPL / 100) x 0,05] + (LG x 1,65) + (LS x 3,55) – (LC x 1,06) – [(GE / 100)

x 0,33]

Quadro 15 – Fórmula do Fator de insolvência.

Fonte: Matarazzo, 2010

RPL – Rentabilidade do Patrimônio Líquido;

LG – Liquidez Geral;

LS – Liquidez Seca;

LC – Liquidez Corrente;

GE – Grau de Endividamento;

Interpretação dos resultados

Maior que 0 (zero): a empresa está em condições de

solvência. Risco de falência é muito pequeno.

Menor que 0 (zero) até -3: a empresa está na região de

penumbra, situação de perigo, exige muita atenção para evitar

a falência.

45

Menor que -3 até -7: a empresa está em condições de

insolvência, existindo grande possibilidade de falência.

3.4 Indicadores não financeiros

3.4.1 Indicadores operacionais e comerciais

Os indicadores não financeiros indicam resultados operacionais e comerciais.

Gonçalves (2002) ressalta que todas as empresas, de um modo geral, necessitam de um

sistema de avaliação de desempenho, uma vez que a realização contínua do processo de

avaliação permite que a empresa conheça a eficiência e a eficácia de suas ações, bem como o

comportamento das pessoas, os processos e os programas da organização.

Marr e Schiuma (2003) destacam que medição de desempenho organizacional está

tanto no foco dos gestores de negócios quanto para os acadêmicos, necessariamente tem uma

natureza multicriterial e multidisciplinar.

De acordo com Neely (1998), o processo de mensurar a eficiência e efetividade de

ações passadas, por meio de coleta de informações, classificação e análise, interpretação dos

dados, gera resultados importantes para uma correta tomada de decisão.

Segundo Miranda et. al. (2002), a literatura tem mostrado que, no passado, as

empresas tomavam decisões baseadas apenas em informações financeiras, obtidas por meio

da contabilidade das empresas. Entretanto, atualmente, as tomadas de decisões envolvem

maior número de variáveis, exigindo grande preocupação entre os gestores com indicadores

como: satisfação de clientes, qualidade dos produtos, participação no mercado, retenção de

clientes, fidelidade dos clientes, inovação, habilidades estratégicas, entre outros.

Banker, Potter e Srinivasan (2000) apresentam que as medidas não financeiras são

melhores indicadores de medidas de desempenho futuro que as medidas financeiras, uma vez

que as medidas não financeiras auxiliam os gestores a focarem suas ações em perspectivas de

longo prazo.

Zilber e Fischmann (2002) ressaltam que os indicadores de desempenho permitem

verificar a propriedade com que as decisões foram tomadas e, eventualmente, corrigir e

readequar o processo vigente de gestão.

Os autores Zilber e Fischmann destacam como indicadores operacionais:

1. Quebras e perdas: mostra prejuízo por setor;

46

2. Despesas: indica o que está dentro ou fora do orçado por setor;

3. Produtividade/funcionário: revela o grau de eficiência da mão de obra;

4. Tíquete médio: apresenta o gasto médio por compra efetuada;

5. Vendas por setor: expõe o que está dentro ou fora do planejado;

6. Itens por cupom: aponta a amplitude da cesta de compra;

7. Manutenção: mostra o nível de gastos com manutenção em relação ao valor em R$

vendido.

Em relação a indicadores comerciais destacam-se:

1. Margem comercial: indica a diferença entre o custo da mercadoria vendida e a

receita de vendas;

2. Estoque: mostra se os níveis estão acima do apropriado, gerando excedentes, ou

abaixo, gerando ruptura;

3. Resultado por categoria: revela a margem comercial de cada categoria, para

cada comprador;

4. Quebras por vencimento: apresenta nível de produtos descartados por compra

errada;

5. Quebras por vencimento: apresenta nível de produtos descartados por compra

errada;

6. Acordos comerciais: expõe total de bonificações, descontos em duplicatas e

demais verbas oriundas de negociações;

7. Ruptura por setor: aponta o nível de falta de produtos por compra errada;

8. Eficiência fornecedor: avalia o atendimento de pedido e prazo de entrega.

47

CAPÍTULO 4 - METODOLOGIA

Este capítulo aborda a metodologia utilizada nesta pesquisa. No trabalho, inicialmente,

foi apresentada a pesquisa bibliográfica e exploratória, posteriormente, estudo comparativo

dos softwares da PetMoura e da Totvs, estudo de caso sobre a empresa Petz.

A metodologia do trabalho científico consiste em etapas e fontes de uma pesquisa. A

pesquisa tem uma identificação exploratória, isto é, tem por objetivo aprofundar no tema, sem

se preocupar com a quantidade de informação. O principal objetivo desta modalidade de

pesquisa é explorar, aprofundar o tema da pesquisa.

4.1 Pesquisa exploratória

A pesquisa exploratória foi realizada para identificar a existência ou não, de indicares

financeiros e não financeiros próprios para a gestão e governança de empresas varejistas de

pet shop.

Inicialmente foi realizada pesquisa bibliográfica. Para a elaboração da pesquisa, foi

realizada pesquisa nos sites Google Acadêmico, Scielo, Redalyc, Scimago, Spell, nos idiomas

português, inglês e espanhol; busca de artigos e publicações na área, mas não foi identificada

a existência de publicação sobre indicadores de governança em pet shops. Também foram

pesquisadas, nos sites de pesquisa acadêmica, as diferenças entre Gestão e Governança

Corporativa, evidenciando e enfatizando a importância da Governança Corporativa para as

Empresas. Além da pesquisa nos livros, artigos e nos sites que hospedam os principais

trabalhos científicos, foi realizada uma visita ao CRMVSP (Conselho Regional de Medicina

Veterinária do Estado de São Paulo), com o objetivo de localizar publicações e estudos acerca

do tema desta pesquisa e também nada foi localizado.

O pesquisador visitou a Feira Pet South América 2015, realizada no Expo Center

Norte, na cidade de São Paulo, nos dias 27, 28 e 29 de outubro de 2015. Na feira, o

pesquisador observou várias empresas que ora se apresentavam e duas das empresas

chamaram a atenção do pesquisador. Essas empresas foram a PetMoura e Totvs; ambas de

tecnologia e sistemas ERP. Também constava presença do Conselho Regional de Medicina

Veterinária do Estado de São Paulo – CRMVSP. Estavam presentes algumas pesquisas

48

voltadas a pet shop, todas focadas em Farmacologia e Medicina Veterinária. Não foi

registrada nenhuma apresentação de trabalho voltado à Administração.

4.2 Estudo comparativo

Durante a visita à Feira Pet South América 2015, foram identificadas duas empresas

de softwares voltados para os negócios de empresas de pet shop. Foi realizado um estudo dos

sistemas de informação PetMoura e Totvs. O estudo contemplou analisar, estudar e definir os

melhores indicadores de governança e gestão disponíveis em cada um deles e propor a criação

ou identificação de ferramentas, em separado, de indicadores de governança corporativa e um

outro menu de ferramentas e indicadores de gestão. Os indicadores de governança sempre

devem estar associados com os objetivos da governança corporativa que são: transparência,

equidade, responsabilidade e prestação de contas, focando sempre na perpetuidade da empresa

e facilidades para uma eventual sucessão de propriedade, quer por herança quer por

transferência de direitos entre os atuais proprietários e novos proprietários.

Foi realizado um estudo comparativo entre dois sistemas ERP: um, da PetMoura e,

outro, da Totvs. Esses sistemas são utilizados por várias empresas de pet shop em todo o

Brasil e trazem importantes informações para os seus proprietários. Foram avaliadas

informações sobre gestão e governança corporativa contidas nos dois sistemas.

A análise dos sistemas foi feita por meio de um questionário aplicado a uma empresa

do ramo de pet shop de grande movimentação de serviços e venda de produtos, onde os

princípios de Governança Corporativa sejam fundamentais para seu crescimento como

empresa e sua credibilidade para o mercado consumidor. Esse questionário contém 15

questões. As questões são de forma aberta, o que permite à empresa entrevistada dar sua

resposta sem limitação e outras questões fechadas, limitando a resposta.

A Petz foi a empresa pesquisada. A análise teve o objetivo de identificar a existência

ou não de indicadores financeiros e não financeiros. Este levantamento tece o objetivo de

auxiliar na construção do objetivo do trabalho, que consiste em propor indicadores financeiros

e não financeiros para utilizar na gestão e na governança corporativa das empresas de varejo

de pet shop.

A empresa entrevistada tem grande relevância no mercado de pet shop e no cenário

empresarial. São pontos relevantes:

é uma das duas maiores redes de pet shop na cidade de São Paulo e no Brasil;

49

a única pet shop do Brasil que possui em sua estrutura administrativa uma

academia de formação de gestores pets ;

crescimento anual constante, mesmo em período com crise econômica com

inauguração de novas lojas todos os anos.

50

Quadro 16 – Síntese Metodológica e Matriz de Amarração

Componentes Descrição e orientações metodológicas

Introdução O propósito deste trabalho é apresentar proposta de indicadores de governança

corporativa para empresa de varejo no segmento de pet shop.

Objetivos Geral Identificar indicadores de gestão e governança

corporativa utilizados pelas empresas de Pet shop e

com base na pesquisa propor indicadores mínismo

para a gestão e para a governança corportiva..

Específico Verificar a utilização dos indicadores financeiros e não

financeiros disponíveis nos softwares das empresas

PetMoura e Totvs e os utilizados na empresa Petz.

Relevância 3º. Maior mercado do mundo – perde apenas para os Estados Unidos e o

Reino Unido

Justificativa contribuir no planejamento econômico financeiro do setor, desenvolver políticas

internas e buscar um melhor conhecimento das necessidades e possíveis falhas

existentes.

Objeto de estudo Empresas de varejo no ramo de Pet shop, com estudo de caso sobre a empresa

Petz.e os softwares PetMoura e Totvs.

Problematização

da pesquisa

Quais indicadores financeiros e não financeiros são relevantes para a Gestão e para

a Governança Corporativa em empresas de varejo de Pet Shop?

Delimitação Analisar dois sistemas de informação utilizados em pet shop, e verificar os

indicadores financeiros e não financeiros utilizados para a gestão e para a

governança corporativa.

Natureza da

pesquisa

Qualitativa

Será utilizada a natureza

qualitativa, buscando analisar

com detalhes cada uma delas a

aplicação ou não da Governança

Corporativa.

Construtos A pesquisa foi desenvolvida por meio das seguintes etapas:

1 – identificação do que seria uma empresa de Pet shop;

2 – Histórico das Empresas de Pet shop na Cidade de São Paulo;

3 – Busca de informações relevantes do setor junto a Abinpet;

4 – Participação em feira;

5 – Busca de artigos, livros e publicações sobre o tema;

6 – Identificação do potencial de crescimento do setor.

Motivação Falta de estudos e publicações sobre Governança em Empresas de Pet shop.

Contribuição

social da

pesquisa

Apresentar indicadores financeiros e não financeiros indispensáveis para a

Governança Corporativa nas empresas de varejo de pet shop.

Contribuição

acadêmica da

pesquisa

Abertura de um novo tema de estudo, com pesquisa para interessados na

área de Governança em Pet shop.

Metodologia

Dados Dados primários e secundários. Os dados primários foram levantados de

empresas de Pet shop, artigos e livros de Governança Corporativa e os dados

secundários por meio da Abinpet e feiras.

Amostra e

Critérios de

seleção

A amostra são dois softwares (PetMoura e Totvs) para empresas de varejo

de pet shop. A motivação da escolha foi devido ao fato destes dois softwares

estarem presente na feira internacional do setor ocorrida em São Paulo no

ano de 2015. A pesquisa de campo foi realizada na empresa Petz devido a

sua importância econômica dentro do setor de varejo de pet shop.

Método de

investigação

científica

Exploratória

51

Tipo de pesquisa Pesquisa dos indicadores financeiros e não financeiros disponíveis nos

softwares da PetMoura e Totvs que contribuem para a Governança

Corporativa das empresas de varejo de Pet shop

Período de

realização da

pesquisa

A pesquisa foi dividida em dois momentos:

1º. Momento: Pesquisa metodológica: de agosto/2014 a novembro/2016 –

busca de informações sobre o setor, pesquisa bibliográfica e feira

2º. Momento: setembro/2016 a novembro/2016 – pesquisa de campo com

aplicação do questionário junto a Empresa Petz.

Referencial

teórico

Referencial

Teórico -

principais

autores

pesquisados

ACCA. The Association of Chartered Accountants Certified. Governance for all:

the implementation challenge for SMEs. London, UK: ACCA Global, 2015.

Andrade, A; Rosseti, J.P. Governança Corporativa. São Paulo: Editora Atlas, 2012

ANDRADE, A.; ROSSETTI, J. P. Governança Corporativa. São Paulo: Atlas,

2004.

BERNHOEFT, Renato; GALLO, Miguel. Governança corporativa na empresa

familiar:gestão, poder e sucessão. 3. ed.São Paulo:Campus,2003.

BLAIR, M. M. Ownership and control: rethinking corporate governance for the

twenty-first century. Washington: Bookings Institutions, 1995. EUROFOUND

(European Foundation for the Improvement of Living and Working Conditions).

Europe at work: better life and opportunities for all. Dublin/Ireland. Four-year

work programm: 2009-2012. VI Encontro de Estudos Organizacionais da ANPAD,

Florianópolis/SC, 23 a 25 de maio de 2010.

IBGC. Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Código das melhores

práticas de governança corporativa. São Paulo: IBGC, 2009.

LODI, J. B. Governança Corporativa: O governo da empresa e o conselho. Rio de

Janeiro: Campus, 2000.

MARR, B.; SCHIUMA, G. Business Performance Measurement – past, present and

future. Management Decision, v. 41, n. 8, p. 608-687, 2003.

MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balanços. Editora Atlas, 6ª

edição,

São Paulo, 2003.

MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da Administração: da escola científica à

competitividade na economia globalizada. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2000.

MERICO, L. F. K. Proposta metodológica de avaliação do desenvolvimento

econômico na região do Vale do Itajaí (SC) através de indicadores ambientais.

Revista Dynamis, v. 5, n.19, p. 59-67, 1997.

MINTZBERG, H., 1988, "Strategy-Making in Three Modes" in The Strategic

Process-concepts, contexts and cases, QUINN, James Brian; MINTZBERG, H.;

JAMES R. M., (Ed.), Prentice-Hall Inc.

MIRANDA. L. C. e SILVA, J.D.G. Medição de esempenho.In: SCHMIDT, Paulo

(Org.). Controladoria: Agregando Valor para a Empresa. Porto Alegre: Bookman,

2002.

NEELY, A. Measuring business performance. London: The Economist Books,

1998.

52

SILVA, M. A. C. da; ARAUJO, G. C.; VAZ, T. R. D. Gestão por Competências

como Estratégia de Mudança Organizacional. In: SIMPÓI 2009, 2009, São

Paulo.

SILVEIRA,Alexandre Di Miceli.Governança corporativa e estrutura de

propriedade:determinantes e relação com o desempenho das empresas no

Brasil.2004.250f.Tese(Doutorado em administração)-Universidade de São Paulo.

VIEIRA, E. F.; VIEIRA, M. M. F. Estrutura Organizacional e Gestão do

Desempenho nas Universidades Federais Brasileiras. Revista de Administração

Pública (Impresso), Rio de Janeiro, v. 37, n.4, p. 899-920, 2003.

Quadro 16: Síntese metodológica e matriz de amarração.

Baseado em:TAKAHASHI, 2009 e TELLES, 2001.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2016.

53

CAPÍTULO 5 - ESTUDO DE CASO E ESTUDO COMPARATIVOS DOS

SOFTWARES

O capítulo que tem início trata-se de um estudo comparativo entre dois softwares

desenvolvidos para atender a administração de empresas do ramo de pet shop. As empresas

em questão são a PetMoura e a Totvs. Essas empresas foram escolhidas pelo fato de serem as

únicas duas empresas presentes na Feira Internacional de Pet shop, ocorrida em 2015, na

cidade de São Paulo. Nessa feira, o pesquisador observou que as duas empresas possuem

carteira de clientes em todo o Brasil.

O capítulo aborda, ainda, informações relevantes nos sistemas que possibilitam a construção

de indicadores. Estas informações compreendem a aspectos financeiros, operacionais e comerciais.

Assim a pesquisa passará a relatar os dois sistemas de forma individualizada.

5.1 PetMoura

5.1.1 Concepção do Sistema PetMoura

O sistema da PetMoura permite multiloja (cadastro de mais de uma loja), com banco

de dados na internet, facilitando o acesso do pet shop de qualquer lugar coberto pelo sinal de

internet em banco de dados em ambiente virtual on line, nuvem (cloud computing), ou seja,

colocar o servidor na internet ou simplesmente ligados a um servidor na própria empresa ou

mesmo ter um servidor local. O acesso será por meio de um computador, tablet ou celular de

qualquer navegador.

O sistema permite:

cadastro do proprietário e animal;

cadastro de atendimento;

agenda de serviços;

controle de vacinas e vermífugos;

controle de consultas;

cadastro do exame clínico do animal;

pacote de serviços;

controle do criador;

controle de check-in;

relatórios de comissão;

relação de serviços pagos e não concluídos;

54

estoque a granel;

cadastro de filiação de animais;

envio de SMS para o proprietário;

controle de jazido para animais;

controle de hospedagem de hotéis para animais.

5.1.2 Módulos:

O sistema PetMoura é composto pelos seguintes Módulos:

Cadastro de proprietário e animal: Esse módulo permite ao pet shop

cadastrar o proprietário e o animal. É possível cadastrar mais de um animal por

proprietário. É a primeira etapa do sistema da PetMoura.

Cadastro de atendimento: O cadastro de atendimento permite inserir os dados

de todo o atendimento realizado no pet shop. Além de registrar o módulo,

permite informar o histórico de atendimentos realizados.

Agenda de serviços: Contém cada serviço realizado no animal (consulta,

banho, tosa) e possibilita ser agendadas as atividades para garantir a satisfação

do cliente e a otimização dos serviços. Caso o pet shop tenha outras unidades,

esse agendamento poderá ser muito útil para permitir sua otimização, ou seja,

controlar e distribuir serviços por unidades, evitando filas de esperas ou

descarte de cliente desnecessariamente.

Controle de vacinas e vermífugos: O módulo Controle de vacinas e

vermífugos permite ao pet shop manter em seu banco de dados as vacinas

aplicadas e, também, o calendário de vacinas por animais, com a finalidade de

informar ao seu proprietário suas necessidades de aplicação no momento

correto.

55

Controle de consultas: Permite ao pet shop manter, em seu banco de dados,

todas as consultas realizadas pelo animal junto ao veterinário, incluindo

medicação dada para cada sintoma.

Cadastro do exame clínico do animal: O sistema contém um cadastro do

exame clínico animal em seu banco de dados, com histórico dos resultados dos

exames de cada animal, para um comparativo futuros de exames.

Pacote de serviços: Esse módulo permite a realização do controle de pacotes

de serviços realizados. Por exemplo, quando um pet shop vende um pacote de

banho com dez seções, o sistema controla cada consumo do pacote, ou seja,

cada ida do animal ao banho, amortizando e controlando o crédito existente.

Controle do criador: Para aqueles pet shops que realizam a venda de animais,

o sistema disponibiliza um cadastro de filiação. Indica nome dos pais, local e

data de nascimento do animal e informações do pedigree.

Controle de check-in: O sistema da PetMoura disponibiliza para seus clientes

este módulo que tem por objetivo controlar os serviços a serem realizados por

um determinado animal. Assim, cada departamento do pet shop sinaliza no

controle de check-in as etapas que forem finalizadas. Dessa forma, qualquer

informação e dúvida de quais serviços foram realizados ou deixaram de ser

realizados estarão registrados nesse controle. Isso é muito importante quando o

pet shop tem muito serviço para um determinado dia e também para informar

ao cliente todos os serviços solicitados e realizados no animal. Também é uma

importante ferramenta de consulta histórica da realização de serviços.

Relatório de Comissão: Permite ao pet shop controlar e manter, em seu banco

de dados, os valores devidos e pagos de comissão a seus funcionários. Quando

o pet shop tem funcionários ou prestadores de serviços comissionados, essa

ferramenta registra toda movimentação de serviços comissionados e suas

devidas baixas, mediante pagamento.

56

Relação de serviços pagos e não concluídos: Da mesma forma que o relatório

de serviços prestados de forma comissionada, o relatório de serviços pagos e

não concluídos apresenta ao gestor da empresa de pet shop os valores pagos

antecipadamente a prestadores de serviços, de tal forma que sua baixa aconteça

no momento do encerramento por conclusão do serviço.

Estoque a granel: Quando o pet shop comercializa ração, a venda poderá ser

feita em pacotes fechados ou a granel. O sistema permite e controla toda a

venda a granel, identificando cada tipo de ração, validade e raça e tipo de

animal a que se destina. É muito utilizado em pet shops de pequeno porte.

Cadastro e filiação de animais: Permite o cadastro de informações como a

filiação do animal para eventual identificação e informação de características

pertinentes a uma determinada raça de animal.

Envio de SMS para o proprietário: Importante ferramenta do sistema. Com

base nas informações do proprietário, o pet shop gerencia as informações e

repassa aos responsáveis, tais como aviso de vacinas, promoções, eventos,

informações para o cliente e seu animal, bem como aviso de conclusão de

serviços prestados para que o proprietário possa ir apanhar seu animal de

estimação.

Controle de Jazido para animais: Ferramenta que permite facilitar serviços

de sepultamento ou cremação para o animal após a morte. Nessa ferramenta,

constam o local e os dados de animais que estejam compartilhando o jazido

com seu animal.

Controle de hospedagem de hotéis para animais: Quando o proprietário de um

animal necessita viajar e o local não permite a hospedagem de animais de estimação, o

proprietário deste animal tem a faculdade de hospedar em locais específicos para eles.

O sistema permite controlar o nome, horário do check-in, check-out e

informações importantes sobre a estadia desse animal.

57

5.2 Totvs

5.2.1 Concepção do Sistema Totvs

O sistema Totvs é bastante conhecido e utilizado por empresas de diversos segmentos.

Visando atender o mercado pet, foi desenvolvido um sistema específico para atender esse

ramo de empresas.

A Totvs desenvolveu o sistema 100% em ambientes virtuais on line, nuvem (cloud

computing). Isso quer dizer que o cliente não necessitará instalar programas. O cliente terá

acesso diretamente ao sistema por meio da internet, utilizando um computador, tablet ou

smartphone.

A Totvs denominou esse sistema como Totvs S1 Pet shop. O sistema é oferecido em

três pacotes. O primeiro, para 3 usuários. O segundo, para 10 usuários e o terceiro, para 30

usuário. Também permite a criação de perfil por usuário, evitando que informações

importantes sejam manipuladas por funcionários não autorizados. Assim, o sistema permite

que crie acessos determinados para as áreas de auxiliar, estoque, medicina veterinária. O

sistema atende a empresas de todo o território nacional. São características desse sistema:

5.2.2. Módulos:

Agenda: Permite programar atendimento com hora marcada a animais,

evitando espera desnecessária para os clientes.

Gestão clínica: Possibilita cadastrar prontuário do animal, patologias,

vacinação dada ao animal, vacinação a serem efetuadas, impressão de receitas

com 1 ou 2 vias e a logomarca do pet shop, envio para os proprietários dos

animais relatórios e resultados de vacinação e exames, exames clínicos, peso

do animal e outras informações importantes.

Gestão de documentos: permite incluir informações importantes como o

pedigree, com dados da filiação do animal, ração, cor, pelo e demais

informações importantes. Também permite a impressão de termos de

responsabilidade.

58

Gestão financeira: Permite controle do contas a pagar, pendência de

pagamentos, contas a receber e uma gestão básica de financeira do fluxo de

caixa do pet shop, emissão de cupom fiscal e impressão de nota fiscal

eletrônica.

Gestão de marketing: envia, através de SMS e e-mail, aviso de consultas,

vacinação, chegada de encomendas feita pelos clientes e propaganda do pet

shop para clientes e novos clientes.

Estoque: permite o controle de estoque do pet shop, inclusive quando oferece

venda de ração a granel. O sistema permite manter um estoque mínimo que

emitirá, ao gestor, aviso informando a necessidade de nova compra para

manter sempre um estoque para atender às necessidades de seus clientes, sem

que ocorra a falta desse produto no estabelecimento comercial.

Módulo de inteligência: esse recurso permite ao gestor do pet shop emitir

relatórios contendo: total de clientes cadastrados e atendidos, total de animais

cadastrados e atendidos, vendas no mês, valor das vendas por mês, relação dos

produtos mais vendidos.

5.3 Estudo de caso sobre a empresa Petz

5.3.1 Empresa Petz

A Petz é uma empresa S.A, de capital fechado. O seu fundador, Sr. Sérgio Zimerman,

inaugurou sua primeira loja em agosto de 2002. Hoje, possui 43 lojas distribuídas nos estados

de SP, RJ, GO, MG e DF. A Diretoria é composta por executivos vindos de grandes empresas

de varejo de grande porte como Grupo Pão de Açúcar (GPA), Ponto Frio (GPA), Walmart e

outras empresas consagradas no mercado de varejo. Na entrevista, a empresa informou que

utiliza ferramentas de gestão e governança corporativa por meio de três sistemas ERP. O

Tovs, o PetMoura e o Zanthus.

Um aspecto que chamou muita atenção desta pesquisa foi que a Petz implantou uma

academia de formação de gestores. Essa academia tem por objetivo preparar e qualificar

59

funcionários para a cultura da empresa, com aplicação de ferramentas administrativas para

gerir as mais diferentes áreas que compõem a empresa Petz. O intuito é formar colaboradores,

por meio dos conceitos de gestão e governança corporativa, definidos pela direção da

empresa. Esta academia irá de forma direta ou indireta desenvolver indicadores específicos de

gestão e governança corporativa, pois o que mede resultados ajuda a consolidação de um setor

no mercado.

5.3.2 Entrevista ao gestor da Petz

A seguir apresenta-se o questionário contendo 15 questões compostas por perguntas

abertas e questões fechadas. O questionário contém as respostas obtidas pela aplicação junto a

empresa entrevistada.

EMPRESA: Petz (Pet Center Comércio e Participações S.A.)

ENTREVISTADO: Bruna Costa

FUNÇÃO NA EMPRESA: Analista

DATA DA PESQUISA: 24/11/2016

01. Qual o ano de fundação da Empresa?

RESPOSTA: 2002

02. Por que a escolha pelo ramo de Pet shop?

RESPOSTA: Por haver uma identificação prévia do fundador com o segmento, além

do fato de o fundador ser um administrador e ter vislumbrado a grande perspectiva

positiva de mercado neste segmento.

03. Os sócios da empresa já foram sócios ou funcionários de empresas do segmento de pet

shop?

RESPOSTA: ( ) SIM (X) NÃO

04. Quantas filiais (lojas) a empresa possui?

RESPOSTA: 43

05. Em quais Estados a Empresa possui filial?

RESPOSTA: SP, RJ, DF, GO, MG

06. Como é feita a gestão?

60

( ) centralizada por loja (X) centralizada na holding ( ) outra forma. Neste caso,

explique.

07. A Empresa pertence a qual regime tributário?

( ) Simples Nacional ( ) Lucro presumido ( ) lucro real

(A Empresa optou em não responder a esta questão).

08. Quantos funcionários a empresa possui?

( ) até 10 ( ) de 11 a 50 ( ) 51 a 100 ( ) 101 a 150 ( ) 151 a 200 ( X ) mais de 200

09. Quem toma as decisões relativas a políticas, mercados, missão da empresa?

( ) gestor funcionário ( X ) gestor sócio.

10. Caso a resposta seja o gestor funcionário, esse gestor tem poderes limitados ou

ilimitados de responsabilidades? Como é determinado este poder de gestão?

RESPOSTA:___________________________________________________

11. Qual o sistema de informações utilizado pela empresa?

RESPOSTA: TOTVS, ZANTHUS, PETMOURA.

12. Por qual razão foi escolhido este sistema de informação?

RESPOSTA: Por serem sistemas muito utilizados no varejo.

13. Para tomada de decisões são utilizados quais indicadores (financeiros ou não

financeiros)?

RESPOSTA: indicadores da área de planejamento estratégico (B.I.), que controla

todos os números da empresa via informações dos sistemas cruzadas com informações

de arquivos de Excel inteligentes (nível avançado de elaboração).

14. Alguma sugestão de indicadores para que possa constar no sistema de informações

utilizado pela sua Empresa?

RESPOSTA: ( ) SIM ( X ) NÃO

15. Marque os indicadores importantes para tomada de decisão nas empresas de pet shop.

( ) liquidez imediata

( ) liquidez corrente

( ) Liquidez seca

( ) endividamento a curto prazo

( ) endividamento a longo prazo

( ) tempo médio do cliente na loja

61

( ) consumo médio por cliente/mês/loja

( ) consumo produtos x serviços por cliente

( ) melhor dia da semana em vendas

( ) melhor dia do mês em vendas

( ) produtos mais vendidos

( ) satisfação do cliente

( ) Os indicadores de Rentabilidade?

( ) Os indicadores de giro?

( ) Algum indicador de qualidade? Qual?_____________________________

( ) Indicadores relacionados a folha de pagamento? Qual?_____________________

( ) Tempo de atendimento?

( ) outros________________________________________________________

(A Empresa optou em não responder a esta questão).

Com base no questionário aplicado, verificou-se que o ponto forte para a abertura e

sucesso da empresa foi a identificação do negócio com seus sócios. O sócio-proprietário

mostrou-se uma pessoa bastante empreendedora e com grande visão de futuro. Para obter a

excelência na gestão de pet shops, o sócio-fundador procurou conhecer e estudar as grandes

redes existentes nos Estados Unidos e na Inglaterra, trazendo diferenciais que pudessem

alavancar o negócio e trazer um diferencial no mercado que, naquele momento, ainda estava

inicializando-se.

Também foi identificado que a gestão é presidida pelo sócio-fundador com o auxílio

da diretoria. A diretoria, que o auxilia nas tomadas de decisão, tem uma larga experiência em

grandes redes de varejo, contribuindo sempre para o crescimento da empresa e a prática dos

princípios da governança corporativa, que são a transparência, equidade, responsabilidade e

prestação de contas.

Em relação aos indicadores de governança corporativa para o setor de pet shops,

presente na resposta da questão 13, a empresa aplica indicadores da área de planejamento

estratégico (B.I). A resposta foi muito superficial, não deixando explícitos quais são esses

indicadores. A empresa informou que trata de informação interna para tomada de decisão e

que não poderia informar por questões de estratégias. A empresa informa, na questão 11, que

a escolha desses sistemas deve-se ao fato de serem apropriados à área de varejo.

A pesquisa identificou que a Empresa Petz utiliza para a formação de indicadores de

governança corporativa o Business Intelligence (BI). Trata-se de indicadores da área de

planejamento estratégico, que controla todos os números da empresa via informações dos

sistemas cruzadas com informações de arquivos de Excel inteligentes (nível avançado de

elaboração). Estas informações são combinações de informações de exercícios anteriores,

62

elaboradas com recursos estatísticos, produzindo possibilidades e cenários futuros para uma

correta tomada de decisões num atual momento.

5.3.3. Empresa de pet shop analisada

Para a realização da pesquisa, foi analisada uma empresa que utiliza o sistema da

PetMoura e o sistema da Totvs e, assim, conhecer os benefícios e as necessidades para cada

um dos sistemas ERP desenvolvidos para atender empresas do ramo de pet shop. A empresa

pesquisada foi a Petz, que possui 43 lojas distribuídas em cinco estados brasileiros.

Foi aplicado questionário com 15 perguntas, contendo questões abertas e questões

fechadas acerca da prática de Governança Corporativa por meio de indicadores disponíveis

nos sistemas ERP da PetMoura, da TOTVS.

A escolha dos sistemas acima mencionados deve-se ao fato de essas empresas estarem

presentes em uma importante feira internacional, a Feira Pet South América 2015, realizada

no Expo Center Norte na Cidade de São Paulo, nos dias 27, 28 e 29 de outubro de 2015.

A pesquisa não identificou nenhum indicador específico para empresas de pet shop.

Devido ao fato de a pesquisa ter constatado uma identificação das empresas de pet shop com

empresas do ramo varejista, apresenta esses indicadores. Eles estão informados no site da SM

(Supermercados Modernos, 2016) e estão relacionados .

OPERACIONAL

Quebras e perdas: Mostra prejuízo por setor ;

Despesas: Indica o que está dentro ou fora do orçado por setor;

Produtividade/funcionário: Revela o grau de eficiência da mão de obra ;

Tíquete médio: Apresenta o gasto médio por compra efetuada;

Vendas por setor: Expõe o que está dentro ou fora do planejado;

Itens por cupom: Aponta a amplitude da cesta de compra;

Manutenção: Mostra o nível de gastos com manutenção em relação ao valor em R$

vendido.

COMERCIAL

Margem comercial: Indica a diferença entre o custo da mercadoria vendida e a receita

de vendas;

Estoque: Mostra se os níveis estão acima do apropriado, gerando excedentes, ou

abaixo, gerando ruptura;

Resultado por categoria: Revela a margem comercial de cada categoria, para cada

comprador;

Quebras por vencimento: Apresenta nível de produtos descartados por compra errada;

63

Acordos comerciais: Expõe total de bonificações, descontos em duplicatas e demais

verbas oriundas de negociações;

Ruptura por setor: Aponta o nível de falta de produtos por compra errada;

Eficiência fornecedor: Avalia atendimento de pedido e prazo de entrega.

FINANCEIRO

Ciclo financeiro: Compara o prazo médio de pagamento com o prazo médio de

recebimento;

Cancelamento de cupons: Mede o risco de fraudes no cancelamento de cupons nos

check-outs;

Despesas e receitas com juros: Indica o nível de eficiência em captação/aplicação de

recursos no mercado

Conciliação de cartões: Apura o índice de conferência dos recebíveis por cartão de

crédito e débito;

Quebras de caixa/tesouraria: Mostra o nível de precisão dos procedimentos de

fechamento de caixa e de tesouraria central;

Fluxo de caixa: Apresenta o nível de precisão do planejamento de fluxo de caixa,

comparando orçado e realizado;

Cruzamento de controles: Traz nível de divergências nas conciliações entre financeiro

e contábil.

64

CAPÍTULO 6 – ANÁLISE E DISCUSSÕES

6.1 – Indicadores Utilizados

A importância do Business Intelligence (BI) no planejamento estratégico faz sentido

a partir do momento em que a empresa aplica uma postura de trabalho voltada à gestão da

informação. Com base em estudos estatísticos de dados de exercícios anteriores, verificam-

se diversas possibilidades, com base em informações íntegras e confiáveis, futuros cenários

e assim criar estratégias que a coloque a empresa em um patamar de competitividade e com

melhor lucrativa.

COMPARATIVO COM INFORMAÇÕES RELEVANTES DOS SISTEMAS TOTVS E

PETMOURA

SISTEMA/

FERRAMENTAS TOTVS PETMOURA

INDICADOR DE

GOVERNANÇA TIPO DE INDICADOR

Forma de

armazenamento Nuvem Nuvem

Integração a outros

sistemas Sim Sim

Usuários Limitado Ilimitado Forma indicador

(Funcionário ou usuários)/número de

módulos

Contas a pagar Sim Sim Forma indicador Valor do contas a pagar da empresa

Contas a receber Sim Sim Forma indicador Valor do contas a receber da empresa

Arquivamento de

exames Sim Sim

Forma indicador Quantidade de animais que geram

consulta clínica/ loja

Emissão de cupom

fiscal Sim Sim

Forma indicador

Faturamento/ loja

Emissão de nota

fiscal Sim Sim

Forma indicador

Faturamento/loja

Emissão de

relatório de vendas Sim Sim

Forma indicador (Vendas por dia, semana, mês ou

ano)/ loja

Cadastro de

agendamento de

serviços

Sim Sim

Forma indicador Quantidade de animais com

agendamento/ (número de

agendamentos por, semana, mês ou

loja)

Cadastro de pacote

de serviços Sim Sim

Forma indicador Quantidade de animais/ pacotes de

serviços vendidos por loja

Cadastro de animal Sim Sim Forma indicador Quantidade de novos clientes/ (dia,

semana, mês ou ano por loja)

Check-in de

serviços Sim Sim

Forma indicador Tempo de permanência de cada

cliente/ loja

Quadro17: Quadro comparativo com informações relevantes dos sistemas Totvs e Petmoura

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

Esse sistema permite a utilização de variáveis de informações para a construção de

estratégias competitivas para tomada de decisão pela alta direção. Para Audy et al. (2005), o

Business Intelligence (BI) é um sistema de informação que dá suporte à análise de dados do

65

processo decisório, empregando tecnologias como DataWarehouse, OLAP e DataMining nos

níveis tático e estratégico.

O quadro 17 apresenta as informações presentes nos sistemas da Totvs e da PetMoura

capazes de trazer benefícios à prática de Governança Corporativa para empresas do segmento

de pet shop. O quadro apresenta ferramentas que têm características próprias para a geração

de informações para o gestor. Assim, foram listadas as características presentes no quadro que

contribuem para a implementação ou melhora das informações para governança corporativa

nas empresas de pet shop.

1 – Forma de armazenamento do sistema: O Totvs e o Petmoura tem o sistema

cadastrado em nuvens. Portanto, não necessita a instalação em um equipamento da

empresa (servidor) e a consequência é permitir ao pet shop utilizar aquele espaço com

armazenamento de outras informações importantes, deixando espaço livre para o melhor

processamento dos dados e rapidez de acesso à informação.

2 – Usuários: Permite cadastrar e identificar o número de usuários por

ferramentas do sistema, evitando que funcionários não autorizados tenham acesso a

informações confidenciais.

3 – Contas a pagar: Ferramenta bastante importante para quem trabalha na área

financeira. Tem por finalidade medir a inadimplência da empresa. Registra obrigações

da empresa para terceiros, permitindo uma organização das obrigações e elaboração de

relatórios gerenciais, possibilitando conhecer o endividamento da empresa a curto,

médio e longo prazo.

4 – Contas a receber: Ferramenta bastante importante para quem trabalha na área

financeira. Tem por finalidade medir a os direitos a receber de cada cliente. Possibilita a

elaboração de relatório gerencial com informações do que a empresa tem a receber a

curto, médio e longo prazo. Importante ferramenta para analisar o crescimento das

vendas a prazo.

66

5 – Emissão de cupom fiscal: Ferramenta que gera informações de vendas por dia,

por semana, por mês e por ano, em cada loja. O sistema já é compatível com os padrões

adotados pela legislação municipal, estadual e federal.

6 – Emissão de nota fiscal: Ferramenta que, além de permitir a emissão de NF de

venda a clientes, gera informações de vendas por dia, por semana, por mês e por ano,

em cada loja. O sistema já é compatível com a legislação municipal, estadual e federal.

7 – Relatório de vendas: Permite emissão de relatório de venda de produtos e

serviços por dia, semana, mês, ano, em cada loja. Com base nas informações do sistema,

é possível criar relatórios gerenciais, permitindo identificar o serviço ou o produto que

mais vende, permitindo a empresa manter as necessidades de cada área para melhor

atender o seu cliente.

8 – Integração a outros sistemas: Permite combinar informações de um sistema

em outro e melhorar o nível de gerenciamento dos resultados.

9 – Arquivamento de exames: Permite conhecer a quantidade de animais que

geram consulta por loja. O arquivamento gera um banco de dados que permite a

empresa prestar melhor qualidade de serviços a seus clientes, buscando sempre a

excelência dos resultados clínicos.

10 – Agendamento de vacinação: Permite agendamento de vacina por animal,

raça, idade e loja. Esse agendamento evita o desgaste de seus clientes em aguardar

atendimento em longas filas de espera, prestando um serviço ágil e de qualidade.

11 – Cadastro de agendamento de serviços: Permite conhecer a quantidade de

animais agendados para serviços de banho/tosa por dia, semana, mês em cada loja,

evitando que ocorra uma superlotação em uma determinada loja e uma ausência de

serviços em outra loja. A empresa poderá distribuir os serviços agendados de forma a

não causar transtornos aos clientes. Também permite um atendimento de qualidade, sem

filas de espera, proporcionando ao cliente, conforto e comodidade.

67

12 – Venda de serviços: Mede venda de pacotes de serviços por loja. Permite

elaborar relatórios gerenciais de venda por serviço vendido, identificando quais destes

possuem uma melhor lucratividade.

13 – Agendamento de pacote de serviços: Permitir que o estabelecimento

comercial atenda seus clientes com hora marcada, evitando desconforto aos clientes no

tempo de espera. O agendamento permite um atendimento diferenciado, de qualidade e

produtivo.

14 – Cadastro de animais: Mede raça e idade de animais atendidos em cada loja,

planejando a compra de ração e acessórios que mais vendem por loja de acordo com o

perfil de cada animal. Evita manter na loja estoques desnecessários. Assim, uma loja

que atende somente animais de raça pequena não necessita ter grande estoque de

produtos para raça grande. O estabelecimento poderá manter uma quantidade mínima de

estoque para atender clientes que possua a necessidade de produtos para animais de raça

grande;

15 – Check-in de serviços: Permite a loja monitorar tempo de atendimento e

serviços agendados por animal, evitando ultrapassar ao tempo estimado para a entrega

do animal bem como os serviços agendados. Este item proporciona manter uma

excelência em qualidade de atendimento, evitando a falta de algum procedimento ou

serviço, bem como monitorar a entrada do animal no estabelecimento comercial e

assegurar que no horário determinado para a conclusão dos serviços e entrega do animal

ao seu proprietário, o mesmo esteja disponível.

Assim, pode-se concluir que os sistemas da PetMoura e Totvs oferecem ferramentas

capazes de trazer à empresa e ao proprietário informações de medição de indicadores e,

consequentemente, a aplicabilidade dos princípios de Governança Corporativa. São sistemas

que foram desenvolvidos pela necessidade de atender um público-alvo, os pet shop. Esses

sistemas já apresentaram bastante eficiente em versões para empresas de diversos segmentos

da economia, mas, devido às particularidades existentes nas empresas de pet shop, algumas

empresas especialistas em elaboração de softwares viram nas empresas de pet shop uma

possibilidade de melhorar seu faturamento e atender às solicitações de seus clientes.

68

A qualidade de uma informação ou a produção de um relatório somente é possível

depois de muita pesquisa. É com ela que se produz informações de qualidade e eficientes. As

empresas devem incentivar e abrir suas portas a novas pesquisas, pois são elas as grandes

beneficiadas.

Os indicadores financeiros e contábeis mais utilizados na gestão e na governança

corporativa, conforme a pesquisa, são:

ÍNDICES DE LIQUIDEZ Fórmula

Índice de liquidez geral ILG = (AC + RLP) / (PC + ELP)

Índice de liquidez corrente ILC = AC / PC

Índice de liquidez seca ILS = (AC - Estoques) / PC

Índice de liquidez Imediata ILI = Disponível / PC

Quadro 18: Índices de Liquidez

Fonte: Elaborado pelo pesquisador, 2016

ÍNDICES DE ESTRUTURA

Participação de terceiros CT/CP = (PC + ELP) / PL

Endividamento de curto prazo PC / PL

Endividamento de longo prazo Exigível de longo prazo / Patrimônio líquido

Imobilização sobre recursos não correntes AP / (PL + ELP)

Imobilização do patrimônio líquido AP / PL

Quadro 19: Índices de Estrutura

Fonte: Dados da pesquisa, 2016

ÍNDICES DE ATIVIDADE

Giro de duplicatas a pagar GDP = Compras / Média Duplicatas a pagar

Prazo médio de pagamento

PMP

360 / GDP

Giro do estoque GE = CMV/Estoque Médio

Prazo médio do estoque PME = 360 / GE

Giro do recebimento GR = Vendas / Média Duplicatas a receber

Prazo médio de recebimento PMR = 360 / GR

Quadro 20: Índices de Atividade

Fonte: Dados da pesquisa, 2016

ÍNDICES DE RENTABILIDADE

Retorno sobre o investimento ROI = LL / AT

Retorno sobre o patrimônio líquido ROE = LL / PL

Margem de lucro operacional (lucratividade) ML = LO / RB

Margem de lucro líquido (lucratividade) ML = LL / RB

Giro do ativo GIRO = RB / AT

Quadro 21: Índices de Rentabilidade

Fonte: Dados da pesquisa, 2016

69

1 - Índice de liquidez geral: Situação de curto prazo da empresa, a liquidez geral

leva em consideração também todas as previsões de médio e longo prazo, incluindo no

cálculo os direitos e obrigações à frente de 12 meses, como vendas parceladas,

aplicações de longo prazo e empréstimos a pagar.

2 - Índice de liquidez corrente: Soma dos direitos a curto prazo da empresa

(contas de caixa, bancos, estoques e clientes a receber) pela soma das dívidas a curto

prazo (empréstimos, financiamentos, impostos e fornecedores a pagar). Essas

informações podem ser obtidas facilmente no Balanço Patrimonial, nos grupos Ativo

Circulante e Passivo Circulante.

3 - Índice de liquidez seca: Similar à liquidez corrente, com a diferença de que a

liquidez seca exclui do cálculo acima os estoques, por não apresentarem liquidez

compatível com o grupo patrimonial onde estão inseridos.

4 - Índice de liquidez imediata: Considera apenas caixa, saldos bancários e

aplicações financeiras em seu cálculo. Ou seja, apenas as contas com liquidez imediata

para quitar as obrigações.

5 - Participação de terceiros: Indica qual a dependência dos negócios em relação

a recursos de terceiros (bancos, fornecedores, recursos trabalhistas e tributários) de

curto e longo prazo.

6 - Endividamento de curto prazo: Nível de exigibilidade de curto prazo do

endividamento. Não existe uma regra geral para determinar qual o ideal para esse

índice, mas, quanto menor ele for, significa maior folga em relação às dívidas e

compromissos existentes.

7 - Endividamento de longo prazo: É o nível de exigibilidade de longo prazo do

endividamento. Não existe uma regra geral para determinar qual o ideal para esse

índice, mas, quanto menor ele for, significa maior folga em relação às dívidas e

compromissos existentes.

70

8 - Imobilização sobre recursos não correntes - avalia qual o nível de

imobilização em relação aos recursos próprios e de terceiros de longo prazo. Quanto

maior o índice, maior a imobilização.

9 - Imobilização do patrimônio líquido - reflete o grau de comprometimento dos

recursos próprios em relação ao ativo permanente.

10 - Giro de duplicatas a pagar - o giro de duplicatas a pagar é semelhante ao giro

de duplicatas a receber. Determina o número de vezes em que as duplicatas a pagar são

convertidas em caixa, por ano.

11 - Prazo médio de pagamento - apresenta o número de dias que a empresa leva

para pagar os seus fornecedores.

12 - Giro de estoques - o giro dos estoques é a quantidade vendida, em

determinado período, do estoque mantido pela empresa.

13 - Prazo médio de recebimento - o prazo médio de recebimento é o tempo

médio que uma empresa leva para cobrar de seus clientes aquilo que lhes foi faturado.

14 - Retorno sobre o investimento - representa o retorno que o ativo total é

empregado. Utilizado geralmente para determinar o retorno que uma empresa tem em

relação a um investimento.

15 - Retorno sobre o patrimônio líquido – revela o quanto de lucro a companhia

gera com o dinheiro investido pelos acionistas.

16 - Margem de lucro operacional (lucratividade) – é a relação entre lucro

operacional e a receita bruta.

17 - Margem de lucro líquido (lucratividade) – é a relação emtre o lucro líquido e

a receita Bruta.

71

18 - Giro do ativo - relaciona o total das vendas produzidas com o ativo da

empresa. Mostra quantas vezes o ativo girou no período. Corresponde a um índice de

eficiência no uso dos ativos.

6.2. – Propostas de indicadores

A pesquisa identificou que o setor de Pet Shop tem uma identificação muito similar à

de um supermercado de varejo. No caso da empresa Petz, os seus principais executivos tem

uma forte formação no setor de varejo, incluindo experiências profissionais nas grandes

empresas do setor.

Ter um indicador próprio é muito importante para o amadurecimento do setor. Setores

como o varejo, o de hotelaria e o de seguros já possuem indicares próprios. Isso reque muito

estudo e investimento, mas um setor que movimentou no ano de 2015 0,37% do PIB nacional

já merece estudos e atenção para o desenvolvimento de novos indicadores.

A seguir apresenta-se a proposta de indicadores a serem utilizados:

Indicadores Financeiros Tradicionais: Para analisar, estudar e proceder um

diagnóstico do setor de pet shop são necessários trabalhar com os principais

indicadores financeiros aplicados no setor de varejo. Estes indicadores são:

liquidez imediata, liquidez corrente, liquidez seca, grau de endividamento a

curto prazo e a longo prazo, giro de estoque, rentabilidade do patrimônio

líquido. Estes indicadores irão apresentar um diagnóstico que ajudaram a

gestão e governança corporativa de empresas do setor de pet shop.

Indicadores Operacionais: A pesquisa identificou os sistemas PetMoura e

Totvs, como um dos mais conhecidos e utilizados no setor de pet shop, foi

constatado que estes sistemas realizaram uma intensa pesquisa para

desenvolver um produto tecnológico que melhor atendesse aos interesses do

setor de pet shop. Os sistemas identificaram necessidades do perfil deste setor

e produziu informações para o desenvolvimento de indicadores operacionais.

Para definir o perfil, o sistema precisa dos seguintes banco de dados:

72

1 - Arquivamento de exames: serve para medir a quantidade de animais que geram

consulta clínica por loja em um período determinado de tempo.

2 - Emissão de relatório de vendas: serve para medir vendas em um determinado

período de tempo.

3 - Cadastro de animais – serve para medir informações como número de clientes

e variações a maior ou a menor na quantidade de clientes por loja e período.

4 - Cadastro de agendamento de serviços – importante indicador que possibilita a

medida da evolução da venda de serviços por período e loja.

5 - Cadastro de Check in – Permite medir o tempo gasto em cada serviço atendido

pelo pet shop, permitindo melhor eficiência dos setores e por tabela a satisfação dos

clientes.

6.3 – Novos indicadores.

As informações citadas no item 6.2 possibilita a extração de indicadores, conforme

citados no quadro 21:

TIPO DE INDICADOR

(Funcionário ou usuários)/número de módulos

Valor do contas a pagar da empresa

Valor do contas a receber da empresa

Quantidade de animais que geram consulta clínica/ loja

Faturamento/ loja

Faturamento/loja

(Vendas por dia, semana, mês ou ano)/ loja

Quantidade de animais com agendamento/ (número de

agendamentos por, semana, mês ou loja)

Quantidade de animais/ pacotes de serviços vendidos por loja

Quantidade de novos clientes/ (dia, semana, mês ou ano por loja)

Tempo de permanência de cada cliente/ loja

Quadro22: Indicadores Propostos.

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

73

A pesquisa constatou que o setor de pet shop vem crescendo e por consequência busca

ajustes para uma boa gestão e governança corporativa. Gestão e governança corporativa tem

uma relação muito próxima com indicadores. A medida que o setor adquire sua identidade

própria, surge necessidades específicas de controle para a área. Desenvolver indicadores não é

algo simples, pois requer estudos e análise que o diferenciam dos demais setores empresariais.

Como os custos para o estudo são caso, o processo sempre se inicializa pelas grandes

empresas do setor.

A pesquisa sugere dois novos indicadores para adicionar aos já existentes. Estes

indicadores são frutos de estudo e pesquisa na área de pet shop. Pelo fato de a Governança

Corporativa tem por uma de suas finalidades proteger o patrimônio dos sócios e acionistas,

buscar perpetuidade e transparência em seus resultados, este estudo apresenta dois indicadores

que muito ajudaram no processo para Governança Corporativa. Os novos indicadores são:

1 – IRAGC (Indicador de Relevância para a variação do Ativo de Governança

Corporativa): O indicador é o resultado do valor da evolução de uma conta do ativo

circulante ou do ativo não circulante dividida pelo patrimônio líquido. Quando a

variação for negativa, significa que ocorreu uma redução do ativo. Quando for positiva,

significa que ocorreu um acréscimo do ativo. Se o resultado representar um indicador

maior ou igual a dez por cento, isso representa um grande impacto, ou seja, é caso para

ser analisada no campo da governança corporativa. Quando o resultado for inferior a

dez por cento, o impacto é de menor significado e isto é questão para ser analisado

como assunto de gestão empresarial. Estes percentuais foram os mesmos adotados no

tratamento para a participação de investimentos em outras empresas.

A pesquisa apresenta a seguinte fórmula:

IRAGC = (Vr. Impacto ativo/PL) x 100

Quadro23: IRAGC.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2016.

74

2 - IRPGC - Impacto do Passivo de Governança Corporativa - o indicador é o

resultado do valor da evolução de uma conta do passivo circulante ou do passivo

circulante dividida pelo patrimônio líquido. Quando a variação for negativa, significa

que ocorreu uma redução do passivo. Quando for positiva, significa que ocorreu um

acréscimo do passivo. Se o resultado representar um indicador maior ou igual a dez por

cento, isso representa um grande impacto, ou seja, é caso para ser analisada no campo

da governança corporativa. Quando o resultado for inferior a dez por cento, o impacto é

de menor significado e isto é questão para ser analisado como assunto de gestão

empresarial. Estes percentuais foram os mesmos adotados no tratamento para a

participação de investimentos em outras empresas.

A pesquisa apresenta a seguinte fórmula:

IRPGC = (Vr. Impacto passivo/PL) x 100

Quadro24: IRPGC.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2016.

75

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme descrito inicialmente, os objetivos desta pesquisa consistem em:

Identificar indicadores que possam ser utilizados para a Gestão e Governança

Corporativa nas empresas de pet shop e apresentar uma proposta para

acompanhamento e controle dos resultados;

Identificar nível de ativos disponíveis;

Verificar nível de estoques/loja;

Variação do fluxo de caixa;

Verificar a utilização dos indicadores financeiros e não financeiros para a Governança

corporativa nos sistemas PetMoura e Totvs pela empresa Petz e propor indicadores a

ser utilizado pelo mercado de pet shop.

Propor indicadores importantes para o setor de pet shop.

Portanto, a principal finalidade desta pesquisa foi apresentar indicadores de

Governança Corporativa para empresas de pet shop. Sabe-se que ainda existe muito a explorar

na área e que a grande dificuldade obtida foi a falta de informação no mercado de pet shop.

Muitas dessas empresas não se dispuseram a informar devido à ausência de dados ou, até

mesmo, a falta de segurança em divulgar seus números e dados.

Nota-se nas empresas de capital aberto maior transparência, melhor gestão e,

consequentemente, a necessidade cada vez maior das práticas dos princípios de governança

corporativa. Isso não significa que apenas as empresas de grande porte e de capital aberto

possam adotar governança corporativa, mas o sucesso de gestão e os indicadores adotados

pelas empresas de grande porte precisam ser adotados pelas empresas de pequeno e médio

porte, com finalidade de aplicar as melhores práticas de governança e buscar resultados com a

mesma dedicação das grandes empresas.

Quando aos custos com estudos de viabilidade e retorno do investimento, estes são

conhecidos e divulgados pelas grandes empresas do setor, sendo que as pequenas e médias

empresas conseguem reproduzir as mesmas metodologias e práticas de gestão e governança

para o crescimento em busca de perpetuidade, geração de empregos e impostos.

Para finalizar, o pesquisador propõe a aplicação de Business Intelligence (BI) no

planejamento estratégico a partir do momento em que a empresa apl ica uma postura de

trabalho voltada à gestão da informação.

76

Destaca-se que não foi identificada nenhuma pesquisa na área da Administração

voltada à governança de pet shop. Muitas informações sobre referencial teórico foram obtidas

de autores que tratam assuntos que envolvem PME e empresas familiares. Não foi localizado

nenhum autor e nenhum site de pesquisa que tratasse de Governança Corporativa para pet

shops. O trabalho, portanto, foi pioneiro no tema e, por consequência, enfrentou algumas

limitações.

A pesquisa propõe, para futuros trabalhos, pesquisar, analisar acompanhar o

crescimento das indústrias de produtos pet, bem como acompanhar o desenvolvimento das

pesquisas de empresas de softwares que abastecem o mercado das pet shop. Grandes

empresas como a Purina (Grupo Nestlé) a PetMoura e a Totvs tem departamentos que

estudam o crescimento e as necessidades do setor, o que contribuirá para a elaboração de

novos e eficientes indicadores de gestão corporativa para a área de pet shop.

77

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82

APÊNDICE

Foi elaborado questionário contendo 15 questões. Essas questões são variadas entre

múltipla escolha e questões abertas. O propósito do questionário foi identificar os indicadores

financeiros e não financeiros disponíveis nos sistemas da PetMoura e da Totvs e que são

utilizados por empresas de pet shop. Também tem o propósito de conhecer algum indicador

financeiro e não financeiro utilizado por empresas de pet shop e que ainda não estão

disponíveis nos sistemas de informação da PetMoura e da Totvs.

Segue questionário de pesquisa aplicado:

01. Qual o ano de fundação da Empresa?

02. Por que a escolha pelo ramo de Pet shop?

03. Os sócios da Empresa já foram sócios ou funcionários de empresas do segmento de

Pet shop?

( ) SIM ( ) NÃO

04. Quantas filiais (lojas) a empresa possui?

05. Em quais Estados a Empresa possui filial?

06. Como é feita a gestão?

( ) centralizada por loja ( ) centralizada na holding ( ) outra forma.

Neste caso, explique.

07. A Empresa pertence a qual regime tributário?

( ) Simples Nacional ( ) Lucro presumido ( ) lucro real

08. Quantos funcionário a empresa possui?

( ) até 10 ( ) de 11 a 50 ( ) 51 a 100 ( ) 101 a 150 ( ) 151 a 200 ( ) mais de 200

09. Quem toma as decisões relativas a políticas, mercados, missão da empresa?

( ) gestor funcionário ( ) gestor sócio.

10. Caso a resposta seja o gestor funcionário, este gestor tem poderes limitados ou

ilimitados de responsabilidades? Como é determinado este poder de gestão?

11. Qual o sistema de informações utilizado pela empresa?

12. Por qual razão foi escolhida este sistema de informação?

13. Para tomada de decisões são utilizados quais indicadores (financeiros ou não

financeiros)?

83

14. Alguma sugestão de indicadores para que possa constar no sistema de informações

utilizado pela sua Empresa?

( ) SIM ( ) NÃO

15. Marque os indicadores importantes para tomada de decisão nas empresas de Pet Shop.

a) ( ) liquidez imediata

b) ( ) liquidez corrente

c) ( ) liquidez seca

d) ( ) endividamento a curto prazo

e) ( ) endividamento a longo prazo

f) ( ) tempo médio do cliente na loja

g) ( ) consumo médio por cliente/mês/loja

h) ( ) consumo produtos x serviços por cliente

i) ( ) melhor dia da semana em vendas

j) ( ) melhor dia do mês em vendas

k) ( ) produtos mais vendidos

l) ( ) satisfação do cliente

m) ( ) Os indicadores de Rentabilidade?

n) ( ) Os indicadores de giro?

o) ( ) Algum indicador de qualidade? Qual?_____________________________

p) ( ) Indicadores relacionados a folha de pagamento? Qual?_____________________

q) ( ) Tempo de atendimento? ( ) outros____________________