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Guilherme Vinicius Schroeder
* Nascimento: 29/11/1982
† Falecimento: 06/06/2004
Não há nenhuma dor que se compare a perda de um ente querido.
Não há nada que repare o sofrimento de ver alguém que amamos partir.
Para quem fica, resta a saudade, a tristeza e a inconformidade. O tempo
não irá apagar a dor e a saudade, mas certamente irá apaziguar e
amenizar tamanho sofrimento.
Guilherme Vinicius Schroeder teve sua vida interrompida no dia 06
de junho de 2004, com apenas 21 anos. Tudo terminou de forma
silenciosa, Guilherme estava ouvindo música como de costume, quando
de repente ele teve uma morte súbita. Assim, de repente, tudo se perdeu.
Uma vida inteira para ser vivida foi perdida repentinamente, sem tempo
para evitar.
Foi no dia 29 de novembro de 1982 que Guilherme nasceu em
Santa Cruz do Sul. Depois dele, os pais Nairton Ricardo Schroeder e
Ledi Schroeder tiveram mais um filho, Eduardo Augusto Schroeder hoje
(2016) com 28 anos. Guilherme viveu até um ano e três meses ao lado
dos pais e do irmão na cidade de Criciúma- SC, posteriormente em
Teutônia. Sempre foi uma criança tranquila. Mas às vezes fazia algumas
bagunças.
Certa vez, colocou óleo no sofá da sala e a mãe Ledi ficou muito
brava, pois teve que colocar o sofá no lixo. Outra vez, com um segundo
de desatenção de Ledi, Guilherme trancou a porta do apartamento e
deixou a mãe na rua. Tiveram que chamar os bombeiros para conseguir
abrir a porta e tirar Guilherme de dentro. Tirando algumas pirraças assim,
Guilherme sempre foi um ótimo filho desde pequeno.
Sempre foi um ótimo aluno na escola. Inteligente, nunca repetiu de
ano. Cada conquista dele era sempre muito festejada pela família. Desde
a formatura da pré-escola até o Ensino Médio. Cada vitória era vibrada e
registrada pela família.
Seus planos sobre o futuro eram incertos, talvez pelas incertezas
da própria idade. Estava cursando administração na UNISC (2004)
quando o fato aconteceu. Mas sempre em dúvidas com relação ao curso
e a vida profissional. Contudo, nunca parou de estudar, sempre
almejando sucesso profissional e conhecimento.
A chegada do irmão Eduardo, foi uma das coisas mais incríveis
que lhe aconteceu. Eram irmãos parceiros, estavam sempre juntos em
todos os momentos que um precisava do auxilio do outro. Eduardo era
seu melhor amigo.
Guilherme não falava muito em seus sonhos, apenas falava que
queria se estabilizar com um bom trabalho. Estava sempre alegre, fazia
amizade fácil e estava sempre ajudando o próximo. Com as transições
de cidade durante a infância e a adolescência, deixou muitas amizades
por onde passou. Em Teutônia, teve uma paquera quando estava
terminando o Ensino Médio. Porém, os relacionamentos nunca passaram
disso. Depois de concluir o Ensino Médio, a família veio para Santa Cruz
do Sul.
Era fã das bandas de rock como Guns N’ Roses, Aerosmith e
Roling Stones. Ele era um amante da música e começou a tocar guitarra
por se inspirar em grandes nomes como Slash, Joe Perry e Keith
Richards.
Gostava de ajudar a comunidade, na Igreja Evangélica Luterana
em que a família participa. Guilherme montou uma banda com os amigos
da igreja, onde ele era guitarrista. A “Banda Impulso” ensaiava em
determinados dias da semana e se apresentava nas festas da
comunidade.
Guilherme jogava futebol e acompanhava o Grêmio que seu time
do coração. Não gostava de cozinhar, mas suas comidas favoritas eram
lasanha, pizza e churrasco. Adorava as comidas que a mãe Ledi
preparava. A família era um tesouro para ele, sempre valorizou e
respeitou os pais.
Trabalhava no setor administrativo da empresa Philips Morris.
Tinha um fusquinha que era sua relíquia, mas seu hobby mesmo era a
música. Sempre nos momentos vagos estava escutando música,
ensaiando ou se apresentando com a Banda Impulso. Seus melhores
amigos, além do irmão Eduardo, eram os integrantes da banda.
Guilherme era um menino que sempre seguia seus objetivos, não
era acomodado. Sempre foi motivo de muito orgulho a família. Era um
menino legal, bacana, do bem, educado, simpático, alegre, amigo,
admirado e querido por todos. Seu pai Nairton contou com muita emoção
que aprendeu muito com o filho. A ter mais humildade, solidariedade e
amor ao próximo.
Segundo os pais Nairton e Ledi, se Guilherme estivesse aqui ele
não gostaria de ver o mundo como está hoje. Com tanta violência, roubo
e desrespeito das autoridades públicas. Guilherme era muito correto, não
gostava de injustiças e despeitos humanos.
Guilherme deixou para trás todo um futuro a ser vivido, planos,
metas e sonhos. Deixou para a família seu sorriso e alegria de viver que
nunca ira morrer no coração de quem o amou verdadeiramente.
Na tarde da sua morte, Nairton estava dormindo quando de
repente Eduardo o chamou as pressas notificando que Guilherme tinha
caído e estava desmaiado, mas na hora o pai já sentiu que não era
apenas um desmaio. Chamaram o socorro e mesmo assim não adiantou.
A morte já tinha o levado.
Os pais até hoje se questionam como uma pessoa tão incrível
morre e outras tão más continuam aqui vivas. Talvez já tenham a
resposta, como Nairton disse: “Deus não quer pessoas ruins ao seu lado,
ele só chama as boas para ficar perto dele”. Com certeza deixa
saudades nos pais, avós, padrinhos, tios, primos, professores, colegas e
amigos.
Com a mãe e o irmão Eduardo
Com o irmão
Eduardo
Avó, avô, tio,
Guilherme, Pai
Nairton e mãe Ledi
em um momento de
lazer no Centro
Administrativo em
Teutônia
Com a avó
paterna e o
irmão Eduardo
na Lagoa da
Harmonia