Guia_uso de Med. Em Gestantes

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Universidade Federal do Ceará – UFC Faculdade de Farmácia Odontologia e Enfermagem – FFOE Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos – GPUIM Centro de Informação sobre Medicamentos - CIM Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

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Guia de uso de medicamentos em gestantes

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Universidade Federal do Ceará – UFC

Faculdade de Farmácia Odontologia e Enfermagem – FFOE

Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos – GPUIM

Centro de Informação sobre Medicamentos - CIM

Informações para o Uso de

Medicamentos na Gravidez e

Lactação

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Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

Fortaleza – CE

Agosto 2008

Universidade Federal do Ceará – UFC Faculdade de Farmácia Odontologia e Enfermagem – FFOE Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos – GPUIM Centro de Informação sobre Medicamentos - CIM

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Elaboração e Informações:

GRUPO DE PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE MEDICAMENTOS – GPUIM

Universidade Federal do Ceará

Faculdade de Farmácia, Enfermagem e Odontologia.

Departamento de Farmácia

Rua Capitão Francisco Pedro, n° 1210, 2° andar, sala do GPUIM, Rodolfo Teófilo

CEP: 60431-32, Fortaleza – CE

Tel.: (85) 3366 – 8276 (fone/fax); 3366 – 8293

E-mail: [email protected]

Revisão técnica geral: Farm. Luis Davi Alves Lima

U51i Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia Odontologia e

Enfermagem. Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos.

Informações para o uso de medicamentos na gravidez e lactação. / Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia Odontologia e Enfermagem. Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos. Coordenação Mirian Parente Monteiro. Fortaleza - CE, 2008.

112p.

1. Uso de medicamentos. 2. Gravidez. 3. Lactação. I. Monteiro, Mirian Parente (Coord.). II. Título.

CDD 615.1

EQUIPE ELABORADORA:

Coordenadora: Mirian

Parente Monteiro

Farmacêuticos:

Ana Cláudia de Brito Passos

Camila Peixoto de Lima Freire

Eudiana Vale Francelino

Germano Paulino Dias

Henry Pablo Lopes Campos e

Reis

Larisse Mota Marques

Luis Davi Alves Lima

Estudantes de Farmácia:

Antônio Átila de Sousa

Danúsio Pinheiro Sartori

Luiz Henrique Portácio dos

Santos

Marina dos Santos Garruti de

Medeiros

Priscilla Moreira Bessa

Apoio: Conselho Regional de Farmácia (CRF – CE)

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ÍNDICE

PREFÁCIO................................................................................................8

INTRODUÇÃO..........................................................................................10

CATEGORIAS DE RISCO PARA USO DE MEDICAMENTOS NA GRAVIDEZ E

CONSIDERAÇÕES PARA USO NA AMAMENTAÇÃO...................................15

MEDICAMENTOS POR GRUPO FARMACOLÓGICO....................................20

SEÇÃO A. MEDICAMENTOS USADOS EM MANIFESTAÇÕES GERAIS DE

DOENÇAS.............................................................................20

1. Anestésicos e Adjuvantes...............................................................20

1.1 Anestésicos Gerais....................................................................20

1.2 Anestésicos Locais.....................................................................22

1.3 Bloqueadores Neuromusculares Periféricos e

Anticolinesterásicos..................................................................22

2. Analgésicos, Antipiréticos e Medicamentos para o Alívio da

Enxaqueca......................................................................................24

2.1 Analgésicos e Antipiréticos.......................................................24

2.2 Analgésicos Opióides e Antagonistas........................................24

2.3 Medicamentos para Alívio da Enxaqueca.................................25

3. Antiinflamatórios e Medicamentos Utilizados no Tratamento da

Gota...............................................................................................26

3.1 Antiinflamatórios Não-Esteróides.............................................26

3.2 Antiinflamatórios Esteróides.....................................................26

3.3 Medicamentos Modificados de Doença em Distúrbios

Reumatóides e Adjuvantes........................................................27

3.4 Medicamentos Utilizados no Tratamento da Gota...................28

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4. Antialérgicos e medicamentos usados em anafilaxia.....................29

5. Antiinfectantes..............................................................................30

5.1 Antibacterianos........................................................................30

5.2 Antifúngicos Sistêmicos...........................................................45

5.3 Antifúngicos Tópicos................................................................46

5.4 Medicamentos Usados em Pneumocistose.............................47

5.5 Antivirais..................................................................................48

5.6 Antiparasitários.......................................................................52

5.7 Anti-Sépticos, Desinfetantes e Esterilizantes..........................58

6. Medicamentos Utilizados no Manejo das Neoplasias....................59

6.1 Antineoplásicos.......................................................................59

6.2 Terapia Hormonal...................................................................62

6.3 Adjuvantes da Terapêutica Antineoplásica.............................62

7. Imunossupressores e Imunoterápicos...........................................64

7.1 Imunossupressores..................................................................64

7.2 Vacinas e Toxóides...................................................................65

7.3 Soros e Imunoglobulinas..........................................................70

8. Medicamentos e Antídotos Usados em Intoxicaçõees

Exógenas.......................................................................................72

8.1 Não-Específicos........................................................................72

8.2 Específicos................................................................................73

9. Soluções Hidroelétricas e Corretoras do Equilíbrio Ácido-

básico...........................................................................................75

10. Vitaminas e Substâncias Minerais.................................................76

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SEÇÃO B. MEDICAMENTOS USADOS EM DOENÇAS DE ÓRGÃOS E

SISTEMAS ORGÂNICOS........................................................77

11. Medicamentos que Atuam Sobre o Sistema Nervoso Central e

Periférico......................................................................................77

11.1 Anticonvulsivantes..................................................................77

11.2 Antidepressivos e Estabilizadores de Humor..........................78

11.3 Antiparkinsonianos.................................................................79

11.4 Antipsicóticos..........................................................................79

11.5 Ansiolíticos e Hipno-Sedativo..................................................80

12. Medicamentos que Atuam Sobre o Sistema Cardiovascular e

Renal............................................................................................80

12.1 Medicamentos Utilizados na Insuficiência Cardíaca...............80

12.2 Medicamentos Antiarrítmicos.................................................81

12.3 Medicamentos Usados em Cardiopatia Isquêmica.................82

12.4 Anti-Hipertensivos...................................................................84

12.5 Diuréticos.................................................................................86

12.6 Medicamentos Usados no Choque Cardiovascular..................86

12.7 Hipolipemiante.........................................................................87

13. Medicamentos que Atuam Sobre o Sangue..................................87

13.1 Antianêmicos............................................................................87

13.2 Anticoagulantes e Antagonistas...............................................88

13.3 Antiagregante Plaquetário.......................................................89

13.4 Fatores de Coagulação e Relacionados....................................89

13.5 Frações do Plasma para Fins Específicos.................................90

13.6 Expansor Volêmico..................................................................90

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13.7 Trombolítico............................................................................90

14. Medicamentos que Atuam Sobre o Sistema Digestivo.................90

14.1 Antiácidos................................................................................90

14.2 Anti-secretores........................................................................91

14.3 Antimicrobianos (erradicação de Helicobacter pylori)............91

14.4 Antieméticos e Agentes Prócinéticos......................................92

14.5 Antidiarréico Sintomático........................................................93

14.6 Laxativos..................................................................................93

14.7 Outros......................................................................................93

15. Medicamentos que Atuam Sobre o Sistema Respiratório............94

15.1 Antiasmáticos..........................................................................94

15.2 Agentes Tensoativos Pulmonares e Outros que Atuam na

Síndrome do Desconforto Respiratório em Neonatos.............94

15.3 Preparações Nasais..................................................................95

16. Medicamentos que Atuam Sobre os Sistemas Endócrino e

Reprodutor....................................................................................95

16.1 Hormônios Hipofisários e Relacionados...................................95

16.2 Hormônio Tireoidiano, Medicamentos Antitireoidianos e

Adjuvantes...............................................................................95

16.3 Insulinas e Antidiabéticos Orais...............................................96

16.4 Hormônios Sexuais, Antagonistas e Medicamentos

Relacionados...........................................................................97

17. Medicamentos Tópicos Usados em Pele, Mucosas e Fâneros.....101

17.1 Anestésico Local.....................................................................101

17.2 Antiinfectantes.......................................................................101

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17.3 Antipruriginoso e Antiinflamatório........................................103

17.4 Agentes Ceratolíticos e Ceratoplásticos.................................105

17.5 Escabicida e Pediculicida........................................................105

17.6 Outros.....................................................................................105

18. Medicamentos Tópicos Usados no Sistema Ocular.....................106

18.1 Anestésico Local.....................................................................106

18.2 Antiinfectantes.......................................................................106

18.3 Antiinflamatório e Antialérgico..............................................106

18.4 Midriático e Cicloplégico........................................................107

18.5 Antiglaucomatosos.................................................................108

18.6 Substituto da Lágrima.............................................................108

18.7 Agentes Diagnósticos..............................................................108

SEÇÃO C. OUTROS MEDICAMENTOS E PRODUTOS PARA SAÚDE............109

19. Produtos para o Tratamento do Tabagismo................................109

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................110

FONTES PARA CONSULTA.......................................................................112

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8

PREFÁCIO

A primeira versão desse manual foi elaborada como parte das atividades do Projeto de

Extensão intitulado Centro de Estudos e Apoio à Assistência Farmacêutica – CEAAF,

integrante do Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos – GPUIM.

O CEAAF dedicou-se especialmente a elaboração do manual “Informações para o Uso de

Medicamentos na Gravidez e Lactação”, atendendo a uma necessidade sentida por meio

das muitas solicitações feitas ao Centro de Informação sobre Medicamentos da

Universidade Federal do Ceará – CIM/UFC, outro Projeto de Extensão ligado ao GPUIM,

que atende tanto aos profissionais da área da saúde como a comunidade em geral.

A busca de informações sobre a possível utilização de medicamentos durante a

gestação e o período de lactação é sempre constante, o que nos fez pensar em

desenvolver esse trabalho de modo que o mesmo possa vir a ser um instrumento para

consulta dos profissionais de saúde, gestantes e lactantes que no seu cotidiano deparam-

se com muitas interrogações sobre o assunto.

Na construção desse material informativo foi seguida a lista de medicamentos

constante da última edição da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – RENAME,

uma vez que consiste no elenco de medicamentos comumente encontrados e distribuídos

pelo Sistema Único de Saúde – SUS. Os fármacos foram descritos por grupo

farmacológico, segundo a ordenação da RENAME, sendo apresentado de forma objetiva e

sucinta a informação sobre a segurança do uso do medicamento na gravidez e lactação.

Esperamos, através desse instrumento de consulta, poder auxiliar todos os

profissionais de saúde que buscam orientar com segurança às gestantes e nutrizes quanto

à utilização correta de medicamentos.

Gostaria de ressaltar, especialmente, o empenho e a dedicação de, Rosilândia Trajano

Bandeira, responsável pela 1ªversão desse manual e de Luis Davi Alves Lima que cuidou

da revisão que foi feita para essa versão atualizada.

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Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

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Como coordenadora do Centro de Informação sobre Medicamentos quero

também enfatizar a colaboraçãode todos os alunos, bolsistas e voluntários, e dos demais

membros integrantes do GPUIM que colaboraram para que essa tarefa tivesse êxito.

Por fim, destacamos nossos agradecimentos ao Conselho Regional de Farmácia pelo

apoio aos Projetos desenvolvidos pelo GPUIM, traduzidos em bolsas concedidas aos

nossos estudantes, o que tem possibilitado a execução de muitos dos nossos trabalhos.

Profª Mirian Parente Monteiro

Coordenadora do CIM/ GPUIM/ UFC

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Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

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INTRODUÇÃO

A grande dificuldade encontrada na elaboração do Manual consistiu no fato de que,

para uma significativa quantidade de fármacos, não existem dados científicos sobre o

verdadeiro risco associado a seu uso durante a gravidez. Exceto se um medicamento está

sendo testado para alguma condição relacionada à gestação, ensaios clínicos não são

realizados em mulheres grávidas. Por razões legais e éticas não são permitidos estudos

científicos dos efeitos dos fármacos, por métodos convencionais, prospectivos e duplo –

cegos, sobre a utilização de medicamentos na gravidez e lactação.

A primeira linha de informação para qualquer produto comercializado que venha a ser

utilizado por gestantes e nutrizes consiste em relatos espontâneos de eventos adversos

seja para o laboratório produtor o para o Food and Drug Administration (FDA), através do

programa MedWatch. A notificação e o relato de uma possível ligação entre o

medicamento e um evento adverso particular, é freqüentemente a primeira indicação de

problemas, às vezes muito raros para serem identificados nos ensaios clínicos pré-

comercialização. As referências mais comuns do uso de medicamentos nessas situações

provêm de relatos de casos observados e relatados por médicos cuja paciente ou mais de

uma, tenham feito uso de um medicamento em particular coincidentemente com o

período da gestação ou durante a amamentação. Tal informação é, na realidade, um

dado observacional não podendo ser considerado de caráter definitivo ou conclusivo no

que diz respeito ao risco associado ao medicamento nessas circunstâncias. É possível

encontrar na literatura relatos com conclusões divergentes, muitas vezes por que outros

fatores possam ter sido levados em consideração, ou pelo contrário, ignorados durante as

análises feitas sobre o assunto.

Também é importante considerar que os dados obtidos a partir de estudos com

animais não podem ser, integralmente, extrapolados para a gravidez humana. Esses dados

provêm da interpretação dos dados observados pelos autores ou compilação das análises

de outrem, existindo dessa forma sempre a possibilidade de uma avaliação incorreta ou

inconsistente com as intenções do autor. Por fim, a ausência de informações publicadas

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Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

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sobre o uso de medicamentos, especialmente na gestação, bem como na amamentação,

não pode ser interpretado como evidência de sua segurança.

Devido à histórica escassez de estudos bem controlados de medicamentos na gravidez

humana, várias iniciativas surgiram nos anos 90. Atualmente muitos desses projetos

começam a mostrar resultados partir de um simples follow-up de exposições a um dado

medicamento, ou grupos de estudos de classes terapêuticas as quais vêm sendo

estudadas em sua totalidade, patrocinados por consórcios de empresas financiadoras.

Os fármacos apresentam efeitos mais intensos quando administrados durante o

primeiro trimestre da gravidez. Este período é dito ser de diferenciação embriológica dos

sistemas e a introdução de substâncias químicas, como os medicamentos, pode interferir

com esse processo, resultando em malformações fetais. Diz-se que um agente é

teratogênico quando o mesmo produz uma alteração, maior ou menor, em relação à

morfologia e fisiologia normais no feto, quando de sua administração durante o

desenvolvimento embriológico ou fetal, considerando principalmente o primeiro trimestre

da gestação. A proporção da incidência total de defeitos de nascimento associada ao uso

de medicamentos não é conhecida com exatidão.

Os fármacos administrados durante a gravidez, provavelmente, estarão presentes na

circulação fetal por ocasião do nascimento. Existem evidências que certos medicamentos

acumulam-se no sangue fetal, resultando em uma resposta exagerada ou prolongada.

Alguns medicamentos podem ainda produzir dano fetal devido a alterações em

processos fisiológicos necessários à manutenção do bem estar fetal. Um exemplo dessa

situação são os medicamentos que alteram o fluxo sangüíneo placentário que podem

causar danos fetais por diminuição do fornecimento de oxigênio e nutrientes.

Existe um crescente aumento de evidências que os medicamentos podem causar

danos ao Sistema Nervoso Central (SNC) do feto, mesmo na ausência de efeitos

estruturais e fisiológicos. Isso se deve ao fato de que o SNC fetal ainda encontra-se em

desenvolvimento na época do nascimento, e segundo alguns autores isso persistiria até,

pelo menos 18 meses após o nascimento. Assim sendo, os medicamentos podem

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Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

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interferir com o amadurecimento normal do SNC e produzir anormalidades nas

habilidades mentais da criança.

Durante o parto, a maioria dos medicamentos utilizados, pode afetar a freqüência e

intensidade das contrações uterinas, se os mesmos não forem usados de forma

apropriada.

No tocante ao metabolismo fetal de medicamentos, os recém-nascidos,

principalmente os prematuros, não possuem capacidade de metabolização totalmente

desenvolvida. Os sistemas metabolizadores hepáticos demoram algum tempo após o

nascimento, para alcançar sua capacidade funcional plena. Além disso, a função renal do

recém nato também não se encontra totalmente desenvolvida no momento do

nascimento. Medicamentos metabolizados pelo fígado e excretados pela urina podem se

acumular, se os processos de eliminação não estiverem funcionando adequadamente.

Muitos medicamentos usados pela mãe são excretados, em alguma extensão, no leite

materno, podendo consistir numa fonte potencial de toxicidade para o lactente. O

principal parâmetro que determina o grau de penetração de um fármaco no leite materno

é a ligação às proteínas plasmáticas. A fração ligada à proteína permanece na circulação

materna, enquanto a fração do medicamento livre pode ser transferida para o leite da

mãe. Fármacos que apresentam uma elevada taxa de ligação à proteína, > 90%, são

excretadas em pequenas quantidades no leite (ex: varfarina), o que reduz a possibilidade

da exposição infantil ao medicamento. Quanto maior for a razão entre concentração de

fármaco no leite relacionada à concentração da substância no plasma (L/P), maior a

quantidade de fármaco encontrada no leite materno. A relação L/P dá uma estimativa de

distribuição do fármaco entre o leite materno e o plasma. Quando a concentração

plasmática de um medicamento cai abaixo de sua concentração no leite materno, forças

de equilíbrio direcionam a saída do medicamento de volta para o plasma da mãe afim de

que o mesmo possa ser eliminado. A melhor escolha é aquela de fármacos com baixa

razão L/P, um valor elevado para essa relação, contudo, não necessariamente contra-

indica o uso de um dado medicamento para o aleitamento materno. Isso porque a relação

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Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

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L/P não fornece toda a informação sobre a quantidade absoluta de um fármaco que possa

ser transferida para o bebê através do leite.

Geralmente, determinada dose de um medicamento pode ser prejudicial ao

lactente, enquanto que, doses menores do mesmo não chegam a causar problemas. Na

maioria dos casos, os níveis dos fármacos e/ou seus metabólitos no leite materno estão

diretamente relacionados com a dose do medicamento utilizada pela mãe.

Além da quantidade da substância presente no leite e das conseqüências disso para

o lactente, importa considerar, ainda, o intervalo de tempo entre a administração do

medicamento e seu aparecimento no leite materno.

Existem muitas recomendações de que, em relação aos medicamentos excretados no

leite materno, a amamentação seja efetuada antes da administração do fármaco à mãe.

Contudo pode acontecer de um medicamento estar presente no leite materno, num

período posterior a sua administração, sendo capaz de exercer um efeito tardio ao que

era esperado.

É válido lembrar que o conteúdo de um medicamento no leite materno pode variar

dependo do período da lactação. O colostro, substância que é secretada antes da

excreção do leite, possui uma concentração relativamente menor de gorduras e açúcares.

O conteúdo lipídico do leite também difere entre cada amamentação, com as primeiras

frações contendo menos gorduras que as frações finais. Quase sem exceção, um

medicamento que é mais lipossolúvel irá se transferir mais rapidamente, e em maiores

quantidades, para o leite materno do que aquele que for menos lipossolúvel. Dessa forma,

medicamentos com baixa lipossolubilidade e aqueles que são hidrossolúveis difundem-se

lentamente para o leite materno e devem ser preferidos para as mulheres que

amamentam.

A variação na composição do leite materno afeta a passagem dos medicamentos, uma

vez que as propriedades físico-químicas dos fármacos (ex; pH, peso molecular, meia-vida

biológica (T1/2)) e o meio biológico no qual se encontram serão determinantes da

quantidade de substância que será excretada no leite materno.

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Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

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Fatores associados ao fármaco, fatores maternos e fatores ligados à criança, devem

ser levados em consideração conjuntamente, possibilitando ao prescritor avaliar os

possíveis riscos do aleitamento materno pela mãe que está recebendo alguma medicação.

Durante a gravidez, antes de usar qualquer medicamento, a paciente e o prescritor

devem discutir a natureza do mesmo, os efeitos que podem ter sobre o feto e se seu uso é

absolutamente necessário. O ideal seria não ter que usar qualquer tipo de medicamento

durante a gravidez, mas isso raramente ocorre. As mulheres grávidas estão expostas a

muitas categorias de medicamentos assim como as não-grávidas, embora a prevalência

relativa seja diferenciada. Vitaminas, agentes antiinfecciosos, analgésicos, antiasmáticos,

produtos dermatológicos, etc. encontram-se com freqüência nas prescrições das

gestantes.

Os benefícios do uso de um medicamento devem ser comparados aos perigos ou riscos

de usá-lo ou não. Para uma tomada de decisão sobre uma terapia medicamentosa é

sempre aconselhável consultar a literatura especializada, o que poderá ser feito

diretamente às fontes de consulta ou através dos centros de informação em

medicamentos.

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Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

15

CATEGORIAS DE RISCO PARA USO DE MEDICAMENTOS NA GRAVIDEZ E

CONSIDERAÇÕES PARA USO NA AMAMENTAÇÃO

A bula de alguns medicamentos inclui informações sobre o nível de risco para o

feto e, quando necessário, cautela na sua utilização. O Food and Drug Administration

(FDA) criou cinco categorias (A, B, C, D, e X) para indicar o potencial teratogênico dos

fármacos. Este formato foi inicialmente anunciado em setembro 1979, no FDA Drug

Bulletin. Devido às revisões das bulas, muitos produtos já utilizam esse formato.

De forma semelhante, existe um sistema de classificação, porém pouco

divulgado, aprovado pelo Australian Drug Evaluation Committee (ADEC) em 1989. Há

ainda, uma outra classificação, Thomson Pregnancy Risk Category, derivada de

revisão clínica de literatura primária publicada, mas independente daquela do FDA ou

da ADEC.

Assim neste manual, em virtude de sua maior aceitação e utilização,

adotaremos a classificação proposta pelo FDA e, nos casos onde não foram

encontradas a classificação de acordo com esse órgão, utilizaremos a classificação

proposta pelo ADEC.

Com relação às considerações pertinentes à amamentação, foram utilizadas as

recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), American Academy of

Pediatrics (AAP), e da classificação Thomson.

Abaixo apresentamos as classificações propostas pelo FDA e pela ADEC na

gravidez, e a Avaliação Thomson na amamentação.

Avaliação da Agência Americana (FDA) sobre fármacos usados na gravidez

• Categoria A – A categoria A se refere a medicamentos e substâncias para as

quais os estudos controlados em mulheres não têm mostrado risco para o feto

durante o primeiro trimestre, não havendo nenhuma evidência de risco em trimestres

posteriores, sendo bastante remota a possibilidade de dano fetal.

Page 17: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

16

• Categoria B – Na categoria B, os estudos realizados em animais não

demonstraram risco fetal, mas não há estudos controlados em mulheres ou animais

grávidos que mostrem efeitos adversos (que não seja uma diminuição na fertilidade),

não sendo confirmado em estudos controlados em mulheres no primeiro trimestre (e

não há nenhuma evidência de um risco em trimestres posteriores). Também se aplica

aos medicamentos nos quais os estudos em animais mostraram efeitos adversos sobre

o feto, mas os estudos controlados em humanos não demostraram riscos para o feto.

Podemos considerar os medicamentos e substâncias incluídas nessa categoria como

de prescrição com Cautela.

• Categoria C - Os estudos em animais têm demonstrado que esses

medicamentos podem exercer efeitos teratogênicos ou é tóxico para os embriões, mas

não há estudos controlados em mulheres ou não há estudos controlados disponíveis

em animais nem em humanos. Este tipo de medicamento deve ser utilizado apenas se

o benefício potencial justificar o risco potencial para o feto. Podemos considerar os

medicamentos e substâncias incluídas nessa categoria como de prescrição com Risco.

• Categoria D – Na categoria D já existe evidência de risco para os fetos

humanos, mas os benefícios em certas situações, como nas doenças graves ou em

situações que põem em risco a vida, e para as quais não existe outra alternativa

terapêutica – para os quais fármacos seguros não podem ser utilizados ou são

ineficazes – podem justificar seu uso durante a gravidez, apesar dos riscos. Podemos

considerar os medicamentos e substâncias incluídas nessa categoria como de

prescrição com Alto Risco.

• Categoria X – Na categoria X, os estudos em animais ou humanos têm

demonstrado que o medicamento causa anormalidades fetais ou há evidências de

risco fetal baseada em experiências em humanos ou ambos. O risco supera claramente

qualquer possível benefício. Os medicamentos e substâncias dessa classe são contra –

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Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

17

indicados em mulheres gestantes e são considerados como de prescrição com Perigo

(contra-indicada).

Avaliação do Comitê Australiano (ADEC) sobre fármacos usados na gravidez

• Avaliação A: medicamentos que têm sido tomados por um grande número de

mulheres grávidas e mulheres em idade fértil sem provas de aumento na freqüência

de malformações ou efeitos nocivos diretos ou indiretos sobre o feto tenham sido

observados.

• Avaliação B1: medicamentos que tenham sido tomados somente por um

limitado número de mulheres grávidas e mulheres em idade fértil, sem que aumento

na freqüência de malformações ou efeitos nocivos diretos ou indiretos sobre o feto

tenha sido observado. Estudos em animais não têm mostrado evidência de ocorrência

aumentada de dano fetal.

• Avaliação B2: medicamentos que tenham sido tomados somente por um

limitado número de mulheres grávidas e mulheres em idade fértil, sem que o aumento

na freqüência de malformações ou efeitos nocivos diretos ou indiretos sobre o feto

tenha sido observado. Estudos em animais são inadequados ou podem ser deficientes,

mas os dados disponíveis não mostram evidência de ocorrência de dano fetal

aumentado.

• Avaliação B3: medicamentos que tenham sido tomados somente por um

limitado número de mulheres grávidas e mulheres em idade fértil, sem que o aumento

na freqüência de malformações ou efeitos nocivos diretos ou indiretos sobre o feto

tenha sido observado. Estudos em animais têm mostrado evidência de ocorrência

aumentada de dano fetal, a conseqüência da mesma é considerada incerta em

humanos.

Page 19: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

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• Avaliação C: medicamentos os quais, obedecendo a seus efeitos

farmacológicos, têm causado ou pode ser suspeito de causar efeitos nocivos sobre o

feto ou o neonato sem causar malformações. Esses efeitos podem ser reversíveis.

Textos informativos deverão ser consultados para maiores detalhes.

• Avaliação D: Medicamentos que tenham causado, ou são suspeitos de ter

causado ou podem ser esperados causar um aumento na incidência de malformações

fetais ou danos irreversíveis. Esses medicamentos podem ter efeitos farmacológicos

adversos. Textos informativos deverão ser consultados para maiores detalhes.

• Avaliação X: Medicamentos que têm um alto risco de causar danos

permanentes ao feto que não deverão ser usados na gravidez ou quando existe a

possibilidade de gravidez.

Avaliação Thomson sobre medicamentos na amamentação

• Risco infantil não pode ser descartado: evidência disponível e/ou o consenso

de peritos é inconclusiva ou inadequada para determinar o risco infantil quando o

medicamento é usado durante a amamentação. Pesar os benefícios potenciais do

tratamento medicamentoso contra os riscos potenciais antes de se prescrever o

fármaco durante a amamentação.

• Risco infantil tem sido demonstrado: Evidência e /ou consenso de peritos tem

demonstrado efeitos de dano infantil quando o medicamento é usado durante a

amamentação. Uma alternativa para esse fármaco deverá ser prescrita ou as pacientes

deverão ser aconselhadas a descontinuar o fármaco durante a amamentação.

Page 20: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

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• Risco infantil é mínimo: o peso de um corpo adequado de evidência e ou o

consenso de peritos sugere que esse fármaco possui risco mínimo para o bebê quando

usado durante a amamentação.

• Efeitos sobre o leite são possíveis: Evidência sugere que esse fármaco possa

alterar a produção ou composição do leite. Se uma alternativa a esse fármaco não é

prescrita, deve-se monitorar o bebê quanto a efeitos adversos e/ou ingestão

adequada de leite.

Page 21: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

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MEDICAMENTOS POR GRUPO FARMACOLÓGICO

SEÇÃO A. MEDICAMENTOS USADOS EM MANIFESTAÇÕES GERAIS DE

DOENÇAS

1. Anestésicos e Adjuvantes

1.1 Anestésicos Gerais

1.1.1 Agentes de inalação e oxigênio

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Halotano

(líquido volátil)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Isoflurano

(líquido volátil)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Óxido nitroso

(gás inalante)

Sem categoria de risco

definida pelo FDA.

Estudos retrospectivos e

relatos de casos individuais

não têm mostrado ser

fetotóxico em humanos.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Oxigênio

(gás inalante)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

1.1.2 Agentes intravenosos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de cetamina

(solução injetável)

Sem categoria de risco

definida pelo FDA.

Categoria A (ADEC).

Compatível com a amamentação

(OMS).

Propofol Categoria B – prescrição O risco infantil não pode ser

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Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

21

(emulsão injetável) com Cautela. descartado (Thomson).

Tiopental sódico

(pó para solução)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Compatível com a amamentação

(AAP, OMS).

1.1.3 Medicamentos adjuvantes da anestesia geral e usados em

procedimentos anestésicos de curta duração

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Citrato de fentanila

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Usualmente compatível com a

amamentação (AAP).

Cloridrato de midazolam

(solução injetável)

Maleato de midazolam

(solução oral)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Os estudos sobre esse fármaco

durante esse período são

inconclusivos. (Thomson)

Diazepam

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Risco infantil foi demonstrado

(Thomson).

O fármaco só deve ser utilizado

com a suspensão da

amamentação.

Sulfato de atropina

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Compatível com a

amamentação, mas deve-se

monitorar a criança para efeitos

adversos (OMS).

Sulfato de morfina

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Compatível com a

amamentação. (OMS).

Page 23: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

22

1.2 Anestésicos Locais

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de bupivacaína

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Compatível com a

amamentação. (OMS).

Cloridrato de bupivacaína +

glicose

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Compatível com a amamentação

(OMS).

Cloridrato de lidocaína

(solução injetável)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

Compatível com a amamentação

(OMS).

Cloridrato de lidocaína + glicose

(solução injetável)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

Compatível com a amamentação

(OMS).

Cloridrato de lidocaína +

hemitartarato de epinefrina

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Cloridrato de prilocaína +

felipressina

(solução injetável para uso

odontológico)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

Não foi encontrado menção

na literatura sobre a

felipressina.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Não foi encontrado menção na

literatura sobre a felipressina.

1.3 Bloqueadores Neuromusculares Periféricos e

Anticolinesterásicos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Besilato de atracúrio

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Não há evidência conclusiva que

comprove o risco infantil durante

a amamentação. Considerar os

Page 24: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

23

benefícios potenciais do fármaco

contra riscos potenciais antes de

prescrever esta droga durante a

amamentação.

Brometo de pancurônio

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Não há evidência conclusiva que

comprove o risco infantil durante

a amamentação. Considere os

benefícios potenciais do fármaco

contra riscos potenciais antes de

prescrever esta droga durante a

amamentação.

Brometo de piridostigmina

(comprimido)

Sem categoria de risco

definida pelo FDA.

Categoria C (ADEC).

• Usualmente compatível

com a amamentação

(OMS, AAP).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Cloreto de suxametônio

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Não há evidência conclusiva que

comprove o risco infantil durante

a amamentação. Considere os

benefícios potenciais do fármaco

contra riscos potenciais antes de

prescrever esta droga durante a

amamentação.

Metilsulfato de neostigmina

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Evitar a amamentação (OMS).

Page 25: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

24

2. Analgésicos, Antipiréticos e Medicamentos para o Alívio da

Enxaqueca

2.1 Analgésicos e Antipiréticos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Ácido acetilsalicilico

(comprimido/ solução oral)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar a amamentação (OMS).

Dipirona sódica

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

A amamentação deve ser evitada

durante e até 48 horas após o uso

de dipirona, devido à excreção

dos metabólitos da dipirona no

leite (CBM).

Ibuprofeno

(comprimido/ suspensão oral)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Compatível com a amamentação

(OMS).

Paracetamol

(comprimido/ solução oral)

Categoria B – prescrição com

Cautela.

Compatível com a amamentação

(OMS).

2.2 Analgésicos Opióides e Antagonistas

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Citrato de fentanila

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Usualmente compatível com a

amamentação (AAP).

Cloridrato de naloxona

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Não há evidência conclusiva que

comprove o risco infantil

durante a amamentação.

Considere os benefícios

potenciais do fármaco contra os

riscos potenciais antes de

Page 26: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

25

prescrever este medicamento

durante a amamentação.

Fosfato de codeína

(comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Compatível com a

amamentação (OMS).

Sulfato de morfina

(solução injetável/ solução oral/

cápsula de liberação prolongada/

comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Compatível com a

amamentação (OMS).

2.3 Medicamentos para Alívio da Enxaqueca

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Ácido acetilsalicilico

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar a amamentação (OMS).

Paracetamol

(comprimido/ solução oral)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

Compatível com a amamentação

(OMS).

Cloridrato de amitriptilina

(comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Não evidência conclusiva que

comprove o risco infantil durante

a amamentação. Considere os

benefícios potenciais da droga

contra riscos potenciais antes de

prescrever esta droga durante a

amamentação.

Cloridrato de propranolol

(comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Compatível com a amamentação

(OMS).

Page 27: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

26

3. Antiinflamatórios e Medicamentos Utilizados no Tratamento da Gota

3.1 Antiinflamatórios Não-Esteróides

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Ácido acetilsalicílico

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar a amamentação (OMS).

Ibuprofeno

(comprimido/ suspensão oral)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Compatível com a amamentação

(OMS).

3.2 Antiinflamatórios Esteróides

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Dexametasona

(comprimido/ elixir)

Fosfato dissódico de

dexametasona

(solução injetável)

Sem categoria de risco

definida pelo FDA.

Categoria A (ADEC).

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Fosfato sódico de prednisolona

(solução oral)

Categoria C – prescrição

com Risco.

Compatível com a

amamentação (OMS).

Succinato sódico de

metilprednisolona

(pó para solução injetável)

Sem categoria de risco

definida pelo FDA.

Categoria A (ADEC).

O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Prednisona

(comprimido)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Não evidência conclusiva que

comprove o risco infantil durante

a amamentação. Considere os

benefícios potenciais da droga

contra riscos potenciais antes de

prescrever esta droga durante a

Page 28: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

27

amamentação.

Succinato sódico de

hidrocortisona

(pó para solução injetável)

Categoria C – prescrição

com Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Não evidência conclusiva que

comprove o risco infantil durante

a amamentação. Considere os

benefícios potenciais da droga

contra riscos potenciais antes de

prescrever esta droga durante a

amamentação.

3.3 Medicamentos Modificados de Doença em Distúrbios

Reumatóides e Adjuvantes

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Azatioprina

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar a amamentação (OMS).

Folinato de cálcio

(comprimido/ pó para solução

injetável)

Categoria C – prescrição

com Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Metotrexato de sódio

(comprimido/ solução injetável)

Categoria X – prescrição

com Perigo (contra-

indicada).

O uso de metotrexato e

outros antagonistas do

ácido fólico durante o

primeiro trimestre da

gravidez estão associados à

teratogenicidade e um risco

Evitar amamentação (OMS).

Uso contra-indicado durante a

amamentação. Para o lactente, o

efeito do fármaco sobre o

crescimento ou associação com

carcinogênese é desconhecido.

Mesmo que o fármaco não passe

para o leite materno, o aumento

de energia e de nutrientes,

Page 29: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

28

significativo de aborto

espontâneo. O uso do

metotrexato para psoríase e

artrite reumatóide é contra-

indicado durante a gravidez.

requisitos para a produção de

leite, poderia impactar

negativamente a recuperação da

mãe.

Sulfassalazina

(comprimido)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

Obs.: Sulfonamidas não

devem ser usadas depois da

32ª semana de gravidez.

Evitar amamentação (OMS)

Sulfato de hidroxicloroquina

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

3.4 Medicamentos Utilizados no Tratamento da Gota

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Alopurinol

(comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

• Dados insuficientes para

avaliação do risco (OMS).

• O risco infantil não pode

ser descartado

(Thomson).

Ibuprofeno

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Obs.: pode causar efeitos

adversos se usado nos

últimos meses da gravidez.

Compatível com a amamentação

(OMS).

Page 30: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

29

4. Antialérgicos e medicamentos usados em Anafilaxia

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de prometazina

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

OBS.: recém-nascidos

podem ter problemas de

coagulação sanguínea se

prometazina for tomada pela

mãe 2 semanas antes do

parto.

Compatível com a amamentação

(OMS).

OBS.: é possível que o fluxo de

leite materno possa ser reduzido

em algumas lactantes.

Fosfato sódico de prednisolona

(solução oral)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Obs.: Fator de risco D se

usada no primeiro trimestre.

Compatível com a amamentação

(OMS).

A maioria dos médicos considera

prednisolona, prednisona e

metilprednisolona como os

agentes de escolha para o

tratamento com corticóide

sistêmico durante a

amamentação.

Cloridrato de epinefrina ou

Hemitartarato de epinefrina

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Não há experiência clínica

suficiente para determinar a

segurança de epinefrina

durante a gravidez. Embora

alguns efeitos adversos

tenham sido associados ao

uso de epinefrina, este

agente continua sendo

• Dados insuficientes para

avaliação do risco (OMS).

• O risco infantil não pode

ser descartado

(Thomson).

Page 31: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

30

utilizado na prática. Pode

reduzir o fluxo de sangue

uterino e a contratilidade.

Loratadina

(comprimido/ xarope)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Maleato de dexclorfeniramina

(comprimido/ solução oral/

xarope)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Prednisona

(comprimido)

Sem categoria de risco

definida pelo FDA.

Categoria A (ADEC).

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Succinato sódico de

hidrocortisona

(pó para solução injetável)

Sem categoria de risco

definida pelo FDA.

Categoria A (ADEC).

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Recomenda-se precaução

quando hidrocortisona tópica ou

sistêmica é administrada a

mulheres que amamentam.

5. Antiinfectantes

5.1 Antibacterianos

5.1.1 Penicilinas

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Amoxicilina

(cápsula/ comprimido/ pó para

suspensão oral)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

Penicilinas são geralmente

consideradas seguras para

uso em pacientes não-

Compatível com a amamentação

(OMS).

Não há efeitos nocivos

conhecidos para o lactente, com

exceção da sensibilidade

Page 32: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

31

alérgicas durante a gravidez. associada à excreção de

quantidades mínimas de

amoxicilina no leite materno e

modificação da flora intestinal.

Amoxicilina + Ácido clavulânico

(comprimido/ suspensão oral)

Categoria B (amoxicilina).

O tratamento profilático

com amoxicilina +

clavulanato pode estar

associado a um risco

aumentado de enterocolite

necrotizante em neonatos.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Ampicilina sódica

(pó para solução injetável)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

O risco infantil não pode ser

descartado (Tohmson).

Os efeitos adversos são raros.

Pode ocorrer alergia em lactentes

sensíveis e modificação da flora

intestinal.

Raramente, diarréia e erupções

cutâneas são vistas em lactentes

tratados com ampicilina.

Benzilpenicilina benzatina

(pó para suspensão injetável)

Os efeitos sobre o feto são

desconhecidos.

A utilização deve ser

segundo critério médico.

Os efeitos para o lactente são

desconhecidos.

Administração segundo critério

médico.

Reações alérgicas, diarréia,

infecções fúngicas e erupções

cutâneas podem ocorrer.

Benzilpenicilina potássica

(pó para solução injetável)

Os efeitos sobre o feto são

desconhecidos.

Os efeitos para o lactente são

desconhecidos.

Page 33: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

32

Benzilpenicilina procaína +

benzilpenicilina potássica

(suspensão injetável)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Oxacilina sódica

(pó para solução injetável)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

O risco infantil é mínimo

(Thomson).

5.1.2 Carbapenêmico

FÁRMACOS GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Imipenem + cilastatina sódica

(solução injetável)

Categoria C – prescrição

com Risco.

• Dados insuficientes para

avaliação do risco (OMS).

• Não pode ser estimado

(Thomson).

5.1.3 Cefalosporinas

FÁRMACOS GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cefalexina sódica

(cápsula)

ou

Cloridrato de cefalexina

(suspensão oral)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Cefalotina sódica

(pó para solução injetável)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Cefazolina sódica

(pó para solução injetável)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

• Compatível com a

amamentação (AAP,

OMS).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Cefotaxima Categoria B – prescrição • Compatível com a

Page 34: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

33

(pó para solução injetável) com Cautela.

amamentação (AAP).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Ceftazidima

(pó para solução injetável)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

• Compatível com a

amamentação (AAP,

OMS).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

A concentração no leite é mais

elevada que a das outras

cefalosporinas.

Ceftriaxona sódica

(pó para solução injetável)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

• Compatível com a

amamentação (APP,

OMS).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

5.1.4 Aminoglicosídeos

FÁRMACOS GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Sulfato de amicacina

(solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Há evidências de

nefrotoxicidade, na mãe e

no feto, e ototoxicidade no

feto. Os aminoglicosídeos

podem causar danos ao feto

quando administrados a

mulheres grávidas.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Page 35: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

34

Sulfato de gentamicina

(solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Devido a relatos de

ototoxicidade com outros

aminoglicosídeos,

gentamicina não é

recomendada durante a

gestação.

• Compatível com a

amamentação (APP,

OMS).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

5.1.5 Sulfonamidas e anti-sépticos urinários

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Nitrofurantoína (comprimido/ suspensão oral)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

OBS.: Não pode ser usada há

uma ou duas semanas do

parto ou durante o parto ou

trabalho de parto.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Pode causar problemas nos

lactentes, especialmente

naqueles com deficiência de

GLICOSE 6-FOSFATO

DESIDROGENASE.

Sulfadiazina

(comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco

Uso deve ser evitado, se

possível.

OBS.: O uso de sulfonamidas

não é recomendado durante

o parto.

Evitar amamentação (OMS).

Pode causar problemas

hepáticos, anemia e outros

efeitos não-desejáveis ao

lactente, especialmente naqueles

com deficiência de GLICOSE 6-

FOSFATO DESIDROGENASE.

Sulfametoxazol + trimetropima

(comprimido/ solução injetável/

suspensão oral)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Podem interferir com o

metabolismo do ácido fólico.

Compatível com amamentação,

mas deve-se monitorar o

lactente quanto a reações

adversas (OMS).

Page 36: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

35

Combinações de

sulfonamidas e trimetoprima

não devem ser usadas

durante o primeiro trimestre

da gravidez.

Deve-se evitar o uso durante

o último estágio da gravidez

devido ao riso de kernicterus

no neonato.

Podem causar problemas

hepáticos, anemia e outros

efeitos não-desejáveis em

lactentes, especialmete aqueles

com deficiência de GLICOSE 6-

FOSFATO DESIDROGENASE.

5.1.6 Macrolídeos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Azitromicina

(comprimido/ suspensão oral)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

Deve ser usada apenas

quando alternativas

adequadas não estiverem

disponíveis.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Deve ser usada apenas quando

alternativas adequadas não

estiverem disponíveis, já que os

efeitos de exposição do lactente

são desconhecidos.

Claritromicina

(cápsula/ comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Estearato de eritromicina

(cápsula/ comprimido/ suspensão

oral)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

5.1.7 Fluorquinolonas

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de ciprofloxacino Categoria C – prescrição com • Evitar amamentação

Page 37: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

36

(comprimido/ solução injetável) Risco.

Ciprofloxacino não é

recomendado para uso geral

durante a gravidez, devido à

possibilidade de efeitos

teratogênicos, como

sugeridos em estudos em

animais.

(OMS).

• O risco infantil não pode

ser descartado

(Thomson).

O uso de fluoroquinolonas não é

recomendado em gestantes, pois

há relatos de problemas de

desenvolvimento ósseo.

OBS.: em situações em que a

administração de ciprofloxacino

para mulheres que estejam

amamentando for inevitável, é

sugerido que a amamentação

não retome até quarenta e oito

horas após a última dose tomada

pela mãe.

5.1.8 Glicopeptídios

FÁRMACO GRAVIDEZ AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de vancomicina

(pó para solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

• Dados insuficientes para

avaliação do risco (OMS).

• O risco não pode ser

estiamado (Thomson).

5.1.9 Lincosamidas

FÁRMACO GRAVIDEZ AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de clindamicina

(cápsula)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

Evitar amamentação se possível.

Mas, se utilizada durante este

Page 38: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

37

Fosfato de clindamicina

(solução injetável)

Obs: Deve ser usada no 1º

trimestre apenas se

estritamente necessária.

período, monitorar o lactente

para efeitos adversos (OMS).

5.1.10 Tetraciclinas

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de doxicilina

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Assim como ocorre com outras

tetraciclinas, a doxiciclina forma

um complexo cálcico estável em

qualquer tecido ósseo em

formação. Foi observada uma

redução no índice de crescimento

da fíbula em prematuros

recebendo doses orais de

25mg/kg a cada 6 horas.

5.1.11 Anfenicóis

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloranfenicol

(cápsula/ comprimido)

Palmitato de cloranfenicol

(suspensão oral)

Succinato sódico de clorafenicol

(pó para solução injetável)

Sem categoria de risco

definida com o FDA.

Categoria A (ADEC)

A administração de

cloranfenicol para a mãe a

curto prazo pode resultar no

desenvolvimento da

“síndrome do bebê

cinzento” e eventual

Evitar amamentação se possível.

Mas, se utilizada durante este

período, monitorar o lactente

para efeitos adversos (OMS).

O efeito em lactentes é

desconhecido, mas pode ser

motivo de preocupação devido

ao pontencial para supressão

idiossincrática da medula óssea.

Page 39: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

38

mortalidade infantil devido

ao colapso cardiovascular.

OBS.: Não é recomendado

dentro de uma a duas

semanas do parto, pois pode

causar problemas no bebê.

5.1.12 Outros

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Metronidazol

(comprimido/ solução injetável)

Categoria B - prescrição com

Cautela.

Uso não recomendado

durante o primeiro trimestre

da gravidez, devendo seu

uso ficar restrito às mulheres

em que o tratamento local

se mostrou inadequado para

combater os sintomas.

Evitar amamentação (OMS).

Pelo fato de o fármaco ser

mutagênico e carcinogênico em

alguns testes especiais, a

exposição desnecessária ao

metronidazol deve ser evitada.

Devido o fármaco ser eliminado

no leite (que fica com gosto

desagradável), pode haver uma

modificação da flora intestinal do

lactente.

Obs: Orientar a mãe a extrair o

seu leite com antecedência, e

estocar em congelador para

alimentar o bebê.

5.1.13 Medicamentos para o tratamento de tracoma

FÁRMACO GRAVIDEZ AMAMENTAÇÃO

Azitromicina Categoria B – prescrição O risco infantil não pode ser

Page 40: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

39

(comprimido/ suspensão oral) com Cautela.

Deve ser usada apenas

quando alternativas

adequadas não estiverem

disponíveis.

descartado (Thomson).

Deve ser usada apenas quando

alternativas adequadas não

estiverem disponíveis, já que os

efeitos de exposição do lactente

são desconhecidos.

Cloridrato de doxicilina

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Assim como ocorre com outras

tetraciclinas, a doxiciclina forma

um complexo cálcico estável em

qualquer tecido ósseo em

formação. Foi observada uma

redução no índice de crescimento

da fíbula em prematuros

recebendo doses orais de

25mg/kg a cada 6 horas.

Cloridrato de tetraciclina

(pomada oftálmica)

Sem categoria de risco

definida pelo FDA.

Categoria D (ADEC).

Estudos em animais

indicaram que tetraciclinas

atravessam a placenta, são

encontradas nos tecidos

fetais e podem apresentar

efeitos tóxicos no feto em

formação. Podem causar

manchas dentárias e inibição

do crescimento ósseo.

Uso não recomendado, pois

passam para o leite e podem

causar manchas dentárias e

inibição do crescimento ósseo.

Podem também aumentar a

sensibilidade cutânea dos

lactentes à luz solar e causar

infecções fúngicas de boca e

vagina (USPDI).

Page 41: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

40

5.1.14 Medicamentos para o tratamento de peste

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloranfenicol

(cápsula/ comprimido)

Palmitato de cloranfenicol

(suspensão oral)

Succinato sódico de cloranfenicol

(pó para solução injetável)

Sem categoria de risco

definida com o FDA.

Categoria A (ADEC)

A administração de

cloranfenicol para a mãe a

curto prazo pode resultar no

desenvolvimento da

“síndrome do bebê

cinzento” e eventual

mortalidade infantil devido

ao colapso cardiovascular.

OBS.: Não é recomendado

dentro de uma a duas

semanas do parto, pois pode

causar problemas no bebê.

Evitar amamentação se possível,

mas, se utilizada durante este

período, monitorar o lactente

para efeitos adversos (OMS).

O efeito em lactentes é

desconhecido, mas pode ser

motivo de preocupação devido

ao pontencial para supressão

idiossincrática da medula óssea.

Cloridrato de doxicilina

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Assim como ocorre com outras

tetraciclinas, a doxiciclina forma

um complexo cálcico estável em

qualquer tecido ósseo em

formação. Foi observada uma

redução no índice de crescimento

da fíbula em prematuros

recebendo doses orais de

25mg/kg a cada 6 horas.

Sulfato de estreptomicina

(pó para solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Page 42: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

41

Alguns relatos têm

demonstrado que

aminoglicosídeos,

especialmente

estreptomicina e

tobramicina, podem causar

danos à audição, ao senso de

equilíbrio e aos rins da

criança se a mãe tiver

recebido o medicamento

durante a gravidez.

Sulfato de gentamicina

(solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Devido a relatos de

ototoxicidade com outros

aminoglicosídeos,

gentamicina não é

recomendada durante a

gestação.

• Compatível com a

amamentação (AAP,

OMS).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

5.1.15 Medicamentos para tratamento da tuberculose

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de etambutol

(comprimido/ suspensão oral)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Etionamida

(comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Isoniazida

(comprimido)

Sem categoria de risco

definida com o FDA.

Categoria A (ADEC)

• Compatível com a

amamentação (OMS).

• O risco infantil não pode

Page 43: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

42

Isoniazida é considerada

relativamente segura, tanto

para a mãe quanto para o

feto, para tratar tuberculose

ativa durante a gravidez.

Avaliar a relação risco-

benefício.

OBS.: Suplementação de

Piridoxina (25 mg/dia) é

recomendada para todas as

mulheres tomando

isoniazida e que estejam

grávidas.

ser descartado

(Thomson).

Avaliar o risco-benefício.

OBS.: Suplementação de

Piridoxina (25 mg/dia) é

recomendada para todas as

mulheres tomando isoniazida e

que estejam amamentando.

Isoniazida + Rifampicina

(cápsula)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Pirazinamida

(comprimido/ solução oral)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

OBS.: A Organização Mundial da

Saúde (OMS) recomenda o

acompanhamento da criança

para icterícia.

Rifampicina (cápsula/ suspensão oral)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Quando rifampicina é

administrada durante as

últimas semanas de

gravidez, hemorragias

podem ocorrer na mãe e na

criança.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Page 44: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

43

Sulfato de estreptomicina

(pó para solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Alguns relatos têm

demonstrado que

aminoglicosídeos,

especialmente

estreptomicina e

tobramicina, podem causar

danos à audição, ao senso de

equilíbrio e aos rins da

criança se a mãe tiver

recebido o medicamento

durante a gravidez.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

5.1.16 Medicamentos para tratamento da hanseníase

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Clofazimina

(cápsula)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Compatível com amamentação,

mas deve-se monitorar o

lactente quanto a reações

adversas (OMS).

É excretada no leite materno,

podendo resultar em rubor e

hiperpigmentação da pele do

bebê, que é reversível com a

suspensão do fármaco.

Cloridrato de minociclina

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Podem causar manchas

dentárias e inibição do

Efeitos sobre o leite são

possíveis (Thomson).

Page 45: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

44

crescimento ósseo.

Dapsona

(comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Pode causar problemas

sanguíneos em lactentes com

deficiência de GLICOSE 6-

FOSFATO DESIDROGENASE.

Lactantes podem necessitar da

interrupção do tratamento por

causa dos riscos para o lactente.

Ofloxacino

(comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O uso não é recomendado

durante a gravidez, pois

fluoroquinolonas têm sido

reportadas por causar

problemas de

desenvolvimento ósseo em

animais jovens.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Ofloxacino é excretado no leite

humano. Fluoroquinolonas

passam para o leite materno e

podem causar problemas de

desenvolvimento ósseo.

Há conflito de recomendações

sobre sua utilização durante a

lactação humana. A Academia

Americana de Pediatria considera

ofloxacino geralmente

compatível com a amamentação;

no entanto, o fabricante declara

que, devido ao potencial de

reações adversas graves em

lactentes, deve-se decidir por

interromper amamentação ou o

uso do fármaco.

Page 46: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

45

Rifampicina (cápsula/ suspensão oral)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Quando rifampicina é

administrada durante as

últimas semanas de

gravidez, hemorragias

podem ocorrer na mãe e na

criança.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

5.2 Antifúngicos Sistêmicos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Anfotericina B

(pó para solução injetável em

desoxicolato de sódio)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

Embora ainda seja

necessária avaliação da

segurança de anfotericina B

na gravidez, ela é

considerada a primeira linha

de tratamento para

infecções micóticas

suscetíveis durante a

gravidez.

• Dados insuficientes para

avaliação do risco (OMS).

• O risco infantil não pode

ser descartado

(Thomson).

Fluconazol

(cápsula/ solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Evitar uso durante a

gravidez, exceto em

pacientes com infecções

fúngicas graves.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Itraconazol Categoria C – prescrição com O risco infantil não pode ser

Page 47: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

46

(cápsula/ solução oral) Risco.

Durante a experiência pós-

comercialização, foram

relatados casos de anomalias

congênitas.

descartado (Thomson).

5.3 Antifúngicos Tópicos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cetoconazol

(xampu)

Categoria C – prescrição com

Risco.

• Dados insuficientes para

avaliação do risco (OMS).

• O risco infantil não pode

ser descartado

(Thomson).

Nistatina

(suspensão oral)

Categoria C – prescrição com

Risco

• Dados insuficientes para

avaliação do risco (OMS).

• O risco infantil não pode

ser descartado

(Thomson).

Nitrato de miconazol

(creme/ creme vaginal/ loção/ gel

oral/ pó)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Esses medicamentos são

seguros e eficazes quando

usados ao menos sete dias

durante o segundo ou

terceiro trimestre de

gravidez.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Page 48: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

47

5.4 Medicamentos Usados em Pneumocistose

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de clindamicina

(cápsula/ comprimido)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

Altas doses demonstraram

produzir significante e

persistente aumento da

pressão sanguínea, bem

como nefrotoxicidade em

ratos expostos.

Evitar amamentação se possível.

Mas, se utilizada durante este

período, monitorar o lactente

para efeitos adversos (OMS).

Difosfato de primaquina

(comprimido)

Sem categoria de risco

definida pelo FDA.

Categoria D (ADEC).

O ‘Centers for Disease

Control’ recomenda que

primaquina não seja

administrada durante a

gravidez por causa da

possibilidade de o feto ter

deficiência de GLICOSE 6-

FOSFATO DESIDROGENASE,

especialmente em

pacientes com alto risco

para essa desordem.

O risco infantil não pode

descartado (Thomson).

Monitorar neonatos e

prematuros expostos à

primaquina para icterícia e

hemólise, sinais de deficiência de

GLICOSE 6-FOSFATO

DESIDROGENASE.

Isetionato de pentamidina (solução injetável)

Categoria C – prescrição

com Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Sulfametoxazol + trimetropima

(comprimido/ solução injetável/

suspensão oral)

Categoria C – prescrição

com Risco.

Podem interferir com o

Compatível com amamentação,

mas deve-se monitorar o

lactente quanto a reações

Page 49: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

48

metabolismo do ácido

fólico. Combinações de

sulfonamidas e

trimetoprima não devem

ser usadas durante o

primeiro trimestre da

gravidez.

Deve-se evitar o uso

durante o último estágio da

gravidez devido ao riso de

kernicterus no neonato.

adversas (OMS).

Podem causar problemas

hepáticos, anemia e outros

efeitos não-desejáveis em

lactentes, especialmete aqueles

com deficiência de GLICOSE 6-

FOSFATO DESIDROGENASE.

5.5 Antivirais

5.5.1 Inibidores da polimerase viral

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Aciclovir

(comprimido)

Aciclovir sódico

(solução injetável)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

• Compatível com

amamentação (OMS,

AAP).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Ganciclovir sódico

(pó para solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Evitar amamentar durante o

tratamento. Instruir à mãe voltar

amamentar somente até, no

mínimo, depois de 72h após o

tratamento.

Page 50: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

49

5.5.2 Anti-Retrovirais

5.5.2.1 Inibidores de transcriptase reversa análogos de

nucleosídeo

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Abacavir

(comprimido/ solução oral)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Mães infectadas pelo vírus HIV

não devem amamentar seus

filhos para evitar a transmissão.

Didanosina

(comprimido/ pó para solução

oral)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Por causa dos sérios riscos de

efeitos adversos no lactente e

para evitar a transmissão do vírus

HIV, a amamentação não é

recomendada.

Lamivudina

(comprimido/ solução oral)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Para evitar a transmissão do vírus

HIV, mães infectadas não devem

amamentar seus filhos.

Zidovudina

(cápsula/ solução oral/ solução

injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

É administrado antes e

depois do parto para evitar a

transmissão do vírus HIV

para a criança.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Para evitar a transmissão do vírus

HIV, mães infectadas não devem

amamentar seus filhos.

Zidovudina + Lamivudina Categoria C – prescrição com O risco infantil não pode ser

Page 51: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

50

(comprimido) Risco.

É administrado antes e

depois do parto para evitar a

transmissão do vírus HIV

para a criança.

descartado (Thomson).

Para evitar a transmissão do vírus

HIV, mães infectadas não devem

amamentar seus filhos.

5.5.2.2 Inibidores da transcriptase reversa não-análogos

de nucleosídeo

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Efavirenz

(cápsula/ solução oral)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Para evitar a transmissão do vírus

HIV, mães infectadas não devem

amamentar seus filhos.

Nevirapina

(comprimido/ suspensão oral)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Para evitar a transmissão do vírus

HIV, mães infectadas não devem

amamentar seus filhos.

5.5.2.3 Inibidores de transcriptase reversa análogos de

nucleotídeo

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Fumarato de tenofovir

desoproxila

(comprimido)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Page 52: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

51

5.5.2.4 Inibidores de protease

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Lopinavir + ritonavir

(cápsula/ solução oral)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Pode ser administrado

somente se o benefício

justificar o possível risco

para o feto.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Mulheres infectadas pelo vírus

HIV não devem amamentar seus

filhos para evitar a transmissão.

Mesilato de saquinavir

(cápsula)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Mulheres infectadas pelo vírus

HIV não devem amamentar seus

filhos para evitar a transmissão.

Nelfinavir

(comprimido/ pó para solução)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Por causa dos sérios riscos de

efeitos adversos no lactente e

para evitar a transmissão do vírus

HIV, a amamentação não é

recomendada.

Ritonavir

(cápsula/ solução oral)

Categoria B – prescrição

com Cautela

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Por causa dos sérios riscos de

efeitos adversos no lactente e

para evitar a transmissão do vírus

HIV, a amamentação não é

recomendada.

Sulfato de atazanavir

(cápsula)

Categoria B – prescrição

com Cautela

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Page 53: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

52

Por causa dos sérios riscos de

efeitos adversos no lactente e

para evitar a transmissão do vírus

HIV, a amamentação não é

recomendada.

5.6 Antiparasitários

5.6.1 Anti-helmínticos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Albendazol

(comprimido mastigável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Citrato de dietilcarbamazina

(comprimido)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Ivermectina

(comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Mebendazol

(comprimido/ suspensão oral)

Categoria C – prescrição com

Risco

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Praziquantel

(comprimido)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Tiabendazol

(comprimido/ suspensão oral)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

5.6.2 Antiprotozoários

5.6.2.1 Amebicida, giardicida e tricomonicida

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Metronidazol

(comprimido/ suspensão oral/

creme vaginal)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

Como o metronidazol

Evitar amamentação (OMS).

Pelo fato de o fármaco ser

mutagênico e carcinogênico em

Page 54: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

53

atravessa a barreira

placentária e entra na

circulação fetal rapidamente,

a utilização de metronidazol

é contra-indicada durante o

primeiro trimestre da

gravidez. Recomenda-se que

o metronidazol seja utilizado

durante a gravidez apenas se

o benefício materno justifica

o risco potencial para o feto.

Uso não recomendado

durante o primeiro trimestre

da gravidez, devendo seu

uso ficar restrito às mulheres

em que o tratamento local

se mostrou inadequado para

combater os sintomas.

alguns testes especiais, a

exposição desnecessária ao

metronidazol deve ser evitada.

Devido o fármaco ser eliminado

no leite (que fica com gosto

desagradável), pode haver uma

modificação da flora intestinal do

lactente

Obs: Orientar a mãe a extrair o

seu leite com antecedência, e

estocar em congelador para

alimentar o bebê.

5.6.2.2 Antimaláricos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Arteméter

(solução injetável)

O arteméter é a segunda,

para o tratamento

parenteral de malária

falciparum grave durante o

segundo e terceiro

trimestres. No primeiro

trimestre, até que haja mais

provas disponíveis, o

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Page 55: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

54

artesunato pode ser

considerado como uma

opção (OMS).

Artesunato de sódio

(comprimido/ pó para solução

injetável)

O risco fetal não pode ser

descartado (Thomson).

Compatível com amamentação,

mas deve-se monitorar o

lactente quanto a reações

adversas (OMS).

Cloridrato de clindamicina

(cápsula)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

Evitar amamentação se possível.

Porém, se utilizada, deve-se

monitorar a criança para efeitos

adversos (OMS).

Risco de diarréia e colite

pseudomembranosa.

Cloridrato de mefloquina

(comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Obs.: Não deve ser usado no

1º trimestre de gestação.

Evitar amamentação (OMS).

Sulfato de cloroquina

(solução injetável)

Difosfato de cloroquina

(comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

OMS não recomenda o uso em

crianças com deficiência de

GLICOSE 6-FOSFATO

DESIDROGENASE, e aconselha

acompanhamento de prematuros

e neonatos de efeitos

secundários, tais como hemólise

e icterícia.

Doxiciclina

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Page 56: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

55

Primaquina

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco

Possibilidade de o feto

nascer com deficiência de

GLICOSE 6-FOSFATO

DESIDROGENASE (Centers

for Disease Control).

• Compatível com a

amamentação (OMS)

• O risco infantil não pode

ser descartado

(Thomson).

Sulfato de quinina

(comprimido)

Dicloridrato de quinina

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

OMS considera que é seguro

quando usados em doses

terapêuticas normais,

embora o problema de

hipoglicemia nos segundo e

terceiro trimestre possam

sugerir que os derivados de

artemisina possam ser

melhores.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

5.6.2.3 Medicamentos contra toxoplasmose e

adjuvantes

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de clindamicina

(cápsula)

Fosfato de clindamicina

(solução injetável)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

Evitar a amamentação se

possível. Porém, se utilizada

durante este período, monitorar

a criança para efeitos adversos

(OMS).

Espiramicina É usada primariamente na Uso criterioso. Não há

Page 57: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

56

(comprimido)

prevenção da toxoplasmose

congênita, no 1º trimestre

da gestação. As

concentrações elevadas da

espiramicina observadas na

placenta e cordão umbilical

fazem com que esse fármaco

seja recomendado para o

tratamento pré-natal de

toxoplasmose congênita. É

desprovida de complicação

para o feto.

informações disponíveis.

Folinato de cálcio

(comprimido/ pó para solução

injetável/ solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Pirimetamina

(comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Compatível com a

amamentação, mas deve-se

monitorar a criança para efeitos

adversos (OMS).

Excretada no leite materno em

quantidades significativas e

interfere no metabolismo do

ácido fólico.

Sulfadiazina

(comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Page 58: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

57

5.6.2.4 Medicamento contra tripanossomíase

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Benzinidazol

(comprimido)

É contra-indicado no 1 º

trimestre da gravidez.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

5.6.2.5 Medicamentos contra leishmaníase

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Anfotericina B

(pó para solução injetável em

desoxicolato de sódio)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

O uso só deve ser feito no

caso de infecções em que

outros fármacos mais

seguros não podem ser

usados.

• Dados insuficientes para

avaliação do risco (OMS).

• O risco infantil não pode

ser descartado

(Thomson).

Antimoniato de meglumina

(solução injetável)

É contra-indicado para

gravidez, exceto em casos de

leishmaniose visceral, que

pode levar ao óbito.

O recém-nascido e o lactente não

ficam expostos a níveis tóxicos de

antimônio pentavalente, pois o

nível absoluto máximo

encontrado no leite materno foi

de 3-5μm/mL.

Isetionato de pentamidina

(pó para solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Pode provocar aborto, o que

não impede de tratar a

forma visceral, que tem alta

letalidade.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Page 59: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

58

5.6.2.6 Medicamentos contra filaríase

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Citrato de dietilcarbamazina

(comprimido)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Ivermectina

(comprimido)

Categoria C - prescrição com

Risco.

• Dados insuficientes para

avaliação do risco (OMS).

• O risco infantil não pode

ser descartado (Thomson).

5.7 Anti-Sépticos, Desinfetantes e Esterilizantes

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Álcool etílico

(solução 70% m/V)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Gliconato de Clorexidina

(solução degermante 2% a 4%)

É utilizado para anti-sepsia

pré-operatória.

Não há informações disponíveis.

Glutaral

(solução 2%)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Hipoclorito de sódio

(solução 10mg de cloro/mL)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Iodopovidona

(solução alcoólica 10%/ solução

aquosa 10%/ solução

degermante 10%)

Categoria C – prescrição

com Risco.

Hipotiroidismo tem sido

relatado em prematuros e

infantes de baixo peso após

utilização de iodopovidona

para rotina de anti-sepsia, e

hipertiroidismo em bebês

atermo após lavagem do

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Alguns estudos relatam elevadas

concentrações de iodo no leite

materno e um odor de iodo na

pele do bebê.

Page 60: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

59

mediastino.

A utilização perinatal

vaginal de iodopovidona

pode causar disfunção

neonatal da tireóide.

Permanganato de Potássio

(pó/ comprimido)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

6. Medicamentos Utilizados no Manejo das Neoplasias

6.1 Antineoplásicos

6.1.1 Alquilantes

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Ciclofosfamida

(pó para solução injetável/

comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Clorambucila

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar a amamentação se

possível. Porém, se utilizada

durante este período, monitorar

a criança para efeitos adversos

(OMS).

Dacarbazina

(pó para solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Ifosfamida.

(pó para solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Melfalana

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Page 61: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

60

6.1.2 Antimetabólitos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Citarabina

(pó para solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Cladribina

(solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Fluoruracila

(creme/ solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Amamentação não recomendada

durante quimioterapia, devido o

risco para a criança (USPDI).

Mercaptopurina

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Metotrexato de sódio

(comprimido/ solução injetável)

Categoria X – prescrição com

Perigo (contra-indicada).

Evitar amamentação (OMS).

Tioguanina

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

6.1.3 Alcalóides e outros produtos naturais

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Docetaxel

(solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Etoposídeo

(cápsula/ solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Paclitaxel

(solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Sulfato de vimblastina

(pó para solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Sulfato de vincristina

(pó para solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Page 62: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

61

Teniposídeo

(solução injetável)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

6.1.4 Antibióticos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de daunorrubicina

(pó para solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Cloridrato de doxorrubicina

(pó para solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Cloridrato de Idarrubicina

(pó para solução injetável/

cápsula)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Dactinomicina

(solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Sulfato de bleomicina

(pó para solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar amamentação (OMS).

6.1.5 Compostos de platina

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Carboplatina

(pó para solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Cisplatina

(solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar amamentação (OMS).

6.1.6 Outros agentes citotóxicos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Asparaginase

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Page 63: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

62

Hidroxiuréia

(cápsula)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

6.2 Terapia Hormonal

6.2.1 Progestógenos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Acetato de megestrol

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

6.2.2 Análogos de Hormônios Liberadores de Gonadotrofina

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Acetato de leuprorrelina

(pó para suspensão injetável)

Categoria X – prescrição com

Perigo (contra-indicada).

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

6.2.3 Antiestrógenos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Citrato de tamoxifeno

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar amamentação (OMS).

6.2.4 Inibidores enzimáticos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Anastrozol

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

6.3 Adjuvantes da Terapêutica Antineoplásica

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de ondansetrona Categoria B – prescrição com O risco infantil não pode ser

Page 64: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

63

(comprimido/ solução injetável) Cautela. descartado (Thomson).

Dexametasona

(comprimido/ elixir)

Sem categoria de risco

definida pelo FDA.

Categoria A (ADEC)

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Filgrastrim

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Folinato de cálcio

(comprimido/ pó para solução

injetável/ solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Fosfato dissódico dexametasona

(solução injetável)

Sem categoria de risco

definida pelo FDA.

Categoria A (ADEC)

O risco infantil não pode ser descartado (Thomson).

Fosfato sódico prednisolona

(solução oral)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser descartado (Thomson).

Mesna

(solução injetável/ comprimido)

Categoria B – prescrição com

Cautela.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Pamidronato dissódico

(pó para solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Prednisona

(comprimido)

Sem categoria de risco

definida pelo FDA.

Categoria A (ADEC)

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Succinato sódico de

metilprednisolona

(pó para solução injetável)

Sem categoria de risco

definida pelo FDA.

Categoria A (ADEC)

O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Page 65: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

64

7. Imunossupressores e Imunoterápicos

7.1 Imunossupressores

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Azatioprina

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

OBS: é recomendado o uso

de métodos contraceptivos

durante o tratamento.

Evitar a amamentação (OMS).

Ciclofosfamida

(pó para solução injetável/

comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

OBS: é recomendado o uso

de métodos contraceptivos

durante o tratamento.

Evitar a amamentação (OMS),

devido à citotoxicidade do

fármaco, que pode interferir com

o metabolismo celular do

lactente, demonstrando risco

infantil.

Ciclosporina

(cápsula/ solução oral)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Evitar a amamentação (OMS),

devido à citotoxicidade do

fármaco, que pode interferir com

o metabolismo celular do

lactente, demonstrando risco

infantil.

Fosfato sódico de prednisolona

(solução)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Metotrexato de sódio

(comprimido/ solução injetável)

Categoria X – prescrição com

Perigo (contra-indicada).

OBS: é recomendado o uso

de métodos contraceptivos

durante o tratamento.

Evitar a amamentação (OMS),

devido à citotoxicidade do

fármaco, que pode interferir com

o metabolismo celular do

lactente, demonstrando risco

infantil.

Prednisona Sem categoria de risco O risco infantil não pode ser

Page 66: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

65

(comprimido) definida pelo FDA.

Categoria A (ADEC)

descartado (Thomson).

7.2 Vacinas e Toxóides

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Vacina BCG – ID (contra

tuberculose, bacilos atenuados)

(pó para solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Em gestantes, recomenda-se

transferir a aplicação do BCG

para depois de terminada a

gravidez.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Vacina de vírus vivos atenuados

de febre amarela

(pó para solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Risco para o feto, utilizar

como última alternativa

terapêutica.

• Compatível com a

amamentação (OMS).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Vacina contra hepatite B (ADNR

recombinante)

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

A vacina deve ser

administrada a mulheres

grávidas apenas se

estritamente necessário e

aquelas que se enquadrem

dentro das normas dos

Centros de Referência para

Imunobiológicos Especiais

(CRIES).

• Compatível com a

amamentação (OMS).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson)

Vacina contra raiva (uso humano,

cultivo celular) = Anti-rábica

Categoria C – prescrição com

Risco.

• Compatível com a

amamentação (OMS)

Page 67: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

66

humana preparada sobre células

VERO

(pó para solução injetável)

A vacina deve ser

administrada a mulheres

grávidas apenas se

estritamente necessário e

aquelas que se enquadrem

dentro das normas dos

Centros de Referência para

Imunobiológicos Especiais

(CRIES).

OBS: a gravidez não deve

ser considerada uma contra-

indicação para vacinação

contra raiva em situações

de pós-exposição.

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

É aconselhável definir

cuidadosamente o benefício

esperado contra o risco potencial

antes da administração

profilática da vacina durante a

lactação. Nenhum risco para o

recém-nascido foi relatado até a

presente data.

OBS: a lactação não é contra-

indicação para a vacinação.

Vacina de vírus vivos contra

sarampo = vírus hiperatenuados

(pó para solução injetável)

Categoria X – prescrição com

Perigo (contra-indicada)

Obs.: recomenda-se que a

gravidez seja evitada nos

três meses seguintes à

vacinação.

• Compatível com a

amamentação (OMS)

• O risco infantil é mínimo

(Thomson)

Recomenda-se o uso com

cautela, visto não haver registro

de problemas causados nos

lactentes pela utilização da

vacina durante a lactação.

Vacina antidiftérica e antitetânica

uso adulto (DT)

(suspensão injetável)

É uma vacina de rotina na

gestação.

Não há estudos conclusivos.

Vacina oral contra poliomielite

tipos 1,2 e 3

(solução oral)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Não existem contra-

Não foram documentados

problemas relacionados ao uso

da vacina inativa contra

Page 68: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

67

indicações absolutas para a

aplicação de vacina contra

poliomielite.

Embora a imunização de

rotina não seja

recomendada em mulheres

grávidas, a vacinação poderá

ser efetuada em caso de

risco de exposição ao vírus

da poliomielite durante a

gravidez.

poliomielite durante a lactação.

Vacina tríplice bacteriana, contra

difteria, tétano e coqueluche

(DTP)

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Somente utilizar se os

benefícios justificarem os

riscos para o feto.

Não existem relatos de

incompatibilidade.

Vacina tríplice viral, contra

sarampo, rubéola e caxumba

(SRC)

(solução injetável)

Categoria X – prescrição com

Perigo (contra-indicada).

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Vacina contra febre tifóide

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Não há dados sobre a

segurança das vacinas Vi ou

Ty21a na gestação, mas se

for indicado o seu uso, em

função de riscos

epidemiológicos, é preferível

usar a vacina polissacáride

Raciocínio semelhante se aplica

ao seu uso em mães que estejam

amamentando.

Page 69: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

68

Vi, por ser vacina não-viva,

ao contrário da Ty21a.

Vacina contra influenza

(conjugada c proteína tetánica

contra Haemophilus tipo b)

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Não foram realizados

estudos investigando seu

uso na gravidez.

Compatível com a amamentação

e o risco infantil é mínimo.

Não foram documentados

problemas relacionados à

lactação em humanos.

Vacina anti-meningococo A e C

(A+C)

(pó para solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Não são vacinas de uso

rotineiro, sendo indicadas

apenas para o controle de

surtos e epidemias.

Não foram realizados

estudos investigando o

efeito sobre a gravidez,

porém deve-se tomar

cuidado na vacinação de

mulheres grávidas.

A vacina não é formalmente

contra-indicada durante a

gravidez e pode ser utilizada

em caso de risco substancial

de infecção.

A vacina não é formalmente

contra-indicada durante a

lactação e pode ser utilizada em

caso de risco substancial de

infecção.

Vacina anti-meningococo B e C

(suspensão injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Não é utilizada na rotina dos

serviços de saúde pública,

ficando seu uso

Não deve ser administrada em

mulheres amamentando a não

ser que seja considerado

necessário e justificado seu uso

por um alto risco epidemiológico,

Page 70: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

69

condicionado a instruções do

Programa Nacional de

Imunizações, em situações

epidemiológicas especiais.

Não deve ser administrada

em mulheres grávidas a não

ser que seja considerado

necessário e justificado seu

uso por um alto risco

epidemiológico, neste caso

deve ser examinada a

relação risco/benefício para

poder liberar uma possível

imunização.

neste caso deve ser examinada a

relação risco/benefício para

poder liberar uma possível

imunização.

Vacina oral de rotavírus humano

(VORH)

(pó para solução oral)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Vacina tetravalente (DPT+HiB)

anti-diftérica, anti-tetânica, anti-

pertússica e contra meningite e

outras infecções causadas por

Haemophilus influenzae tipo B

(suspensão injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Não se recomenda a

utilização em mulheres

grávidas. Contudo, em caso

de administração

inadvertida, não há registro

de risco de teratogenicidade;

porém, uma reação febril

pode aumentar o risco de

aborto ou parto prematuro.

O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Page 71: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

70

7.3 Soros e Imunoglobulinas

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Imunoglobulina anti-D (Rh)

(solução injetável)

Categoria A – é bastante

remota a possibilidade de

dano fetal.

Experiência clínica não

mostrou sinais de efeitos

mutagênicos e/ou

teratogênicos. Não foram

observados efeitos

prejudiciais durante a

gestação, nem no feto e nem

no neonato.

O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Imunoglobulina antitetânica

(solução injetável)

Categoria B – prescrição com

Cautela.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Imunoglobulina anti – rábica

(solução injetável)

Categoria B – prescrição com

Cautela.

Deve ser administrada a

mulheres grávidas apenas se

estritamente necessário e

aquelas que se enquadrem

dentro das normas dos

Centros de Referência para

Imunobiológicos Especiais

(CRIES).

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Soro anti-rábico

(solução injetável)

Categoria B – prescrição com

Cautela.

Deve ser administrada a

mulheres grávidas apenas se

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Page 72: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

71

estritamente necessário e

aquelas que se enquadrem

dentro das normas dos

Centros de Referência para

Imunobiológicos Especiais

(CRIES).

Soro antiaracnídico

(solução injetável)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Soro antibotrópico

(solução injetável)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Soro antibotrópico-crotálico

(solução injetável)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Soro antibotrópico- laquético

(solução injetável)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Soro antibotulínico

(solução injetável)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Soro anticrotálico

(solução injetável)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Soro antidiftérico

(solução injetável)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Soro antielapídico

(solução injetável)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Page 73: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

72

Avaliar o risco-benefício. Avaliar o risco-benefício.

Soro antiescorpiônico

(solução injetável)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Soro antilatrodectus

(solução injetável)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Soro antilonômico

(solução injetável)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Soro antiloxocélico

(solução injetável)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Soro antitetânico

(solução injetável)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Avaliar o risco-benefício.

8. Medicamentos e Antídotos Usados em Intoxicaçõees Exógenas

8.1 Não-Específicos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Bicarbonato de sódio

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Page 74: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

73

Carvão Ativado

(suspensão em sorbitol) Categoria C – prescrição com

Risco.

A segurança não foi

estabelecida e o risco fetal

não pode ser excluído.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

8.2 Específicos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloreto de metiltionímio

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco. Evitar a amamentação (OMS).

Cloridrato de naloxona

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

excluído (Thomson).

Cloridrato de penicilamina

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Nos casos em que existirem

alternativas mais seguras, a

interrupção da penicilamina

é aconselhada. Porém, para

a Doença de Wilson,

geralmente é recomendado

que mulheres que utilizam

penicilamina prosseguiam o

tratamento durante gravidez

nos casos em que os

benefícios superem os

riscos.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Obs.: alternativa de alimentação

é recomendada durante a terapia.

Page 75: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

74

Flumazenil

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco não pode ser

excluído. Entretanto, podem

ser administrados se o

benefício justifica o

potencial risco.

OBS: o uso em situações de

emergência não está contra

– indicado.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Folinato de cálcio

(comprimido/ solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Mesilato de desferroxamina

(pó para solução injetável) Categoria C – prescrição com

Risco.

Não é recomendado para

mulheres que possam

engravidar ou para utilização

durante o início da gravidez,

a menos que a vida da

mulher esteja em risco

devido ao ferro em demasia.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Mesilato de pralidoxima

(solução injetável) Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Nitrito de Sódio

(cápsula)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Page 76: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

75

Sulfato de atropina

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Compatível com a amamentação,

mas deve-se monitorar a criança

para efeitos adversos (OMS).

Tiossulfato de sódio

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

9. Soluções Hidroelétricas e Corretoras do Equilíbrio Ácido-básico

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Água para injeção

N.A. (ampola/ frasco)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Gliconato de cálcio

(solução injetável)

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Fosfato de potássio monobásico

+ fosfato de potássio dibásico

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Cloreto de potássio

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Cloreto de sódio

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

• Compatível com

amamentação (OMS).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Bicarbonato de sódio

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Sais para reidratação oral

(pó para solução oral)

Não há informações

disponíveis.

Não há informações disponíveis.

Solução Ringer + lactato

(solução injetável)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Page 77: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

76

Sulfato de Magnésio

(solução injetável)

Categoria A – é bastante

remota a possibilidade de

dano fetal.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

10. Vitaminas e Substâncias Minerais

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Acido Fólico

(comprimido)

Categoria A – é bastante

remota a possibilidade de

dano fetal

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Calcitriol

(cápsula)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Em doses de duas a seis

vezes maiores do que a

recomendada pode ser

teratogênico, mas na dose

padrão é compatível.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Carbonato de Cálcio

(comprimido)

Sem categoria de risco

definida pelo FDA.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Cloridrato de hidroxicobalamina

(Vit B12a)

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

• Compatível com a

amamentação (OMS).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Cloridrato de piridoxina (Vit B6)

(comprimido)

O risco fetal é mínimo

(Thomson).

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Cloridrato de tiamina (Vit B1)

(comprimido)

Palmitato de tiamina (Vit B1)

O risco fetal é mínimo

(Thomson).

• Compatível com a

amamentação (OMS).

• O risco infantil é mínimo

Page 78: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

77

(solução injetável) (Thomson).

Fluoreto de sódio

(solução bucal)

O risco fetal é mínimo

(Thomson).

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Palmitato de retinol (vit A)

(cápsula/ solução oleosa)

Categoria X – prescrição com

Perigo (contra-indicada).

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Sulfato de Magnésio

(solução injetável)

Categoria A – é bastante

remota a possibilidade de

dano fetal.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Sulfato Ferroso

(comprimido/ solução oral)

Categoria A – é bastante

remota a possibilidade de

dano fetal.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

SEÇÃO B. MEDICAMENTOS USADOS EM DOENÇAS DE ÓRGÃOS E SISTEMAS

ORGÂNICOS

11. Medicamentos que Atuam Sobre o Sistema Nervoso Central e

Periférico

11.1 Anticonvulsivantes

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Carbamazepina

(comprimido/ xarope)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Clonazepam

(comprimido/ solução oral)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Page 79: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

78

Diazepam

(solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Compatível com a amamentação,

mas deve-se monitorar a criança

para efeitos adversos (OMS).

Fenitoína sódica

(comprimido/ solução injetável/

suspensão oral)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Compatível com a amamentação,

mas deve-se monitorar a criança

para efeitos adversos (OMS).

Fenobarbital

(comprimido/ solução injetável/

solução oral)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Compatível com a amamentação,

mas deve-se monitorar a criança

para efeitos adversos (OMS).

Sulfato de magnésio

(solução injetável)

Categoria A – é bastante

remota a possibilidade de

dano fetal.

Obs.: avaliara o risco-

benefício.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Valproato de sódio (cápsula/

comprimido/ solução oral/

xarope)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Compatível com a amamentação,

mas deve-se monitorar a criança

para efeitos adversos (OMS).

11.2 Antidepressivos e Estabilizadores de Humor

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Carbamazepina

(comprimido/ xarope)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Carbonato de lítio

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Cloridrato de amitriptilina

(comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Cloridrato de clomipramina

(comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Page 80: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

79

Cloridrato de nortriptilina

(cápsula)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco. Os efeitos sobre o lactente são

desconhecidos, mas podem ser

motivo de preocupação (AAP).

Fluoxetina

(cápsula)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Valproato de sódio

(cápsula/ comprimido/ solução

oral/ xarope)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Compatível com a

amamentação, mas deve-se

monitorar a criança para efeitos

adversos (OMS).

11.3 Antiparkinsonianos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de biperideno

(comprimido)

Lactato de biperideno

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Levodopa+carbidopa

(comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Evitar a amamentação se

possível. Pode inibir a produção

de leite (OMS).

11.4 Antipsicóticos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de clorpromazina

(comprimido/ solução oral/

solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Evitar a amamentação (OMS).

Page 81: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

80

Haloperidol

(comprimido/ solução oral/

solução injetável)

Decanoato de haloperidol

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Evitar amamentação se possível.

Mas, se utilizada durante este

período, monitorar a criança

para efeitos adversos (OMS).

11.5 Ansiolíticos e Hipno-Sedativos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Diazepam

(comprimido/ solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

• Compatível com a

amamentação, mas deve-

se monitorar a criança

para efeitos adversos

(OMS).

• Risco infantil tem sido

demonstrado (Thomson).

Clonazepam

(comprimido/ solução oral)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Cloridrato de clomipramina

(comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

12. Medicamentos que Atuam Sobre o Sistema Cardiovascular e Renal

12.1 Medicamentos Utilizados na Insuficiência Cardíaca

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Digoxina

(comprimido/ elixir)

Categoria C – prescrição com

Risco.

• Usualmente compatível

com a amamentação

(OMS, AAP)

• O risco infantil é mínimo

Page 82: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

81

(Thomson).

Espironolactona

(comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

• Compatível com a

amamentação (OMS).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Furosemida

(comprimido/ solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Hidroclorotiazida

(comprimido)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

Evitar amamentação (OMS).

Maleato de enalapril

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Obs.: 1° trimestre –

Categoria C.

• Usualmente compatível

com a amamentação

(AAP).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Succinato de metoprolol

(comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

12.2 Medicamentos Antiarrítmicos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Atenolol

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Cloridrato de amiodarona

(comprimido/ solução injetável)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Cloridrato de lidocaína

(solução injetável)

Categoria C – prescrição

com Risco.

• Compatível com a

amamentação (OMS).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Cloridrato de propranolol Categoria C – prescrição Compatível com a

Page 83: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

82

(comprimido/ solução injetável) com Risco. amamentação (OMS).

Em caso de uso prolongado e

doses elevadas, monitorar o

bebê para efeitos adversos

(bradicardia, hipoglicemia e

cianose).

Cloridrato de verapamil

(comprimido/ solução injetável)

Categoria C – prescrição

com Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

12.3 Medicamentos Usados em Cardiopatia Isquêmica

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Ácido Acetilsalicílico

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar a amamentação (OMS).

Atenolol

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Besilato de anlodipino

(comprimido)

Categoria C – prescrição

com Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Captopril

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

• Compatível com a

amamentação (OMS).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Cloridrato de propranolol

(comprimido)

Categoria C – prescrição

com Risco.

Compatível com a

amamentação (OMS).

Em caso de uso prolongado e

doses elevadas, monitorar o

bebê para efeitos adversos

(bradicardia, hipoglicemia e

cianose).

Page 84: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

83

Cloridrato de verapamil

(comprimido)

Categoria C – prescrição

com Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Dinitrato de isossorbida (comprimido

sublingual)

Categoria C – prescrição

com Risco.

• Dados insuficientes para

avaliação do risco

(OMS).

• O risco infantil não pode

ser descartado

(Thomson).

Estreptoquinase

(solução injetável)

Categoria C – prescrição

com Risco.

• Dados insuficientes para

avaliação do risco

(OMS).

• O risco infantil não pode

ser descartado

(Thomson).

Heparina sódica

(solução injetável)

Categoria C – prescrição

com Risco.

• Compatível com a

amamentação (OMS).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Maleato de enalapril

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Obs.: 1° trimestre –

Categoria C.

• Usualmente compatível

com a amamentação

(AAP).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Mononitrato de isossorbida

(comprimido/ solução injetável)

Categoria C – prescrição

com Risco.

• Dados insuficientes para

avaliação do risco

(OMS).

• O risco infantil não pode

ser descartado

(Thomson).

Page 85: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

84

Sinvastatina

(comprimido)

Categoria X – prescrição

com Perigo (contra-

indicada).

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

12.4 Anti-Hipertensivos

12.4.1 Diuréticos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Espironolactona

(comprimido)

Categoria C – prescrição

com Risco.

• Compatível com a

amamentação (OMS).

• O risco infantil é

mínimo (Thomson).

Hidroclorotiazida

(comprimido)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

• Evitar a amamentação

(OMS).

• Efeitos sobre leite são

possíveis (Thomson).

12.4.2 Bloqueadores adrenérgicos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Atenolol

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Cloridrato de propranolol

(comprimido)

Categoria C – prescrição

com Risco.

Compatível com a

amamentação (OMS).

Em caso de uso prolongado e

doses elevadas, monitorar o

bebê para efeitos adversos

(bradicardia, hipoglicemia e

cianose).

Metildopa Categoria B – prescrição • Compatível com a

Page 86: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

85

(comprimido) com Cautela. amamentação (OMS).

• O risco inafantil é

mínimo (Thomson).

Succinato de metoprolol

(comprimido)

Categoria C – prescrição

com Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

12.4.3 Bloqueador de canais de cálcio

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Besilato de anlodipino

(comprimido)

Categoria C – prescrição

com Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Cloridrato de verapamil

(comprimido)

Categoria C – prescrição

com Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

12.4.4 Vasodilatadores diretos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de hidralazina

(comprimido/ solução injetável)

Categoria C – prescrição

com Risco.

• Compatível com a

amamentação (OMS,

AAP).

• O risco infantil é

mínimo (Thomson).

Nitroprussiato de sódio

(pó para solução injetável)

Categoria C – prescrição

com Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

12.4.5 Inibidores da enzima conversora da angiotensina

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Captopril

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

• Compatível com a

amamentação (OMS)

• O risco infantil é

Page 87: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

86

mínimo (Thomson).

Maleato de enalapril

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Obs.: 1° trimestre –

Categoria C.

• Usualmente

compatível com a

amamentação (AAP).

• O risco infantil é

mínimo (Thomson).

12.5 Diuréticos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Espironolactona

(comprimido)

Categoria C – prescrição

com Risco.

• Compatível com a

amamentação (OMS).

• O risco infantil é

mínimo (Thomson).

Furosemida (comprimido/ solução

injetável)

Categoria C – prescrição

com Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Hidroclorotiazida

(comprimido)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

• Evitar a amamentação

(OMS).

• Efeitos sobre leite são

possíveis (Thomson).

Manitol

(solução injetável)

Categoria C – prescrição

com Risco

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

12.6 Medicamentos Usados no Choque Cardiovascular

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de dobutamina

(solução injetável)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Cloridrato de dopamina

(solução injetável)

Categoria C – prescrição

com Risco.

• Dados insuficientes

para avaliação do risco

Page 88: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

87

(OMS).

• Possíveis efeitos sobre

o leite (Thomson).

Cloridrato de epinefrina ou

Hemitartarato de epinefrina

(solução injetável)

Categoria C – prescrição

com Risco.

• Não há dados

disponíveis para

determinar a

segurança no

aleitamento (OMS).

• O risco infantil não

pode ser descartado

(Thomson).

12.7 Hipolipemiante

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Sinvastatina

(comprimido)

Categoria X – prescrição

com Perigo (contra-

indicada).

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

13. Medicamentos que Atuam Sobre o Sangue

13.1 Antianêmicos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Acido Fólico

(comprimido/ solução oral)

Sem categoria de risco

definida pelo FDA.

Categoria A (ADEC)

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Eritropoietina (α)

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Cloridrato de hidroxicobalamina Categoria C – prescrição com • Compatível com a

Page 89: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

88

(Vit B12a)

(solução injetável)

Risco.

amamentação (OMS).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Sulfato ferroso

(comprimido/ solução oral)

Sem categoria de risco

definida pelo FDA.

Categoria A (ADEC)

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

13.2 Anticoagulantes e Antagonistas

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de protamina

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

• Dados insuficientes para

avaliação do risco (OMS).

• O risco infantil não pode

ser descartado

(Thomson).

Fitomenadiona

(solução injetável/ emulsão

injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

• Usualmente compatível

com a amamentação

(AAP).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Heparina sódica

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

• Compatível com a

amamentação (OMS).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Varfarina sódica

(comprimido)

Categoria X – prescrição com

Perigo (contra-indicada).

• Compatível com a

amamentação (OMS).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Page 90: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

89

13.3 Antiagregante Plaquetário

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Ácido acetilsalicílico

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

• Evitar a amamentação

(OMS).

• O risco infantil não pode

ser descartado

(Thomson).

13.4 Fatores de Coagulação e Relacionados

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Fator II de coagulação

(pó para solução injetável,

complexo protrombínico)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Fator IIA de coagulação

(pó para solução injetável,

complexo protrombínico

parcialmente ativado)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Fator VII de coagulação (VIIa)

(pó para solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Fator VIII de coagulação

(pó para solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Fator VIII de coagulação (von

Willebrand)

(pó para solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Fator IX de coagulação

(pó para solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Page 91: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

90

13.5 Frações do Plasma para Fins Específicos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Albumina Humana

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

13.6 Expansor Volêmico

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Poligelina

(solução injetável)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

13.7 Trombolítico

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Estreptoquinase

(solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

• Dados insuficientes para

avaliação do risco (OMS).

• O risco infantil não pode

ser descartado

(Thomson).

14. Medicamentos que Atuam Sobre o Sistema Digestivo

14.1 Antiácidos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Hidróxido de magnésio +

hidróxido de alumínio

(comprimido mastigável/

suspensão oral)

Categoria A – é bastante

remota a possibilidade de

dano fetal.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Page 92: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

91

14.2 Anti-secretores

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de ranitidina

(comprimido/ solução injetável)

Categoria B: prescrição com

Cautela.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Obs: Teoricamente pode diminuir

a atividade gástrica do lactente,

mas ainda não foi descrito.

Omeprazol (cápsula) Categoria C – prescrição com

Risco

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Omeprazol sódico (pó para

solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

14.3 Antimicrobianos (erradicação de Helicobacter pylori)

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Amoxicilina

(cápsula/ comprimido)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

Penicilinas são geralmente

consideradas seguras para

uso em pacientes não-

alérgicas durante a gravidez.

Compatível com a amamentação

(OMS).

Não há efeitos nocivos

conhecidos para o lactente, com

exceção da sensibilidade

associada à excreção de

quantidades mínimas de

amoxicilina no leite materno e

modificação da flora intestinal.

Claritromicina

(cápsula/ comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Metronidazol

(comprimido)

Categoria B - prescrição com

Cautela.

Uso não recomendado

Evitar amamentação (OMS).

Pelo fato de o fármaco ser

mutagênico e carcinogênico em

Page 93: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

92

durante o primeiro trimestre

da gravidez, devendo seu

uso ficar restrito às mulheres

em que o tratamento local

se mostrou inadequado para

combater os sintomas.

alguns testes especiais, a

exposição desnecessária ao

metronidazol deve ser evitada.

Devido o fármaco ser eliminado

no leite (que fica com gosto

desagradável), pode haver uma

modificação da flora intestinal do

lactente.

Obs: Orientar a mãe a extrair o

seu leite com antecedência, e

estocar em congelador para

alimentar o bebê.

14.4 Antieméticos e Agentes Prócinéticos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de metoclopramida

(comprimido/ solução injetável/

solução oral)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

• Dados insuficientes para

avaliação do risco (OMS)

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Obs.: Observar sedação e efeitos

extrapiramidais no lactente.

Cloridrato de ondansetrona

(comprimido/ solução injetável)

Categoria B - prescrição com

Cautela.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Recomenda-se que lactantes sob

tratamento não amamentem.

Page 94: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

93

14.5 Antidiarréico Sintomático

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Loperamida

(comprimido)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

14.6 Laxativos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Glicerol

(enema/ supositório)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Mucilóide de Psyllium

(pó para dispersão oral)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Sulfato de Magnésio

(pó para solução oral)

Categoria A – é bastante

remota a possibilidade de

dano fetal.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

14.7 Outros

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Lactulose

(solução oral)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Sulfassalazina

(comprimido)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

Obs: Sulfonamidas não

devem ser usadas depois da

32ª semana de gravidez.

Evitar amamentação (OMS).

Se necessário, deve ser utilizada

de forma cautelosa por mulheres

que estão amamentando, devido

aos significantes efeitos adversos

que podem ocorrer em alguns

lactentes.

Page 95: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

94

15. Medicamentos que Atuam Sobre o Sistema Respiratório

15.1 Antiasmáticos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Brometo de ipratrópio

(solução inalante/ aerossol)

Categoria B – prescrição com

Cautela.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Diproprionato de beclometasona

(pó/ solução inalante/ aerossol)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Fosfato sódico de prednisolona

(solução oral)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Prednisona

(comprimido)

Sem categoria de risco pelo

FDA.

Categoria A (ADEC).

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Succinato sódico de

hidrocortisona

(pó para solução injetável)

Sem categoria de risco pelo

FDA.

Categoria A (ADEC).

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Sulfato de salbutamol

(aerossol/ solução inalante/

solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

15.2 Agentes Tensoativos Pulmonares e Outros que Atuam na

Síndrome do Desconforto Respiratório em Neonatos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Acetato de betametasona +

fosfato dissódico de

betametasona

(suspensão injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Beractanto ou alfaporactanto

(solução injetável)

Os efeitos sobre o feto são

desconhecidos.

Os efeitos para o lactente são

desconhecidos.

Page 96: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

95

15.3 Preparações Nasais

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloreto de sódio

(solução nasal)

Categoria C – prescrição com

Risco.

• Compatível com a

amamentação (OMS).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

16. Medicamentos que Atuam Sobre os Sistemas Endócrino e

Reprodutor

16.1 Hormônios Hipofisários e Relacionados

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Acetato de leuprorrelina

(pó para suspensão injetável)

Categoria X – prescrição com

Perigo (contra-indicada).

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

16.2 Hormônio Tireoidiano, Medicamentos Antitireoidianos e

Adjuvantes

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de propranolol

(comprimido/ solução injetável)

Categoria C – prescrição com

Risco.

• Usualmente compatível

com a amamentação

(OMS, AAP).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Íodo + iodeto de potássio

(solução de iodeto de potássio

iodada)

Risco fetal tem sido

demonstrado (Thomson).

Evitar amamentação se possível,

porém, se utilizado durante este

período, monitorar a criança

para efeitos adversos (OMS).

Page 97: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

96

Levotiroxina sódica

(comprimido)

Categoria A – é bastante

remota a possibilidade de

dano fetal.

• Usualmente compatível

com a amamentação

(OMS, AAP).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Propiltiuracila

(comprimido)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

• Usualmente compatível

com a amamentação

(OMS, AAP).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

16.3 Insulinas e Antidiabéticos Orais

FÁRMACO GRAVIDEZ AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de metformina

(comprimido)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

Se possível, não deve ser

usado durante a gravidez,

devendo haver um rigoroso

acompanhamento médico

dos níveis glicêmicos.

• Dados insuficientes para

avaliação do risco (OMS).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Discutir seu uso com o médico.

Glibenclamida

(comprimido)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

Se possível, não deve ser

usado durante a gravidez,

devendo a paciente mudar o

tratamento para insulina.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Se possível, não deve ser

administrado durante a lactação,

devendo o tratamento ser

mudado para insulina ou

interromper a amamentação.

Glicazida Recomenda-se o Discutir seu uso com o médico.

Page 98: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

97

(comprimido) acompanhamento neonatal

da glicemia, se possível,

alterando o tratamento oral

para o tratamento com

insulina.

Insulina Humana NPH

(suspensão injetável)

Monitorar o uso da insulina

durante a gravidez,

necessitando-se de um

ajuste da concentração

durante esse período. Assim,

é aconselhável falar com o

médico.

Monitorar o uso da insulina

durante a amamentação.

Obs: A maioria das mulheres tem

menos necessidade de insulina

durante a amamentação.

Insulina Humana Regular

(suspensão injetável)

Monitorar o uso da insulina

durante a gravidez,

necessitando-se um ajuste

da concentração durante

esse período. Assim, é

aconselhável falar com o

médico.

Monitorar o uso da insulina

durante a amamentação.

Obs: A maioria das mulheres tem

menos necessidade de insulina

durante a amamentação.

16.4 Hormônios Sexuais, Antagonistas e Medicamentos Relacionados

16.4.1 Estrógenos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Estrogênios conjugados

(comprimido/ creme vaginal)

Categoria X – prescrição com

Perigo (contra-indicada).

Uso não recomendado,

devido ao risco de provocar

efeitos congênitos.

• Evitar amamentação

(OMS).

• Efeitos sobre o leite são

possíveis (Thomson).

Uso não recomendado, visto ser

Page 99: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

98

possível que haja uma diminuição

no volume de leite e na

quantidade de nitrogênio e

proteínas.

Estriol

(creme vaginal)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

16.4.2 Progestógeno

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Acetato de medroxiprogesterona

(comprimido)

Categoria X – prescrição com

Perigo (contra-indicada).

Uso não recomendado,

devido ao risco de provocar

efeitos congênitos.

• Usualmente compatível

com a amamentação

(OMS, AAP).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

16.4.3 Andrógeno

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cipionato de testosterona

(solução injetável)

Categoria X – prescrição com

Perigo (contra-indicada).

Uso não recomendado,

devido ao risco de provocar

efeitos congênitos.

Evitar amamentação (OMS).

16.4.4 Contraceptivos hormonais orais

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Levonorgestrel + etinilestradiol

(comprimido)

Categoria X – prescrição com

Perigo (contra-indicada).

Uso não recomendado,

Evitar amamentação (OMS).

Efeitos sobre o leite são

possíveis (Thomson).

Page 100: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

99

devido ao risco de provocar

efeitos congênitos.

Levonorgestrel

(comprimido)

Categoria X – prescrição com

Perigo (contra-indicada).

Uso não recomendado,

devido ao risco de provocar

efeitos congênitos.

• Usualmente compatível

com a amamentação

(OMS, AAP).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Noretisterona

(comprimido)

Categoria X – prescrição com

Perigo (contra-indicada).

Uso não recomendado,

devido ao risco de provocar

efeitos congênitos.

• Usualmente compatível

com a amamentação

(OMS).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

16.4.5 Contraceptivos hormonais injetáveis

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Acetato de medroxiprogesterona

(solução injetável)

Categoria X – prescrição com

Perigo (contra-indicada).

Uso não recomendado,

devido ao risco de provocar

efeitos congênitos.

• Usualmente compatível

com a amamentação

(OMS).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Enantato de noretisterona +

valerato de estradiol

(solução injetável)

Categoria X – prescrição com

Perigo (contra-indicada).

Uso não recomendado,

devido ao risco de provocar

efeitos congênitos.

• Usualmente compatível

com a amamentação

(OMS).

• Efeitos sobre o leite são

possíveis (Thomson).

Page 101: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

100

16.4.6 Indutores de ovulação

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Citrato de clomifeno

(comprimido)

Categoria X – prescrição com

Perigo (contra-indicada).

Como resultado do uso

deste medicamento durante

a gravidez, além dos efeitos

congênitos, há possibilidade

de múltiplos nascimentos

(p.ex. gêmeos e trigêmeos).

Evitar amamentação (OMS).

O fármaco pode reduzir a

lactação.

16.4.7 Medicamentos que atuam na contratilidade uterina

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Maleato de ergometrina

(solução injetável)

O risco fetal não pode ser

descartado (Thomson).

Altas doses durante o parto

podem causar tetania uterina

e possível hipóxia infantis ou

hemorragia intracraniana.

Risco infantil tem sido

demonstrado (Thomson).

Pode haver inibição da lactação.

É excretada no leite e ergotismo

tem sido relatado em lactentes.

Nifedipino

(cápsula/ comprimido)

Categoria C: prescrição com

Risco

• Usualmente compatível

com a amamentação

(OMS, AAP).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

Ocitocina

(solução injetável)

Sem categoria definida pelo

FDA.

Categoria A (ADEC)

• Compatível com

amamentação (OMS)

• Efeitos sobre o leite são

possíveis (Thomson).

Page 102: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

101

16.4.8 Fármaco usado para bloqueio da lactação

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cabergolina

(comprimido)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

17. Medicamentos Tópicos Usados em Pele, Mucosas e Fâneros

17.1 Anestésico Local

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de lidocaína

(gel/ aerossol)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

Estudos bem controlados

não evidenciaram abortos,

nem efeitos adversos em

neonatos.

• Usualmente compatível

com a amamentação

(OMS, AAP).

• O risco infantil é mínimo

(Thomson).

17.2 Antiinfectantes

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Gliconato de clorexidina

(solução bucal)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Metronidazol

(creme vaginal)

Categoria B - prescrição com

Cautela.

Uso não recomendado

durante o primeiro trimestre

da gravidez, devendo seu

uso ficar restrito às mulheres

em que o tratamento local

se mostrou inadequado para

Evitar amamentação (OMS).

Pelo fato de o fármaco ser

mutagênico e carcinogênico em

alguns testes especiais, a

exposição desnecessária ao

metronidazol deve ser evitada.

Devido o fármaco ser eliminado

no leite (que fica com gosto

Page 103: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

102

combater os sintomas. desagradável), pode haver uma

modificação da flora intestinal do

lactente.

Obs: Orientar a mãe a extrair o

seu leite com antecedência, e

estocar em congelador para

alimentar o bebê.

Nistatina

(suspensão)

Categoria C – prescrição com

Risco.

• Dados insuficientes para

avaliação do risco (OMS).

• O risco infantil não pode

ser descartado

(Thomson).

Ainda não foi comprovado se a

nistatina é excretada no leite

humano. Não se sabe se a

nistatina afeta a quantidade e a

composição do leite materno.

Embora a absorção

gastrointestinal seja

insignificante, precauções devem

ser tomadas quando a nistatina

for prescrita a lactantes.

Nitrato de miconazol

(creme/ creme vaginal/ gel oral/

loção/ pó)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Não têm sido feitos estudos

do uso de antifúngicos

azólicos no primeiro

trimestre de gravidez. Esses

medicamentos são seguros e

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Page 104: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

103

eficazes quando usados ao

menos sete dias durante o

segundo ou terceiro

trimestre de gravidez.

Obs: poderá ser utilizado no

primeiro trimestre da

gravidez somente se os

benefícios superarem os

possíveis riscos.

Permanganato de potássio

(pó/ comprimido)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Sulfadiazina de prata

(pasta)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

Compatível com a amamentação

(OMS).

Obs: não compatíveis para mães

cujos neonatos são prematuros,

devido deficiência da enzima

glicose-6-fosfato desidrogenase,

podendo ocasionar

hiperbilirrubimia.

17.3 Antipruriginoso e Antiinflamatório

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Acetato de hidrocortisona

(creme)

Sem categoria de risco

definida pelo FDA.

Categoria A (ADEC).

Dados sobre o uso de

glicocorticóides tópicos

durante a gravidez são

insuficientes, no entanto,

Compatível com a amamentação

(OMS).

Obs: não se deve aplicar sobre as

mamas de lactantes.

Page 105: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

104

pode-se esperar baixo risco

uma vez que a

biodisponibilidade sistêmica

de glicocorticóides aplicados

topicamente é baixa.

Obs: como regra geral,

preparações tópicas

contendo corticóides não

devem ser aplicadas durante

o primeiro trimestre de

gravidez.

Dexametazona

(creme)

Sem categoria de risco

definida pelo FDA.

Categoria A (ADEC).

Dados sobre o uso de

glicocorticóides tópicos

durante a gravidez são

insuficientes, no entanto,

pode-se esperar baixo risco

uma vez que a

biodisponibilidade sistêmica

de glicocorticóides aplicados

topicamente é baixa.

Obs: como regra geral,

preparações tópicas

contendo corticóides não

devem ser aplicadas durante

o primeiro trimestre de

gravidez.

Compatível com a amamentação

(OMS).

Obs: não se deve aplicar sobre as

mamas de lactantes.

Page 106: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

105

17.4 Agentes Ceratolíticos e Ceratoplásticos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Acido salicílico

(pomada)

O risco fetal não pode ser

descartado (Thomson).

Compatível com a amamentação

(OMS).

Obs: não se deve aplicar sobre as

mamas de lactantes.

Alcatrão mineral

(pomada)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Pasta de água

(pasta)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Peróxido de benzoíla

(gel)

Categoria C – prescrição com

Risco

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Podofilina

(solução)

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

Uso criterioso. Não há

informações disponíveis.

17.5 Escabicida e Pediculicida

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Permetrina

(creme/ loção)

Categoria B – prescrição

com Cautela.

Compatível com a amamentação

(OMS).

17.6 Outros

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Óleo mineral

(frasco)

O risco fetal não pode ser

descartado (Thomson).

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

Page 107: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

106

18. Medicamentos Tópicos Usados no Sistema Ocular

18.1 Anestésico Local

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de proximetacaína

(colírio)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

18.2 Antiinfectantes

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de tetraciclina

(pomada oftálmica)

Sem categoria de risco pelo

FDA.

Categoria D (ADEC).

• Compatível com a

amamentação (OMS).

• Risco infantil mínimo.

(Thomson)

Nitrato de prata

(colírio)

O risco fetal não pode ser

descartado (Thomson).

• Compatível com a

amamentação (OMS).

• Risco infantil mínimo.

(Thomson)

Sulfato de gentamicina

(colírio/ pomada oftálmica)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

• Compatível com a

amamentação (OMS)

• Risco infantil mínimo.

(Thomson)

18.3 Antiinflamatório e Antialérgico

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Dexametasona

(colírio)

Sem categoria de risco

definida pelo FDA.

Categoria A (ADEC).

Dados sobre o uso de

glicocorticóides tópicos

Compatível com a amamentação

(OMS).

Page 108: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

107

durante a gravidez são

insuficientes, no entanto,

pode-se esperar baixo risco

uma vez que a

biodisponibilidade sistêmica

de glicocorticóides aplicados

topicamente é baixa.

Obs: como regra geral,

preparações tópicas

contendo corticóides não

devem ser aplicadas durante

o primeiro trimestre de

gravidez.

18.4 Midriático e Cicloplégico

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Sulfato de atropina

(colírio)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Compatível com a

amamentação, mas deve-se

monitorar a criança para efeitos

adversos (OMS).

Tropicamida

(colírio)

Categoria C – prescrição com

Risco.

• Dados insuficientes para

avaliação do risco (OMS).

• O risco infantil não pode

ser descartado

(Thomson).

Page 109: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

108

18.5 Antiglaucomatosos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Acetozolamida

(comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

• Compatível com

amamentação (OMS).

• O risco infantil não pode

ser descartado

(Thomson).

Cloridrato de pilocarpina

(colírio)

Categoria C – prescrição com

Risco, pois pode provocar

hiperbilerrubimia,

hipocalcemia e

hipomagnesemia.

• Compatível com

amamentação (OMS).

• O risco infantil não pode

ser descartado

(Thomson).

Maleato de timolol

(colírio)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Compatível com amamentação

(OMS).

18.6 Substituto da Lágrima

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Hipromelose

(colírio)

O risco fetal não pode ser

descartado (Thomson).

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

18.7 Agentes Diagnósticos

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Fluoresceína sódica

(colírio)

Categoria C – prescrição com

Risco.

Evitar amamentação (OMS).

Tropicamida

(colírio)

Categoria C – prescrição com

Risco.

• Dados insuficientes para

avaliação do risco (OMS).

• O risco infantil não pode

ser descartado (Thomson).

Page 110: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

109

SEÇÃO C. OUTROS MEDICAMENTOS E PRODUTOS PARA SAÚDE

19. Produtos para o Tratamento do Tabagismo

FÁRMACO GESTAÇÃO AMAMENTAÇÃO

Cloridrato de bupropiona

(comprimido)

Categoria C – prescrição com

Risco.

O risco infantil não pode ser

descartado (Thomson).

O uso de bupropiona não é

recomendado durante a

amamentação, porque, devido

passar pelo leite, pode provocar

efeitos indesejados nos bebês, o

que pode ser motivo de

preocupação.

Nicotina (goma de

mascar/adesivo transdérmico)

Categoria D – prescrição

com Alto Risco.

Há relatos de abortos

quando do uso de produtos

substitutos da nicotina (p.ex.

goma de mascar).

O risco infantil tem sido

demonstrado (Thomson).

A nicotina passa através do leite

e pode ser necessário

interromper a amamentação

durante o tratamento com

nicotina.

Page 111: Guia_uso de Med. Em Gestantes

Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

110

REFERÊNCIAS

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Bethesda, MD, 2002, 1282 págs.

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de Bulas de Medicamento/ Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância

Sanitária – Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

3. Brasil. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Manual dos Centros de

Referência de Imunobiológicos Especiais/ Elaborado pelo Comitê Técnico Assessor de

Imunização do Ministério da Saúde – Brasília: Ministério da Saúde: Fundação Nacional

de Saúde, abril de 2001, 2ª ed., 142p.

4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.

Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Relação Nacional

de Medicamentos Essenciais: Rename/ Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência,

Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e

Insumos Estratégicos – 5ª ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2007. 286 p.

5. DOERING, P.L.; KERBER, L.M – Aspectos Teóricos do Uso de Medicamentos durante a

gravidez e amamentação. Infarma, v.2. Nº6, Nov-dez, 1993, p.8-11.

6. http://www.psiqweb.med.br/http://www.psiqweb.med.br/

7. MARKS, J.M., SPATZ, D.L., Medications and Lactation: What PNPs need to Know. J.

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8. MICROMEDEX, Inc., Englewood, CO.

9. PEREIRA, N.A., A presença de medicamentos no leite materno. Infarma, V.2. Nº3, Mai-

Jun, 1993, p.8-11.

10. Royal Pharmaceutical Society of Great Britain. Bristish National Formulary – BNF 54,

2007, 942 págs.

11. Uso de Medicamentos durante a Gravidez- A Prescrição – Diretrizes para a Utilização

Racional de medicamentos nos Serviços Básicos de Saúde – UNICEF –1992.

12. United States Pharmacopeial Convention, Inc., Rockville, MD. Three-volume set.

Volume 1: Drug Information for the Health Care Provider. Volume 2: Advice for the

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Legal Requirements. 23ªed, 2003.

13. WEISS, S. Prescription medicatio52n use in pregnancy. Medscape pharmacotherapy

2(2),2000.

14. William & Wilkins, Baltimore. Drugs in Pregnancy and Lactation, 6a Edição, 2002.

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Informações para o Uso de Medicamentos na Gravidez e Lactação

112

FONTES PARA CONSULTA

• Centro de Informação em Medicamentos da Universidade Federal do Ceará –

CIM/UFC – Fone 3366. 8276 (FONE/FAX)/ 3366. 8293; e-mail: [email protected]

• Drug Topic Red Book (106th ed.) 2002 . Montvale, NJ: medical Economics

• Drugs in Lactation Web site - www.neonatal.ttuhsc.edu/lac

• Hale, T.W. Medications and Mother’s Milk (10th ed.) Amarillo, TX: Pharmasoft

• Disponível em: www.iBreastfeeding.com

• Kweder SL. Medicines and pregnancy, labeling and beyond. Presented to the

Pregnancy Labeling Subcommittee of Advisory Committee for Reproductive Health

drugs. Washington, Dc. March28-29, 2000. Disponível em:

http://www.fda.gov/ohrms/dockets/ac/00/slides/3601s1a.PPT

• U.S.Food and Drug Administration Center for Drug evalution and Research.

Guidance to industry: establishing pregnancy registries. Draft guidance. June 1999.

Disponível em: http://www.fda.gov/cder/guidance/2381dft.pdf

• U.S.Food and Drug Administration Center for Drug evalution and Research.

Reviewer guidance: evaluation of human pregnancy outcome data. Draft guidance.

June 1999. Disponível em: http://www.fda.gov/cder/guidance/2377dft.htm.

• National Institutes of Health. Agenda for research on women’s health for the 21st

Century. A report of the task force on the NIH Women’s Health Research Agenda

for the 21st Century, Volume 1, Executive Summary. Bethesda, Maryland. NIH99-

4395. Disponível em http://www4.od.nih.gov/orwh/report.pdf.