Julgamento

Por

Bruno Aguiar

Universidade de Trás-os-Montes

e Alto Douro

Licenciatura em Comunicação e

Multimédia

Unidade Curricular Produção

Audiovisual II

Bruno Aguiar N 53110

(EXT.VILA REAL DIA)

MARTA

caminha pelo percurso diário que faz na cidade de Vila Real.

Ao seu redor deslumbra-se pelas maravilhosas fachadas das

habitações antigas que em tudo correspondes com a nostalgia

que permanece em Trás-os-Montes e Alto Douro.

(Marta olha à sua volta )

Cruza esquina com esquina, onde em cada ruela que percorre

um homem do qual o nome se desconhece passa despercebido a

Marta. Em cada rua, o homem pede esmola ou por um pouco de

comida.

Este homem várias vezes pede a atenção de Marta, onde todas

as tentativas são em vão. Marta continua normalmente o seu

trajeto.

EXT.VILA REAL DIA

Ao fundo da rua, avista um jovem, alto, moreno que em tudo

cativou a sua atenção.

(O jovem carrega consigo uma

mochila)

Marta não o conhece, mas sabe que nunca o seu dia foi tão

belo. A cada passo que dá, à medida que se aproxima do

jovem, sente a pulsação do coração a aumentar e por muito

mais que tente não consegue desviar o olhar do jovem.)

(Marta não tira olhar do

jovem.)

O deslumbramento é tanto que mais uma vez não liga aos

diversos pedidos, que o homem de que o nome não se

desconhece, lhe faz.

(O Homem está sentado em cima

de um colochão de esponja

amarela a pedir esmola a

Marta)

Cruza-se com o jovem onde esboça um sorriso que em nada

mudou a expressão do rapaz. O jovem continuou o seu trajeto

onde deixa Marta desiludida com a imparcialidade que

mostrou.

(Marta não tira o olhar do

jovem, o jovem demonstra

indeferença )

2.

EXT.VILA REAL DIA

Marta tira os olhos do rapaz, fica surpreendida com o enorme

alarido que três polícias fazem na sua direção.

(Três policias correm na

direcção de Marta)

Ao olhar para trás, na procurar de saber o motivo da tamanha

confusão, que de si aproxima, fica surpreendida. Vê o homem

com a sua carteira na mão.

(O homem tem a carteira de

Marta na mão. Divide o olhar

entre a carteira e a Marta)

Repara agora que conhecia o homem de algum sítio, tinha

alguma memória dele mas não o associava em nada, o homem não

passava de um simples mendigo de rua.

EXT.VILA REAL DIA

Não demorou a apontar-lhe o dedo no objetivo dos polícias

interpelarem o homem.

(Marta aponta o dedo em

direção ao homem do qual o

nome não se sabe)

Os polícias passam pelo homem, onde nem repararam na sua

presença

(Os três policias passam a

correr em direção ao jovem)

A rapariga fica apavorada, os três polícias acabam por

apanhar o jovem pelo qual se deslumbrou. Na mochila do jovem

retiram um saco, que Marta não consegue aperceber-se do seu

conteúdo, mas pelo alarido tudo a leva a crer que contem

estupefacientes.

(Os três policias retiram um

saco da mochila do jovem)

Sem reparar o homem que o nome se desconhece está à sua

frente. Marta ainda mais apavorada fica. O homem do qual o

nome se desconhece estica a sua mão direita onde a carteira

aberta de Marta possuiu a sua fotografia.

(Marta não tira os olhos da

carteira)

O homem olha nos olhos de Marta

HOMEM DO QUAL O NOME SE DESCONHECE

Es tu?

(CONTINUED)

CONTINUED: 3.

MARTA

Sou sim, eu mesma.

O homem entrega-lhe a carteira.

EXT.VILA REAL DIA

Marta tenta agradecer ao homem por lhe ter entregado a

carteira, mas sem perceber, o homem desapareceu diante dos

seus olhos.

(Marta olha a sua volta)

Nesse preciso momento vê o jovem a passar por si algemado

pelos polícias.

(O jovem passa por Marta,

levado pelos polícias)

EXT.VILA REAL DIA

Marta continuar o seu trajeto sem perceber o que acabara de

acontecer. Desta vez está atenta a todos os locais que passa

na tentativa de descobrir o paradeiro do homem do qual o

nome nunca chegou a saber.