Guia para execução de atividades de vigilância para febre aftosa … · Com base nesse marco...
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Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Secretaria de Defesa Agropecuária
Guia para execução de atividades de vigilância para febre aftosa nas regiões de fronteira internacional
Projeto piloto de ação conjunta entre os serviços veterinários dos países do Cone Sul
Departamento de Saúde Animal Brasília, DF, outubro, 2008
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ÍNDICE . Introdução ........................................................................................................................................................ 3
. Base metodológica ............................................................................................................................................ 4
. Região envolvida e propriedades identificadas ................................................................................................... 6
. Atividades a serem realizadas nos estabelecimentos sentinelas ....................................................................... 10
.1. Diagnóstico de situação e atividades iniciais ............................................................................................... 10
.2. Colheita de amostras de soro sangüíneo para avaliação de circulação viral ................................................. 12
.3. Preparação, acondicionamento e envio das amostras de soro sangüíneo .................................................... 14
.4. Seguimento das propriedades com bovinos reagentes (amostragem complementar) ................................. 15
.5. Atividades complementares de vigilância ......................................................... Erro! Indicador não definido.
. Atividades específicas nas ZAVs implantadas no Mato Grosso do Sul ................................................................ 16
FIGURAS E TABELAS
1. Informações sobre total de propriedades existente e escolhidas para o monitoramento nas regiões de fronteira .................................................................................................................................................. 6
1. Unidades da Federação envolvidas no presente trabalho de monitoramento .................................................... 6
2. Região de fronteira entre Acre e Bolívia ............................................................................................................. 7
3. Região de fronteira entre Mato Grosso e Bolívia ................................................................................................ 8
4. Região de fronteira entre Rondônia e Bolívia ..................................................................................................... 8
5. Região de fronteira entre Mato Grosso do Sul e as Repúblicas da Bolívia e do Paraguai ..................................... 9
ANEXOS
1 – Formulário de investigação inicial .................................................................................................................. 18
2 – Sugestão de texto para os proprietários ou responsáveis pelas propriedades escolhidas para monitoramento .................................................................................................................................... 19
3 – Formulário para colheita de amostras ............................................................................................................ 20
4 – Formulário para visita de monitoramento ...................................................................................................... 21
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Guia para execução de atividades de vigilância para febre aftosa nas regiões de fronteira internacional
1. Introdução
Este Guia tem como objetivo descrever atividades de vigilância para febre aftosa a serem realizadas nas regiões de
fronteira com as Repúblicas da Bolívia e do Paraguai, envolvendo os Estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso,
Rondônia e Acre. Essas atividades estão inseridas nas estratégias do Programa Nacional de Erradicação e
Prevenção da Febre Aftosa – PNEFA, incorporando avanços metodológicos elaborados com apoio do Centro Pan-
Americano de Febre Aftosa (PANAFTOSA) e em conjunto com os serviços veterinários dos países do Cone Sul,
dentro do Programa de Ação MERCOSUL Livre de Febre Aftosa (PAMA).
Em complemento a este Guia devem ser consideradas as orientações contidas no manual “Vigilância veterinária de
doenças vesiculares: orientações gerais”, elaborado pelo DSA/SDA/MAPA com apoio dos serviços veterinários
estaduais. Também devem ser consideradas as instruções apresentadas para realização dos inquéritos
soroepidemiológicos para avaliação de circulação do vírus da febre aftosa conduzidos nos estados em questão,
especialmente no que diz respeito à estrutura de organização necessária para execução do trabalho e às atividades
de colheita, acondicionamento e remessa das amostras de soro sangüíneo.
Nessa primeira fase dos trabalhos há necessidade de se destacar algumas diferenças entre as regiões envolvidas.
No Estado do Mato Grosso do Sul foram implantadas zonas de alta vigilância (ZAV) nas fronteiras com as
Repúblicas da Bolívia e do Paraguai. Esse mesmo procedimento ocorreu nas fronteiras comuns entre Argentina,
Bolívia e Paraguai. A implantação da ZAV surgiu em decorrência da instabilidade epidemiológica observada na
região, com freqüentes ocorrências de focos de febre aftosa nas áreas fronteiriças sem, contudo, esclarecimento
sobre a origem do agente viral. Representou um acordo estabelecido entre o Comitê Veterinário Permanente do
Cone Sul (CVP) e a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), por sugestão dessa última após realização de
auditoria técnica na região. No caso do Mato Grosso do Sul, a implantação da ZAV representou condição para a
restituição do status sanitário de zona livre de febre aftosa com vacinação. Segundo a OIE, a ZAV não apresenta o
reconhecimento de zona livre de febre aftosa com vacinação.
O referido cenário epidemiológico também levou à necessidade de reforçar o sistema de vigilância para detecção
precoce do agente viral e para certificação de ausência de circulação viral na região. Em função das características de alta
dinâmica da população animal, predominante na região, os estudos soroepidemiológicos do tipo transversal mostram-se
inadequadas para certificação mencionada, a menos que sejam repetidos em reduzidos intervalos de tempo. Em função
disso, além da implantação da ZAV, o CVP também assumiu o compromisso de propor alternativas para um modelo de
vigilância a ser utilizado na região. Dessa forma, com apoio do PANAFTOSA, foram realizadas reuniões técnicas entre os
serviços veterinários oficiais dos países envolvidos, acordando-se pela implantação de atividades específicas de vigilância
dentro de um modelo denominado “Sistema de Vigilância Epidemiológica Longitudinal na ZAV”. Essas reuniões foram
realizadas como atividades do PAMA e o presente Guia contém explicações sobre as bases metodológicas do referido
sistema, além de orientações sobre sua fase inicial de implantação na ZAV.
Nos Estados do Acre, Mato Grosso e Rondônia, as regiões de fronteira são reconhecidas como livres de febre aftosa
com vacinação, não havendo a constituição de ZAVs. Entretanto, como mencionado, esses Estados estão inseridos
dentro da estratégia do PNEFA de fortalecimento das ações de vigilância nas regiões de fronteira internacional e irão
incorporar os avanços metodológicos propostos para a ZAV. Dessa forma, as orientações deste Guia também se
aplicam aos referidos Estados, com exceção de atividades específicas de fiscalização e controle estabelecidas para a
ZAV. Após a consolidação do sistema proposto, o MAPA tem como objetivo sua adequação para outras regiões do país.
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2. Base metodológica
Como apresentado no documento “Vigilância veterinária de doenças vesiculares: orientações gerais”, o sistema de
vigilância é estabelecido pelo conjunto de atividades e de ações que objetiva identificar a presença ou certificar a
ausência de determinada doença dos animais em um espaço geográfico definido. Todas as orientações contidas no
referido documento devem ser mantidas, com especial destaque para as regiões de fronteira.
Em complemento, o presente trabalho agrega ao sistema metodologia e procedimentos que visam aperfeiçoar a
vigilância, incorporando atividades dirigidas a estabelecimentos rurais com maior risco (ou maior probabilidade) de
conterem animais doentes ou infectados, caso o agente viral esteja presente na região.
Para isso, foram utilizados alguns indicadores elaborados a partir da estrutura etária dos rebanhos bovinos e
empregadas regras de classificação com o objetivo de selecionar, como descrito acima, aquelas propriedades com
maior probabilidade de conterem bovinos afetados pelo vírus da febre aftosa, considerando-se a hipótese de que
o agente viral esteja circulando no espaço geográfico sob vigilância. Uma vez as propriedades rurais identificadas,
com base na estrutura etária do rebanho no momento de obtenção da informação, deverão ser utilizados outros
mecanismos para validar a escolha das mesmas. Esses mecanismos serão representados pelo histórico do trânsito
de animais e pela avaliação dos médicos veterinários responsáveis pelas unidades veterinárias de localização da
propriedade.
O objetivo final da seleção é o de identificar propriedades com maiores riscos de “receptividade” ou de
“vulnerabilidade” para serem submetidas a mecanismos ativos de vigilância, transformando-as em
“estabelecimentos sentinelas” do espaço geográfico sob monitoramento. Dessa forma, a detecção da
doença/infecção é potencializada, tanto no caso de uma reintrodução, como no caso da manutenção do agente
viral na região.
Os riscos de vulnerabilidade e receptividade estão relacionados com a dinâmica populacional dos rebanhos que,
por sua vez, é determinada pelos sistemas de produção predominantes. O risco de vulnerabilidade está
relacionado com o volume de ingressos de animais no rebanho, por exemplo, sistemas de produção de recria ou
engorda (ingresso e disseminação do agente). O risco de receptividade, por sua vez, está relacionado com a
capacidade dos rebanhos em manter o agente circulando. Esses rebanhos são caracterizados, principalmente, por
sistemas de produção do tipo extensivo, com baixa densidade animal, localizados em áreas ecológicas
desfavoráveis ao manejo animal. A vacinação sistemática, com coberturas adequadas, reduz os riscos de
vulnerabilidade e de receptividade.
Os indicadores e atributos utilizados na primeira fase de seleção das propriedades, empregando-se as informações
sobre a estrutura etária dos rebanhos, foram baseados no conceito de animal capital e animal produto, buscando
refletir a orientação produtiva do rebanho e determinar os riscos de receptividade ou vulnerabilidade para febre
aftosa. Com base nesse marco conceitual, foram considerados os seguintes indicadores:
Presença de vacas
Relação Novilho/Vaca (Machos de 25 a 36 meses/Total de fêmeas com mais de 36 meses)
Relação Bezerro/Vaca (Machos e fêmeas menores de 12 meses/Total de fêmeas com mais de 36 meses)
Relação Novilha/Vaca (Fêmeas de 12 a 24 meses/Total de fêmeas com mais de 36 meses)
Total de bovinos
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A partir desses indicadores foram estabelecidos grupos de risco e suas características. Após a análise da base de
dados das propriedades rurais localizadas na fronteira dos países envolvidos, foram identificados cinco grupos de
risco de acordo com os critérios abaixo. No entanto, nessa fase inicial de implantação do sistema, os países
envolvidos optaram por trabalhar com as propriedades rurais classificadas nos dois extremos da classificação:
muito alta vulnerabilidade, alta vulnerabilidade e receptividade.
Indicador
Tipos de risco
Vulnerabilidade muito alta
Vulnerabilidade alta
Vulnerabilidade média
Vulnerabilidade e receptividade
Receptividade
Presença de vacas Não Não Sim Sim Sim
Novilho/Vaca 0 ou > 25 ≥ 2 e ≤ 25 0 ≥ 2 ≤ 0,2
Bezerro/Vaca 0 ou > 25 ≥ 0,7 e ≤ 25 ≤ 0,4 ou ≥ 0,6 ≥ 0,7 ≥ 0,4 e ≤ 0,7
Novilha/Vaca 0 ou > 25 ≤ 0,4 ou ≥ 0,6 ≥ 0,2 e ≤ 0,4
Total de bovinos ≥ 50 ≥ 50 ≥ 50 ≥ 50 ≥ 50
Com base na lista das propriedades escolhidas e considerando as informações sobre localização geográfica
disponíveis nas bases de dados dos estados envolvidos, foram incorporadas metodologias de análise espacial ao
modelo de seleção das propriedades rurais para monitoramento. Essa análise envolveu a verificação da
distribuição geográfica das propriedades e a constatação de formação de conglomerados epidemiológicos
(clusters). Para isso, a partir do ponto de localização de cada propriedade escolhida com base nos critérios de
vulnerabilidade e receptividade, foram delimitados conglomerados com raios variando de 5 a 7 km. Esses
conglomerados (clusters) constituíram espaços geográficos de alto risco para introdução ou manutenção do
agente viral e em cada um deles, para condução das atividades de vigilância ativa, foi escolhida pelo menos uma
propriedade rural, entre aquelas identificadas como de maior risco de vulnerabilidade ou receptividade, dando-se
preferência às propriedades com risco de vulnerabilidade.
No quadro abaixo estão sintetizadas as principais fases para escolha dos estabelecimentos sentinelas onde serão
aplicadas as atividades para vigilância ativa. Como mencionado, na atual etapa de implantação do sistema, a
validação das propriedades escolhidas (Fase 5) por meio da análise do trânsito bovino e avaliação pelos
profissionais nas unidades veterinárias locais, foi substituída por análises realizadas pelas unidades centrais dos
serviços veterinários oficiais dos países envolvidos.
Fase 1
Identificação, junto ao cadastro dos serviços veterinários estaduais, das propriedades rurais de maior risco de vulnerabilidade ou receptividade com
base na estrutura etária do rebanho bovino
Fase 2 Análise da distribuição espacial das propriedades identificadas na Fase 1 e
delimitação dos conglomerados
Fase 3 Constituição dos espaços geográficos de maior risco
Fase 4 Escolha das propriedades rurais para aplicação da vigilância ativa
(“estabelecimentos sentinelas”)
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3. Região envolvida e propriedades identificadas
Na Figura 1 é apresentada a região envolvida na implantação inicial do presente sistema de vigilância e nas Figuras
2 a 5 estão disponibilizados mapas com informações sobre a distribuição geográfica das propriedades rurais
localizadas nas regiões de fronteira; a localização das propriedades rurais identificadas como de maior risco de
vulnerabilidade e receptividade e a delimitação de conglomerados a partir dessas últimas.
Na Tabela 1 são apresentadas informações sobre o total de propriedades e bovinos existentes nas regiões sob
monitoramento; total de propriedades rurais identificadas como de maior risco; total de clusters constituídos e
total de propriedades escolhidas para as atividades de vigilância ativa. Nessa primeira fase do trabalho, serão
monitoradas 208 propriedades rurais, distribuídas em 102 clusters, sendo 148 propriedades na fronteira com a
Bolívia e 60 com o Paraguai. Das propriedades escolhidas como estabelecimentos sentinelas, 60% apresentam
maior risco de receptividade e 40% de vulnerabilidade.
Especialmente nas ZAVs de Mato Grosso do Sul, serão escolhidas 50 propriedades como acordado com os países do
Cone Sul, acrescentando-se mais 4 na fronteira com a Bolívia, referente a um único cluster com 632 propriedades, e
mais 10 na fronteira com o Paraguai, distribuídas em clusters de maior dimensão geográfica e com maior número de
propriedades.
Tabela 1. Informações sobre total de propriedades existentes e escolhidas para o monitoramento nas regiões de fronteira
Fronteira UF Estabelecimentos
na fronteira Propriedades identificadas
como de maior risco Total de clusters
Propriedades escolhidas para monitoramento
Propriedades Bovinos Recept. Vulnera. Total Recept. Vulnera. Total
Bolívia
AC 2.264 366.143 77 26 103 25 26 17 43 MS 632 15.750 10 1 11 1 3 1 4 MT 1.009 565.914 38 10 48 18 16 8 24 RO 10.026 1.613.708 400 56 456 23 44 33 77
Paraguai MS 4.686 628.811 36 31 67 35 35 25 60 Total 18.617 3.190.326 561 124 685 102 124 84 208
Figura 1. Unidades da Federação envolvidas no presente trabalho de monitoramento
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Figura 2. Região de fronteira entre Acre e Bolívia
Propriedades existentes na região de fronteira
Propriedades com alto risco de vulnerabilidade
Propriedades com alto risco de receptividade
Cluster
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Figura 3. Região de fronteira entre Mato Grosso e Bolívia
Figura 4. Região de fronteira entre Rondônia e Bolívia
Propriedades existentes na fronteira
Propriedades com alto risco de vulnerabilidade
Propriedades com alto risco de receptividade
Cluster
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Figura 5. Região de fronteira entre Mato Grosso do Sul e as Repúblicas da Bolívia e do Paraguai
Propriedades existentes na região de fronteira
Propriedades com alto risco de vulnerabilidade
Propriedades com alto risco de receptividade
Cluster
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4. Atividades a serem realizadas nos estabelecimentos sentinelas
4.1. Diagnóstico de situação e atividades iniciais
De posse da relação das propriedades escolhidas, os serviços veterinários estaduais deverão realizar os
seguintes procedimentos:
• levantar o trânsito de ingresso e egresso de bovinos de cada propriedade escolhida, pelo menos nos últimos 12 meses, elaborando uma planilha conforme modelo abaixo (ordenar a planilha por ingresso ou egresso e por data de emissão da GTA, da mais recente para a mais antiga). Essa planilha deverá ser anexada aos demais formulários das propriedades envolvidas e ficar de posse dos veterinários responsáveis pela vigilância;
Ingresso
ou egresso GTA
Data emissão
Esp. Finalidade Total Destino / Origem
UF Município Estabelecimento Código
• o trânsito ocorrido nos 30 dias anteriores à visita inicial deverá ser motivo de atividades específicas de vigilância. Todas as propriedades envolvidas na movimentação (ingresso ou egresso) deverão ser fiscalizadas, com realização de vistoria geral dos animais susceptíveis. Essa atividade deve ser registrada em formulário específico de vigilância que deverá ficar arquivado juntamente com os demais formulários da propriedade sob monitoramento. Caso a propriedade de origem ou destino esteja localizada em outra UF, o serviço veterinário estadual da referida UF deverá ser contatado para realização da inspeção;
• após a visita inicial, a movimentação de animais susceptíveis relacionada com os estabelecimentos sentinelas deverá ser monitorada, incluindo a fiscalização e vistoria nas propriedades de origem e destino dos animais e, dentro do possível, o acompanhamento do embarque ou desembarque dos animais;
• no caso de trânsito para abate com origem nos estabelecimentos sentinelas, os profissionais do serviço de inspeção nos abatedouros deverão registrar em formulário específico os resultados das atividades de inspeção ante-mortem e post-mortem. Cópias dos referidos formulários deverão ser arquivadas com os demais formulários empregados nos trabalhos de vigilância em cada estabelecimento sentinela;
• os serviços veterinários estaduais também deverão levantar, com base no sistema de cadastro disponível, a relação de produtores com animais susceptíveis no estabelecimento sentinela, assim como a relação de outras propriedades onde os referidos produtores possuam animais susceptíveis;
• realizar a vacinação oficial ou assistida do rebanho bovino e bubalino em todas as propriedades identificadas para monitoramento (exceto animais que serão amostrados), providenciando a conferência do estoque das espécies susceptíveis à febre aftosa. Caso a vacinação já tenha sido realizada, o serviço veterinário oficial deverá programar uma data para realização da contagem de rebanho. Durante a realização da vacinação oficial, os bovinos deverão ser vistoriados, registrando-se qualquer problema de ordem sanitária. A inspeção também deverá ser estendida a outras espécies susceptíveis caso exista na propriedade;
• aplicar o “Formulário de investigação inicial”, conforme modelo apresentado no Anexo I. Esse formulário foi elaborado buscando atender os entendimentos entre os países do Cone Sul (está elaborado para impressão em Formato A4). Seu preenchimento deve considerar as seguintes orientações:
Campo 1 – Código Monitoramento (canto superior direito do formulário): a definição desse código é de responsabilidade do DSA/SDA/MAPA. Seu objetivo é o de identificar cada propriedade a ser monitorada e suas propriedades complementares, quando for o caso. Portanto, os formulários deverão ser entregues aos profissionais responsáveis pela realização da investigação inicial com o referido campo já preenchido. Como será discutido mais à frente, esse código deverá ser empregado para identificar (e agrupar) as propriedades complementares, quando necessário.
Campos 2 a 14: incluem informações sobre a localização e identificação da propriedade, além de informações sobre a área da propriedade, total de retiros e total de produtores que possuem explorações pecuárias de animais susceptíveis na propriedade em questão. Esses campos também deverão ser entregues já preenchidos aos profissionais que realizarão a investigação inicial, com base no cadastro dos SVEs.
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Campo 15: reservado para atualização/correção de informações sobre a propriedade sob investigação, quando necessário. Somente deve ser preenchido quando houver real necessidade de alteração.
Campo 16 – Rebanho bovino existente no cadastro da UVL: os formulários também deverão ser entregues com esse campo preenchido, lembrando que deve representar o somatório de todas as explorações de bovinos existentes na propriedade. Informar a data de levantamento da informação.
Campo 17: deve ser preenchido com base nas atividades de vacinação acompanhada e contagem de rebanho. Quanto à vacinação, lembrar que alguns bovinos na faixa etária de 6 a 24 meses deverão ser escolhidos para colheita de soro sangüíneo e não poderão ser vacinados (esse tema será discutido mais à frente). Para apoiar a definição do número de bovinos necessários para colheita de amostras, o último campo à direita é reservado para a somatória dos bovinos pertencentes às categorias “Até 12 meses” e “13 a 24 meses”, considerando apenas animais com mais de 6 meses de idade.
Campo 18: preencher com o total de outras espécies susceptíveis à febre aftosa existentes na propriedade.
Campo 19: informações sobre as duas últimas vacinações contra a febre aftosa realizadas no rebanho bovino da propriedade, começando pela mais recente. Para preenchimento do campo “Cód. Lab.”, utilizar os códigos disponíveis à direita do formulário.
Campo 20 – Exploração pecuária predominante
Campo 21 – Observação dos animais: marcar apenas uma entre as opções disponíveis
: deverá ser escolhida uma entre as três opções disponíveis: carne ou leite ou misto. Para as opções carne e leite deverão ser marcadas informações complementares. Para carne, deverá ser escolhida apenas uma entre as três disponíveis. Para leite poderá ser escolhida mais de uma opção entre as cinco disponíveis.
Campo 22 – Alimentação na propriedade: escolher uma ou mais entre as opções disponíveis
Campo 23 – Adequadas instalações para manejo?: escolher uma das três opções disponíveis
Campo 24: distância (km) da propriedade a: campo numérico, preencher com os valores correspondentes
Campo 25: avaliar o conhecimento do responsável pelo manejo dos animais quanto à sintomatologia da febre aftosa e aos procedimentos para notificação de suspeitas de doença vesicular. No caso dos sinais clínicos, marcar “Bom” apenas quando a resposta incluir sinais de claudicação e salivação. Quanto aos procedimentos de notificação, marcar “Bom” apenas para as respostas que incluírem a comunicação direta ao serviço veterinário oficial.
Campo 26: informar se nos últimos 24 meses houve notificação de suspeita de doença vesicular. No caso de “Sim”, informar o diagnóstico final.
Campo 27: espaço para registrar outras movimentações de animais susceptíveis à febre aftosa nos últimos três meses, que não foram empregadas GTAs (lembrar que o profissional deve estar de posse da relação de GTAs dos últimos 12 meses) como, por exemplo, movimentação entre pequenas propriedades vizinhas, característico de sistemas de produção de subsistência ou familiares.
Campo 28: espaço reservado para informar a relação de propriedades onde os produtores com animais na propriedade sob investigação possuem animais susceptíveis à febre aftosa e se há intercâmbio de animais entre as referidas propriedades. Considerar um intercâmbio freqüente quando ocorrer pelo menos duas movimentações por ano.
Campo 29: espaço para identificar as propriedades limítrofes, e se as mesmas possuem animais susceptíveis à febre aftosa.
Campo 30: espaço reservado para registrar a definição sobre a necessidade de adicionar outras propriedades no monitoramento. Poderão ocorrer três possibilidades: a) caso a propriedade tenha mais de 30 bovinos na faixa etária de 6 a 24 meses, deverá ser marcada
a opção “Sim”; b) caso a propriedade não possua bovinos na faixa etária de 6 a 24 meses, deverá ser adicionada
outra propriedade localizada na vizinhança ou no cluster epidemiológico considerado, com animais na referida faixa etária;
c) caso a propriedade tenha menos de 30 bovinos de 6 a 24 meses de idade, deverá ser complementada com outra propriedade localizada na vizinhança.
Para realizar esse trabalho, os profissionais responsáveis pelas atividades de campo deverão estar de posse dos formulários com as informações impressas e de formulários em branco para utilização nos casos de novas propriedades (adicionadas ou complementares). É importante destacar que nesses casos,
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o “Código do Monitoramento” (Campo 1, localizado no canto superior direito) deverá ser transferido para os formulários das novas propriedades adicionadas ao monitoramento ou das complementares.
Nas propriedades onde não for realizada a colheita de amostras de soro sangüíneo, devido à inexistência de bovinos com idade de 6 a 24 meses, deverão ser mantidas as demais atividades de vigilância ativa (inspeção de animais, vistoria do rebanho, fiscalização e acompanhamento da movimentação animal e vacinação oficial).
Para as propriedades escolhidas para participar do monitoramento, o proprietário ou responsável pelos animais deverá ser notificado oficialmente pelo serviço veterinário oficial, explicando a importância e os objetivos dos trabalhos propostos e solicitando apoio e participação dos mesmos. No Anexo 2, está disponibilizado modelo do comunicado a ser fornecido aos proprietários ou responsáveis pelos animais.
Campo 31: espaço para registro da data da investigação inicial
Campos 32 a 34: para registro do nome e assinatura do veterinário oficial responsável pela investigação inicial; pelo proprietário ou responsável pelos animais; e por veterinário oficial do serviço veterinário do país vizinho. Tratando-se de uma ação regional, foi estabelecido compromisso entre os países do Cone Sul da participação conjunta no monitoramento na região de fronteira. Dessa forma, os serviços veterinários estaduais, uma vez de posse do cronograma de visita às propriedades deverão entrar em contato com as unidades veterinárias locais do país vizinho e convidar as autoridades sanitárias para acompanhamento dos trabalhos.
De acordo com a proposta apresentada pelos países do Cone Sul, a integração regional na execução das atividades constitui um dos principais componentes do sistema em questão. É fundamental para a consolidação do sistema que as ações se realizem em conjunto entre os representantes dos serviços veterinários oficiais dos países vizinhos, dando caráter regional aos procedimentos propostos. Para isso, os veterinários locais, responsáveis pela execução das ações de vigilância, deverão se comprometer a informar a sua contraparte no país vizinho, com suficiente antecipação, a agenda de atividades programadas para cada estabelecimento sentinela, detalhando data, hora, atividade e local.
As atividades conjuntas fortalecerão o sistema, dando transparência e confiança ao modelo em execução. Também é importante destacar que estão previstas missões técnicas na região, integradas por representantes de organismos internacionais e outros, com objetivo de avaliar as atividades realizadas.
• após o retorno à unidade veterinária local, o profissional responsável deverá providenciar a transferência das informações para o sistema de gerenciamento das atividades de vigilância ou encaminhar cópia do mesmo à equipe central para que promova a inserção das informações no referido sistema;
• em cada unidade veterinária local envolvida nesses trabalhos deverá ser aberta, para cada estabelecimento sentinela, uma pasta para arquivo específico de todos os formulários e documentos relacionados com as atividades de vigilância ativa.
4.2. Colheita de amostras de soro sangüíneo para avaliação de circulação viral
Como parte das ações previstas, durante a primeira visita de investigação, momento em que serão levantadas as informações iniciais e realizadas as atividades de vistoria geral do rebanho susceptível, inspeção clínica dos animais amostrados, vacinação oficial do rebanho não amostrado e contagem do rebanho, também deverão ser colhidas amostras de soro sangüíneo para avaliação de circulação do vírus da febre aftosa. A colheita deverá ser realizada considerando os parâmetros e procedimentos abaixo, destacando-se que os mesmos seguem os padrões já realizados nos monitoramentos conduzidos no país:
• o estudo envolverá bovinos com idade de 6 a 12 meses. Para completar um número mínimo de 30 amostras, poderão ser incluídos bovinos de 13 a 24 meses;
• os parâmetros do estudo consideram prevalência interna ao rebanho de 5% e nível de confiança de 95%;
• os animais deverão ter identificação individual de longa duração e, após a colheita, somente poderão ser vacinados contra a febre aftosa mediante autorização do serviço veterinário oficial;
• quantidade de bovinos para colheita de amostras, de acordo com o total de animais com até 24 meses:
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Total de bovinos até 24 meses
Nº de bovinos entre 6 e 24 meses para amostrar
Total de bovinos até 24 meses
Nº de bovinos entre 6 e 24 meses para amostrar
30 a 40 30
141 a 160 51 41 a 50 35
161 a 180 52
51 a 60 38
181 a 200 53 61 a 70 41
201 a 220 54
71 a 80 43
221 a 250 55 81 a 90 45
251 a 300 56
91 a 100 46
301 a 400 57 101 a 110 47
401 a 500 58
110 a 120 48
501 a 700 59 121 a 130 49
Mais de 700 60
131 a 140 50
• no caso de propriedades complementares, o total de bovinos até 24 meses a ser considerado para definição do total de amostras para colheita deve representar o somatório das propriedades envolvidas. Por exemplo, se entre as propriedades escolhidas havia uma com apenas 10 bovinos na faixa etária até 24 meses, sendo a mesma complementada com outras duas propriedades, cada uma com 15 bovinos na faixa etária considerada, o total a ser considerado será de 40 bovinos, levando à colheita de 30 amostras, conforme quadro acima. As 30 amostras deverão ser divididas entre as propriedades envolvidas, proporcionalmente ao número de bovinos de 6 a 24 meses, dando-se preferência aos animais com 6 a 12 meses;
• para propriedades extensas, deve-se distribuir as amostras entre os piquetes existentes. Caso haja a presença de retiros (divisão da propriedade em áreas com estrutura e manejo independentes) deverá ser realizada uma amostragem independente em cada retiro com bovinos na faixa etária de 6 a 24 meses. No caso da existência de retiros, deverá ser preenchido formulários específicos de investigação inicial e de colheita de amostras para cada retiro com animais com 6 a 24 meses;
• considerando as informações referentes ao rebanho bovino existente em cada propriedade no momento de identificação dos estabelecimentos de maior risco, e as definições do número de amostras segundo o total de bovinos até 24 meses, apresenta-se abaixo a estimativa de colheita de amostras por unidade da Federação envolvida, na fase inicial de implantação do sistema:
UF Amostras Acre 1.873 Mato Grosso 1.118 Mato Grosso do Sul 2.997 Rondônia 3.733 Total 9.721
• as informações referentes às atividades de colheita deverão ser registradas em formulário específico, conforme modelo disponível no Anexo 3 (formatado para impressão em folha A4). O preenchimento do formulário deve considerar as seguintes orientações:
o cabeçalho inicial é semelhante ao “Formulário de investigação inicial”, uma vez que são correspondentes e complementares. Ambos os formulários serão utilizados para “alimentar” a base de dados do sistema de controle do monitoramento. O “Formulário de colheita” deverá seguir com as amostras para o laboratório de diagnóstico. Deve ser preenchido separadamente para cada propriedade envolvida;
a exemplo do “Formulário de investigação inicial”, os formulários deverão ser entregues aos profissionais responsáveis pelo trabalho de colheita com os campos 1 a 8 preenchidos. Esses profissionais também deverão estar de posse de formulários em branco para os casos de propriedades adicionadas ou complementares. Nesses casos, atenção especial deve ser dada ao Campo 1 (Código Monitoramento), que deve ser transferido para as propriedades adicionadas ou complementares. É o referido código que permitirá a associação das propriedades com os respectivos conglomerados de amostragem e entre si, no caso de propriedades complementares;
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o Campo 9 é destinado ao registro das informações de cada bovino amostrado. Há espaço para registro de até 60 amostras, quantidade máxima estabelecida para colheita em uma propriedade. As informações por animal amostrado são as seguintes:
No de ordem: numeração seqüencial das amostras (campo já preenchido)
Identificação do animal: cada animal amostrado deverá ter uma identificação individual única e de longa duração. Essa identificação deverá acompanhar os frascos com as amostras de soro sangüíneo.
Sexo: preencher com M (macho) ou F (fêmea).
Idade (meses): no presente estudo, preferencialmente participarão bovinos de 6 a 12 meses, podendo as amostras ser complementadas com bovinos de 13 a 24 meses. O campo deve ser preenchido com base na informação do responsável pelos animais, entretanto, é indispensável a avaliação crítica por parte do médico veterinário responsável pela equipe de colheita, para que a informação seja a mais fidedigna possível. A idade deve ser informada como um único número, não podendo ser empregadas faixas etárias como 6 a 12 ou 13 a 24.
Doses de vac. na prop.: preencher com o número de doses de vacinas contra a febre aftosa aplicadas em cada bovino, na propriedade. O campo deve ser preenchido com base na informação do proprietário ou responsável pelos animais, entretanto, a exemplo do campo anterior, é indispensável a avaliação crítica por parte do médico veterinário responsável pela equipe de colheita. Número de doses incompatível com a idade do animal ou com o calendário de vacinação adotado na região deve ser avaliado e justificado.
Nascido na prop. S ou N: para identificar se o animal foi nascido ou não na propriedade. No caso de nascido na propriedade preencher o campo com S (sim), se oriundo de outra propriedade, marcar com N (não).
o Campo 10 é para o registro das datas de colheita das amostras, envio das mesmas ao laboratório estadual e posterior envio para os laboratórios de diagnóstico (LANAGRO ou PANAFTOSA). Seu preenchimento é obrigatório;
o Campo 11 é para registro do resultado da inspeção clínica dos animais amostrados e da vistoria geral no rebanho da propriedade realizadas pelo médico veterinário do serviço veterinário oficial. O resultado deve ser transferido de forma clara e objetiva e, caso necessário, poderá ser empregado o verso do formulário. Em todos os animais amostrados deverá ser realizada avaliação clínica, com inspeção de boca e patas. A presença de sinais clínicos sugestivos de doença vesicular deverá ser tratada de acordo com os procedimentos técnicos definidos nos manuais para atendimento a suspeitas;
o proprietário dos animais, ou seu representante, deverá ser notificado quanto a não vacinação contra a febre aftosa e a não comercialização dos animais amostrados até autorização pelo serviço veterinário oficial. Também deverá ser notificado a informar imediatamente ao serviço veterinário estadual qualquer ocorrência com os animais amostrados. Para isso, deverá assinar a declaração correspondente no formulário de colheita (Campo 12), o que não exclui a possibilidade do serviço veterinário oficial apresentar notificação de reforço.
o formulário deve, obrigatoriamente, ser assinado pelo veterinário oficial responsável pela colheita das amostras e pela inspeção dos animais.
4.3. Preparação, acondicionamento e envio das amostras de soro sangüíneo
Acre, Mato Grosso e Rondônia
Para esses Estados as amostras deverão ser enviadas para o LANAGRO/PE de acordo com as orientações
presentes no documento “PROCEDIMENTOS PARA ENVIO DE AMOSTRAS DE SORO SANGUÍNEO DE INQUÉRITOS
SOROEPIDEMIOLÓGICOS DE FEBRE AFTOSA PARA O LANAGRO/PE” encaminhado a cada estado por meio
eletrônico (Orientacoes_LANAGRO.doc). O referido documento apresenta orientações para envio das amostras
ao LANAGRO e os endereços de contato dos responsáveis no laboratório, que estarão disponíveis para
esclarecimento de todas as dúvidas existentes. Antes de enviar as amostras, os serviços veterinários estaduais
devem contatar o laboratório para confirmar a data e a forma de remessa das amostras.
15
Por solicitação da Coordenação-Geral de Apoio Laboratorial (CGAL/SDA), os frascos das amostras (Eppendorf)
também deverão ser identificados na tampa com o no de ordem (primeira coluna Campo 9 do Formulário de
Colheita) da amostra e o no da colheita – primeira ou segunda (Exemplo: 23/1 – vigésima terceira amostra no
formulário / primeira colheita).
• as amostras deverão ser colhidas em novembro e enviadas ao PANAFTOSA na primeira quinzena de dezembro;
Mato Grosso do Sul
Com base no acordo estabelecido entre os países do Cone Sul, os testes laboratoriais deverão ser realizados
pelo PANAFTOSA, com acompanhamento de profissionais dos países envolvidos, caso haja interesse. Para
envio ao PANAFTOSA devem ser considerados os aspectos gerais do documento “PROCEDIMENTOS PARA
ENVIO DE AMOSTRAS DE SORO SANGUÍNEO DE INQUÉRITOS SOROEPIDEMIOLÓGICOS DE FEBRE AFTOSA
PARA O LANAGRO/PE”, atentando-se para as seguintes particularidades:
• as amostras de cada animal deverão ser divididas em três alíquotas de 1 ml, empregando tubos do tipo Eppendorf;
• os tubos Eppendorf deverão ser identificados com caneta preta apropriada (indelével), de boa qualidade, da seguinte forma:
na tampa deverá ser escrito o no de ordem (primeira coluna Campo 9 do Formulário de Colheita) da amostra e o no da colheita – primeira ou segunda (Exemplo: 23/1 – vigésima terceira amostra no formulário / primeira colheita)
no corpo do tubo o no de identificação do animal (brinco de identificação do monitoramento)
• as amostras de cada propriedade deverão ser acondicionadas em sacos plásticos separados, utilizando-se um saco para cada uma das três alíquotas consideradas (três sacos semelhantes por propriedade). As amostras também podem ser acomodadas em placas de isopor, à semelhança dos inquéritos realizados no país;
• os sacos plásticos deverão ser identificados com etiqueta auto-adesiva, contendo o nome do país, nome do proprietário e o código do monitoramento. Dois sacos plásticos deverão ser enviados ao PANAFTOSA e um armazenado no laboratório do serviço veterinário estadual;
• antes do envio das amostras, o PANAFTOSA deve ser contatado. Informar por FAX, telefone e correio eletrônico os detalhes de envio, como data, meio de transporte, empresa aérea, número do protocolo e dia e hora de chegada (de preferência o material deve ser enviado entre segunda e quarta-feira). Abaixo seguem os contatos do PANAFTOSA:
FAX: (21) 3661.9001 - Telefones: (21) 3661.9065/9056 Endereço eletrônico: [email protected]; com cópia para:
[email protected] e [email protected]
4.4. Seguimento das propriedades com bovinos reagentes (amostragem complementar)
Para esclarecimento dos rebanhos com pelo menos um bovino reagente ao sistema de diagnóstico empregado
deverão ser atendidas as recomendações do Código Terrestre da OIE (Anexo 3.8.7). Entre as atividades
envolvidas está incluída uma nova colheita de amostras de soro sangüíneo de todos os animais amostrados na
primeira colheita. Para isso, os animais deverão estar identificados individualmente e não poderão ser
vacinados contra a febre aftosa após a primeira colheita.
Para os animais que permanecerem reagentes serão colhidas duas amostras de líquido esofágico-faríngeo em
intervalos de 15 a 20 dias. Os procedimentos de colheita e remessa das amostras deverão atender às
recomendações existentes.
As ações específicas em cada propriedade com bovinos soropositivos irão depender de avaliações técnicas
realizadas caso a caso.
16
5. Atividades de seguimento nos estabelecimentos sentinelas e nos clusters epidemiológicos
A proposta definida pelos países do Cone Sul para execução na ZAV considera o seguimento dos estabelecimentos
sentinelas por um período de até 12 meses, quando as propriedades serão substituídas para realização de novo
monitoramento. Durante o período de monitoramento, os estabelecimentos sentinelas poderão ser substituídos
por outras propriedades rurais, caso as condições de risco sejam alteradas.
Para cada propriedade, além da visita inicial descrita no item 4 deste Guia, estão previstas, pelo menos, mais seis
visitas em intervalo aproximado de 60 dias. A critério dos profissionais responsáveis pelas atividades de campo, o
número de visitas poderá ser aumentado. Todas as visitas deverão ser registradas em formulário específico,
conforme modelo apresentado no Anexo 4 (formatado para impressão em folha A4). As visitas para realização de
trabalhos específicos como, por exemplo, vacinação oficial e acompanhamento de embarque e desembarque
também deverão ser registradas como atividades de vigilância.
Outro estudo sorológico, seguindo os mesmos padrões adotados durante a visita inicial, deverá ser realizado na
terceira visita de monitoramento, cerca de seis meses do início dos trabalhos. Para essa atividade, o
DSA/SDA/MAPA encaminhará à época instruções complementares.
Especificamente nos Estados do Acre, Mato Grosso e Rondônia, após os seis primeiros meses de monitoramento
deverá ser realizada avaliação dos trabalhos e definida a forma e o período de continuidade das ações de
vigilância.
A cada visita deverão ser realizadas, no mínimo, as seguintes atividades:
• avaliação dos registros de nascimento e morte e de ingresso e egresso de animais susceptíveis. Para isso, durante a visita inicial, os proprietários, ou responsáveis pelos animais, deverão ser orientados a manter o registro dessas ocorrências na propriedade. Recomenda-se que o serviço veterinário estadual forneça aos proprietários ou responsáveis pelos animais uma caderneta ou formulário específico para os registros em questão;
• avaliação clínica geral dos animais susceptíveis;
• inspeção clínica de parcela dos animais susceptíveis, com destaque para animais jovens;
• preenchimento do formulário de monitoramento, conforme modelo disponível no Anexo 4, considerando as seguintes orientações:
os Campos 1 a 6 referem-se à identificação do monitoramento, da UF, do município e da propriedade envolvida. O sistema de controle do monitoramento deverá imprimir o formulário com esses campos já preenchidos.
Campos 7 e 8 têm como objetivo registrar o número da visita e a data de realização.
Campo 9: para registro do total existente de animais susceptíveis na propriedade, durante a visita anterior e durante a atual. Os campos da visita anterior deverão ser preenchidos pelo sistema de controle do monitoramento.
Campo 10: espaço para registrar a movimentação de animais susceptíveis à febre aftosa no período entre a visita anterior e a atual, que não constam da lista de GTAs (lembrar que o profissional deve estar de posse da relação de GTAs emitidas no referido período). Como mencionado no item 4.5 deste documento, a movimentação de animais susceptíveis envolvendo os estabelecimentos sentinelas deverá ser monitorada envolvendo inspeções nas propriedades de origem e destino e, dentro do possível, vistoria de embarque ou desembarque dos animais. Todas essas ações devem ser registradas em formulários específicos.
No caso de trânsito para abate com origem nos estabelecimentos sentinelas, os profissionais do serviço de inspeção nos abatedouros deverão registrar em formulário específico os resultados das atividades de inspeção ante-mortem e post-mortem. Cópias dos referidos formulários deverão ser arquivadas com os demais formulários empregados nos trabalhos de vigilância em cada estabelecimento sentinela.
Campo 11: espaço para registro de nascimentos de cada espécie susceptível ocorridos após a visita anterior.
17
Campo 12: espaço para registro de morte de animais susceptíveis ocorridas após a visita anterior, incluindo informações sobre espécie, faixa etária, nº e causa da morte.
Campo 13: Registro da avaliação clínica geral dos animais susceptíveis espaço para o veterinário oficial descrever, de forma objetiva e clara, os trabalhos e resultados da vistoria geral realizada na propriedade.
Campo 14: Inspeção clínica indicar para cada espécie susceptível, o nº de animais com inspeção de boca e patas.
Campo 15: Resultado da inspeção clínica espaço para o médico veterinário oficial descrever, de forma clara e objetiva, o resultado da inspeção clínica realizada.
Campo 16: Observações espaço para o médico veterinário registrar, de forma clara e objetiva, fatos que considerados relevantes durante as atividades de vigilância, incluindo a indicação de outras atividades específicas conduzidas na propriedade.
Campos 17 a 19: espaços para registrar o nome e assinatura do médico veterinário oficial, do proprietário ou responsável pelos animais e do médico veterinário oficial do país vizinho.
Lembrar que para cada estabelecimento sentinela deverá ser aberta uma pasta na unidade veterinária local para
arquivo dos formulários e documentos relacionados com as atividades de vigilância ativa.
Por fim, cada serviço veterinário estadual deverá indicar um coordenador das ações de vigilância na fronteira. É
importante que o referido coordenador conte com equipe técnica e tenha estrutura adequada para apoiar o
gerenciamento das atividades programadas.
18
2. UF 3. Município 4. Propriedade 5. Código da prop. UVL
6. Proprietário 7. Código do prod. UVL 8. Telefone
9. C
oord
. Latitude Longitude 10. Área total da propriedade (ha)
11. Área de pastagem (ha)
12. Área de cultura (ha)
13. Total de retiros 14. Total de produtores na prop. º ‘ “ º ‘ “
15. Campos para correção/atualização das informações
Coo
rd. Latitude Longitude Área total Área pastagem Área cultura Total de
retiros Total de prod.
Telefone º ‘ “ º ‘ “
16. Rebanho bovino existente no cadastro da UVL (Somatório de todos os produtores com bovinos na propriedade) Data: Até 12 meses 13 a 24 meses 25 a 36 meses > 36 meses Total Total ____/____/____
M F M F M F M F M F
17. Rebanho bovino verificado após atividades de contagem e vacinação Até 12 meses 13 a 24 meses 25 a 36 meses > 36 meses Total Total Total de bovinos
de 6 a 24 meses M F M F M F M F M F
18. Rebanhos existentes 19. Duas últimas vacinações contra febre aftosa Bubalino Caprino Ovino Suíno Dia/mês/ano Cód. Lab. Partida Códigos dos Laboratórios:
Bayer BA Intervet IN Vallée VA Coopers CO Merial ME Pfizer PF
20.Exploração pecuária predominante: 21. Observação dos animais pelo produtor 24. Distância aproximada (km) da propriedade a: Carne Diariamente
Abatedouro: Laticínio: Suinocultura: Ciclo completo A cada 2 dias Cria/recria Semanalmente
Lixão/aterro: Estrada: Confinamento: Engorda A cada 15 dias
Eventos Pec.: Outro: Leite 22. Alimentação na propriedade: Produção comercial de leite Pastagem natural Produção comercial de produtos lácteos Pastagem cultivada
25. Conhecimento sobre:
Consumo interno, venda de excedentes Suplementação em determinada época Bom Regular Nulo Ordenha mecânica Confinamento a) sintomatologia da febre aftosa: Ordenha manual Grãos e ração b) normas para notificação de suspeita:
Misto 23. Adequadas instalações para manejo? 26. Suspeita de ocorrência de doença vesicular nos últimos 24 meses: Não Sim Não
Diagnóstico: Utiliza curral comunitário ou de outra prop. Sim 27. Registro de outras movimentações de animais susceptíveis
Ingre. Egre. Esp. Total Data (mês/ano)
Origem ou destino
UF Município Propriedade
28. Outras explorações pecuárias de animais susceptíveis dos produtores que possuem animais nesta propriedade:
UF ou País Município/Província Identificação Intercâmbio* Freqüente Raro Não
* se há costume de realizar movimentação de animais susceptíveis entre a presente propriedade e as relacionadas acima.
29. Prop. vizinhas Nome Código Animais suscep.
(sim – não) 30. Propriedade atende às
condições para monitoramento?
Norte Sim
Sul Não, deve-se adicionar outra
Leste Não, deve ser complementada
Oeste 31. Data:
32. Veterinário oficial: _______________________________________________________________________________ Nome
________________________________________________ Assinatura
33. Proprietário ou responsável pelos animais:
_____________________________________________________________________________ Nome
________________________________________________ Assinatura
34. Veterinário oficial do país vizinho: _____________________________________________________________________________
Nome ________________________________________________
Assinatura
Monitoramento para febre aftosa em região de fronteira internacional Formulário de investigação inicial
1. Código Monitoramento
Anexo 1 – Formulário de investigação inicial
19
Anexo 2 – Sugestão de texto para os proprietários ou responsáveis pelas propriedades escolhidas para monitoramento
COMUNICADO O serviço veterinário oficial informa que, com base em acordo firmado entre os países do Cone Sul, ações coordenadas de vigilância veterinária para febre aftosa serão adotadas nas regiões de fronteira internacional a partir de novembro do ano em curso. O objetivo das mesmas é comprovar a ausência da febre aftosa na região e evitar sua reintrodução nos países. Esse sistema inclui aumento da freqüência de fiscalizações em propriedades rurais, colheita de amostras de soro sangüíneo, inspeções clínicas de animais, conferência do total existente de animais susceptíveis à febre aftosa na propriedade, registro de informações sobre movimentação animal, entre outras ações a serem definidas pelo serviço veterinário oficial. Informamos que a propriedade de V. Sª foi sorteada para participação do trabalho nessa primeira fase de implantação das atividades. Dessa forma, solicitamos apoio ao serviço veterinário oficial no cumprimento das atividades previstas em lei e esclarecemos que as visitas à propriedade serão conduzidas de forma a não interferir demasiadamente no manejo produtivo do estabelecimento rural. Informamos, também, que, caso haja colheita de amostras no rebanho da propriedade, os animais amostrados não poderão ser vacinados contra a febre aftosa, e só poderão ser vendidos ou transportados com autorização do serviço veterinário oficial. Qualquer problema como morte, roubo, desaparecimento ou perda de brincos deverá ser imediatamente comunicado ao serviço veterinário oficial. _________________________________________ Data e local ___________________________________________ Nome e assinatura do veterinário do serviço oficial
Ciência do proprietário ou responsável pelos animais:
__________________________________________ Nome e assinatura
20
2. UF 3. Município 4. Propriedade 5. Código da prop. UVL
6. Proprietário 7. Código do prod. UVL 8. Telefone
9. Informações sobre os bovinos de 6 a 12 meses com colheita de amostras de soro sangüíneo
No Identificação do animal Sexo Idade (em meses)
Doses de vac. na prop.
Nascido na prop.
S ou N
No Identificação do animal Sexo Idade (em meses)
Doses de vac. na prop.
Nascido na prop.
S ou N
1 31
2 32
3 33
4 34
5 35
6 36
7 37
8 38
9 39
10 40
11 41
12 42
13 43
14 44
15 45
16 46
17 47
18 48
19 49
20 50
21 51
22 52
23 53
24 54
25 55
26 56
27 57
28 58
29 59
30 60
10. Registro de datas: ____/____/____ Colheita
_____/_____/_____ Envio ao laboratório estadual
_____/_____/_____ Envio ao LANAGRO ou PANAFTOSA
11. Resultado da inspeção clínica nos animais amostrados:
12. Declaração do proprietário ou responsável pelos animais
Estou ciente de que os animais acima identificados não poderão ser vacinados contra febre aftosa, vendidos ou transportados sem autorização do serviço veterinário oficial. Estou ciente, também, da necessidade de informar imediatamente ao serviço veterinário oficial qualquer problema com os animais amostrados como morte, perda de brinco, roubo entre outros.
Nome e assinatura do proprietário ou responsável pelos animais
13. Veterinário oficial: _________________________________________________________________________________ Nome
________________________________________________ Assinatura
Monitoramento para febre aftosa em região de fronteira internacional Formulário de colheita de amostras
1. Código Monitoramento
Anexo 3 – Formulário para colheita de amostras
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2. UF 3. Município 4. Nome da propriedade
5. Nome do proprietário 6. Código da prop. UVL 7. Nº da visita 8. Data da visita
9. Total de animais susceptíveis existente na propriedade:
Na visita anterior Bovinos Bubalinos Ovinos Caprinos Suínos
Na visita atual Bovinos Bubalinos Ovinos Caprinos Suínos
10. Registro de outras movimentações de animais susceptíveis
Ingre. Egre. Esp. Total Data (mês/ano)
Origem ou destino
UF Município Propriedade
11. Registro de nascimento 12. Registro de mortes Espécie Quantidade Espécie Faixa etária Quantidade Causa da morte
13. Registro da avaliação clínica geral dos animais susceptíveis:
14. Inspeção clínica 15. Resultado da inspeção clínica: Espécie Quantidade
16. Observações:
17. Veterinário oficial:
____________________________________________________________________________ Nome
_______________________________________________ Assinatura
18. Proprietário ou responsável pelos animais:
____________________________________________________________________________ Nome
_______________________________________________ Assinatura
19. Veterinário oficial do país vizinho:
____________________________________________________________________________ Nome
_______________________________________________ Assinatura
Monitoramento para febre aftosa em região de fronteira internacional Formulário de visita de monitoramento
1. Código Monitoramento
Anexo 4 – Formulário para visita de monitoramento