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COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA GUIA DO ALUNO

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Programa Formare | AprendizGUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA1 ÍNDICE

COMUNICAÇÃOORAL E ESCRITA

GUIA DO ALUNO

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Programa Formare | AprendizGUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA2 ÍNDICE

FUNDAÇÃO IOCHPE

PresidênciaEvelyn Berg Ioschpe

Coordenação do Programa FormareBeth Callia

Coordenação PedagógicaJosé Antonio Küller

ElaboraçãoFundação Iochpe / Programa FormareAlameda Tietê, 618 casa 101417-020 – São Paulo/SPwww.formare.org.br

Autoria deste Guia:José Carlos Antonio

Coordenação Técnica deste Guia:José Antonio Küller

RevisãoAna Maria Viegas

Projeto Gráfico e editoração:Amí Comunicação & Design

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

R61g Rodrigo, Natalia Guia do aluno: comunicação oral e escrita / Natalia Rodrigo e Fátima Alves Rodrigo; coordenação técnica, José Antonio Küller. - São Paulo: Fundação Iochpe, 2017. 153 p. : il. ISBN 978-85-98169-99-6

1. Comunicação oral. 2. Comunicação escrita. 3. Linguagem. I. Rodrigo, Natalia. II. Título. CDD 401.4

FICHA TÉCNICA

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ÍNDICE CLIQUE NOS ITENS PARA NAVEGAR DIRETAMENTE PARA AS PÁGINAS.

A IDENTIDADE NA

ADOLESCÊNCIA

A BUSCA DA IDENTIDADE ENTRE

BOMBAS E TIROS DE CANHÕES

FORMAR A PRÓPRIA OPINIÃO

RUPTURAS INEVITÁVEIS

UMA AUTOCRÍTICA ADULTA

O QUE VOCÊ VAI SER QUANDO

CRESCER?

“A PRÓPRIA PESSOA FORMA

SEU CARÁTER”

NASCE O SENTIMENTO

DE IDENTIDADE

A CONSCIÊNCIA DO DESTINO QUE

SE APROXIMA

O EQUILÍBRIO EM MEIO AO CAOS

O LEGADO DE ANNE FRANK E AS

REDES SOCIAIS

APRESENTAÇÃO

INTRODUÇÃO

12.

12.

13.

14.

15.

15.

16.

17.

18.

19.

06.

08.

CAPÍTULO I:11:

O CORPO FALA

INTRODUÇÃO

PARA COMEÇO DE CONVERSA

JOGANDO E APRENDENDO

A JOGAR

PONDO OS PINGOS NOS IS

SAIBA MAIS

AGORA É COM VOCÊ

SÍMBOLOS GRÁFICOS

INTRODUÇÃO

PARA COMEÇO DE CONVERSA

JOGANDO E APRENDENDO

A JOGAR

PONDO OS PINGOS NOS IS

SAIBA MAIS

AGORA É COM VOCÊ

32.

33.

35.

37.

39.

41.

22.

23.

25.

26.

27.

29.

CAPÍTULO III:

CAPÍTULO II:

31:

21:

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ÍNDICE CLIQUE NOS ITENS PARA NAVEGAR DIRETAMENTE PARA AS PÁGINAS.

OUVINDO E FALANDO

PARA COMEÇO DE CONVERSA

JOGANDO E APRENDENDO

A JOGAR

PONDO OS PINGOS NOS IS

SAIBA MAIS

AGORA É COM VOCÊ

LENDO, INTERPRETANDO

E ESCREVENDO TEXTOS

PROFISSIONAIS

PARA COMEÇO DE CONVERSA

45.

47.

51.

55.

61.

63. » Ouvir bem para falar bem;

ouvir para aprender e se desenvolver

» Como anda sua audição?

» Sobre o falar

» Transcrição de O Último Discurso,

extraído do filme O Grande Ditador

– Charlie Chaplin (1940)

CAPÍTULO IV: CAPÍTULO V:44: 62:

» Ata

» Atestado

» Aviso

» Bilhete

» Tutorial

» Memorando

» Protocolo

» Convite

» Carta profissional

» E-mail

» Requerimento

» Circular

» Relatório

» Declaração

» Ofício

» Procedimento

» Textos de divulgação científica

» Projeto

» Discurso

» Apresentação

» Informativo

» Entrevista

» Notícia

» Reportagem

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JOGANDO E APRENDENDO

A JOGAR

PONDO OS PINGOS NOS IS

SAIBA MAIS

AGORA É COM VOCÊ:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

93.

96.

118.

124.

146.

» Pontuação

» Ponto final

» Ponto de interrogação

» Ponto de exclamação

» Vírgula

» Ponto e vírgula

» Dois pontos

» Reticências

» Aspas

» Parênteses

» Concordância verbal

» Concordância nominal

» Regência verbal

» Regência nominal

» Links sugeridos

» Ortografia

» Trema

» Acentuação

» Hífen

» Por que, por quê ou porquê

» Palavras homógrafas, homófonas

e homônimos perfeitos

» Crase

» Interpretação de textos

» Ler e conversar com o texto

» Produção de textos

» Preparando a formatura

» Projeto de formatura

» Roteiro de formatura

» E-mail para convidados

» Cartas-convite

» Confecção do convite de formatura

» Script da formatura

» Discurso de formatura

» Pronomes

» Pronomes pessoais do caso reto

» Pronomes pessoais oblíquos

» Pronomes pessoais

de tratamento

» Pronomes interrogativos

» Pronomes relativos

» Pronomes indefinidos

» Pronomes possessivos

» Pronomes demonstrativos

» Pronomes adjetivos

» Pronomes substantivos

» Colocação pronominal

ÍNDICE CLIQUE NOS ITENS PARA NAVEGAR DIRETAMENTE PARA AS PÁGINAS.

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APRESENTAÇÃOEste Guia é uma orientação para sua participação em uma unidade curricular de um curso do Programa Formare, estando organizado para apoiar o seu desenvolvimento nas competências requisitadas. O Guia busca ampliar a sua capacidade de aprender, seja com o texto, com acessos à internet, com as outras pessoas e consigo mesmo. Além do desenvolvimento das competências previstas pela unidade curricular, o Guia pretende ajudá-lo aprender a aprender.

A aprendizagem orientada por competências requer principalmente a atividade do aluno. Portanto, para desenvolver uma competência, você deve agir em situações ou circunstâncias em que o domínio dessa competência seja necessário. A aprendizagem de uma competência somente acontece se ela for exercitada.

Para aprender a aprender é necessário que você participe de situações em que precise aprender de forma independente, ou colaborativa. Disso decorre que é fundamental a sua participação nas atividades propostas nas aulas. O seu pleno comprometimento nas situações de aprendizagem recomendadas é requisito essencial para o seu desenvolvimento.

Nas situações de aprendizagem propostas pelo educador sempre será necessária a sua participação ativa no desenvolvimento das atividades. Nelas, você terá a possibilidade de usar o que já sabe e aprender com o saber dos seus companheiros de estudo. A sua disponibilidade para interagir com seus colegas de curso é, então, o segundo requisito para uma aprendizagem bem-sucedida.

Nesse curso, a base, ou alicerce, ou ponto de partida para a construção do conhecimento e o desenvolvimento das competências é sempre o conjunto das experiências e conhecimentos existente no grupo de alunos. Esteja, então, sempre disponível para aprender através da interação com seus companheiros. Não espere que o educador ensine a você, que lhe dê aulas ou que, simplesmente, lhe repasse a matéria ou

ÍNDICE

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Programa Formare | AprendizGUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA7 ÍNDICE

seus conhecimentos. Ele será, tão somente, um orientador da aprendizagem que é construída por todos.

Em princípio, o educador seguirá basicamente um roteiro de atividades compatível com os capítulos e itens deste Guia. Ele pode, no entanto, para melhor desenvolver as competências, a sua capacidade de aprender e a capacidade de aprender de seu grupo, mudar a sequência das atividades, alterando a ordem prevista. Mesmo assim, não deixe de ler e de fazer os exercícios contidos neste Guia. Eles, com certeza, vão complementar e enriquecer as propostas feitas pelo educador na sala de aula.

A intenção do caminho pedagógico, a seguir apresentado, é proporcionar-lhe experiências significativas e atraentes de aprendizagem integradas à vida e ao trabalho. Desejamos sinceramente que você desenvolva as competências previstas, amplie sua capacidade de aprender e que observe, avalie e desfrute das valiosas experiências especialmente idealizadas para você.

Boa sorte!

ÍNDICE

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INTRODUÇÃO

Prezado Aluno,

Este é o Guia de Estudos de Comunicação Oral e Escrita. Fornece o material necessário para o desenvolvimento da competência geral:

Expressar-se claramente, interpretando e produzindo textos de diferentes gêneros e utilizando recursos verbais e não verbais com finalidades práticas, éticas e estéticas.

Envolve, portanto, o desenvolvimento de um conjunto de competências básicas para o trabalho.

• Receber, interpretar e responder a sinais gráficos e mensagens corporais.

• Receber, interpretar e responder a mensagens verbais.

• Ler e interpretar vários gêneros de textos utilizados na situação de trabalho.

• Planejar, escrever, rever, reescrever e avaliar textos de diversos gêneros utilizados no contexto das atividades profissionais.

O Guia está organizado em capítulos que abordam os diferentes âmbitos da comunicação, orientados para o desenvolvimento dessas competências.

ÍNDICE

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Capítulo 1 – A identidade na adolescência

O livro O Diário de Anne Frank ficou famoso como relato da Segunda Guerra Mundial. Mas a razão para que apareça neste Guia é outra. Confinada a um esconderijo com sua família, tudo o que Anne Frank podia fazer para se distrair era ler e escrever. Ela iniciou um diário para contar o que não podia dizer a mais ninguém, mas ao escrever suas ideias passou a sonhar em ser jornalista ou escritora. Grandes autores defendem que são inseparáveis as ações de escrever e pensar. Ao escrever – organizando ideias e expondo-as de maneira clara – aprendemos a pensar. O que vemos acontecer com Anne Frank é em grande parte o que queremos aqui, desenvolver a capacidade de expressão clara do pensamento, seja quando se lê, interpreta ou escreve.

Capítulo 2 – Símbolos gráficos

Ao usar um smartphone pela primeira vez, muita gente se surpreende com a facilidade de fazê-lo funcionar. Apesar da tecnologia envolvida, nenhum manual com centenas de páginas explicativas acompanha o aparelho. Em vez disso, uma linguagem intuitiva dispensa explicações. A linguagem dos símbolos gráficos, dos ícones e dos emojis é de compreensão imediata. Você já parou para pensar na importância dessa comunicação sem palavras no seu dia a dia?

Capítulo 3 – O corpo fala

Ninguém nasce sabendo falar ou escrever, a linguagem verbal tem que ser aprendida. No entanto, desde o nascimento todos nós usamos o corpo para nos comunicar. E pela vida afora, continuamos a exprimir muito mais por meio da linguagem corporal dos gestos, trejeitos faciais, posturas e tons de voz do que por palavras. Por isso a linguagem não verbal é tão importante e pode ajudar o observador atento a interagir em qualquer ambiente, bem como a ter consciência de seu próprio comportamento corporal.

ÍNDICE

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Capítulo 4 – Ouvindo e falando

“Você não está ouvindo!” Não há ninguém que nunca tenha dito ou escutado essa frase. Entre os vários sinônimos de “ouvir” estão: atender, levar em conta; considerar. Como atender, levar em conta e considerar o que é dito pelo outro se cada ouvinte entende a mesma frase de acordo com suas próprias ideias? O que se vê são vários monólogos em vez de um diálogo com interação entre as pessoas. Como ultrapassar o simples escutar o som da fala para ouvir o pensamento do outro? Qual a responsabilidade de quem fala em ser ouvido? De saber ouvir e falar depende a comunicação de uma mensagem com clareza e objetividade. Vamos aprender?

Capítulo 5 – Lendo, interpretando e escrevendo textos profissionais

Aos poucos, na comunicação empresarial, vai sendo enterrada a formalidade vazia que usa palavras demais e conteúdo de menos. Mas é bom lembrar que não se escreve como se fala. A escrita exige respeito às normas gramaticais, o que nada tem a ver com o floreio inútil das frases. Tudo o que se quer na redação dos vários gêneros textuais que circulam nas empresas – carta, ofício, memorando etc. – é que as ideias sejam claras e bem construídas. E para isso é preciso conhecer um mínimo de pontuação, ortografia e concordância. Ler, saber interpretar o que se lê e escrever bem são competências inter-relacionadas que podem ser desenvolvidas, se forem praticadas. Não tem ideia de como começar o texto da carta que precisa escrever? Leia uma ou várias cartas não para fazer uma cópia, mas para interpretar o texto e aprender a fazer o seu.

Bons estudos!

ÍNDICE

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ÍNDICE

CAPÍTULO I:

A IDENTIDADENA ADOLESCÊNCIA

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A BUSCA DA IDENTIDADE ENTRE BOMBAS E TIROS DE CANHÕES

A jovem judia Anne Frank escreveu o diário mais famoso do mundo em todos os tempos. Sem saber ela descrevia, durante a Segunda Guerra Mundial, seus últimos dois anos de vida antes de ser enviada pelos nazistas ao campo de concentração onde morreria de tifo, em 1944, aos 15 anos de idade.

A menina relatou a vida da família e de mais quatro pessoas que tiveram de viver limitadas ao anexo do sótão do escritório de seu pai, em Amsterdam, na Holanda. O grupo não podia abrir as janelas ou fazer qualquer barulho que levantasse suspeitas.

Anne Frank nasceu na Alemanha, em 1929. Com a chegada de Adolph Hitler ao poder, seus pais foram obrigados a fugir do país. A Holanda, o novo e querido lar de Anne a partir dos quatro anos, também acabou invadida pelos alemães. Com o início da perseguição aos judeus, sua família foi obrigada a se esconder juntamente com mais quatro pessoas. Por dois anos (1942/1944), quando provavelmente foram delatados, todos viveram clandestinamente em Amsterdam.

FORMAR A PRÓPRIA OPINIÃO

Em seu diário, Anne Frank faz um relato minucioso de como era a vida no que chamou de “Anexo Secreto”, onde ficou confinada dos treze aos quinze anos. Fala também do processo interno de crescimento que vivencia, do qual tem absoluta consciência.

Anne Frank, aos 6 anos de idade, na escola em que estudava, em Amsterdam. 1940.

[Fonte da imagem: Wikipedia]

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Anne expressa com clareza solar que compreende a importância crucial do momento que vivencia – de construção da sua identidade pessoal para ingressar no mundo adulto.

RUPTURAS INEVITÁVEIS

Corajosa, a jovem mantém a esperança e reconhece suas fraquezas, limitações e dúvidas. Tudo isso em meio ao som estridente das sirenes, que avisam dos bombardeios sobre a cidade, seguido do revidar dos canhões antiaéreos durante toda a noite.

Ela sabe que terá de percorrer o seu caminho sozinha, uma vez que, ainda mais do que o isolamento físico, Anne sente a aridez da convivência forçada com adultos que não respeita como modelos, ao mesmo tempo que questiona a rigidez do tratamento dispensado aos três jovens – ela mesma, sua irmã e Peter, filho do outro casal – que devem se limitar a cumprir as regras como quando eram crianças.

Expõe, ainda, suas diferenças com a mãe e a falta de intimidade com o pai amado. Enfim, sente-se só na difícil tarefa de aprender a se tornar adulta, mas encara com coragem o desafio.

“Tenho minhas próprias ideias, meus planos e ideais, mas ainda não consigo verbalizá-los.”

“Quero ver as coisas com olhos novos e formar minha opinião, não somente copiar meus pais, como no provérbio ‘A maçã não cai longe da árvore’”.

“Olhando para trás, noto que esse período de minha vida terminou de vez; meus dias de escola, felizes e despreocupados, se foram para sempre. Nem sinto falta. Superei. Não posso mais ficar de brincadeira, porque o meu lado sério sempre aparece.”

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UMA AUTOCRÍTICA ADULTA

Anne Frank questiona-se à exaustão. Não se acomoda ao papel de jovem meramente contestadora, pelo contrário, mais tarde revisita o juízo que fez dos adultos, agora questionando a si mesma.

“Vou ter de me tornar uma boa pessoa por conta própria, sem ninguém para servir de modelo ou me aconselhar, mas no fim isso vai me tornar mais forte.”

“Eu preenchia o dia com conversa fiada, tentava atrair Pim [o pai] e não conseguia. Isso me deixou sozinha com a tarefa de me desenvolver, para que não tivesse de ouvir suas críticas, porque elas me deixavam desanimada.”

“Ainda amo papai do mesmo jeito e Margot ama papai e mamãe, mas quando você tem a nossa idade, quer tomar algumas decisões sozinha, sair debaixo da asa deles.”

“Mesmo tendo somente 14 anos, sei o que quero, sei quem está certo e quem está errado, tenho minhas opiniões, ideias e meus princípios, e mesmo que pareça estranho vindo de uma adolescente, me sinto mais como uma pessoa do que como uma criança – me sinto completamente independente dos outros.”

“A gente não faz ideia de como mudou até que a mudança já tenha acontecido. Eu mudei de um jeito radical, tudo em mim é diferente: minhas opiniões, minhas ideias, a visão crítica. Por dentro, por fora, nada é igual. E posso afirmar com segurança, já que é verdade: mudei para melhor.”

“Até que enfim alguém me colocou no lugar certo, quebrou meu orgulho, e isso é bom, porque tenho sido orgulhosa demais. Nem tudo o que a senhorita Anne faz é bom!”

“Bom, Anne, você ainda tem muito que aprender. Já é hora de começar, em vez de olhar os outros de cima e sempre culpá-los!”

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O QUE VOCÊ VAI SER QUANDO CRESCER?

A todo o momento, Anne examina sua infância, as mudanças por que passou e quem gostaria de ser no futuro. Pensa muito na profissionalização e declara várias vezes que não quer ser uma dona de casa como a mãe.

“A PRÓPRIA PESSOA FORMA SEU CARÁTER”

Nada fica fora de seu diário, que ela chama de Kitty, como uma amiga com quem estabelece uma relação honesta e verdadeira, a quem relata todas as transformações pelas quais passam seu corpo e sua mente; a paixão por Peter (o terceiro jovem no esconderijo, além dela mesma e da irmã); o interesse por sexo; os conflitos consigo mesma e com os outros; o reconhecimento dos próprios erros; as angústias existenciais e os momentos de desespero.

“Não consigo me imaginar vivendo como mamãe (...). Preciso ter alguma coisa além de um marido e de filhos aos quais me dedicar! Não quero que minha vida tenha passado em vão, como a da maioria das pessoas. Quero ser útil ou trazer alegria a todas as pessoas, mesmo àquelas que jamais conheci. Quero continuar vivendo depois da morte!”

“Há muito tempo você sabe que meu maior desejo é ser jornalista, e mais tarde uma escritora famosa. Teremos de esperar para ver se essas grandes ilusões (ou desilusões) irão se cumprir, mas até agora não sinto falta de assunto. De qualquer modo, depois da guerra, eu gostaria de publicar um livro chamado O Anexo Secreto. Resta ver se conseguirei, mas meu diário pode servir de base.”

“Eu me condeno de tantas maneiras que estou começando a perceber a verdade no ditado de papai: ‘Todo filho tem de se criar’. Os pais só podem aconselhar os filhos ou apontar a direção certa. Em última análise, a própria pessoa forma seu caráter.”

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“Agora é muito mais fácil falar com Peter as coisas que normalmente eu guardava para mim; por exemplo: eu disse que no futuro quero ser escritora e que, se não puder, quero escrever nas horas vagas”.

“Criei na mente uma imagem dele, pintei-o como um rapaz calmo, delicado e sensível, necessitando de amizade e amor! Eu precisava abrir a alma para uma pessoa viva. Queria um amigo que me ajudasse a reencontrar o caminho.”

“Não tenho dinheiro nem posses terrenas, não sou linda, inteligente nem esperta, mas estou feliz e pretendo continuar assim! Nasci feliz, adoro as pessoas, tenho uma natureza estável, e gostaria que todo mundo também fosse feliz.”

“Finalmente percebi que devo fazer os deveres de escola para não ficar ignorante, para continuar com a vida, para me tornar uma jornalista, porque é isso que desejo! Eu sei que posso escrever. Algumas de minhas histórias são boas, minhas descrições do Anexo Secreto são bem humoradas, boa parte de meu diário é vivo e interessante, mas... resta saber se realmente tenho talento.”

“Eu costumo me sentir mal, mas nunca me desespero. Vejo nossa vida no esconderijo como uma aventura interessante, cheia de perigo e romance, e cada privação é algo divertido a acrescentar no diário.”

NASCE O SENTIMENTO DE IDENTIDADE

A menina cresce e se transforma diante dos nossos olhos. O amadurecimento de Anne Frank é visível, ela descobre sua singularidade e seus talentos; sabe o que ainda precisa mudar e entende que precisa estudar até álgebra, que odeia. Conforme avançam as páginas de seu diário, ela adquire um forte sentimento de identidade, sabe quem é e o que deseja alcançar. Demonstra grande força em se manter positiva frente ao futuro incerto, mas nunca esquece a guerra como a grande ceifeira pairando acima de seus sonhos, projetos e ideais.

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Programa Formare | AprendizGUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA17 ÍNDICE

“Sou jovem e tenho muitas qualidades ocultas; sou jovem, forte e vivo uma grande aventura; estou no meio dela e não posso passar o dia inteiro reclamando porque é impossível me divertir! Sou abençoada com tantas coisas: felicidade, alegria e força. A cada dia me sinto amadurecendo, sinto a libertação se aproximar, sinto a beleza da natureza e a bondade das pessoas ao redor. A cada dia penso em como essa aventura é fascinante e divertida!”

“Quando escrevo, consigo afastar todas as preocupações. Minha tristeza desaparece, meu ânimo renasce! Mas – e esta é uma grande questão – será que conseguirei escrever alguma coisa importante, será que me tornarei jornalista ou escritora?”

“Se Deus me deixar viver, vou realizar mais do que mamãe jamais realizou, vou fazer com que minha voz seja ouvida, vou para o mundo e trabalharei em prol da humanidade!”

“Simplesmente não consigo imaginar que o mundo volte a ser normal para nós. Falo sobre depois da guerra, mas é como se estivesse falando de castelos no ar, de uma coisa que pode nunca acontecer.”

“Como, sem dúvida, você pode imaginar, nós costumamos perguntar, em desespero: ‘Qual é o sentido da guerra? Por que, por que as pessoas não podem viver juntas em paz?’”

Não é mais uma voz infantil! Nenhuma criança falaria de guerra com tanta verdade. Às vezes, esperança, medo e desalento estão presentes na mesma frase, fazendo parte da mesma realidade cruel. Anne Frank alcança sua identidade, complexa e multifacetada.

A CONSCIÊNCIA DO DESTINO QUE SE APROXIMA

As reflexões da jovem sobre a guerra e as injustiças sofridas pelos judeus são cada vez mais profundas e recorrentes. Enquanto se esforça para manter a confiança na iminente invasão dos aliados, Anne sente o cerco dos nazistas se fechar, a perseguição recrudescer e teme pelo desfecho de seu destino.

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Programa Formare | AprendizGUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA18 ÍNDICE

“Ainda amamos a vida, ainda não esquecemos a voz da natureza e continuamos com esperança de... tudo.”

“Os mais velhos têm uma opinião formada sobre tudo, são seguros de si e de seus atos. Para nós, jovens, é duas vezes mais difícil sustentar nossas opiniões numa época em que os ideais são estilhaçados e destruídos, quando o pior lado da natureza humana predomina, quando todo mundo duvida da verdade, da justiça e de Deus.”

“Vejo o mundo ser transformado aos poucos numa selva, ouço o trovão que se aproxima e que, um dia, irá nos destruir também, sinto o sofrimento de milhões. E, mesmo assim, quando olho para o céu, sinto de algum modo que tudo mudará para melhor, que a crueldade também terminará, que a paz e a tranquilidade voltarão.”

“Como posso me sentir triste enquanto isso existir, pensei, esta luz e este céu sem nuvens, e enquanto eu puder desfrutar essas coisas?”

“Enquanto isso existir – e deve existir para sempre –, sei que haverá consolo para toda tristeza, em qualquer circunstância. Acredito firmemente que a natureza pode trazer conforto a todos que sofrem.”

“A beleza continua a existir, mesmo na desgraça. Se a procurar, você descobrirá cada vez mais felicidade, e recuperará o equilíbrio. Uma pessoa feliz tornará as outras felizes; uma pessoa com coragem e fé nunca morrerá na desgraça!”

O EQUILÍBRIO EM MEIO AO CAOS

Mesmo imersa nos estilhaços de seus ideais, Anne Frank foi capaz de deixar mensagens positivas da vivência de sua breve juventude.

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O LEGADO DE ANNE FRANK E AS REDES SOCIAIS

O pai de Anne, Otto Frank, é o único a sobreviver aos campos de concentração para onde são enviadas as oito pessoas descobertas no Anexo Secreto. A mãe morre de fome no campo de concentração de Auschwitz, para onde ela e as filhas são levadas. As duas meninas são transferidas para o campo de Bergen-Belsen. Anne é a última a morrer, um ou dois dias depois da irmã e algumas semanas antes da libertação. A publicação de seu diário pelo pai, em 1947, torna-a famosa no mundo inteiro. O livro inspira uma peça de teatro.

Em 1959, o filme “O Diário de Anne Frank”, de George Stevens, recebe três Oscars. Desde 1960, o Anexo Secreto e o prédio da empresa de Otto Frank, em Amsterdam, abrigam o Museu Casa Anne Frank, onde o famoso diário está exposto. Todos os anos, um milhão de pessoas visita o esconderijo da família.

No site oficial Anne Frank1 é possível conhecer, em português, um resumo de toda a história com muitas fotos <https://goo.gl/d78vrc>, passear pelo museu virtual e navegar pelo Anexo Secreto <https://goo.gl/YrTEmb>.

A linha do tempo de Anne Frank mostra a história da família Frank no contexto da história mundial <https://goo.gl/7DKfHz>.

No filme “A culpa é das estrelas”, de 2014, o casal protagonista visita o museu Casa de Anne Frank, em Amsterdam, percorrendo os locais retratados no livro.Em 2001, a rede americana ABC de televisão produziu a minissérie Anne Frank com base no livro “Anne Frank, uma Biografia”, da jornalista austríaca Melissa Muller.

1. <www.annefrank.org/pt/ >

Em 2001, a rede americana ABC de televisão produziu a minissérie Anne Frank com base no livro “Anne Frank, uma Biografia”, da jornalista austríaca Melissa Muller.

Imagem da minissérie Anne Frank, da rede

ABC. Vídeo legendado disponível em: <https://youtu.be/8skcEbuKJD8>

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Quantas vezes Anne Frank se perguntou se teria talento, se conseguiria escrever alguma coisa importante, tornar-se jornalista ou escritora? O que mais desejava era que sua voz fosse ouvida!

A menina de 15 anos ultrapassou suas próprias expectativas, foi profética ao dizer “quero continuar vivendo depois da morte!”

Seu livro é um dos mais lidos no mundo e já foi traduzido para 67 idiomas.

Supondo que a internet existisse, na época, e Anne Frank tivesse acesso às redes sociais sem ser importunada pelos nazistas, quantos seguidores ela teria? Quantos jovens na mesma situação poderiam compartilhar temores e anseios comuns?

As redes sociais, os jogos online, os sites de compartilhamento de vídeo e os telefones celulares são aliados na comunicação e autoexpressão do jovem ao atingir a idade da luta pela autonomia e identidade, fase pela qual Anne Frank passou em solidão quase absoluta no seu esconderijo.

Além de permitir que os jovens se conectem com seus pares de novas maneiras, essas tecnologias ajudam na aquisição de novas competências, como criar um vídeo, personalizar um jogo ou uma página no Facebook.

O mundo digital reduz as barreiras para a aprendizagem autônoma e seria uma ferramenta preciosa também para Anne Frank.

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CAPÍTULO II:

SÍMBOLOS GRÁFICOS

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Há controvérsias.

O pensador e humorista Millôr Fernandes acrescenta a esse outro pensamento desafiador: “Uma imagem vale mais do que mil palavras. Vai dizer isto com uma imagem”.

Entretanto, o pensamento “Uma imagem vale mais do que mil palavras” está associado ao poder de comunicação da imagem. E, por conseguinte, à possibilidade de uma imagem sintetizar uma mensagem e comunicá-la prontamente, de forma muito mais clara e precisa do que seria possível fazê-lo por meio de palavras. É preciso fazer a ressalva de que nem sempre isso é totalmente possível, como alerta o pensamento de Millôr.

INTRODUÇÃO

“Uma imagem vale mais do que mil palavras.” (Citação atribuída a Confúcio)

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PARA COMEÇODE CONVERSA

Quantas vezes ao observar a imagem de um acontecimento chega-nos a ideia clara e imediata da ocorrência! Às vezes, o texto que acompanha a imagem apenas complementa a informação principal que ela comunica de forma instantânea.

Quando a referência é um mundo tecnológico e globalizado, a citação “uma imagem vale mais do que mil palavras” faz ainda mais sentido porque a imagem é compacta, rápida e supera barreiras linguísticas. Se uma pessoa viajar para um país cujo idioma desconheça totalmente e não encontrar as conhecidas placas sinalizadoras em inglês, é provável que siga imagens para se alimentar, usar a toalete ou chegar ao seu portão de embarque. Na hipótese de não existir comunicação por meio de imagens, ou comunicação visual, essa pessoa não chegará a lugar algum. Provavelmente recorrerá aos gestos e terá dificuldades imensas apenas no esforço de circulação, sem falar em todos os outros.

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[Ilustração: Seri]

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Nesse caso, o que salvaguarda o estrangeiro são os chamados pictogramas organizados adequadamente para que ele possa atender suas necessidades básicas num ambiente social onde não consegue fazer uso da linguagem verbal, escrita ou falada.

Antes da invenção da escrita, na pré-história, o homem fazia registros de acontecimentos por meio de pictogramas. As figuras das pinturas rupestres podem ser consideradas como pictogramas; elas transmitiram e transmitem alguma realidade da vida do homem na terra, ao longo de milênios.

Pictogramas são signos, símbolos ou sinais indicativos, de comunicação visual, usados para transmitir mensagens de compreensão imediata. Apresentam uma funcionalidade comunicativa que elimina barreiras dos idiomas; são autoexplicativos e compreensíveis em âmbito universal. São usados como sinais, comunicando informação de utilidade pública ou fazendo advertências.

Pintura rupestre encontrada em Nevada, EUA.

[Fonte da imagem

: Pixabay]

[Ilustração: Seri]

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JOGANDO E APRENDENDO A JOGAR

Uma programação visual, vamos chamar assim a concepção e posicionamento de pictogramas em espaços abertos e fechados, serve para comunicar, informando e orientando. Ao olhar para um pictograma, pessoas de diferentes lugares captam, imediatamente, a mesma mensagem.

Pictogramas são construídos e muito utilizados também em ambientes profissionais específicos. Informam instruções de uso, fazem advertências sobre perigos do ambiente, orientam a movimentação de pessoas e profissionais como, por exemplo, num hospital ou numa fábrica.

Podem ser também utilizados para indicar ou resumir a ideia presente em regra ou código de conduta como, por exemplo, um contrato de aprendizagem.

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Assista ao vídeo indicado a seguir. É bem rápido e sintetiza uma quantidade enorme de informações sobre a construção e utilização de pictogramas.

Vídeo: O que é Pictograma (tempo: 3min37seg). Link do vídeo: <https://youtu.be/rFhFNS2W3xA>

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PONDO OS PINGOS NOS IS

Para obter algumas informações de como deve ser o processo criativo e as características de um bom símbolo gráfico, assista ao vídeo Pictogramas – Rio 2016.

Vídeo Pictogramas - Rio 2016.Link do vídeo: <https://youtu.

be/WlY2BRJxyKI>

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SAIBA MAIS

Hoje, o ambiente urbano é repleto de pictogramas, nos espaços abertos e fechados. E há uma história bem bacana por trás disso.

Tudo começa com a criação de um sistema de representação pictórica universal na década de 1920, em Viena, pelo chamado movimento ISOTYPE (International System of Typographic Picture Education, ou Sistema Internacional de Educação Tipográfica Pictórica). Esse movimento de educação pública é criado por um cientista social, Otto Neurath, com o objetivo de facilitar a comunicação, torná-la acessível a todos e ultrapassar fronteiras. A meta é democratizar a comunicação, ou seja, fazer a informação chegar a todas as pessoas, incluindo as que têm mais dificuldades de compreensão.

O designer responsável pelo sistema pictórico do ISOTYPE, o alemão Gerd Arntz, cria um conjunto de quatro mil símbolos para transmitir informações econômicas e sociais para o público leigo. Esse é um dos projetos de design e informação de maior sucesso do século 20.

Esses símbolos criados para o Isotype tornam-se referência e influenciam a criação dos pictogramas que se veem comumente em placas de estradas e aeroportos, websites, manuais de instrução etc. Muitos desses pictogramas são criados na década de 1970, nos EUA, pela parceria do Departamento de Transportes com a AIGA1, organização americana de designers gráficos.

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1. Acesse o site da AIGA e veja alguns dos ícones criados para serem usados em inúmeros lugares.<http://www.aiga.org/symbol-signs/>

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O Isotype acaba por tornar-se uma escola de síntese visual, influenciando gerações de designers. Nas olimpíadas, o grande impulso ao desenvolvimento de pictogramas surge em Tóquio, 1948. A equipe de designers japonesa liderada por Katsumi Masaru e inspirada no Isotype cria um projeto amplo que inclui o conjunto de pictogramas usados durante o evento e também pelos meios de comunicação.

Nas olimpíadas de Munique, em 1972, o alemão O. Aicher cria uma série de pictogramas para representar as modalidades esportivas em disputa. Mais uma vez a simplicidade e padronização da linguagem Isotype constituem a inspiração, e também para os jogos olímpicos seguintes.

A partir dos jogos olímpicos de Sidney, em 2000, nota-se influência cultural dos países sede. Por exemplo, Sidney utiliza a forma do bumerangue na construção da figura humana; Atenas emprega formas, cores e desenhos de sua cultura milenar e o mesmo pode-se dizer de Pequim com seus desenhos lembrando imagens produzidas nos primórdios da humanidade. Em cada edição dos jogos olímpicos é possível notar a evolução2 do design gráfico e das modalidades nos jogos. Novos esportes são incluídos e outros eliminados a cada quatro anos, então novas famílias de pictogramas são criadas.

A preparação dos pictogramas das olimpíadas do Rio/20163 conta com um grupo de 28 designers. O trabalho inclui o estudo do movimento dos atletas e pode-se dizer, também, da chamada ginga do brasileiro. Pela primeira vez são criados pictogramas para o paradesporto. No total, 64 pictogramas: 41 olímpicos4 e 23 paralímpicos.

2. Acesse <https://goo.gl/wV5iEa> para ver a comparação dos pictogramas criados em cada uma das edições dos jogos olímpicos, a partir de 1964.

3. Pictogramas oficiais das Olimpíadas e Paralimpíadas de 2016. <https://goo.gl/PKQ3q9>

4. 41 pictogramas dos Jogos Olímpicos Rio 2016. <https://goo.gl/nAV4qv9>

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AGORA É COM VOCÊ

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Na informática, o sistema de representação pictórica Isotype oferece suporte, com sua proposta sobre o que seria universal em comunicação por imagem, para transformar a informação em símbolo e dessa forma facilitar o entendimento e democratizar a comunicação. Isso significa a inclusão digital de um imenso contingente de pessoas de todo o mundo que com o sistema de codificação alfanumérico utilizado anteriormente teria dificuldades de acesso aos recursos da informática.

Os computadores, máquinas complexas até a década de 1980, ganham interfaces acessíveis repletas de ícones para serem facilmente operados por qualquer pessoa. Quanto aos smartphones, sua operação vai se tornando quase intuitiva graças aos ícones de compreensão imediata. Estes ainda oferecem uma galeria de emojis e emoticons, também aparentados com o sistema Isotype, que possibilitam até a comunicação sem palavras.

A motivação para a criação do sistema de comunicação por imagens, depois conhecido como Isotype (1920), é humanitária.

Nascido em classe abastada, Otto Neurath (1882-1945), um cientista social com ideais socialistas, tem contato com a dura realidade da população rural pobre e percebe a dificuldade extrema de compreensão e comunicação das pessoas. Essa é a inspiração

BREVE HISTÓRIA DA CRIAÇÃO DO ISOTYPE

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para criar seu projeto de facilitar e universalizar a comunicação não verbal por meio de imagens simples e sintéticas. Seu desejo é acelerar a transmissão de informações para o público leigo.

Com a matemática Marie Reidemeister, também envolvida no projeto e sua futura esposa, O. Neurath funda o ISOTYPE (International System of Typographic Picture Education, ou, Sistema Internacional de Educação Tipográfica Pictórica). O casal trabalha com mapas, gráficos e outras visualizações que interpretam e explicam ideias complexas sobre o cotidiano, indústria e ciência na Áustria. O trabalho começa a ser realizado com uma equipe de desenhistas, mas ainda é preciso encontrar um designer com envergadura para a empreitada de traduzir ideias em desenhos.

Depois de muita procura, Neurath se depara com a parceria certa: um designer alemão talentoso, Gerd Arntz, que compartilha com ele os mesmos ideais. Juntos criam um sistema de representação gráfica que torna dados estatísticos acessíveis para o grande público. Criam um grande e rico acervo de imagens tão identificáveis que as palavras podem ser dispensadas. Qualquer ideia pode ser expressa por uma ou várias imagens combinadas.

A projeção do Isotype chega a muitos outros países, à medida que designers do mundo todo passam a contribuir com suas próprias ideias. A União Soviética, EUA e nações africanas, por exemplo, criam versões próprias do Isotype.

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CAPÍTULO III:

O CORPO FALA

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Sem uma única palavra, o bebê comunica todas as suas necessidades e sensações como fome, sono, dor, irritação, alegria, entusiasmo pela vida. Muito antes de aprender a falar, ele usa o choro, o riso, as expressões faciais, os gestos, o corpo inteiro para se expressar.

O sorriso é a melhor arma do bebê para convencer o mais carrancudo dos adultos a satisfazer suas vontades. Seria bem mais difícil, se ele contasse apenas com o choro e as fraldas sujas para se comunicar. O sorriso, aprendido e usado a partir das primeiras semanas de vida, amplia muito as suas chances de ser amado e bem cuidado, convenhamos.

Antes de aprender a linguagem verbal, por meio de palavras faladas ou escritas, todos nós transmitimos nossas necessidades físicas e emocionais empregando a comunicação corporal.

Começamos ao nascer e nunca mais paramos de usar a linguagem não verbal, ainda que não tenhamos consciência ou controle absoluto sobre ela. Nossa comunicação corporal – expressa por gestos, trejeitos faciais, posturas, tons de voz, distâncias físicas e contato visual – pode exprimir mais do que as próprias palavras.

INTRODUÇÃO

TODOS NÓS NASCEMOS ESPECIALISTAS EM LINGUAGEM NÃO VERBAL

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ÍNDICE33

Quantas vezes você mal é apresentado a alguém e imediatamente classifica a pessoa como antipática? Por que, se ela apertou sua mão e disse “muito prazer” como manda a regra da boa educação? Bom, é verdade que ela não sorriu. Talvez estivesse distraída ou preocupada com a possibilidade de uma multa por estacionar em local proibido. De qualquer forma, o sorriso, que aprendemos a usar quase ao nascer, é o mais poderoso sinal de ligação social. O recém-apresentado perdeu a oportunidade de passar a você a agradável impressão de simpatia ou afinidade. Tudo porque não sorriu ao dizer que tinha prazer em conhecer você. A linguagem verbal, emitida pelas palavras, não foi acompanhada pela linguagem não verbal (sorriso), o que deu a você a impressão contrária do que foi dito.

Atentos ou não ao que fazemos, expressamos mais por meio da linguagem não verbal do que por palavras. Também controlamos melhor o que dizemos do que aquilo que nosso corpo comunica involuntariamente. Um dos muitos cálculos a respeito, embora nenhum seja muito preciso, aponta que os sinais não verbais da comunicação humana representam 65% do total de mensagens que enviamos. Há até estimativas para mais de 90%, se além dos gestos forem considerados outros fatores, como a postura e o tom de voz, por exemplo.

Um aperto de mão firme ou fraco; a postura ereta ou curvada; alguém que passa o dia

PARA COMEÇODE CONVERSA

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[Ilustração: Seri]

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ÍNDICE34

bocejando; um olhar fixo para o chão; o desvio constante do olhar; alguém que mexe as mãos ansiosamente ou não pode parar de balançar as pernas durante uma reunião. Podemos nos lembrar de ter reparado em expressões de linguagem corporal, ou não verbal, em outras pessoas. E não foi por acaso que interpretamos esses sinais, eles fazem parte da comunicação não verbal de todo ser humano.

No filme O baile, de Ettore Scola, podemos ver o quanto os gestos, a postura e as expressões faciais são capazes de transmitir sem necessidade da linguagem verbal. Num único cenário – o salão de baile – a história é contada sem diálogos, e ainda assim identificamos perfeitamente quem são os personagens por suas atitudes. Estão presentes o tímido, o pretensioso, o vaidoso, o convencido, o bajulador etc. Também podemos reconhecer as diferentes personagens femininas.

O significado da linguagem não verbal está ligado à cultura, ou seja, ao conjunto de costumes, conhecimentos e regras sociais que distinguem as pessoas que vivem num mesmo lugar.

Filme “O Baile”, de Ettore Scola. Link do vídeo: <https://youtu.be/iOex5la0EvY>

No entanto, certas expressões faciais são entendidas universalmente. Independentemente da cultura local onde as pessoas nascem, seja qual for o país, elas são capazes de entender demonstrações de alegria, tristeza, surpresa, medo, aversão, e raiva.

A face é a parte do corpo que mais tem recursos emocionais para apresentar graças a uma complexa rede de músculos, que nos permite movimentar olhos, pálpebras, sobrancelhas e lábios. Apenas entre o sorriso, o riso e a gargalhada, temos incontáveis expressões de linguagem não verbal.

[Ilustração: Seri]

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ÍNDICE35

De nada adianta medir as palavras, o corpo transmite a verdadeira mensagem sobre nós. Por isso mesmo a linguagem não verbal, corporal, é tão importante. É difícil acreditar na sinceridade de alguém que diz que está calmo e disposto a ouvir, mas não para de mexer com as mãos, quebrar clips e mudar de posição na cadeira.

Qualquer um que esteja falando para um grupo de pessoas sabe que não está despertando o mínimo interesse naquela que olha em outras direções, rabisca um papel sem parar, ou fica tamborilando com os dedos na mesa. Pior ainda se a pessoa em questão não largar o celular. Ao contrário, aqueles que olham nos olhos do interlocutor demonstram interesse ou pelo menos lhe dão uma chance.

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JOGANDO E APRENDENDO A JOGAR

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[Ilus

traç

ão: S

eri]

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ÍNDICE36

“Nervoso, eu?” Numa situação de estresse, mordemos os lábios, roemos as unhas, entrelaçamos os dedos, esfregamos as mãos, tocamos a nuca ou o rosto. Bobagem negar, todo mundo pode ver nosso nervosismo.

Um simples aperto de mão, se muito fraquinho, pode passar a impressão de insegurança. Para garantir, melhor demonstrar confiança com um aperto mais decidido, o olhar nos olhos da pessoa cumprimentada e um sorriso de simpatia.

A voz firme passa mais autoridade sobre o assunto do que um tom oscilante, todos já percebemos.

Não há dúvida de que a linguagem não verbal ajuda o observador atento a interagir em qualquer situação, favorável ou desfavorável, e também a controlar seu próprio comportamento corporal. Mas não se trata de uma bola de cristal que vai desvendar o íntimo das pessoas, uma vez que um sinal pode não ter qualquer significado. Uma pessoa pode cruzar os braços porque está com frio e não por se sentir resistente às ideias que estão sendo apresentadas.

Ver e ouvir com atenção é o melhor remédio para quem precisa se adaptar a um novo ambiente. Quem já passou pela síndrome do primeiro dia sabe bem disso. No seu primeiro dia no trabalho ou numa nova escola, você não sabe como as pessoas se comportam naquele lugar. Sua confiança será maior quanto mais você dominar esse conhecimento, que pode adquirir a partir da observação direta.

Lembrando que cada sinal pode ser muito relativo, dependendo da situação, veja algumas ilustrações que facilitam a compreensão da linguagem não verbal: <https://goo.gl/BQS9nR>

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PONDO OS PINGOS NOS IS

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O corpo fala e por meio dele demonstramos alegria e tristeza, raiva, amor etc. Sem uma única palavra expressamos o que estamos sentindo, aquilo que desejamos ou não queremos.

Da mesma forma, percebemos as outras pessoas. Como não compreender a diferença entre atitudes favoráveis, neutras ou desfavoráveis? Desde crianças, ao insistir num argumento aprendemos a avaliar nossa possibilidade de sucesso apenas pela tonalidade do “não” de nossos pais.

Ao cruzar uma rua aqui mesmo, ou em qualquer outro país de idioma desconhecido, podemos identificar o estado de espírito das pessoas por meio de sua linguagem corporal, não verbal. A expressão do rosto diz muito da satisfação ou não da pessoa naquele momento, mas o corpo todo transmite outros sinais. A postura ereta ou de ombros curvados, o caminhar seguro ou desanimado falam pelo indivíduo.

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[Ilus

traç

ão: S

eri]

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ÍNDICE38

Um exercício interessante é assistir qualquer filme em idioma desconhecido e reconhecer as emoções que os personagens transmitem apesar de não entendermos uma palavra do que dizem.

Outra experiência que vale a pena é assistir filmes da época do cinema mudo. Muitos filmes se tornaram clássicos e são sucesso até hoje. Quase toda a filmografia do genial Charlie Chaplin, que imortalizou o vagabundo Carlitos, pode ser encontrada no YouTube.

No mundo do trabalho o corpo fala e revela a verdade nua e crua. Realização pessoal, satisfação ou insatisfação com o que se faz ficam evidentes no ânimo das pessoas, no seu interesse e atenção, na produtividade e no prazer ou desprazer de realizar as atividades.

Em uma sequência do filme Tempos modernos (9min30seg), Charlie Chaplin nos obriga a encarar, com humor e sem palavras, a rotina de trabalho massacrante da automação industrial: <https://youtu.be/KPgxcat-zYo>

Cena do filme O Grande Ditador. Link do vídeo: <https://youtu.be/qIXQoLISn2E>

Cena do filme Tempos Modernos. Link do vídeo completo: <https://youtu.be/CozWvOb3A6E>

A expressividade e a força da linguagem não verbal podem ser conferidas na sátira de Chaplin ao nazismo no filme O grande ditador, de 1940. A famosa sequência em que o ditador, uma caricatura de Hitler, contracena com o globo terrestre não deixa dúvidas sobre seu desejo de poder e dominação. Nenhuma palavra é pronunciada, mas tudo está dito em menos de três minutos.

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Usada há milhões de anos, a linguagem corporal, não verbal, foi das primeiras formas de comunicação humana e continua entre as mais expressivas. Mais forte do que nós, ela mostra até o que gostaríamos de esconder.

A comunicação não verbal é importante para reforçar ideias, dar ênfase ao que se diz, facilitar o entendimento e o diálogo. Mas também expõe verdades e mentiras sem nosso consentimento. Assim como se diz da imagem, um gesto pode dizer mais do que mil palavras.

O livro O corpo fala, de Pierre Weil e Roland Tompakow, faz interessante iniciação ao tema da comunicação não verbal, mostrando que o corpo tem uma linguagem própria que muitas vezes contradiz as palavras.

Desvendar a linguagem corporal pode ajudar as pessoas a se compreenderem melhor – a si mesmas e umas às outras – levando a relacionamentos profissionais e interpessoais mais equilibrados.

No livro, a esfinge é usada para representar o ser humano dividido em três partes: boi (abdômen), leão (tórax) e águia (cabeça), que correspondem, respectivamente, à vida instintiva e vegetativa, vida emocional e vida mental (intelectual e espiritual). O homem é comandado por esses três animais em constante conflito dentro de si e o necessário e desejado equilíbrio depende de conseguir

SAIBA MAIS

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ÍNDICE40

dominá-los. A linguagem corporal evidencia a preponderância de uma dessas partes sobre as outras.

O livro explicita gestos corporais e seus significados, e adverte que o importante para uma comunicação coerente é que a linguagem não verbal esteja em concordância com a linguagem verbal.

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AGORA É COM VOCÊ

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Charles Darwin é o primeiro a estudar cientificamente a linguagem corporal, não verbal. O resultado desses estudos está publicado no livro A expressão das emoções em homens e animais (1872).

A partir da década de 1960, o psicólogo americano Paul Ekman também se dedica ao estudo da linguagem corporal. Para ele, Darwin teria se enganado ao afirmar que os mamíferos nascem sabendo demonstrar e interpretar determinadas expressões faciais. Depois de cinquenta anos dedicados ao estudo das emoções humanas Ekman comprova o pressuposto de Darwin e identifica sete expressões faciais que nascem com o ser humano: alegria, tristeza, raiva, medo, surpresa, aversão e desprezo, esta última às vezes considerada por outros autores como uma variante da aversão. São expressões encontradas em todas as culturas, de distintas épocas da história, registradas em estátuas e pinturas e percebidas mesmo em crianças que nasceram cegas.

Reconhecido como uma das maiores autoridades no assunto, Paul Ekman se dedica a catalogar as combinações dos movimentos musculares da face humana, chegando a mais de 10 mil expressões.

As chamadas microexpressões faciais são involuntárias e aparecem, por um segundo ou menos, no rosto da pessoa que tenta esconder uma emoção em situações de tensão. Somente estudiosos e pessoas treinadas conseguem captar essas emoções reprimidas consciente ou inconscientemente.

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Série Engana-me, se puder. Link do vídeo: <https://youtu.be/WamPAPl1HDs>

Os estudos de Paul Ekman servem de base para o seriado americano Lie to me (Engana-me, se puder), disponível na Netflix. Os episódios tratam das investigações de uma equipe especializada em detectar mentiras. O trabalho desses cientistas do comportamento é interpretar, além dos gestos, microexpressões faciais que ocorrem por frações de segundo. O líder da equipe é um cientista que dedicou a vida ao estudo do comportamento humano, das microexpressões e da linguagem corporal, como o próprio Ekman, que parece ter inspirado a série e é consultor da equipe de produção.

Embora o seriado seja muito interessante para o tema, uma vez que usa uma abordagem científica da linguagem corporal, é preciso lembrar que se trata de entretenimento com o realce próprio do cinema. Veja o início do primeiro episódio.

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Essas técnicas passam a ser aplicadas a episódios da vida real que já são históricos, como a participação de Richard Nixon no escândalo de Watergate, desvendando mentiras célebres de personalidades públicas.

É o que faz o documentário Os segredos da linguagem corporal, produzido pelo canal de TV a cabo The History Channel (2008), disponível no YouTube com locução portuguesa. Especialistas em leitura da linguagem corporal interpretam seus significados usando vários exemplos reais ocorridos com políticos e celebridades. Vale como curiosidade, descontados os exageros típicos de quem procura audiência televisiva.

Cena do documentário Os segredos da linguagem

corporal. Link do vídeo: <https://youtu.be/

fbgEG-Rgl0U>

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CAPÍTULO IV:

OUVINDO E FALANDO

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ÍNDICE45

OUVIR BEM PARA FALAR BEM; OUVIR PARA APRENDER E SE DESENVOLVER

Ouvir, essa habilidade rara e importante, pode ser considerada como um dos maiores desafios da comunicação humana.

Ouvir bem para falar bem; ouvir as solicitações da equipe de trabalho para atendê-las em conformidade; ouvir as demandas dos clientes para respondê-las e satisfazê-los; ouvir as pessoas do relacionamento familiar e afetivo para não se distanciar dos laços fundamentais.

Ouvir para desempenhar com sucesso; ouvir para aprender e se desenvolver; ouvir para ser feliz.

Ao mesmo tempo em que a arte de saber ouvir é tão importante, é também negligenciada. A experiência de não ouvir e não ser ouvido é uma constante na vida profissional, social e familiar da maioria das pessoas.

Você sabe ouvir? Para ilustrar a questão, assista a um breve trecho do filme Erin Brockovich, ou Uma mulher de talento.

Cena do filme Uma mulher de talento. Link do vídeo: <https://youtu.be/30TT-V33Vts>

PARA COMEÇODE CONVERSA

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Se alguém fizer o exercício de prestar atenção em toda a sua experiência de comunicação verbal de um dia inteiro, vai se surpreender ao constatar o quanto as pessoas não ouvem o que as outras falam. Apenas escutam sem chegar a compreender a mensagem de quem está falando, em toda a sua extensão e profundidade. Ao não ouvir, as pessoas não falam de maneira consistente, ou produtiva, então uma enxurrada de palavras vazias tende a se perder no ar.

Se essa mesma pessoa fizer o exercício de ouvir alguém, ou simplesmente ouvir os sons ao seu redor, perceberá o quanto ela própria deixa de ouvir, no seu cotidiano. Ou seja, ouvir vai muito além do simples e involuntário ato de escutar5.

Para experimentar, tente ouvir o poema Padrão, do poeta português Fernando Pessoa, musicado pelo compositor e cineasta baiano André Luiz Oliveira. A música é cantada por Caetano Veloso.

5. Para pensar mais na questão de ouvir, leia o texto O Difícil Facilitário do Verbo Ouvir, de Artur da Távola, acessando: <https://goo.gl/5kykSx>COMO ANDA SUA AUDIÇÃO?

Print de tela do vídeo do poema

Padrão, de Fernando Pessoa.

Link do vídeo: <https://youtu.be/

CN3hNysWXnc>

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No texto O Difícil Facilitário do Verbo Ouvir, Artur da Távola caracteriza, como observador atento, doze reações de não ouvir o que o outro fala. Todas as reações por ele descritas decorrem de um fato: a falta de disponibilidade do ouvinte para limpar a própria mente, abandonar suas crenças, valores e expectativas pessoais para se concentrar apenas e exatamente naquilo que a outra pessoa fala.

E a pessoa que fala? Como ela deve se preocupar com seu ouvinte, que recebe a mensagem? Como deve proceder para cativar o ouvinte, ganhar sua atenção e conseguir se comunicar como gostaria?

É preciso identificar indícios do não ouvir e, para um bom observador, não é difícil perceber quando uma pessoa não está ouvindo. Em geral, ela demonstra em suas expressões faciais, oculares e gestuais uma atitude em relação ao que ela não está ouvindo, relacionada a disposições internas, como os exemplos a seguir.

• Falta de interesse: o ouvinte mostra-se disperso ou distraído por falta de interesse no assunto comunicado. Essa manifestação pode ser identificada por meio da postura corporal, expressões faciais e olhar distante. A pessoa não se mobiliza no papel de ouvinte, permanece indiferente ou apática e, às vezes, chega a desestimular o comunicador.

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JOGANDO E APRENDENDO A JOGAR

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[Ilustração: Seri]

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Ao comunicador cabe organizar o assunto com clareza e objetividade. A comunicação deve ser feita numa linha de pensamento com começo, meio e fim, dosando o conteúdo para evitar estendê-lo além do necessário. É muito importante, ainda, para cativar a atenção do ouvinte, cuidar da forma de transmitir o assunto: encontrar o tom de voz apropriado; imprimir ritmo e emoção na fala, tornando-a atrativa e agradável; manter contato visual com o ouvinte, ou plateia, enquanto fala; adotar gestual que ajude a dar ainda mais expressividade à fala; outros recursos obtidos ou criados pelo comunicador que o ajudem a comunicar. Entretanto, tudo deve acontecer de forma natural e harmônica.

Que nenhum comunicador se apresente como pessoa diferente do que realmente é. Seria um artifício capaz de colocar em dúvida a veracidade do conteúdo da comunicação.

• Reação a crenças e atitudes: o ouvinte reage como se estivesse ameaçado, ao não concordar com as crenças e atitudes da pessoa que fala, deixando de ouvir o conteúdo da mensagem. Costuma interromper a pessoa que fala, discordar antes desta completar seu pensamento, alterar o tom de voz, como vimos na cena do filme Uma mulher de talento <https://youtu.be/30TT-V33Vts>.

O comunicador pode e deve evitar polemizar, chocar ou agredir o ouvinte com palavras que provoquem reações violentas, pois o confronto inviabiliza a comunicação e o entendimento. Na maioria das vezes, ninguém ganha com a situação de confronto.

• Reação à pessoa que fala: o ouvinte não aceita a pessoa que fala, seja pela classe social, sotaque, vestimenta, então não consegue ouvir a mensagem de forma isenta.

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O comunicador pode evitar caracterizar-se ou posicionar-se como uma tribo específica que possa encontrar resistências no seu ouvinte, ou público. Como norma geral, deve ainda evitar vestimenta e adornos extravagantes ou chamativos que atrapalhem a atenção do ouvinte. Entretanto, a ideia não é negar seu próprio modo de ser. Buscar a ponderação entre não abdicar de ser quem é e evitar provocar ou agredir é uma boa alternativa.

• Preconceitos diversos: o ouvinte manifesta aversões, reage a determinado tipo de vocabulário, palavras específicas ou citações, por exemplo, deixando de ouvir o que o outro está falando.

O comunicador pode prevenir, em certa medida, esse tipo de reação ao evitar linguajar não aceito por determinado tipo de ouvinte ou público. É desejável a utilização de linguagem clara, evitando ao máximo os jargões, as gírias ou frases de efeito que irritam o ouvinte e comprometem a comunicação.

É provável que se posicione contra o que a pessoa falou, entretanto se o mesmo conteúdo for comunicado por alguém de sua aceitação reagirá de forma cordata.

[Ilustração: Seri]

[Ilustração: Seri]

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• Distrações: o ouvinte não resiste às distrações do ambiente, ou dos aparelhos eletrônicos, esquece a pessoa que fala e deixa-o sem interlocutor, a falar para as paredes.

A preocupação do comunicador em manter o interesse e evitar que o ouvinte se distraia deve ser permanente. Ainda que não seja possível o total controle das fontes de distração do ouvinte, quanto mais estimulante for sua fala, menores serão as chances de perder público para a distração.

Outras reações que impedem a audição de alguém que fala poderiam ser relacionadas. Cada pessoa no seu dia a dia, estando atenta para esse âmbito da comunicação verbal, poderá identificar muitos outros impedimentos para a audição. Cada ambiente, de acordo com sua cultura, tende a produzir ou abrigar diferentes formas de não ouvir. Por outro lado, o trabalho dos comunicadores sempre será o de superar, o quanto for possível, um a um, os obstáculos para a comunicação.

Como diz Artur da Távola, ouvir é um grande desafio!

Desafio de abertura interior, pois é preciso disponibilidade interna para acolher e compreender o pensamento do outro, abrindo inclusive a possibilidade de rever e/ou ampliar o próprio pensamento.

Desafio de impulso na direção do próximo, de comunhão com ele, de aceitação dele como é e como pensa, independentemente de concordar ou não.

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PONDO OS PINGOS NOS IS

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A análise das experiências de ouvir e falar deve ensinar como fazer melhor sempre. Essa é a estratégia mais eficaz para aprender a falar e ouvir: praticando. Mesmo quando há prática acumulada de vários anos, cada situação é única e proporciona aprendizagem valiosa.

Para o comunicador, aproveitar a aprendizagem de uma experiência de falar significa superar falhas e tornar-se um comunicador melhor na próxima experiência. Assistir à gravação de sua performance representa mais uma oportunidade para se aperfeiçoar.

Ao rever o vídeo poderá analisar como aconteceu sua comunicação verbal e não verbal para verificar os pontos de que não gostou ou que gostaria de fazer diferente. A partir daí, terá a chance de trabalhar um a um para a próxima experiência. Essa análise pode e deve incluir a expressão verbal, considerando:

1. Organização da mensagem: a mensagem deve ter começo, meio e fim. Preparar a fala pensando em uma forma de introduzir o assunto para que o ouvinte tenha logo uma ideia do que se trata ao mesmo tempo em que seja estimulado a ouvir o seu desenvolvimento. A comunicação deve ter, ainda, uma parte final, ou a conclusão do desenvolvimento do assunto. Essa parte final pode ser um desfecho decorrente da própria exposição do conteúdo, mas

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pode ser também uma pergunta, um desafio, ou outra conclusão que encerre a comunicação.

2. Objetividade e clareza: a mensagem falada deve ser transmitida com objetividade, sem as chamadas enrolações ou delongas; tal procedimento chateia o ouvinte, tira o ritmo da fala e desestimula a audição logo no início. Ao organizar a fala, o comunicador sempre pode fazer a pergunta: é possível retirar elementos supérfluos, ou dispensáveis da mensagem? O caminho escolhido para a apresentação das ideias é direto e objetivo? Com certeza, a fala ficará mais interessante para quem ouve se o assunto for apresentado de forma clara e direta. A linguagem simples e clara será sempre a melhor escolha. Se o assunto for técnico, é preciso ter informações sobre o ouvinte para saber de que forma o assunto deve ser exposto; evitar termos técnicos sem explicação é um cuidado valioso.

3. Adequação da fala ao ouvinte: O que é familiar para o comunicador pode não ser para o ouvinte por diferentes razões: ou porque o ouvinte pertence a outro contexto social ou profissional, ou porque é um iniciante no assunto em pauta, ou por outra razão qualquer. Há também a situação inversa, de o ouvinte ser iniciado e até muito entendido no assunto em pauta. Nesse caso, a abordagem muito elementar vai desestimular a audição ou mesmo frustrar expectativas de quem recebe a mensagem. Resumindo, a mensagem deve ser adequada ao tipo de ouvinte que vai recebê-la. Saber das características do ouvinte ao preparar a comunicação contribui para o acerto da mensagem.

4. Tom de voz: é uma questão importante. O tom de voz deve ser audível para todos os presentes, estejam mais perto ou mais longe do comunicador. Algumas pessoas têm dificuldade em falar mais alto do que

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estão acostumadas por timidez ou por falta de prática. Nesses casos, os exercícios vocais podem ajudar, bem como a prática de falar para grupos maiores. É muito útil conhecer com antecedência o local onde deverá acontecer a comunicação, para que o comunicador tenha ideia do problema acústico e se prepare para superá-lo.

5. Ritmo: é imprescindível. Não é desejável que o comunicador fale rápido demais, dificultando a recepção da mensagem, mas também não é desejável uma comunicação lenta, arrastada, sem ritmo, pois isso mina o interesse e a motivação de quem ouve. Conseguir uma boa medida quanto ao ritmo é um desafio para o comunicador. Entretanto, pode acontecer de o comunicador iniciar sua exposição num ritmo adequado, mas se perder com interferências ou comentários longos de ouvintes. Uma situação como essa precisa ser prevenida. Deixar o momento de comentários, debate e perguntas para o fim da exposição pode ser estratégico para manter o ritmo.

6. Emoção da fala: a comunicação oral deve vir sempre acompanhada de emoção como parte dela. A emoção traduzida em gestos, olhares e tom de voz, comunica tanto ou mais do que as palavras. Basta reparar nas pessoas que mais conseguem se fazer ouvir. Elas se expressam pelo olhar, tom de voz e expressão corporal, além das palavras. Essa expressividade não verbal, motivada pela emoção do que se fala, também é uma aprendizagem. A prática e exercícios de falar em frente à câmara ajudam a desenvolvê-la. Entretanto, é preciso cuidado com micagens e cacoetes; esses vícios atrapalham a expressividade.

7. Empatia com o ouvinte: como já vimos, ao preparar sua mensagem o comunicador precisa saber quem são os ouvintes. É muito diferente preparar a comunicação para

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os colegas que fazem o mesmo trabalho, para pessoas de outro departamento ou para a equipe gerencial. Nesse caso, o mesmo conteúdo seria transmitido de três formas diferentes. Essa “forma” inclui a apresentação do assunto levando em conta a ótica desse ouvinte, a visão que ele tem do que será apresentado e os sentimentos que a acompanham. A empatia com o ouvinte se traduz no cuidado com as suas características emocionais e no esforço para comunicar a partir de suas formas de ver e sentir. Isso aproxima comunicação e ouvinte, estimulando a audição.

A análise do desempenho da comunicação deve incluir também a expressão não verbal, incluindo expressões facial, gestual e do olhar.

A expressão não verbal é parte integrante da comunicação oral – ver item anterior, Emoção da fala. Contudo, é preciso manter a naturalidade na comunicação. O que é expresso em palavras será acompanhado com emoção estampada no olhar, gestos e face, de forma integrada, que ajuda a comunicar. Cada comunicador encontrará sua forma de expressão não verbal gradualmente, com exercícios, autocrítica e aprendizagem.

Para ilustrar a atividade de análise e avaliação da comunicação, assista a cinco minutos do vídeo Dica Prática: Como se expressar melhor – Neuro Persuasão.

Print de tela do vídeo Dica Prática: Como se expressar melhor – Neuro Persuasão. Link do vídeo: <https://youtu.be/yxutKRhxPdc>

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Recomendação fundamental para desenvolver a competência de ouvir: o ouvinte deve sempre manter a atenção na fala.

Prestar atenção ao discurso é um pré-requisito para começar a ouvir. Quantas vezes deixamos de acompanhar a comunicação por falta de atenção e percebemos, durante a audição, ter perdido o fio da meada?

Com tantos estímulos em torno, preocupações na cabeça e tensões presentes no dia, perder a atenção chega a ser um fato comum. Por essas razões é preciso empreender um esforço pessoal, como um compromisso consigo mesmo, para ouvir o que outra pessoa fala com toda atenção possível, do começo ao fim do discurso. Nem sempre é tarefa fácil, entretanto é possível desenvolver essa habilidade e incorporar o hábito de ouvir bem.

Manter a atenção implica estar totalmente voltado para a audição. Requer:

1. Postura física: convém manter o corpo voltado e levemente inclinado para quem está falando; isso dificulta a dispersão e indica que a pessoa está preocupada em ouvir. Demonstra que o ouvinte, ou receptor, está disponível para o que de mais importante está acontecendo no momento: a mensagem a ele dirigida.

SAIBA MAIS

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[Ilustração: Seri]

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Ouvir não é atividade estática. Adotar estratégias ativas de ouvir ajudam a conseguir uma audição efetiva e proveitosa. Existem algumas maneiras ativas de ouvir. Vamos considerar algumas delas.

• Fazendo perguntas sobre a fala: a atitude de fazer perguntas demonstra interesse, compreensão, encoraja, investiga sentimentos. As perguntas ajudarão o ouvinte a interpretar as palavras da pessoa que fala. Além disso, perguntas podem ser uma forma de fazer uma breve revisão ou resumo sobre os fatos e as ideias centrais ou a essência da mensagem: “Então, pelo que você disse...”; “se compreendi bem...”. As perguntas são indicação positiva de atenção psicológica, característica do bom ouvinte. Podem também ser desafiadoras, mas é importante evitar o confronto e a agressividade.

• Emitindo sinais não verbais de apoio: o sorriso, os olhares de surpresa e os movimentos de cabeça do ouvinte podem funcionar como estímulos positivos para a pessoa que fala.

2. Contato visual: o contato visual com a pessoa que fala ajuda a manter a atenção e a obter outras informações sobre a mensagem, captadas pela linguagem não verbal das expressões faciais e gestual do comunicador, conforme já foi apresentado em capítulo anterior.

3. Concentração, ou atenção psicológica: evitar a interrupção procurando manter uma postura neutra, sem levantar objeções ou fazer gestos que provoquem a suspensão da fala.

4. Atenção verbal: acompanhar o que a pessoa está falando, fazendo perguntas que ajudem a esclarecer a mensagem.

5. Ouvir com a mente: procurar entender as intenções, aspirações ou propósitos da pessoa que fala.

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• Fazendo declarações de apoio: Frases como “Entendo...”, “Interessante...” são outras maneiras de dizer: “Continue, estou acompanhando o que você está dizendo. Fale mais”.

• Sendo empático: aqui, a empatia consiste em tentar compreender sentimentos e emoções de quem fala, colocando-se em seu lugar. Prestar atenção às emoções que, de alguma forma, acompanham a mensagem. Uma forma de entender melhor essas emoções é fazer declarações e solicitar confirmação, como por exemplo: “Você acha que...?” ou “Você pensa que.…?” Essa é uma estratégia para captar e compreender emoções implícitas que se escondem por trás das palavras e, ainda, demonstrar compreensão em relação a elas. Isso é empatia, uma vez que o ouvinte ensaia considerar situações e ideias sob o mesmo ponto de vista daquele que fala. É uma atitude que demonstra capacidade de ouvir efetivamente.

Ouvir não é um passatempo fácil e descompromissado; exige esforço da pessoa que quer se tornar um bom ouvinte. Esforço que certamente será recompensado, pois esse ouvinte estará dando a si mesmo oportunidades preciosas de desenvolvimento. Estará demonstrando seu próprio valor e seu respeito pelo próximo, seus pontos de vista, conhecimentos e experiência.

Citando mais uma vez Artur da Távola, depois que a pessoa aprende a ouvir ela passa a fazer descobertas incríveis, escondidas ou patentes em tudo o que os outros estão dizendo a propósito de falar.

SOBRE O FALAR

Medo de falar em público é um sentimento que quase todas as pessoas experimentam, em maior ou menor intensidade. E, de alguma forma, todas vão ter que enfrentar esse desafio. Isso não significa que todas as pessoas devem se preparar para fazer grandes discursos, embora possam aprender muito com eles. Significa que todas as pessoas, até mesmo as mais tímidas, vão precisar

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e conseguir falar bem diante de outras pessoas seja em ambiente grande com muita gente ou em uma simples reunião de trabalho com colegas.

O que significa falar bem? Significa expressar com entusiasmo e de forma clara um pensamento organizado. O efeito disso pode ser o de se fazer entender a contento por chefes e colegas de trabalho ou mobilizar multidões.

Para ilustrar o poder de um discurso que emociona, assista ao vídeo O ÚLTIMO DISCURSO, trecho do filme O Grande Ditador, de Charlie Chaplin (1940), transcrito a seguir. Cena do vídeo O último discurso, trecho do filme O Grande Ditador, de

Charles Chaplin. Link do vídeo: <https://youtu.be/6yUnNYlpFy8>

Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, gentios, negros, brancos...

Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo, não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as necessidades.

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens.... Levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passos de ganso para a miséria e a morte. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos muito pouco.

TRANSCRIÇÃO DE “O ÚLTIMO DISCURSO”,

EXTRAÍDO DO FILME O GRANDE DITADOR – CHARLIE CHAPLIN (1940)

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Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas feições a vida será de violência e tudo será perdido.

A aviação e o rádio aproximam-nos muito mais.

A própria natureza dessas coisas é um apelo eloquente à bondade do homem, um apelo, à fraternidade universal, à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhões de pessoas por este mundo afora. Milhões desesperados, homens, mulheres, crianças, vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir, eu digo: “Não desespereis!”. A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia, da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão. Os ditadores sucumbirão e o poder que do povo roubaram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.

Companheiros, não vos integreis a seres brutais que vos desprezam, que vos escravizam, que arregimentam as vossas vidas, que ditam os vossos atos, as vossas ideias, os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como um gado humano, que vos utilizam como carne para canhão! Não sois máquinas! Homens é que sois! E, com amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar, os inumanos.

Companheiros, não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas é escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem – ou de um grupo de homens, mas dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos deste poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo. Um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.

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ÍNDICE60

É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão. Os ditadores liberam-se, porém, escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à aventura de todos nós. Em nome da democracia, unamo-nos.

Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontres, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo. Um mundo melhor, em que homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos Hannah! Ergue os olhos!

Ao assistir ou ler O Último Discurso é possível constatar o quanto em emoção o orador pode adicionar a um discurso cujo texto já é muito bom e emotivo.

Se quiser aprender mais com outros discursos famosos, assista aos vídeos sugeridos.

Discurso de Steve Jobs aos formados da Universidade de Stanford em 2005. Link do vídeo: <https://youtu.be/yw5fuDMblYg>

I have a dream (Eu tenho um sonho), de Martin Luther King Jr. Link do

vídeo: <https://youtu.be/fz_7luovxPc>

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AGORA É COM VOCÊ

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A habilidade de ouvir será sempre um desafio pessoal, que demanda compromisso e exercício contínuo. Procurar diferentes exercícios de audição ajuda muito a desenvolver a habilidade de ouvir cada vez melhor.

Se quiser experimentar, leia o texto “Exercícios para ouvir melhor”, acessando <https://goo.gl/xrpKlk>.

A pessoa que se empenhar em aprendê-los poderá adotar a prática frequente e usufruir de seus muitos benefícios.

Outros exercícios poderão ser experimentados. O importante é cada pessoa encontrar uma boa forma de exercitar sua audição com alguma frequência para dar continuidade ao próprio desenvolvimento.

O exercício da fala pode e deve ser desenvolvido continuamente, não importa a circunstância. Ser ouvido e fazer-se entender é uma necessidade pessoal e profissional. Se cada oportunidade de falar para grupos for considerada também como oportunidade de desenvolvimento da expressão verbal, a chance de falar bem será grande até para pessoas que se consideram muito introspectivas e tímidas.

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CAPÍTULO V:

LENDO, INTERPRETANDO E ESCREVENDO TEXTOS PROFISSIONAIS

ÍNDICE

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A folha em branco já foi o terror de muitos estudantes no passado. A obrigatoriedade de atender uma fórmula de redação quase matemática limita e desestimula o ato de escrever.

Hoje, a tela do computador ou do celular não assusta mais ninguém. Com a internet, além de receber mensagens, pela primeira vez qualquer pessoa pode também divulgar suas ideias por meio de redes sociais, blogs, sites e chats.

Tanta facilidade afeta o modo de pensar e a noção de comunicação em todo o mundo. Ninguém precisa ser escritor nem jornalista para postar e compartilhar textos e vídeos na internet. A internet democratiza o acesso à informação e a própria produção de conteúdo informativo. Agora ter seus próprios leitores é para todos.

Ao contrário do que muita gente pensa, a internet leva o jovem a ler e escrever mais. Quantos professores dedicados já tentaram isso sem sucesso? Seguindo links e hiperlinks, o jovem tem prazer em ler aquilo que seleciona. A própria interação permite a aprendizagem; a troca de experiências leva ao desenvolvimento social e cultural. Na internet se escreve poesia, se baixam músicas e obras literárias.

PARA COMEÇODE CONVERSA

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LER, INTERPRETAR O QUE SE LÊ, E ESCREVER BEM SÃO COMPETÊNCIAS QUE PODEM SER DESENVOLVIDAS COM A PRÁTICA

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[Fonte da imagem: Pexels]

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Pesquisas mostram que a internet, as redes sociais e os celulares incentivam a criatividade e ajudam os jovens a se expressarem melhor.

É verdade que no mundo do trabalho é preciso usar uma linguagem mais formal e sem tantas abreviações. No entanto, a interatividade por meio da troca intensiva de mensagens, ainda que rápidas e curtas, ajuda o jovem a estruturar melhor o raciocínio ao redigir um texto, bem como a considerar diferentes pontos de vista ao abordar um tema. E ainda, o fato de expor sua escrita faz com que o jovem dedique mais tempo e atenção ao que escreve.

Tudo isso serve de preparação para quem vai conviver com tantos gêneros textuais em uma empresa. A internet possibilita que o jovem tenha contato com as mais diversas manifestações de linguagem num universo de cinco milhões de usuários brasileiros. É possível dizer que nunca se leu e escreveu tanto e com tanta frequência. Um bom começo.

A produção de textos é fortemente afetada pelas novas tecnologias. Hoje, a comunicação nas empresas se baseia em interatividade e conhecimento compartilhado.

A grande maioria das empresas não usa mais os modelos de produção de textos fechados e extremamente formais.

O e-mail reina soberano como forma de comunicação, interna e externa, por onde circulam vários gêneros textuais de acordo com a necessidade do momento, como atas, cartas, ofícios, memorandos etc.

Ata é o relato de uma reunião ou assembleia. Sua função é registrar o que ocorreu, o mais fielmente possível. Trata-se de um documento com valor jurídico, por isso deve respeitar algumas normas, que visam evitar falsificações e fazem parte de suas características.

ATA

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ÍNDICE65

Características da ata:

• Partes:

a) data, por extenso, no início: dia, mês, ano e hora da reunião;

b) local da reunião;

c) relação e identificação das pessoas presentes;

d) declaração do presidente e secretário;

e) ordem do dia;

f) fecho;

• Uma ata deve ser lavrada (escrita) em livro próprio ou em folhas soltas de modo a impedir a introdução de alterações;

• Digitado ou manuscrito, o texto não pode conter rasuras;

• O texto deve resumir o que ocorreu na reunião de maneira clara e objetiva;

• O formato deve ser sem parágrafos ou com parágrafos numerados, mas sem espaços em branco;

• Se forem necessárias retificações, elas devem ser feitas na ata seguinte;

• Os números devem ser escritos por extenso;

• Os erros percebidos no momento da redação podem ser corrigidos, usando-se o termo “digo” e, a seguir, a palavra ou frase correta. Exemplo: precisamos reduzir a burrocracia, digo, burocracia;

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ÍNDICE66

Há pelo menos dois tipos de atestados muito conhecidos de todos: o atestado médico e o atestado de matrícula.

Atestado médico é um documento com informações sobre o estado de saúde de alguém, fornecido a pedido do interessado, para comprovar o atendimento ou o tempo que ficará afastado do trabalho para tratamento: <https://goo.gl/DtR6DD>

Já o atestado de matrícula é utilizado para comprovar o vínculo acadêmico de um aluno com a escola. Deve conter o nome completo do aluno, documento de identificação, período cursado, data de ingresso e data prevista para o término, além da carga horária: <https://goo.gl/KL2joh>

Ambos fazem parte de um gênero textual (atestado) com as mesmas características:

• Uma comunicação feita por determinada pessoa em favor de outra, para afirmar uma verdade em que se acredita.

• Redação simples, objetiva e clara;

• Conteúdo: informações necessárias ao cumprimento de uma exigência mediante a emissão do documento.

• Para um erro notado somente depois de redigida a ata, usa-se a expressão “em tempo” depois do ponto final e faz-se a devida correção. Exemplo: Em tempo, onde se lê “Maria José”, leia-se ‘’José Maria’’.

Veja um modelo de ata e repare na abertura e fechamento de acordo com o padrão geral <https://goo.gl/BpHlo9>

ATESTADO

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ÍNDICE67

Ainda que hoje muitos avisos sejam enviados por e-mail, é comum as empresas contarem com um quadro de avisos em local de grande circulação como o refeitório ou os próprios corredores de passagem.

Características:

• texto curto e linguagem concisa;

• informações essenciais ao objetivo em questão;

• comunicação direta ou indireta;

• finalidade: comunicar datas e horários de eventos a serem realizados; comunicar alterações práticas ou burocráticas; comunicar a realização de campanhas, avisos de férias, aniversariantes do mês etc.;

• o aviso, ou informe, pode ser público e divulgado pela imprensa: <https://goo.gl/Sqsc3a>

• ou privado e afixado em algum local na própria empresa: <https://goo.gl/6QU0GX>;

• o aviso pode conter um timbre e o logotipo da empresa ou instituição;

• pode conter um número que o identifique seguido do título para a clareza das informações: <https://goo.gl/t5DLeP>.

AVISO

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ÍNDICE68

O bilhete é uma mensagem rápida, espontânea, que trata de um assunto específico com texto curto e direto.

Atende o objetivo de não sobrecarregar a intranet, rede interna de computadores, quando um pequeno pedaço de papel deixado na mesa do colega pode atender a necessidade de uma rápida comunicação.

Exemplo:

Características do Bilhete:

• Caráter informativo;

• É escrito em primeira pessoa;

• Texto simples e breve; discurso direto;

• Linguagem coloquial;

• Traços de oralidade;

• Estrutura livre;

• Admite abreviação, gíria etc.;

• Pode ser assinado pelo autor e conter a data.

BILHETE

LR.

Precisei sair para visitar um cliente. Por favor, transfira nossa reunião para amanhã no mesmo horário.

Bjs,

P.

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ÍNDICE69

O tutorial é um prático instrumento de ensino e aprendizagem, um gênero textual para ensinar como fazer alguma coisa. O passo a passo do tutorial pode ser feito por meio de texto ou vídeo e usar imagens para facilitar uma demonstração de funcionamento.

Na internet há tutoriais para quase tudo que pudermos imaginar, desde receitas culinárias até incontáveis programas de informática e explicações de como funciona determinado aplicativo para celular.

Veja um exemplo de tutorial realizado com texto e imagens, ensinando “Como Fazer um Blog Blogspot em 5 Minutos”: <https://goo.gl/i7NLzS>

Características:

• Um tutorial deve ter um tema bem definido e abordar todas as possíveis dúvidas do leitor, portanto é preciso conhecer bem o tema sobre o qual escrever;

• O passo a passo deve ser muito bem organizado, usando a separação de linhas e tópicos, como no exemplo dado, para torná-lo mais legível e facilitar o acompanhamento;

• O título e o primeiro parágrafo podem ser dedicados a informar do que vai tratar o tutorial;

• Marcar ou destacar palavras ou partes importantes ajuda na compreensão do texto, como espaços entre parágrafos, negrito, itálico, texto sublinhado etc.;

• Imagens sempre ajudam a ilustrar um procedimento mais complicado e até dispensam palavras em excesso;

Quem já viu um livro de receitas conhece os melhores ingredientes de um tutorial: divisão em tópicos e parágrafos, linguagem simples, informações claras e precisas, sentenças curtas e imagens para ilustrar: <https://goo.gl/z4bdpK>

TUTORIAL

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ÍNDICE70

EXEMPLO DE TUTORIAL: COMO ENVIAR UM E-MAIL PELO GMAIL

1. Abra o Gmail e, no canto superior esquerdo, clique em Escrever.

2. No campo “Para”, adicione os destinatários da mensagem.

3. Adicione destinatários aos campos “Cc” (Com cópia) e “Cco” (Com cópia oculta), se quiser.

4. Escreva a mensagem.

5. Na parte inferior da página, clique em Enviar.

Para fazer o tutorial, é bom seguir a receita: listar todos os “ingredientes” necessários no início do texto, fornecer informações de como proceder, passo a passo, e inserir imagens e exemplos práticos que esclareçam ainda mais o assunto.

Escreva a mensagem que desejar.

2

3

4

5

1

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ÍNDICE71

O memorando6 é um tipo de comunicação interna utilizado em empresas e órgãos públicos para transmitir mensagens pequenas e menos formais. Por exemplo, consultas rápidas; pedir ou dar determinadas informações; passar avisos, fazer solicitações, lembrar ou cobrar providências.

Os memorandos são trocados entre diversos setores da empresa como correspondência oficial, prática e bastante frequente. Seu texto é curto, a linguagem é objetiva e clara.

Características:

• Linguagem clara, simples e objetiva, que dispensa formalidades;

• Um assunto por memorando;

• Há empresas que usam modelo impresso com seu logotipo, bastando preencher número e data;

• Os memorandos podem ser numerados ou não;

• É comum a indicação dos setores que emitem e recebem o memorando;

• Local e data em que foi produzido;

• O assunto a ser tratado aparece com destaque no início do memorando;

• Em geral, contém assinatura e cargo do remetente.

MEMORANDO

6. Exemplo de memorando: <https://goo.gl/DSj2rP>

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ÍNDICE72

Convite8 é a comunicação escrita para solicitar a presença ou participação de alguém em eventos como cursos, congressos e reuniões de todos os tipos. O convite deve determinar o local, marcar o horário e informar a finalidade.

Características:

• O convite deve conter todas as informações relativas ao evento (data, hora, local e outros detalhes específicos).

A entrega de um documento para pessoas, empresas ou instituições precisa ser comprovada por escrito. Protocolo é o comprovante que controla esse fluxo de documentos que pode acontecer entre departamentos de uma mesma empresa, por exemplo.

O protocolo7 implica alguma formalidade para que se possa comprovar a entrega do documento, se necessário. Por isso, devem constar do protocolo os dados que identifiquem tanto quem entrega como quem recebe o documento.

Características:

• Nome e qualificação de quem recebe os documentos (pessoa, departamento, empresa ou instituição);

• Nome e qualificação de quem entrega os documentos;

• Relação dos documentos entregues;

• Localidade e data;

• Nome, cargo e assinatura do responsável.

PROTOCOLO

7. Exemplo de protocolo: <https://goo.gl/vtOLZD>

8. Exemplos de convites: <https://goo.gl/v4gGCh>

<https://goo.gl/WBTHvJ>

<https://goo.gl/cvcO4N>

CONVITE

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ÍNDICE73

A carta profissional9, ou comercial, é o meio pelo qual empresas e instituições se comunicam, visando manter contatos para realizar negócios e trocar informações.

A linguagem, o texto e a apresentação da carta devem atender os requisitos de simplicidade e impessoalidade, limitando-se a passar as informações necessárias com um texto bem estruturado e formal, de modo a evitar os problemas de interpretação.

Características:

• Linguagem simples, clara, objetiva e concisa;

• Lexto e parágrafos curtos, evitando problemas de interpretação;

• Não usa gírias nem expressões coloquiais;

• É escrita em terceira pessoa (impessoalidade).

• Cabeçalho, identificando quem remete a mensagem;

• Numeração, seguida do ano vigente (023/2017), com ou sem o nome do departamento;

• Assunto (opcional);

• Local e data, geralmente na margem esquerda;

• Destinatário: nome e departamento;

• Vocativo: Prezado Senhor, Prezado Gerente, Caro Consumidor, etc.;

CARTA PROFISSIONAL

9. Exemplos de carta profissional: <https://goo.gl/Pl0ylv>

<https://goo.gl/FYtsut>

<https://goo.gl/FLJ7ii>

Em geral, as cartas são escritas em papel impresso com o logotipo e endereço que identificam a empresa. Os elementos que constituem uma carta profissional são:

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ÍNDICE74

• Corpo do texto (conteúdo): texto sintético e objetivo, sem estender demais os assuntos.

• Despedida formal: atenciosamente, cordialmente, respeitosamente etc.;

• Assinatura: nome e cargo do remetente.

O correio eletrônico ou e-mail10 (eletronic mail) nasceu com a internet num tempo de muita interação entre pessoas, empresas e instituições, de forma muito mais direta, dinâmica e eficiente.

Além da celeridade, o baixo custo fez do e-mail a principal forma de comunicação para transmissão de documentos.

Embora a comunicação profissional exija uma linguagem mais cuidada, a flexibilidade do e-mail é um grande atrativo e não deve ser anulada com um formato rígido demais.

Os recursos disponíveis, como a confirmação de entrega e de leitura, são de grande ajuda no gerenciamento de atividades. O envio simultâneo para um número ilimitado de destinatários de locais e até países diferentes, bem como o arquivamento eletrônico, também são vantagens que explicam sua incrível popularidade.

A praticidade do e-mail é imbatível. O próprio software traz campos próprios para o simples preenchimento de: linha de assunto, destinatário(s) (“Para”); cópia(s) (“Cc”) e ainda a utilíssima ferramenta “com cópia oculta” (“Cco”) de forma a enviar a mensagem para outros e-mails cujos endereços eletrônicos não são visualizados. A data e horário inseridos automaticamente pelo sistema também representam mais facilidade e ganho de tempo.

O sistema grava as mensagens, que são separadas por pastas: entrada, enviados, rascunhos, lixeira etc. O usuário pode criar outras pastas e organizar como quiser o seu arquivo.

E-MAIL

10. Exemplos de e-mail: <https://goo.gl/qy1hpJ>

<https://goo.gl/fqSg53>

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ÍNDICE75

Além da mensagem escrita, o e-mail pode enviar arquivos anexos de fotos, documentos, imagens e vídeos.

Por tudo isso, até agora o e-mail permanece insuperável como forma de comunicação, enviando e recebendo todos os gêneros de textos profissionais aqui estudados, sem prejuízo de outras formas de remessa pelo correio ou por portador, conforme o caso e a necessidade.

Características:

• O próprio sistema insere data, horário e endereço eletrônico do emissor.

• Em geral, o local de procedência é inserido de forma prática na assinatura eletrônica no final da mensagem;

• Em vez da assinatura de próprio punho, a assinatura eletrônica inclui a identificação do remetente (nome, cargo, departamento, empresa).

• Vocativo opcional (Prezado Senhor);

• Texto breve, mas completo;

• O e-mail costuma tratar de um assunto por vez, especificado no cabeçalho do software;

• São usadas poucas abreviações como “vc” (você); fyi (for your information); asap (as soon as possible); Sds (saudações) etc.;

• Em geral, os textos profissionais não dispensam certa formalidade da linguagem, mas também há e-mails informais, dependendo do destinatário mais ou menos próximo do emissor;

• É comum que o autor escreva apenas a mensagem e

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ÍNDICE76

inclua a assinatura, em razão da rapidez cada vez maior na comunicação;

• A tendência é respeitar a estruturação da carta na produção de e-mails profissionais;

• O uso de palavras em negrito ou em maiúsculas serve para chamar atenção, denunciar urgência etc.

• Não há tamanho padrão para e-mail, mas a maioria tem poucas linhas;

• O estilo e tamanho de letras variam;

• Em geral, as mensagens são trocadas com vários destinatários ao mesmo tempo.

Requerimento11 é um gênero textual típico para solicitar (requerer) documentos a entidades oficiais, órgãos públicos e instituições. Também pode ser exigido por escolas, universidades ou empresas.

Características:

• Redação técnica;

• Terceira pessoa do singular e plural;

• Texto breve, claro e objetivo;

• Linguagem formal;

• Uso exclusivo para solicitar algo;

• Início: nome do destinatário, empresa ou instituição à qual se destina;

REQUERIMENTO

11. Exemplos de requerimento: <https://goo.gl/Oxthnz>

<https://goo.gl/zy46Yj>

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ÍNDICE77

• Forma de tratamento adequada ao cargo do destinatário (Exmo. Senhor Prefeito Fulano de Tal; Ilmo. Senhor Diretor);

• Texto breve, simples e direto sobre o que se solicita;

• Fecho padrão com a expressão “Nestes Termos” numa linha e abaixo, na seguinte, “Pede deferimento”, o que pode ser abreviado por “N.T.” e “P.D.” Ou, simplesmente, fechar com “Pede deferimento”.

• Local e data depois do fecho padrão;

• Assinatura do requerente, empresa ou instituição, com timbre opcional.

A circular12 é uma correspondência dirigida a várias pessoas, setores ou departamentos para transmitir informações pertinentes à organização, como rotinas e orientações, de forma a harmonizar condutas.

Características:

• Logotipo da empresa;

• Número e ano (ex.: circular nº 01/2017);

• Data;

• Ementa (resumo do assunto);

• Vocativo com o pronome de tratamento adequado (Prezado Senhor ou outro);

• Texto que transmita clareza, concisão, correção, objetividade, simplicidade e cortesia;

CIRCULAR

12. Exemplos de circular: <https://goo.gl/pm3xMw>

<https://goo.gl/1gcCLd>

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ÍNDICE78

• Despedida breve;

• Assinatura sobre o nome/cargo.

O relatório13 é um texto expositivo de fatos e atividades administrativas, técnicas ou científicas, em geral de caráter narrativo e descritivo, que apresenta um conjunto de informações sobre determinado tema, análise de dados, conclusões ou sugestões. O relatório também pode ser crítico, com a devida argumentação e as considerações pessoais do autor.

Título, sumário (índice), introdução ou apresentação, desenvolvimento e conclusão são as partes que costumam aparecer nos relatórios técnicos. Usando linguagem formal e bem cuidada, o relatório deve observar a coerência do texto.

Características estruturais:

• capa ou folha de rosto com o título do trabalho, nome do autor, identificação da empresa ou instituição, e data;

• índice, se o relatório for muito longo ou desenvolvido em várias etapas;

• título, na capa e no início do relatório;

• introdução, informando sobre conteúdo e métodos do relatório, local onde ele foi desenvolvido, finalidades e justificativas etc.;

• desenvolvimento, ou corpo do texto, relatando as etapas realizadas, apresentando os dados obtidos e, eventualmente, fotos, ilustrações e gráficos;

• conclusão, resumindo as principais ideias expostas e apontando os resultados;

RELATÓRIO

13. Exemplo de relatório técnico: <https://goo.gl/KOUsRL>

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ÍNDICE79

A declaração14 é muito utilizada como texto de valor documental para declarar ou comprovar uma informação. É solicitada por empresas, escolas, universidades, instituições e órgãos públicos.

Características:

• redação técnica;

• linguagem formal;

• estilo padronizado;

• documento comprovatório;

• texto em primeira pessoa do singular ou do plural: “Declaro para os devidos fins....”; “Declaramos que o aluno Fulano de Tal...”justificativas etc.;

• considerações finais; em caso de relatório crítico: avaliação pessoal do autor, indicando soluções, sugestões ou problemas enfrentados;

• bibliografia completa, incluindo o que foi encontrado na (Prezado Senhor ou outro);

DECLARAÇÃO

14. Exemplos: Declaração de desempregado; Declaração de que não exerce atividade remunerada; Declaração sobre recebimento de pensão alimentícia por determinação judicial etc. <https://goo.gl/c7eUH8>

Geralmente destinado a órgão público, o ofício15 também pode ser utilizado entre particulares para informar, encaminhar documentos, solicitar providências e informações etc.

Um tipo comum de correspondência oficial é a comunicação entre os representantes de uma empresa, ou instituição, e seus funcionários, em todos os níveis hierárquicos.

OFÍCIO

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ÍNDICE80

15. Exemplos de ofício: <https://goo.gl/q3We8F>

<https://goo.gl/a6WU46>

Características:

• linguagem formal;

• texto breve, claro e objetivo;

• um assunto por ofício;

• cabeçalho;

• linha com o número do ofício, local e data;

• Identificação genérica: nome, informações pessoais; endereço; documentos;

• vocativo: Senhor(a)..., seguido do cargo do destinatário;

• não tem limite de tamanho;

• fechamento: “atenciosamente”, “respeitosamente”, “cordialmente”;

• assinatura e cargo do autor.

Procedimento16 é o modo de se executar alguma coisa ou a maneira como alguém deve agir numa situação específica, portanto exige método.

O procedimento cirúrgico, por exemplo, envolve médicos, enfermeiros e até o paciente. Todos devem seguir determinadas regras para que o processo seja bem sucedido.

Já os procedimentos jurídicos correspondem aos métodos estabelecidos por lei para atender os processos que dão entrada no Poder Judiciário.

PROCEDIMENTO

16. Exemplos de procedimento: <https://goo.gl/AsNcoA>

<https://goo.gl/Gjdzs0>

<https://goo.gl/2FNIj7>

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ÍNDICE81

Nas empresas, o procedimento operacional padrão (POP) estabelece uma fórmula para se executar um trabalho, o que garante que as tarefas serão realizadas do mesmo modo por diferentes funcionários, de acordo com uma lista de operações a serem seguidas para garantir os resultados.

Características:

• Formato padrão: deve ser definido antes de se redigir o procedimento, como as partes que vai ter (com ou sem sumário; fonte das letras; tamanho dos títulos etc.);

• Linguagem: deve evitar o excesso de termos técnicos;

• Títulos compreensíveis, que digam de forma simples qual é a tarefa;

• O procedimento deve ser planejado de forma a responder quem faz o quê, onde, quando e como;

• Descrição de uma tarefa por parágrafo;

• Se a tarefa tiver várias etapas, enumerar o passo a passo;

• Inserir notas e avisos, imediatamente, e não no fim do procedimento;

• Descrever a tarefa, integralmente, informando quando estiver concluída;

• Testes: são importantes para validar o entendimento da redação.

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ÍNDICE82

É um gênero textual dedicado a divulgar conhecimentos científicos em linguagem acessível ao público, por meio do qual a sociedade entra em contato com pesquisas que estão sendo realizadas.

Características:

• Texto expositivo com introdução (um parágrafo para informar o tema); desenvolvimento (argumentos apoiados em autoridade, ilustração, lógica, prova concreta) e conclusão (síntese da questão e fechamento com proposta de solução e ponto de vista do autor);

• Objetivo: transmitir conhecimentos de natureza científica ao público;

• Ideia principal: conceito;

• Desenvolvimento: apresentação de provas, exemplos, comparações, resultados de experiências e estatísticas;

• Linguagem formal, clara, objetiva, impessoal;

• Uso de termos técnicos típicos da linguagem científica;

• Conteúdo: informações recolhidas em entrevistas com especialistas, livros, publicações e sites especializados.

TEXTOS DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA17

17. Exemplos de textos de divulgação científica: <https://goo.gl/0vhoCL>

<https://goo.gl/QmbLdU>

<https://goo.gl/SoRQka>

Um projeto18 costuma reunir recursos humanos, financeiros e materiais, visando atingir objetivos bem definidos em prazo determinado.

Para se elaborar um projeto é preciso indicar os objetivos, os meios para alcançá-los, os recursos necessários e, finalmente, a forma de avaliação dos resultados.

PROJETO

18. Exemplo de projeto: <https://goo.gl/rDLPuz>

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ÍNDICE83

Características:

• Título: deve exprimir claramente a ideia do projeto;

• Descrição: precisa abranger todas as informações importantes para a compreensão do projeto; (proposta, objetivos, programa, etapas, participantes, referências significativas, resultados esperados, comparações etc.);

• Justificativa: relevância do projeto, apresentando o problema, ou a realidade do momento, e a solução que se pretende;

• Objetivos: o que o projeto pretende alcançar? É necessário especificar o objetivo geral e os objetivos específicos;

• Metodologia: como o projeto pretende atingir os objetivos especificados? Detalhar as estratégias e técnicas escolhidas;

• Cronograma: enumerar todas as etapas e respectivos prazos para a execução do projeto;

• Orçamento: previsão de custos do projeto;

• Avaliação: demonstrar como as metas foram alcançadas;

• Captação de recursos: indicar possibilidades de financiamento do projeto como fontes do governo federal por meio de suas instituições, empresas públicas e privadas, eventuais parcerias etc.;

• Contrapartidas: indicar qual será o retorno ao patrocinador, como uma publicidade positiva e outras oportunidades em troca do patrocínio (exposição da marca em eventos, ideias para ações promocionais etc.).

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ÍNDICE84

Para muita gente, a palavra discurso vem associada a sensações como tédio e sono. Talvez por isso nem todas as pessoas fiquem felizes ao serem convocadas para fazer um discurso.

A boa notícia é que o auditório pode gostar da mensagem, se ela for viva e rica de uma forma verdadeira, trazendo histórias e experiências que ultrapassem a mera obrigação de um texto coerente com começo, meio e fim. É o caso do discurso de Steve Jobs (Apple), acessível em “Exemplo”, no final deste item.

Para começar, é preciso comunicar claramente a ideia. Que ideia? Pois é, tudo começa por aí. Sem saber qual a mensagem que queremos passar no discurso, vamos apenas preencher o tempo com palavras.

Para que uma pessoa se lembre do que foi dito num discurso é preciso que alguma coisa naquela mensagem tenha um significado especial para ela, portanto é fundamental pensar na importância do que se vai dizer para determinado público. Do contrário, será mais um discurso genérico, sem foco nem argumento central.

As dicas relacionadas a seguir, em “Características”, podem ajudar a construir um bom discurso, desde que não se leve em conta apenas a técnica, mas principalmente as ideias. Um conteúdo genuíno, sincero e franco, como o de Steve Jobs, faz as pessoas ouvirem com real interesse.

Características:

• Ao se escolher o tema é preciso pensar como começar o discurso (introdução: informa sobre o tema), de que forma desenvolver a ideia central (corpo: desenvolve o assunto) e qual será o final (conclusão: resume o que foi dito e encontra um fecho). A coerência é muito importante para que o discurso faça sentido para quem ouve. É o que vai evitar um amontado de pensamentos desconexos.

DISCURSO

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ÍNDICE85

• O corpo é a maior parte do discurso. Dois ou três argumentos fortes são suficientes para sustentar a ideia ou tese inicial.

• Se for preciso apresentar dados técnicos, científicos ou financeiros, é recomendável ligar os números e gráficos a histórias curiosas que tenham a ver com o tema e ajudem a compreender e assimilar a informação.

• Mas, atenção! O discurso deve transmitir uma ideia. Ainda que histórias interessantes – reais ou inventadas – sejam usadas para atrair o interesse da plateia, elas devem colaborar para o desenvolvimento do tema central, ou para fundamentar a tese.

• Uma vez terminado o planejamento do discurso já é hora de rever o conteúdo. Manter apenas as ideias mais importantes e descartar o restante já dá uma boa chance a qualquer discurso.

• A receita de sucesso para o texto é expor as ideias de forma clara e objetiva sem se estender demais. Fazer um esforço para tornar a mensagem necessária, prazerosa, ou interessante para o ouvinte é um bom exercício para encontrar o caminho do discurso ideal.

Em 2005, Steve Jobs, então presidente da Apple e da Pixar, fez um discurso aos formandos da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. O texto dirigido aos jovens ficou famoso como um dos melhores discursos de todos os tempos: <https://goo.gl/3b3n0f>

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Falar em público19 é um medo comum a quase 100% das pessoas, mas muitas delas têm que lidar com isso. Como tudo na vida, quando a situação é enfrentada o medo diminui e pode até ser superado, principalmente com uma preparação adequada.

As recomendações para escrever o texto são as mesmas vistas no discurso. O domínio do tema é fundamental para dar segurança a quem apresenta o trabalho e passar confiança e credibilidade a quem ouve.

Depois de estudar bem o assunto é importante decidir sobre a mensagem: a que conclusão você quer chegar? Pensando nisso, faça um roteiro baseado nos argumentos necessários para atingir o ponto de chegada.

Agora é o momento de expor o trabalho para a plateia – presencialmente ou por meio de videoconferência – usando os recursos disponíveis.

Dicas de apresentação

• Não é só o futebol, qualquer atividade exige treinamento para ser praticada com destreza, eficiência e eficácia. Gravar a fala em áudio pode ajudar a corrigir o tom de voz e a dicção, a dimensionar o tempo e a perceber se os conceitos estão claros ou confusos.

• Gravar uma parte em vídeo também ajuda a perceber outras coisas como postura (o corpo fala com gestos, postura, entonação de voz). Vale também treinar em frente ao espelho.

• Fique atento para não passar a ler o texto na tela de costas para a plateia ou se movimentar desordenadamente, em caso de videoconferência.

• Vale para apresentação presencial e videoconferência: atenção à expressão facial, a parte mais comunicativa

APRESENTAÇÃO

19. Vídeo com dicas divertidas para falar bem em público: <https://youtu.be/Brm_rfIXN10>

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e observada; procure ser natural, a postura rígida e a voz inalterável são inexpressivas e monótonas; faça contato visual com os ouvintes para perceber a reação à mensagem e para manter a concentração deles em você.

• Não corra o risco de cansar a plateia antes de começar a apresentação. Vá direto ao assunto com uma introdução curta, que contribua para o entendimento do assunto a ser exposto e ponto.

• O mesmo vale para o restante do conteúdo, ninguém jamais reclamou de uma apresentação muito curta. Faça o máximo esforço para se concentrar nas informações mais importantes e cortar o tempo de apresentação.

• O uso de slides pode ajudar. O PowerPoint é um programa muito usado para projetar texto e imagens, que ajudam a fixar conceitos e tornam a apresentação mais dinâmica.

• Simplicidade nunca é demais. Melhor deixar os efeitos especiais para o Homem-Aranha. Todo cuidado é pouco quando se trata de não exagerar no excesso de imagens e de cores de fundo, o que torna a apresentação confusa e cansativa.

• Use letras em tamanhos grandes (28 pontos, no mínimo) e fontes simples, como a Arial, por exemplo. Evite negritos e itálicos, porque são cansativos, e MAIÚSCULAS, porque não têm boa leitura.

• O slide (PowerPoint) é excelente como recurso visual para mostrar gráficos, figuras e tabelas. Além disso, possibilita a exposição de um roteiro bem elaborado, com os principais pontos do tema destacados para a plateia acompanhar e para ajudar você a não esquecer o mais importante.

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• Ninguém quer ser ignorado pela plateia. O melhor jeito de não deixar isso acontecer é usar o texto nos slides apenas como referência do assunto, ou para destacar um conceito importante, mas nunca, nunca, nunca para fazer leitura em voz alta.

• Fuja de um erro comum. Em vez de textos longos, que não funcionam, é melhor separar os assuntos em mais slides e usar pouco texto, deixando para complementar as informações com sua apresentação oral.

• Abuse dos exemplos! Nada melhor do que exemplos reais ou inventados, comparações e imagens mentais para fixar conceitos e todo o conteúdo de modo geral.

• Cuidado com o humor, por favor. É ótimo usar humor para descontrair o ambiente, mas só vai funcionar se você costuma fazer isso no dia a dia, do contrário, pode ficar artificial.

• Quanto mais você praticar melhor vai ser o seu desempenho. Encare cada apresentação como mais uma oportunidade de treinamento.

O texto informativo faz a exposição de fatos ou circunstâncias de maneira objetiva, sem interferência da opinião, sentimento ou avaliação do autor.

Além dos gêneros textuais até aqui estudados, os jornais, revistas e livros didáticos também usam texto informativo. Sua função é transmitir informações de caráter geral, sem grande aprofundamento.

Características:

• Linguagem clara e direta, com a finalidade de transmitir informações;

INFORMATIVO

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ÍNDICE89

É um gênero textual20 representado pela conversa de duas pessoas, o entrevistador e o entrevistado. O objetivo é obter informações sobre o entrevistado, ou a respeito de um assunto de especialidade do entrevistado.

ENTREVISTA

• Inserção de dados, gráficos e referências;

• Estrutura constituída por introdução (informação rápida sobre o assunto); desenvolvimento (exposição completa do assunto); e conclusão (fechamento da ideia central).

• O texto pode ser informativo (descritivo, narrativo, expositivo) ou argumentativo;

• Os textos informativos são encontrados em notícias, reportagens e entrevistas de jornais e revistas bem como em livros didáticos, enciclopédias e dicionários;

• Textos argumentativos, também informativos, são os artigos científicos e técnicos.

20. Exemplo: entrevista com o escritor Luis Fernando Verissimo, “O importante é escrever com clareza”: <https://goo.gl/pj0cFl>

Características:

• o texto informativo pode ser dissertativo e expositivo, como nas entrevistas jornalísticas;

• o texto informativo também pode ser narrativo, como na entrevista de emprego;

• e ainda, o texto informativo pode ser descritivo, como na entrevista médica.

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ÍNDICE90

A notícia21 é o gênero textual jornalístico mais presente no dia a dia dos meios de comunicação. Trabalha com texto informativo sobre um tema atual ou acontecimento e aparece em jornais, revistas, internet, televisão e rádio. Pode usar texto narrativo, uma vez que envolve tempo, espaço e personagens, além de texto descritivo para apresentar pessoas, lugares e coisas.

Características:

• Caráter informativo;

• Texto descritivo e narrativo;

• Textos curtos;

• Linguagem formal, clara e objetiva;

• Texto indireto, impessoal, uso da terceira pessoa;

• Temas: fatos reais e atuais.

• Estrutura: título, em poucas palavras; subtítulo, especificando melhor o assunto; lide ou introdução da notícia, que corresponde ao primeiro parágrafo e deve responder perguntas como o quê? Quem? Quando? Onde? Como? Por quê? (A função do lide é captar a atenção do leitor, apresentando rapidamente o assunto ou destacando o fato principal); e corpo da notícia, que desenvolve o tema apresentado no lide.

NOTÍCIA

21. Exemplo de notícia: Papa ataca populismo e alerta para ‘salvadores’. <https://goo.gl/0HCVjD>

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ÍNDICE91

A reportagem22 adiciona ao texto jornalístico informativo o caráter opinativo e dissertativo, com a finalidade de expor ideias pessoais, opiniões e pontos de vista. Utiliza a argumentação para fundamentar um ponto de vista ou opinião sobre o assunto.

O tema da reportagem pode ser de interesse geral e não necessariamente um assunto do momento. Basta lembrar os temas do programa Globo Repórter, para a televisão.

Comparada à notícia, a reportagem é um gênero mais extenso e aprofundado. A notícia deve ser informativa, breve, impessoal e apresentar somente os fatos. O diferencial da reportagem é seu teor opinativo, por isso ela é assinada pelo autor.

Características:

• Levantamento de dados;

• Texto mais longo e abrangente;

• Texto em primeira e terceira pessoa;

• Linguagem formal, clara e objetiva;

• Inclui entrevistas com especialistas, testemunhas e quaisquer outros envolvidos com o tema abordado;

• Estrutura semelhante à da notícia, acrescida de opinião e interpretação do autor, entrevistas, depoimentos, análises de fatos, dados estatísticos;

• Discurso direto e indireto;

REPORTAGEM

22. Exemplo de reportagem. <https://goo.gl/rh7ujL>

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ÍNDICE92

• Temas sociais, políticos, econômicos;

• Pode apresentar objetividade e subjetividade;

• É assinada pelo jornalista.

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Ainda que enviado por um meio eletrônico, como o e-mail, o texto continua a ter grande destaque nas empresas.

Todos os departamentos se comunicam por escrito, internamente, trocando informações em diversos formatos, como avisos, memorandos, bilhetes, tutoriais, cartas etc.

Ao mesmo tempo, todos os setores também precisam se comunicar, externamente, com fornecedores, clientes, outras empresas, instituições e órgãos públicos, por meio de ofícios, cartas e outros gêneros escritos.

Programa Formare | Aprendiz93 ÍNDICE

JOGANDO E APRENDENDO A JOGAR

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[Ilustração: Seri]

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Além disso, quase todas as empresas e instituições possuem uma publicação interna de notícias, entrevistas e reportagens, como jornal, revista, newsletter ou blog. O objetivo é informar e integrar os funcionários com uma comunicação clara, objetiva e descontraída, focalizando assuntos que possam interessar a todos.

O jornal impresso é muito valorizado como um meio de comunicação de grande alcance, uma vez que nem todos os funcionários têm acesso à internet. É o caso, por exemplo, dos operadores de máquinas ou dos trabalhadores da construção civil.

A produção de uma publicação interna impressa ou eletrônica – jornal, revista, newsletter, blog – pode atender ao exercício prático de reunir num único evento de comunicação escrita, a produção e circulação de dez gêneros textuais escolhidos.

Basicamente, qualquer publicação impressa ou eletrônica é formada por notícias, entrevistas e reportagens (veja as características de cada uma no item Para começo de conversa). O uso desses três formatos, acompanhados de fotos e ilustrações, torna o jornal mais dinâmico e interessante.

Podem ser produzidas notícias e reportagens sobre os gêneros textuais que circulam na empresa: um tutorial feito com um objetivo específico; o discurso de alguém numa ocasião especial; um ofício enviado para um órgão da Prefeitura ou do Estado com alguma solicitação de interesse da empresa ou dos funcionários; um novo procedimento que entrou em vigor em algum setor; uma carta recebida de funcionário com sugestões; uma circular urgente; um relatório importante que precisa ser do conhecimento de todos; um convite para a festa de aniversário da empresa ou outro evento qualquer etc.

Também podem ser realizadas boas entrevistas com funcionários, para divulgar atividades da empresa que nem todos conhecem. Uma delas, por exemplo, com o responsável pelo Serviço de Atendimento ao Cliente – SAC pode mostrar os cuidados tomados para responder a uma dúvida ou reclamação feita por e-mail ou através do site da empresa. Para ilustrar a entrevista, um quadro com um exemplo real desse tipo de consulta e a respectiva resposta da empresa.

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• Para começar, é preciso escolher um nome para a publicação. Pode ser um nome relacionado à empresa, à área de atuação dela ou ao tema focalizado.

• Uma opção para organizar o jornal, newsletter ou blog é dar nomes para as seções de notícias23, entrevistas24 e reportagens25.

• Se houver no grupo alguém com talento para desenho, dá para pensar em produzir uma história em quadrinhos com personagens simpáticos – pessoas, animais, robôs etc. – visando destacar um aspecto importante dos gêneros textuais empresariais, como a linguagem simples, clara e objetiva, ou qualquer outro. Ou então, o personagem pode ser um dos próprios gêneros escritos com um nome sugestivo, como Memo.

COMO FAZER

23. Exemplo de jornal interno de notícias: <https://goo.gl/z6BgTU>

24. Exemplo de entrevista: entrevista com a presidente (última página) <https://goo.gl/nmNPZx>

25. Exemplos de reportagem e entrevista: <https://goo.gl/rWdQcN>

<https://goo.gl/03V8Ey>

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PONDO OS PINGOS NOS IS

Programa Formare | Aprendiz96 ÍNDICE

Ninguém escreve como fala, seja qual for o idioma. A língua escrita é mais exigente no que diz respeito às regras gramaticais.

A fala tem outros recursos de comunicação, como os gestos e o tom de voz. Além disso, quem fala está na presença do ouvinte e pode adequar o discurso de acordo com suas reações. Sem a possibilidade dessa interação, a linguagem escrita conta apenas com o texto para a tarefa de comunicar a mensagem.

Ler e escrever são duas faces da mesma moeda, é por isso que se diz que para escrever bem é preciso ler bastante. Uma dica é ter sempre à mão um bom livro de literatura e ler todos os dias, ainda que apenas duas ou três páginas. Essa é a forma mais agradável de assimilar o uso da gramática e ampliar o vocabulário.

Escrever também é fundamental: bilhetes, e-mails, mensagens de celular, tudo pode servir para treinar uma redação mais cuidadosa.

Com a internet e as mensagens de celular substituindo o telefone, escrever corretamente é cada vez mais importante e valorizado pelas empresas.

Escrever bem não significa produzir um texto longo e repleto de palavras difíceis, mas conseguir expressar ideias de forma clara, com argumentos sólidos, bem construídos, e um vocabulário o mais extenso possível.

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ÍNDICE97

Algumas regras básicas de gramática são ferramentas indispensáveis para a criação de um texto compreensível. Sem pontuação, sem uma correta ortografia e concordância não há como passar mensagem alguma que se queira.

PONTUAÇÃO

A pontuação é essencial para a clareza da escrita.

PONTO FINAL (.)

É usado para terminar frases como esta. Não economize esse ponto, ele deve ser usado antes de se passar à próxima ideia.

PONTO DE INTERROGAÇÃO (?)

Indica uma pergunta direta:

Quem é o próximo? Foi você que me mandou flores?

PONTO DE EXCLAMAÇÃO (!)

Aparece no fim de frases exclamativas para expressar o sentimento diante de alguma coisa:

Que dia lindo! Isso é ótimo! Que horror!

VÍRGULA (,)

É usada para ordenar as ideias na frase, separando alguns elementos.

1. Separa a localidade da data:

São Paulo, 11 de fevereiro de 2017.

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ÍNDICE98

2. Separa o vocativo (chamamento; indica e nomeia o interlocutor):

Menina, fale mais baixo.

Senhor diretor, gostaria de pedir um aumento de salário.

A vida, minha gente, não está fácil.

3. Separa o aposto (explica, especifica ou qualifica o antecedente):

Ontem, dia de mudança, não pude ir à feira.

Marina, minha melhor amiga, faltou à aula.

4. Separa expressões como: isto é, aliás, além, por exemplo, além disso, então:

Gastamos tudo na viagem, isto é, todo o dinheiro economizado durante o ano.

Ele é muito bom no futebol, aliás, o melhor de todos nós.

5. Separa orações coordenadas assindéticas (apresentam a ideia completa e não apresentam elemento de ligação):

João saiu apressado, estava atrasado.

6. Separa orações coordenadas sindéticas (ligadas por conjunções; somente as orações iniciadas pelas conjunções “e”, “ou” e “nem” não exigem vírgulas):

A comida aqui é boa, porém muito cara.

Ele aproveitou o feriado e foi passear.

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ÍNDICE99

7. Separa orações adjetivas explicativas (esclarecem um detalhe):

O menino, machucado no pé, chorava alto.

8. Separa o adjunto adverbial (modifica verbo, adjetivo ou advérbio, indicando circunstância de tempo, lugar, modo, intensidade etc.; pode ser retirado da frase sem alterar o sentido, mas é importante para a compreensão da mensagem):

Ele fala inglês muito bem.

O instrutor explicou o procedimento rapidamente.

PONTO E VÍRGULA (;)

Sinal usado para indicar uma pausa mais longa que a vírgula e mais curta que o ponto final. Usado para separar itens enumerados, é muito frequente em leis, como o artigo primeiro da Constituição:

“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V - o pluralismo político.”

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ÍNDICE100

DOIS PONTOS (:)

São empregados:

• Antes do discurso direto (início da fala):

Ele disse, então: – Chega de histórias.

• Antes de uma citação:

Como disse Fernando Pessoa: “estou farto de semideuses!”

• Antes de uma enumeração:

Precisamos trocar tudo neste escritório: mesas, cadeiras, computadores e impressoras.

• Após palavras que chamam atenção, indicam exemplos e observações:

Atenção: é preciso distinguir causa e consequência.Observação: nem todo alimento é saudável.

RETICÊNCIAS (...)

São usadas:

• Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento:

Eu preciso ir antes que...

• Para transmitir sentimentos e sensações próprias da linguagem falada, como surpresa, hesitação, dúvida, suspense, ironia:

Que bom! Você... já chegou? Eu... eu não sei... se devíamos estar aqui.

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ÍNDICE101

• Para indicar que uma ação que continua:

Os anos se vão...

ASPAS (“ ”)

São usadas:

• Para indicar nomes de livros e legendas:

Estou lendo “Dom Casmurro”, uma das grandes obras da literatura brasileira.

• Nas citações ou transcrições e estrangeirismos:

“Mas a saudade é isto mesmo; é o passar e repassar das memórias antigas.” (Machado de Assis, Dom Casmurro)

PARÊNTESES ( )

Indicam um acréscimo de informação acessória, ou seja, não essencial à compreensão do texto. Podem acrescentar uma informação ou esclarecer o que foi dito. São usados:

• Para introduzir explicação ou comentário:

A tecnologia pode produzir milionários muito rapidamente (Bill Gates e Mark Zuckerberg enriqueceram antes dos 40 anos).

ORTOGRAFIA

O Novo Acordo Ortográfico entrou em vigor em 2009, para uniformizar a grafia das palavras dos países de idioma português. Vamos ver quais foram as principais alterações para o Brasil.

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ÍNDICE102

TREMA (¨)

Não existe mais o trema, a não ser em nomes próprios e seus derivados: Gisele Bündchen.

ACENTUAÇÃO

Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas: plateia, ideia, assembleia, jiboia, heroico, boia.

Mas, atenção:

• O acento permanece nas monossílabas e nos ditongos abertos de palavras oxítonas: dói, herói, papéis.

• O acento permanece no ditongo aberto “eu”: chapéu, céu.

• Os hiatos “oo” e “ee” não são mais acentuados: voo, enjoo, perdoo, abençoo, deem, leem, veem, creem.

• Não existe mais o acento diferencial em palavras homógrafas:

para (verbo parar); pela (verbo; pronúncia “é”); pelo (substantivo; pronúncia “ê”); pera (substantivo; pronúncia “ê”); pera (substantivo; pronúncia “é”; palavra antiga para designar pedra); polo (substantivo; pronúncia “ó”).

• O acento diferencial continua apenas nos verbos:

a) “poder”, na terceira pessoa do pretérito perfeito do indicativo (pôde); e

b) “pôr” (verbo), para diferenciar da preposição “por”.

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ÍNDICE103

• Não se acentua mais a letra “u” quando o acento tônico cai na sílaba do radical (raiz), se precedido de gue, que, gui, qui: enxague, averigue, oblique, argui.

• Não se acentua mais “i” e “u” tônicos em paroxítonas, se precedidos de ditongo: feiura, baiuca, sauipe, bocaiuva.

HÍFEN

• O hífen não é mais usado em palavras formadas de prefixos terminados em vogal + palavras que começam por “r” e “s”, que devem ser duplicadas: autorretrato, ultrassonografia, ultrarromântico, ultrassecreto, antissocial, extrassensível, antirrugas, antirruído, antessala, autorregeneração.

• O hífen não é mais usado em palavras formadas de prefixos terminados em vogal + palavras que começam por outra vogal: contraindicação, extraoficial, intrauterino, contraestímulo, contraexemplo, semiautomático, semiauxiliar, semiaberto, autoanálise, autoajuda, autoescola, autoaprendizagem, infraestrutura.

A exceção fica por conta da palavra seguinte iniciada por “h”: extra-humano, anti-horário, anti-herói, anti-higiênico etc.

• O hífen passa a ser usado em palavra formada por prefixo terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal: micro-ondas, anti-inflamatório, arqui-inimigo, anti-imperalismo, micro-ônibus.

Exceção: o prefixo “co”, ainda que a palavra seguinte comece com a vogal “o”, não leva hífen: coocorrência, coobrigação, coocupante.

• Compostos que, pelo uso, perderam a noção de composição não levam hífen: paraquedas, paraquedista, mandachuva, girassol, madressilva, pontapé.

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ÍNDICE104

• Continua o uso do hífen em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: erva-doce, bem-te-vi, médico-cirurgião, conta-gotas, azul-escuro, guarda-chuva, beija-flor, segunda-feira, tenente-coronel, couve-flor etc.

• O hífen continua em palavras formadas pelos prefixos “ex”, “vice”, “soto”: soto-capitão, vice-presidente, ex-amigo, ex-marido.

• O hífen continua em palavras formadas pelos prefixos “circum” e “pan” + palavras iniciadas por vogal, M ou N: circum-navegar, circum-navegação, pan-americanismo, pan-americano.

• O hífen continua em palavras formadas com prefixos “pré”, “pró” e “pós”+ palavras que têm significado próprio: pré-adolescência, pré-natal, pré-ajustar, pró-americano, pró-desarmamento, pró-análise, pós-colonial, pós-graduação, pós-adolescência.

• O hífen continua em palavras formadas com “além”, “aquém”, “recém”, “sem”: além-mar, além-mundo, aquém-mar, recém-casado, recém-aberto, recém-nascido, recém-saído, sem-sal, sem-nome, sem-número, sem-vergonha, sem-teto.

• Não existe mais hífen em locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais): café com leite, cor de vinho, cão de guarda, fim de semana, pão de mel, cartão de visita etc.

Exceções: ao-deus-dará, água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-chumbo, pé-de-meia etc.

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ÍNDICE105

POR QUE, POR QUÊ, PORQUE OU PORQUÊ?

Um resumo rápido para todo mundo lembrar.

• Por que separado é usado:

a) em frases interrogativas, ainda que a interrogação seja indireta:

Por que você não foi à festa? (Frase interrogativa direta). Eu gostaria de saber por que você não foi à festa. (Frase interrogativa indireta).

b) quando substitui a expressão pelo qual

As paisagens por que passamos eram belíssimas. (por que pode ser substituído pela expressão pelas quais).

• Por quê separado, com acento, é usado no final de frases:

Ele não cumpriu o combinado por quê? Ela está chorando não sei por quê.

• Porque junto é usado em frases afirmativas e em respostas:

Ela não viajou porque ficou doente. Por que as abelhas produzem mel? Porque se alimentam dele.

• Porquê junto, com acento, é usado como substantivo (o porquê):

Quero saber o porquê de tantos erros.

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ÍNDICE106

PALAVRAS HOMÓGRAFAS, HOMÓFONAS E HOMÔNIMOS PERFEITOS.

Muitas dúvidas surgem na hora de escrever palavras homógrafas, homófonas e homônimos perfeitos, nomes assustadores.

Na verdade, estamos falando de palavras que só são identificadas ao conhecermos o resto da frase porque elas têm escritas iguais, sons iguais e até escrita e som iguais.

• Palavras homófonas (homo=mesmo; fono=som) têm pronúncias iguais, mas grafias diferentes.

a) sessão e seção:

A sessão começou atrasada. (de cinema) Vou à seção masculina comprar um presente. (departamento de uma loja)

b) senso e censo:

Eles tiveram o bom senso de evitar o conflito. (juízo) O censo permite o planejamento das políticas públicas. (conjunto de dados estatísticos sobre a população)

• Palavras homógrafas (homo=mesmo; grafia=escrita) são aquelas que têm escritas iguais, mas sons diferentes.

a) gosto (verbo; som de ó) e gosto (substantivo; som de ô):

Eu gosto de chuva e sol. (verbo) Gosto não se discute. (substantivo)

b) força (verbo; som de ó) e força (substantivo, som de ô):

Ele força um acordo vantajoso para desistir do jogo. (verbo) Ela venceu apenas com a força de vontade. (substantivo)

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ÍNDICE107

• Homônimos perfeitos possuem grafia (escrita) e pronúncia iguais.

a) verão (verbo) e verão (substantivo):

Eles verão os novos tempos. (verbo) Tivemos o verão mais quente dos últimos cinco anos. (substantivo)

b) cedo (verbo) e cedo (substantivo):

Eu cedo, se você também ceder. (verbo) Quanto mais cedo você for, mais cedo volta. (advérbio de tempo)

CRASE

É a fusão da preposição “a” com os artigos definidos femininos “a”/ “as” (à, às) ou com pronomes demonstrativos (a + aquele = àquele; a + aquela = àquela; a + aquilo = àquilo).

Exemplos:

Passei o endereço à motorista. Dei gorjeta à garçonete, mas ela não agradeceu. Vou levar meu filho àquele local que você indicou para andar de bicicleta. Agradeci àquela funcionária pela indicação. Refere-se àquilo que me relatou ontem?

Também levam crase várias expressões adverbiais, locuções prepositivas e locuções conjuntivas: às vezes, à noite, à vista, à direita, à exceção de, à proporção que, à toa, à parte, à moda de, à maneira de, à frente de, à custa de, à semelhança de, à medida que, à deriva etc.

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ÍNDICE108

Não há crase:

• Antes de palavra masculina:

É bom andar a pé. Demos um belo passeio a cavalo.

• Antes de verbos:

Ela continuou a andar com graça e elegância.

• Antes de nome de cidade, estado ou país que não aceite artigo definido feminino:

Fomos a Belém rever a família. Chegamos a Brasília no sábado.

• Em expressões com palavras repetidas: cara a cara; face a face; gota a gota; dia a dia; lado a lado;

• Antes de pronomes que não possam ser precedidos do artigo definido feminino (passando a frase para o masculino, fica claro o uso apenas da preposição):

Deu razão a ela. (Masculino: Deu razão a ele. Impossível usar a combinação da preposição “a” mais artigo definido “o” = “ao”);

• Antes da maioria dos pronomes:

Dava sempre os melhores brinquedos a ele. Deu bom dia a todos. Ela foi deselegante em se referir a quem não estava presente. Eles pediram carona a alguém.

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ÍNDICE109

• Se a palavra feminina for dotada de sentido genérico:

A reportagem se referia a pessoas da terceira idade. Elas não deram ouvidos a fofocas.

• Se a palavra feminina for nome de santa:

Recorri a Nossa Senhora Aparecida.

• Antes das palavras casa, terra e distância, se não vierem determinadas:

Fui a casa (sem crase); Fui à casa de minha amiga (com crase); Finalmente, o marinheiro chegou a terra (sem crase); Cheguei à terra de meus pais (com crase); Observei o assalto a distância (sem crase); Observei o assalto à distância de cinquenta metros (com crase).

Para saber se há crase26 antes de uma palavra, substitua essa palavra por outra do gênero masculino. Somente existe crase se o “a” passar a “ao” (preposição + artigo).

Fui à praia (existe crase porque o termo masculino pede preposição como em: Fui ao cinema; Fui ao mercado);

“Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena.” – Fernando Pessoa (Não existe crase porque o termo masculino não pede preposição: Valeu o sacrifício?)

26. Saiba mais sobre crase: <https://goo.gl/4IZGfk>

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ÍNDICE110

27. Saiba mais sobre o uso dos pronomes pessoais do caso reto: <https://goo.gl/WEycOI>

28. Saiba mais sobre o uso dos pronomes pessoais oblíquos: <https://goo.gl/FCuZWn>

PRONOMES

Pronomes são palavras que substituem ou determinam os substantivos. São de vários tipos: pronomes pessoais, interrogativos, relativos, indefinidos, possessivos e demonstrativos. Também podem ser classificados em pronomes adjetivos e pronomes substantivos.

Os pronomes pessoais podem ser do caso reto, oblíquos e de tratamento.

PRONOMES PESSOAIS DO CASO RETO27:

• eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas;

• Substituem os substantivos e indicam as pessoas do discurso, em geral com função de sujeito da oração:

Eu gosto de ler. Ela trabalha em São Paulo.

PRONOMES PESSOAIS OBLÍQUOS28:

• Podem ser tônicos: mim, comigo (1ª pessoa do singular); ti, contigo (2ª pessoa do singular); ele, ela, si (3ª pessoa do singular); nós, conosco (1ª pessoa do plural); vós, convosco (2ª pessoa do plural); eles, elas, si (3ª pessoa do plural);

• Ou átonos: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, se, os, as, lhes;

• O pronome pessoal oblíquo tônico é sempre precedido de preposição e substitui um substantivo que tem função de objeto indireto:

Ler bons livros depende somente de mim.

• O pronome pessoal oblíquo átono não é precedido de preposição e pode substituir um substantivo que tem

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ÍNDICE111

função de objeto direto ou de objeto indireto:

Pedi-lhe que fosse logo, mas ela não me ouviu. (Pedi a ele...)

PRONOMES PESSOAIS DE TRATAMENTO29

São formas de cortesia e reverência, à pessoa com quem falamos ou de quem falamos.

Exemplos: você, senhor, senhora, senhorita, Vossa Senhoria, Vossa Excelência, Vossa Eminência, Vossa Santidade, Vossa Reverendíssima, Vossa Alteza, Vossa Majestade, Vossa Magnificência, Vossa Paternidade, Vossa Majestade Imperial, Vossa Onipotência.

PRONOMES INTERROGATIVOS30

• Referem-se sempre à terceira pessoa gramatical;

• São usados para interrogar, de modo direto ou indireto:

Quem virá com você? Eu preciso saber quem virá com você.

• exemplos de pronomes interrogativos: que, quem, qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas.

PRONOMES RELATIVOS31

• O pronome relativo sempre se relaciona com o termo antecedente da oração;

• Funciona como elo de subordinação das orações que inicia:

29. Saiba mais sobre o uso dos pronomes de tratamento: <https://goo.gl/Rmy3E9>

30. Saiba mais sobre o uso dos pronomes interrogativos: <https://goo.gl/45G227>

31. Saiba mais sobre o uso dos pronomes relativos: <https://goo.gl/DGqXqa>

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ÍNDICE112

Eu li o livro de poesias que estava disponível na biblioteca. A escola onde estudei tinha apenas uma sala de aula.

• Exemplos de pronomes relativos: que, quem, onde, o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.

PRONOMES INDEFINIDOS31

• Referem-se sempre à terceira pessoa gramatical, indicando algo ou alguém de forma indeterminada:

Ninguém quer assumir essa responsabilidade. Será que eles apresentaram alguma razão para o não comparecimento?

• Exemplos de pronomes indefinidos: alguém, ninguém, outrem, nada, cada, tudo, algo, algum, alguma, nenhum, nenhuma, todo, todos, outro, outra, muito, muita, pouco, poucos, certo, certa, vários, várias, tanto, tantos, quanto, quanta, qualquer, quaisquer, bastante.

PRONOMES POSSESSIVOS33

• Indicam uma relação de posse;

• Concordam com a pessoa gramatical a que se referem: 1ª (eu; nós), 2ª (tu; vós) ou 3ª (Ele/ela; eles/elas);

• Variam em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural);

• Pronomes possessivos: meu, minha, meus, minhas (1ª pessoa do singular); teu, tua, teus, tuas (2ª pessoa do singular); seu, sua, seus, suas (3ª pessoa do singular); nosso, nossa, nossos, nossas (1ª pessoa do plural); vosso, vossa,

32. Saiba mais sobre o uso dos pronomes indefinidos: <https://goo.gl/EP3E03>

33. Saiba mais sobre o uso dos pronomes possessivos: <https://goo.gl/HKl0qN>

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ÍNDICE113

vossos, vossas (2ª pessoa do plural); seu, sua, seus, suas (3ª pessoa do plural).

PRONOMES DEMONSTRATIVOS34

• Situam alguém ou alguma coisa no tempo, no espaço e no discurso, em relação às próprias pessoas do discurso;

• Podem ser invariáveis ou variáveis em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural);

• Reforçam algum termo mencionado;

• Pronomes demonstrativos variáveis: este, esta, estes, estas (1ª pessoa); esse, essa, esses, essas (2ª pessoa); aquele, aquela, aqueles, aquelas (3ª pessoa);

• Pronomes demonstrativos invariáveis: isto (1ª pessoa); isso (2ª pessoa); aquilo (3ª pessoa);

• Pronomes demonstrativos contraídos com a preposição “a”: àquele, àquela, àqueles, àquelas, àquilo;

• Pronomes demonstrativos contraídos com a preposição “em”: neste, nesta, nestes, nestas, nisto, nesse, nessa, nesses, nessas, nisso, naquele, naquela, naqueles, naquelas, naquilo;

• Pronomes demonstrativos contraídos com a preposição “de”: deste, desta, destes, destas, disto, desse, dessa, desses, dessas, disso, daquele, daquela, daqueles, daquelas, daquilo.

• Exemplos:

Eu vivo neste país. Eu gosto desse seu jeito de ser. Devolva a caneta àquela menina.

34. Saiba mais sobre o uso dos pronomes demonstrativos: <https://goo.gl/NUxxNH>

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ÍNDICE114

PRONOMES ADJETIVOS35

• Acompanham os substantivos como se fossem adjetivos;

• Determinam e modificam o substantivo:

Aquelas meninas são bonitas. Meu primo chega amanhã.

PRONOMES SUBSTANTIVOS36

• Substituem o substantivo;

• Tornam o discurso menos repetitivo;

• Variam em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª);

• Podem assumir a função de sujeito da oração.

1-a) Marina e Paulo gostam de praia.

1-b) Eles gostam de praia (o pronome substantivo “eles” assume a função de sujeito ao substituir os substantivos próprios “Marina e Paulo”).

COLOCAÇÃO PRONOMINAL37

• Pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, se, os, as, lhes) podem ser colocados na oração de três formas: em próclise, mesóclise ou ênclise;

• Próclise: o pronome oblíquo átono é colocado antes do verbo:

Ontem ele me deu uma carona.

35. Saiba mais sobre o uso dos pronomes adjetivos: <https://goo.gl/leMCf9>

36. Saiba mais sobre o uso dos pronomes substantivos: <https://goo.gl/wVckvb>

37. Saiba mais sobre colocação pronominal: <https://goo.gl/D4Ly9E>

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ÍNDICE115

• Mesóclise: o pronome oblíquo átono é colocado no meio do verbo:

Amanhã ele dar-me-á uma carona.

• Ênclise: o pronome oblíquo átono é colocado depois do verbo:

Ontem ele deu-me uma carona.

CONCORDÂNCIA VERBAL

Concordância verbal38 é a concordância do verbo com o sujeito, em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª).

Eu sou assim mesmo. Nós não somos preguiçosos. Paulo terminou de comer. Paulo e Luiza terminaram de comer.

Em princípio parece fácil, mas há muitos casos específicos que precisam ser estudados.

38. Saiba mais sobre concordância verbal: <https://goo.gl/ZJLSUF>

39. Saiba mais sobre concordância nominal: <https://goo.gl/5rdU3S>

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Concordância nominal39 é a concordância em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural), entre o substantivo e seus determinantes: o adjetivo, o pronome adjetivo, o artigo, o numeral e o particípio.

Regra geral: substantivos, artigos, pronomes, adjetivos e numerais devem concordar em gênero e número com o substantivo a que se referem.

A bailarina exótica dançou divinamente (artigo e adjetivo concordam com o substantivo “bailarina”).

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ÍNDICE116

REGÊNCIA VERBAL

Regência verbal39 é a relação de dependência entre o verbo e os seus complementos.

O verbo pode ser:

• Intransitivo (não pede complemento):

Ninguém saiu.

• Transitivo direto (pede objeto direto):

Elas venderam tudo o que tinham (objeto direto).

• Transitivo indireto (pede objeto indireto, complementado por preposição):

Ninguém duvidou da seriedade do professor (objeto indireto, complementado pela preposição “da”).

• Verbo transitivo direto e indireto (pede objeto direto e objeto indireto)

Eles pediram dinheiro ao banco (“dinheiro” = objeto direto; “ao banco” = objeto indireto).

39. Saiba mais sobre regência verbal: <https://goo.gl/Oy8Piv>

O bailarino exótico dançou divinamente. As bailarinas exóticas dançaram divinamente. Os bailarinos exóticos dançaram divinamente.

Os casos específicos de concordância nominal merecem mais estudo.

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ÍNDICE117

40. Saiba mais sobre regência nominal: <https://goo.gl/nxnXS9>

ALGUNS LINKS SUGERIDOS

Dúvidas frequentes de ortografia: <https://goo.gl/dQW6EI>

Uso inadequado de expressões como tipo, meio que, gerundismo etc.: <https://goo.gl/J9Hvoo>

Gerundismo: <https://goo.gl/7KiEKm>

Erros de pronúncia, acentuação, ortografia: <https://goo.gl/G8OsLH>

Morfologia (constituição das palavras), sintaxe (estudo dos elementos da frase), fonologia ou fonética (estuda os sons da fala: fonemas), semântica (estuda os sentidos das palavras), estilística (a arte de escrever) e redação: <http://www.soportugues.com.br/>

Regência nominal40 é a relação entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e, eventualmente, um complemento.

• A regência nominal é estabelecida por meio de preposição;

• Preposições mais comuns: a, de, com, em, para.

• Exemplos de regência nominal:

Ela é amorosa com as filhas. Ele é perito em construção civil. Isso é bom para a saúde. João está ansioso por trabalho. O cachorro está ansioso para sair. Esta cidade é diferente de tudo. Ela ficou indiferente a tudo.

REGÊNCIA NOMINAL

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ÍNDICE118

Leitura mecânica é muito diferente da leitura interpretativa. Ler sem entender ou com entendimento parcial do que está escrito é uma dificuldade relacionada ao chamado analfabetismo funcional; a pessoa sabe ler, mas não entende o significado do que lê. Lê mecanicamente, decifra um conjunto de signos, letras e palavras, mas não apreende o sentido delas.

Ler interpretando um texto é apreender seu significado a ponto de poder fazer inferências: fazer deduções, associações com outras ideias, tirar conclusões, por exemplo. É compreender perfeitamente o sentido do que está escrito e, então, chegar a detalhes ou ideias não explícitas. É conversar com o texto.

A interpretação de texto é uma competência muito importante no mundo do trabalho e costuma ser testada nos processos de seleção: capacidade de entender, de fato, o que está sendo lido.

O desenvolvimento dessa competência tende a ser um processo longo, que requer constância e afinco no hábito de ler e escrever.

Interpretar um texto requer atitude cuidadosa e muita paciência. Treino em leitura requer leitura. E é preciso sempre uma segunda leitura, talvez uma terceira. A cada nova leitura é possível encontrar aspectos ainda não observados. Uma única leitura pode ser insuficiente para a interpretação de um texto.

SAIBA MAIS

Programa Formare | Aprendiz118 ÍNDICE

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

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ÍNDICE119

Para ajudar a busca de sentidos do texto pode-se sublinhar as ideias centrais ou nucleares de cada parágrafo, também chamadas de tópicos frasais. Isso vai auxiliar a apreensão do conteúdo exposto.

Cada parágrafo tem um tópico frasal, ideia central, geralmente explicitado logo no início do parágrafo e, em seguida, devidamente explorado, comentado ou explicado pelo autor. Ou seja, o autor não pode partir para outra ideia central sem desenvolver a ideia anterior.

É preciso lembrar que os parágrafos não estão organizados ao acaso, no texto; se estão onde estão, é porque ali são necessários, estabelecendo uma sequência de pensamento, retomando ideias ou apresentando novas.

Ao interpretar um texto o leitor vai se deixar conduzir pelas ideias do autor, o que não quer dizer que precise ficar preso às palavras do texto; pode expressar a mesma ideia com outras palavras, mas é importante não criar suposições ou hipóteses desvinculadas do texto.

Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão como uma técnica que ajudará a formar bons leitores.

Para entender como são construídos os bons parágrafos e conhecer mais sobre MODELOS DE TÓPICO FRASAL, acesse <https://goo.gl/aHgEjD>

O caminho para uma boa leitura é a leitura. Precisa ser um exercício diário de ler livros, revistas, jornais, quadrinhos e qualquer outra fonte de texto. Ler o que dá prazer. É assim que se exercita a capacidade de pensar, apreender ideias, investigar o que interessar.

Muitos jovens acabam por considerar a leitura uma atividade maçante, muito chata. Na escola seu contato com a leitura fica restrito aos textos informativos, livros didáticos e, muitas vezes, não conseguem compreender essas informações. Como poderiam, se não têm a necessária e complexa habilidade de ler e interpretar? Experimentam, então, sentimento de impotência e fracasso, às vezes

LER E CONVERSAR COM O TEXTO

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ÍNDICE120

com a consequência drástica de abandonar os estudos. Chegam a considerar, erroneamente, que o problema é sua “cabeça fraca”.

Mas, ler uma história policial em quadrinhos é diferente de ler um artigo científico ou um manual de instruções! É diferente, principalmente porque exige práticas de leitura diferentes.

A exigência e o esforço de leitura diferem muito para os muitos tipos de textos. Ler um romance policial ou uma história em quadrinhos é diferente de ler um manual de instruções e será muito diferente de ler um artigo científico. Por exemplo, posso ler uma história em quadrinhos em uma ou duas horas, compreendendo o sentido e me divertindo, mas provavelmente não farei a mesma coisa com um manual de instruções complicado. Se bem que esse manual poderá também ser divertido, mas será preciso mais concentração e mais tempo para compreender as informações de que preciso e desejo.

Nos dois exemplos mencionados no parágrafo anterior – história em quadrinhos e manual de instruções – embora com exigências diferentes, o processo de leitura e interpretação é semelhante. Se tomarmos como exemplo um texto científico, o processo ainda será o mesmo com exigência maior. A compreensão do significado que chega de forma mais rápida, natural e lúdica em um caso, história em quadrinhos, vai ter que ser buscada, mais lentamente e com algum esforço em outro, texto científico, por exemplo.

Como proceder para fazer uma leitura proveitosa de um texto, encontrando o sentido no que se lê? O leitor vai encontrar o significado ao compreender e interpretar a mensagem baseado em suas experiências e conhecimentos anteriores.

Caminhar por um processo organizado, seguindo estratégias como as descritas a seguir, vai ajudar a compreender um texto. Escolher uma leitura que interesse essencialmente é muito importante; o interesse é mobilizador, assim como o prazer e a paixão. Então, pode ser um texto técnico ou literário, não importa. O que importa é que o leitor se mobilize para a leitura e isso pode acontecer por várias razões: porque o assunto interessa muito, é instigante, desafiador, utilitário, ou, simplesmente, porque é apaixonante. Após uma leitura atenta:

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ÍNDICE121

• Indicar as ideias principais do texto: começar separando o que é essencial do que é apenas detalhe e, ao mesmo tempo, verificar se compreendeu totalmente as ideias principais. Se não compreendeu, dedicar-se a uma nova leitura para tornar mais claro o significado do texto.

Bons leitores determinam as ideias importantes do texto não apenas em função das intenções do autor, mas também em função de seus próprios objetivos de leitura, percebendo claramente quais as partes que mais lhes interessam.

• Resumir a informação contida no texto: sintetizar as ideias principais, recriando um novo texto coerente com o original, com a intenção de tornar claras as ideias principais do texto e suas interações. Pode implicar em: selecionar algumas informações e anular outras, resumir algumas informações e substituí-las por ideias mais gerais, integrar as informações selecionadas numa representação clara e resumida do texto original.

• Fazer inferências sobre o texto: este ponto é considerado o principal da compreensão. Está presente na leitura de quaisquer textos, dos simples aos complexos, nas crianças e nos adultos. Significa que o leitor vai tirar conclusões da leitura, ler nas entrelinhas, ler o contexto, deduzir ideias, a partir daquilo que já sabe. A inferência permite extrair novas informações com base no que está escrito, evocar informações que devem ser adicionadas ao texto e completá-lo; muitas vezes, o que o leitor conhece a respeito do autor ou do tema abordado permite que identifique lacunas de informação.

Os bons leitores reagem afetivamente ao que leem; podem ficar irritados, revoltados, divertidos, comovidos... Ou seja, fazem uma leitura emocionalmente ativa, não se limitando à memorização automática da informação, mas questionando e assumindo uma posição crítica.

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ÍNDICE122

• Fazer perguntas sobre o texto: colocar questões sobre o conteúdo do texto permite ao leitor aprofundar a compreensão desse conteúdo.

• Monitorar a própria compreensão: significa estar consciente do próprio raciocínio e pensamento. É fazer a autoavaliação que permite ao leitor perceber se está ou não compreendendo o que lê. Ao perceber suas falhas de compreensão específicas, pode e deve procurar alternativas para solucioná-las.

Por exemplo, ao verificar que não compreende uma ideia, o leitor poderá voltar a partes do texto com mais atenção, fazer pesquisas paralelas, conversar sobre a não compreensão com professores ou colegas de trabalho.

Finalizando, a leitura é um processo de especialização gradual. Seu objetivo é a construção de significado, não importa a idade ou a capacidade do leitor. Ao ler a pessoa constrói sentidos, pensa por ela mesma, questiona, discute e procura encontrar suas próprias respostas.

Escrever um texto dissertativo organizado, com começo, meio e fim, que comunique claramente uma ideia, não precisa ser um bicho de sete cabeças. Começar pelo começo faz diferença.

Antes de começar a escrever, procurar explorar o tema sobre o qual se vai escrever é um bom caminho. Explorar, como? Anotando o que se sabe sobre o assunto, pensando questões relacionadas ao tema e

PRODUÇÃO DE TEXTOS

Refletindo e tomando nota.

[Fonte da imagem

: Pixabay]

ESTRUTURANDO UM TEXTO

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ÍNDICE123

qual enfoque se pode dar a ele, pesquisando e obtendo novos dados e informações.

Com anotações sobre o conteúdo e já tendo pensado sobre o desenvolvimento que se pretende dar ao tema, é hora de projetar a organização41 geral do texto.

A ideia principal deve ficar clara e ser apresentada logo no primeiro parágrafo, ao se introduzir o tema. A partir da ideia central, selecionam-se os argumentos para desenvolvê-la nos parágrafos seguintes, apresentando fatos, causas e consequências que fazem parte do assunto em questão.

Esses parágrafos devem estar encadeados entre si, cada um deles contribuindo de forma harmônica com a argumentação; assim, o texto terá coesão interna, com parágrafos articulados e conectados à ideia principal.

Por fim, deve haver uma conclusão para que o texto não fique inacabado. A conclusão deve retomar a questão principal e dar a ela um desfecho, uma perspectiva de solução ou sugestão de encaminhamento do problema apresentado.

Sobre o enfoque escolhido ou posição tomada em relação ao tema é preciso lembrar que a ideia apresentada e assumida no início deve ser mantida até o final para que o texto tenha coerência, não contradizendo as próprias afirmações.

41. Para saber mais sobre organização de texto, acesse: <https://goo.gl/z6II6f>

Estruturar parágrafos: <https://goo.gl/xwqF5m>

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Programa Formare | AprendizGUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA124 ÍNDICE

AGORA É COM VOCÊ

Programa Formare | Aprendiz124 ÍNDICE

Sem que se perceba, na maioria das vezes, aproxima-se a conclusão do curso e, de repente, se tem à frente um projeto especial a realizar: a festa de formatura42.

Será uma formatura diferente. Uma festa no universo do trabalho, não da escola. Será programada no contexto do trabalho e tudo deve ser decidido de acordo com sua dinâmica: espaço disponível, dia e horário adequados, formalidade compatível com o ambiente, incluindo a roupa dos formandos etc.

Quem prepara festa de formatura são os formandos, em conjunto com a coordenação FORMARE! Uma celebração com a cara dos formandos, pela conclusão de um ano cheio de conquistas e aprendizados.

Para os formandos é uma oportunidade de fazer algo especial; um momento inesquecível com troca de afetos; comemorar as vitórias, expressar gratidão, desejar muita sorte e vida boa para os amigos e colegas antes do grupo se dispersar. Cada um seguirá o seu caminho; ficará sempre a amizade. É a vida!

A preparação da formatura envolve muitas providências, entre elas, o trabalho escrito necessário, incluindo toda a comunicação.

PREPARANDO A FORMATURA

42. Conheça alguns exemplos de formatura, acessando vídeos no Canal do Youtube do Projeto Formare: <https://www.youtube.com/user/projetoformare>

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Programa Formare | AprendizGUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA125 ÍNDICE

A elaboração de um projeto escrito vai registrar todas as definições e tomadas de decisões sobre o evento que o grupo pretende preparar. Dará clareza ao trabalho de realização da festa de formatura. Inclui:

1. Objetivos: o que pretendem fazer? É preciso conversar com o coordenador para ficar claro o tipo de festa possível de realizar e suas características. Este momento tende a ser de negociação entre desejos dos formandos e possibilidades concretas.

2. Estratégias para realizar o objetivo: como pretendem fazer? Listar por ordem de prioridade, descrevendo cada um dos passos necessários para concretizar o que pretendem. O coordenador pode participar da definição de estratégias e sugerir providências concretas requeridas para essa realização.

3. Com que fazer? Este item deve discriminar, um a um, os recursos (físicos, humanos e materiais) necessários para a realização. A coordenação poderá informar sobre a disponibilidade de recursos para a formatura.

4. Cronograma: quando? É muito importante a escolha criteriosa do dia do mês e dia da semana, para a realização da solenidade. Uma escolha errada pode prejudicar a festa com muitas ausências de convidados e professores. Por exemplo, convém evitar: dias do mês mais sobrecarregados de trabalho na empresa ou sextas-feiras ao fim do dia, quando muitos não poderão comparecer. A escolha de um dia da semana, ao final da tarde, ou mesmo ao final da manhã talvez seja uma boa alternativa. A coordenação FORMARE pode ajudar a avaliar essa escolha. Estando definida a data da festa, fixar prazos de realização para cada ação descrita no item anterior 1.2. Estratégias.

PROJETO, OU PLANO, DO EVENTO DE FORMATURA

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5. Ferramenta de controle: check-list. Listar, em itens, todas as tarefas, que não podem ser esquecidas, ticando-os na medida em que cada uma delas for realizada. Ajuda a não esquecer as providências e a manter um controle sobre o que já foi feito e o que ainda falta fazer.

6. Resultados: descrever o que o grupo considera como resultado satisfatório para a planejada festa de formatura. A formatura FORMARE não deve reproduzir cerimônias de formaturas de escolas e universidades. Trata-se do universo do trabalho! Nesse contexto, destoaria o uso de beca, por exemplo, ou mesmo traje de gala. A cerimônia não será pomposa ou imponente, logo roupas de gala não combinam. O ideal seria algo mais simples, com que todos se sintam confortáveis e satisfeitos.

A turma pode pensar nisso com a coordenação e encontrar o “jeito” da sua festa. Pode começar por discriminar os atributos que não podem faltar. Por exemplo: a) a festa de formatura deve ter a cara da turma. Podem pensar em preparar alguma apresentação, de acordo com os talentos presentes no grupo: grupo musical ou outros; b) contar com a presença e parceria de todos os professores que trabalharam com o grupo; c) conseguir a presença da maior parte das pessoas convidadas etc.

A definição de resultados pode também ser feita no mesmo momento da definição de objetivos, ficando: item 1.1. Objetivos/Resultados.

Se essas definições do plano forem feitas com a participação da turma inteira, todos os formandos estarão envolvidos com a execução do trabalho e poderão contribuir mais e melhor. E assim acontece com todos os projetos.

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Além de documentar a vivência da turma, a realização de um vídeo dos alunos imprime à festa a identidade do grupo. Amigos, professores e familiares se emocionam com os formandos no momento especial de exibição.

Muitos formandos fazem vídeos de turma para apresentar na festa de formatura. Mas nem sempre são vídeos bem elaborados. Em sua maioria são vídeos amadores, é claro, mas feitos sem cuidado.

ROTEIRO DE (POSSÍVEL) VÍDEO DA TURMA PARA

SER APRESENTADO NA FESTA DE FORMATURA

UM INÍCIO: O QUE EVITAR

Para assistir a um bom vídeo de turma de formandos, acesse <https://goo.gl/64kx6G>.

Muitos dos vídeos de formatura no YouTube pecam pelo excesso de imagens repetitivas que se prolongam demais. Isso torna o momento de apresentação do vídeo, na festa, cansativo para o público, familiares e convidados, quando deveria ter um impacto emocional positivo. Muitos desses vídeos apresentam estrutura similar, o que os torna bastante iguais na forma e no conteúdo.

A atual facilidade de gravação, o entusiasmo do período de final de curso, a pouca disponibilidade de tempo para se dedicar ao trabalho do vídeo são fatores que talvez contribuam para os grupos cederem à tentação de fazer uma colagem aleatória e prolongada (demais) de fotos e registros gravados, algumas entrevistas com professores e, ihuuu.... Está pronto!

Muito bom, se for um vídeo para os participantes levarem como lembrança. Mas, se for para exibir na festa de formatura, não faz bonito!

Se o grupo vai fazer um vídeo, que seja bem pensado, planejado e executado.

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Uma criação da qual o grupo se orgulhe. Atenção: o vídeo não deve ultrapassar cinco minutos!

OBJETIVO DO VÍDEO

ROTEIRO

Definir qual será o objetivo do vídeo é o primeiro passo para planejá-lo.

O vídeo terá como objetivo:

• Mostrar o quanto as brincadeiras foram criativas e engraçadas? É claro que esse não pode ser o foco principal de uma turma que encerra um programa.

• Mostrar como os alunos chegaram ao curso e como estão saindo?

• Mostrar como os professores ajudaram os formandos a chegar aonde chegaram?

• Mostrar como foi a rotina de ser aprendiz na empresa?

• Apresentar aprendizagens significativas?

• Outra proposta não mencionada?

Uma vez discutido e pensado o vídeo que o grupo quer realizar, tendo claro seu objetivo, é possível começar a planejar o roteiro. Um bom roteiro escrito ajudará a evitar que o trabalho se perca no processo de produção. É passo importante para se produzir um bom vídeo.

O roteiro é o guia de realização do vídeo. Como guia, deve ser sucinto, objetivo, claro, de fácil visualização.

[Fonte da imagem: 123rf}

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O grupo deve criar um título para o vídeo. Pode começar o trabalho com um título provisório até encontrar o definitivo.

A partir do objetivo já definido para o seu vídeo o grupo deverá encontrar uma sequência de cenas ou situações a serem gravadas, descrevendo rapidamente cada uma delas. Se houver boas e significativas gravações anteriores, podem ser incluídas.

Veja um exemplo de roteiro de vídeo, acessando: <https://goo.gl/ITLPNg>

O exemplo apresenta, após o cabeçalho, duas colunas:

• Na coluna da esquerda, com o título Vídeo, o roteiro descreve, brevemente, a situação a ser gravada em vídeo.

• Na coluna da direita, com o título Áudio, o roteiro indica o texto ou música que deve acompanhar a imagem.

Com algumas variações, esse é o formato que se costuma usar para escrever o roteiro.

Os profissionais que trabalham com vídeo recomendam um cuidado especial para chamar a atenção do espectador nos primeiros 30 segundos, com mensagem clara, objetiva e estimulante.

Boa sorte!

A formatura dos alunos FORMARE é um evento importante e possibilita a integração da instituição com a comunidade interna e externa da empresa.

No âmbito interno, pessoas de várias gerências e departamentos serão convidadas para a formatura. Alguns desses convidados os alunos conhecem bem, outros nem tanto.

E-MAIL PARA CONVIDADOS

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No âmbito externo, várias autoridades da comunidade serão convidadas, pois o evento é significativo e deve ser prestigiado. Além disso, o caminho para a realização de outras turmas precisa ser aberto ou mantido.

Quando a cerimônia da formatura estiver definida, será o momento de redigir um e-mail para convidar essas pessoas.

REDIGIR MENSAGEM DE E-MAIL

O e-mail será enviado para pessoas com as quais os alunos não têm intimidade. Significa que deverão elaborar um texto mais formal. Dentro da empresa, os textos de e-mail sempre deverão manter essa característica, a não ser que se trate de mensagem entre colegas.

Como já vimos, o e-mail difere da carta comercial porque costuma ser mais breve e direto, mas a estrutura é, basicamente, a mesma:

• Vocativo: pessoa para a qual a mensagem é destinada. Basta colocar Senhor fulano/Senhora fulana, acompanhado de vírgula ou dois pontos. A mesma mensagem servirá para ser enviada a várias pessoas, apenas modificando-se o vocativo.

• Texto: mensagem a ser enviada, convidando para a formatura. Se for o caso, poderá ser comunicado o envio posterior de um convite.

• Despedida: sóbria, sem beijos ou abraços. “Atenciosamente” é uma boa forma de se despedir em mensagens corporativas.

• Assinatura.

Mais uma vez, convém lembrar que o bom português é sempre a opção em mensagens corporativas. Não cabem abreviaturas usadas nas mensagens comuns ou redes sociais, ou qualquer forma de “internetês”, para o desenvolvimento do texto.

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O e-mail convidando para a formatura deve ser encaminhado com boa antecedência para as pessoas se programarem. Mesmo que o convite não esteja pronto, o e-mail adianta informações, como data e horário, para as pessoas se programarem. Convites de última hora podem ter o efeito indesejado de esvaziar a festa.

A coordenação do curso ajudará no trabalho do envio do e-mail, fornecendo uma lista de pessoas a serem convidadas e garantindo que nenhuma pessoa ou instância envolvida no programa de aprendizagem fique de fora.

O paraninfo, ou paraninfa, costuma ser escolhido entre as pessoas que contribuíram de forma significativa para a realização do programa. Pode ser um professor que se destacou por sua dedicação ou outra pessoa, da empresa ou da comunidade, que colaborou para a realização ou pode vir a colaborar para sua continuidade. Trata-se de uma figura de honra que está sendo homenageada na oportunidade da formatura: é o padrinho da turma. Esse deve ser o tom da carta que irá convidá-lo. A linguagem deve ser simples e direta.

Observe, criticamente, os modelos de carta-convite recolhidos na internet e apresentados abaixo.

Cidade, xx de xxxxx de 2017

Prezado(a) Senhor/Senhora

Sabendo de vossa competência e empenho no exercício profissional e de acordo com os formandos do xxxxxxxxxxxxx, vimos por meio

CARTA-CONVITE PARA O PARANINFO

OU PARANINFA DA TURMA

EXEMPLO 1

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desta, orgulhosamente, convidá-lo para integrar nossa formatura como paraninfo/paraninfa, o que muito nos honrará.

Nossa formatura será realizada no dia xx de xxxxx de xxxx, às xx horas, no auditório xxxxxx, rua xxxxx, número xxx.

Vossa presença muito nos honrará.

Atenciosamente,

Assinatura do remetente

Cidade, xx de xxxxxxxx de xxxx.

Prezado Senhor (a) xxxx ou Prezado(a) professor(a) xxxx

É com muita satisfação que, em nome da turma de formandos, informo que V.Sa. foi escolhida para Paraninfo.

Assim, o convidamos a participar da solenidade de formatura, que será realizada no dia xx/xx/xxx, no xxxxxxxxx, às xx horas, quando acontecerão as devidas homenagens.

Solicitamos que confirme a aceitação deste convite e a participação na solenidade de formatura por meio dos telefones xxxx-xxxx.

Atenciosamente,

Assinatura

EXEMPLO 2

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A Ilmo sr.(srª.)

Nome do convidado

Cargo ou função

Convite

Os formandos do Curso xxxxxxxxxx, representados pelo(a) Presidente da Comissão de Formatura abaixo assinado(a), através deste, têm a honra e o prazer de convidá-lo(a) para ser o Paraninfo da turma, para a Colação de Grau a realizar-se no dia __/__/__, às __ horas __ minutos, no xxxxx, rua xxxxxxxxx, xx.

______________________________

Presidente da Comissão de Formatura

Nenhum dos exemplos é totalmente satisfatório. É preciso muito cuidado ao recolher modelos prontos na internet. Como regra, eles não devem ser usados diretamente; é raro que sejam completamente adequados e podem apresentar erros.

O EXEMPLO 1 usa a dispensável expressão “por meio desta”; apenas polui o texto e nada acrescenta. A expressão “vimos por meio desta convidar” poderia ser substituída por “convidamos”; forma mais simples, direta, clara e elegante. Ao final, no último parágrafo, repete a mesma ideia, com os mesmos termos utilizados no primeiro parágrafo: “muito nos honrará”.

O EXEMPLO 2 tem um início direto, fazendo o convite logo de cara, o que é interessante. Usa a expressão V.Sa. (vossa senhoria), um pouco formal como

EXEMPLO 3

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pronome de tratamento, se o paraninfo for um professor ou outra pessoa próxima escolhida pelos alunos; entretanto, esse é um pronome de tratamento utilizado para as autoridades em geral. A expressão “quando acontecerão as devidas homenagens” seria dispensável; é sabido que na solenidade de formatura o paraninfo é homenageado. O último parágrafo solicita a confirmação da presença, muito útil para os organizadores.

O EXEMPLO 3 optou pelo formato convite, um pouco diferente dos anteriores. A letra A antes do vocativo “Ilmo.” (Ilustríssimo) deve ser eliminada por ser dispensável e por estar errado. Mesmo dispensável, se for utilizada deve ter crase (preposição “a” mais artigo definido feminino “a” = À), no caso de o destinatário ser mulher. Para destinatário do sexo masculino, o correto é Ao Ilmo. (preposição “a” mais artigo definido masculino “o” = Ao). A expressão “através deste” pode ser retirada. Não há erro do ponto de vista gramatical, mas é dispensável; não adiciona estilo ou beleza ao texto.

As cartas apresentadas, exemplos 1, 2 e 3 teriam melhorado com uma revisão cuidadosa. O trabalho de revisão é importante e imprescindível antes de se considerar concluída uma correspondência, seja ela qual for. A revisão inclui sempre várias leituras e correções. Uma única revisão não consegue deixar o texto ótimo, pronto para ser encaminhado.

Ao escrever a sua carta-convite ao paraninfo/paraninfa o grupo usará a primeira pessoa do plural, pois ainda que venha a ser assinada por um representante, trata-se de uma correspondência da turma de formandos.

O modelo a seguir apresentado é uma carta-convite da FORMARE ao paraninfo escolhido para apoiar o Projeto.

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(Local), (data)

À

(Empresa)

At.:

(Cargo)

(end.)

(CEP, Cidade, Estado)

Prezado senhor,

A (nome da empresa mantenedora da Escola) e a Fundação Iochpe têm a honra de convidá-lo para ser o paraninfo da (nº da turma) turma do Projeto FORMARE no próximo dia (data), às (horário), em (nossa sede ou local com endereço).

Há (nº de anos) a (nome da empresa mantenedora da escola) desenvolve o Programa FORMARE proporcionando formação profissional de nível básico para jovens em desvantagem econômica e social da comunidade onde está instalada.

No ano de 2000, (nº de alunos) jovens concluíram o curso de (nome do curso), estando preparados para a inserção no mercado de trabalho com conhecimentos práticos e teóricos.

Sua presença neste ato solene significará, para o Programa, o reconhecimento deste importante trabalho social e educativo. Para os

EXEMPLO DO PROJETO FORMARE

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alunos, a possibilidade de acesso ao depoimento de um profissional exemplar.

Contando com sua participação, antecipamos nossos agradecimentos.

Atenciosamente,

(assinatura e cargo do responsável maior da empresa mantenedora)

A formatura é uma ótima oportunidade para homenagear os professores! Pessoas dedicadas que apoiaram os alunos no dia a dia em seus processos de aprendizagem merecem mais do que ninguém o agradecimento feito em homenagem.

Às vezes, funcionários amigos dos formandos prestam todo tipo de auxílio para facilitar a presença das pessoas que aprendem, apoiando-as de muitas maneiras. Esses costumam também ser homenageados.

Para homenagear um professor ou um funcionário cujo trabalho e amizade tenham sido marcantes, os formandos poderão utilizar modelo similar a carta-convite do paraninfo/paraninfa.

A homenagem é escolha, não obrigação. Trata-se de uma expressão afetiva do grupo a uma pessoa especial. O texto que não venha do próprio grupo fica pouco espontâneo e deve ser evitado. Ao fazer uma carta-convite sincera e verdadeira, exprimindo sua afeição ao homenageado, o grupo já está prestando uma homenagem que será muito apreciada. Essa oportunidade não deve ser negligenciada.

Observe os exemplos, a seguir.

CARTA-CONVITE PARA PROFESSOR

OU FUNCIONÁRIO HOMENAGEADO

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EXEMPLO 1

Cidade, xx de xxxx de 20xx

Querido professor (nome do professor homenageado),

Está chegando a conclusão do nosso curso! Em agosto de 20xx éramos apenas alunos apaixonados pela ideia de sermos profissionais e agora, em 20xx, temos o sonho concretizado.

Nessa construção do saber tivemos vocês como pilares. E toda insegurança que tínhamos foi aos poucos sendo acalmada quando vocês nos ensinaram a aprender! Vocês foram nossos mestres e nós somos muito gratos por todo o cuidado com que se dedicaram a nossa formação. Reconhecemos em vocês, professores, exemplos de pessoas e de profissionais e vamos lembrá-los sempre com muito carinho.

Como forma de agradecimento, temos muito orgulho em convidá-lo para ser nosso professor homenageado (ou paraninfo).

Com carinho,

Assinatura

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EXEMPLO 2

Cidade, xx de xxxx de 20xx

Querido (nome do funcionário homenageado),

Vem chegando a conclusão da jornada de aprendizagem da nossa turma! Em agosto de 20xx éramos apenas alunos apaixonados pela ideia de sermos profissionais e agora, em 20xx, temos o sonho concretizado.

Foi um tempo de intensa dedicação e mudança e vocês participaram disso. Sentimos muito carinho ao lembrar todas as vezes que nos atenderam com disposição e bom humor. Somos gratos por todos os problemas que nos ajudaram a solucionar e pela compreensão diante dos nossos momentos de pressa e preocupação. Vocês foram nossos parceiros!

Como forma de agradecimento, temos muito orgulho em convidá-lo para ser nosso Funcionário Homenageado.

Com carinho,

Assinatura

Os exemplos apresentados são pessoais e afetuosos, diferentes dos modelos apresentados no item anterior. Esse estilo pode ser adotado também para a carta-convite de paraninfo, quando se tratar de pessoa próxima no dia a dia da turma.

A carta personalizada, no caso das homenagens, é oportuna e será sempre apreciada.

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Os recursos da internet permitem que o próprio grupo confeccione inteiramente um convite de formatura. Por exemplo, no site <https://www.canva.com/pt_br/criar/cartao/convite-formatura/> é possível escolher o formato e estilo de convite, entre muitos, e personalizá-lo.

Entretanto, a primeira pergunta a responder é: o que deve estar escrito no convite? E é exatamente esse ponto que interessa neste momento.

Uma boa iniciativa é conhecer modelos de convites das turmas anteriores.

Se não houver turma anterior no local onde está sendo realizado o curso, sempre haverá a possibilidade de conhecer convites de turmas da FORMARE, de outros lugares. Abaixo, veja dois modelos.

CONFECÇÃO DO CONVITE DE FORMATURA

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Sites como o <https://convitesdeformatura.com.br/> apresentam muitos exemplos de mensagens para convites de formatura. Entretanto, os textos encontrados nessas pesquisas e outras similares não devem ser utilizados de forma direta. O recomendado é aproveitar a pesquisa como subsídio para criar as próprias mensagens em novos textos personalizados. A prática de obter textos com o simples “copy e cola”, resulta em mensagens impessoais e, muitas vezes, desprovidas de sentido e até inadequadas.

Um script é um roteiro de tudo o que vai acontecer na cerimônia de formatura. Inclui a agenda do dia, bem como o tempo de duração de cada sequência.

O script é necessário para que o desenrolar da cerimônia aconteça com tranquilidade, mais ou menos no tempo previsto, sem que os organizadores perguntem entre si, a cada momento, o que vem depois.

Geralmente, a cerimônia tem início com a abertura pelo mestre de cerimônia e, logo a seguir, a composição da mesa. E esse é o primeiro item com que se preocupar ao escrever o script. Quem vai estar presente na mesa? Para escrever o script é necessária essa informação. Se não houver ainda a informação completa, poderá ser completada posteriormente, mas esse detalhe é importante e não deve ser esquecido. Significa, por exemplo, não ter em mãos o nome da pessoa a ser chamada para a mesa ou o nome correto da empresa que está representando. Por essa razão, antes da cerimônia, o script deve estar completo e revisado. Não pode ter erro em nomes de pessoas e instituições. O script bem feito evitará gafes irreparáveis.

Além das autoridades locais, diretor e coordenador, por exemplo, haverá autoridades externas, paraninfo e homenageados. Se forem muitas as pessoas homenageadas e não couberem todas na mesa, elas poderão ocupar a primeira fileira de cadeiras destinadas ao público e serem chamadas no momento da homenagem.

SCRIPT DA FORMATURA

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ASSUNTO QUEM FALA O QUE FALA TEMPO

ESTIMADO

Abertura Mestre de cerimônia

Bom dia /Boa tarde/Boa noite. (Menção aos participantes: pais, alunos, professores, diretores, autoridades presentes etc.).

“Temos o orgulho de hoje...”

(Contar história do FORMARE na empresa)

2min

Chamada ao primeiro discurso

Mestre de cerimônia

“Para nos falar sobre xxx, convidamos xxxxx” (nome, cargo e empresa em que trabalha). 20seg

Primeiro discurso

Primeiro convidado a discursar

Discurso livre 5min

Chamada ao segundo discurso

Mestre de cerimônia

“Para nos falar sobre xxx, convidamos xxxxx” (nome, cargo e empresa em que trabalha). 20seg

Segundo discurso

Segundo convidado a discursar

Discurso livre 5min

Chamada para entrega dos diplomas e Certificados

Mestre de cerimônia

“Agora, temos a honra de entregar para os educadores-voluntários da FORMARE...” 20seg

Entrega dos diplomas e certificados

Diretoria, Fundação Iochpe e Paraninfo

(Entrega, cumprimento a cada educador e foto).De acordo com a necessidade

MODELO DE SCRIPT DE FORMATURA FORMARE

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Chamada para entrega dos certificados aos Educadores-Voluntários

Mestre de cerimônia

“Agora, temos a honra de entregar para os educadores-voluntários da FORMARE...” 20seg

Entrega dos certificados aos Ed.- Voluntários

Diretoria, Fundação Iochpe e Paraninfo

(Entrega, cumprimento a cada educador e foto).De acordo com a necessidade

Chamada para Discurso do Paraninfo

Mestre de Cerimônia

“Temos o orgulho de chamar para um discurso o paraninfo da turma XXX do FORMARE, que nos deu o prazer de aceitar este convite. Sr. XXX, (empresa), (cargo)”

20seg

Discurso do Paraninfo Paraninfo Tema livre 20min

Entrega do presente do paraninfo

Aluno(a) (Entrega, cumprimento ao paraninfo e foto).De acordo com a necessidade

Fechamento da Cerimônia

Mestre de Cerimônias

“Estamos muito felizes pela formatura de mais esta turma (da primeira turma) do FORMARE em XXX, e gostaríamos de convidar a todos para o coquetel de formatura.”

2min

A partir do modelo acima é possível personalizar o script e até aperfeiçoar o formato com o objetivo de torná-lo ainda mais prático para as características da festa.

Chegou a hora de fazer o discurso de formatura; a manifestação final da turma antes do grupo se dispersar. Pode ser uma experiência inesquecível para o orador e os ouvintes. É um trabalho importante, convenhamos!

DISCURSO DA FORMATURA

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O trabalho de escrevê-lo pode ter início com um momento de reflexão individual sobre a experiência de crescimento do último ano. Como foi a chegada, enfrentar um mundo novo, integrar-se à cultura empresarial desconhecida, dificuldades, alentos, pequenas conquistas; pensar a jornada vivida em cada dia desde então e encontrar os acontecimentos mais significativos para os alunos enquanto pessoas e enquanto grupo.

Responder a algumas perguntas pode ajudar a construir o texto. Como os aprendizes chegaram e como estão saindo? Como os jovens e o grupo se modificaram com a experiência do curso de aprendizagem? O que essa experiência trouxe a cada um? O que ficou de mais importante? Que desafios o grupo conseguiu vencer? Quais serão os desafios futuros a partir do final do curso?

A partir da reflexão e das vivências mais significativas e tocantes pode-se tentar encontrar um argumento, um enredo, para desenvolver o discurso de formatura. Por exemplo: adversidade – dificuldades e desafios que o grupo superou para chegar à conclusão do curso; maturidade – a transformação do jovem em um profissional que está ingressando no mercado de trabalho e seu significado; lições de vida advindas da vivência com o grupo na empresa.

Depois de conseguir escolher e definir um argumento, enredo ou temática do discurso é preciso pensar na estrutura do texto: um início com uma introdução, o desenrolar da ideia que se pretende desenvolver e, por fim, a conclusão. Esse caminho pode ser percorrido com humor para deixá-lo agradável e interessante para a plateia. Brincadeiras e piadinhas são bem-vindas, mas sempre tendo como limites o bom gosto e o respeito por tudo e por todos.

A introdução do discurso deve ter algo interessante para capturar a plateia. Pode ser um fato ou uma pequena história que dê um tom de graça e leveza à fala.

A partir da introdução, é preciso desenvolver o argumento da forma mais motivadora possível. Colocar a melhor ideia logo de cara para chamar a atenção é um conselho constante. Falar algo inesperado que surpreenda a plateia positivamente. A cada parágrafo deve-se pensar no argumento ou temática escolhida; cada um deles deve ter uma razão de ser ou existir dentro do tema.

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Para pensar a conclusão, convém analisar o tema, seu desenvolvimento e fazer perguntas: o que extrair de tudo isso? Tentar tirar uma lição como: aprendizagens decorrentes da inserção do jovem no mundo do trabalho; a importância do trabalho conjunto e do apoio de colegas e professores na superação de dificuldades individuais etc.

Depois de concluir a escrita, ter colocado o ponto final no texto, a elaboração tem continuidade com a revisão textual. Muito mais do que simples retoque, a revisão faz parte do trabalho de escrever. Uma boa revisão precisa de muitas leituras, para mirar diferentes alvos. E são muitos os aspectos a serem observados:

REVISÃO DE TEXTO

• Verificar se o texto cumpre o objetivo para o qual foi escrito.

• Verificar se a linguagem é adequada à plateia.

• Verificar se o texto está compreensível, contendo todas as informações necessárias.

• Verificar a coerência; constatar se não há pensamentos nos diferentes parágrafos que entrem em desacordo entre si.

• Verificar a coesão; constatar se as ideias do texto estão bem articuladas e se os parágrafos se relacionam uns com os outros; a coesão dará unidade à fala.

• Verificar se o texto não apresenta erros de digitação, ortográficos ou gramaticais.

Tendo feito essa verificação, a conclusão pode ser que as ideias contidas no texto precisam ser reorganizadas, que falta informação ou que há informação em excesso. Em todos esses casos haverá necessidade de se alterar o texto.

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Atenção com o corretor automático dos programas de edição: muitas vezes ele comete falhas e não funciona bem. Não substitui o olhar atento para que o texto fique sem erros.

Após várias leituras fazendo esse trabalho de revisão, com certeza o texto final estará mais bem escrito do que aquele que foi sua primeira tentativa.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Programa Formare | AprendizGUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA147 ÍNDICE

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Programa Formare | AprendizGUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA148 ÍNDICE

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Programa Formare | AprendizGUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA150 ÍNDICE

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Programa Formare | AprendizGUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA151 ÍNDICE

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Programa Formare | AprendizGUIA DO ALUNO: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA152 ÍNDICE

Foi um prazer muito grande criar este material e este curso para ajudá-lo a ser mais autônomo e capaz de aprender continuamente. Desejamos que tenha muito sucesso na sua carreira e na vida e esperamos, realmente, ter contribuído um pouquinho para isso.

Felicidades, sucesso e ótimas aprendizagens pela frente!

ENFIM, CHEGAMOS AO FIM!

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