Guia Das Aves
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Guia ilustrado de
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O fascínio das aves surge naturalmente ao repararmos no canto melodioso de ummelro ao fim do dia, no voo acrobático das andorinhas em busca de água e de terra,nas manchas velozes de estorninhos sobrevoando a cidade, nas formas incríveis edíspares dos ninhos. Ao identificarmos algumas espécies diferentes, começamosa distingui-las de outras cujos cantos, cores e formas não reconhecemos… Surgeentão o anseio por descobrir do que se trata! Para isso, será preciso observar a avedetalhadamente, conhecer os seus comportamentos, saber os habitats onde ocorre e
ter consigo a ferramenta indispensável: um guia de aves.
Para iniciar-se na observação de aves, não é preciso ir longe… Mesmo morando numacidade como Lisboa, aí encontrará habitats distintos e como observador principiantenão deixará de se surpreender com a diversidade da avifauna em meio urbano. Porquenão começar pelo jardim mais próximo, o seu próprio quintal ou a sua rua? Depoispoderá visitar outros jardins, fazer um percurso em Monsanto ou na zona ribeirinha everá como a avifauna diferirá entre locais.
As melhores alturas do dia para a observação de aves são o nascer e o pôr do sol,alturas em que estarão mais ativas, sendo por isso mais visíveis e audíveis. Em diascom vento ou precipitação estarão mais reservadas e por isso a observação será menosprodutiva. Deve evitar-se fazer barulho e manter-se sempre uma certa distância, deforma a não perturbar as aves e não danificar o seu ambiente, principalmente durantea época de nidificação. Se usar roupas de cores discreta s, caminhar calmamente eaproveitar elementos da paisagem para conseguir uma camuflagem, terá melhoresresultados.
Para conseguir observar algumas espécies ou certos detalhes da coloração daplumagem, vai necessitar de binóculos, uma ferramenta que se tornaráessencial à medida que for progredindo. Um caderno de campo seráútil para registar as espécies observadas, apontar características doshabitats visitados, descrever comportamentos peculiares ououtros aspectos que queira lembrar.
Ao observar uma ave, repare no local exato onde se encontra e no seucomportamento: se está a flutuar na água, a cantar no topo de umaárvore, a vocalizar durante a noite, a comer sementes no solo… É o primeiropasso para a sua identificação, pois poderá desde logo excluir as espécies que
Vinte e cinco aves de Lisboa
Apresentação
Lisboa acolhe uma grande biodiversidade nos seus variadosambientes: a zona ribeirinha do estuário do Tejo, o Parque Florestal
de Monsanto, os parques e jardins dispersos por toda a cidade,os inúmeros bairros e pequenos logradouros, as ruas mais
movimentadas…
A classe das aves é sem dúvida uma das mais representadas, de entre a
diversidade faunística que aqui ocorre. Por toda a cidade encontram boascondições de alimentação, locais de nidificação e refúgio.
Este relevante grupo de animais é muito importante para a manutençãodos ecossistemas e para a nossa qualidade de vida. Contribui, entre outros
aspetos, para a polinização das flores, para o controlo de pragas e para a dispersão desementes, sendo a sua presença apreciada por muitos que desfrutam do seu canto,admiram a sua plumagem colorida e surpreendem-se com as suas tão distintasformas.
Todos nos apercebemos da existência das aves à nossa volta mas nem sempre nosapercebemos da sua variedade. Só em Lisboa foram registadas mais de 140 espéciesentre 2005 e 2010, desde aves aquáticas e limícolas, passando pelas aves de rapinadiurnas e noturnas, até aos inúmeros passeriformes.
Naturalmente é no Parque Florestal de Monsanto que a diversidade é maior, não sópor constituir uma floresta relativamente grande, mas também devido aos diversos
nichos que o compõem: zonas de clareira, lagos, construções em ruínas, matas… Jána zona ribeirinha ocorrem espécies típicas de ambientes marinhos e estuarinos. Alipodemos surpreender-nos com a presença de aves que não associamos a uma cidade,como flamingos ou colhereiros, que procuram alimento remexendo o lodo.
O Guia Ilustrado de Vinte e Cinco Aves de Lisboa convida-o a conhecer ascaracterísticas, os hábitos e onde observar 25 espécies comuns em Lisboa. Algumasdelas serão certamente conhecidas, outras poderá vir a descobri-las…
Vinte e cinco aves de Lisboa
Porque e como observar aves
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não ocupem esse habitat, não exibam esse comportamento e/ou não consumam essealimento. Tenha atenção à postura da ave em repouso ou a vocalizar, ao tipo de voo(rápido, planado, com movimentos bruscos…), se está sozinha ou se desloca em bando.
O tamanho, forma e coloração da plumagem são os aspetos seguintes a ter emconta. Uma ave com cores vivas atrairá mais o olhar do que uma pardacenta. Mas aplumagem das aves pode variar com a idade e ser diferente entre machos e fêmeas.
Muitas aves exibem cores contrastantes em determinadas regiões do corpo, pelo que deveprocurar visualizar a cor do peito e do dorso, eventuais manchas coloridas nas asas, barrascontrastantes na cauda, “coroas” na cabeça… Observe também atentamente a forma do bicoe das patas, considere o comprimento e posição da cauda, compare o tamanho com outrasaves que lhe estejam próximas.Lembre-se que algumas espécies são residentes, enquanto outras, as aves migratórias,apenas ocorrem nalgumas épocas do ano, o que também é um dos factores a ter em contana identificação das espécies.
Por último, é importante referir que todas as aves são protegidas pela legislação nacional.As 25 espécies aqui apresentadas têm um estatuto de ameaça Pouco Preocupante, no
entanto, há populações noutras regiões do mundo que estão em declínio, o que torna asua conservação muito relevante. Apesar do nosso fascínio pela observação de aves, nãonos devemos esquecer que o seu bem estar é mais importante do que a nossa vontade deas observar. A nossa contribuição pode passar muito simplesmente pela adoção de umaconduta responsável!
Pardal Grosso, para partir grãos
Pisco Fino, para capturar insetos Peneireiro Com gancho, para rasgar carnePato Achatado, para filtrar
Pilrito Estreito, para debicar
Fronte ou testa
Coroa
Nuca
Manto
Dorso
Uropígio
Cauda
Penas caudais ou rectrizes
Penas da asa ou remiges
Tarso
Garra
Abdómen ou ventre
Flanco
Coberturas das remiges
Peito
Garganta
Bico
Narinas
Asa
Gaivota Curvado e afiado, para pescar e rasgar
Pato Com membranas, para nadar Falcão Com garras, para caçar Coruja Com garras e pelos, para caçardurante a noite
Passeriforme Finas, para se agarraraos ramos
Pica-pau Com dedos opostos, para trepar Pombo Para caminhar e saltitar
As patas e a sua função
Os bicos e a sua função
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ome comumome popular ou vulgar.ferente nas várias
nguas e pode variar degião para região.
ome científico
nico para cada espécieigual em todo oundo. Constituído por
ois nomes em latim, orimeiro corre spondeo género, o segundo àpécie.
Família
Grupo taxonómico quecompreende um ou mais géneros.
Ordem
Grupo taxonómico quecompreende uma ou mais famílias.
Como usar este guia
Página-tipo
Comprimento
Distância do bico à c auda,em centímetros.
Nome comum Nome científico Página
Pato-real Anas platyrhynchos 8
Águia-d´asa-redonda Buteo buteo 9
Peneireiro-vulgar Falco tinnunculus 10
Pilrito Calidris alba 11
Guincho-comum Larus ridibundus 12
Gaivota-d´asa-escura Larus fuscus 13Pombo-doméstico Columba livia 14
Rola-turca Streptopelia decaocto 15
Coruja-das-torres Tyto alba 16
Andorinhão-preto Apus apus 17
Andorinha-das-chaminés Hirundo rustica 18
Alvéola-branca Motacilla alba 19
Carriça Troglodytes troglodytes 20
Pisco-de-peito-ruivo Erithacus rubecula 21
Rabirruivo-preto Phoenicurus ochruros 22
Melro-preto Turdus merula 23
Toutinegra-de-barrete-preto Sylvia atricapilla 24
Felosa-comum Phylloscopus collybita 25
Chapim-real Parus major 26
Chapim-azul Parus caeruleus 27
Gaio-comum Garrulus glandarius 28Pardal Passer domesticus 29
Pintassilgo Carduelis carduelis 30
Chamariz Serinus serinus 31
Periquito-de-colar Psittacula krameri 32
Como usar este guia
Índice de espécies
Envergadura Medida das asasabertas, emcentímetros.
Fenologia
Uma espécie pode serresidente , invernante ou estival .
cala comparativa
gura do pombo,cinzento,er pág. 14) paraelhor perceção domanho real da ave.
imorfismos
iferenças mor fológicasbserváveis entreachos♂ e fêmeas♀.
aracterísticas distintivas
spetos que se destacam,teis na identificação daspécies.
Nas páginas finais do guia pode rá registar as suas obser vações anotando a data e o local em queavistou as espécies descritas.
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Anseriformes
Onde e quando pode ser visto? Pode ser visto o ano inteiro, nos lago s
dos parques e jardins da cidade e em
Monsanto, sendo a maior parte residente. A população aumenta com a ch egada de
aves invernantes, pelo que se torna mais
abundante durante o outono e inverno.
Curiosidades
Após o período de r eprodução os patos
renovam todas as suas penas (“eclipse”). Nesta altura, o macho tor na-se muito
semelhante à fêmea, apenas se distin-
guindo por ter o bico mais esverdea do.
Esta espécie pode por v ezes cruzar-se c omoutras, dando origem a indivíduos híbri-
dos com padrões de coloração estranhos.
Formam novos cas ais todos os anos, e
cerca de 19% da população de machosacasalam com outros machos.
50 cm-65 cm
90 cm-98 cm
Anatidae
Pato-real
Anas platyrhynchos
IdentificaçãoÉ o mais comum e conhecido dos patos. O macho distingue-sepela sua plumagem mais colorida: tem a cabeça verdeiridescente, com o bico amarelo e um anel branco nopescoço; o dorso é acinzentado. Na fêmea a plumagem émais uniforme, em tons de castanho. Ambos apresentamnas asas algumas penas azuis, o “espelho alar”, que permitedistingui-los de outros patos com plumagem parecida,
sobretudo devido aos bandos serem muitas vezes compostospor indivíduos de diferentes espécies.
VocalizaçãoEmite muito frequentemente o típico quá-quá, quer em voo,quer pousado ou a nadar.
AlimentaçãoPrefere vegetação aquática e pequenos invertebradosque obtém nos fundos dos lagos, no entanto é omnívoro,podendo também consumir pequenos anfíbios e peixes.
NidificaçãoConstrói o ninho com ervas na primavera, no solo, escondidona vegetação, ou em cavidades naturais. A fêmea cuidasozinha das crias que a seguem por todo o lado em fila.
Cabeça verde
Espelho alar azul
♀
♂
Accipitriformes
Onde e quando pode ser visto? É uma ave residente, estando presente
todo o ano. Ocorre em bosques com
clareiras, comum em Monsanto, podendo por vezes ser visto nas zo nas periféricas
da cidade e nalguns parques urbanos,
como o Parque José Gomes Ferreira
(também conhecido como Mata de Alvalade).
Curiosidades É a ave de rapina mais comum em
Portugal, tal c omo no resto da Europa.
A águia-d’asa-redonda tem uma g rande
longevidade, podendo viver 25 anos. Na parada nupcial, antes da pr imavera,
podemos vê-la exec utar uma série de
movimentos “acrobáticos”, repetidamente
mergulhando em voo a grande velocidadee em espiral para depois voltar a subir.
51 cm-57 cm
113 cm-128 cm
Accipitridae
Águia-d’asa-redonda
Buteo buteo
Identificação É uma ave rapina diurna, voa planando em círculos e pousaprolongadamente em postes para caçar. Possui uma manchaclara no peito em forma de meia-lua, sendo a restanteplumagem em tons de castanho. Quando em voo, podemosdistingui-la de outras rapinas, pelas asas de extremidadearredondada, onde sobressaem as manchas claras nas partesinferiores. Além disso, também apresenta a cauda mais curta
do que a largura das asas. Como todas as águias, possui patascom garras e um bico em gancho que usa para caçar.Os machos e as fêmeas não se distinguem.
VocalizaçãoNa primavera é frequente ouvir o pio alto emitido em voo.
AlimentaçãoPrefere caçar pequenos mamíferos, mas também consomerépteis, anfíbios, outras aves e insetos.
NidificaçãoAnualmente, a partir de finais de fevereiro, constrói um novoninho com ramos, em zonas arborizadas.
Mancha em meia-lua
Patas amarelas
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Falconiformes
Onde e quando pode ser visto? É residente, podendo ser visto ao lo ngo de
todo o ano, quer em Monsanto, sobretudo
em zonas de clareira, quer no mosaicourbano, onde também nidifica ocupando
frequentemente floreiras ou parapeitos
dos edifícios.
Curiosidades
É uma espécie muito territor ial, podendo
mesmo ser vista por vezes perseguindooutras rapinas maiores, como a
águia-d’asa-redonda, para as afugentar
do seu território.
Os monumentos históricos, como a torredo Tombo, são muitas vezes preferidos
pelo peneireiro para nidificar, talvez dev i-
do à sua menor perturbação humana em
comparação com os prédios residenciais.
32 cm-35 cm
71 cm-80 cm
Falconidae
Peneireiro-vulgar
Falco tinnunculus
IdentificaçãoFalcão de tamanho médio, de plumagem castanho--avermelhada com pintas pretas no dorso, mais clara no ventre.Na cabeça é visível uma mancha escura sob o olho. Os machosadultos têm uma coloração mais contrastante, apresentandoa cabeça e cauda de cor cinzenta. Em voo, pode ver-se umabarra terminal escura na cauda, mais comprida relativamenteao corpo do que as asas, que são pontiagudas. O seu nome
relaciona-se com a forma como fica aparentemente imóvel no arpara detetar as presas no solo, num bater de asas muito rápido(“peneirar”). Localizada a presa, o peneireiro “mergulha”a grande velocidade para a capturar.
VocalizaçãoOs seus gritos curtos e agudos são repetidos em séries rápidas.
AlimentaçãoCaça principalmente pequenos mamíferos, masocasionalmente também répteis, insetos e pequenas aves.
NidificaçãoTodos os anos, a partir de março, ocupa o mesmo local do anoanterior para nidificar, preferindo cavidades em escarpas.Atualmente também nidifica em zonas urbanas.
♂
♀
Dorso castanho-avermelhado
Cabeça cinzenta
ncha escura sob o olho
Charadriiformes
Onde e quando pode ser visto?Sendo invernante, é mais comum de
setembro a abril, na zona ribeirinha,
durante a maré baixa. A populaçãoaumenta também com alguns
migradores de passagem pelo nosso país.
Curiosidades Ao contrário da maioria das espécies,
o pilrito alimenta-se durante o dia
e a noite, sem períodos prolongadosde inatividade.
Nidifica no ártico, o nde assume um
comportamento solitário, ao contrário
dos locais de invernada onde é gregário, formando bandos nas zonas de alimentação.
É um migrador de longas distâncias q ue
efetua poucas paragens no percurso, mas
algumas aves não reprodutoras podem permanecer nos lo cais de invernada
durante o verão.
20 cm-21 cm
40 cm-45 cm
Scolopacidae
Pilrito
Calidris alba
IdentificaçãoAve de tamanho médio, é um dos pilritos mais comunse facilmente observáveis nas áreas costeiras e estuarinas,alimentando-se ativamente na zona de rebentação. Duranteo inverno é muito claro, com as partes inferiores brancase superiores acinzentadas, enquanto em plumagem nupcialexibe um tom mais alaranjado, sobretudo no peito e cabeça.Tem um bico preto, direito e fino, sendo as patas igualmente
pretas. Pode confundir-se com o pilrito-comum (Calidris alpina).Vocalização Emite um chamamento curto.
AlimentaçãoAlimenta-se no lodo e na areia, de crustáceos, poliquetas emoluscos, que encontra através do tato e do olfato.
NidificaçãoNão nidifica em Portugal.
Peito branco
Bico preto
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Charadriiformes
Onde e quando pode ser visto? Abundante na zona ribeirinha,
deslocam-se mais frequentemente
em bandos, muitas vezes misturadacom outras espécies de gaivotas. É uma
espécie invernante, mas os primeiros
indivíduos podem ser vistos logo após
o seu período reprodutor, em julho. As aves permanecem por cá durante o
inverno, até março, sendo que algumas
aves podem ser vistas também no verão
apesar de não nidificarem por cá.
CuriosidadesOs guinchos são oportunistas no querespeita à dieta , tal como outras espécies
de gaivotas, incluindo a gaivota-d’asa-
escura, podendo muitas vezes ser vistos
a alimentar-se em aterros sanitáriosabertos, o que lhes origina algumas
intoxicações alimentares. Alguns destes
locais têm projetos de afastamento de
gaivotas recorrendo a a ves de falcoaria.São aves de grande longevidade, podendo
viver até 30 anos.
34 cm-37 cm
100 cm-110 cm
Laridae
Guincho-comum
Larus ridibundus
IdentificaçãoPequena gaivota ruidosa, com a plumagem do corpo branca,as asas e dorso cinzentos e a ponta das asas preta. O bico e aspatas são vermelho-escuro. Durante os meses mais quenteschama a atenção pelo capuz preto, que abrange desde a nucaà garganta. No resto do ano tem apenas uma mancha pretaatrás dos olhos e o bico apresenta uma mancha escura naponta. Adultos e juvenis são idênticos, sendo que os últimos
têm algumas penas das asas acastanhadas. Pode confundir-secom a gaivota-de-cabeça-preta que também tem um capuzpreto, mas que se estende para além da nuca até ao pescoço.
VocalizaçãoO guincho é uma ave muito vocal, com gritos agudose sonoros.
AlimentaçãoAlimenta-se no estuário, no lodo e na água, de peixes,invertebrados e insetos. Por vezes arrebata alimentoa outras gaivotas.
NidificaçãoEsta é uma ave que não nidifica em Lisboa.
Capuz escuro
Ponta das asas preta
ico vermelho
Patas vermelhas
Charadriiformes
Onde e quando pode ser visto?Ocorre durante todo o ano, mas é mais
abundante no inverno. Pode ser vista
por toda a cidade, mas é nat uralmentemais comum na zona ribeirinha, onde se
mistura em bandos com outras espécies
de gaivotas.
Curiosidades
Tal como outras espécies de gaivotas,
a maturidade sexual é atingida relativa-mente tarde, apenas se reproduzindo
a partir do quarto ano de vida, altura em
que a plumagem se assemelha mais à do
adulto. Inclui alguns bivalves na dieta,como os mexilhões que consegue abrir
voando alto e deixando-os cair no chão
para se abrirem.
52 cm -64 cm
135 cm-150 cm
Laridae
Gaivota-d’asa-escura
Larus fuscus
Identificação É a gaivota portuguesa mais comum nas zonas costeiras e zonashúmidas interiores. A cabeça e o peito brancos e asas cinzentasformam um padrão de coloração típico na maioria das gaivotas,o que pode dificultar a sua identificação. Confunde-se com agaivota-de-patas-amarelas, contudo a gaivota-d’asa-escura émenor e, como o nome indica, mais escura. As patas e o bicosão amarelos, este último com uma mancha vermelha na
parte inferior. Os juvenis são mais acastanhados e pintalgados,semelhantes aos de outras espécies de gaivotas.
VocalizaçãoOs seus gritos são ásperos e nasalados.
AlimentaçãoAlimenta-se sobretudo de peixes, mas é omnívora e oportunistae consome também invertebrados, crustáceos, material vegetale desperdícios, entre outros, um pouco por toda a cidade.
NidificaçãoÉ uma espécie colonial, cujo ninho é feito no chão, de abrila junho. Geralmente prefere locais mais protegidos, como asarribas costeiras e ilhas, mas atualmente já nidifica tambémnalguns locais da cidade.
Mancha vermelha
Asas cinzentas escuras
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Columbiformes
Onde e quando pode ser visto? Muito comum por toda a cidad e ao longo
de todo o ano, exceto em zonas florestadas,
como Monsanto.
Curiosidades Apesar de ainda ser um hábito algo frequente, a alimentação dos pombo s
pelos munícipes é proibida e punível c om
coima. Esta proibição deve-se ao facto de
o pombo-doméstico ser considerado uma praga, que pode pro vocar danos no
edificado e ter efeitos na saúde pública
como transmissores de doenças quer
aos humanos, quer a outros animaisdomésticos.
31 cm-34 cm
63 cm-70 cm
Columbidae
Pombo-doméstico
Columba livia
IdentificaçãoO pombo que encontramos em Lisboa é uma sub-espécie hámuito domesticada a partir do pombo-das-rochas, estandohoje em dia muito bem adaptado à vida nas cidades e àconvivência com as pessoas. É uma das aves mais comunsem meio urbano, formando numerosos bandos, com grandevariedade de cores e padrões na sua plumagem. O mais vulgaré no geral cinzento, as asas apresentam duas barras pretas e
o pescoço é esverdeado. Tem um bico curto apropriado para aalimentação granívora. Os adultos e os juvenis são idênticos.
VocalizaçãoA vocalização típica e bem conhecida designa-se por arrulhar.
AlimentaçãoAlimenta-se no solo, de sementes e desperdícios, ingerindotambém pequenas pedras que auxiliam a digestão.
NidificaçãoÉ pouco exigente na escolha do local para fazer o ninho,nidificando um pouco por todo o lado na cidade. Pode ter váriasninhadas por ano.
ancha verde iridescente
Barras pretas
Columbiformes
Onde e quando pode ser visto? Ave residente, pode encontrar-se princi-
palmente nos parques e jardins, muitas
vezes aos pares. Frequentemente vista emzonas com pinheiros-mansos.
Curiosidades É originária da Ásia, mas na década de
1970 iniciou uma expansão por uma
região alargada da Europa. Atualmente,
em Portugal, é mais abundante do que aespécie nativa, a rola-brava.
Os seus ninhos, embora toscos, são muitas
vezes ocupados por outras espécies de
aves ou mesmo por esquilos-vermelhos.
31 cm-33 cm
47 cm-55 cm
Columbidae
Rola-turca
Streptopelia decaocto
IdentificaçãoDa família dos pombos, a rola-turca é conhecida pelo somcaracterístico que emite pousada nas árvores. Tem a plumagementre o castanho claro e o cinzento nas asas, onde também sãovisíveis algumas penas de voo mais escuras.O bico é curto e escuro. No pescoço apresenta um meio-colarpreto com rebordo branco, que permite distingui-la da rola-brava,mais malhada e menos comum. A cauda em voo mostra uma
barra esbranquiçada na parte inferior que é interrompidano centro pelos tons acastanhados da restante plumagem.
VocalizaçãoO arrulho da rola-turca é agudo, trissilábico e monótono.
AlimentaçãoAve granívora, consome sementes no solo.
NidificaçãoTal como o pombo, nidifica ao longo de todo o ano, em árvoresou em arbustos. O ninho não é muito elaborado, constituído porum aglomerado de pequenos ramos secos.
Tom castanho claro
Meio colar preto
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Strigiformes
Onde e quando pode ser visto? É residente, pelo que está presente ao
longo de todo o ano, apesar de não ser
muito comum. Durante a noite, um olharatento pode encontrá-la em Monsanto,
em zonas abertas, pousada nos postes
para caçar, ou ser surpreendid o por um
vulto branco em voo. Também ocorre nomosaico urbano, onde as hortas urbanas
são bons locais para caçar.
CuriosidadesCom um voo silencioso, caça durante
a noite localizando as presas, mesmo
sem as ver, devido à forma da face queencaminha o som para os ouvidos, como
uma antena parabólica. Ingere as presas
inteiras, expelindo depois em forma de
bola os elementos não digeridos (os pelose os ossos), nas designadas plumadas que
muitas vezes são indício da sua presença.
Existem muitas superstiçõ es em torno
da coruja-das-torres, mas a sua grandeutilidade no controlo das populações de
roedores, é por muitos desconhecida.
33 cm-35 cm
85 cm-93 cm
Tytonidae
Coruja-das-torres
Tyto alba
IdentificaçãoÉ uma ave de rapina noturna, com algumas característicasdistintas da maioria: a plumagem tipicamente muito clara,a face marcadamente em forma de coração, com olhos pretos.O dorso e a parte superior das asas têm uma coloração comtons cinzentos e dourados, as restantes partes são brancas comalgumas pintas, mas existe alguma variação dentro da própriaespécie, sendo algumas aves mais escuras. As diferenças entre
o macho e a fêmea são difíceis de observar (macho no geralmais claro e mais pequeno).
VocalizaçãoEmite um gu incho rouco prolongado, para alguns arrepiante.
AlimentaçãoCaça principalmente pequenos roedores, mas tambémpequenas aves e insetos.
Nidificação Nidifica a partir de fevereiro, em cavidades, ocupando omesmo local todos os anos. Frequentemente escolhe estruturashumanas (moinhos abandonados, torres de igreja, sótãos)e também caixas-ninho, em zonas rurais e urbanas.
Partes inferiores brancas
Apodiformes
Onde e quando pode ser visto? É uma espécie estival, qu e chega ao nosso
país a partir de març o para nidificar.
Podem ser vistos em bandos bar ulhentosaté outubro, altura em que iniciam a
migração para Sul (África). É bastante
comum no mosaico urbano, sobretudo
na zona histórica da cidade.
CuriosidadesO seu nome científico tem origem no grego antigo ἄπους , apous, que significa
“sem pés”, pois tem as patas muito
curtas, o que aliado às asas compridas,
impossibilita-os de levantar voo do chão. Estas aves passam assim a maior par te
da vida a voar, sem nunca pousarem
voluntariamente no solo, comendo,
bebendo e dormindo em voo.
16 cm-17 cm
42 cm-48 cm
Apodidae
Andorinhão-preto
Apus apus
IdentificaçãoDesconhecidos por muitos devido às semelhanças comas andorinhas, os andorinhões podem ser facilmentedistinguidos: o corpo é todo preto (acastanhado), as asas sãocompridas e em forma de foice. Para além disso, a sua maiordimensão torna-se mais evidente quando visto em voo juntamente com as andorinhas. A cauda dos andorinhões ébifurcada, mas curta, e no queixo têm uma pequena mancha
clara. O andorinhão-preto pode ainda assim confundir-se como andorinhão-pálido, até para um olhar mais experiente, masos seus gritos estridentes ajudam a distingui-lo. Estas espéciesvoam frequentemente em bandos mistos e numerosos.
VocalizaçãoEmite gritos estridentes, que se mist uram com os sons típicosda cidade durante o verão.
AlimentaçãoCaptura insetos em voo, a base da sua dieta.
NidificaçãoNidifica em colónia em meados de abril, nos telhados, porexemplo debaixo das telhas ou nas caleiras.
Asas compridas em foice
Cauda bifurcada
Face em forma de coração
Dorso dourado
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Passeriformes
Onde e quando pode ser visto? A partir de fevereiro e até out ubro, pode
ser vista por todo o mosaico urbano,
preferindo zonas verdes co m relvadose lagos, onde obtém a terra para fazer
o ninho. Evita, contudo, áreas muito
arborizadas e zonas excessivamente
urbanizadas. É habitual ver-se grandesbandos pousados nos fios elétricos no
final do verão, quando se preparam p ara
a migração outonal.
CuriosidadesSendo uma ave estival, é uma das pri-
meiras espécies a chegar ao nosso país, pelo que se diz que anuncia a p rimavera.
As suas capacidades impressionantes de
voo “acrobático” permitem-lhe até beber
água em voo. Estudos indicam que as penas d a cauda
terão influência no sucesso reprodutor
dos machos, sendo que as fêmeas pre-
ferem os que têm a cauda mais compr ida.
17 cm-19 cm
32 cm-34,5 cm
Hirundinidae
Andorinha-das-chaminés
Hirundo rustica
IdentificaçãoA andorinha-das-chaminés é uma das aves mais apreciadase facilmente reconhecida pela sua cauda longa e nitidamentebifurcada, que permite distingui-la da andorinha-dos-beiraisque tem uma cauda mais curta. As partes superiores sãopretas com reflexos azulados, enquanto nas inferioressobressai o branco. A cabeça é preta com a garganta, facee testa vermelhas. Estas aves têm um voo muito ágil, com
movimentos bruscos, sendo frequente fazerem voosrasantes ao solo.
VocalizaçãoOs seus chamamentos são chilreios rápidos e o canto ésemelhante.
AlimentaçãoObtém os insetos de que se alimenta em pleno voo.
NidificaçãoO ninho é feito de lama e ervas, em forma de taça, nos beiraisde edifícios, debaixo de pontes ou em chaminés. Com umaépoca de reprodução bastante alargada, regressa ao ninho doano anterior, a partir de fevereiro.
Partes inferiores brancas
Garganta vermelha
Cauda bifurcada
Passeriformes
Onde e quando pode ser visto? É mais frequente a partir d e outubro
até março, com a chegada da população
invernante. Ocorre no mosaicourbano, parques e jardins, podendo ser
frequentemente vista em relvados e
junto a estradas, assim como em zo nas
próximas de água.
Curiosidades Pode formar bandos numero sos ao finaldo dia, deslocando-se para os locais onde
passam a noite, os denominados dor mi-
tórios. Esta espécie engloba aves com
diferentes variações na extensão do preto na sua plumagem, sendo que
a subespécie britânica, mais escura,
também aparece em Portugal, apesar
de menos abundante.
18 cm
25 cm-30 cm
Motacillidae
Alvéola-branca
Motacilla alba
IdentificaçãoEsta espécie elegante é fácil de identificar pelo típico balançarda cauda comprida e abanar da cabeça quando no solo, ondepassa bastante tempo. O padrão da plumagem é feito decontrastes, sobretudo na cabeça, onde o branco em redor dosolhos e na face se destaca do preto da “coroa”, nuca e “babete”.O bico fino e as patas compridas também são pretos enquantoas partes inferiores são brancas. O juvenil é mais acinzentado.
VocalizaçãoEmite chamamentos curtos e agudos.
AlimentaçãoAlimenta-se de diversos insetos, aranhas, pequenos caracóise minhocas, que encontra principalmente no solo.
NidificaçãoEm Portugal apenas parte da população nidifica, fazendoo ninho na primavera, em forma de taça, junto ao solo.
Nuca e coroa pretas
Babete preto
Cauda comprida
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Passeriformes
Onde e quando pode ser visto? É residente e ocupa diversos tip os de
habitat, como os parques e jardins,
matos, hortas urbanas ou Monsanto,desde que tenha vegetação arbustiva
densa.
CuriosidadesO seu canto muito forte e sonoro surpre-
ende e não deixa adivinhar que se trata
de uma ave tão pequena. No início daépoca de reprodução o macho constrói
três ou quatro ninhos, após o que a fêmea
escolhe apenas um. O macho poderá
então continuar a exibir os ninhos aoutras fêmeas, sendo a poligamia algo
frequente nesta espécie.
9 cm-10 cm
13 cm-17 cm
Troglotydae
Carriça
Troglodytes troglodytes
IdentificaçãoÉ uma ave muito pequena, roliça e ativa, que se desloca pertodo solo, por entre os arbustos, com movimentos rápidos.A sua plumagem parda em tons de castanho torna-a difícilde detetar, no entanto, o canto forte é um bom indicador dasua presença. Tem uma cauda curta que geralmente mantémerguida. O bico é relativamente comprido e pontiagudo.Os géneros não se distinguem e os juvenis são muito
semelhantes aos adultos.VocalizaçãoPara além dos chamamentos repetidos, possui um cantomelódico bastante típico e forte.
AlimentaçãoPrefere insetos, mas por vezes também se alimenta de bagase sementes.
NidificaçãoNidifica de março a julho, em cavidades, incluindo ninhosartificiais, mas também por entre a folhagem da vegetaçãoonde constrói ninhos arredondados com musgo, deixandoapenas um buraco de entrada.
Cauda levantada
Passeriformes
Onde e quando pode ser visto? Está presente ao longo de todo o ano,
mas é mais abundante no outono e
inverno com a chegada de algumas avesmigradoras.
Pouco discreto, anda bastante no solo ,
saltitando, sendo comum nos baldios,
parques e jardins e em Monsanto.
Curiosidades No outono a melodia é mais suav e e algomelancólica. Os machos podem tornar-se
muito agressivos nas disputas pelo
território, inflando o peito para parecer
maior e melhor exibir as penas cor delaranja, atacando o opositor até que caia
no chão.
14 cm
20 cm-22 cm
Turdidae
Pisco-de-peito-ruivo
Erithacus rubecula
IdentificaçãoAve de aspeto roliço e comportamento atrevido, o que o tornanuma das espécies mais reconhecidas, principalmente nosmeses de inverno. Apresenta uma grande mancha cor delaranja desde a testa até ao peito. O dorso é acastanhado e oabdómen esbranquiçado. Os juvenis são mais acastanhados esarapintados. Tem um bico fino e escuro e as patas são bastantefinas dando a ilusão de serem mais compridas.
VocalizaçãoO seu canto muito melodioso pode ser ouvido ao longo detodo o ano, mesmo durante a noite se pousado perto de u mcandeeiro aceso.
AlimentaçãoConsome insetos e outros invertebrados, mas também bagasno outono e no inverno.
NidificaçãoO seu ninho é volumoso, feito de pequenas folhas secas, musgoe ervas. É construído em buracos no solo, muros ou árvores. Nonosso país, nidifica de março a junho.
Patas finas
Peito ruivo
Bico fino
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Passeriformes
Onde e quando pode ser visto? Algo comum em zonas urbana s,
é residente em Lisboa, podendo observar-se
no mosaico urbano e zonas rochosas,incluindo a zona ribeirinha. A partir
de outubro é mais abundante com a
chegada de populações migradoras.
Curiosidades
O macho canta sobretudo para defender
o território e durante a nidificaçãovocaliza de acordo com as diferentes si-
tuações: canta no início para estabelecer
o território, até à construção do ninho;
depois mantém-se mais discreto, cantan-do novamente durante a incubação, mas
apenas até ao nascimento das crias; até à
sua independência remete-se novamente
ao silêncio.
14,5 cm 23 cm-26 cm
Turdidae
Rabirruivo-preto
Phoenicurus ochruros
IdentificaçãoO rabirruivo identifica-se facilmente devido à corpredominantemente escura, contrastando com a cauda ruivaque se destaca não só pela cor mas também pelo tremularmuito típico. O macho torna-se quase preto no verão, apesar damancha branca bem visível nas asas. A fêmea apresenta umacoloração mais cinzenta e acastanhada, assim como os juvenis.
VocalizaçãoEmite um chilreio claro e curto.
AlimentaçãoAlimenta-se de variados insetos, minhocas e caracóis quecaptura no solo e por vezes consome sementes e bagas.
NidificaçãoO ninho é feito em pequenos buracos ou fendas nas rochase muros, por vezes no solo, de março a julho.
Cauda ruiva
Corpo escuro
Passeriformes
Onde e quando pode ser visto? É uma espécie residente em toda a cidade,
pelo que está presente todo o ano.
Os relvados são escolhidos frequente-mente para obter alimento, sendo muitas
vezes observado a esgravatar o solo para
capturar as minhocas. O Parque Eduardo VII
é um ótimo local para os observar.
CuriosidadesComo passam muito tempo no solo são presas fáceis do gato-d oméstico, mas
nalguns casos, como na Austrália, podem
constituir pragas por causarem prejuízos
nos pomares e ajudarem na dispersão desementes de plantas daninhas.
Por vezes ocorrem fenómenos de albinismo
ou leucismo, em que os melros têm a pluma-
gem totalmente ou parcialmente branca. A grande proximidade ao homem
contribuiu para o surgimento de muitos
ditados populares: cada tiro, cada melro;
quando cantam os melros, calam-se os pardais; quando o melro canta em janeiro
é tempo de sequeiro o ano inteiro.
24 cm-25 cm
34 cm-38,5 cm
Turdidae
Melro-preto
Turdus merula
IdentificaçãoO macho desta espécie é bem conhecido quer devido àplumagem preta e bico alaranjado, quer pelo canto melodioso,quer até pelo comportamento confiante e ativo. Já a fêmea,mais discreta, é acastanhada com o peito sarapintado e o bicoescuro. Pode ser confundido com o estorninho-preto, do qualse distingue por ter a cauda comprida e a plumagem menosbrilhante. Além disso, ao contrário do estorninho, o melro-preto
é solitário e não costuma formar bandos.VocalizaçãoO seu canto é melodioso e variado, bastante alto, mais audívelao amanhecer e anoitecer e durante a primavera. Emite umcanto de alarme repetido, em voo.
AlimentaçãoRetira insetos e minhocas do solo, mas também consomebagas.
NidificaçãoDe março a junho, constrói o ninho com ervas e galhos emforma de taça forrada com lama, geralmente em arbustos,bem escondidos pela folhagem. Se perturbados, abandonamrapidamente o ninho.
Auréola amarelaBico amarelo alaranjado
♂
♀
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Passeriformes
Onde e quando pode ser visto? É residente, ocorre no mosaico urbano em
zonas arborizadas, em Monsanto e nos
parques e jardins da cidade.
Curiosidades Esta espécie está dependente da existên-cia de vegetação arbustiva densa, onde
nidifica e captura insetos, assim como
de árvores e arbustos de fruto, essenciais
durante o inverno. Por estes motivos podesofrer declínios pontuais com algumas
medidas de gestão dos espaços verdes.
Em Monsanto, por exemplo, verificou-se
uma diminuição da sua população apósalgumas ações de desmatação para
prevenção de incêndios florestais .
13 cm
20 cm-23 cm
Sylvidae
Toutinegra-de-barrete-preto
Sylvia atricapilla
IdentificaçãoÉ uma espécie algo comum e conhecida pelo seu cantomelodioso, frequentemente ouvido nas zonas verdes dos meiosurbanos. No entanto é bastante discreta, escondendo-se porentre a vegetação. O corpo é cinzento, mais escuro nas asas epartes superiores. Tem uma cauda de tamanho médio e umbico curto e escuro. O macho distingue-se pelo “barrete” preto(castanho nas fêmeas). Os juvenis são semelhantes às fêmeas,
mas no primeiro inverno já apresentam o padrão de adulto.VocalizaçãoO canto é muito melodioso e prolongado, emitindo tambémoutros chamamentos típicos curtos e repetidos.
AlimentaçãoConsome insetos no período reprodutor, mas durante o outonoe inverno alimenta-se de bagas e frutos, incluindo azeitonas.
NidificaçãoConstrói o ninho em forma de taça em arbustos ou árvorespequenas, entre março e julho.
Barrete preto
Passeriformes
Onde e quando pode ser visto? É uma invernante comum entre
novembro e março, podendo ser
observada em zonas arborizadas domosaico urbano, nos parques e jardins
de maiores dimensões e em Monsanto.
Durante o verão raramente se avista,
sendo possível confundi-la coma felosa-ibérica que é nidificante.
Curiosidades Apesar de muito pequena, esta ave po de
percorrer lon gas distâncias durante a
sua migração, o que pode ser verificado
através dos resultados da anilhagemde aves, técnica científica utilizada por
ornitólogos sobretudo nos períodos de
migração. Cada ave capturada recebe
uma anilha com um código único e apósalgumas medições é libertada. Ao ser
posteriormente capt urada, por vezes
passados vários ano s, consegue-se obter
informação acerca dos seus movimentose sobrevivência.
10 cm-11 cm
15 cm-21 cm
Turdidae
Felosa-comum
Phylloscopus collybita
IdentificaçãoA felosa é uma ave pequena e discreta, com plumagemcastanho-esverdeada. O abdómen é mais claro e amareladoe as asas mais escuras. Na cabeça, apresenta uma ligeira listasobre o olho, o bico é pálido, curto e fino. As patas são muitoescuras, ao contrário da tonalidade rosa da felosa-musicalcom a qual se pode confundir. Os géneros não se distingueme os juvenis são idênticos aos adultos, mas mais pálidos.
Existe ainda uma outra espécie recentemente descrita,idêntica à felosa-comum, a felosa-ibérica.
VocalizaçãoO seu chamamento é um assobio curto e suave, por vezesrepetitivo.
AlimentaçãoCaptura insetos, a base da sua dieta, desde o solo até ao topodas árvores.
NidificaçãoO ninho é feito no solo, mas esta espécie não se reproduz emPortugal.
Lista supraciliar
Patas escuras
Abdómen claro
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Passeriformes
Onde e quando pode ser visto? É residente, sendo observável sobretudo
nos parques e jardins e também em
Monsanto.
Curiosidades A capacidade de retirar as larvas dosninhos da processionária-do-pinheiro
torna-o um inimigo natural desta praga,
pelo que a sua promo ção através da
colocação de caixas-ninho é uma medidamuitas vezes adotada em produções
florestais ou em zonas de proteção
ambiental.
14 cm
22,5 cm-25,5 cm
Paridae
Chapim-real
Parus major
IdentificaçãoTal como outros chapins, tem as faces brancas, máscara facial ecolar pretos. Para além de ser o maior, o chapim-real distingue--se pelo seu “barrete” preto brilhante e a “gravata” preta que seestende da garganta até ao abdómen, mais larga no macho.A restante plumagem do abdómen é amarela, o dorso é cinzento--esverdeado e as asas e a cauda são cinzento-azuladas. O juvenilé semelhante aos adultos mas com uma coloração mais discreta.
VocalizaçãoPossui vários chamamentos, sendo que um dos mais típicos,bastante audível, lembra o seu nome: cha-pim-cha-pim-cha-pim.
AlimentaçãoAlimenta-se sobretudo de insetos, mas também de sementes.Tem um bico forte que lhe permite abrir as cascas rijas dealguns frutos.
NidificaçãoNidifica entre início de março e julho, em cavidades naturaisnas árvores, paredes e muros. Também ocupa facilmentecaixas-ninho, preferindo-as frequentemente. Se perturbados,abandonam rapidamente o ninho.
Passeriformes
Onde e quando pode ser visto? É residente, ocorrendo um pou co por toda
a cidade, nos parques, nos jardins e em
Monsanto. Raramente visto no chão, massim a saltitar de ramo em ramo.
Curiosidades É uma das aves que mais frequ entemente
ocupam os ninhos artificiais para nidificar,
na ausência de cavidades naturais.
Por vezes pendura-se com a c abeça parabaixo para retirar os pequenos insetos
dos ramos das árvores.
11,5 cm
17,5 cm
20 cm
Paridae
Chapim-azul
Parus caeruleus
IdentificaçãoO mais comum dos chapins, colorido e bastante ativo, ochapim-azul é talvez o mais facilmente observável. É uma avede pequenas dimensões, com um “barrete” azul, faces brancas,colar escuro e bico preto e pequeno. As asas e a cauda são azuise a parte inferior do corpo amarela. Pode confundir-se com ochapim-real, mas é mais pequeno e não tem a cabeça pretanem a barra preta larga no peito. Os géneros dificilmente se
distinguem e os juvenis são semelhantes aos adultos, mas comtons mais pálidos.
VocalizaçãoEmite diversos cantos e sons de alarme, sendo um dosprincipais um chamamento repetitivo de duas notasdistintas, algo semelhante ao chapim-real.
AlimentaçãoPrefere insetos e aranhas, mas também consome bagase sementes.
NidificaçãoO ninho é feito em cavidades na primavera, entre fevereiro e junho, utilizando musgo e ervas secas para forrar o interior,pelos e penas para formar uma taça.
Barrete azul
Face branca
Asas azuis
Parte inferior amarela
Face branca
Barrete preto
Gravata preta
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Passeriformes
Onde e quando pode ser visto? É residente, estando presente o ano
inteiro. Prefere zonas florestais, pelo
que não será difícil encontrá-lo em Monsanto, mas também ocorre em meio
urbano, nos parques e jardins.
CuriosidadesComo os restantes corvídeos, o gaio
consegue imitar vários sons, incluindo
o canto de outras aves.Colhe e esconde bolotas, fazendo uma
provisão para o inver no, sendo um dos
principais responsávei s pela dispersão de
bolotas em Monsanto, tendo contribuído para a “florestação” natural deste parq ue.
34 cm-35 cm
52 cm-58 cm
Corvidae
Gaio-comum
Garrulus glandarius
IdentificaçãoEspécie bastante discreta, o gaio denuncia-se quando emsituações de risco emite os seus gritos roucos de alerta. Duranteos seus voos rápidos, salta à vista a mancha azul iridescentenas asas. O branco nas asas e no uropígio também ajudam àsua identificação. Apresenta uma “coroa” esbranquiçada quepor vezes ergue e, sendo da família dos corvos, tem um bicoe patas muito fortes. O peito e a barriga são castanho-rosado,
sobressaindo o preto da cauda comprida e das asas.VocalizaçãoO seu grito áspero é bem audível, emitido geralmente comoalerta.
AlimentaçãoA sua dieta é constituída por frutos, sementes e invertebrados,mas também ovos de outras aves. Durante a época dereprodução prefere os invertebrados.
NidificaçãoNidifica na primavera em bifurcações de árvores, ocultaspela folhagem.
Branco na asa
Bico grosso
Azul na asa
Passeriformes
Onde e quando pode ser visto? É residente, estando presente ao longo
de todo o ano, por toda a cidade e em
grande número. Pode formar grandesbandos, muitas vezes associados aos
pombos-domést icos, aproveitando as
migalhas que encontram.
No meio urbano, permite a aprox imação, facilitando a sua observaç ão e identi-
ficação. Nas zonas mai s florestadas é
menos abundante.
Curiosidades Durante a noite os bandos juntam-se em
dormitórios nas árvores, sendo muitobarulhentos ao anoitecer e ao amanhecer.
É atualmente a espécie de ave com maior
distribuição geográfica no mundo, mas
apesar de ser abundante no geral, sofreuum declínio considerável no Reino Unido,
sendo-lhe mesmo atribuída atualmente
uma elevada prioridade de conservação.
14 cm-15 cm
21 cm-25,5 cm
Passeridae
Pardal
Passer domesticus
IdentificaçãoMuito abundante e bastante sociável, o pardal está muito bemadaptado às atividades humanas e é provavelmente a maisreconhecida das aves. A plumagem é no geral acastanhada,sendo que o macho tem um padrão mais distinto, com um“babete” preto, a testa e a “coroa” cinzentas. Os juvenis sãomuito semelhantes às fêmeas, com uma lista creme do olhoà nuca. Tem um aspeto robusto e bico grosso.
VocalizaçãoEmite um chi lreio simples e repetido, integrando os sonstípicos de uma cidade.
AlimentaçãoAlimenta-se no solo, sobretudo de sementes e insetos.
NidificaçãoDe fevereiro a agosto constrói o ninho com ervas, penas, fiose até papel formando uma taça, geralmente debaixo de telhas,em buracos, mas também em árvores.
Babete preto
Coroa cinzenta
♂
♀
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Passeriformes
Onde e quando pode ser visto? É residente, podendo ser obser vado ao
longo de todo o ano. Está presente em
variados habitats, apesar de não sermuito abundante, incluindo o mosaico
urbano, parques e jardins, baldios e áreas
florestais como Monsanto.
Curiosidades
Pode nidificar duas ou mesmo tr ês vezes
por ano.O seu bico é bem adaptado para a ali-
mentação granívora, curto e atarracado,
mas pontiagudo, consegue recolher as
sementes de plantas inacessíveis paraoutras aves, como os cardos, uma das
suas fontes de alimento preferidas.
12 cm
21 cm-25,5 cm
Fringillidae
Pintassilgo
Carduelis carduelis
IdentificaçãoUma das aves mais coloridas da nossa fauna, de fácilidentificação graças às listas amarelo brilhante nas asas quese destacam bem em voo e à sua máscara vermelha, pretae branca. Enquanto o macho e a fêmea são semelhantes,os juvenis distinguem-se pela ausência do padrão coloridona cabeça. Movimentam-se em bandos durante os mesesde outono e inverno, incluindo até outras espécies do mesmo
género (Carduelis ssp.).VocalizaçãoO seu canto melodioso é bem conhecido no geral e muitoapreciado, levando a que seja ameaçado pela captura ilegalpara cativeiro.
AlimentaçãoAlimenta-se sobretudo de sementes, mas também consomeinsetos.
NidificaçãoNidifica de março a finais de julho, construindo ninhos frágeisem ramos altos de árvores.
Passeriforme
Onde e quando pode ser visto? Bastante comum nos parques e jardins
durante todo o ano, ocorre também em
Monsanto, matos e hortas, po dendo, porvezes, ser observado no mosaico urbano.
Curiosidades É uma espécie abundante em todo o país,
sendo conhecido por variados nomes,
como por exemplo, milheiriça, milheira,
milheirinha, serino ou canário-bravo.O chamariz alimenta as suas crias
exclusivamente de sementes, ao contrário
de outros passeriformes granívoros que
nutrem as crias com larvas de insetos.
11,5 cm
20 cm-23 cm
Fringillidae
Chamariz
Serinus serinus
Identificação Da família dos canários, o seu canto característico einconfundível é um dos mais ouvidos nos nossos jardinsna primavera. É um pequeno pássaro, de bico curto, coma plumagem riscada, sobressaindo o amarelo na cabeça, dorsoe peito, mais intenso no macho. A fêmea, com o padrão riscadomais extenso, é mais discreta. Os juvenis têm uma coloraçãosemelhante às fêmeas adultas.
VocalizaçãoO chamariz tem um canto límpido e repetitivo, com um ritmorápido. Ouvem-se com frequência cantando demoradamente,pousados nos topos das árvores ao longo de todo o ano.
AlimentaçãoA dieta é constituída por sementes, pequenos insetose aranhas.
NidificaçãoO ninho é contruído entre fevereiro e março, em forma de taçacuidada, em arbustos altos ou árvores.
Máscara vermelha
Bico curto
Amarelo nas asas
♂
♀
-
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Psittaciformes
Onde e quando pode ser visto? Está presente durante o ano inteiro,
nos parques e jardins e um pouco por
toda a cidade. Sendo gregário na maior parte do ano, está frequ entemente
integrado em bandos de algumas
dezenas de indivíduos, que se deslocam
ao nascer e pôr do sol entre os locais dealimentação e os dormitórios. A Alameda
da Universidade, o Jardim da Estrela e
a Quinta das Conchas são exemplos de
locais onde facilmente se podem observarao final do dia.
Curiosidades Esta espécie oriunda de Áfr ica e Ásia,
devido à sua grande adaptabilidade está
hoje presente em muitas cidades do mundo
inteiro, provavelmente proveniente de fugas ou liber tação de cativeiro.
38 cm-42 cm
42 cm-48 cm
Psittacidae
Periquito-de-colar
Psittacula krameri
Identificação Da família dos papagaios, é uma espécie exótica que seadaptou bem ao habitat que encontrou em Lisboa. A suaplumagem é quase totalmente verde, tendo as asas e a caudacomprida uma tonalidade verde-azulada. O macho adultodistingue-se pelo “babete” e colar escuro no pescoço, enquantoos juvenis têm a cauda mais curta e um tom de verde maisamarelado. Não se confunde com nenhuma outra espécie
autóctone e é facilmente identificável pois voa em bandosmuito barulhentos.
VocalizaçãoGrito estridente que é emitido quer em voo, quer pousado.
AlimentaçãoConsome sementes, frutos e bagas.
NidificaçãoNidifica em cavidades em árvores de grande porte, aindadurante o inverno.
Babete escuro
Bico vermelho Rota da Biodiversidade Lisboa - Brochura de campo
Câmara Municipal de Lisboa
Guia dos Parques, Jardins e Geomonumentos de Lisboa
Carapinha, A. & Travassos, D.Câmara Municipal de Lisboa
Aves de Portugal. Ornitologia do território continental
Catry, P., Costa, H., Elias, G. & Matias, R.Assírio & Alvim, L isboa.
Atlas das Aves Nidificantes em Portugal (1999-2005)
Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, Sociedade Portuguesa para oEstudo das Aves, Parque Natural da Madeira e Secretaria Regional do Ambiente e do Mar.Assírio & Alvim
Guia de Aves
Mullarney, K., Svensson, L., Zetterström, D. & Grant, P. J.Assírio & Alvim
The Birds of the Western Palearctic Concise Edition Volume 1 e 2
Snow D.W. & Perrins, C.M.Oxford University Press
Guia do Parque Florestal de Monsanto
Travassos, D.Câmara Municipal de Lisboa
Guias Fapas – Aves de Portugal e Europa
Svensson, L., Bruun, B. & Delin, H.FAPAS
Guia do Rio Tejo
Travassos, D.Câmara Municipal de Lisboa
Para saber mais
Bibliografia consultada e recomendada
♂
♀
-
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35
CML
www.cm-lisboa.pt
Lisboa E-nova
www.lisboaenova.org
ICN
www.icnf.pt
SPEAwww.spea.pt
Aves de Portugal
lisboa.avesdeportugal.info
Naturlink
www.naturlink.pt
As aves que já observei
Lista das 25 espécies
X Aves Data Local
Pato-real
Águia-d´asa-redonda
Peneireiro-vulgar
Pilrito
Guincho-comum
Gaivota-d´asa-escura
Pombo-doméstico
Rola-turca
Coruja-das-torres
Andorinhão-preto
Andorinha-das-chaminés
Alvéola-branca
Carriça
Pisco-de-peito-ruivo
Rabirruivo-preto
Melro-preto
Toutinegra-de-barrete-preto
Felosa-comum
Chapim-real
Chapim-azul
Gaio-comum
Pardal
Pintassilgo
Chamariz
Periquito-de-colar
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8/18/2019 Guia Das Aves
20/23
37
As aves que já observei
Na minha rua
As aves que já observei
No jardim
Aves Data Notas Aves Data Notas
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39
As aves que já observei
Na zona ribeirinha
As aves que já observei
Em Monsanto
Aves Data Notas Aves Data Notas
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8/18/2019 Guia Das Aves
22/23
As aves que já observei
Em
Aves Data Notas
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FICHA TÉCNICA
EdiçãoCâmara Municipal de Lisboa / Lisboa E-Nova
CoordenaçãoInês Metelo (CML)Maria Santos (Lisboa E-Nova)
Edição científica
Verónica Bogalho (NaturEco)
TextosInês Metelo (CML)Verónica Bogalho (NaturEco)
Ilustrações e designInês do Carmo (CML)
Ano de edição2015
Apoios