Guia da Noite Lx Magazine #4

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#4 - Outono ‘08 » Distribuição gratuita Guia » cafés | esplanadas | restaurantes | bares | discotecas #4 - 2008 » Distribuição gratuita www.guiadanoite.net Tendências » Cultura Urbana » Música » Net » Sabores » Dj’s » Entrevistas M ú s i c a P a r a L e r » W o r d s o n g Aulas Nocturnas » Rui Reininho Poeta que Canta » Pacman Ana Free » Do YouTube para os Palcos Conversas na Noite Dj Yen Sung

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Nesta edição: Rui Reninho » Pacman » Ana Free » Dj Yen Sung » Fabric » D'artagnan » Wordsong » Tiago Santos

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Aulas Nocturnas »

Rui ReininhoPoeta que Canta »

Pacman Ana Free »Do YouTube para os Palcos

Conversas na Noite

Dj Yen Sung

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guiadanoite.netA nova bússola da noite

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Page 3: Guia da Noite Lx Magazine #4

É vocalista de uma das bandas com mais sucesso

em Portugal mas nunca deixou de ir ao “café lá

da rua”. Comida, poesia, política e um pouco de

futuro foram os ingredientes da conversa entre o

Guia da Noite e Pacman, vocalista dos Da Weasel,

no restaurante Fonte da Pipa que abriu, com

um amigo, em Almada. À mesa esteve uma

cataplana de marisco bem apurada e regada

com vinho tinto da Cartucha.

Porquê investir num negócio à margem

da música, estás já a pensar na reforma?

Eu queria um negócio para além da música,

e queria uma coisa que tivesse a ver comigo.

O facto de ser em Almada é importante. E se

calhar também foi isso, da reforma, porque o

mercado da música em Portugal é muito duro,

pode estar anos a correr bem mas as coisas

podem mudar.

Porquê um restaurante?

Nós já tínhamos tido esta ideia há uns tempos

porque o Sandro, que é o sócio-gerente, gosta

desta área da restauração. O Sandro é meu

amigo de infância e é dono do café lá da rua.

O café não era dele mas um dia agarrou-se àquilo

e desde então recuperou-se um espírito de conví-

vio entre amigos que estava um pouco perdido.

A ideia é trazer para aqui parte desse espírito,

Pacman, o poeta que canta

Vida Dupla »

Texto» Patricia Maia

Fotografia» Filipe Rebelo

Guia da Noite Lx magazine �

Page 4: Guia da Noite Lx Magazine #4

� Guia da Noite Lx magazine

ou seja, ter um sítio porreiro, onde se come

bem e as pessoas se sentem à vontade.

Andámos à procura de um espaço e

descobrimos o Fonte da Pipa, que já teve

algum nome mas estava meio esquecido.

Basicamente é um restaurante de comida

portuguesa, mas ao sábado há cachupa e

ao domingo muamba. As cozinheiras são as

duas crioulas e achámos que isso podia ser

boa ideia porque não há muitos sítios onde

se possa comer pratos africanos.

Gostas de comer? E de cozinhar?

Eu sou meio picuinhas, não sou muito

bom garfo. Gosto da comida da Maria [cozi-

nheira do Fonte da Pipa] porque cozinha

bem e não complica muito. Há coisas que

eu não gosto mesmo, como cabrito, e tam-

bém não gosto de marisco, o que sai barato

(risos). Tenho uns livros de receitas em casa

e desenrasco-me. Sei fazer arroz, massa, uns

bifes... Mas estaria a mentir se dissesse que

sei cozinhar. E nesse aspecto ter aqui o Fonte

da Pipa também é uma vantagem! (risos)

Esse espírito de convívio também se

estende aos Da Weasel? Como é a relação

entre os membros da banda?

Nós temos laços muito fortes, somos

mesmo amigos, não só a banda mas também

a equipa técnica, jantamos em casa uns dos

outros, saímos juntos.

Já pensaste publicar textos teus sem a

parte da música?

Tenho muitos textos que não têm o for-

mato canção. Por isso mesmo estou agora

a trabalhar num projecto para esses textos

que se chama “O Algodão não Engana”

[http://www.myspace.com/pacotes] e que

consiste em short stories e poemas ditos

por cima de instrumentais. É um registo

mais spoken word.

Estiveste, em Julho, no Festival de Poesia

de Berlim...

Sim, julgo que é o maior encontro de

poesia da Europa [...] Eu participei no dia

dedicado ao Retrato de Lisboa, fiquei um

bocado naquela, como sou de Almada, mas

aceitei (risos).

Como é que correu a tua participação?

Correu muito bem. Usei esse formato de

spoken word. Como parte do público era

alemão as pessoas tinham os poemas à

frente traduzidos. [...]

Sobre o teu apoio à candidatura

de Manuel Alegre... voltarias a fazer

o mesmo?

Não. Sinceramente não me aguentei e até

acho que falhei no cumprimento do meu

papel e pedi desculpas ao Manuel por isso.

Achas que foi por tua causa que ele não

ganhou as eleições?

(Risos) Pois, na volta... Não, mas o que senti

foi que era um jogo muito sujo, e mesmo as

pessoas que entram por razões porreiras aca-

bam por ter que fazer concessões. Não me

revejo em nada disso. Gostei de ter estado

ao lado do Manuel, que arriscou muito ao

apostar em mim e na Inês Pedrosa [escritora

e directora da Casa Fernando Pessoa] para

mandatários. E isso prova que ele é um alien

no meio dessa cena toda.

Achas que a democracia podia ser melhor

em Portugal?

[...] O que me assusta mais é olhar para

África. Nasci em Angola mas só lá voltei

passado muito tempo e era incapaz de

lá viver. Fez-me muita impressão aquela

corrupção, a disparidade toda, a falta de

valores. Não sei como é que o pessoal

não se passa e não dá um tiro nos cornos

daquele gajo.

Vida Dupla

Page 5: Guia da Noite Lx Magazine #4

Guia da Noite Lx magazine �

Vida Dupla

No restaurante do Pacman, o Fonte da Pipa, pode-se saborear tanto pratos portugueses como africanos. Fica em Almada, na R. Capitão Leitão, 3-a (21 274 5983)

Os Da Weasel nunca pensaram

disponibilizar músicas na Inter-

net como fizeram, por exemplo,

os Radiohead?

Enquanto Da Weasel não dá por

causa do contrato da editora. Eu

vou fazer isso porque vou fazer

uma cena independente. Acho

essas apostas geniais e normal-

mente correm muito bem. Ainda

no outro dia fui sacar o disco do

Trent Reznor, dos Nine Inch Nails,

que ele disponibiliza gratuita-

mente [http://theslip.nin.com/]

na internet. O álbum vem com

imagens e as capas do disco, vários

formatos de download, tudo.

Se te aparecesse um génio da

lamparina, que desejos pedias?

Hummm.... Queria que o Benfica

fosse campeão, sim, isso parece-

-me bem. Depois gostava que duas

pessoas ganhassem juízo: uma é

uma pessoa de quem gosto muito

e que não ganha juízo de maneira

nenhuma, e a outra pessoa

sou eu. (risos)

Page 6: Guia da Noite Lx Magazine #4

� Guia da Noite Lx magazine

Nota: Não nos responsabilizamos por eventuais alterações na informação sobre eventos e espaços seleccionados.

# �0 Sabores Típicos

# �� Sabores Gourmet

# �� Sabores do Mundo

# �6 Noites Glamour

# �8 Noites Cool

# 50 Noites ao Vivo

# 5� Noites de Dança

Be

st O

f

Este símbolo significa que podes ler as entrevistas ou artigos na íntegra e interagir com a revista. Voa para www.guiadanoite.net ou envia um e-mail para [email protected]

# 1 Vida Dupla »

Pacman, o poeta que canta

# 5 Mala de Cartão »

Fabric, a câmara frigorífica

que virou clube de dança

# 8 Lisboetas »

Ana Padrão - Há (mo)vida no Cais

# 10 Intolerância Zero »

Riscos da Noite

# 14 Pela estrada fora »

A Volta a Portugal sem play back

# 18 Ficheiros Secretos »

Filipe Vargas conta-nos como foi

# 20 DJ Shot »

Yen Sung

# 23 Metrópolis »

Wordsong - Música para ler

# 26 Livre Trânsito »

Ana Free - Do YouTube

para os palcos

# 29 Manual de Sobrevivência »

Viva o soutien!

# 32 Animal Social »

Rui Reininho - Aulas Nocturnas

# 36 Retratos da Noite »

D’Artagnan, mosqueteiro

da noite lisboeta

# 40 Best Of »

Restaurantes, bares e discotecas

# 54 Guia »

Directório das melhores moradas

da noite de Lisboa

# 64 Banda Sonora »

Tiago Santos dá-nos música

Page 7: Guia da Noite Lx Magazine #4

Guia da Noite Lx magazine �

afirmavam como marcas

poderosas no seio da in-

dústria do entretenimento,

desmultiplicando-se por

outras actividades – design gráfico, linhas

de vestuário ou promovendo digressões

internacionais.

Depois, veio a crise. Publicações, edi-

toras e lojas especializadas fecharam e

clubes de dança de grandes dimensões

deram lugar a espaços mais pequenos.

Hoje Londres tenta recuperar o encanto.

Zonas anteriormente esquecidas voltam a

ser recuperadas e a noite volta a diversifi-

car-se. Nos últimos anos a zona Oriental da

cidade está a substituir o Norte e o Soho

como o lugar onde ocorre o que interessa

no campo da música, das artes ou da moda.

Há dez anos toda a faixa Este da cidade

parecia uma zona de subúrbio, habitada

essencialmente por comunidades de

imigrantes ou por ingleses sem disponibili-

dade financeira para pagar as exorbitantes

rendas praticadas noutros lugares.

Nos últimos anos, um espaço nocturno

tentou manter a tradição dos grandes

Há uns anos quando se pensava em

tendências, era inevitável discorrer

sobre Londres. Hoje esse ascendente é

dividido. A cultura popular diversificou-se

e disseminou-se. Não há um centro, mas

sim vários e existe um mundo de coisas a

acontecer noutras latitudes.

Mas os ingleses vivem alheados dessa

realidade, continuando a agir como se tudo

ainda acontecesse ali. É natural, afinal, a

sua cidade continua auto-suficiente. E tem

capacidade para se reinventar.

A segunda metade dos anos 80 e toda a

década de 90 foi gloriosa para a actividade

nocturna. À sua volta consolidou-se uma

verdadeira indústria com espaços, promo-

tores ou agências, criando alternativas

válidas de emprego. No meio das operações

estava a sua afamada cultura de clubes. Foi

a época de super clubes como o Ministry

Of Sound, Gatecrasher ou Cream, que se

Mala de Cartão »

Fabric a câmara frigorífica que virou clube de dança

Texto» Vítor Belanciano

Page 8: Guia da Noite Lx Magazine #4

6 Guia da Noite Lx magazine

O Fabric é um dos espaços londrinos que consegue aliar negócio e integridade artística, dimensão e entendimento alternativo.

Mala de Cartão

Page 9: Guia da Noite Lx Magazine #4

Guia da Noite Lx magazine �

clubes de dança da década de 90, sem

perder o contacto com a realidade actual,

mais comedida. Falamos do Fabric, no

número 77A da Charterhouse Street

(London EC1 – metro Farringdon), situado

numa zona central, mas protegido da

agitação do West End. Criado em 1999

pelo promotor Keith Reilly está situado

no Barbican Centre, junto ao mercado de

Smithfield, tendo sido erguido num antigo

armazém que servia de câmara frigorífica

para a carne que abastecia o mercado.

Só está aberto à sexta e sábado, mas o seu

sucesso contaminou a zona adjacente, agora

adornada com muitos cafés e restaurantes.

À saída da estação de metro de Farrington

é fácil perceber quem vai para o Fabric.

Jovens, com excitação estampada no

rosto, de cerveja na mão, dirigem-se para

a Charterhouse Street, onde encontrarão

um espaço capaz de acolher 2500 pessoas,

divididas por três zonas e dois níveis, num

lugar de aspecto labiríntico.

Algumas das suas noites mais parecem

mini-festivais, tal a profusão de Dj’s e de

projectos ao vivo que por ali evoluem. As

sextas são dedicadas a sonoridades como

o drum & bass, hip-hop, electro e tudo o

que contenha ritmos quebrados. É uma

noite para gente com abertura de espírito,

que vem pela programação. Os sábados

são mais hedonistas e dedicados às tradu-

ções alternativas do tecno e house. Está

sempre cheio de ingleses, mas também de

estrangeiros, alguns vindos propositada-

mente dos seus países. O edifício respeita a

característica arquitectura de ladrilho dos

lugares industriais.

As filas para entrar são uma constante a

partir das 21h30, hora de abertura. À entra-

da estão dispostas uma série de fotos que

mostram o processo de conversão da câma-

ra frigorífica para clube de dança. Há três

salas – uma delas para espectáculos ao vivo

e as outras duas pensadas enquanto pista

de dança – com os horários das actuações

dispostos à entrada de cada uma.

A luz é ténue e o espaço um enleio de

escadas, que rapidamente leva ao cansaço

quem deseja circular entre as salas. Quem

entra, dirige-se de imediato à pista. Des-

pem-se casacos e dança-se. Em Londres, sair

a noite é dispendioso. Em todos os clubes

se paga. Para a maior parte, é como se fosse

um investimento. Não se pode errar. Não

há um período para interrogar “se a noite

está boa”, nem tempo para olhares furtivos

ou encostos de balcão para perceber “o

ambiente”. Quem está presente dá o seu

melhor para optimizar a atmosfera, porque

sabe que faz parte dela.

Na pista principal, as paredes quase

estremecem com o som dos graves, mas

ninguém se parece importar. O melhor

acontece, muitas vezes, na segunda sala.

É aí que evoluem os projectos mais arrisca-

dos e os Dj’s mais livres. Por vezes, não há

espaço para dançar e a sala é uma sauna.

Quando é necessário descomprimir, as

escadas são uma opção, embora estejam

quase sempre repletas de gente cansada,

sentada ou adormecida.

Dito assim, parece pouco aliciante. Mas

não. Faz parte do charme de um dos es-

paços londrinos que consegue aliar negócio

e integridade artística, dimensão e entendi-

mento alternativo.

Mala de CartãoMala de Cartão

Page 10: Guia da Noite Lx Magazine #4

8 Guia da Noite Lx magazine

Lisboetas »

E foi só uma das muitas personagens que

Ana Padrão encarnou recentemente. Vamos

poder vê-la como mãe de Amália Rodrigues

no filme sobre a vida da diva do fado e

também no papel de Carolina Assenca em A

Vida Privada de Salazar. “Trata-se da única

mulher com quem o ditador esteve mesmo

para casar” esclarece a actriz, que irá ainda

fazer uma incursão nos meandros do

futebol numa longa-metragem de Joaquim

Leitão, ainda sem título. Por fim, mas não

por último, será presença diária na nova

telenovela da SIC, Vitória, onde, dizem as

más línguas, interpretará uma das vilãs.

Mas, por mais que apareça no ecrã, a sua

imagem parece não se gastar. Ou não fosse

uma das mais versáteis actrizes da sua

geração. Aos 41 anos, Ana Padrão parece

uma teenager à mesa da esplanada onde

nos sentamos para um café. Nos raros

intervalos entre filmagens, aproveita

para curtir a movida lisboeta. “Já não

saía há imenso tempo! Saí muito nos

anos 80 e 90 mas isto actualmente está

animadíssimo!”. Apesar de viver num

dos bairros mais movimentados da

noite lisboeta, Santos, a preferência de

Ana mantém-se a mesma de há 20 anos:

“Gosto muito do Cais do Sodré. Foi um

dos primeiros sítios que conheci, para

além do Frágil, mas eu adoro o bas-fond!”.

A gargalhada dispara, franca, directa.

Vai recordando a noite divertida que

passou recentemente. “Agora temos o

MusicBox do Alex, o que é óptimo. Dá um

novo ânimo à zona. E terminei a noite no

Jamaica, às cinco e tal da manhã. Aquilo

continua igual, o que é fabuloso! É um dos

poucos sítios onde posso dançar ao som

da música de que mais gosto”.

Ana PadrãoHá (mo)vida no CaisVestiu a pele de Dj na última Festa do Guia da Noite e não houve quem resistisse ao seu set e ao seu charme.

Texto» Myriam Zaluar

Fotografia»Sérgio Matos

Page 11: Guia da Noite Lx Magazine #4

Guia da Noite Lx magazine �

Lisboetas »

Ana PadrãoHá (mo)vida no Cais

Lisboetas

Ana Padrão nasceu em Lisboa, viveu em

Angola até os 6 anos, mas só aos 17 veio

de vez para a capital. Já percorreu alguns

dos bairros históricos alfacinhas, o

Castelo, Campolide e, de há 12 anos para

cá, Santos. “Gosto muito de viver aqui.

Ana Padrão » Actriz

Ando imenso a pé e de eléctrico…

De qualquer forma, tive de vender

o carro, pois fui assaltada 4 vezes e

partiram todos os vidros. Às tantas deixei

um papel: ‘Por favor, não me parta mais

nenhum vidro’! Partiram na mesma!”

Page 12: Guia da Noite Lx Magazine #4

10 Guia da Noite Lx magazine

Uma coisa é certa: daquelas bocas não sai-

rão frases como “Não faças isso. Não tomes

aquilo. Aqueloutro faz-te mal à saúde”. Para

isso servem as mães e essas não andam

pela noite do Bairro Alto ou pelas festas

de trance como do seu habitat natural se

tratasse. Não. A vocação das Conversas na

Noite – um dos projectos das Conversas de

Rua, uma organização sem fins lucrativos

que aposta na intervenção comunitária –

é a “redução de danos”. Trocando por miú-

dos, a ideia é meter conversa com a malta na

“night” para dar umas dicas sobre como cur-

tir ao máximo sem ter de sofrer consequên-

cias desagradáveis na saúde ou na carteira.

Sem rodeios. Sem tabus. Sem ilusões.

É vê-los entrar e sair dos bares e distribuir

os kits. Um preservativo masculino, outro

feminino – “sim, há quem goste e já nem

queira outra coisa”, garante Andreia. A

jovem italiana que estava à conversa com

o barman gostou foi do lubrificante: “Por

causa dos porros”, explica. Ora, essa é que

nós desconhecíamos, e, pelos

vistos, a equipa das Conversas

também. Toda a gente sabe

que os charros deixam a boca

seca, porém ignorávamos

que a secura se expandisse a

outras mucosas… Adiante. A italiana ficou

contente, e é o que se quer.

Quem não ficou nada contente foi uma

mãe que um dia destes telefonou para o

Helder. “Disse que todas as segundas-

-feiras revistava as coisas da filha e que

tinha encontrado um dos nossos flyers.

Estava muito zangada”. Talvez não tivesse

entendido que o objectivo da associação

não é encorajar o consumo de substâncias.

Mas também não é condená-lo. Apenas,

assumindo que ele existe, ajudar a

limitar os estragos. Evitar bad trips.

Overdoses. Cocktails explosivos. Ressacas

descomunais. Agarranços. Depressões.

Momentos de desorientação e desespero.

Filhos não desejados gerados no calor e na

inconsciência da noite.

Mas nem todas as mães vêem com maus

olhos o trabalho das Conversas na Noite.

Andreia em certa ocasião cruzou-se com

um casal que iniciava a filha na “night”.

Intolerância Zero »

Trabalham onde outros se divertem. Mas com um sorriso nos lábios. Evitam chatices a muita gente. As noites deles são mais lúcidas que muitos dos nossos dias. São as “Conversas na Noite”. Para ter sem moderação.

Texto» Myriam Zaluar

Riscos da Noite

Page 13: Guia da Noite Lx Magazine #4

Guia da Noite Lx magazine ��

Intolerância Zero » Intolerância Zero

Texto» Myriam Zaluar

A ideia é meter conversa com os jovens e dar umas dicas sobre como curtir em segurança. Sem rodeios, sem tabus.

Page 14: Guia da Noite Lx Magazine #4

1� Guia da Noite Lx magazine

Intolerância Zero

Quando lhes entregou flyers e preservati-

vos, “a mãe disse que no tempo dela não

havia informação sobre droga e que muitos

amigos dela se tinham ‘perdido’ na heroína

por causa disso”. A filha acha que o “projec-

to é muita fixe, porque são jovens a falar

connosco sem nos dar na cabeça e numa

boa onda”. É verdade. A ideia, explica Hel-

der, assenta na filosofia da “educação pelos

pares”. Ou seja, os “educadores de rua” – é

assim que se chamam os jovens membros

do projecto – são facilmente identificáveis

pelos noctívagos como iguais. Têm sensivel-

mente as mesmas idades, vestem de modo

semelhante, falam a mesma linguagem.

Será por essa razão que o próprio Helder,

uma geração acima, supervisiona a acção

do grupo mas não participa. É nas festas

que os educadores de rua se confrontam

com casos de “ansiedade extrema” e têm

ocasião para pôr em prática algumas das

técnicas mais específicas aprendidas nas

sessões de formação. Técnicas de talk-

down – exercícios respiratórios destinados

a acalmar o interlocutor.

Quem leia os flyers sobre ácidos distribuí-

dos pelos membros do Conversas na Noite

fica a saber que é melhor evitar tomá-los

quando se está “cansado, angustiado ou

deprimido”. Foi talvez a informação que

faltou à jovem com quem Andreia conver-

sou uma noite destas. “Disse que tinha

consumido LSD e que não queria voltar

para junto dos amigos (…) que iam perceber

que ela estava com a moca e iam gozá-la”.

Ao que Andreia respondeu que o “pessoal

estava ali para curtir e não para gozar

com as mocas dos outros”. Mesmo assim,

a jovem não conseguia evitar os “pensa-

mentos negativos”. Contou que tinha uma

amiga “no hospital com um tumor” e

“tinha medo de entrar em bad trip”.

Já não era possível voltar atrás. Res-

tou à Andreia desviar a conversa para

assuntos mais leves até que a rapa-

riga se acalmou e se sentiu pronta

para ir ter com os amigos. Mais uma

dica do flyer que podia ter ajudado:

é sempre bom um membro do grupo

manter-se careta para poder levar os

outros para casa, manter a lucidez, saber

se deve chamar ajuda e quando, e até para

a tal conversa que acalma – que neste caso

foi assegurada por Andreia.

A associação acaba de abrir um drop-in

mesmo ao lado da estação de comboios de

Algueirão-Mem Martins. Um local destina-

do às “culturas da noite”, explica o Helder.

Onde vai haver espaço para conversar

com os mais jovens mas também com os

pais ou outros adultos interessados, como

proprietários de espaços nocturnos. Onde

vai haver também formação em áreas

ligadas à noite e à diversão. Um curso

de Vj. Workshops de primeiros-socorros.

E muitas outras coisas. Ideias não lhes

faltam. E ainda a noite é uma criança…

Ah! E é só aparecer!

Sítio www.conversasderua.org

Mail: [email protected]

Tel. 21 795 9965

O objectivo da associação não é encorajar o consumo de substâncias nem condená-lo. Apenas ajudar a evitar bad trips, ressacas ou cocktails explosivos.

vista a camisolaapoie esta luta

Adquira a sua T-Shirt Cancro da Mama no Alvo da Moda 2008 numa loja Lanidor. As receitas obtidas com o seu gesto de solidariedade revertem para Associação Laço, na prevenção e luta contra o cancro da mama.

The Fashion Targets Breast Cancer name and logo are licensed by the Council of Fashion Designers of America / CFDA Foundation Inc. USA and licensed in Portugal by Associação Laço. www.laco.pt/ftbc

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Page 15: Guia da Noite Lx Magazine #4

Intolerância Zero

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Page 16: Guia da Noite Lx Magazine #4

1� Guia da Noite Lx magazine

Pela estrada fora »

Nasceu em Coimbra em 1970. Tem-se destacado como

músico em projectos como Pop Dell’Arte, Belle Chase

Hotel ou Quinteto Tati, apesar de ser formado em

Jornalismo. Inspirado pelos ritmos brasileiros da

bossa nova, JP estreou-se a solo no ano passado, com

o álbum 1970.

Escreve contos, canções e argumentos para cinema.

Em 2003 levou ao palco a sua Ópera do Falhado,

peça de teatro tragicómica sobre “o caso mental

português”, publicada em livro pela editora 101 Noites.

JP Simões » cantautor e apresentador km0

Page 17: Guia da Noite Lx Magazine #4

Guia da Noite Lx magazine ��

Pela estrada fora

No ar desde finais de Julho, km0 veio

preencher uma lacuna na televisão

portuguesa. Um programa em jeito de

documentário que serve de montra ao que

de melhor se faz no panorama musical de

norte a sul do país. JP Simões vestiu a pele

de apresentador a fez-se à estrada.

Um estúdio de som na bagagem e um carro

com GPS foi quanto bastou para que JP Si-

mões e a equipa da produtora BUS fossem ao

encontro das bandas que agitam garagens

e salas de ensaio improvisadas por esse país

fora. A ideia partiu de José Luís Rei, da BUS,

que convidou o músico para fazer a pesquisa,

edição e apresentação do programa. Com o

tempo, a ideia inicial de produzir um formato

teenager deu lugar a algo mais documental.

A partir da plataforma MySpace, JP Simões

e a equipa ouviram cerca de 15 mil projectos

musicais de Norte a Sul do país, em busca das

melhores bandas desco-

nhecidas do grande público

com temas originais. Foram

9 meses – “uma gestação!”,

brinca JP Simões – de um

trabalho intenso que culminou com a visita

da equipa km0 aos espaços de ensaio dos

grupos escolhidos. O resultado já está no ar:

39 bandas de estilos diversos, numa série de

14 programas.

Num país pouco acostumado à divulga-

ção da nova música portuguesa, seja em

televisão ou rádio, JP Simões ficou impres-

sionado com a gratidão demonstrada pelas

bandas que visitou. “90% sentiram-se uns

eleitos. Na verdade, fora do universo míti-

co, as pessoas não esperam nada”, explica o

músico e apresentador.

Motivar a “vontade construtiva” já exis-

tente foi, para JP Simões, o grande contribu-

to de km0 para a cena musical portuguesa:

“Houve bandas que voltaram a reunir-se,

motivadas pelo programa”, conta o músico.

Apesar de reconhecer a importância da

divulgação pelos media, JP Simões não

deixa de acentuar o “carácter caótico

e privado” da criação cultural. Mesmo

sem mediatismo, remata o músico-

apresentador, “há sempre florescimento

cultural. A música sobrevive.”

A Volta a Portugal sem Play Back

Texto» Patrícia Raimundo

Fotografia»Pedro Cláudio

Page 18: Guia da Noite Lx Magazine #4

101 Noites, Lg. de Stº Antoninho, 3 - 1200-406 Lisboa | Tel. 21 343 22 52 [email protected] | www.101noites.com | www.myspace.com/101noites

R

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à venda na

s livrarias

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Page 19: Guia da Noite Lx Magazine #4

O livro é um animal vivo Aristóteles

www.101noites.com

Page 20: Guia da Noite Lx Magazine #4

18 Guia da Noite Lx magazine

Ficheiros Secretos »

Livro » Leaves Of Grass, Walt Whitman

Escritor » Oscar Wilde

Banda » MGMT

Música » A Morte de Tristão e Isolda, Wagner

Série televisiva » 6 Feet Under

Filme » La Signora Senza Camelie

Realizador » Gus Van Sant

Restaurante » A Charcutaria, Campo de Ourique

Prato » bacalhau à brás, faço o melhor do mundo!

Bebida » Água das Pedras

Esplanada » Esplanada do Príncipe Real

Discoteca » MusicBox

Bar » Maria Caxuxa

Destino » Índia

Os Favoritos de Filipe Vargas Actor

Page 21: Guia da Noite Lx Magazine #4

Guia da Noite Lx magazine ��

Filipe Vargas conta-nos como foiDez anos a trabalhar em publicidade

bastaram-lhe. O bichinho da representação

falou mais alto e, como nunca é tarde para

mudar de vida, aqui está ele. Do divertido

Dino de Conta-me Como Foi ao Cardeal

Cerejeira em A Vida Privada de Salazar,

Filipe Vargas é hoje presença regular em

cinema e televisão. E poucos podem dizer

que contracenaram com um dos Sopranos.

Gostava muito de trabalhar como criativo,

mas a publicidade não era definitivamente

para ele: “olhava para as pessoas que já

estavam no meio há mais tempo e não

queria ser aquilo”. Filipe Vargas tinha já 30

anos, mas os sonhos são para perseguir.

Rumou a Madrid e inscreveu-se numa

escola de representação. “Tirei um mês de

férias e não disse nada a ninguém”, recorda

Filipe. O primeiro passo estava dado.

Pouco tempo depois, Filipe Vargas já

estava no pequeno ecrã: “quando queres

muito algo, as coisas organizam-se natu-

ralmente”, explica. Em Conta-me Como

Foi encontrou o seu primeiro desafio, a

personagem Dino. “Foi bom ter começado

com uma série de qualidade, com um bom

elenco e um ambiente muito familiar”.

Contracenar com um dos actores da

célebre série Os Sopranos em Lovebirds foi

também uma experiência inesquecível para

o actor. Muito baseada no improviso, esta

participação de Filipe Vargas no filme de

Bruno Almeida “fluiu muito naturalmente.

Eu e o John Ventimiglia demo-nos muito

bem”. Em breve também o poderemos ver

numa pequena participação em A Corte do

Norte de João Botelho e em A Vida Privada

de Salazar, a série e o filme onde interpreta

o Cardeal Cerejeira. O grande amigo do

ditador português “foi o papel mais inte-

ressante que fiz até agora, porque exige

uma grande construção de personagem”,

confessa Filipe. Grande é também o traba-

lho de caracterização: para representar o

Cardeal Cerejeira dos 25 aos 59 anos, foram

necessárias largas horas de maquilhagem!

Recentemente, Filipe Vargas aventu-

rou-se na gravação de audiolivros para a

Editora 101 Noites. Já deu voz à antologia

Querida Mãe e prepara o Banqueiro Anar-

quista de Fernando Pessoa. Para o actor

este não é apenas um trabalho de locução:

“tentei encarnar as personagens. Deixei-

-me levar pelo ritmo da escrita, pus-me ao

serviço do texto”.

Ficheiros Secretos

Texto» Patrícia Raimundo

Fotografia» João Bessone

Page 22: Guia da Noite Lx Magazine #4

�0 Guia da Noite Lx magazine

O prato girou no Johnny GuitarInício dos anos 90, sexta-feira à noite. O centro

do mundo é em Lisboa. Numa pequena escadaria,

ali para os lados de Santos, há alguns grupos de

pessoas vestidas de maneira diferente. Há freaks,

punks, rappers, metálicos, rastas. Tudo louco, à

conversa, a abanar a cabeça, a beber, a fumar. No

centro, a árvore que tudo vê.

Ouve-se música. Atravessa as paredes do edifício ao

lado, daquele rés-do-chão a abarrotar de mais gente

vestida de maneira diferente. E há um Dj. Nessa noite

quem está a pôr música é o Nuno Leonel, músico,

actor, realizador, desenhador, etc. Ao lado, uma

amiga, Yen Sung, assiste, como sempre, ao manusear

dos pratos de gira-discos. Aproximamo-nos e escu-

tamos a conversa. “Ouve, Yen, tenho de ir ali num

instante à casa-de-banho, por isso tens de ser tu a

meter o próximo disco. Carregas neste botão, rodas

aquele, depois fazes isto e já está”. Ela não concorda

à primeira, acha que não vai estar à altura da opera-

ção, que se calhar lhe vai dar para lhe tremerem as

mãos… mas acaba por concordar. Durante aqueles

Yen Sung

Origem Moçambique

Tipo de música

house, soul, hip-hop,

drum’n’bass

Onde actua Dj residente

do Lux-Frágil

DJ Shot »

Texto» C. Sá

Page 23: Guia da Noite Lx Magazine #4

Guia da Noite Lx magazine 2�

DJ Shot »

Texto» C. Sá

Page 24: Guia da Noite Lx Magazine #4

�� Guia da Noite Lx magazine

DJ Shot

breves minutos, toma o lugar de Nuno

Leonel na cabine de Dj do Johnny Guitar.

Yen Sung nasceu e viveu em Moçam-

bique até aos 7 anos. O pai, melómano,

tinha muitos discos em casa. Ouvia de

tudo, principalmente música africana

de estilo popular. Mas também música

brasileira ou outro tipo de sons vindos

da América, como soul ou disco. Por isso,

não espanta que tanto na escola pri-

mária como no liceu tivesse procurado

ocupar os tempos livres com o que mais

lhe dava prazer na vida. Cantava nas

festas de escola, no coro escolar e sem-

pre que se proporcionasse.

Veio então a adolescência. Ela gos-

tava de ler umas revistas estrangeiras

e achou muita piada a um artista que

começava a ser muito falado lá fora.

Já era número um nos “states”, para lá

caminhava na Inglaterra, França, Ale-

manha, etc. Só em Portugal não havia

o disco que andava na boca de toda a

gente, o LP da moda – em vinil, claro, por-

que ainda não havia CD’s, DVD’s e MP3.

Até que, um dia, um tio lhe disse

que ia dar uma voltinha até à Suíça.

Yen Sung pediu-lhe uma prenda: que

lhe trouxesse o tal disco de que todos

falavam. O fenómeno. À vinda de terras

helvéticas, a surpresa consumou-se.

O tio não se esquecera e entregou-lho

em mãos: Thriller, de Michael Jackson.

Yen Sung até ouvia muitas outras coi-

sas, como os Boney M ou os The Police.

Mas nada que se comparasse com aquela

frenética paixão. Com aquilo nas mãos

ficou quase… histérica. Ouviu-o vezes

sem conta, dançou, cantou, decorou as

letras todas. Já com o mercado português

mais sincronizado com o resto do mundo,

impotente para resistir ao fenómeno,

começou a comprar todos os singles que

iam sendo editados a partir do disco.

“Billie Jean”, “Thriller”, “The Girl is Mine”,

“Beat it” e por aí fora. As músicas estavam

todas no álbum, como é óbvio. A dife-

rença é que vinham acompanhadas de

inéditos lados B. E ela não podia perder.

A vida foi continuando com a música

sempre por perto. Mas apenas como um

hobby, como qualquer outro. Comprava

as últimas novidades, ia ver uns concertos

e saía muito à noite. Ía até ao Frágil com

os melhores amigos, o Zé Pedro Moura e o

Nuno Leonel. A paixão crescia, mas a vida

dela era outra. Música como futuro? Nem

pensar! A sua vida estava na joalharia,

pensava ela. Em casa já não ouvia Michael

Jackson, mas sempre gostou de pop, rock,

soul e outro tipo de sons em formato

canção. Muito hip-hop também, claro.

Chegava então a febre do house, a que

aderiu desde logo. Como ouvinte, apenas

e só. Até àquela noite no Johnny Guitar.

Ainda chegou a cantar no primeiro disco

dos Da Weasel, mas desistiu do sonho de

ser cantora. Hoje, é uma das melhores do

país naquilo que faz: Dj Yen Sung.

Yen Sung

Page 25: Guia da Noite Lx Magazine #4

Guia da Noite Lx magazine 2�

Metrópolis »

Imagens em movimento, cores, abstracções. Texturas, musicais e visuais, variações em torno da poesia. Electrónica, funk e spokenword juntos fazem de Wordsong um dos projectos mais estimulantes da música experimental portuguesa.

Não é só música, não é só poesia, quem vê

Wordsong ao vivo é brindado com um

espectáculo multimédia, onde som,

imagem e palavras são uma só coisa.

Nascido em 2003 com a edição de um

álbum inspirado na poesia de Al Berto,

o projecto de Pedro D’Orey (Mler If Dada),

Alexandre Cortez (Rádio Macau), Nuno Grácio

e Filipe Valentim (Rádio Macau) tem somado

pontos em Portugal e no estrangeiro. Com Pessoa,

o aclamado segundo álbum que revisita a poesia de

Fernando Pessoa, os Wordsong deram o grande salto

para o reconhecimento internacional, tendo sido

considerados pelo jornal italiano L’Unitá o melhor

projecto multimédia europeu de 2007.

WordsongMúsica para ler

Texto» Patrícia Raimundo

Ilustrações»Rita Sá e Mackintóxico

Page 26: Guia da Noite Lx Magazine #4

Pedro D’Orey, que dá voz às palavras dos

poetas, não esconde o desejo de exportar

este conceito musical: “Gostávamos que o

projecto estivesse no mundo, que quando

se falasse em Portugal se lembrassem

dos Wordsong”.

Se a poesia é a faceta mais conhecida

do projecto, Pedro D’Orey faz questão de

frisar que Wordsong é muito mais que

isso: “Preocupamo-nos muito com o que

fazemos musicalmente. O fio condutor é a

música, não a poesia”.

Sempre com uma componente visual

muito forte, com vídeos de Nuno Franco e

Rita Sá, os Wordsong têm tentado adaptar

os seus espectáculos aos locais onde

actuam. A banda tem experimentado novos

formatos, com músicos convidados, a par

das actuações mais “clássicas”. A partir

de dois concertos no CCB, os Wordsong

preparam agora um DVD, com edição

prevista para breve. Um lançamento que

marca de certa forma o fim de um ciclo na

carreira da banda, que não

deverá apresentar mais Al

Berto e Pessoa ao vivo. “Não

queremos ficar a olhar para o

umbigo. Procuramos

coisas que nos mostrem

novos caminhos”, avança

Pedro D’Orey.

E é um novo caminho que

os Wordsong estão prestes

a trilhar. A banda está já a

preparar o próximo álbum,

que desta vez irá incidir sobre

a obra de vários poetas. A

sonoridade vai continuar na

linha da música electrónica,

estilo em que o grupo está

mais à vontade para criar. O

novo disco começa a ganhar

forma mas, como em qualquer

trabalho de arte experimental,

o importante é o processo

criativo. O vocalista explica

que é neste período que

a banda se sente como peixe na água:

“Estamos a viver este estado de graça de

já termos começado e não sabermos onde

iremos acabar. É nesta fase que somos

mesmo livres”.

�� Guia da Noite Lx magazine

Metrópolis

Com o lançamento de um dvd ao vivo para breve, os Wordsong encerram um ciclo e preparam já o novo álbum, sucessor de Pessoa, que irá revisitar vários poetas.

Page 27: Guia da Noite Lx Magazine #4

Guia da Noite Lx magazine 2�

Metrópolis Metrópolis

Page 28: Guia da Noite Lx Magazine #4

�6 Guia da Noite Lx magazine

Livre Trânsito »

Ana Freedo YouTube para os palcos

Page 29: Guia da Noite Lx Magazine #4

Guia da Noite Lx magazine 2�

Tem apenas 21 anos e começou por colocar

uns vídeos no YouTube em que interpre-

tava covers e alguns originais. Em menos

de um ano alcançou o sucesso e hoje conta

já com mais de 600 mil visitas no YouTube.

Porquê Ana Free?

Quando decidi colocar o meu primeiro

vídeo no YouTube achei que Ana Gomes

Ferreira não soava bem, por isso optei por

Ana Free pelo seu significado e porque

achei que soava muito melhor...

Como surgiu o desejo de partilhares as

tuas músicas através do YouTube?

Coloquei o primeiro vídeo no YouTube

sem nenhuma intenção, só para ver no que

dava. Mas não o teria feito se não estivesse

preparada para aquilo que

poderia acontecer.

As canções que vais colocando

no YouTube funcionam como

um diário?

Não são um diário. Porque tanto sou

capaz de cantar uma música que fiz

quando tinha 16 anos como uma que

escrevi ontem. As minhas músicas são uma

história, uma fase da minha vida, mas não

há uma correspondência temporal entre o

momento em que as criei e o momento em

que as tornei públicas. Mas todas elas são

muito autobiográficas.

Quais são os critérios para escolher as

covers que vais fazendo?

Escolho sempre uma música de que

gosto, mesmo que não sejam muito

conhecidas. Por exemplo, fiz o cover do

“Bright Side Of The Road” de Van Morrison

sabendo que grande parte do meu público

talvez não a conhecesse. Coloco no

YouTube covers de músicas de que gosto,

Livre Trânsito

Ana Freedo YouTube para os palcos

Texto» Diogo Almeida

Ana Freedo YouTube para os palcos

Page 30: Guia da Noite Lx Magazine #4

�8 Guia da Noite Lx magazine

Livre Trânsito

esse é essencialmente o critério principal.

Também existem canções que adoro, mas

que não me sinto capaz de lhes fazer

justiça...

Colocar vídeos no YouTube já faz parte

da tua lista de tarefas diárias?

Não sinto que seja uma obrigação, mas

já estou habituada. É um processo natural,

em que tenho de aprender a letra, os

acordes e esforçar-me para que a música

fique interessante.

Algumas pessoas comparam-te com a

Nelly Furtado. Achas que o teu percurso

poderá ser semelhante ao dela? Come-

çando com um som mais acústico, para

depois abraçares sons mais dançáveis,

como o hip hop ou o r’n’b.

Não me importo que me comparem com

a Nelly. As pessoas precisam de pontos de

referência, é normal. Não sei se conseguirei

mudar inteiramente o meu estilo musical. A

Nelly mudou por completo o seu estilo...

Já recusaste convites de algumas edito-

ras. Para quando o primeiro álbum?

Não recusei, apenas adiei essas

propostas. Na altura, estava na Faculdade

e não queria deixar o curso para trás. Fazer

um álbum é um processo que deve demorar

um ano, no mínimo. Quero reunir as

músicas de que gosto e que encaixem com

a vibe do álbum.

A tua música é claramente de raiz anglo-

saxónica. Pretendes fazer carreira no

estrangeiro?

Quero começar em Inglaterra, mas

pretendo fazer uma carreira global. Nos

países anglo-saxónicos sou

capaz de alcançar mais

popularidade, mas não me

quero estabelecer num

determinado país. Gostaria

de viver em Londres ou nos

Estados Unidos durante algum

tempo, até conseguir ver se

isto vai dar certo ou não...

A tua música deixa transpa-

recer uma grande leveza e

parece ser muito honesta, um

reflexo da tua vida. Com o

passar dos anos, pensas que conseguirás

manter essa honestidade?

Sim, vou tentar ser honesta. As pessoas

têm tendência para dizer que este ou

aquele artista é sold out. Mas na realidade

eles não se venderam, apenas mudaram,

porque todos crescemos, temos as nossas

experiências. Aos 30 anos não vou poder

pensar, nem agir, como se tivesse 21...

É sempre melhor ser honesta, porque

assim não tens de te justificar nem de

te lembrares das mentiras que contaste.

Just be honest, independentemente das

pessoas gostarem ou não do que tocas.

Também elas têm a sua vida, não é?

“Coloquei o primeiro vídeo no YouTube sem nenhuma intenção, só para ver no que dava. Mas não o teria feito se não estivesse preparada para aquilo que poderia acontecer.”

Page 31: Guia da Noite Lx Magazine #4

Guia da Noite Lx magazine 2�

Gisela adianta que não

vale a pena andarmos des-

confortáveis, porque se nota

e é horroroso. Quem não

sabe andar de saltos, não

use saltos altos porque é

pior a emenda que o soneto.

ANDAR CONFORTÁVEL,

esta regra tão simples, mas que ninguém

cumpre, aplica-se a tudo. Gisela constata

“que a maioria das pessoas não sabe

escolher soutiens. Às vezes vê-se um peito

duplo porque se escolheu um soutien mais

apertado que a conta.” Mesmo depois da

afamada queima dos soutiens a mulher

continua a espartilhar-se a si própria.

E para quê?

A especialista esclarece que há tamanhos

e copas diferentes e o primeiro passo é que

cada uma de nós saiba qual é o tamanho cor-

recto. Com as cuecas passa-se exactamente

Esta opinião é para teres em conta, porque foi

a estilista e gestora de imagem Gisela Brito

que a professou quando quisemos saber até

que ponto a mulher do século XXI abandonou

definitivamente o espartilho. Conclusão: a

parte exterior tem alcançado algumas metas,

já a interior (que normalmente não se vê)

continua bastante negligenciada.

Antes de mais nada vamos ao básico. O

homem das cavernas cobria o corpo para se

proteger do frio e consequentemente para

se sentir confortável.

Questão: porque é que tantas vezes nos

esquecemos do conforto?

Texto» Maria João Veloso

Manual de Sobrevivência »

Viva o soutien! Já lá vai o tempo em que as pessoas tinham que andar de caicai, esconder alças do soutien ou andar de alças de plástico. Atreve-te a mostrar rendas e bordados, pérolas e lacinhos por trás do teu decote.

[manual de sobrevivência para mulheres do século xxi]

Page 32: Guia da Noite Lx Magazine #4

30 Guia da Noite Lx magazine

Manual de Sobrevivência

Page 33: Guia da Noite Lx Magazine #4

Guia da Noite Lx magazine ��

a mesma coisa. “Há cuecas que marcam o

traseiro e fica mal, principalmente se trazes

umas calças de linho fininhas brancas.”

“A lingerie é como uma casa: podes pintá-

-la e estar linda mas se entra humidade

acabou”, conclui. Gostámos da metáfora,

lembra-nos que além da roupa não deve-

mos descurar da casa.

Para a nossa gestora de imagem de

serviço a lingerie é a peça de roupa mais

importante do vestuário, uma vez que tudo

o resto assenta ali. Ficámos a saber que um

soutien na medida correcta pode operar

milagres e mudar completamente a figura

da pessoa. Outra coisa que Gisela afirma é

que um soutien bonito tem a vantagem de

poder ser usado como roupa exterior. “Um

soutien giro com uma camisola decotada

ou transparente fica sempre bem.”

Ela fala-nos de lantejoulas e missangas

que em vez de andarem escondidas devem

mostrar-se. “A lingerie já é construída para

se ver”. Experimentem e vão ver que uma

boa peça pode injectar o tal encanto femi-

nino que faltava (há sempre pessoas que

dizem que a rotina é a culpada e vestem

qualquer porcaria). Gisela afiança que tam-

bém trabalha e que demora tanto tempo a

vestir uma peça boa ou medonha. Tentem

fazer em casa que não é perigoso.

É Jean-Paul Gaultier que nos anos 90

começa a pôr pormenores de lingerie na dita

roupa exterior. Esta transformação acontece

mais lentamente em peças mais clássicas e

sobretudo em peças que a mulher comum

vista. É que, lembra Gisela, “não há muita

Madonnas por aí”. Mas como houve quem

quisesse experimentar a tendência ganhou

corpo e hoje em dia já se vêem muitas

miúdas com tops e com as rendinhas à

mostra. “A internet tem sido uma grande

ajuda porque como a informação chega

mais depressa as pessoas habituam-se mais

rapidamente à mudança.”

Há, no entanto, ainda muito complexos,

preconceitos e falsos pudores. A crendice

e o medo do inferno como morada final

estão associados à aversão à lingerie mais

ousada. São apenas mentes perversas que

no íntimo gostavam de ter coragem para

usar uma peça provocante e às vezes até as

usam às escondidas.

Feita de materiais semelhantes aos da

alta costura a lingerie pode ser uma parte

essencial da tua vida desde que tu a rece-

bas de braços abertos.

Se queres uma dicas eficazes não te esque-

ças de clicar em:

www.myspace.com/fashionbybrito

Manual de Sobrevivência

A L. vermelha não é só para meretrizes

A L. bonita não é apenas para ser usada

em dias especiais de corrida, mas

durante os sete dias da semana

Máximas para interiorizar

A L. é para ti, para agradares a ti própria

A L. deve ser tão bem tratada como um

vestido que se leva a um casamento

Page 34: Guia da Noite Lx Magazine #4

3� Guia da Noite Lx magazine

De dia estudava cinema no conservatório na

Rua dos Caetanos. À noite rumava à Rua da

Atalaia. Teve o privilégio de assistir in loco

a uma substituição de fauna no Bairro Alto.

Uma nova estética vinha juntar-se ao fado

e “às moças que atacavam nas ruas”, com

novas tribos a desaguarem por ali com uma

atitude provocadora e frenética. A pândega

instalou-se de malas e bagagens no Bairro

Alto chamando até si artistas, estilistas e

jornalistas, entre outros que tais. Lisboa

“apanhava o comboio” e começava a mexer,

e Rui Reininho não ficou apeado. Tira o

chapéu ao “papa” Manuel Reis que no Frágil

atiça e provoca agradáveis encontros. No

chiquérrimo Bairro procriava intelectual-

mente gente cuja indumentária misturava

rasgões com folhos, anéis e plumas, impor-

tada do conceito dos novos românticos.

A boémia sempre existiu nesta zona lis-

boeta, mas nos anos 80 resolve assumir-se

sem falsas vergo-

nhas. Corre pela

rua fora aquela

pós moderni-

dade toda. Nas

esquinas da(s)

madrugada(s) esbarra com José Nasci-

mento, Ribeiro da Fonte e Ricardo Pais,

seus mestres no conservatório. Daí a brin-

cadeira de chamar às investidas na noite

“aulas nocturnas”. Lições onde está sempre

implícito o princípio hedonista, “que hoje

em dia já começa a fazer falta”, queixa-se.

Nada mau, aprender na prática que o prazer

é o único fim da vida. Agregada a esta sábia

filosofia as pessoas começavam a mostrar-se

um pouco mais deixando cair a(s) máscara(s)

do cinzentismo. Na pop rock havia uma

identidade engraçada. “Eu era lá de cima, os

chamados provincianos, mas também nin-

guém na altura era daqui, a não ser meninos

das avenidas novas, como os Heróis do Mar”.

Na altura já se considerava a Invicta a

capital do rock por razões óbvias. Da sua

safra saem nomes como Rui Veloso, GNR,

Jáfumega, Trabalhadores do Comércio ou

Táxi. Sob influência inglesa, o vocalista dos

Rui ReininhoAulas NocturnasNo Porto, ao som de Iggy Pop & The Stooges, tinha um clube no liceu onde todas as semanas rifavam discos que mostravam a emergente pop britânica. Em Lisboa aprende depressa e bem a filosofia hedonista que estampa em floreados na pop do GNR

Texto» Maria João Veloso

Fotografia» Sérgio Matos

Animal Social »

Page 35: Guia da Noite Lx Magazine #4

Guia da Noite Lx magazine ��

Texto» Maria João Veloso

Fotografia» Sérgio Matos

Animal Social » Animal Social

Page 36: Guia da Noite Lx Magazine #4

3� Guia da Noite Lx magazine

Animal Social

mais livre. Estava a 317 quilómetros do seu

grupo, “uns insuportáveis que faziam a

vida negra aos betinhos”, dos bandidos ou

dos Teddy Boys, os meninos chiques que

entravam nas festas de moto.

Insiste que história do Teddy Boy sempre

existiu. “É coisa de adolescente, uma pul-

são fantástica de se ter. É a altura da vida

em que se pode ser exibicionista, se quer

ser o centro das atenções e ir para o palco.”

Na idade adulta, continuou a ser-lhe

vetada a entrada em determinados lugares

e até pertencia a um grupo engraçado, uns

criativos, outros pintores. Às vezes a von-

tade de ouvir música era tanta

que chegavam a apanhar um

táxi até à Luziamar de Viana

do Castelo, que era o único

sítio nas redondezas que os

deixava entrar.

Em Lisboa deparou-se com

outras dificuldades. Havia

“rivalidades entre bandas.”

Lembra-se das noites loucas

do Rock Rendez-Vous. “Quando os Heróis

estavam a tocar, nós aproveitávamos para

dar umas beijocas às namoradas deles.”

Limitavam-se a fazer o que o Momus dizia

na década de 80 “sex was like handshake

between friends”. A máxima que o sexo

era como um aperto mão entre amigos era

religiosamente cumprida. “Trocava-se um

bocado.” Se a namorada não aparecia à

hora marcada, sabia-se que podia estar na

casa de não sei quem. Estabelece um para-

lelo com os dias de hoje em “que os miúdos

sob o efeito da Ecstasy são orgíacos, mas

talvez de uma maneira mais kamikaze,

porque há a SIDA” . Nos anos 70 tiveram

mais sorte, conclui. “O herpes era ainda o

pior inimigo.”

GNR assume que nunca foi um homem de

Beatles, de michelle(s), ou daqueles slows.

“Gostava mais de The Kinks. Comecei a ouvir

The Stooges e Iggy Pop muito cedo”. Aos 14

anos já ouvia “Raw Power” e “I wanna be

your dog”. Tinha acesso a discos que vinham

directamente de Londres. A música das

festas de amigos no Porto era nitidamente

diferente. Não se sentia apenas atraído

pelas bifas loiraças com quem acabava aos

beijos, os discos que elas possuíam também

eram um chamariz. “Tinham montes de coi-

sas que não havia cá e até discos americanos

como School’s Out de Alice Cooper.”

No secundário chegou inclusivamente a

pertencer a um clube que rifava álbuns todas

as semanas. Importavam som como The Yes

Album, “mas esse era para o povo”. Ele gos-

tava mais daquilo a que hoje chamamos indie

como Iron Butterfly. Sorteavam discos conhe-

cidos e com o dinheiro das rifas compravam

cenas completamente underground.

Ser meio indie, anarquista ou agent

provocateur fechou-lhe apenas as portas

de estaminés no Porto como a Dona Urraca

ou o Twins, que estavam na linha de um

Stones ou de uma Primorosa de Alvalade,

em Lisboa. “Eu nunca entrava porque não

me deixavam. Não tinha visual para aquilo”.

Na capital, do Trumps ao Frágil, sem esque-

cer o Café Vává, ou o Browns, sentia-se

Rui Reininho chama às investidas nas noites “aulas nocturnas”: lições onde está sempre implícito o princípio hedonista, pois para ele o prazer é o único fim da vida.

Seis grandes escritores emprestam as suas palavras. Seis actores de renome entregam-se de voz e alma. Seis magníficos contos ganham vida.

As boas histórias ficam no ouvido

Encomenda os teus livros no site www.101noites.com e poupa 10% sobre o PVP.101 Noites: Tel. 21 343 22 52 | [email protected]

PVP: 13,90€/cada (inclui livro + CD) | Ficheiro digital: 4,50€ (formato mp3)

Page 37: Guia da Noite Lx Magazine #4

Seis grandes escritores emprestam as suas palavras. Seis actores de renome entregam-se de voz e alma. Seis magníficos contos ganham vida.

As boas histórias ficam no ouvido

Encomenda os teus livros no site www.101noites.com e poupa 10% sobre o PVP.101 Noites: Tel. 21 343 22 52 | [email protected]

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Page 38: Guia da Noite Lx Magazine #4

36 Guia da Noite Lx magazine

A meio da adolescência, Rui Rebello da

Silva foi entrevistado pelo Diário de

Notícias. Motivo: desenhava como poucos

jovens da sua idade. “Aos 16, 17 anos era

considerado o melhor ilustrador da minha

geração”, diz hoje, consciente de que esse

foi, precisamente, o problema.

“Julgava-me o maior”, reconhece agora,

numa espécie de justificação para não se

ter aplicado como devia e nunca ter traba-

lhado a sério nessa área. Ou pelo menos

com regularidade, profissionalmente, uma

vez que, ao longo destes anos foi fazendo

vários trabalhos de ilustração, alguns deles

com visibilidade pública. Mas nunca ficou

conhecido. Quer dizer, nunca ficou conhe-

cido pelos desenhos. Porque, em Lisboa,

quem não conhece o Rui Rebello da Silva?

Ou antes, em Lisboa, quem não conhece o

D’Artagnan?

Andar com ele pelas

ruas do Bairro Alto é

uma experiência única.

Porque isso significa

que, de cinco em cinco

minutos, aparece alguém

a travar-nos o passo. Se fosse um simples

“Então, D’Artagnan, tudo bem contigo?”,

a coisa fluía, o passeio continuava sem

grandes sobressaltos. Mas não. Cada vez

que alguém se cruza com ele é uma festa. A

seguir aos cumprimentos habituais, inva-

riavelmente efusivos, vem uma história,

depois uma história arrasta a outra e, pelo

meio, sempre uma piada (muito mais do

que uma) no canto da boca. É um homem

com um sentido de humor invulgar, não

há dúvida. Mas será por isso que conhece

tanta gente?

Não. Ou, pelo menos, não só. Se

D’Artagnan é um comunicador por natu-

reza, a verdade é que tem sido através da

profissão que exerce que tem conhecido

tanta gente. Centenas, milhares, dezenas

de milhares de pessoas – é capaz de não

ser exagero – lhe têm passado pelas mãos.

À porta do Incógnito, onde trabalha há

D’Artagnan, mosqueteiro da noite lisboeta”

Retratos da Noite »

Texto» C. Sá

Page 39: Guia da Noite Lx Magazine #4

Guia da Noite Lx magazine ��

Retratos da Noite

Quem em Lisboa não conhece o D’Artagnan? Um homem com um sentido de humor invulgar e um comunicador por natureza. Além disso, trata-se do porteiro que anda há mais tempo em funções na noite da capital.

Page 40: Guia da Noite Lx Magazine #4

38 Guia da Noite Lx magazine

anos, como antes, noutros míticos clubes e

bares da cidade. “Acho que sou o porteiro

há mais tempo em funções em Lisboa”,

afirma, demarcando-se desde logo da

imagem agressiva muitas vezes associada

à profissão: “E devo ser o que menos

ocorrências de violência tem no currículo.

Aos clientes que têm tendência a abusar,

‘mato-os’ todos só com o paleio…” A seguir,

relembra os lugares por onde tem passado.

“Tudo o que sei sobre a noite aprendi no

Johnny Guitar, no Nova, no Califórnia e no

Incógnito”, conta, apontando este último

como um local peculiar que lhe tem sido

uma autêntica escola, não só de noite, mas,

sobretudo, de vida. É o que ele chama de

“privadinho”, o pequeno recanto entre a

porta de entrada e a sala do piso térreo na

pequena discoteca da Rua dos Poiais de São

Bento. “Anda toda a gente desencontrada,

há pessoas muito sós, a precisar de atenção.

E eu tento proporcionar algum calor”, diz,

ele que não se nega a uma conversa, mais

ou menos íntima, séria ou humorística.

Porque gosta: “É quase doentia a paixão

que tenho pela noite, pelas pessoas.”

Catarina, a companheira, não confirma

que se verifique o inverso, que as pessoas

também tenham paixão por ele. Mas ape-

nas por timidez. D’Artagnan levou-nos à

casa que ambos partilham no coração do

Retratos da Noite

Bairro Alto e foi um amigo, Pedro Nunes,

que, enquanto o visado deu uma escapa-

dela à cozinha, nos desvendou algo da

sua personalidade. “Ele é maravilhoso.

Uma pessoa rara, com uma cultura geral

impressionante e de grande capacidade

de raciocínio. Tenho orgulho em ser amigo

dele!” E foi naquele pequeno andar que,

com vaidade, D’Artagnan nos mostrou

um exemplar do jornal fundado pelo seu

avô em meados do século passado: Os

Satíricos, periódico humorístico, “assumi-

damente contra o regime”,

onde trabalhava Stuart

Carvalhais, um dos melhores

ilustradores portugueses de

sempre. D’Artagnan viveu

desde os três anos em casa

da avó, rodeado de livros e

ilustrações, portanto, perce-

bemos agora de onde herdou

o talento para o desenho. E o

gosto pela leitura. “Cresci de três maneiras

diferentes: fechado no quarto a ler, a dese-

nhar e na rua com os gandins”, diz, pouco

antes de voltarmos a sair para as ruas do

Bairro. A média manteve-se: de cinco em

minutos, um “Então, D’Artagnan, tudo bem

contigo?” prolongava-se para além dos

limites legais. E o riso acaba sempre por

surgir. Pedimos-lhe que nos contasse a sua

piada favorita, mas recusou-se a mencio-

nar alguma das muitas que foi dizendo aos

amigos ao longo da noite. Preferiu escrevê-

la, pedindo desculpa aos leitores que não

sabem inglês: “Oh, Joe, let’s not park here!

Oh, Joe, let’s not park! Oh, Joe, let’s not! Oh,

Joe, let’s! Oh, Joe! Oh!!!!”

“Tudo o que sei sobre a noite aprendi no Johnny Guitar, no Nova, no Califórnia e no Incógnito” conta, apontando este último como um local peculiar que lhe tem sido uma autêntica escola.

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�0 Guia da Noite Lx magazine

martinho da arcada{Baixa} Pç. do Comércio, 3 | 21 886 6213 | © 7h/22h | - Dom. | €€€Com uma esplanada localizada sob as arcadas da Pç. do Comércio, o Martinho é um dos mais antigos e importantes cafés de Lisboa. Tornou-se famoso pelo requintado serviço de chá e torradas feitas no carvão que Eça tanto apreciava. Dos seus clientes habituais faziam parte Bocage, Bulhão Pato, Eça de Queirós, Oliveira Martins, Almada Negreiros entre outros. Mas foi Fernando Pessoa – que o elegeu como escritório e local de inspiração – que o celebrizou. Classificado em 1910 como monumento nacional, hoje é considerado um emblema da cidade de Lisboa.

bota alta{Bairro Alto} Tv. da Queimada, 37 | 21 342 7959 | © 12h/15h;19h/22h30 | - Sábado ao almoço; Domingo | €€€

Aproveitando um espaço típico das antigas tascas lisboetas, o Bota Alta é um restaurante acolhedor e muito simpático. Este restaurante situado no coração do Bairro Alto, não só tenta a curiosidade dos que estão de visita às terras lusitanas, como também os amantes dos históricos ambientes “bairristas”. Com uma ementa inspirada na gastronomia portuguesa e uma excelente carta de vinhos, esta é uma das paragens obrigatórias e

uma excelente opção para jantar antes de rumar aos bares e discotecas do bairro. Por tudo isto, e pela óptima comida tradicional portuguesa, é indispensável preparar de antemão a sua ida, fazendo reserva.

faz figura{Alfama} R. do Paraíso, 15 B | 21 886 89 81 | © 12h30/15h; 20h30/23h | - 2ª ao almoço | €€€ | UO restaurante que faz sempre boa figura. Come-se uma excelente cozinha de fusão (especialidades portuguesas com laivos de requinte da gastronomia internacional) num terraço envidraçado com vista soberba para o

Tejo. Inspire-se pela vista e pelas sugestões dos exímios chefes: morcela com grelos salteados, gnocchi e emulsão de marisco, lombinhos de porco assados no forno com amêijoas e migas de tomate, salada de gambas com gengibre e, à sobremesa, uma tarte tatin de se lhe tirar o chapéu.

Best Of Sabores Típicos

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�� Guia da Noite Lx magazine

Best Of Sabores Gourmet

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pap’açorda{Bairro Alto} R. da Atalaia, 57-59 | 21 346 4811 | © 12h/14h30; 20h/23h30 | - Domingo; 2ª | €€€€ | UUm dos restaurantes mais badalados de Lisboa, onde se vai para ver e ser-se visto, o Pap’Açorda continua a ter a casa cheia e a primar pela qualidade na confecção de pratos da cozinha tradicional portuguesa. Ideal para saborear o melhor da gastronomia nacional com requintes de restaurante de primeira categoria. A decoração acompanha o ambiente cosmopolita, sendo sofisticada e estilizada. Não fossem muitas as caras conhecidas, convém reservar mesa.

casa da comida{Rato} Tv. das Amoreiras, 1 | 21 388 5376 | © 13h/15h; 20h/24h | - Dom.; Sáb. e 2ª ao almoço | €€€€€ | UJá conta com mais de trinta anos de existência e continua a ser uma das opções mais requintadas. Situado junto ao Jd. das Amoreiras, este restaurante possui um pequeno

jardim que convida a um jantar romântico em noites de Verão. Com uma decoração de estilo clássico que espelha o gosto e exigência da sua clientela, esta casa conta com uma estrela Michelin. Na entrada há um bar acolhedor onde podemos estudar a deliciosa ementa. Entre as especialidades destacam-se o foie-gras com maçã ou a raia acompa-nhada de framboesas.

afreudite{Pq. das Nações} Passeio das Garças, Lt. 439, Lj. 1J | 21 894 0660 | © 20h/24h | - Domingo | €€€€O único restaurante da capital especializado em cozinha afrodisíaca. Numa altura em que proliferam os best-seller de autores da América Latina baseados em receitas amorosas, afrodisíacas e afins, o Afreudite não poderia deixar de captar a atenção dos aficcionados em receitas estimulantes. O conceito é original e pegou, e o Afreudite continua a esmerar- -se para oferecer um jantar inspirador para os casais, ou futuros casais, que aqui se deliciam com os sugestivos pratos, como o linguado crepuscular ou o perversão.

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Best Of SabBest Of Sabores do Mundo

pizzeria mezzogiorno{Chiado} R. Garrett, 19 | 21 342 1500 | © 12h30/15h30; 19h30/23h | - Domingo; 2ª ao almoço | €€ | UÀ boa maneira italiana, com direito a pátio interior e tudo, este espaço tem a grande vantagem de ficar no Chiado, coração da cidade, sendo, ao mesmo tempo, um momento de evasão para outras paragens. Além do espaço de restauração, redimensionado e remodelado recentemente, conta também com um cocktail bar, o Intermezzo Cocktail Bar. Ambos os espaços são servidos por esplanada ampla e sossegada no “pátio do Siza”. No acolhedor interior, o cheiro a manjericão não engana: o prato forte são as pizzas. Gerida por dois italianos e um português, a Mezzogiorno é mesmo um sítio para se ir de dia e ficar a sonhar com gôndolas ao sabor de uma pizza com os pergaminhos da tradição alpina.

alfândega{Baixa} R. da Alfândega, 98 | 21 886 1683 | © 10h/2h | - Sáb.; Dom. ao almoço | €€€ |

UÉ o sítio ideal para fazer uma pausa na correria pela cidade. Aqui vem-se para usufruir com calma, quer da comida, luso-internacional, quer do espaço. Antigo armazém da alfândega de Lisboa, herdou desses tempos o chão e as ombreiras de pedra que agora lhe conferem um toque de austeridade contrastante com a decoração de estilo contemporâneo, assinada por designers portugueses. A dinâmica cultural é outra das apostas, sendo possível assistir a concertos de Dj’s e de Vj’s ou até mesmo a exposições.

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Best Of Noites Glamour

bar ba{Chiado} R. das Flores, 116 | 21 340 8252 | © 10h30/1h30 | UIntegrado no Bairro Alto Hotel, o Bar BA faz as delícias de todos os que apreciam um espaço selecto e cosmopolita para um drink ao final do dia ou um cocktail depois de jantar. Com uma arquitectura depurada, pontuada por azulejos rétro, um balcão em madeira de zebrano e uma mesa preta em fibra de vidro rodeada de bancos altos, este bar convida a longas conversas ao som de Dj’s conceituados. Possui ainda uma mezzanine, com vista sobre a Pç. Camões, com lareira, livros e jornais com um ambiente mais intimista. Um must.

maria caxuxa{Bairro Alto} R. da Barroca, 6-12 | © 19h30/2h | - Domingo | USem dúvida, um dos bares da moda da noite alfacinha, o Maria Caxuxa é um dos locais mais in de Lisboa. Os seus proprietários conservaram sabiamente as paredes de mármore, a tradicional tijoleira, os fornos a lenha, as máquinas de pastelaria e uma série de móveis antigos em madeira, herança da antiga fábrica de bolos que ali estava instalada. Ou seja, recuperaram a decoração do tempo da Maria Caxuxa e criaram um espaço acolhedor com óptimo ambiente e uma excelente selecção de Dj’s.

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�8 Guia da Noite Lx magazine

Best Of Noites Cool

PARA LÁ DO ÓBVIO

noobai café{Sta Catarina} Miradouro do Adamastor | 21 346 5014 | © 12h/24h; Dom. 12h/22h | USituado num dos mais belos miradouros da cidade, o Noobai Café é hoje um dos locais mais concorridos de Santa Catarina. Com uma vista panorâmica de cortar o fôlego, o Noobai possui ainda uma sala interior acolhedora para os dias de Inverno. A sua ementa aposta em pratos leves e exóticos como pastas variadas, saladas (a de queijo de cabra é tentadora), bagels, tostas especiais. Se optar por um aperitivo ao pôr-do-sol, o Noobai propõe uma selecção musical a cargo de Dj’s convidados.

estado líquido{Santos} Lg. de Santos, 5 | 21 395 5820 | © 20h/2h O espírito empreendedor do Estado Líquido continua a dar asas à imaginação. Para além do bar e do já conhecido Sushi Lounge – onde pode fazer de uma refeição um momento harmónico, ao som de Sakamoto, chill-out ou acid jazz –, nasceu um novo espaço onde esta especialidade nipónica pode ser degustada de forma criativa. O Fusion Sushi propõe um conceito inovador em que os amantes de sushi podem apreciar as iguarias do chef deitados em camas ou confortavelmente instalados em cima de um lago de carpas koi. Depois, resta aproveitar as “boas energias” adquiridas e extravasar no bar do piso de baixo, o Estado Líquido.

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PARA LÁ DO ÓBVIO

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50 Guia da Noite Lx magazine

Best Of Noites ao Vivo

paradise garage{Alcântara} R. João de Oliveira Miguéns, 38-48 | 21 790 4080 | © 24h/6h | - 2ª a 4ª Esta ampla discoteca de decoração futurista destacou-se como uma das melhores salas de concerto de Lisboa e também pelas after-hours mais famosas da noite da capital (sábados e domingos). Já com nome feito, o Paradise Garage é de facto o paraíso para os noctívagos mais urbanos, em busca das sonoridades mais actuais do momento, ao vivo ou passadas por grandes nomes do Deejaying nacional e internacional.

zdb{Bairro Alto} R. da Barroca, 59 | 21 343 0205 | © 22h/2h | UÉ praticamente o único espaço de arte contemporânea alternativo da cidade, mas também é a única sala de concertos do Bairro Alto. Música electrónica e alternativa são as sonoridades que se podem ouvir aqui, aliadas a espectáculos que exploram a multidisciplinaridade. Fica num enorme casarão

meio arruinado, por isso não se deixe enganar: aqui há cultura, muita agitação e, claro, também um bar que serve copos. Recentemente a ZDB, como é mais conhecida pelos habitués, abriu as suas portas à saudosa Ler Devagar que se instalou no rés-do-chão com um horário adequado aos noctívagos, das 18h às 24h. Para ler e beber.

ondajazz{Alfama} Arco de Jesus, 7 | 21 887 3064 | © 3ª a 5ª 19h30/2h; 6ª e sáb. 19h30/3h | - Dom.; 2ªOs adeptos do jazz conhecem de cor este bar acolhedor situado numa recatada rua de Alfama, bairro até agora desprovido de uma oferta nocturna estimulante. Dedicado às sonoridades jazzísticas, mas não só, o Ondajazz tem uma programação de concertos nas áreas do drum’n’bass, soul e world music. O projecto é de autoria da francesa Corinne, que conseguiu fazer deste antigo armazém de cereais de tectos abobadados um bar com decoração estilizada e elegante. À semelhança dos clubes de jazz, o espaço é pontuado por pequenas mesas e cadeiras que convidam a sentar-se à conversa entre os concertos e deixar-se levar pelos ritmos irresistíveis das bandas de renome que por lá passam.

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Best Of Noites de Dança

musicbox{Cais do Sodré} R. Nova do Carvalho, 24 | 21 347 3188 | © 23h/6h | - Domingo a 3ª | UO MusicBox é hoje dos espaços nocturnos mais in de Lisboa tendo conquistado os lisboetas que ansiavam por um clube de música alternativa. Situado no edifício do antigo Texas Bar, este bar-discoteca tem-se afirmado como promotor das novas tendências urbanas que marcam o ritmo da capital. Com uma intensa programação de concertos, festivais e eventos, o MusicBox já recebeu no seu palco grandes nomes da cena musical nacional e internacional. Este é um espaço multicultural que já dá cartas, das altas, na dinamização de um dos pólos nocturnos mais promissores da capital: o Cais do Sodré.

incógnito{Santos} R. Poiais de São Bento, 37 | 21 390 8755 | © 23h/4h | - 2ª; 3ª | UDesde que abriu, esta discoteca manteve o mesmo conceito. Passar música que, quer seja ou não dançável, se enquadre no chamado espírito alternativo. É um dos raros sítios de Lisboa onde ainda se pode dançar ao som dos indies da década de 80. Ultimamente, o Incógnito tem vindo a apostar numa programação activa com destaque para a música de dança. Não fosse uma morada incontornável da noite lisboeta, a sua pista reduzida mantém-se invariavelmente intransitável a partir das 2h da manhã.

bedroom{Bairro Alto} R. do Norte, 86 | 21 343 1631 | © 22h/4h | - Domingo a 3ªUm quarto muito agitado, sem vista sobre a cidade, onde se vem para ver e ser visto. Decorado com confortáveis sofás Chesterfield, o Bedroom é um espaço sofisticado, meio camaleão, que rapidamente ganhou as graças de uma clientela trendy. Um local agradável, que convida ao bate-papo com os amigos ao som de uma música ecléctica, que varia do funk ao house e electro. Tem porteira e tem pernas para andar.

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5� Guia da Noite Lx magazine

Bota Alta {Portuguesa} Tv.

da Queimada, 37 (Bairro Alto)

21 342 7959 | © 12h/15h;19h/

22h30 | - Sáb. ao almoço;

Dom. | €€€

Brasileira (A) {Café} R.

Garrett, 120 (Chiado) 21 346

9541 | © 8h/2h | €€ | UCafé Buenos Aires {Argentina}

Escadinhas do Duque, 31 B

(Av. da Liberdade) 21 342 0739 |

© 18h/24h; Sáb. e Dom.

15h/24h | - 2ª | €€

Café de S. Bento

{Internacional} R. S. Bento,

212 (S. Bento) 21 395 2911 |

© 12h30/14h30;19h/2h | €€

| UCafé dos Teatros {Café} R.

António Maria Cardoso, 58

(Chiado) 21 325 7658 |

© 11h/1h | - Dom. | €€

Café In {Portuguesa} Av.

Brasília, Pavilhão Nascente,

311 (Belém) 21 362 6248 |

© 12h/24h | €€ | UCafé no Chiado

{Internacional} Lg. do

Picadeiro, 11-12 (Chiado)

21 346 0501 | © 11h/2h |

- Dom. | €€

Café Royale {Vegetariana}

Lg. Rafael Bordalo Pinheiro,

29 (Chiado) 21 346 9125 | © 2ª

a Sáb. 10h/24h; Dom. 10h/20h

| €€

Café S. Bento {Portuguesa}

R. de S. Bento, 212 (S. Bento)

21 395 2911 | © 18h/2h |

- Dom. | €€€ | U

Restaurantes e Cafés

1º Maio {Portuguesa} R. da

Atalaia, 8 (Bairro Alto) 21 342

6840 | © 12h/15h; 19h/23h |

- Sáb. jantar; Dom. | €€

Afreudite {Internacional}

Passeio das Garças, Lt. 439, Lj.

1J (Pq. das Nações) 21 894 0660

| © 20h/24h | - Dom. | €€€

Alcântara-Café

{Internacional} R. Maria Luísa

Holstein, 15 (Alcântara) 21 363

7176 | © 20h/1h | €€€€

Alecrim às Flores

{Portuguesa} Tv. do Alecrim,

4 (Cais do Sodré) 21 322 5368

| © 12h30/15h; 19h30/24h |

€€ | UAlfândega {Portuguesa} R. da

Alfândega, 98 (Baixa) 21 886

1683 | © 10h/2h | - Sáb.; Dom.

almoço | €€€ | UAli-à-Papa {Árabe} R. da

Atalaia, 95 (Bairro Alto) 21 347

41 43 | © 19h30/1h | - 3ª | €€

Amo.te Lisboa {Internacional}

Pç. D. Pedro IV - Teatro

Nacional D. Maria II (Rossio)

21 342 0668 | © 10h/1h; 5ª a

Sáb. até 2h | - Dom. | €€€

Assuka {Japonesa} R. S.

Sebastião, 150 (Pq. Eduardo

VII) 21 314 9345 | © 12h/23h |

- Dom. | €€€€

Aya {Japonesa} R. Campolide,

531, Galerias Twin Towers,

Piso 0/Lj 1.56 (Campolide)

21 727 1155 | © 12h30/15h;

19h/23h | - Dom. almoço; 2ª |

€€€€ | UBanThai {Tailandesa} R.

Fradesso da Silveira, 2 Lj. Dt

(Alcântara) 21 362 1184 |

© 12h/15h30; 19h30/23h30 |

- Dom. | €€€ | UBarra Ibérica {Espanhola} Cç.

da Ajuda, 250 (Ajuda) 21 362

6010 | © 19h30/1h | - Dom. |

€€ | UBBC - Belém Bar Café

{Internacional} Av. Brasília,

Pavilhão Poente (Belém) 21

362 4232 | © 20h/3h | - Dom.

| €€€ | UBengal Tandoori {Indiana}

R. da Alegria, 23 (Av. da

Liberdade) 21 347 9918 |

© 12h/15h; 18h/24h | €€ | UBica do Sapato

{Internacional} Av. Infante

D. Henrique, Arm. B, Cais

da Pedra (Sta Apolónia) 21

881 0320 | © 12h30/14h30;

20h/23h30 | - Dom.; 2ª

almoço | €€€€ | UBlues {Internacional} R. da

Cintura do Porto, 226 (Rocha

Conde d’Óbidos) 21 395 7085

| © 20h/1h | - Dom.; 2ª | €€€€

| UBocca {Internacional} R.

Rodrigo da Fonseca, 87D

(Rato) 21 380 8383 | © 3ª a 5ª

12h30/14h30; 20h/23h; 6ª e

Sáb. até 24h | - Dom., 2ª e

feriados | €€€€ | U

Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Page 57: Guia da Noite Lx Magazine #4

Guia da Noite Lx magazine ��

Calcutá {Indiana} R. do Norte,

17-19 (Bairro Alto) 21 342 8295 |

© 12h/15h; 18h30/23h | - Sáb.;

Dom. | €€

Camponesa (A)

{Internacional} R. Marechal

Saldanha, 23-25 (Bairro Alto)

21 346 4791 | © 12h30/15h;

19h30/23h | - Sáb. ao almoço;

Dom. | €€

Cantinho da Paz {Indiana} R.

da Paz, 4 (Santos) 21 396 9698

| © 12h30/15h; 19h30/23h |

- Dom. | €€€

Cantinho das Gáveas

{Portuguesa} R. das Gáveas,

82 (Bairro Alto) 21 342 6460 |

© 12h/15h; 19h/23h30 | - Sáb.

ao almoço; Dom. | €€€

Casa da Morna {Africana} R.

Rodrigues Faria, 21 (Alcântara)

21 364 6399 | © 19h30h/2h |

- Dom. | €€

Casa do Alentejo

{Portuguesa} R. das Portas de

Sto Antão, 58 (Baixa) 21 340

5140 | © 12h/15h; 19h/23h | €€

Casa do Algarve

{Internacional} Lg. da

Academia de Belas Artes, 14,

r/c (Bairro Alto) © 12h/16h30;

19h/23h30 | - Dom. | €€

Casa do Bacalhau (A)

{Portuguesa} R. do Grilo, 54

(Beato) 21 862 0000 | © 12h/15;

20/23h | - Dom. | €€ | UCasa da Comida

{Internacional} Tv. das

Amoreiras, 1 (Rato) 21 388

5376 | © 13h/15h; 20h/24h |

- Dom.; Sáb. e 2ª ao almoço |

€€€€€ | UCasa México {Mexicana}

Av. D. Carlos I, 140 (S. Bento)

21 396 5500 | © 2ª a 6ª 13h/15h;

Dom. a 4ª 20h/1h; 5ª a Sáb.

20h/2h | €€€

Casanostra {Italiana} Tv. do

Poço da Cidade, 60 (Bairro

Alto) 21 342 5931 | © 12h/15h;

20h/23h | - Sáb. ao almoço; 2ª

| €€€ | UCasanova {Italiana} Cais

da Pedra, Lj 7, Arm. B (Sta

Apolónia) 21 887 7532 |

© 12h30/1h30 | - 2ª e 3ª ao

almoço | €€€ | UCenoura do Rio {Brasileira}

R. da Pimenta, 91 (Pq. das

Nações) 21 895 2641 | © 12h/5h

| - Dom. | €€€

Cervejaria da Trindade

{Portuguesa} R. Nova da

Trindade, 20 (Bairro Alto) 21 342

3506 | © 12h/24h30 | €€€ | UChafariz do Vinho (Enoteca)

{Internacional} R. da Mãe

d’Água à Pç. da Alegria

(Príncipe Real) 21 342 2079 |

© 18h/2h | - 2ª | €€

Charcutaria (II) (A)

{Portuguesa} R. do Alecrim,

47 A (Bairro Alto) 21 342 3845

| © 12h30/15h30; 19h30/23h

| - Sáb. ao almoço; Dom. |

€€€€ | UCome Prima {Italiana} R. do

Olival, 258 (Lapa) 21 397 1287 |

© 12h/15h; 19h/23h30 | - Sáb.

ao almoço; Dom. | €€ | UComida de Santo {Brasileira}

Cç. Engº Miguel Pais, 39

(Príncipe Real) 21 396 3339 |

© 12h30/15h30; 19h30/1h | €€€

Confraria – York House (A)

{Internacional} R. das Janelas

Verdes, 32 - 1.º (Janelas Verdes)

21 396 2435 | © 12h30/16h;

19h30/22h30 | €€€€

Cop’ 3 {Portuguesa} Lg.

Vitorino Damásio, 3 (Santos)

21 397 3094 | © 12h30/23h30

| - Sáb. ao almoço; Dom. |

€€€€ | UDeliDelux {Café} Av. Infante

D. Henrique, Arm. B, Lj. 8 (Sta

Apolónia) 21 886 2070 | © 3ª a

5ª 12h/20h; 6ª 12h/22h; Sáb.

10h/22h; Dom. 10 | - 2ª | €€€

Uma noite com

Joana Dias Apresentadora do CC

Paragens obrigatórias

Esplanada: Graça

Restaurante: Santa Cruz

Bar: Lounge

Discoteca: Lux

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56 Guia da Noite Lx magazine

Divina Comida {Portuguesa}

Lg. de S. Martinho, 6-7

(Alfama) 21 887 5599 |

© 12h/1h | €€

Divina Sedução {Portuguesa}

R. Augusto Rosa, 4 (Sé) 21 888

8144 | © 12h/14h30; 19h/22h30

| - 3ª e 4ª ao jantar; Dom.;

2ª | €€€€

Doca do Espanhol

{Portuguesa} Galeria do

Museu da Cera, Arm. 2, Lj. 12-17

(Docas) 21 393 2600 |

© 12h30/16h; 19h30/24h |

- Dom.; 2ª ao jantar | €€€ | UDom Pomodoro {Italiana}

Doca de Sto Amaro, Arm. 13

(Docas) 21 390 9353 | © 12h/2h

| €€€ | UEl Gordo II {Espanhola} Tv.

dos Fiéis de Deus, 28 (Bairro

Alto) 21 342 6372 | © 17h/2h |

- 2ª | €€€

El Último Tango {Argentina}

R. Diário de Notícias, 62

(Bairro Alto) 21 342 03 41 |

© 19h30/23h | - Dom. | €€€

Eleven {Internacional} R.

Marquês da Fronteira (Pq.

Eduardo VII) 21 386 21 11 |

© 12h30/15h; 19h30/23h |

- Dom.; 2ª | €€€€

Espaço Cabo-Verde {Africana}

Tv. do Falá-Só, 9 (Bairro Alto)

21 342 03 33 | © 12h30/15h;

20h/2h | - Dom.; 2ª | €€

Espalha Brasas {Portuguesa}

Doca de Stº.Amaro, Arm. 9

(Docas) 21 396 2059 | © 12h/2h

| - Dom. | €€€ | U

Esplanada {Café } Pç. do

Príncipe Real (Príncipe Real)

21 346 6076 | © 7h/24h | €€

Esperança {Italiana} R. do

Norte, 95 (Bairro Alto) 21 343

2027 | © 13h/16h; 20h/2h |

- 2ª; 3ª ao almoço | €€€

Farah’s Tandoori {Indiana}

R. de Santana à Lapa, 73 B

(Lapa) 21 390 9219 | © 12h/15h;

19h/22h30 | - 3ª | €€

Faz Figura {Portuguesa}

R. do Paraíso, 15 B (Alfama)

21 886 89 81 | © 12h30/15h;

20h30/23h | - 2ª ao almoço |

€€€ | UFidalgo {Portuguesa} R. da

Barroca, 27-31 (Bairro Alto) 21

342 29 00 | © 12h/15h; 19h/23h

| - Dom. | €€€

Flor da Laranja {Marroquina}

R. da Rosa, 206 (Bairro Alto) 21

342 2996 | © 12h/15h; 20h/24h |

- Dom.; 2ª ao almoço | €€

Flor de Sal {Internacional}

Praça das Flores, 40 (Príncipe

Real) 21 397 5065 | © 12h30/

23h | - 2ª | €€€€

Flores {Internacional} R.

das Flores, 116 (Bairro Alto)

21 340 8252 | © 12h30/15h;

19h30h23h | €€€€

Floresta do Calhariz

{Portuguesa} Rua Luz Soriano,

7 (Bairro Alto) 21 342 5733 |

© 12h/23h | - Dom. | €€ | U

Fusion Sushi {Japonesa} Lg.

de Santos, 5 (Santos) 21 395

5820 | © 12h30/15h; 20h/23h;

6ª e Sáb. até 24h | - Sáb. ao

Almoço; Dom. | €€€€

Gambrinus {Portuguesa} R.

das Portas de Sto Antão, 23

(Restauradores) 21 342 1466 |

© 12h/1h30 | €€€€€ | UGemelli {Italiana} R. Nova da

Piedade, 99 (S. Bento) 21 395

2552 | © 12h30/14h30; 20h/24h

| - Dom.; 2ª | €€€€

Haweli Tandoori {Indiana} Tv.

do Monte, 14 (Graça) 21 886

7713 | © 12h/15h; 19h/22h30

| - 3ª | €€

Hua-Ta-Li {Chinesa} R. dos

Bacalhoreiros, 109 (Jardim do

Tabaco) 21 887 9170 |

© 12h/15h30; 18h30/23h | €

Uma noite com

Cláudia Clemente Realizadora

Paragens obrigatórias

Esplanada: Monasterium

Restaurante: A Travessa

Bar: MusicBox

Discoteca: Lux

Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Page 59: Guia da Noite Lx Magazine #4

Guia da Noite Lx magazine ��

Maharaja {Indiana} R. do

Cardal a S. José, 21-23 (Av. da

Liberdade) 21 346 9300 |

© 12h/15h; 19h/23h | - 2ª | €€

Mar Adentro {Internacional}

R. do Alecrim, 35 (Cais do

Sodré) 21 346 9158 |

© 10h/23h; sáb. 14h/24h; Dom.

14h/22h | €€

Martinho d’Arcada

{Portuguesa} Pç. do Comércio,

3 (Baixa) 21 886 6213 |

© 7h/22h | - Dom. | €€€

Mercearia {Portuguesa} R. da

Madre, 72 (Madragoa) 21 397

7998 | © 12h30/15h; 19h30/23h

| - Dom. ao almoço; 3ª | €€

Montado {Portuguesa} Cç.

Marquês de Abrantes, 40

(Santos) 21 390 9185 |

© 12h/2h | - 2ª e Dom. | €€€

Nariz de Vinho Tinto

{Portuguesa} R. do Conde, 75

(Lapa) 21 395 3035 | © 12h45/

15h; 19h45h/23h | - Sáb. e

Dom. almoço; 2ª | €€€€

Império dos Sentidos

{Internacional} R. da Atalaia,

35 (Bairro Alto) 21 343 1822 |

© 20h/2h | - 2ª | €€€

Jardim dos Sentidos

{Vegetariana} R. da Mãe

d´Água, 3 (Av. da Liberdade)

21 342 3670 | © 12h/15h;

19h/22h | - Sáb. ao almoço;

Dom. | €€ | UKais {Internacional} R. da

Cintura - Cais da Viscondessa

(Rocha Conde d’Óbidos) 21 393

2930 | © 20h/23h30 | - Dom. |

€€€€ | UKê Sushi {Japonesa} R. Vieira

da Silva, 56 (Alcântara) 21 396

3903 | © 19h30/23h30; Sáb. e

Dom. 12h30/15h; 19h30/23h30

| €€€

La Brasserie de l’Entrecôte

{Francesa} R. do Alecrim, 117

(Bairro Alto) 21 347 3616 | ©

12h30/15h30; 20h30/24h | €€€

La Moneda {Internacional}

R. da Moeda, 1C (Santos) 21

390 8012 | © 10h/2h | - Dom.

| €€€ | ULa Paparrucha {Argentina} R.

D. Pedro V (Príncipe Real) 21

342 5333 | © 12h/15h; 19h30/

24h30 | €€€ | ULas Brasitas {Argentina}

Doca de Sto Amaro, Arm.16

(Alcântara) 21 396 0647 |

© 12h/16h; 20h/2h | - 2ª |

€€€ | ULuca {Italiana} R. Stª Marta, 35

(Av. da Liberdade) 21 315 0212

| © 12h/15h; 20h/23h | - Sáb.

almoço; Dom. | €€€ | U

New Wok {Asiática} R. Capelo,

24 (Chiado) 21 347 7189 |

© 12h/15h; 20h/24h | €€€

Noobai Café {Café} Miradouro

do Adamastor (Sta Catarina) 21

346 5014 | © 12h/24h | €€ | UNovo Bonsai {Japonesa} R. da

Rosa, 244 (Bairro Alto) 21 346

2515 | © 12h30/14h; 19h30/

22h30 | - Dom. | €€€

Pitéu (O) {Portuguesa} Lg. da

Graça (Graça) 21 887 10 67 |

© 12h/15h; 19h/22h30 | - Sáb.

ao jantar; Dom. | €€

Sommer {Internacional}

R. da Moeda, 1-K (Santos)

21 390 5558 | © 20h/24h; 5ª a

Sáb. até 2h | - Dom. | €€€€

Olivier {Mediterrânica}

R. Teixeira, 35 (Bairro Alto)

21 343 1405 | © 20h/1h |

- Dom. | €€€€ | U

Olivier Café {Internacional} R.

do Alecrim, 23 (Cais do Sodré)

21 342 2916 | © 20h/1h |

- Dom. | €€€ | U

Uma noite com

JP Simões Cantautor

Paragens obrigatórias

Esplanada: Jerónimos

Restaurante: Assembleia da Rep.

Bar: Basílica da Estrela

Discoteca: CCB

Page 60: Guia da Noite Lx Magazine #4

58 Guia da Noite Lx magazine

Omnia {Internacional} Lg. de

Santos, 9C (Santos) 21 390 3583

| © 20h/23h; 6ª e Sáb. 20h/24h |

- Dom; 2ª | €€€€€ | UOriente Chiado {Vegetariana}

R. Ivens, 28 (Chiado) 21 343 1530

| © 12h/15h; 19h30/22h30 | €€€

Tibetanos (Os) {Vegetariana}

R. do Salitre, 117 (Rato) 21 314

2038 | © 12h/14h; 19h30/21h30

| - Dom. | €€€

Ozeki {Japonesa} R. Vieira da

Silva, 66 (Alcântara) 21 390

8174 | © 12h/15h; 19h30/23h30

| - Sáb. e Dom. almoço | €€€

Pap’Açorda {Portuguesa} R.

da Atalaia, 57-59 (Bairro Alto)

21 346 4811 | © 12h/14h30;

20h/23h30 | - Dom.; 2ª | €€€€

| UPedro das Arábias

{Marroquina} R. da Atalaia, 70

(Bairro Alto) 21 346 8494 |

© 19h30/1h | - Dom. | €€

Picanha {Brasileira} R. das

Janelas Verdes, 96 (Santos) 21

397 5401 | © 12h/15h; 19h30/

24h | - Sáb.; Dom. ao almoço

| €€€ | U

Pizzeria Mezzogiorno

{Italiana} R. Garrett, 19

(Chiado) 21 342 1500 |

© 12h30/15h30; 19h30/24h |

- Dom.; 2ª almoço | €€ | UPragma Lx {Internacional} Al.

dos Oceanos (Pq. das Nações)

21 892 9043 | © 19h30/24h |

- 2ª | €€€€ | UPríncipe do Calhariz

{Portuguesa} Cç. do Combro,

28 (Bairro Alto) 21 342 0971

| © 12h/15h30; 19h/22h30 |

- Sáb. | €€

Restaurante Típico Faia

{Portuguesa} R. da Barroca, 54

(Bairro Alto) 21 342 67 42 |

© 20h/2h | - Dom.| €€€€€

Restô do Chapitô

{Internacional} R. Costa do

Castelo, 7 (Castelo) 21 886

7334 | © 2ª a 6ª 19h30/2h;

Sáb., Dom. e feriados 12h/2h

| €€€ | URock’n Sushi {Japonesa} R.

Fradesso da Silveira, Bl. C

(Alcântara) 21 362 0513 |

© 12h/15h; 20h/2h | €€€

Rosa da Rua {Portuguesa} R.

da Rosa, 265 (Bairro Alto) 21 343

2195 | © 12h30/15h; 16h30h/

24h30 | - 2ª | €€€€ | USanto António de Alfama

{Internacional} Beco de S.

Miguel, 7 (Alfama) 21 888 1328

| © 12h/15h; 20h/2h | - 3ª |

€€€ | USenhora Mãe {Internacional}

Lg. de São Martinho, 6 (Alfama)

21 887 5599 | © 12h30/24h; 6ª e

Sáb. até às 2h | - 3ª | €€€ | USinal Vermelho {Portuguesa}

R. das Gáveas, 89 (Bairro

Alto) 21 343 1281 | © 12h/15h;

20h/1h | - Dom. | €€

Sofisticato {Italiana} R. São

João da Mata, 27 (Santos) 21

396 53 77 | © 19h30/23h; 6ª e

Sáb. até 24h | - 2ª | €€€€

Sokuthai {Tailandesa} R. da

Atalaia, 77 (Bairro Alto) 21 343

2159 | © 20h/2h | - Dom. | €€€

Spot Lx {Internacional} Al. dos

Oceanos (Pq. das Nações) 21

892 9043 | © 18h/3h | €€€€

Stop do Bairro {Portuguesa}

R. Tenente Ferreira Durão, 55

(Campo de Ourique) 21 388

8856 | © 12h/15h30; 19h/23h |

- 2ª | €€ | USul {Internacional} R. do

Norte, 13 (Bairro Alto) 21 346

2449 | © 12h/15h; 20h/2h |

- 2ª | €€€

Sushi Lounge (Estado

Líquido) {Japonesa} Lg. de

Santos, 5 A (Santos) 21 397 2022

| © 20h/3h | - 2ª | €€€

Uma noite com

Rita Sá Artista plástica

Paragens obrigatórias

Esplanada: Noobai

Restaurante: Alfândega

Bar: O Século

Discoteca: Lux

Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Page 61: Guia da Noite Lx Magazine #4

Guia da Noite Lx magazine ��

Tamarind {Indiana} R. da

Glória, 43 (Baixa) 21 346

6080 | © 2ª a 6ª 11h30/15h;

18h30/23h30: Sáb. e Dom. ao

almoço | €€€

Tapadinha (A) {Russa} Cç. da

Tapada, 41 A (Alcântara) 21

364 0482 | © 12h/15h; 20h/2h |

- Dom. | €€€

Tavares Rico {Internacional}

R. da Misericórdia, 37 (Chiado)

21 342 1112 | © 12h30/14h30;

19h30/22h30 | - Dom. | €€€€€

Terreiro do Paço

{Internacional} Pç. do

Comércio (Pç. do Comércio)

21 031 2850 | © 12h30/15h;

20h/23h30 | - Dom. ao jantar

| €€€€€

The House of Vodka

{Internacional} R. Escola

Politécnica, 27 (Príncipe Real)

21 325 9880 | © 19h/4h |

- Dom. | €€€

Tokyo-Lisboa {Japonesa} Cç.

do Sacramento, 34-36 (Chiado)

21 346 9308 | © 12h/15h;

19h/23h | - Sáb.; Dom. ao

almoço | €€€

Toma Lá Dá Cá {Portuguesa}

Tv. do Sequeiro, 38 (Bairro

Alto) 21 347 9243 | © 12h/24h |

- Dom. | €€

Travessa (A) {Belga} Tv.

Convento Bernardas, 12

(Santos) 21 394 0800 |

© 12h30/15h; 20h/24h | - Sáb.

ao almoço; Dom. | €€€€

Tromba Rija {Portuguesa} R.

Cintura do Porto de Lisboa,

Ed. 254, Arm. 1 (Santos) 21

3971 507 | © 12h30/17h;

20h/24h | - Dom. jantar; 2ª

almoço | €€€€

Tsuki {Japonesa} R. Nova de S.

Mamede, 18 (Príncipe Real) 21

397 5723 | © 12h/15h ; 20h/02h

| - 2ª e Sáb. ao almoço | €€€

Uai! {Brasileira} Cais das

Oficinas, Arm. 114 (Rocha

Conde d’Óbidos) 21 390 0111 |

© 13h/15h; 20h/23h | - 3ª e 4ª

ao almoço; 2ª | €€€

Varanda da União

{Internacional} R. Castilho,

14C, 7º (Pq. Eduardo VII) 21 314

1045 | © 12h/15h30; 19h30/

23h30 | - Dom. | €€€€

Vela Latina {Internacional}

Doca do Bom Sucesso (Belém)

21 301 7118 | © 12h30/15h;

20h/22h30 | - Dom. | €€€€

| UVelha Gruta {Internacional}

R. da Horta Seca, 1B (Bairro

Alto) 21 342 4379 | © 20h/24h |

- Dom. | €€€

Vertigo Café {Internacional}

Tv. do Carmo, 4 (Bairro Alto)

21 343 3112 | © 10h/24h | €€

Viagem de Sabores

{Internacional} R. S. João da

Praça, 103 (Sé) 21 887 0189 |

© 20h/23h | - Dom. | €€€

Vírgula {Portuguesa} R.

Cintura do Porto, 16, Arm.B

(Cais do Sodré) 21 343 2002 |

© 13h/15h; 20h/24h | - Dom. |

€€€€ | UXL {Internacional} Cç. da

Estrela, 57 (S. Bento) 21 395

6118 | © 20h/24h | - Dom. |

€€€€ | UYasmin {Internacional} R. da

Moeda, 1 A (Santos) 21 393

0074 | © 19h/2h | - Dom. |

€€€ | U

Bares e Discotecas

Agito R. da Rosa, 261 (Bairro

Alto) 21 343 0622 | © 19h30/3h

| - 2ª

Agra Club R. do Norte, 121

(Bairro Alto) | © 23h/4h |

- Dom.; 2ª

Água no Bico R. de S. Marçal,

170 (Príncipe Real) 21 347 2830

| © 21h/2h

Amo-te Chiado Cç. Nova de S.

Francisco, 2 (Chiado) 21 342

0668 | © 10h/2h | - Dom.

Amo-te Tejo Av. Brasília, Museu

da Electricidade (Belém) 21 363

1646 | © 10h/1h | - 2ª

Arena Lounge Casino de

Lisboa, Al. dos Oceanos, Lote

1.03.01 (Pq. das Nações) 21 892

9046 | © 15h/3h | UArmazém F R. da Cintura do

Porto, Arm. 65 (Cais do Sodré)

21 322 0160 | © 19h30/5h | - 2ª

Artis R. Diário de Notícias,

95-97 (Bairro Alto) 21 342 4795 |

© 20h30/4h

Associação Bacalhoeiro

R. dos Bacalhoeiros, 125, 2º

(Baixa) 21 886 4891 | © 18h/2h,

6ª e Sáb 18h/4h | - 2ª

Page 62: Guia da Noite Lx Magazine #4

60 Guia da Noite Lx magazine

British Bar R. Bernardino da

Costa, 52 (Cais do Sodré)

21 342 2367 | © 8h/24h; 6ª e

Sáb. 8h/2h

Buddha Bar Gare Marítima de

Alcântara (Docas) 21 395 0541 |

© 21h/4h | - 2ª; 3ª | U

Cabaret Maxime Pç. da

Alegria, 58 (Av. da Liberdade)

21 346 7090 | © 22h/6h | UCapela R. da Atalaia, 45

(Bairro Alto) 21 347 0072 |

© 20h/4h

Catacumbas Jazz Bar Tv.

Água da Flor, 43 (Bairro Alto)

21 346 3969 | © 22h/4h |

- Dom.

Chueca R. da Atalaia, 97

(Bairro Alto) 91 957 4498 | © 2ª

a 5ª 19h/2h; 6ª e Sáb. 19h/3h

| - Dom.

Cinco Lounge R. Ruben A.

Leitão, 17 A (Príncipe Real)

21 342 4033 | © 15h/2h

Club Carib R. da Atalaia, 78

(Bairro Alto) 96 110 0942 |

© 22h/3h30

Club Souk R. Marechal

Saldanha, 6 (Bairro Alto)

21 346 5859 | © 22h/4h |

- Dom.; 2ª

Clube da Esquina R. da

Barroca, 30 (Bairro Alto)

21 342 7149 | © 21h30/2h

Clube Lua Av. Infante D.

Henrique, Arm. A-B (Jardim do

Tabaco) © 24h/5h | - Dom.

a 4ª

Cosmos Café Arm. 243,

Pavilhão 5 (Docas) 21 397 2747

| © 12h/4h

Crew Hassan R. das Portas de

Santo Antão, 159 – 1º (Baixa)

© 2ª a Sáb. 14h/24h; Dom.

18h/24h | UDock´s Club R. da Cintura

do Porto, 226 (Rocha Conde

d’Óbidos) 21 395 0856 |

© 24h/6h | - Dom.; 2ª e 4ª

Esquina da Bica Bar R. da

Bica de Duarte Belo, 26 (Bica)

© 22h/2h | - Dom.; 2ª

Estado Líquido Lg. de Santos,

5 (Santos) 21 395 5820 |

© 20h/2h | UEtílico R. do Grémio Lusitano,

8 (Bairro Alto) 21 322 5567 |

© 22h/4h | - Dom.

Europa R. Nova do Carvalho,

28 (Cais do Sodré) © 23h/4h;

6h/10h | 21 342 1848 | UFábrica Braço de Prata R.

da Fábrica do Material de

Guerra, 1 (Beato) © 4ª a Sáb.

18h/4h; Dom. 15h/24h | - 2ª;

3ª | U

Baliza R. Bica Duarte Belo, 51

A (Bica) 21 347 8719 | © 13h/2h;

sáb. 18h/2h | - Dom.

Bar 106 R. de S. Marçal, 106

(Príncipe Real) 21 342 7373 |

© 21h/2h

Bar BA R. das Flores, 116

(Chiado) 21 340 8252 |

© 10h30/1h30 | UBar das Imagens Cç. Marquês

de Tancos, 1 (Castelo) 21 888

4636 | © 11h/2h; Dom. 15h/23h

| - 2ª

Bar do Bairro R. da Rosa, 255

(Bairro Alto) 21 346 0184 |

© 23h30/4h | - 2ª | UBar do Rio Arm. A, Porta 7

(Cais do Sodré) 21 347 0970 |

© 24h/5h | - Dom. a 4ª

BedRoom R. do Norte, 86

(Bairro Alto) 21 343 1631 |

© 21h/2h | - Dom. a 3ª

Bicaense Café R. da Bica

Duarte Belo, 42 (Bica) 21 325

7940 | © 20h/2h | - Dom.;

2ª | U

Uma noite com

Bastard Dj

Paragens obrigatórias

Esplanada: Le Chat qui Pêche

Restaurante: Pap’Açorda

Bar: Crew Hassan

Discoteca: MusicBox

Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Page 63: Guia da Noite Lx Magazine #4

Guia da Noite Lx magazine 6�

Fama R. das Fontaínhas, 86

(Alcântara) 21 314 5247 |

© 23h/4h | - Dom. a 4ª

Fiéis ao Bairro Tv. da Espera,

42 A (Bairro Alto) © 18h/2h

Fiéis aos Copos R. da Barroca,

43 (Bairro Alto) | © 20h/2h

Finalmente R. da Palmeira, 38

(Príncipe Real) 21 347 2652 |

© 22h/5h | UFluid Av. D. Carlos I, 67 (Santos)

21 395 5957 | © 22h/4h

Frágil R. da Atalaia, 126

(Bairro Alto) 21 346 9578 |

© 23h30/4h | - Dom.; 2ª | UFunicular R. da Bica Duarte

Belo, 44 (Bairro Alto) © 22h/2h

| - Dom., 2ª a 4ª | UGaleria Zé dos Bois – ZDB

R. da Barroca, 59 (Bairro Alto)

21 343 0205 | © 22h/2h | UGroove Bar R. da Rosa, 148-

150 (Bairro Alto) © 2ª a Sáb

22h/4h | - Dom. | U

Hard Rock Café Av. da

Liberdade, 2 (Av. da Liberdade)

21 324 5280 | © 12h/24h; 6ª e

Sáb. 12h/2h

Hennessy’s Irish Pub R. do

Cais do Sodré, 32-38 (Cais do

Sodré) 21 343 1064 | © 12h/2h;

6ª e Sáb. 12h/3h

Hot Clube Pç. da Alegria, 39

(Av. da Liberdade) 21 346 7369 |

© 22h/2h | - Dom.; 2ª | UIn Rio Lounge Av. Brasília,

Pavilhão Nascente, 311

(Belém) 21 362 6248 | © 9h/4h

Incógnito R. Poiais de S.

Bento, 37 (Santos) 21 390 8755

| © 23h/4h | - 2ª; 3ª | UIndochina R. Cintura do Porto

de Lisboa, 232 Arm. H (Santos)

21 395 5875 | © 23h/6h |

- Dom.; 2ª

Jamaica R. Nova do Carvalho,

6 (Cais do Sodré) 21 342 1859 |

© 23h/6h | - Dom. | UKais R. da Cintura – Cais da

Viscondessa (Rocha Conde

d’Óbidos) © 20h/23h30 |

- Dom. | UKonvento Pátio do Pinzaleiro,

22-26 (24 de Julho) 21 395 7101

| © 24h/6h | - Dom. a 4ª

Kremlin R. Escadinhas da

Praia, 5 (24 de Julho) 21 395

7101 | © 24h/8h | - Dom.;

2ª a 5ª

L Gare R. da Rosa 136 (Bairro

Alto) © 17h/2h | - Dom. e 2ª

Le Goût du Vin R. de S. Bento,

107 (São Bento) 21 395 0070 |

© 19h/2h | - Sáb.

Left Lg. Vitorino Damásio, 3

F (Santos) 91 635 9406 | © 3º a

Dom. 22h/4h | - Dom.| ULes Mauvais Garçons R. da

Rosa, 39 (Bairro Alto) 21 343

3212 | © 12h/1h | ULink Club Arm. E-15 (Jardim

do Tabaco) © 22h30/6h; after-

hours 7h/12h | - Dom.; 2ª

Loft R. do Instituto Industrial,

6 (Santos) 21 396 4841 |

© 24h/6h | - Dom. a 4ª

Lounge Bar R. da Moeda, 1

(Santos) 21 846 2101 | © 21h/4h;

6ª e sáb. 22h/4h | - 2ª | )Lux-Frágil Av. Infante

D. Henrique, Arm. A (Stª

Apolónia) 21 882 0890 |

© 18h/6h | - Dom.; 2ª | )Majong R. da Atalaia, 3 (Bairro

Alto) 21 342 1039 | © 21h30/4h

| UMaria Caxuxa R. da Barroca,

6-12 (Bairro Alto) © 19h30/2h |

- Dom. | U

Uma noite com

André Murraças Autor e encenador

Paragens obrigatórias

Café: Kaffehaus

Restaurante: Porto de Abrigo

Bar: Baliza

Discoteca: Lux

Page 64: Guia da Noite Lx Magazine #4

6� Guia da Noite Lx magazine

Maria Lisboa R. das

Fontainhas, 86 (Alcântara) 21

362 2560 | © 6ª e vésp. feriados

23h30/6h | - Dom. a 5ª

Mexecafé R. Trombeta, 4

(Bairro Alto) 21 347 4910 |

© 22h/4h | UMezcal Tv. Água da Flor, 20

(Bairro Alto) 21 343 1863 |

© 21h30/4h | UMini-Mercado Av. D. Carlos I,

67 (Santos) 96 045 1198 |

© 22h/4h | - Dom.; 2ª | UMood Lg. Trindade Coelho, 22-

23 (Bairro Alto) 21 342 4802 |

© 22h30/4h | - Dom.; 2ª

MusicBox R. Nova de

Carvalho, 24 (Cais do Sodré)

21 347 3188 | © 23h/6h |

- Dom. a 3ª | UNapron R. da Barroca, 111

(Bairro Alto) © 22h/4h |

- Dom.; 2ª

O Bico – Gayleria Bar R. de Stª

Catarina, 28 (Bairro Alto)

21 346 1042 | © 19h/2h

O’Gillins Irish Bar R. dos

Remolares, 8 (Cais do Sodré)

21 342 1899 | © 11h/2h30

OndaJazz Arco de Jesus, 7

(Alfama) 21 887 3064 | © 3ª a 5ª

19h30/2h; 6ª e Sáb. 19h30/3h |

- Dom.; 2ª

Op Art Café | Doca de St.

Amaro (Docas) 21 395 6787 |

© 15h/2h; 6ª 15h/7h;

Sáb. 13h/7h | - 2ª | UParadise Garage R. João

de Oliveira Miguéns, 38-48

(Alcântara) 21 790 4080 |

© 24h/6h | - 2ª a 4ª

Pavilhão Chinês R. D. Pedro V,

89 (Príncipe Real) 21 342 4729 |

© 18h/2h; Dom. 21h/2h | UPedra Pura R. da Pimenta

(Pq. das Nações) 21 892 2201 |

© 23h/5h | - Dom.; 2ª, 3ª e 5ª

Plateau R. Escadinhas da

Praia, 7 (24 de Julho) 21 396

5116 | © 22h/6h | - Dom.;

2ª, 4ª

Porão de Santos Lg. de

Santos, 1 (Santos) 21 396

5862 | © 10h/4h; sáb. 19h/4h

| - Dom.

Portas Largas R. da Atalaia,

105 (Bairro Alto) 21 346 6379 |

© 20h/3h30

Project Bar Av. Dom Carlos I,

nº 61 – 1º (Santos) 96 391 0337

Purex R. das Salgadeiras, 28

(Bairro Alto) 21 342 8061 |

© 23h/4h | - 2ª | URock in Chiado Café R. Paiva

Andrade, 7 (Chiado) 21 346

4859 | © 11/3h | - Dom. | USantiago Alquimista R. de

Santiago, 19 (Castelo) 21 888

4503 | © 2ª a 4ª 18h/2h; 5ª a

Sáb. 18h/4h; Dom. 20h/2h | USéculo (O) R. de O Século, 78

(Bairro Alto) 21 323 4755 |

© 9h/2h | - Dom.

Sétimo Céu Tv. da Espera, 54

(Bairro Alto) 21 346 6471 |

© 22h/2h

Sítio do Cefalópode Lg. do

Contador-Mor (Castelo)

21 888 0440 | © 22h/2h |

- Dom.

Skones R. da Cintura – Cais

da Viscondessa (Rocha Conde

d’Óbidos) 21 393 2930 |

© 23h/5h | - Dom.; 2ª

Snob R. do Século, 178

(Príncipe Real) 21 346 3723 |

© 16h30/3h | USolar do Vinho do Porto

R. S..Pedro de Alcântara, 45

(Alcântara) 21 347 5707 |

© 14h/24h | - Dom.

Speakeasy Cais das Oficinas,

Arm. 115 (Rocha Conde

d’Óbidos) 21 396 4257 |

© 20h/3h; 5ª a Sáb. 20h/4h |

- Dom. | U

Uma noite com

Flak Músico

Paragens obrigatórias

Esplanada: Noobai

Restaurante: Ozeki

Bar: Lounge

Discoteca: Lux

Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Page 65: Guia da Noite Lx Magazine #4

Guia da Noite Lx magazine 6�

Tasca do Chico R. Diário de

Notícias, 39 (Bairro Alto)

© 12h/4h

Tejo Bar Beco do Vigário, 1

(Alfama) © 22h/2h

Terraço (O) Cç. Marquês de

Tancos, 3 (Castelo) | © 12h/21h

Tertúlia R. Diário de Notícias,

60 (Bairro Alto) 21 346 2704 |

© 20h30/4h | - Dom.

Tokyo R. Nova do Carvalho, 12

(Cais do Sodré) 21 342 1419 |

© 23h/4h | - Dom. | UTrumps R. da Imprensa

Nacional, 104 B (Príncipe

Real) 21 397 1059 | © 6ª, Sáb.

e vésp. feriados das 23h45/6h

| - 2ª a 5ª

Tuatara R. do Centro Cultural,

27 (Alvalade) 21 849 8953 |

© 10h/7h | - Dom.

Última Sé Tv. do Almargem, 1º

B, C (Castelo) 21 886 0053 |

© 4ª a sáb. 22h/4h; dom.

17h/24h | - 2ª; 3ª

Void Club R. Cintura do

Porto, Arm. H, Naves A-B

(Rocha Conde d’Óbidos)

21 395 5870 | © 23h/6h | -

Dom.; 2ª | U

Xannax Club R. do Século,

138 (Bairro Alto) 96 940 7730

| © 12h/20h; 23h/4h | - 2ª;

3ª | UXafarix R. D. Carlos I, 69

(Santos) 21 396 9487 |

© 22h30/4h | - Dom.

Estes e muitos outros

restaurantes e bares

de todo o país em

www.guiadanoite.net

© Horário

- Dias de encerramento

U Fumadores

ou área específica

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Directora editorial Sandra Silva | Coordenação editorial Fernanda Borba | Assistente Editorial Patrícia Raimundo | Redacção C. Sá, Diogo Almeida, Fernanda Borba, Maria João Veloso, Myriam Zaluar, Patrícia Maia, Patrícia Raimundo, Pedro Garcia, Sandra Silva, Sasha Medeiros, Sónia Cardoso, Vítor Belanciano | Revisão Fernanda Borba |

Design gráfico e paginação Inês Sena | Fotografia Filipe Rebelo, João Silveira Ramos, Pedro Cláudio, Rita Carmo, Sérgio Matos | Fotografia da capa Inês Sena | Ilustração Alexandre Cortez, Mackintóxico, Rita Sá | Impressão Sogapal | Copyright 101 Noites – Criação de Produtos Culturais, Lda | Tiragem e circulação: 35.000 exemplares | Periodicidade Trimestral

Contacta-nos! [email protected] | [email protected] 101 Noites - Criação de Produtos Culturais, Lda | Largo de Stº Antoninho, nº 3 | 1200-406 Lisboa | Tel. 21 343 22 52 | [email protected] | www.101noites.com | www.myspace.com/101noites www.guiadanoite.net

Uma noite com

Afonso Cruz Escritor

Paragens obrigatórias

Esplanada: British Bar

Restaurante: Novo Altair

Bar: Baliza

Discoteca: Fáb. Braço de Prata

Page 66: Guia da Noite Lx Magazine #4

6� Guia da Noite Lx magazine

Os seus Dj sets com sabor a funk e soul

são bem conhecidos por quem anda na

noite. Muitos são os que o ouvem nos

programas Hora do Sol e Planeta Jazz

ou mesmo na rubrica Heróis do Ar, todos

da Rádio Oxigénio.

Este artista versátil, que também é músico

dos Cool Hipnoise, Spaceboys e do Cais

do Sodré Funk Connection – a primeira

banda residente do MusicBox – aceitou o

desafio de dar-nos música numa playlist

exclusiva para esta edição.

Bag Of Soul 10

Georgia Anne Muldrow » Melanin

Sam The Kid » Negociantes

The Spinners » It’S A Shame

Rick James » Give It To Me

Sa-Ra » Death Of A Star

Masters At Work » Expensive Shit

Nephews Of Fella » Uhuru

Rep Life » Change 4 A Dollar

Dkd » Future Rage

Cool Hipnoise » Dias De Confusão

(Riot Remix)

Tiago Santos dá-nos música

Banda Sonora »

Page 67: Guia da Noite Lx Magazine #4

guiadanoite.netA nova bússola da noite

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Page 68: Guia da Noite Lx Magazine #4

#4 -

Ou

ton

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Dis

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#4 -

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