Grupos Terapêuticos: Grupos Focais para atendimento de Dependentes Químicos - Rubens Gomes Corrêa...
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II CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE MENTAL E DEPENDÊNCIA QUÍMICA
II Simpósio Multidisciplinar sobre Substâncias Psicoativas
Grupos Terapêuticos Grupos Focais para Atendimento de
Dependêntes Químicos
Rubens Gomes Corrêa
TEMAS
1. Comunidades Terapêuticas - Histórico 2. Recuperação em Grupo Focal –
(dissertação mestrado) - logoterapia 3. Pesquisa - Tese doutorado 4. Espiritualidade na prevenção e
recuperação 5. Curso de Reabilitação 6. Educação libertadora como processo
de recuperação e prevenção de reacída
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1. Comunidades Terapêuticas Histórico
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HISTÓRICO
• Frederich B. Glaser: "As origens da Comunidade Terapêutica sem
drogas: uma história retrospectiva“ – CT existencia há mais de dois mil anos.
• Os Therapeutrides em Alexandria • Filon de Alexandria (25 a.C. a 45 d.C.) - Comunidade de agentes de
cura (os therapeutrides) - doenças “incuráveis” da alma.
• 1860 – Associação Cristã do I Século - Esse grupo buscava um estilo de vida mais fiel aos ideais cristãos, e se encontravam várias vezes por semana para ler e comentar a Bíblia – honestidade. 1900: Rearmamento - Moral.
• 1877 – Movimento Cruz Azul - Fundado em Genebra, Suíça, com 125 anos de história, Cruz Azul é um movimento cristão.
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• Federação Internacional das Comunidades Terapêuticas em números: – 83.296 membros
– 51 países afiliados
– 3.000 grupos ativos de alcoólicos e dependentes químicos
– 1.632 colaboradores assalariados
– 167 escritórios de aconselhamento
– 155 centros de tratamento
• 1921 - Oxford - Fundada por Frank Buchman, ministro evangélico luterano, e pelo Dr. Samuel Shoemaker, clérigo episcopal da Igreja Episcopal do Calvário de Nova York.
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Grupo Oxford
• Dr. Frank Buchman – Fundador do Grupo Oxford
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Influencias Religiosas
• As primeiras influências religiosas sobre o grupo de Oxford e o dos Alcoólicos Anônimos (AA) ressurgem como componentes da moderna Comunidade Terapêutica (CT).
• Ética do trabalho,
• Cuidado mútuo,
• Orientação partilhada,
• Valores cristãos: honestidade, pureza, altruísmo, amor, autoexame, reconhecimento dos defeitos de caráter, reparação e o trabalho em conjunto.
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1935 - Alcoólicos Anônimos (AA)
• Fundado em Akron, Ohio, por dois alcoólicos em recuperação: Bill Wilson, corretor em NY, e Bob Smith, médico de Akron.
• A história da AA é uma exposição completa dos princípios e tradições dos 12 passos descritas na literatura, principalmente em Alcoólicos Anônimos que Atingem a Maioridade, escrito por Bill em 1957.
• No século XIX, vários “bebedores” em recuperação fundaram um movimento denominado Washingtonianos. Esse movimento, que logo se extinguiu, continha alguns elementos que mais tarde apareceram nas CTs, incluindo o apelo à abstinência, a propaganda de sua mensagem a outras pessoas e a prática da autoavaliação durante reuniões do grupo. RUBENS GOMES CORREA
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Os 12 passos e as 12 tradições da AA
• Princípios que guiam o individuo no processo de recuperação. Esses passos e tradições enfatizam a perda de controle da pessoa com relação a substância e a entrega a um “poder superior”.
• Autoexame, a busca de ajuda do poder superior para a mudança do próprio eu,
• Reparação de males que tem causado uns aos outros,
• Oração na luta pessoal e o oferecimento a outras pessoas de ajuda para que entrem num processo semelhante.
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Alcoólicos Anônimos
• Fundadores do Alcoólicos Anônimos
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1958 – Synanon
• O Synanon foi fundada na cidade de Santa Mônica na Califórnia, por Charles Dederich, um alcoólico em recuperação que uniu suas experiências no AA a outras influências filosóficas, pragmáticas e psicológicas.
• O inicio foi despretensioso e tinha características clássicas de um grupo de autoajuda. Dederich, ao lado de vários companheiros de AA iniciou em seu apartamento grupos semanais de “associação livre”. - “O jogo”, resultando em claras mudanças psicológicas nos participantes, incluindo o próprio Dederich, surgindo então uma nova modalidade de terapia.
• Um ano mais tarde, em agosto de 1959, a organização se tornou uma comunidade residencial para tratar de todos os usuários abusivos, independente da sua substância preferida. RUBENS GOMES CORREA
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Synanon
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1959 - Desafio Jovem de Nova York
• Fundado pelo reverendo Davi Wilkerson que iniciou o trabalho com gangues de New York. David é talvez mais conhecido por seus primeiros dias de ministério para jovens dependentes químicos e membros de gangues, em Manhattan, Bronx e Brooklyn - New York.
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Desafio Jovem
David Wilkerson Fundador do Desafio Jovem
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Daytop • Organização de tratamento para dependentes , instalações
em Nova York e Nova Jersey - fundada em 1963 pelo Dr. Daniel Casriel, juntamente com o monsenhor Dom William B. O’Brien, padre católico, fundador e presidente da Federação Mundial de Comunidades Terapêuticas.
• Espécie de casa de passagem para dependentes condenados.
• O programa Daytop, considerado um dos mais antigos programas de tratamento para dependentes químicos dos Estados Unidos, enfatiza o papel da interação entre pares.
• É também descrito como "uma comunidade de apoio emocional em que as pessoas se sentem seguras, mas, ao mesmo tempo são mantidas estritamente responsáveis pelo seu comportamento".
• Estima-se que 85% dos pacientes tratados em Daytop permanecem em manutenção de abstinência ao longo da vida.
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Daytop
• 1962- Daytop - New York - Daytop ou Vila Daytop
Daniel Harold Casriel – 1924 - 1983
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Algumas Comunidades Terapêuticas no Brasil
• 1969 - Movimento Jovens Livres – Anápolis, Goiás
• 1972 - Desafio Jovem de Brasília – DF
• 1973 - Esquadrão da Vida de Bauru – SP
• 1975 - Desafio Jovem de Taubaté – SP
• 1975 - Molivi – Movimento para Libertação de Vidas – Maringá/PR
• 1977 - Crenvi – Casa de Recuperação Nova Vida – Curitiba/PR.
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HISTÓRICO
• Maxwell J. – Revoluciona e democratiza, diminuindo drasticamente a separação entre os diferentes níveis, estimulando a comunicação entre todos os membros, no processo terapêutico, fazendo com que os internos participassem da condução do dia-a-dia da Comunidade.
• Maxwell J. - Ressalta a participação ativa dos internos.
Envolvimento de sentimentos, permitindo a redução de tensões sociais.
• Elena Goti, em 1997, lembrando que a CT não se destina a todo tipo de dependente - Internamento voluntario e que o residente é o principal ator de sua cura, ficando a equipe com o papel de proporcionar apoio e ajuda. RUBENS GOMES CORREA
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HISTÓRICO
• George De Leon, em 2000, enfatiza que a CT é uma abordagem de auto-ajuda, fora das correntes psiquiátricas, psicológicas e médica. Fala sobre a natureza terapêutica de todo o ambiente, sobre sua grande flexibilidade, no enfoque da pessoa como um todo e diz que é um processo a longo prazo, que deve resultar em mudança pessoal e no estilo de vida e adverte sobre o perigo de serem introduzidas práticas que contrariem a essência da proposta da CT.
• Bibliografia Básica • 1. DE LEON, George. A Comunidade Terapêutica: Teoria,
Modelo e Método. Ed. Loyola, 2003; • 2. FEBRACT. Drogas e Álcool - Prevenção e Tratamento. Ed.
Komedi, 2001; • 3. GOTI, M.E. La Comunidad Terapéutica - Um desafio e la
droga. Ed. Nueva Vision, 1990. RUBENS GOMES CORREA
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2. Recuperação em Grupo Focal Logoterapia
Comunicação Terapêutica
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Grupo Focal
Logoterapia
Trajetória em Espiral
Sentido da Vida
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O que é um Grupo Focal (GF)
• Um grupo focal (GF) é um grupo de discussão informal e de tamanho reduzido, com o propósito de obter informações de caráter qualitativo em profundidade.
• Estava com um problema e um objetivo relativo à recuperação de usuários de drogas, portanto um grupo que se encontrava reunido em uma Casa de Recuperação, com uma meta comum – a recuperação.
• Tinha um grupo constituído de pessoas do sexo masculino, adultas, pertencentes à classe média baixa, usuários de drogas, com um interesse comum que atende às características do Grupo Focal quanto a sua constituição, e o torna mais produtivo segundo Westphall et al (1996). Tem-se portanto, uma amostra intencional. RUBENS GOMES CORREA
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• É uma técnica rápida e de baixo custo para avaliação e obtenção de dados e informações qualitativas, fornecendo uma grande riqueza de informações qualitativas sobre o desempenho de atividades desenvolvidas, prestação de serviços, novos produtos ou outras questões.
• Revelar as percepções dos participantes sobre os tópicos em discussão.
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• O grupo deve ser composto de 7 a 12 pessoas. As pessoas são convidadas para participar da discussão sobre determinado assunto.
• Normalmente, os participantes possuem alguma característica em comum.
• Por exemplo: compartilham das mesmas características demográficas tais como nível de escolaridade, condição social.
• Deve ser dirigido por duas pessoas: uma conversando e a outra anotando. Quem está escrevendo não deve interferir para não misturar os papéis.
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• O moderador do grupo focal levanta assuntos identificados num roteiro de discussão e usa técnicas de investigação para buscar opiniões, experiências, ideias, observações, preferências, necessidades e outras informações.
• O moderador incentiva a participação de todos, evitando que um ou outro tenha predomínio sobre os demais, e conduz a discussão de modo que esta se mantenha dentro dos tópicos de interesse.
• O moderador não deve fazer julgamento e sim salientar as ideias relevantes e encorajar a darem segmento às perguntas.
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As principais características de um grupo focal são
• Cada sessão dura de uma a duas horas; • A conversação concentra-se em poucos tópicos
(no máximo 5 assuntos); • O moderador tem uma agenda onde estão
delineados os principais tópicos a serem abordados. Estes tópicos são geralmente pouco abrangentes, de modo que a conversação sobre os mesmos se torne relevante;
• Utiliza questões e respostas não estruturadas, podendo contribuir trazendo novas ideias sobre o assunto que está sendo investigado.
• Deve captar informações e não dar informações. RUBENS GOMES CORREA
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Etapas no Preparo e Condução do GF • 1. Seleção da equipe • 2. Seleção dos participantes • 3. Duração do evento e o seu local de realização Uma a duas horas e devem ser conduzidas num local
com certo grau de privacidade. Cada participante deve falar em torno de 10 minutos. A sala deve ser equipada com recursos para gravação
da discussão, sendo que este fato deve ser comunicado aos participantes, assegurando-lhes anonimato e uso exclusivo das gravações para as finalidades da pesquisa.
A mesa deve ser redonda. Caso seja quadrada ninguém deve assentar na cabeceira. Os participantes devem ser informados da existência de observadores da discussão.
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4. Elaboração do roteiro de discussão • Preparar um esboço que cobre os tópicos e assuntos a serem
discutidos. • Deve conter poucos itens permitindo flexibilidade para dar
prosseguimento a temas não previstos, porém relevantes. • As primeiras questões discutidas devem ser de caráter geral e
abordagem fácil, para permitir a participação imediata de todos.
• Perguntas diretas podem ser facilmente codificadas e analisadas.
• O objetivo é obter o envolvimento e fluidez na conversação. • Em seguida, questões mais específicas e de caráter mais
analítico podem ser apresentadas. Além de outras perguntas surgidas pelas respostas dadas anteriormente.
• O roteiro fornece a base para que o facilitador possa explorar, investigar e fazer perguntas. É mais fácil manter o foco das discussões de cada tópico se for elaborada uma pergunta.
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5. Condução da entrevista Estabeleça um bom ambiente. Em geral os
participantes não sabem o que vai ocorrer. O facilitador deve esboçar a finalidade e o
formato da discussão no começo da sessão. Deve ser dito que a discussão é informal,
que deve ter a participação de todos e que divergências de opiniões são bem vindas. As perguntas devem ser cuidadosamente construídas.
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Certos tipos de perguntas impedem as discussões em grupos - sim ou um não são unidimensionais e não estimulam discussões.
Perguntas do tipo “por que” colocam as pessoas na defensiva e as obrigam a se posicionar apenas de um lado.
Perguntas abertas são mais úteis porque permitem aos participantes contar a sua história, com suas próprias palavras e adicionar detalhes que podem resultar em descobertas inesperadas.
Se a discussão for excessivamente ampla, o facilitador pode limitar as respostas. Usar técnicas investigativas: quando os participantes dão respostas incompletas ou irrelevantes, o facilitador deve buscar respostas mais completas e claras.
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• 6. Registro da discussão
É útil fazer gravação e filmagem em paralelo as notações escritas. As notações devem ser bastante completas e refletir o conteúdo da discussão bem como os comportamentos não verbais (expressões faciais, gestos, etc.).
Logo após cada grupo focal a equipe deve resumir a informação, as suas impressões e as implicações das informações para o estudo.
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• 7. Análise dos resultados • Após cada sessão a equipe deve reunir as anotações do trabalho, os
sumários e qualquer outro dado relevante para analisar tendências e padrões.
• Recomenda-se a utilização do seguinte método: • Ler todos os resumos ao mesmo tempo: observe as tendências e padrões
potenciais, opiniões solidamente mantidas ou frequentemente expressas. • Ler cada transcrição. Destaque as partes que correspondam às perguntas
guias da discussão e faça marcações em comentários que possam ser usados no relatório final.
• Analise cada pergunta separadamente: após rever todas as respostas, escreva um sumário que descreva a discussão.
• Separar em categorias .
• Ao analisar os resultados a equipe deve considerar: • Palavras: avalie o significado das palavras utilizadas pelos participantes. • Contexto • Concordância interna • Precisão de respostas • Quadro geral • Propósito do relatório
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Vantagens e Desvantagens dos Grupos Focais VANTAGENS LIMITAÇÕES
Baixo custo
Fornece resultados rápidos Formato flexível, permitindo que o moderador explore
perguntas não previstas e incentive a interação entre os
participantes
Formato flexível torna susceptível à maneira de ser do moderador
Eficientes para obter informações qualitativas Não fornece dados quantitativos
Eficiente para esclarecer questões complexas no
desenvolvimento de projetos
Adequado para medir o grau de satisfação das pessoas
envolvidas
Informações obtidas não podem ser generalizadas e podem ser
difíceis de serem analisadas
Não garante total anonimato
Exige facilitador/moderador com experiência em conduzir grupos
Depende da seleção criteriosa dos participantes
As discussões podem ser desviadas ou dominadas por poucas
pessoas
Comentários devem ser interpretados no contexto do grupo RUBENS GOMES CORREA
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DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Visualizando Possibilidades de Recuperação de
Usuários de Drogas em
Grupos Focais RUBENS GOMES CORREA
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Jogo: “Em busca de um novo sentido para a vida na recuperação de farmacodependentes”
Significados da farmacodependência:
Perturbações, Mudanças, Limitações,
Tratamentos e Conflitos, Considerado
como “crise aguda”, Interrupção de Hábitos
e padrões comuns à vida da pessoa.
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Cartas no sentido da busca da causa da
doença, significados simbólicos, coletivos
ou negativos da doença, saúde/ doença, família, trabalho, bens,
amizade, educação.
Quando começa a voltar a atenção para o exterior, através de compreensão da causa de sua doença, agindo de modo responsável para evitar seu retorno ou sua recaída.
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Os significados da doença,
autenticidade, valores,
qualidade de vida e o próprio
ser humano.
Quando o indivíduo começa a examinar suas experiências dentro de uma estrutura de significados mais amplos.
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Visualizando Possibilidades de Recuperação de Usuários de Drogas em Grupos Focais
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RESULTADOS -CATEGORIAS
1. Tornando-se usuário 2. Sofrendo por ser dependente 3. Sentindo-se isolados 4. Tendo dificuldades para expressar-se em grupo 5. Avaliando a consequência da droga 6. Assumindo a responsabilidade 7. Comentando a internação 8. Discutindo sobre a recuperação 9. Descrevendo suas crenças e valores 10.Assumindo que é usuário de drogas 11.Avaliando a estratégia utilizada 12.Redescobrindo à família RUBENS GOMES CORREA
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 1. FRANKL, V, E,. Psicoterapia e sentido da vida, Fundamentos
da logoterapia e análise existencial, São Paulo : Quadrante, 1986.
2. REMEN, R, N., O paciente como ser humano. São Paulo : Summus, 1992.
3. SANTANA, et. al. Jogo educativo para o aprendizado de comunicação do profissional com cliente na área de saúde. In.: Carvalho E. C. de. Comunicação em enfermagem. Fundação Instituto de Enfermagem de Ribeirão Preto, 1998.
4. SANTANA, E; ARANHA, M. I; STEFANELLI, M.C. O jogo de combate à dengue. AMAE – educando. v.32, n.282 p.21-22, 1998.
5. STEFANELLI, M,C., Comunicação com o paciente : teoria e ensino, São Paulo : Robe, 1993.
6. STEFANELLI, M.C.; CADETE, M.M.M.; ARANHA.M.I. Proposta de ação educativa na prevenção da AIDS – Jogo educativo. Rev. Texto e Contexto Enferm.., Florianópolis, v.7, n.3, p.158-173, set./dez.. 1998.
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3. Pesquisa - Tese doutorado
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Pesquisa - Tese doutorado
• Motivação para realização da pesquisa
• Local da realização do doutorado
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TESE DE DOUTORADO
• Pesquisa: Estudo qualitativo exploratório/ 2012
• Local: 20 municípios/ CTs – Grupos religiosos
• Entrevistas: 37 usuários em tratamento em 35 CTs – tempo de recuperaçãoanos.
• Tratamento: recursos religiosos não médicos para tratar a dependência de drogas
• Condição: média 16 anos de abstinência
(6 meses a 33 anos). RUBENS GOMES CORREA
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• A pesquisa qualitativa não visa à mensuração de fenômenos, mas
tem o entendimento em profundidade.
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• A Organização Mundial da Saúde (OPS/OMS 1994) defende que é necessário descrever e analisar a cultura o comportamento a partir da visão que o próprio investigado tem do fenômeno.
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• Escassez de estudos brasileiros a respeito da forma de tratamento desenvolvida pelas Igrejas, Grupos Religiosos e Comunidades Terapêuticas, utilizando-se da fé cristã.
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4. Espiritualidade na prevenção e recuperação
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Independente da religião professada
Forte impacto de religiosidade e espiritualidade no tratamento de
dependência de drogas.
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• O vínculo religioso facilita a recuperação e diminui os índices de recaída de pacientes submetidos a diversos tipos de tratamento.
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• A espiritualidade praticada de forma profunda promove mudanças de pensamentos e atitudes.
• A fé religiosa vivenciada de forma significativa serve como uma maneira de quebrar o ciclo vicioso o qual os interlocutores se vêem preso.
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• Porque a religiosidade traz confiança e determinação, base solida para que o dependente químico adquira novamente o domínio de sua própria vida contra as drogas.
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Arrisco a afirmar que todos os entrevistados estão “recuperados” entre 2 a 33 anos sem recaídas, eles mesmos respondem que o aumento do otimismo, melhor percepção do suporte social.
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• Acredito que devem ter maior resistência ao stress, diminuindo os níveis de ansiedade, a ressocialização dos mesmos pelo grupo de amigos, tudo isso parece ser responsável pelo programa das Comunidades Terapêuticas, onde encontraram o amor ágape.
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• É importante que os profissionais de saúde investiguem a influência da religiosidade e espiritualidade na vida de seus pacientes, e saibam lidar adequadamente com tais sentimentos e comportamentos.
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• É necessário um treinamento adequado para integrar a espiritualidade e prática clinica.
• Estudos realizados nas últimas décadas apontam de modo consistente uma relação entre religiosidade e melhores indicadores de saúde.
• Fatores de proteção.
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• Admirável o que foi verificado porém essas Comunidades e outras do governo trabalham com pessoal ou voluntários ainda não qualificados, tendo somente boa vontade.
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• É importante assinalar que os mesmos necessitavam de um curso de qualificação, sendo assim propôs-se um curso a distância para todo pessoal que trabalha com dependentes químicos: particulares, governamentais e voluntários o que foi aceito.
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• Ensino a Distância do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Estado do Paraná.
• Curso de Técnico em Reabilitação de Dependentes Químicos.
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Pesquisas referente à espiritualidade
• Espiritualidade: é a busca pessoal pelo entendimento de respostas a questões sobre a vida, seu significado e relações com o sagrado e transcendente, que pode ou não estar relacionada a propostas de uma determinada religião. (SANCHEZ, 2006)
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Pesquisas referente à espiritualidade
• Panzini e Bandeira (2007) verificaram que a “religião, espiritualidade ou fé beneficiam na forma como as pessoas lidam com o estresse” e Paiva no mesmo ano levantou um questionamento de que como “a religião pode ter a função de cura e recuperação nas doenças”. Com relação ao contexto clínico de psicoterapia, Peres, Simão e Nasello (2007)
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Pesquisas referente à espiritualidade
• Os principais artigos publicados entre os anos de 2001 e 2005 correlacionando religião e saúde foram revisados por Weaver et al. (2006). A maior parte desses estudos confirma a conexão positiva entre envolvimento religioso e saúde física e mental, além de bem-estar social, qualidade de vida, atitudes e comportamentos saudáveis.
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Pesquisas referente à espiritualidade
• Nas últimas décadas nos Estados Unidos, a posição dos profissionais da saúde perante a questão da “cura pela fé” vem sendo tratada de forma mais atenta e menos preconceituosa onde esta postura chegou até a afetar o treinamento de estudantes do curso de medicina naquele país.
• No ano de 1992, apenas quatro (4) das mais de 120 escolas de medicina ofereciam cursos que realizavam a inter-relação entre a religião e o curso de medicina. À partir do ano de 1999 já existiam mais de 60 escolas de medicina que ofereciam cursos trazendo o aspecto da espiritualidade relacionada ao tratamento na medicina, dentre as conceituadas Harvard University e a Johns Hopkins University (KOENIG, et. al. in SANCHEZ, 2006).
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• O pesquisador e medico Harold Koenig, dirigente do Centro de Estudos da Religião e Espiritualidade da Universidade de Duke, na Carolina, publicou em 2001 um dos o maiores tratados já escrito sobre religião e saúde, em que reuniu, comparou e debateu todas as publicações indexadas do século XX.
• A obra mostra os benefícios físicos e mentais da religiosidade e também proporciona um conjunto de elementos imunológico mais resistente e menor tendência a certas doenças.
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• Em uma das pesquisas que envolveu informações de 2066 adolescentes do Canadá, Adlaf et al (1985) examinou a conexão entre o uso de drogas e as diversas formas de mensuração de religião, dentre elas apontadas como: associada à religião, religiosidade e frequência em igreja. A associação religiosa não se diferenciou entre os usuários de droga de diferentes classes católica, protestantes e sem religião.
• Entretanto, a espiritualidade e a assiduidade à Igreja foram diferentes entre usuários e não usuários de droga de forma significativa. Aqueles que pouco participavam na Igreja ou que não praticavam sua religião de alguma forma tinham mais propensão a serem usuários de álcool e outras drogas.
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• Na pesquisa de Lorch et al (1985), que realizou um levantamento entre 13.878 estudantes, apontou a importância dada à religião no qual demonstrou o fator protetor como fundamental ao consumo de drogas, ou seja, quanto mais e maior importância se dá à religião, menor será o envolvimento com as drogas.
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• Cochran et al no ano de 1988, pesquisou a relação entre a religiosidade, uso de álcool e a percepção de seu uso de forma irracional, sem pensar no que estavam fazendo. A pesquisa utilizou dados obtidos no General Social Survey de 1972 e 1984, entre 7.581 pessoas maiores de 18 anos e descobriram que pessoas sem religião estavam mais tendentes a fazerem uso do álcool e que as pessoas da igreja Batistas eram os com menores possibilidades de consumirem ou fazerem uso desta substância psicoativas.
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• Booth & Martin (1998) observa-se evidências de uma relação entre religiosidade e o uso de substâncias psicotrópicas. As pesquisas existentes também apontam para os efeito positivo da religião na recuperação de dependentes químicos, ou seja, destaque evidente da prevenção e tratamento desenvolvidos pelas Igrejas e Comunidades Terapêuticas.
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5. Curso Técnico em de Reabilitação de Dependêntes Químicos
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• 3.000 alunos matriculados de várias capitais e interiores do Brasil de norte a sul.
• Início em outubro de 2011.
• 1.440 horas – 2 anos
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Modelo do curso
• Modelo Televisivo ao vivo – EaD
• Aulas de 35 minutos (6 por encontro)
• 1 vez por semana
• Tutores: 1 para cada 200 alunos
• Atividades Supervisionadas
• Ativiades Auto instrutivas
• Avaliação: Prova ao final de cada etapa
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AS CTs e a RDC 029/101
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Curso Técnico em Reabilitação de
Dependentes Químicos
IFPR-EaD
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5. Educação libertadora como processo de recuperação e
prevenção de reacída
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