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GREEN SUPPLY CHAIN MANAGEMENT E TEORIAS ORGANIZACIONAIS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SISTEMÁTICA Denise Franco (UFSCar ) [email protected] Gilberto Miller Devos Ganga (UFSCar ) [email protected] Esse estudo teve como objetivo realizar uma Revisão Bibliográfica Sistemática (RBS) a fim de verificar quais são os estudos existentes que tratam o tema Green Supply Chain Management (GSCM) e as Teorias Organizacionais. Além disso, identifiicou-se também quais são as características principais desses estudos (autores, ano, journal, país, métodos de pesquisa, temas abordados, entre outras) e as teorias mais utilizadas. Os resultados indicam que, até então, poucos estudos (apenas trinta e seis) abordam as relações entre a GSCM e teorias organizacionais, e menos ainda são os estudos que realmente abordam as teorias organizacionais no corpo do texto (vinte e nove dos trinta e cinco). Os estudos sobre esses dois temas são recentes, com a maioria publicada a partir de 2010. O método de pesquisa mais utilizado nesses estudos foi a pesquisa tipo levantamento (survey), sendo que os outros métodos são muito pouco empregados. Em metade dos artigos os setores industriais estudados são variados, sendo que não selecionaram um especificamente. A maioria das pesquisas foi realizada em empresas do continente asiático e por autores vinculados à esse continente, e o Brasil não apresentou nenhum artigo dos dois temas estudados. As teorias organizacionais mais citadas nos artigos de GSCM analisados foram: Visão baseada em recurso e Institucional. Assim, as duas proposições resultantes da pesquisa são: “As pressões para a adoção da GSCM estudadas são baseadas na Teoria Institucional” e “As práticas de GSCM estudadas são fundamentadas na Teoria da Visão baseada em Recursos”. Palavras-chave: Gestão ambiental em cadeia de suprimento, teoria organizacional, teoria institucional, visão baseada em recurso XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.

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GREEN SUPPLY CHAIN MANAGEMENT

E TEORIAS ORGANIZACIONAIS:

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

SISTEMÁTICA

Denise Franco (UFSCar )

[email protected]

Gilberto Miller Devos Ganga (UFSCar )

[email protected]

Esse estudo teve como objetivo realizar uma Revisão Bibliográfica

Sistemática (RBS) a fim de verificar quais são os estudos existentes que

tratam o tema Green Supply Chain Management (GSCM) e as Teorias

Organizacionais. Além disso, identifiicou-se também quais são as

características principais desses estudos (autores, ano, journal, país,

métodos de pesquisa, temas abordados, entre outras) e as teorias mais

utilizadas. Os resultados indicam que, até então, poucos estudos

(apenas trinta e seis) abordam as relações entre a GSCM e teorias

organizacionais, e menos ainda são os estudos que realmente abordam

as teorias organizacionais no corpo do texto (vinte e nove dos trinta e

cinco). Os estudos sobre esses dois temas são recentes, com a maioria

publicada a partir de 2010. O método de pesquisa mais utilizado

nesses estudos foi a pesquisa tipo levantamento (survey), sendo que os

outros métodos são muito pouco empregados. Em metade dos artigos

os setores industriais estudados são variados, sendo que não

selecionaram um especificamente. A maioria das pesquisas foi

realizada em empresas do continente asiático e por autores vinculados

à esse continente, e o Brasil não apresentou nenhum artigo dos dois

temas estudados. As teorias organizacionais mais citadas nos artigos

de GSCM analisados foram: Visão baseada em recurso e Institucional.

Assim, as duas proposições resultantes da pesquisa são: “As pressões

para a adoção da GSCM estudadas são baseadas na Teoria

Institucional” e “As práticas de GSCM estudadas são fundamentadas

na Teoria da Visão baseada em Recursos”.

Palavras-chave: Gestão ambiental em cadeia de suprimento, teoria

organizacional, teoria institucional, visão baseada em recurso

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1. Introdução

Cada vez mais as empresas estão percebendo que a gestão ambiental é uma questão

estratégica que pode resultar em um impacto positivo duradouro sobre o desempenho

organizacional. Desse modo, a construção de uma filosofia de gestão ambiental como uma

vantagem competitiva deve ser vista como um estímulo para a inovação e alocação mais

eficiente dos recursos utilizados nas empresas, e não apenas como um requisito para

cumprimento legal (ZHU; SARKIS, 2006; ZHU; SARKIS; GENG, 2005). Com isso, a

questão ambiental, crescentemente incorporada aos mercados e às estruturas sociais e

regulatórias da economia, passou a ser um elemento cada vez mais considerado nas

estratégias de crescimento das empresas, seja por gerar ameaças, como também oportunidades

empresariais (SOUZA, 2002).

Ao integrar e coordenar os elos da cadeia de suprimentos nas questões ambientais, a empresa

deve considerar, então, além dos processos produtivos, o relacionamento com seus

fornecedores e clientes. Uma vez que, adotar processos e produtos menos impactantes

ambientalmente, dependerá de como a empresa gerencia sua cadeia de suprimentos e isso

requer colaboração com fornecedores no desenvolvimento do projeto do produto e

colaboração com clientes ao atender a demanda destes produtos (SARKIS, 2003). Sendo

assim, o surgimento de um novo conceito, o Green Supply Chain Management (GSCM) ou

Gestão Ambiental em Cadeia de Suprimentos (GACS), está acentuando os vínculos positivos

entre preservação ambiental, crescimento econômico e relacionamento interempresarial.

Nesta perspectiva, a literatura refere-se à extensão da preocupação da gestão ambiental ao

longo da cadeia de suprimentos, como o conceito de Green Supply Chain Management

(GSCM). Esta abordagem incorpora a variável ambiental aos tradicionais processos de gestão

da cadeia de suprimentos na aquisição, produção e distribuição. Tais processos de gestão

devem ser incorporados à estratégia da empresa, sendo também integrados e coordenados ao

longo da cadeia para, dessa forma, obter uma melhor eficiência e eficácia nos resultados

ambientais de uma organização (SARKIS, 2003; ZHU; SARKIS, 2006). A GSCM conduziu,

assim, a uma expansão das fronteiras e passou a contemplar, desde a montante até a jusante,

mais processos que os anteriormente inseridos na gestão ambiental das empresas

(SVENSSON, 2007).

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O GSCM está, portanto, ganhando crescente interesse entre pesquisadores e profissionais de

operações e gestão da cadeia de suprimentos, sendo que tem suas raízes em ambos os

conceitos, gestão ambiental e gestão da cadeia de suprimentos (SRIVASTAVA, 2008).

Assim, devido a regulamentos mais rigorosos e ao aumento da pressão da comunidade e do

consumidor, os fabricantes precisam integrar de forma eficaz as preocupações ambientais nas

suas práticas comuns e no planejamento estratégico. Como resultado, a integração das

questões ambientais na gestão da cadeia de suprimentos torna-se cada vez mais importante

para as empresas, com o intuito de ganhar e manter a vantagem competitiva (SRIVASTAVA,

2007; ZHU; SARKIS; LAI, 2008).

Dessa maneira, percebe-se a importância do tema GSCM e que seu campo de estudo está

indiscutivelmente em fase de desenvolvimento, tanto academicamente quanto nas

organizações. Assim, estudos sobre este conceito são oportunos e necessários para ajudar a

melhorar a compreensão de suas pressões, a aplicação de suas práticas e o reconhecimento de

seus resultados alcançados (ZHU; SARKIS; LAI, 2008). Além disso, estudos que consideram

a GSCM baseadas em Teorias Organizacionais são ainda escassos. A Teoria das Organizações

apenas, no âmbito da investigação de gestão de negócios tem sido influenciada a partir de

uma variedade de outras áreas e disciplinas, incluindo psicologia, sociologia, ciência política,

engenharia e economia. Porém, a Teoria das Organizações não é facilmente deliberada, porém

pode ser definida como uma perspectiva de gestão que pode ajudar a explicar ou descrever

comportamentos, projetos ou estruturas organizacionais. O foco principal aqui da Teoria

Organizacional está no nível inter-organizacional, uma vez que considera-se dentro da GSCM

as relações da cadeia de suprimentos entre empresas (SARKIS; ZHU; LAI, 2011).

A Teoria Organizacional introduziu amplas aplicações para um número de disciplinas dentro

dos estudos de gestão (SARKIS; ZHU; LAI, 2011). A aplicação da Teoria Organizacional

para organizações e o ambiente natural (ETZION, 2007), bem como a gestão da cadeia de

suprimentos (KETCHEN; HULT, 2007) separadamente está se tornando mais estabelecida.

No entanto, a influência da Teoria Organizacional e relacionamento com a gestão ambiental

ou GSCM está ainda em investigações iniciais, sem avaliação estabelecida de seu potencial

para o avanço do campo de pesquisa emergente em GSCM (SARKIS; ZHU; LAI, 2011). Para

ajudar a desenvolver esse campo, este estudo apresenta uma revisão bibliográfica sistemática

em GSCM dentro do contexto de várias Teorias Organizacionais. Além disso, ao final são

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fornecidas orientações para estudos futuros em GSCM para integrar as Teorias

Organizacionais para o avanço deste fluxo pesquisa.

Diante desse cenário esse estudo tem como objetivo realizar uma Revisão Bibliográfica

Sistemática (RBS) a fim de verificar quais são os estudos existentes que tratam o tema GSCM

e as Teorias Organizacionais. Além disso, identificar também quais são as características

principais desses estudos (autores, ano, journal, país, métodos de pesquisa, temas abordados,

entre outras) e as teorias mais utilizadas.

2. Procedimentos metodológicos

A Revisão Bibliográfica Sistemática (RBS) é um método de pesquisa que busca responder

questionamentos teóricos por meio da análise do conhecimento acumulado pelos

pesquisadores no conjunto de artigos de uma determinada área da ciência. A RBS busca

compreender o “estado da arte” do assunto pesquisado e deve responder uma questão de

pesquisa específica. A utilização da RBS é uma tentativa de apropriação do “estado da arte”

quando esse está disperso num número muito grande de publicações. No entanto, a utilização

deste método é pouco difundida na Gestão de Operações (CONFORTO; AMARAL; SILVA,

2011).

Alguns elementos são de grande importância para que a RBS seja conduzida com rigor

metodológico. Primeiro, é imprescindível definir o problema e os objetivos da pesquisa,

selecionar as fontes primárias para ter embasamento teórico sobre o tema a ser pesquisado,

estabelecer critérios para a seleção de artigos, e ao final da pesquisa é necessário obter-se a

síntese dos resultados obtidos com a RBS. Outro elemento importante que colabora para

fortalecer a replicabilidade da RBS, uma de suas maiores vantagens, é a elaboração de um

protocolo (CONFORTO; AMARAL; SILVA, 2011).

O método utilizado nesse estudo foi a RBS proposto por Conforto, Amaral e Silva (2011).

Sendo assim, o primeiro passo para a realização da RBS foi a definição do problema seguido

pela determinação do objetivo, que juntos estabelecem as bases para sua condução. O passo

seguinte foi a escolha dos estudos que atuarão como referências primárias, a definição do

mecanismo de busca (strings), critério de inclusão e de qualificação, e método e ferramentas.

2.1. Definição do problema

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O problema que esta RBS visou responder é expresso nas seguintes perguntas:

a) Quais os artigos publicados que estudaram a GSCM baseadas em Teorias

Organizacionais?

b) Quais são as principais características desses estudos (autores, ano, journal, país,

métodos de pesquisa, temas abordados, entre outras)?

c) Quais as Teorias Organizacionais mais utilizadas nos estudos de GSCM?

2.2. Objetivo da RBS

O objetivo dessa RBS foi identificar os artigos publicados que discorrem sobre a GSCM

baseadas em Teorias Organizacionais, analisar suas características e identificar a teoria mais

utilizada. Ou seja, responder às questões do problema de pesquisa fornecendo evidências.

2.3. Fontes primárias

O papel das referências primárias é contribuir com o conhecimento prévio sobre as áreas de

interesse, além de fornecer referência sobre os termos usados como palavras-chave

(CONFORTO; AMARAL; SILVA, 2011). Para o presente estudo, foi usado como referência

primária o trabalho de Sarkis, Zhu e Lai (2011). A escolha desta referência se deve ao fato de

ser uma pesquisa realizada por autores tradicionais no tema GSCM e por ser a única fonte que

reúne as Teorias Organizacionais que foram estudadas juntamente com esse tema.

2.4. Strings de busca

As buscas da RBS foram realizadas nas bases de dados WEB OF SCIENCE, SCOPUS,

SCIENCE DIRECT e ENGINEERING VILLAGE, sem traçar uma cobertura temporal. O

Quadro 1 mostra a data da pesquisa (06 e 07 de julho de 2015), as bases de dados utilizadas,

as palavras-chaves buscadas, os operadores booleanos usados, os filtros considerados e os

resultados obtidos (“Resultado parcial 1”, “Resultado parcial 2” e “Resultado com acesso”).

2.5. Critérios de inclusão

Os critérios de inclusão também estão mostrados nos Quadros 1, indicados como Filtros 1 e 2.

Esses Filtros foram realizados na própria base de dados (article title, subject, abstract,

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keywords, topics, article, article in press, review, journals, English), em que considerou as

palavras-chaves buscadas em apenas títulos, resumos ou palavas-chaves, e em seguida,

selecionaram-se como documentos apenas artigos, artigos em impressão (in press) e revisões,

que tenham como fontes revistas científicas (journals) e na língua inglesa.

2.6. Critérios de qualificação

Nesse estudo não foram usados critérios de qualificação, sendo que a quantidade de artigos

resultantes das buscas não era grande. Assim, todos os artigos resultantes da pesquisa foram

submetidos ao Filtro 1 e, em seguida, ao Filtro 2, conforme os critérios de inclusão já

mencionados anteriormente.

2.7. Método e ferramentas

Nas buscas realizadas foram utilizados os mesmos métodos e ferramentas descritos a seguir.

Para definir as Teorias Organizacionais que foram usadas nas palavras-chaves, seguiu-se as

nove teorias consideradas no estudo de Sarkis, Zhu e Lai (2011). Esses autores introduziram

essas nove teorias que têm sido utilizadas para investigar várias questões relacionadas à

GSCM. Os nove teorias, em ordem alfabética, incluem: Complexidade; Modernização

ecológica; Informação; Institucional; Visão baseada em recurso; Dependência de recursos;

Rede social; Teoria dos stakeholders; e Teoria da economia dos custos de transação. Além

disso, buscou-se também pelo termo “Teoria Organizacional”, para tentar englobar outras

teorias. As palavras-chaves utilizadas para cada teoria são mostradas no Quadro 1. A partir

disso, o Filtro 1 foi realizado nas próprias bases de dados, sendo que utilizaram-se as mesmas

palavras-chave e operadores booleanos. Assim, o resultado desse Filtro 1 é o “Resultado

Parcial 1” do Quadro 1. Algumas buscas relacionadas à algumas teorias não obtiveram

resultados nas bases de dados (por exemplo a Teoria da Complexidade), assim não são

mostradas no Quadro 1. O Filtro 2 foi realizado também nas próprias bases de dados, sendo

que os tipos de documentos selecionados foram os artigos, artigos in press e revisões; os tipos

de fontes foram apenas artigos de journals; e os idiomas selecionados foram o inglês. Esses

filtros foram usados apenas quando a base de dados permitia, assim o resultado desse Filtro 2

é o “Resultado Parcial 2” do Quadro 1. A partir disso, fez-se o download dos artigos

resultantes do Filtro 2, contudo não foi possível o acesso a um artigo (XIN; BAO, 2007) e

percebeu-se que muitos se repetiam em outras bases de dados. Os “Resultado parcial 1”,

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“Resultado parcial 2” com o número de artigos que se repetiram, e “Resultado com acesso”

são mostrados nos Quadros 1, considerando todos os artigos publicados até então, sem definir

cortes no horizonte de tempo.

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Quadro 1 – Dados das pesquisas nas bases de dados com GSCM e teorias organizacionais

Fonte: Dados da pesquisa.

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Quadro 1 – Dados das pesquisas nas bases de dados com GSCM e teorias organizacionais (continuação)

Fonte: Dados da pesquisa

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3. Apresentação e análise dos resultados

A fim de orientar o esforço da investigação, este capítulo aborda os resultados encontrados,

com os artigos que consideram a GSCM baseadas em teorias organizacionais.

A busca resultou em trinta e seis artigos, apenas um não foi possível o acesso, sendo que estes

artigos apresentavam indicação de estudo da GSCM fundamentadas por alguma teoria

organizacional. A primeira observação que pode ser feita a partir da análise dos artigos é que

esse é um assunto muito recente na literatura, uma vez que 92% (trinta e três dos trinta e seis

artigos resultantes da busca) foram publicados a partir de 2010.

Com a análise dos artigos, percebe-se que ocorre grande intercâmbio entre os pesquisadores,

sendo que 64% dos estudos são de autores estabelecidos em diferentes países. Em vinte e

nove dos trinta e seis artigos (81%) um autor está vinculado à um país asiático, percebendo-se

assim a grande representatividade dessa região no tema em estudo. 47% (dezessete artigos)

dos estudos apresentam um autor de origem dos EUA, 19% (sete artigos) da Europa e 3% (um

artigo) dos países: Austrália, Brasil e Canadá.

Outro aspecto observado é que a maioria, 69% (vinte e quatro artigos dos trinta e cinco com

acesso), utilizou o método de pesquisa tipo levantamento (survey). Apenas dois estudos

empregaram o método de pesquisa teórico-conceitual, dois a modelagem, um a revisão da

literatura, um o estudo de caso múltiplo, um a análise de cluster. Quatro artigos apresentaram

mais de um tipo de método de pesquisa.

Em relação aos principais setores e segmentos estudados, dos artigos examinados, quase a

metade (49%) investigou vários setores no mesmo estudo e 31% dos estudos foram feitos

apenas em um tipo de setor. Sete artigos não especificaram o setor industrial estudado, sendo

que, em seis, o método de pesquisa utilizado (teórico conceitual, revisão da literatura, análise

de cluster e modelagem) não utilizou a aplicação empírica.

Dos artigos com acesso, 69% (24 dos 35) dos estudos foram realizados em empresas de países

asiáticos, 9% (3 dos 35) dos estudos em empresas europeias e americanas (EUA) e apenas 3%

(1 dos 35) em empresa canadense.

Segundo as teorias organizacionais buscadas, identificou-se que as teorias que apresentaram

maiores retornos nas buscas foram, na ordem decrescente: Visão baseada em recurso (15

artigos), Institucional (13 artigos), Teoria da Informação (5 artigos), Modernização ecológica

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(quatro artigos), Dependência de recursos (2 artigos), e Teoria de Stakeholders e Rede social

conjuntamente (1 artigo cada uma).; além disso a busco pelo termo Teoria Organizacional

resultou em dois artigos.

Dos estudos que se teve acesso, 17% (6 dos 35) não citam nenhuma teoria organizacional no

texto como um todo. 34% (26 dos 35) dos artigos discorrem sobre a teoria organizacional que

foi utilizada na busca. Em seis artigos a Teoria Visão baseada em recurso foi utilizada como

Visão baseada em recurso natural (Natural resource based view). Além disso, algumas novas

teorias (que não foram consideradas nas buscas) foram citadas, como Teoria fundamentada

em dados (Grounded Theory – JAYARAM; AVITTATHUR, 2015), Teoria dos conjuntos

aproximados (Rough Sets Theory – KUSI-SARPONG et al., in press), Teoria do capital social

(WOO et al., in press) e Teoria da difusão da inovação (ZHU; SARKIS, LAI, 2012). Todas

essas informações e características apresentadas dos artigos estão sintetizadas no Quadro 2.

Em relação aos temas abordados pelos estudos analisados, não pode se verificar uma

congruência com os temas e as teorias organizacionais. Apenas uma relação ficou bem clara

com base nos artigos, a Teoria Institucional é utilizada para abordas as pressões institucionais

para a adoção da GSCM (DUBEY; GUNASEKARA; ALI, 2015; DUBEY et al., in press;

HOEJMOSE; GROSVOLD; MILLINGTON, 2014; HSU et al., 2013;

LAOSIRIHONGTHONG; ADEBANJO; TAN, 2013; LEE et al., 2013; LIN; SHEU, 2012;

MASOUMIK et al., 2015; SHI et al., 2012; SIMPSON, 2012; YANG; SHEU, 2011; ZHU;

SARKIS, 2007; ZHU; SARKIS; LAI, 2013), e uma outra relação, porém menos clara, que a

Teoria da visão baseada em recurso (natural) é usada para dar suporte aos estudos das práticas

de GSCM (CHAN et al., 2012; CHOI; HWANG, in press; LEE et al., 2013; LEE, 2008). Após

essa extensa Revisão Bibliográfica Sistemática sobre a GSCM e as Teorias Organizacionais,

pode-se então traçar as seguintes proposições de pesquisa:

Proposição 1: As pressões para a adoção da GSCM estudadas são baseadas na Teoria

Institucional.

Proposição 2: As práticas de GSCM estudadas são fundamentadas na Teoria da Visão

baseada em Recursos.

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Fonte: Dados da pesquisa.

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Quadro 2 – Dados dos artigos analisados sobre GSCM e teorias organizacionais (continuação)

Fonte: Dados da pesquisa.

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Quadro 2 – Dados dos artigos analisados sobre GSCM e teorias organizacionais (continuação)

Fonte: Dados da pesquisa.

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Quadro 2 – Dados dos artigos analisados sobre GSCM e teorias organizacionais (continuação)

Fonte: Dados da pesquisa.

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Quadro 2 – Dados dos artigos analisados sobre GSCM e teorias organizacionais (continuação)

Fonte: Dados da pesquisa.

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Quadro 2 – Dados dos artigos analisados sobre GSCM e teorias organizacionais (continuação)

Fonte: Dados da pesquisa

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4. Conclusões

Nesse estudo foi realizado Revisão Bibliográfica Sistemática segundo o roteiro proposto por

Conforto, Amaral e Silva (2011), com intuito de verificar quais os estudos existentes que

tratam a GSCM baseada em teorias organizacionais. Os resultados indicam que, até então,

poucos estudos (apenas trinta e seis) abordam as relações entre a GSCM e teorias

organizacionais, e menos ainda são os estudos que realmente abordam as teorias

organizacionais no corpo do texto (vinte e nove dos trinta e cinco com acesso). Os estudos

sobre esses dois temas são recentes, com a maioria publicada a partir de 2010. O método de

pesquisa mais utilizado nesses estudos foi a pesquisa tipo levantamento (survey), sendo que os

outros métodos (modelagem, teórico conceitual, revisão da literatura, análise de cluster e

estudo de caso) são muito pouco empregados. Em metade dos artigos os setores industriais

estudados são variados, sendo que não selecionaram um especificamente. A maioria das

pesquisas foi realizada em empresas do continente asiático e por autores vinculados à esse

continente, e o Brasil não apresentou nenhum artigo dos dois temas estudados.

É possível concluir, portanto, que estudos com outros tipos de métodos de pesquisa

(modelagem, teórico conceitual, revisão da literatura, análise de cluster e estudo de caso)

ainda são necessários. A seleção de um setor industrial para ser estudado também deve ser

explorada em estudos que envolvam esses temas. Percebe-se, ainda, que seria importante a

realização de mais estudos sobre a GSCM pautada por Teorias Organizacionais,

principalmente no Brasil e com autores vinculados à instituições brasileiras.

As teorias organizacionais mais citadas nos artigos de GSCM analisados foram: Visão

baseada em recurso e Institucional. Pode-se traçar, assim, as duas proposições resultantes da

pesquisa, “As pressões para a adoção da GSCM estudadas são baseadas na Teoria

Institucional” e “As práticas de GSCM estudadas são fundamentadas na Teoria da Visão

baseada em Recursos”. Dessa forma, verifica-se que estudos que envolvam as outras Teorias

Organizacionais (por exemplo Complexidade; Modernização ecológica; Informação;

Dependência de recursos; Rede social; Teoria dos stakeholders; e Teoria da economia dos

custos de transação) ainda são necessárias para sustentar pesquisas sobre o tema GSCM.

A principal limitação desta pesquisa é a escolha das bases de dados, sendo que apenas artigos

de journals foram considerados nas buscas. Sugere-se para pesquisas futuras análises também

de artigos de congressos que abordam as teorias organizacionais na GSCM. Outra limitação

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detectada foi o acesso a todos os artigos, sendo que um deles ficou de fora das análises por

falta de acesso.

REFERÊNCIAS

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