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greenM A G A Z I N E
ROBERTO GOMES
ENTREVSITA EXCLUSIVA!
EFEITO ESTUFA
VOCÊ REALMENTE SABE O QUE É?
IMPACTOS NO MUNDO | NO BRASIL | EM SÃO PAULO E NO RIO DE JANEIRO
O PROFESSOR, GEÓGRAFO E SOCIÓLOGO FOI ENTREVISTADO PELA NOSSA EQUIPE!
be greenAPRENDA A
FAZER SEU PRÓPRIO PAPEL
RECICLADO E AJUDE O MEIO
AMBIENTE!
ED
IÇÃ
O 6
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NO
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NÚ
ME
RO
3
R$ 9,98
IDEIAS INUSTADASCONFIRA NA SESSÃO CURIOSIDADES ALGUMAS DELAS!
OUTUBRO
propaganda contra-capa
propaganda
Índ
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ATÉRIA
S
08. I
mpa
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rio
06. I
mpa
ctos
no
Mun
do
12. Muda
nças Clim
áticas
14. Cétic
os
18. efeito estufa
CURIOSIDADES27. Plantas em extinção
10. Copos Comestíveis
16. Água em Caixas
ENTREVISTA20. entrevista com roberto gomes
CHARGES24. Charges para As Crianças!
PASSO A PASSO
17. Faça Seu Papel
QUEM AJUDA?
26. Quem
Ajuda o Planeta?
PHO
TOS
28. A
s Fotografi
as
aa
Matérias
Impacto ambiental, o que é: todo
efeito no meio ambiente, causado pelas
alterações ou atividades do ser humano.
Impactos na pré-história: o homem
descobriu o fogo, depois começou
a cultivar alimentos e criar animais,
com isso, o impacto foi crescendo
cada vez mais, pois para cuidar do
gado era preciso derrubar árvores de
alguns lugares para construir abrigos
adequados aos animais. A partir
disto, começou a se
tornar mais
visível os impactos
Comparando: Quando o estado febril
em uma pessoa aumenta 2 graus
Celsius sua freqüência cardíaca diminue
e a transpiração aumenta. Quando
há um aumento de 5 graus, o estado
da pessoa torna-se grave, com uma
febre de 42 graus (como ocorre na
malária) o doente sofre convulsões
podendo até morrer. No planeta ocorre
algo semelhante, com a elevação
de 2 graus as chuvas e secas já se
alteram, mas os seres vivos, segundo
os cientistas, conseguem se adaptar.
Quando aumenta-se 5 graus Celsius, a
situação se agrava mais, podendo ter
conseqüências em todo o mundo.
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ENTENDENDO OS IMPACTOS AMBIENTAIS NO MUNDO
Ondas de calor: que terá como
vítima os mais indefesos (idosos e
crianças). Um exemplo de onda de calor
catastrófica foi a que matou mais de
30 000 pessoas na Europa em 2003;
Aumento de tufões, furacões
e ciclones: com o aumento da
temperatura, aumenta a evaporação
adas águas dos oceanos, provocando
chuvas muito fortes e tais catástrofes
climáticas;
Crescimento e surgimento de
desertos: com a temperatura cada
vez mais elevando, muitas espécies
de animais e vegetais entrarão
em extinção, o que levará ao
desequilíbrio de vários ecossistemas.
A extinção causada pelo calor, junta
do desmatamento, principalmente
em florestas de países litorâneos,
aumentará cada vez mais as regiões
desérticas no planeta.
Derretimento das geleiras: o que irá
causar o aumento do nível do mar, que
futuramente poderá deixar cidades
litorâneas submersas;
Elevando-se 2°a temperaturaglobal em
chuvas e secas
se alteram ”
“
P O R M A R C E L A M E N A H E T H A M I R I S F A R I A
greenMAGAZINE 7
Impactos Matérias
Ambientais O BRASIL É MUITO VULNERÁVEL AOS EFEITOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS CAUSADAS PELA QUEIMA ABUSIVA DE PETRÓLEO E PELA DESTRUIÇÃO DAS FLORES-TAS.
A floresta Amazônica pode perder 30% da vegetação, por causa de um aumento na temperatura que vai de 3ºC a 5,3ºC até 2100. Essa exuberante mata terá boa par-te de seu território transformado em savana,tanto pelo avanço da fronteira agrícola, quanto pela exploração predatória da madeira, fato o qual desen-cadeia uma série de mudanças no microclima da região, ficando extre-mamente vulneralvel à queimadas e por sua vez agrava o aquecimento glo-bal. Parte da umidade da Amazônia é transportada pelas correntes de ar para o centro-sul, mas com as mudanças climáticas e o desmatamento, a foma-ção de nuvens diminui, consequentemente diminuindo o índice pluviométrico fa-zendo com que a corrente de ar perca umidade, alterando os climas que de-pendem da umidade doada pela mEc (Massa de ar Equatorial Continental).
O aumento da temperatura no Centro-Sul do país deve ser de 2ºC a 3ºC, aumentando a força das tempestades.
greenMAGAZINE8
no BrasilNo Nordeste, local onde a paisagem natural lembra a
savana, a mesma está cada vez mais parecida com o deserto. Até o fim do século, a
variação de temperatura deve ficar entre 2ºC e 4ºC.
No Sul e no Sudeste do Brasil, a previsão é outra: eventos extremos como tempestades, inundações,
tornados e furacões serão ainda mais radicais e acon- tecerão com mais frequência.
Brasil, a elevação do nível do mar vai alterar completamente as zonas
costeiras, com grande impacto econô- mico nas principais cidades litorâneas,
em seus portos, ruas, calçadões e no co- lapso de sistemas do esgoto. O nível do mar
deve subir 0,5m nas próximas décadas e 42 milhões de pessoas podem ser afetadas.
P O R G I O V A N A R O C H A
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SÃO PAULO E RIO
QUAL SERá O fUTURO?As mUDANçAs ClImátICAs ACArretADAs pelo AQUeCImNeto GlobAl Nos têm preoCUpADo mUIto, mAs Como fICArão Nossos estADos DUrANte o séCUlo XXI?
Rio de Janeiro em baixo d’água
A imagem da zona sul do rio
de janeiro submerso é uma
possibilidade, mas, devemos levar em
consideração o comp s da Groenlândia
e também da parte ocidental da
Antártida, sendo uma possibilidade
apenas para o fim desse século.
São Paulo com furacões
Outra conseqüência apontada
pelos cientistas é a ocorrência
de ciclones e furacões no sul e sudeste,
(como o furacão Katrina ocorrido em
2004 nos estados Unidos).
os ciclones e furacões podem chegar
ao litoral de são paulo e rio de Janeiro.
para lidar com esses eventos o brasil
terá de investir em sistemas de alertas
contra furacões como existentes no
Japão e estados Unidos para avisar
a população, e ajudar na redução de
mortes. também precisará investir em
estudos sobre o litoral, pois há uma
falta de mapas cartográficos da costa
brasileira, dificultando saber onde o
mar vai chegar.
Na grande maioria das cidades e
portos brasileiros, como de santos
e do rio, não há marcações no chão
(chamados de marcos topográficos)
para identificar as elevações no solo.
Uma das conseqüências é que no
fim do século, com o derretimento da
Groenlândia e a elevação do nível do
mar em 12 metros, a cidade do rio de
Janeiro poderá ficar submersa
P O R C A R O L I N A A L C â N T A R A
Matérias
Copos ComestÍVeIs JelloWAre Ja imaginou comer seu copo depois de tomar aquela bebida?
Agora você pode, graças ao pessoal da the Way We see the World, um coletivo de Nova Iorque que presta consultoria em design de produto. Os copos, que são comestíveis, são feitos inteiramente de algas marinhas, ágar-ágar, com
diferentes sabores, como limão, manjericão, gengibre, hortelã, alecrim ou beterraba. Não gosta de algas? Não tem problema! Jelloware pode ser jogado na grama depois que ele é usado, pois serve de adubo às plantas. sensacional, não?
Curiosidades
P O R M A R C E L A M E N A H
10 greenMAGAZINE greenMAGAZINE 11
mudanças Climáticas
Aquecimento global, mudanças bruscas no clima do planeta Terra. Afinal,
quem é o grande causador de tudo isso? O que você, e todos nós podemos fazer para mudar o rumo do nosso planeta? As mudanças climáticas são nada menos que outro nome para o
aquecimento global. As mudanças acontecem quando são lançados mais gases de efeito estufa do que as florestas e oceanos são capazes de absorver. Quais são as conseqüências?Além de obviamente, mudanças no clima mundial com temperaturas subindo e descendo, verões e invernos fora de época, o derretimento de gelo das calotas polares, o aumento do nível de água dos oceanos e o processo de desertificação acelerado de algumas áreas. e agora, o que fazer?Para ao menos reduzir o aquecimento global todos devem ajudar, reduzindo suas emissões de gees (gases do esfeito estufa), apagar as luzes, a tela do computador quando não estiver em uso, economizar, reduzir, reutilizar, reciclar... entre outras várias maneiras de tentar acabar com o aquecimento global.
Matérias
P O R G I O VA N A B R A N D I
D r a m a t i z a ç ã o:
12 greenMAGAZINE
propaganda
O QUEELES
P O R B A R B A R A N A R D U C C I E C A R O L I N A A L C Â N TA R A
DIZEM
Matérias
A opinião dos céticos quAnto Ao Aquecimento globAl O ceticismo climático, como é conhecida a corrente de pensamento que nega a existên-cia do aquecimento global ou, pelo menos, o papel do homem nesse fenômeno, não “pegou” no Brasil, mais de 90% dos brasilei-ros aceitam que o aquecimento é real e, que as atividades humanas contribuem “muito” para as mudanças climáticas.
os dAdos ocultos
Os céticos ou negacionistas climáticos, como também são conhecidos, nunca tiveram tanto espaço nos meios de comunicação mundo afora quanto nos últimos meses. A ofensiva desses grupos começou com o chamado “Cli-magate”, como ficou conhecido o vazamento de e-mails dos servidores da Universidade de East Anglia (Reino Unido). As mensagens documentavam anos de cor-respondência entre alguns dos principais climatologistas do mundo, e os negacionistas viram nelas indícios de que esses pesquisadores teriam tentado manipular dados, ocultá-los de seus oposi-tores ou impedir que eles publicassem visões “alternativas” do tema em revistas científicas respeitadas. Nenhuma dessas acusações mostrou ter substância, mas a credibilidade da ciência do clima sofreu novos golpes quando, por exem-plo, veio a público que os dados apresentados
pelo IPCC (o painel climático das Nações Unidas) sobre o fim das geleiras do Himalaia em 2035 não eram resultado de análises científicas, mas tinham vindo originalmente de uma reportagem. Em uma espécie de “contra-ataque dos céticos do aquecimento”, o órgão da ONU foi obrigado no início deste ano a admitir que se equivocou em um dado que apontaria para a possibilidade de as geleirasdo Himalaia derreterem até 2035.
o que os mesmos AcreditAm
Os céticos, acreditam que os modelos usa-dos para prever o futuro da Terra na era do aquecimento global sejam pouco confiáveis, pois embora o sol, nuvens, gases, geleiras e oceanos sejam responsáveis pelo clima, out-ros fatores também influenciam (alguns dos quais não é compreendido). Eles afirmam que os modelos de computador são apenas uma previsão quanto ao que vai acontecer com a Terra no futuro e que essa previsão pode ser considerada deficiente, afinal se não é pos-sível prever com precisão o tempo de uma semana, muito difícil prever o clima mundial dentro de 100 anos. Esses mesmos céticos encontram furos nos dados históricos usados para acompanhar coisas como o ritmo de redução de geleiras e a freqüência de furacões. Ainda que dados sobre o clima, como a tem-peratura, sejam reunidos desde 1850, foi apenas recentemente que o acesso detalhado a fotografias meteorológicas
14 greenMAGAZINE
CÉ
TIC
OSobtidas por satélites permitiu que os
cientistas percebessem as alterações na camada de gelo da Groenlândia com isso afirmam que não é possível determinar desde quando a camada está em recuo. Eles acreditam,também, que a ciên-cia esteja atribuindo a culpa aos seres humanos,sem dispor de provas cientí-ficas que sustentem essa hipótese.
o período de Aquecimento medievAl
O evento meteorológico que talvez seja mais usado como contra-argu-mento pelos céticos quanto ao aqueci-mento global é o Período de Aqueci-mento Medieval. Entre o século 9 e o 14, algumas regiões do mundo experimentam uma alta de temperatura como a que es-tamos vivendo hoje*. Depois desse período, a Terra viveu uma Pequena Era Glacial, com resfriamento da tem-peratura planetária. Os céticos quanto ao aquecimento global argumentam que o planeta esteja passando por um fenômeno semelhante. Eles não desconsideram o aquecimen-to global em si, mas acreditam que a atividade humana não seja respon-sável por ele.
Fique de olho
Uma pesquisa científica publicada em 2003 nos Estados Unidos pela revista Science discutia as análises de três amostras do núcleo gelado da Antár-tida. O gelo tinha 240 mil anos de idade, e provinha do terceiro Período de Ter-minação, uma alteração climática que marca o fim de cada era do gelo. As constatações demonstravam que as concentrações de dióxido de car-bono começaram a subir entre 600 e 1.000 anos antes que as tempera-turas o fizessem, e antes que as geleiras antárticas começas-
sem a derreter. Os autores do es-tudo sugeriam que o dióxido de carbono talvez não fosse a causa do aquecimento global, masque tenha contribuído para o processo: a elevação nas tempera-turas libera dióxido de carbono apri-sionado nas geleiras e em outros lo-cais, causando elevação ainda maior da temperatura mundial.
*[fonte: National Ocea-nic and Atmospheric Administration]
greenMAGAZINE 15
CAIxA D’áGUAPor que os outros ainda não pensaram nisso?
Esta EmprEsa chEgou com uma “nova”
idéia, E muito boa. a EmbalagEm é
muito mais Ecológica do quE a dE
plástico, não é só por causa da composição
do matErial, quE é 90% fEito a partir dE
um rEcurso rEnovávEl, nEm tão pouco pElo
fato das madEiras quE são utilizadas para
a fabricação do papEl sEjam dE rEflorEs-
tamEnto, mas também pEla forma dE trans-
portE E distribuição do produto. por ocu-
parEm mEnos Espaço nos caminhõEs do quE
as EmbalagEns dE plástico, Elas Economi-
zam viagEns, diminuindo a Emissão dE c02,
além do papEl da caixa podEr sEr rEciclado
até mEsmo Em casa! (vEja como na página
ao lado!). E não para por aí: ElEs ainda
doam 10% do lucro para o rEflorEsta-
mEnto dE novas árvorEs.
mEsmo quE a idéia não sEja inédita, tEmos
quE parabEnizar a EmprEsa por concrEtizá-
la, quando gigantEs do ramos simplEsmEntE
continuam a utilizar outros matEriais
mEnos Ecológicos ao vEndEr um produto
quE vEm dirEtamEntE da naturEza.
P O R R O G E R I O R . P I C I L L I
Curiosidades Passo-a-passo
greenMAGAZINE 1716 greenMAGAZINE
FAÇA SEU PAPEL!POR ROGERIO R. PICILLI
5.Passe a mão várias vezes sob a peneira inclinada
para escorrer a água.
6.Coloque a pe-neira sobre jor-nal, para secar
a superfície in-ferior. Troque o jornal até que este não fique mais molhado.
7.Ainda sobre o jor-nal, cubra a peneira com um pano e aperte
como uma massa de torta na forma, para secar a superfície superior da folha.
Use vários panos até que estes não fiquem mais molhados. O papel ainda estará úmido, mas não
deverá molhar a mão no toque.
Vire a peneira so-bre jornal seco e
dê vários tapas no fundo. A folha deve soltar. Se o
papel estivermuito úmido a folha não cai.
Coloque a folha entre jornais
secos, e deixe-a secar até o dia seguinte.
Pronto!
1.Pique os papéis, Deixe de molho por 24
horas. Cada tipo de papel deve ficar
em um recipiente diferente, para se obter
um papel de cor mais uniforme.
2.Coloque uma xícara deste papel
umedecido no liquidificador, com
água até 3/4. A própria “água do molho” pode ser
aproveitada. Batendo pouco, você obterá
uma mistura com “pedacinhos” do papel original,
às vezes até com letras inteiras. Quanto mais você bater, mais
homogênea ficará a mistura, porem se bater demais, o papel se tornará
quebradiço, e nao mais fino.
3.Despeje o papel batido na bacia com água até a metade.
Agite a mistura com a mão para as
partículas de papel não assentarem no
fundo.
4.Mergulhe a peneira pela lateral da
bacia até o fundo, subindo-a lentamente,
sem incliná-la, “pescando” as
partículas em suspensão. Uma camada de papel se
forma sobre a peneira.
Você com certeza já ouViu falar sobre papel artesanal, mas como fazê-lo? É para isso que a green existe, para inoVar! siga os passos abaixo, obetendo um elíssimo papel e ajude o meio ambiente!
eFeITO eSTUFAVocê realmente sabe o que é?
ENTENDENDO MELHOR O EFEITO ESTUFA
O efeito estufa é um fenômeno natural que mantém a tempera-tura média da terra em 15ºC,permitindo a ex-istência de vida como conhecemos, sem o mesmo, a temperatura
seria de -18ºC.O Sol é a principal fonte de energia, e seus raios penetram em nossa at-mosfera se irradiando
por todo o planeta.Cerca de um terço des-ta radiação é refletido de volta ao universo por geleiras reluzentes, pela água e por outras su-perfícies brilhantes. Dois terços, entretanto, são absorvidos pela Terra, aquecendo a atmosfera,
terras e oceanos.O efeito estufa acontece pela derrubada de flores-tas e pela queimada das mesmas, pois são elas que regulam a tempera-tura, os ventos e o nível de chuvas em diversas regiões. Como as flores-tas estão diminuindo no
mundo, a temperatura terrestre tem aumenta-do na mesma proporção. Outro fator que está ge-rando o efeito estufa é o emissão de gases po-luentes na atmosfera, como por exemplo, a queima de combustíveis fósseis (óleo diesel e da gasolina, etc) nos grandes centros urba-nos. O dióxido de carbono (CO2),CFC, metano, óx-ido nitroso e vapor de água,também intensifi-cam o efeito estufa, pois concentrados em deter-minadas regiões da at-mosfera formam uma camada bloqueando a dissipação do calor, au-mentando assim a tem-
peratura do planeta. Medidas tomadas contra
o efeito estufa.
É AGORA OU NUNCA!
O Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, teve como objetivo firmar acordos e discussões internacionais para es-tabelecer metas de redução na emissão de gases-estufa na atmos-fera, principalmente por parte dos países industrializados, além de criar formas de de-senvolvimento de ma-neira menos impactante àqueles países em pleno
desenvolvimento. Porém, países como os Estados Unidos tem difi-cultado o avanço destes acordos alegando que a redução da emissão de gases poluentes poderia dificultar o avanço das
indústrias no país.
Matérias
tanto!Umfenômenonatural, mas nem
P O R B A R B A R A N A R D U C C I
18 greenMAGAZINE
A COP 15 (sigla da 15ª Conferência das Partes da Convenção-COP-15, realizada pela UnFCCC (Convenção-Quadro das nações Unidas sobre Mudança do Clima),é o organismo supremo da Convenção e se reúne anualmente para aval-iar a implementação do tratado realizado em Co-penhague, capital da Di-namarca entre 7 e 18 de
dez de 2009. A Convenção vai trabal-har com o princípio das responsabilidades co-muns, porém diferen-ciadas, isso significa que os países industrializa-dos (que começaram a emitir mais cedo e lan-çam uma quantidade maior de CO2 e outros
gases de efeito estufa na atmosfera),devem arcar com uma parcela maior na conta do corte
de carbono.A expectativa é de que os países ricos assum-am metas de redução de 25% a 40% de seus níveis de emissão em relação ao ano de 1990,
até 2020. Os países em desen-volvimento se compro-metem a reduzir suas emissões, optando por um modelo econômico mais verde. É isso que fará com que brasil, Ín-dia e China possam se desenvolver sem impac-tar o clima, diferente-mente do que fizeram
os países ricos.
Quais países serão mais afetados?
Apesar de os grandes re-sponsáveis pelo aqueci-mento global serem as nações desenvolvidas da América do norte e europa Ocidental, os chamados países em desenvolvimento serão os que mais sentirão efeitos negativos, isso acontecerá porque es-sas nações possuem menos recursos finan-ceiros, tecnológicos e científicos para lidar com os problemas de inundações, secas e, principalmente, com os surtos de doenças
decorrentes.
greenMAGAZINE 19
Roberto GomesEntrevista com:
O geógrafo Roberto Gomes gentilmente cedeuà nossa equipe uma entrevista exclusiva.Confira!
O que senhOr entende pOr aquecimentO glObal?
“Aquecimento global nada mais é que uma intensificação do fenômeno natural do efeito estufa, causado pela concentração de certos gases, sobretudo o dióxido de carbono, além do metano e o óxido nitroso, causando o aumento da temperatura média do planeta, denominada de mudança climática.”
O que O senhOr faz para diminuir O aquecimentO dO nOssO planeta?
“Devo dizer primeiro que não acredito no aquecimento global da forma com que a mídia, de modo geral, nos apresenta, ou seja, de maneira catastrófica e sensacionalista. Creio que há uma série de interesses políticos e,
sobretudo econômicos por trás de tal evento, supervalorizando-o. Devo também dizer que as principais atitudes para diminuir os efeitos do aquecimento global devam partir de um sério e amplo diálogo no âmbito político nacional e internacional e não apenas a partir de medidas individuais. Contudo, tenho uma preocupação bastante grande com o destino do lixo gerado em meu domicílio e envio-o para reciclagem, mas é uma medida muito mais relacionada com a geração de renda em favor de certas instituições, que propriamente uma preocupação efetiva com a mudança climática.”
em sua OpiniãO, O quadrO atual dO aquecimentO glObal tem cOmO ser revertidO?
“Sinceramente, não possuo embasamento teórico suficiente para afirmar de forma categórica que o processo de aquecimento global em curso seja reversível, pois devemos levar em conta os aspectos naturais e sociais. Porém, se analisarmos a parcela de responsabilidade que a sociedade tem, creio que sim. Através de uma mudança drástica na matriz energética
20 greenMAGAZINE
mundial, uma revolução nos meios de transporte, favorecendo o transporte público e alternativo, um maior comprometimento das nações ricas e emergentes, como os Estados Unidos e a China, mas neste caso o debate já é outro. Basta ver o resultado da COP-15 e as expectativas da próxima COP entre novembro e dezembro, no México, que não são nada animadoras, pelo simples esvaziamento acerca do evento, talvez fruto do fracasso de Copenhague.”
O senhOr faz parte de alguma Ong Ou algum prOjetO que visa diminuir a temperatura glObal?
“Quanto a essa questão especificamente serei bastante objetivo e a resposta é não, por não acreditar de fato no trabalho das organizações não governamentais, por uma série de motivos e que talvez agora não seja o melhor momento para entrar em detalhes. Mas também não posso deixar de falar sobre o assunto. Não só no Brasil, mas no mundo inteiro, mas, sobretudo no Brasil, essas organizações estão ocupando o papel que cabe ao Estado e essa prática se transformou em um grande balcão de negociatas, basta analisar que em nosso país hoje já são mais de 250 mil ONG´S.”
O senhOr acha que as escOlas brasileiras realizam um bOm trabalhO quantO aO mOdO de infOrmar Os alunOs sObre O aquecimentO glObal?
“A resposta é não, claro salvo algumas exceções. Sobretudo pelo fato de se tratar do assunto de forma extremamente superficial. Falta um debate mais crítico que fuja ao senso comum. A escola não pode ser um lugar de simples reprodução da informação. Deve-se aguçar o senso crítico dos alunos, mostrar os diferentes pontos de vista, estimular a pesquisa, o debate e o diálogo e não simplesmente compartilhar o que a mídia de massa tem a dizer sobre o assunto, que hoje
serve para explicar quase que todo e qualquer problema no mundo.”
qual a sua maiOr crítica sObre O aquecimentO glObal?
“São várias e ao longo das minhas respostas acho que minhas críticas ficaram explícitas. Porém, é importante
A Original!
greenMAGAZINE 21
Entrevista
destacar dois pontos. O primeiro é deixar claro que eu acredito de fato que o problema existe, apenas não concordo da forma com é tratado. E para encerrar, uma crítica acho que é válida e devemos também levantar e debater, que é sobre os créditos de carbono, negociados em bolsas de valores. O comércio de créditos de carbono até que provem o contrário, apenas garante, principalmente aos países ricos, o direito de poluir pagando por isso. Creio que o mercado de carbono deve ser repensado o mais rápido possível.”
vOcê acha que fOra da escOla, nO âmbitO naciOnal e mundial, O debate e as pesquisas sãO sérias e efetivas sObre O aquecimentO glObal?
“Veja, existem pessoas que tratam e pesquisam o assunto de forma responsável, no Brasil e no mundo. Porém, o IPCC (Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas), órgão ligado a ONU para debater as causas e
as conseqüências sobre o aquecimento global que é uma referência, passa por um descrédito bastante significativo, devido o vazamento de informações mascaradas e superestimadas. Sendo assim, devemos analisar de forma ainda mais crítica os dados sobre o aquecimento global.”
O senhOr acredita nOs céticOs que dizem que O aquecimentO glObal nãO tem interferência dO hOmem?
“Existe de fato uma parcela de cientistas que são céticos em relação à efetiva contribuição dos homens para o aquecimento global, um deles é o Aziz Ab´Saber, professor emérito da USP, que ressalta o Optimum Climático (período de 5 ou 6 mil anos em que o calor aumentou muito), como tendo uma parcela importante sobre a mudança climática em curso e que faz parte da dinâmica da Terra, além claro, de outros fatores naturais. Contudo, o professor Aziz não descarta a participação do homem no aquecimento
global, porém assim como ele, eu acredito em uma combinação de fatores, como por exemplo, as queimadas na Amazônia, de responsabilidade do homem. Para concluir, eu não posso excluir a participação do homem para o agravamento das condições climáticas, especificamente o aquecimento global, mas também não posso concordar com o engenheiro Carlos Nobre do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que conclui que nos últimos cinqüenta anos o aquecimento global é predominantemente de responsabilidade humana.”
roberto Gomes da s. filho, 29, graduado em Geografia pela Universidade de são paulo e pós-graduando em Ciências sociais pela pontifícia Universidade Católica de são paulo, professor de Geografia do Colégio Civitatis.
Por: Rogerio R. Picilli e Barbara NarducciFotografia: Giovanna Brandi
22 greenMAGAZINE
propaganda
Charges
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Charges
greenMAGAZINE 25
POR GIOVANNE SGANZERLA
24 greenMAGAZINE
GreenpeaceO Greenpeace e uma organi-zação nao governamental que visa defender o am-biente e promover a paz eles inspiram as pessoas a mudarem comportamentos e atitudes. No brasil, a or-ganização tem mais de 70
pessoas trabalhando nos escritórios de são paulo, manaus e brasília, 250 voluntários, 47 mil colaboradores e 300 mil ciberativistas.
Suas missões:proteger a floresta amazônica, estimular o in-vestimento em energia renovável e eficiência energética, defender os oceanos, trabalhar pela paz e incentivar a agricultura segura e sustentável.
WWf o WWf é uma organização nacional criada em 1996. Desen-volve projetos em todo o país, é a maior rede independente de conservação da natureza, com atuação em mais de 100 países
e o apoio de cerca de 5 milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários.
Suas missões:essa organização se dedica à conservação da natureza com os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações.
sos mata AtlânticaA fundação sos mata Atlân-tica é uma entidade privada sem vínculos partidarios ou religiosos sem fins lucrativos criada em 1986 e a primeira
oNG destinada a defender os últimos rema-nescentes de mata Atlântica no país.
Suas Missões:A oNG promover a conservação da diver-sidade biológica e cultural do bioma mata Atlântica e ecossistemas sob sua influência, estimulando ações para o desenvolvimento sustentável, bem como promover a educação e o conhecimento sobre a mata Atlântica, mobilizando, capacitando e estimulando o exercício da cidadania socioambiental.
CarbonoNeutroé um programa socioambien-tal desenvolvido pela max-Ambiental com a finalidade de combater as mudanças climáticas através da mensu-
ração, redução e compensação de emissão de Gases efeito estufa, em projetos que con-templem ainda geração de trabalho e renda, inclusão social capacitação para atuar em projetos e educação ambiental.
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Confira aqui quem ajuda nosso planeta! P O R G I O VA N A P R E M A Z Z I
26 greenMAGAZINE
propaganda
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Foi levantado por estudos britânicos que mui-tas das 380.000 de espécies correm o risco de desaparecer. Um grupo de cientistas do Kew Gardens de Londres, do Museu de História Nat-ural de Londres e da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), apurou que a maior ameaça ao habitat de plantas é a ação humana.Outras ameaças são as queimadas e derruba-das de áreas de florestas em Madagascar, a destruição da mata atlântica da America do sul, a produção de azeite na Indonésia e a agricultu-ra intensiva na Europa.Para chegar a essa conclusão, foi tomado como referência 7.000 plantas pertencentes a cinco grupos principais de vegetais que incluem mus-gos, samambaias, coníferas, algumas flores, como orquídeas, gramíneas e leguminosas, tanto as espécies raras quanto as mais comuns
foram avaliadas para ter uma visão mais clara do futuro.Os pesquisadores descobriram que 22% des-sas espécies podem ser classificadas como “criticamente ameaçadas”, de extinção, apenas “em perigo” ou “vulneráveis”, a maioria das espécies ameaçadas são nativas de florestas tropicais onde cresce a maior variedade de plantas, e de ilhas que se localizam no meio do oceano, como Páscoa e Bermudas.O diretor do Kew Royal Botanic Gardens, Ste-phen Hopper, disse que o estudo “confirma o que já suspeitava: Que as plantas estão ameaçadas pela ação humana”.“Nós não podemos ficar parados enquanto as espécies desaparecem. As plantas são a base da vida na Terra, fonte de ar limpo, água, alimentos e combustível, e toda a vida animal depende delas”, disse Hopper que vai utilizar todas as ferramentas de seu conhecimento para evitar o desaparecimento da vida vegetal.
Cerca de 22% das plantas do mundo estão ameaçadas de extinção, segundo uma pesquisa que avaliou os perigos que ameaçam as espécies vegetais.
MatériasUm quinto das plantas ameaçadas
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