Green Connection

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Agosto 2014 | Nº 1 | Mensal | Gratuita ADITIVOS ALIMENTARES Corantes Ativismo Verde | Conservação Ambiental | Veganismo | Ecovilas | Energias Renováveis | Consumo Sustentável Green cONNECTION O Lince Ibérico FOTO © hp://www.lynxexsitu.es

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Agosto 2014 | Nº 1

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Agosto 2014 | Nº 1 | Mensal | Gratuita

ADITIVOS ALIMENTARES

Corantes

Ativismo Verde | Conservação Ambiental | Veganismo | Ecovilas | Energias Renováveis | Consumo Sustentável

GreencONNECTION

O Lince IbéricoFOTO © http://www.lynxexsitu.es

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PUB Ativismo Verde

VeganismoSustentabilidadeConservação AmbientalEnergias RenováveisAgricultura BiológicaOrganizações Não-GovernamentaisProteção e Direito dos AnimaisEducação AmbientalEcovilasPermacultura

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Estatuto Editorial

1. A Green Connection é uma revista mensal, digital, gratuita, de âmbito nacional e de informação especializada e independente.

2. A Green Connection está vocacionada para temas da área do ativismo verde, veganismo, consumo sustentável, conservação ambiental, energias renováveis, agricultura biológica, organiza-ções não-governamentais, proteção e direito dos animais, entre outros assuntos relacionados.

3. A Green Connection surgiu da necessidade de informação e divulgação da sua temática. O que se propõe é criar uma “cone-xão” entre homem e meio ambiente, e alertar para as consequên-cias das suas ações.

4. A Green Connection pretende contribuir para a divulgação de eventos dentro dos temas enunciados, a realizar em Portugal e no estrangeiro.

5. A Green Connection pretende também ser um meio de contri-buir para o desenvolvimento de cidadãos ativos, conscientes e participantes.

6. A Green Connection pauta-se pelo princípio de que os factos e as opiniões devem ser claramente separadas: os primeiros são intocáveis e as segundas são livres.

7. A Green Connection é independente do poder político, do poder económico e de quaisquer grupos de pressão.

8. A Green Connection terá a liberdade de menção a marcas e produtos sem que tal esteja associado à presença ou ausência de anunciante do artigo mencionado.

9. A Green Connection acolherá contribuições de cidadãos portu-gueses e não portugueses.

10. A Green Connection reconhece o direito de resposta a qual-quer pessoa e entidade, privilegia a participação dos leitores e as rubricas de opinião que estarão devidamente identificadas. Todos os conteúdos fornecidos à Green Connection são da inteira responsabilidade dos seus autores.

11. A Green Connection respeita a Constituição da República Portuguesa e demais Leis da República, designadamente os direi-tos, obrigações e deveres da Lei de Imprensa e do Código Deon-tológico dos Jornalistas.

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EDIÇÃO ESCRITA AO ABRIGO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

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Candidaturas

Desde o lançamento do programa LIFE da Comissão Europeia, em 1992, foram �nanciados 144 projetos em Portugal.

As candidaturas 2014-2020 encontram-se abertas. Se tem algum projeto Green, não perca tempo e apresente a sua candidatura.

Conecte-se ao LIFE, em:

http://ec.europa.eu/environment/life

LIFE 2014 - 2020

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UMÁRIO

ALIMENTAÇÃOAditivos Alimentares: Corantes 6

CAPAO Lince Ibérico 10

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Corantes: Consumirou evitar? Pág. 6

Lince, um destino incerto.Pág. 10

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Atualmente na União Europeia existem 24 categorias de aditivos utilizados pela indústria alimentar. Nesta edição iremos falar dos Corantes.O que são os corantes?São substâncias utilizadas para introduzir cores nos alimentos.Existem duas categorias de coran-tes, os naturais e os sintéticos. Os corantes naturais podem ser de origem vegetal ou animal. Já os corantes sintéticos são substâncias químicas orgânicas complexas derivadas, por exemplo, do petróleo ou do carvão mineral. Para identifi-car cada um desses aditivos foi-lhes

atribuída a letra E, e no caso dos corantes os seus números estão todos listados dentro da primeira centena (ex.: E-102, E-131).

Para que servem?Os corantes servem apenas para melhorar a aparência dos alimentos conferindo-lhes um aspeto mais atrativo, já que as cores desempe-nham um papel fundamental na escolha dos alimentos.

São prejudiciais a saúde?Depende do tipo, mas a grande maioria, mesmo que seja de origem natural pode prejudicar a saúde. Um exemplo de corante não preju-dicial é o E 100 - Curcumina.Alguns corantes podem causar urticária, rinites, cancro, alterações da visão, problemas respiratórios, síndroma de hiperatividade, entre outras reações alérgicas.

“Os aditivos só deveriam ser utilizados quando não há dúvi-das sobre a sua segurança e são a única via para uma necessi-dade da indústria. Não podem servir para induzir em erro e devem trazer benefícios para o consumidor. Mas não é raro encontrarmos, nos nossos testes, produtos com aditivos des-necessários ou enganosos.”DECO (2010), “Aditivos alimentares: só os seguros e indispensáveis”. Página consultada em 14 de Agosto de 2014, http://www.deco.proteste.pt/alimentacao/seguranca-alimentar/dossie/aditivos-alimentares-seguros-indispensaveis

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Porque os corantes prejudiciais a saúde não são retirados do mercado?O cigarro também é prejudicial a saúde e mesmo assim continua à venda, o mesmo acontece com o uso de alguns corantes na alimentação. Ora, se sabemos os que são prejudiciais e ainda assim continuarmos a consumi--los, poucas serão as indústrias alimentícias que farão alterações a estes aditivos, como a remoção ou a troca por corantes mais saudáveis.

Mas muitas pessoas não sabem quais são os coran-tes prejudiciais.Este é um dilema que poderia estender-se a outras centenas de alimentos, sem contar que algumas pesso-as os consomem mesmo sabendo que estão a prejudi-car a saúde. Os rótulos dos produtos, por norma, têm as informações dos ingredientes, apesar de não ter avisos de que determinados aditivos podem causar problemas de saúde. O bom mesmo seria que a indústria alimentar informasse todas as consequências do consumo dos seus produtos a curto, médio e longo prazo. Mas imagine que, no supermercado, na secção de doces estava um aviso em letras enormes do tipo:“Alguns corantes podem provocar urticária, rinites, alterações da visão, problemas respiratórios, hiperatividade, fototoxici-dade, cancro...”? E se na sessão de carnes e enchidos tivesse este aviso: “O consumo de carnes vermelhas e enchidos em excesso (acima de 100 gramas por dia) aumenta significativamente o risco de desenvolver doen-ças cardiovasculares e cancro”? Ainda assim, infelizmente, muitas pessoas não iriam ler, ou iriam mesmo ignorar, e iriam consumir estes produtos.”

Os estudos nutricionais são feitos, as informa-

ções são publicadas, mas a escolha é do

consumidor.

E assim sendo, resta-nos deixar um guia rápido sobre os CORANTES e esperar que seja utilizado pelo menos quando for comprar as “lam-barices” para os miúdos, e também na escolha do alimento para os seus animais de companhia.

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E 100 - Curcumina (C. I. 75 300)E 101 - Riboflavina (e riboflavina-5-fosfato)E 102 - Tartarazina (C. I. 19 140); S - Reações adversas: urticária, rinites, alterações da visão, problemas respi-ratórios, síndroma de hiperatividade.E 104 - Amarelo de quinoleína (C. I. 47 005); RA 102E 110 - Amarelo-sol FCF (C. I. 15 985) ou amarelo alaranjado S;E 120 - Cochonilha, ácido carmínico e carminas (C. I. 75 470); Pode induzir reações alérgicas em pessoas sensíveis.E 122 - Azorubina ou carmosina (C. I. 14 720); RA 102E 123 - Amarante (C. I. 16 185); RA 102E 124 - Ponceau 4 R (C. I. 16 255) ou vermelho cocho-nilha A; RA 102E 127 - Eritrosina (C. I. 45 430); Pode produzir fototoxi-cidade (sensibilidade à luz). RA 102.E 128 - Vermelho2 G (C. I. 18 050); RA 102E 129 - Vermelho allura AC (C. I. 16 035)E 131 - Azul patenteado V (C. I. 42 051); RA 102E 132 - Indigotina ou carmim de índigo (C. I. 73 015); RA 102E 133 - Azul-brilhante FCF (C. I. 42 090); RA 102E 140 - Clorofilas (C. I. 75 810) e compostos derivados, clorofilinas (C. I. 75 815)E 141 - Complexos cúpricos das clorofilas e de com-postos derivados (C. I. 75 815)E 142 - Verde S (C. I. 44 090); RA 102E 150a - Caramelo simplesE 150b - Caramelo sulfítico cáusticoE 150c - Caramelo de amónia; Verificou-se que em ratos induz a deficiência de vitamina B6 nesses animais.E 150d - Caramelo sulfítico de amóniaE 151 - Negro brilhante BN ou negro PN (C. I. 28 440); Em porcos a que se forneceu o corante foram deteta-dos quistos intestinais. RA 102E 153 - Carvão vegetal; Nos EUA foi banido por se admitir que possa provocar o cancro. E 154 - Castanho FK; Experiências com bactérias indicam que possui propriedades mutagénicas (alte-

rações no material genético). RA 102E 155 - Castanho HT (C. I. 20 285); RA 102E 160a - Carotenos mistos (C. I. 75 130) e betacarote-no (C. I. 40 800);E 160b - Anato, bixina, e norbixina (C. I. 75 1209)E 160c - Extrato de pimentão, capsantina e capsoru-binaE 160d - LicopenoE 160e - Beta-apo-8-carotenal (C 30) (C. I. 40 820)E 160f - Éster etílico do ácido beta-apo-8-caroténico (C30) (C. I. 40 825)E 161b - LuteínaE 161g - CantaxantinaE 162 - Vermelho de beterraba ou betanina; N - Foi verificado em Inglaterra que c. 15% da população não metaboliza adequadamente o pigmento, sofrendo de um desequilíbrio alimentar conhecido por «betúria».E 163 - AntocianinasE 170 - Carbonato de cálcio (C. I. 77 220), ou calcárioE 171 - Dióxido de titânio (C. I. 77 891)E 172 - Óxidos e hidróxidos de ferro, utilizados como corantes vermelho (C. I. 77 491), amarelo-acastanha-do (C. I. 77 492) e castanho (C. I. 77 499); Alguns dietis-tas consideram como tendo efeitos desfavoráveis o consumo elevado de alimentos a que se adiciona ferro.E 173 - Alumínio; Muitos dietistas consideram preju-dicial o consumo excessivo de alumínio, resultante dos próprios utensílios de culinária, de pastilhas antiácido e outras, por admitirem que conduz ao envelhecimento celular, nomeadamente das células nervosas.E 174 - Prata; os sais de prata são tóxicos para as bactérias e outras formas simples de seres vivos; o consumo prolongado pelo ser humano pode origi-nar argíria.E 175 - OuroE 180 - Litol-rubina BK - S

SeguroPouco SeguroNão se conhecem efeitos adversos.

RA 102: Pode produzir reações alérgicas semelhantes às referidas para o E 102.

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A Green Connection está a preparar o directório

mais ecológico de Portu-gal. Não perca as atuali-zações da nossa página

web:

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O Lince Ibérico...atualmente é considerado o mamífero carnívoro mais ameaçado da Europa, sendo também o felino mais ameaçado do mundo.

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Até ao século XIX os Linces habitavam toda a Península Ibéri-ca, a sua área natural de distribuição geográ�ca.Durante o século XX vários fatores levaram ao declínio da população dos Linces, sendo as duas principais ameaças a perda de habitat para a agricultura intensiva, e a falta de alimento.

Áreas de habitat adequadaspara o Lynx pardinus na

Península Ibérica

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ww.iberlince.eu

© http://helgeschulz.de

O coelho-bravo constitui cerca de 80 a 100% da dieta dos Linces

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Situação atual da espécie:

Em perigo crítico de extinção

AMEAÇASA maioria dos fatores apontados como ameaças tiveram e continuam a ter origem em atividades humanas

Perda e deterioração de Habitat• Produção �orestal intensiva• Monocultura intensiva• Pecuária com extensas áreas de pastagem• Construção de grandes infraestruturas (ex. barragens e estradas).• Incêndios �orestais

Escassez de alimento• O coelho-bravo - Constitui cerca de 80 a 100% da dieta dos Linces. Por ser considerado praga agrícola, teve a sua população dizimada entre 80 e 99% pela mixomatose, doença introduzida em França em 1950 como forma de controlo biológico na agricultura e que espalhou-se por toda a Europa Ocidental.• Outros alimentos - (ex. perdizes, pegas, roedores, lebres, crias ou juvenis de veados e gamos) Embora seja dito que as atividades da caça não interferem na cadeia alimentar dos Linces pelo facto deste felino ter preferêcia por

animais doentes, velhos ou debilitados, a verdade é que se não houver prezas “saudáveis, jovens e hábeis” a repro-duzir, a reconstituição da cadeia alimentar do Lince e mesmo a de outras espécies �ca em perigo.

Outros fatores• Atropelamento• Utilização de técnicas ilegais e não seletivas de caça• Furtivismo• Uso de venenos• Perturbação humana nas áreas de reprodução• Doenças (ex. tuberculose bovina e leucemia felina)• Lutas• Causas desconhecidas

Estudos feitos entre 2002 e 2013 sobre as causas de morte do Lince Ibérico apontam que mais de 50% da taxa de mortalidade teve origem em atividades humanas, algumas involuntárias e outras intencionais, como atropelos e furtivismo.Apesar de todos os esforços, a espécie continua em perigo crítico de extinção, com uma população total estimada em 332 exemplares.

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Porém, nem tudo são más notícias...Felizmente existem projetos de reprodução, recuperação de habitat e reinserção da espécie em Espanha e Portugal, os quais estão a tentar reverter a situação de risco em que se encontram os Linces. Os estudos genéticos da espécie também estão a dar bons resultados.

Segundo informações do programa de conservação Ex-situ, em relação aos resultados da temporada de reprodução de 2014, dos 5 centros em atividade (um localizado em Portugal e quatro em Espanha), nasceram 36 Linces, dos quais 23 sobrevivem até a data.

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Próxima edição:

Terá a nossacivilização evoluído?

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