GRCIA ANTIGA - A VIDA E A MORTE - COSTUMES FUNERRIOS

De um modo geral, a velhice na antiga Grcia no era algo trgico,socialmente temvel. O velho, desde que saudvel de corpo e mente, poderia continuar na ativa, pois no havia limite de idade para a sua retirada da vida social nem aposentadoria. Os filhos, sob pena de multa, de degradao cvica ou mesmo de priso, eram obrigados a cuidar dos pais e a zelar por sua subsistncia, se doentes ou invlidos. Mas envelhecer, bom lembrar, segundo os filsofos era secar, ir perdendo a seiva, o verdor. O seco, como se sabe, um inimigo da vida, sempre dificultando ou inibindo os processos metablicos, as trocas, fundamentais para qualquer forma de existncia.

Os mortos eram, para os antigos gregos, os dissecados, em qualquercircunstncia. Da, o temor que Geras, a Velhice, provocava. Triste divindade, filha de Nix e do rebo, vivia no Hades, mais exatamente no chamado Bosque de Persfone, territrio preambular do inferno grego. Geras era representada sob a figura de uma mulher muito velha, coberta com uma tnica negra. Na mo direita levava uma taa, na esquerda um basto, no qual se apoiava. Sempre ao seu lado, uma clepsidra, quase esgotada. Noutras vezes era alegorizada simplesmente por um rosto de mulher velha ou por bastes, cajados.No perodo pr-helnico (antes de 2000 aC), em certas pocas, os mortos eram enterrados no subsolo das casas. J no perodo helnico fixou-se ocostume, transformado em lei, de enterr-los fora das muralhas das cidades. Registre-se que esta proibio era radical quanto a Delos, sede do grande orculo do deus Apolo, no se permitindo que nenhum morto fosse enterrado em seu territrio. Os mortos eram levados para as ilhas vizinhas e l inumados. As cidades gregas possuam muitas necrpoles (nekros, cadver, mais polis, cidade; literalmente, cidade dos mortos). Eufemisticamente, as necrpoles passaram a ser designadas pelo nome de koimeterion, cemitrio, lugar onde os mortos dormem.

A morte tinha um nome, Thanatos, que invariavelmente aparecia ligado ao seu irmo gmeo, Hipnos, deus do sono, ambos filhos de Nix, a Noite, e irmos de Geras, portanto. da relao entre Thanatos e Hipnos que nasce a palavra grega koimeterion, dormitrio, lugar os mortos dormem, acima mencionada. A funo de Thanatos no era propriamente a de matar, mas a de receber o que morria, acolh-lo. Muitas vezes, Thanatos passava por um libertador, sendo at desejado, quando libertava os vivos dos grandes tormentos que os afligiam. Ademais, Thanatos simbolizava no s o aspecto perecvel da vida, a impermanncia da existncia, como a revelao de algo que viria a seguir. No significava propriamente nada de monstruoso, de horrvel, mas possibilitava o acesso, atravs dos adequados ritos funerrios, a novas formas de existncia que lembravam ideias de recomeo ou de evoluo.

A morte no mito, no que tinha de aterrorizante, era sempre feminina, j que decretada pelas Moiras, as Fiandeiras, tambm filhas de Nix, deflagradorasde um processo do qual participavam dolorosamente entidades como as Keres, as Grgonas ou as Harpias. Entenda-se: numa sociedade profundamente machista como a grega, a morte dolorosa s poderia acontecer pela via feminina, segundo as eternas leis universais do gnero e das polaridades, presentes no mundo material e na vida psquica. Por isso, sofiguras femininas no mito grego que atacam o masculino, a sua incontinncia, a sua descomunalhybris, o seu desmedido orgulho. O fim por elas decretado estava sempre ligado a uma relao de causa e efeito. Era o tipo de vida escolhido que determinava, por exemplo, o modo pelo qual as Keres (vide a morte de Aquiles) iriam atuar. A Medusa matava petrificando, prendendo aquele que no sabia dialogar com o seu lado feminino a comportamentos culpososdos quais no saberia se livrar ou liquidando-o como as Harpias porque arrebatados por compulsivas e destrutivas maneiras de ser.

MEDUSA

Quem atacava tambm o masculino, para testar-lhe muitas vezes a firmeza, anulando-lhe a vontade, eram as sedutoras Sereias ou as raptoras Ninfas, E tudo isto sem falar daquelas divindades que viviam sob o manto de Ananke, como Nmesis ou as Ernias, perseguidoras implacveis do masculino tomado pela arrogncia ou quando a justia deixava de ser equnime (equilbrio entre o masculino e feminino)

Nos costumes funerrios gregos, aps o sc. XII aC, fixaram-se duas formas de se dar um destino final ao corpo: a inumao e a cremao. Com o desenvolvimento das cidades, ocorreu a separao entre o local da habitao e o terreno destinado s sepulturas. Ou seja, o morto no poderia mais ficar perto dos vivos, teria que ser levado para longe, para fora dos muros da cidade. As sepulturas foram aparecendo ento ao longo das estradas principais que saam das cidades. O cemitrio de Atenas, conhecido por Cermico, perto do bairro onde trabalhavam os oleiros, um exemplo, embora algumas honrosas excees fossem registradas, caso de pessoas gradas enterradas nos mercados de algumas cidades ou junto de templos.

CERMICO

Quando a morte chegava para qualquer pessoa, a famlia, segundo os costumes tradicionais, colocava diante da casa um grande recipiente, um vaso, com gua para que os visitantes pudessem se purificar ao sair. Obrigavam-se os familiares a realizar escrupulosamente as cerimnias rituais dos funerais, segundo um drama em cinco atos:1) toalete fnebre (lavagem do cadver com leos perfumados, seu envolvimento com faixas e uma mortalha, o rosto descoberto). Fechados os olhos do morto, uma moeda era colocada entre os seus dentes, para que a alma pagasse o seu direito de ingresso no Hades, pelo cruzamento do rio Aqueronte, a Caronte, o barqueiro.

CARONTE

2) exposio do morto (prthesis) sobre um leito cerimonial, durante do dia, no vestbulo da casa, tudo em meio a muitos gritos e gestos rituais de lamentaes; os homens demonstravam a sua dor, estendendo seus braos para a frente e para o alto; as mulheres levavam as mos aos cabelos, desgrenhando-se; a lei sempre procurou suprimir estas demonstraes que normalmente incorporavam lamentos, vestes rasgadas, batidas de ps, vociferaes, crises histricas. S era admitida a presena das mulheres que estavam impuras, isto , as mais prximas do defunto, a me, a esposa, as filhas, as irms; alm destas, um mximo de cinco mulheres e de duas donzelas que pertencessem famlia at o grau de filhas de primos diretos.Toda a casa onde havia um morto entrava num estado de anormalidade. Um sinal disto, alis, j estava no grande vaso cheio de gua acima mencionado. A prthesis durava um dia inteiro. As famlias nobres usavam um carro para o transporte do morto, especialmente preparado. No caso de cremao, a fogueira era feita junto do local fnebre, ficando o recolhimento dos ossos sob a reponsabilidade do parente mais prximo, um filho geralmente.O morto era presenteado com oferendas, que se tornavam sua propriedade. Estas oferendas tinham a finalidade de refletir os seus hbitos e o seu status social. Os vivos procuravam com isso demonstrar que no se apoderariam das posses do falecido. De carter simblico, estas oferendas foram aos pouco sendo substituidas por formas miniaturizadas, sem utilidade prtica alguma. Os homens recebiam facas, armas, instrumentos profissionais. As mulheres, as da aristocracia, recebiam simbolicamente jias, e roupas. O mais comum, porm, eram fusos, smbolos de mulheres virtuosas. No geral, era muito usado o costume das libaes para que a ligao com o morto fosse mantida.Todos os que entravam na sala da prthesis deviam vestir luto, nas cores preto, cinza ou branco, e tendo seus cabelos cortados. Carpidores profissionais, principalmente mulheres, podiam ser contratados para que, com a sua contribuio, fosse aumentada a energia da memria, lembrana do morto, alm evidentemente de impedir que participantes da cerimnia pegassem no sono. Para o grego, a memria, atuando atravs de Pothos, o deus da saudade, mantinha o morto vivo; enquanto houvesse memria haveria vida. Havia restries ao luxo, sendo usados sempre muitos leques e ventarolas para espantar as moscas. No mito, temos um exemplo: Aquiles, quando do funeral de seu amigo Ptroclo, obrigou os troianos capturados a carpir o amigo. As leis sempre procuraram organizar as cerimnias fnebres segundo trs princpios: decncia, higiene e economia, chegando inclusive a definir a quantidade e o preo dos objetos a serem utilizados e estabelecendo a preferncia da cor marrom para o luto.

AQUILES E PTROCLO

3) no dia seguinte, antes da alba, para que o sepultamento ocorresse antes dos primeiros raios do Sol, que no podia ser manchado pela morte, fazia-se o transporte do corpo (ekphor) para a necrpole sobre um carro ou maca, em cortejo de parentes, familiares e amigos, vestidos com roupas escuras, salmodiando um threnos, com acompanhamento de aulo, em alternncia com os soluos das carpideiras. No cortejo dos assassinados, uma lana era carregada como sinal de vingana.4) inumao em um caixo de madeira (cedro no caso de famlias ricas), que se depositava em um tmulo, que podia ser subterrneo, areo (superficial) ou rupestre (cavernas ou grutas). Em muitos casos, ocorria a incinerao do corpo em fogueiras, sendo os ossos e as cinzas recolhidos em uma urna de metal ou vaso de argila, inumados mais tarde.5) banquete fnebre uma vez terminadas as exquias (palavra que quer dizer acompanhar, seguir at o fim), na casa de um parente prximo do morto, pois o domiclio deste ltimo, at que ritualmente purificado, estava maculado pela morte. Os gregos davam o nome de nekyia a qualquer sacrifcio para e evocao dos mortos.Na tumba do morto eram colocados mveis e utenslios que poderiam ser teis na vida do Alm, costume certamente herdado do Egito. O luxo e o exibicionismo iam sendo coibidos aos poucos. Sobre o tmulo erguia-se normalmente uma simples estela (coluna ou placa de pedra em que se faziam inscries; monumento monoltico vertical) ou se colocava um vaso de mrmore (lcito ou lutrfora) nos quais se inscrevia o nome do desaparecido, acompanhado s vezes de uma saudao, de um epitfio (epi, por cima, mais taphos, tmulo) ou de um relevo representativo, em geral de uma cena de dekstosis (aperto de mo entre dois personagens, o morto e um sobrevivente). Embora Solon j houvesse tentado coibir os excessos nos funerais,

DEMTRIO FALERO

especialmente as demonstraes de riqueza e as cenas de dor muito violentas, no sculo IV aC, no fim do perodo clssico da histria Grega, os monumentos funerrios das famlias ricas de Atenas eram to suntuosos que Demtrio Falero promulgou em 317 uma lei para regulamentar a construo de sepulturas. Em Esparta, as exquias eram mais simples e rpidas. A durao do luto fechado era geralmente limitada a onze dias. Na fachada das tumbas rupestres, colocava-se em um nicho, um busto funerrio de mrmore, no mais da vezes, anicnico (sem rosto).De um modo geral, o culto aos mortos ocupava um lugar muito importantena vida social grega. As homenagens prestadas aos mortos eram renovadasno terceiro, no nono e no trigsimo dias aps os funerais e, depois, nos aniversrios do falecimento. Levava-se um repasto fnebre e se faziam libaes diante dos tmulos. Sehouvesse tempo, o tmulo do ente querido era visitado vrias vezes; havia msica (flautas e liras), renovavam-se as coroas de flores e fitas. Lembre-se que para um grego antigo era absolutamente obrigatrio dar sepultura a um morto. Considerava-se no apenas mpio, mas muito perigoso deixar os mortos sem honras fnebres, pois as almas errantes se transformariam em entidades que voltariam para perturbar os vivos.Os soldados mortos pela ptria tinham direito a uma cerimnia fnebre especial, conforme a descreve o historiador Tucdedes, no sculo V aC.Antes da inumao dos militares, os corpos eram expostos em tendas. Depois, em caixes de ciprestre, rvore funerria, os despojos eram colocados de acordo com as tribos a que pertencia o morto. Os restos mortais eram depositados num monumento levantado pelo poder pblico, no bairro mais importante da cidade. Aps a inumao, um cidado designado pelo governo, em funo dos seus dotes intelectuais e prestigio,fazia o elogio dos mortos.Chamavam os gregos de cenotfio (literalmente, tmulovazio) o tmulo ou monumento fnebre levantado em memria de algum

COLOSSO DE RODES

cujo corpo no jazia ali sepultado. O morto era representado muitas vezes por um kolossos, uma esttua com forma humana, estatueta de argila ou madeira, que representava o ausente em um ritual. Posteriormente, a palavra kolossos foi usada para designar esttuas de grande porte, especialmente a que representava o deus Apolo em Rodes, conhecida como o Colosso de Rodes.Os costumes funerrios variaram conforme as pocas. Nos poemas homricos, a praxe era a cremao. Na poca clssica, o sepultamento era comum e a cremao s ocorria em casos excepcionais. Em Atenas, como se disse, a necrpole oficial era chamada de Cermico, de onde partia a estrada em direo do Santurio de Eleusis. O Cermico era um demo na periferia de Atenas. Uma parte desse demo se situava dentro das muralhas da cidade e oferecia um grande espao onde se realizavam reunies. O cemitrio ficava na parte externa, fora dos muros, perto da porta chamada Dipylon (esta palavra, em grego, significa tudo o que duplo, como o corpo e a alma, tudo que dividido por dois; por esse nome designavam-se tambm as pinas do escorpio).

RUNAS DO DIPYLON

De um modo geral, a morte masculina era pblica, viril, isto , os homens morriam em atividade cvica ou na guerra; as mulheres morriam sempre anonimamente. O grande ornamento das mulheres era o silncio e a sua maior realizao era a de levar uma vida exemplar de esposa e de me ao lado do seu esposo, o homem-cidado, o aristocrata. A esposa do cidado vivia no recesso do lar, para o oikos, junto da lareira, sempre provedora, com os filhos e os serviais da casa. A glria (kleos) do homem, sempre um aristocrata, era viva, proclamada, a da mulher era silenciosa, recatada. Morto o marido, restava a ela no dar motivos para que falassem dela, seja censurando-a ou elogiando-a. A maior glria da mulher era no ter glria nenhuma. Desprovida de andreia, coragem, a mulher s poderia se realizar pelo casamento e pela maternidade. Fora dessa condio, as

ANTGONA

mulheres se realizavam como concubinas (poucas, belas, s vezes ricas, para os prazeres da carne) ou, em casos especialssimos, como cortess (muito cultas, independentes, ricas e famosas, com intensa vida social nos seus domnios, nos quaisrecebiam a elite da inteligncia, do dinheiro e da poltica). S na tragdia, com Eurpedes, quando a vida gloriosa de Atenas ia chegando ao seu fim, a mulher assumiria a sua morte, em muitos casos o suicdio como soluo (Antgona, Fedra etc.). A nica que escapa das presses desse contexto Medeia, que, ao invs de se matar, mata seus filhos, a noiva de seu ex-marido e seu pai.Uma outra palavra para designar o cerimonial da morte exquias (cuidar, honrar, inquietar-se). Pelo seu aspecto ritual, sempre um convite ao envolvimento da comunidade como um todo. O corpo ia para uma outra jurisdio, havia que se despach-lo adequadamente, cumpridas todas as formalidades do longo percurso, as suas diversas fases bem ntidas. A morte era um miasma, uma contaminao. O problema, no fundo, no era a morte em si, mas o de se observar o sepultamento ritual, j que a grande desgraa para algum era morrer e ficar o seu corpo insepulto. Com a morte, nos tempos primitivos, o patrimnio deixado pelo morto passava integralmente ao filho mais velho, encarregado de dar continuidade ao culto domstico depois da morte do pai.Aos poucos, mudando os costumes, as leis de sucesso foram sendo alteradas. A fortuna passou a ser dividida entre os herdeiros do mesmo grau, mantendo-se algumas vantagens para o filho mais velho (a casa paterna ia para ele). Em Atenas, as disposies testamentrias eram comuns nos tempos de Slon. Certas regras especiais sucessrias eram aplicadas no caso da filha nica, a chamada filha epiclera, assim chamada porque, sem ser herdeira, participava da herana. Se a filha epiclera fosse casada, seus filhos eram considerados filhos do av materno e recebiam a herana. Se no fosse casada, o pai adotava como filho herdeiro o futuro genro. Caso no houvesse testamento, a sucesso passava ao parente mais prximo, que devia casar-se com a filha do falecido. Teoricamente, se esse herdeiro j fosse casado e se a filha epiclera no tivesse filhos, ambos deveriam se divorciar. Na prtica, o herdeiro era simplesmente obrigado a adotar a moa como filha.Cuidar do tmulo era, como se viu, obrigao dos descendentes. No 30 dia da morte, uma refeio conjunta dos familiares encerrava o luto. Depois, a homenagem aos mortos era feita quando das festividades populares com as quais a cidade a cada ano os homenageava coletivamente. O dia dos mortos chamava-se Nekysia e na Genesia, outra festa relacionada com os mortos, os filhos lembravam-se dos pais falecidos. Papas de cevada, leite, mel, vinho no mais das vezes, e sangue de animais sacrificados eram oferecidos aos mortos, dando-se a estas oferendas o nome de derrames. Quando as libaes se entranhavam na terra, era estabelecido contacto com os mortos, entoando-se preces nesses casos. No caso de libaes com

TIRSIAS

gua, tnhamos o chamado banho dos mortos. Muitas vezes, quando haviao intuito de aliment-los, os contactos eram feitos atravs de perfuraes da superfcie da terra. Uma famosa cerimnia de invocao est na Odisseia (canto XI), quando Ulisses, orientado por Circe, evocou o eidolon do vidente Tirsias, para que ele lhe desse informaes de como voltar a taca. Ulisses abriu um fosso e sobre ele fez as libaes e os sacrifcios rituais. Homero nos diz que o sangue negro corria e logo as almas dos mortos, subindo do Hades, se juntaram.O culto dos mortos entre os gregos lembra um pouco o do antigo Egito. O morto estava presente e ativo na sepultura, interferindo bastante na vida dos vivos. Eles bebiam lquidos derramados, comiam papas, eram convidados a participar de refeies; o sangue dos sacrifcios e o vinho eram, ao que parece, o que havia de melhor para reanim-los. Como retribuio, os mortos deviam enviar o bem superfcie. H muitas histrias sobre certos mortos que, por no terem sido despachados na forma ritual, no entraram no Hades; outros ficaram a errar em torno de seus tmulos, no encontrando jamais sossego, ameaando inclusive os que passavam por perto. A ira dos mortos era temida e muitos cuidados deveriam ser tomados para atenu-la; os vivos precisavam lembrar-se sempre deles, atravs de oferendas constantes, mantendo-os de bom humor.