GRANDE SINTOMAS CARDIOLOGIA Anibaldo Teodoro da Silva Santa Casa Ribeirão Preto 2011.

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GRANDE SINTOMAS CARDIOLOGIA

Anibaldo Teodoro da SilvaSanta Casa Ribeirão Preto

2011

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Dor Torácica

• Dor torácica é causa de 5 a 10% das visitas ao pronto-socorro, destas, 25-50% não tem causa cardíaca (USA).

• Cerca de 15 a 30% desses pacientes com dor torácica na verdade tem IAM ou angina instável.

• Apenas cerca da metade com IAM apresenta alterações clássicas de supradesnível do segmento ST no eletrocardiograma (ECG) de chegada.

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• Menos da metade dos pacientes com IAM sem supradesnível de ST apresentam elevação sérica da creatinoquinase - MB (CK-MB) na admissão.

• EUA cerca de 2 a 3% dos pacientes com IAM, são liberados, no Brasil cerca 11%, podendo chegar até 20%, em alguns hospitais.

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Síndrome CoronarianaAguda

• Dor ou desconforto ou queimação ou sensação opressiva localizada na região precordial ou retroesternal, que pode ter irradiação para o ombro e/ou braço esquerdo, braço direito, pescoço ou mandíbula, acompanhada freqüentemente de diaforese, náuseas, vômitos, ou dispnéia.

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Dissecção Aguda da Aorta

• Dor súbita, descrita como “rasgada”, geralmente iniciando-se no tórax anterior e com irradiação para dorso, pescoço ou mandíbula.

• Sopro de regurgitação aórtica. Pode haver um significativo gradiente de amplitude de pulso ou de pressão arterial entre os braços.

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Embolia Pulmonar

• O sintoma mais comumente encontrado é a dispnéia, vista em 73% dos pacientes, sendo a dor torácica (geralmente súbita) encontrada em 66% dos casos.

• Ao exame clínico, o paciente pode apresentar dispnéia, taquipnéia e cianose.

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Pneumotórax Espontâneo

• Geralmente é localizada no dorso ou ombros e acompanhada de dispnéia.

• Sinais e sintomas de insuficiência respiratória e/ ou colapso cardiovascular.

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Pericardite

• Dor torácica, geralmente de natureza pleurítica, de localização retroesternal ou no hemitórax esquerdo, mas que, diferentemente da isquemia miocárdica, piora quando o paciente respira, deita ou deglute, e melhora na posição sentada e inclinada para frente.

• No exame físico podemos encontrar febre e um atrito pericárdico.

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Prolapso da Válvula Mitral

• A dor tem localização variável, ocorrendo geralmente em repouso, sem guardar relação nítida com os esforços, e descrita como pontadas, não apresentando irradiações.

• O diagnóstico é feito através da ausculta cardíaca típica, na qual encontramos um clique meso ou telessistólico seguido de um sopro regurgitante mitral e/ou tricúspide.

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Estenose Aórtica

• Dor torácica cujas características se assemelham à da doença coronariana.

• A presença de um sopro ejetivo aórtico e hipertrofia ventricular esquerda no ECG indica a presença da estenose aórtica mas não afasta a possibilidade de síndrome coronariana aguda.

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Miocardiopatia Hipertrófica

• Dor torácica ocorre em 75% dos pacientes sintomáticos, e pode ter características anginosas.

• No exame físico podemos encontrar uma 4ª bulha e um sopro sistólico ejetivo aórtico.

• O diagnóstico é feito pelo ecocardiograma transtorácico. O ECG geralmente mostra hipertrofia ventricular esquerda, com ou sem alterações de ST-T.

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Doenças do Esôfago

• Apresenta desconforto torácico, geralmente em queimação (pirose), mas que às vezes é definido como uma sensação opressiva, localizada na região retroesternal ou subesternal, podendo se irradiar para o pescoço, braços ou dorso, às vezes associada à regurgitação alimentar, e que pode melhorar com a posição ereta ou com o uso de antiácidos, mas também com nitratos, bloqueadores dos canais de cálcio ou repouso.

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Úlcera Péptica

• Localiza na região epigástrica ou no andar superior do abdômen mas às vezes pode ser referida na região subesternal ou retroesternal.

• Estas dores geralmente ocorrem após uma refeição, melhorando com o uso de antiácidos. Na palpação abdominal geralmente encontramos dor na região epigástrica.

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Ruptura do Esôfago

• Localização retroesternal ou no andar superior do abdômen, geralmente acompanhada de um componente pleurítico à esquerda. Apresenta alta morbi-mortalidade e é de evolução fatal se não tratada.

• O diagnóstico é firmado quando encontramos à radiografia de tórax um pneumomediastino, ou um derrame pleural à esquerda de aparecimento súbito. Enfisema subcutâneo é visto em 27% dos casos.

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Costocondrites

• Dor tem características pleuríticas por ser desencadeada ou exacerbada pelos movimentos dos músculos e/ou articulações produzidos pela respiração.

• Palpação cuidadosa das articulações ou músculos envolvidos quase sempre reproduz ou desencadeia a dor.

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Dor Psicogênica

• Não tem substrato orgânico, sendo gerada por mecanismos psíquicos, tendendo a ser difusa e imprecisa.

• Geralmente os sinais de ansiedade são detectáveis e com freqüência se observa utilização abusiva e inadequada de medicações analgésicas.

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Síncope

• É a perda transitória da consciência, associada à perda do tônus postural, com recuperação espontânea.

• Corresponde a uma redução crítica e transitória da perfusão sangüínea para a cadeia de neurônios responsável pela manutenção da consciência.

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Diagnóstico Diferencial

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Síncopes Neuromediadas

- Reflexas ou vasovagais são as mais freqüentemente observadas na prática clínica. Têm como via final comum o aumento da estimulação vagal sobre o coração e a inibição do influxo simpático para o leito vascular.

- Dor intensa, emoções fortes e flebotomias, gastrointestinal (síncope evacuatória), geniturinário (síncope miccional), pulmões (síncope tussígena) ou mesmo de alterações químicas resultantes de isquemia miocárdica (especialmente no infarto inferior). Estas síncopes são denominadas situacionais e seu diagnóstico se baseia exclusivamente em dados de anamnese.

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Síncope Neurocardiogênica

• Conhecida também como desmaio comum, o estímulo deflagrador parte de receptores sensoriais intramiocárdicos, mediado por catecolaminas e pelo estresse ortostático.

• Diagnóstico de certeza da síncope neurocardiogênica pode ser obtido através do teste de inclinação ortostática (tilt-table test).

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síncope neurocardiogênica se classifica

• Vasodepressora (onde ocorre hipotensão arterial, sem alteração significativa da freqüência cardíaca).

• Cardioinibitória (caracterizada por assistolia cardíaca superior a três segundos associada a hipotensão arterial).

• Mista (hipotensão arterial associada à queda da freqüência cardíaca).

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hipotensão ortostática

• Queda da pressão arterial maior que 20 mmhg que ocorre nos primeiros três minutos após se assumir o decúbito ortostático, com prejuízo da perfusão cerebral.

• Pode ser diagnosticada durante o exame físico, através da medida dos sinais vitais em decúbito horizontal e ortostático e sua correlação com sintomas.

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síncopes cardíacas

• Podem manifestar-se em decorrência de disfunções miocárdicas, obstruções anatômicas ou funcionais ao fluxo sangüíneo ou de distúrbios do ritmo cardíaco, com conseqüente comprometimento da perfusão cerebral.

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síncopes obstrutivas, por disfunção de bomba e isquêmicas

• Ocorrem geralmente durante exercício, quando a vasodilatação periférica não pode ser compensada adequadamente por aumento do débito cardíaco, devido à obstrução mecânica fixa à passagem de sangue.

• Miocardiopatias dilatadas, em geral, causam síncopes em situações em que o aumento da demanda de oxigênio (como em esforços físicos) não pode ser devidamente acompanhado de aumento do débito cardíaco pela disfunção miocárdica acentuada.

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• doença arterial coronária episódios sincopais ocorrem devido a disfunções agudas de bomba, taquiarritmias, bradiarritmias ou por hipotensão e bradicardia neuromediadas (reflexo de bezold-jarisch).

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síncopes arrítmicas• Síncope por bradicardias pode estar associado

à incompetência cronotrópica, a períodos prolongados de assistolia, ou ao desencadeamento de taquicardias secundárias. Além disso, bradicardias severas provocam alongamento intervalo qt, que torna pacientes com distúrbios metabólicos ou sob efeito de drogas, suscetíveis a taquicardias ventriculares polimórficas (torsades des pointes).

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disfunção do nó sinusal

• presença de pausas sinusais à monitorização do eletrocardiograma ou, ainda, a bradicardias associadas a episódios de taquiarritmias atriais paroxísticas (síndrome bradi-taqui).

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bloqueio atrioventricular (bav) total

• Ritmo de escape ventricular é muito lento e freqüentemente instável, pode ocorrer longos períodos de assistolia, associados ou não a episódios de taquicardia ventricular polimórfica, com conseqüente comprometimento do fluxo cerebral e síncope.

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taquicardia ventricular

• é a causa mais comum de síncope arrítmica e a sua constatação implica em alto risco de morte súbita.

• vários tipos de cardiopatias potencialmente letais, como displasia arritmogênica do ventrículo direito, doença arterial coronária, cardiopatia hipertrófica, cardiopatias congênitas, arritmias idiopáticas e outras.

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doenças cerebrovasculares

• distúrbios metabólicos e hiperventilação • distúrbios psiquiátricos• doenças obstrutivas transitórias• comprometimentos do sistema carotídeo• síndrome do roubo da subclávia

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prognóstico do paciente com síncope

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Principais causas –dispnéia na emergência

• ICC descompensada• Pneumonia• DPOC• TEP• Asma brônquica

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dispnéia

• se cardíaca ou ventilatória, pode ser determinada por meio do teste cardiopulmonar pelos critérios: nos cardiopatas, o consumo máximo de oxigênio e limiar anaeróbio são atingidos, mas estão abaixo do normal, enquanto que nos pacientes com limitação ventilatória eles não são atingidos;

• Os valores de ventilação máxima no exercício não excedem 50% da ventilação voluntária máxima nos pacientes com limitação cardíaca e excedem 70% nos pacientes com limitação ventilatória; a saturação periférica de oxigênio não cai abaixo de 90% nos cardiopatas, enquanto a hipoxemia freqüentemente aparece nos pneumopatas.