Gramática e Curiosidades

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Gramática e Curiosidades Emprego do acento grave, indicativo da crase Antes de tudo, é preciso esclarecer que a crase não é um acento gráfico. Crase é o nome que se dá à fusão de duas vogais iguais. Na língua falada, a todo momento ocorrem casos de crase. Na escrita, o único caso de crase, assinalada com acento grave (`), é o do encontro da preposição a com o artigo definido a(s) e a mesma preposição a com a vogal inicial dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo. Vou a + a escola. Vou à escola. Refiro-me a + aquele menino. Refiro-me àquele menino. Peça ajuda a + aquela moça. Peça ajuda àquela moça. Refiro-me a + aquilo que ele disse. Refiro-me àquilo que ele disse. Observação: às vezes, a forma àquela(s) é substituída por à(s). Nossa seleção é superior àquela que jogou ontem. Nossa seleção é superior à que jogou ontem. Crase da preposição a + artigo definido a(s) a + a = à a + as = às Só pode ocorrer esse tipo de crase quando numa frase a palavra anterior exigir a preposição a e a palavra seguinte for feminina e exigir o artigo a(s). Se não houver a presença de um desses elementos, não ocorrerá a crase. Fumar é prejudicial a + a saúde. Fumar é prejudicial à saúde. Dê os convites a + as meninas. Dê os convites às meninas. Para saber se há ou não crase, você pode aplicar uma regra muito simples que resolve a maioria dos casos: substitua a palavra que sucede a ou as por uma palavra masculina. Se ocorrer o uso de ao ou aos, é porque há crase e o acento grave deve ser usado. Vejamos a frase: Ele se dedica à pintura. Apliquemos a regra e usemos uma palavra masculina tênis no lugar de pintura: Ele se dedica ao tênis. Sempre ocorre a crase

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  • Gramtica e Curiosidades

    Emprego do acento grave, indicativo da crase

    Antes de tudo, preciso esclarecer que a crase no um acento grfico. Crase o nome que

    se d fuso de duas vogais iguais. Na lngua falada, a todo momento ocorrem casos de crase.

    Na escrita, o nico caso de crase, assinalada com acento grave (`), o do encontro da

    preposio a com o artigo definido a(s) e a mesma preposio a com a vogal inicial dos

    pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo.

    Vou a + a escola.

    Vou escola.

    Refiro-me a + aquele menino.

    Refiro-me quele menino.

    Pea ajuda a + aquela moa.

    Pea ajuda quela moa.

    Refiro-me a + aquilo que ele disse.

    Refiro-me quilo que ele disse.

    Observao: s vezes, a forma quela(s) substituda por (s).

    Nossa seleo superior quela que jogou ontem.

    Nossa seleo superior que jogou ontem.

    Crase da preposio a + artigo definido a(s)

    a + a =

    a + as = s

    S pode ocorrer esse tipo de crase quando numa frase a palavra anterior exigir a preposio a

    e a palavra seguinte for feminina e exigir o artigo a(s). Se no houver a presena de um desses

    elementos, no ocorrer a crase.

    Fumar prejudicial a + a sade.

    Fumar prejudicial sade.

    D os convites a + as meninas.

    D os convites s meninas.

    Para saber se h ou no crase, voc pode aplicar uma regra muito simples que resolve a

    maioria dos casos: substitua a palavra que sucede a ou as por uma palavra masculina. Se

    ocorrer o uso de ao ou aos, porque h crase e o acento grave deve ser usado. Vejamos a

    frase: Ele se dedica pintura.

    Apliquemos a regra e usemos uma palavra masculina tnis no lugar de pintura: Ele se dedica ao tnis.

    Sempre ocorre a crase

  • 1. Na expresso das horas:

    Sairei s trs horas.

    Cheguei meia-noite.

    O foguete partir zero hora.

    2. Nas locues adverbiais, prepositivas e conjuntivas femininas, como: tarde, noite,

    direita, esquerda, toa, s vezes, s pressas, frente de, espera de, custa de, merc de,

    medida que, proporo que etc.

    Principais casos em que no ocorre a crase

    1. Antes de palavras masculinas: Vou a p para casa.

    2. Antes de verbos: Estou decidido a comprar esse carro.

    3. Nas expresses formadas de palavras repetidas: Tome o remdio gota a gota.

    4. Antes dos pronomes pessoais: Dirijo-me a ti. Isso no interessa a ela.

    5. Antes dos pronomes de tratamento: Peo a Vossa Senhoria esse favor.

    Observao: as nicas excees so os pronomes senhora e senhorita: Peo um favor

    senhora. O que ele disse senhorita?

    6. Antes dos pronomes demonstrativos esta(s), essa(s): D o livro a esta menina.

    7. Antes do artigo indefinido uma: Entregue o envelope a uma daquelas funcionrias.

    Ateno

    1. Pode haver crase diante de palavra masculina quando, antes dela, houver uma palavra

    feminina subentendida:

    Ele tem um estilo Machado de Assis (isto , maneira de Machado de Assis).

    A entrevista foi dada Globo (isto , rede Globo).

    Fui Melhoramentos (isto , Editora Melhoramentos).

    2. Com relao a nomes de lugares, podemos aplicar uma regra para saber se ocorre a crase ou

    no. Basta substituir o a por para a. Se o artigo for necessrio, sinal de que ocorreu a crase.

    Considere, por exemplo, a frase "Fui Alemanha".

    Vamos aplicar a regra e substituir o a por para a:

    Fui para a Alemanha.

    Veja que obrigatrio o uso do artigo a; logo, h crase, e o a deve ser acentuado. Veja outro

    exemplo:

    Fui a Roma.

    Aplicando a regra, temos:

    Fui para Roma.

    O artigo dispensvel; logo, no h crase, e o a no deve ser acentuado.

    Mas, se o nome do lugar vier qualificado, ocorre a crase: Fui bela Roma. Repare que, nesse

    caso, podemos usar para a.

  • 3. No ocorre a crase antes da palavra casa quando ela se refere ao prprio lar: Voltei tarde a

    casa.

    Mas, se ela vier modificada, ocorre a crase:

    Voltei casa onde passei a infncia.

    4. No ocorre a crase antes da palavra terra quando ela significa terra firme, em oposio a

    mar: Os marinheiros voltaram a terra.

    Mas, se ela vier modificada, ocorre a crase:

    Os marinheiros voltaram terra natal.

    5. Como facultativo o uso do artigo antes dos pronomes possessivos e antes de nomes

    prprios femininos, facultativo tambm o uso do acento grave nesses casos, dependendo ou

    no da presena do artigo: Desejo felicidades (a) sua irm.

    Desejo felicidades (a) Renata.

    Regras para Diviso Silbica

    1. Separam-se as vogais dos hiatos:

    sada = sa--da

    vazio = va-zi-o.

    2. Separam-se as letras dos dgrafos rr, ss, sc, s, xc: carro = car-ro;

    passo = pas-so;

    descer = des-cer;

    deso = des-o;

    excesso = ex-ces-so.

    3. No se separam os ditongos e tritongos:

    loiro = loi-ro;

    glria = gl-ria;

    Uruguai = U-ru-guai.

    4. No se separam os dgrafos ch, lh, nh, gu, qu:

    chapu = cha-pu;

    molhado = mo-lha-do;

    ninho = ni-nho;

    sangue = san-gue;

    quente = quen-te.

    5. No se separam os encontros consonantais que iniciam slaba:

    psicologia = psi-co-lo-gi-a;

    pneumtico = pneu-m-ti-co.

    6. As consoantes internas, desacompanhadas de vogal, ficam em slabas diferentes:

    objetivo = ob-je-ti-vo;

    digno = dig-no;

    advogado = ad-vo-ga-do;

    abstrato = abs-tra-to;

    consciente = cons-ci-en-te;

    marcar = mar-car;

  • perspicaz = pers-pi-caz.

    7. Separam-se as vogais iguais e o grupo consonantal cc (c):

    coordenar = co-or-de-nar;

    caatinga = ca-a-tin-ga;

    confeccionar = con-fec-ci-o-nar;

    fico = fic-o.

    8 . No se separam os grupos consonantais formados de consoante + L ou consoante + R:

    abrigar = a-bri-gar;

    aplicar = a-pli-car.

    Emprego dos sinais de pontuao

    1. Vrgula Emprega-se a vrgula (uma breve pausa):

    a) para separar os elementos mencionados numa relao:

    A nossa empresa est contratando engenheiros, economistas, analistas de sistemas e

    secretrias.

    O apartamento tem trs quartos, sala de visitas, sala de jantar, rea de servio e dois

    banheiros.

    NOTA

    Mesmo que o e venha repetido antes de cada um dos elementos da enumerao, a vrgula

    deve ser empregada:

    Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria, e roa

    as unhas.

    b) para isolar o vocativo:

    Cristina, desligue j esse telefone!

    Por favor, Ricardo, venha at o meu gabinete.

    c) para isolar o aposto:

    Dona Slvia, aquela mexeriqueira do quarto andar, ficou presa no elevador.

    Rafael, o gnio da pintura italiana, nasceu em Urbino.

    d) para isolar palavras e expresses explicativas (a saber, por exemplo, isto , ou melhor,

    alis, alm disso etc.):

    Gastamos R$ 5.000,00 na reforma do apartamento, isto , tudo o que tnhamos economizado

    durante anos.

    Eles viajaram para a Amrica do Norte, alis, para o Canad.

    e) para isolar o adjunto adverbial antecipado:

    L no serto, as noites so escuras e perigosas.

    Ontem noite, fomos todos jantar fora.

    f) para isolar elementos repetidos:

    O palcio, o palcio est destrudo.

    Esto todos cansados, cansados de dar d!

  • g) para isolar, nas datas, o nome do lugar:

    So Paulo, 22 de maio de 1995.

    Roma, 13 de dezembro de 1995.

    h) para isolar os adjuntos adverbiais:

    A multido foi, aos poucos, avanando para o palcio.

    Os candidatos sero atendidos, das sete s onze, pelo prprio gerente.

    i) para isolar as oraes coordenadas, exceto as introduzidas pela conjuno e:

    Ele j enganou vrias pessoas, logo no digno de confiana.

    Voc pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado ao dirigir.

    No compareci ao trabalho ontem, pois estava doente.

    j) para indicar a elipse de um elemento da orao:

    Foi um grande escndalo. s vezes gritava; outras, estrebuchava como um animal.

    No se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a irm, que foi um acidente.

    k) para separar o paralelismo de provrbios:

    Ladro de tosto, ladro de milho.

    Ouvir cantar o galo, sem saber onde.

    l) aps a saudao em correspondncia (social e comercial):

    Com muito amor,

    Respeitosamente,

    m) para isolar as oraes adjetivas explicativas:

    Marina, que uma criatura maldosa, "puxou o tapete" de Juliana l no trabalho.

    Vidas Secas, que um romance contemporneo, foi escrito por Graciliano Ramos.

    n) para isolar oraes intercaladas:

    No lhe posso garantir nada, respondi secamente.

    O filme, disse ele, fantstico.

    2. Ponto

    Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o trmino de uma frase declarativa de um

    perodo simples ou composto.

    Desejo-lhe uma feliz viagem.

    A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no entanto tudo no seu interior era

    conservado com primor.

    O ponto tambm usado em quase todas as abreviaturas, por exemplo: fev. = fevereiro, hab.

    = habitante, rod. = rodovia.

    O ponto que empregado para encerrar um texto escrito recebe o nome de ponto final.

    3. Ponto e vrgula

    Utiliza-se o ponto e vrgula para assinalar uma pausa maior do que a da vrgula, praticamente

    uma pausa intermediria entre o ponto e a vrgula.

    Geralmente, emprega-se o ponto e vrgula para:

  • a) separar oraes coordenadas que tenham um certo sentido ou aquelas que j apresentam

    separao por vrgula:

    Criana, foi uma garota sapeca; moa, era inteligente e alegre; agora, mulher madura, tornou-

    se uma doidivanas.

    b) separar vrios itens de uma enumerao:

    Art. 206. O ensino ser ministrado com base nos seguintes princpios:

    I igualdade de condies para o acesso e permanncia na escola; II liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III pluralismo de ideias e de concepes, e coexistncia de instituies pblicas e privadas de ensino;

    IV gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais; . . . (Constituio da Repblica Federativa do Brasil)

    4. Dois-pontos

    Os dois-pontos so empregados para:

    a) uma enumerao:

    ... Rubio recordou a sua entrada no escritrio do Camacho, o modo porque falou: e da

    tornou atrs, ao prprio ato.

    Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o grito, o salto que deu,

    levado de um mpeto irresistvel...

    (Machado de Assis)

    b) uma citao:

    Visto que ela nada declarasse, o marido indagou:

    Afinal, o que houve?

    c) um esclarecimento:

    Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. No porque o amasse, mas

    para magoar Lucila.

    Observe que os dois-pontos so tambm usados na introduo de exemplos, notas ou

    observaes.

    Parnimos so vocbulos diferentes na significao e parecidos na forma. Exemplos:

    ratificar/retificar, censo/senso, descriminar/discriminar etc.

    Nota: A preposio per, considerada arcaica, somente usada na frase de per si (= cada um

    por sua vez, isoladamente).

    Observao: Na linguagem coloquial pode-se aplicar o grau diminutivo a alguns advrbios:

    cedinho, longinho, melhorzinho, pouquinho etc.

    NOTA

    A invocao em correspondncia (social ou comercial) pode ser seguida de dois-pontos ou de

    vrgula:

    Querida amiga:

    Prezados senhores,

    5. Ponto de interrogao

    O ponto de interrogao empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta no

  • exija resposta:

    O criado pediu licena para entrar:

    O senhor no precisa de mim? No obrigado. A que horas janta-se? s cinco, se o senhor no der outra ordem. Bem. O senhor sai a passeio depois do jantar? de carro ou a cavalo? No. (Jos de Alencar)

    6. Ponto de exclamao

    O ponto de exclamao empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonao

    exclamativa, que normalmente exprime admirao, surpresa, assombro, indignao etc.

    Viva o meu prncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensvel e muito repousante, Jacinto!

    Ento janta, homem! (Ea de Queiroz)

    NOTA

    O ponto de exclamao tambm usado com interjeies e locues interjetivas:

    Oh!

    Valha-me Deus!

    7. Reticncias

    As reticncias so empregadas para:

    a) assinalar interrupo do pensamento:

    Bem; eu retiro-me, que sou prudente. Levo a conscincia de que fiz o meu dever. Mas o mundo saber...

    (Jlio Dinis)

    b) indicar passos que so suprimidos de um texto:

    O primeiro e crucial problema de lingustica geral que Saussure focalizou dizia respeito

    natureza da linguagem. Encarava-a como um sistema de signos... Considerava a lingustica,

    portanto, com um aspecto de uma cincia mais geral, a cincia dos signos...

    (Mattoso Camara Jr.)

    c) marcar aumento de emoo:

    As palavras nicas de Teresa, em resposta quela carta, significativa da turvao do infeliz,

    foram estas: "Morrerei, Simo, morrerei. Perdoa tu ao meu destino... Perdi-te... Bem sabes

    que sorte eu queria dar-te... e morro, porque no posso, nem poderei jamais resgatar-te".

    (Camilo Castelo Branco)

    8. Aspas

    As aspas so empregadas:

    a) antes e depois de citaes textuais:

    Roulet afirma que "o gramtico deveria descrever a lngua em uso em nossa poca, pois dela

  • que os alunos necessitam para a comunicao quotidiana".

    b) para assinalar estrangeirismos, neologismos, grias e expresses populares ou vulgares:

    O "lobby" para que se mantenha a autorizao de importao de pneus usados no Brasil est

    cada vez mais descarado.

    (Veja)

    Na semana passada, o senador republicano Charles Grassley apresentou um projeto de lei que

    pretende "deletar" para sempre dos monitores de crianas e adolescentes as cenas

    consideradas obscenas.

    (Veja)

    Popularidade no "xilindr" Preso h dois anos, o prefeito de Rio Claro tem apoio da

    populao

    e quer uma delegada para primeira-dama.

    (Veja)

    Com a chegada da polcia, os trs suspeitos "puxaram o carro" rapidamente.

    c) para realar uma palavra ou expresso:

    Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um "no" sonoro.

    Aquela "vertigem sbita" na vida financeira de Ricardo afastou-lhe os amigos dissimulados.

    9. Travesso

    Emprega-se o travesso para:

    a) indicar a mudana de interlocutor no dilogo:

    Que gente aquela, seu Alberto? So japoneses. Japoneses? E... gente como ns? . O Japo um grande pas. A nica diferena que eles so amarelos. Mas, ento no so ndios? (Ferreira de Castro)

    b) colocar em relevo certas palavras ou expresses:

    Maria Jos sempre muito generosa sem ser artificial ou piegas a perdoou sem restries. Um grupo de turistas estrangeiros todos muito ruidosos invadiu o saguo do hotel no qual estvamos hospedados.

    c) substituir a vrgula ou os dois-pontos:

    Cruel, obscena, egosta, imoral, indmita, eternamente selvagem, a arte a superioridade

    humana acima dos preceitos que se combatem, acima das religies que passam, acima da cincia que se corrige; embriaga como a orgia e como o xtase.

    (Raul Pompeia)

    10. Parnteses

    Os parnteses so empregados para:

    a) destacar num texto qualquer explicao ou comentrio:

    Todo signo lingustico formado de duas partes associadas e inseparveis, isto , o

    significante (unidade formada pela sucesso de fonemas) e o significado (conceito ou ideia).

    b) incluir informativos sobre bibliografia (autor, ano de publicao, pgina etc.):

    Mattoso Camara (1977:91) afirma que, s vezes, os preceitos da gramtica e os registros dos

  • dicionrios so discutveis: consideram erro o que j poderia ser admitido e aceitam o que

    poderia, de preferncia, ser posto de lado.

    c) indicar marcaes cnicas numa pea de teatro:

    Abelardo I Que fim levou o americano? Joo Decerto caiu no copo de usque! Abelardo I Vou salv-lo. At j! (sai pela direita)

    (Oswald de Andrade)

    d) isolar oraes intercaladas com verbos declarativos, em substituio vrgula e aos

    travesses:

    Afirma-se (no se prova) que muito comum o recebimento de propina para que os carros

    apreendidos sejam liberados sem o recolhimento das multas.

    11. Asterisco

    O asterisco, sinal grfico em forma de estrela, um recurso empregado para:

    a) remisso a uma nota no p da pgina ou no fim de um captulo de um livro:

    Ao analisarmos as palavras sorveteria, sapataria, confeitaria, leiteria e muitas outras que

    contm o morfema preso* -aria e seu alomorfe -eria, chegamos concluso de que este afixo

    est ligado a estabelecimento comercial. Em alguns contextos pode indicar atividades, como

    em: bruxaria, gritaria, patifaria etc.

    * o morfema que no possui significao autnoma e sempre aparece ligado a outras

    palavras.

    b) substituio de um nome prprio que no se deseja mencionar:

    O Dr.* afirmou que a causa da infeco hospitalar na Casa de Sade Municipal est ligada

    falta de produtos adequados para assepsia.

    Emprego das iniciais maisculas

    Emprega-se a letra inicial maiscula:

    a) no incio de orao ou citao direta: "Disse Cristo: Amai-vos uns aos outros."

    b) nos substantivos prprios (nomes de pessoas, cognomes, topnimos, denominaes

    religiosas e polticas, nomes sagrados e ligados a religies, entidades mitolgicas e

    astronmicas): Carlos; Margarida; Ricardo, Corao de Leo; Catarina, a Grande; Paran; So

    Paulo; Campinas; Curitiba; oceano Atlntico; lago Paran; Igreja Catlica Apostlica

    Romana; Igreja Ortodoxa Russa; Partido dos Trabalhadores; Unio Democrtica Nacional;

    Deus; Cristo; Buda; Al; Baco; Zeus; Afrodite; Jpiter; Via Lctea etc.;

    c) nos nomes de perodos histricos, festas religiosas ou datas e fatos polticos importantes:

    Idade Mdia, Renascimento, Natal, Pscoa, Ressurreio de Cristo, Dia do Trabalho, Dia das

    Mes, Independncia do Brasil, Proclamao da Repblica etc.;

    d) nos nomes de logradouros pblicos (avenidas, ruas, travessas, praas, largos, viadutos,

    pontes etc.): Avenida Paulista, Rua do Ouvidor, Travessa do Comrcio, Praa da Repblica,

    Largo do Arouche, Viaduto da Liberdade, Ponte Eusbio Matoso etc.;

  • e) nos nomes de reparties pblicas, agremiaes culturais ou esportivas, edifcios e

    empresas pblicas ou privadas: Ministrio do Trabalho, Delegacia de Ensino, Academia

    Brasileira de Letras, Sociedade Esportiva Palmeiras, Teatro Municipal, Edifcio Itlia,

    Imprensa Oficial do Estado de So Paulo, Editora Melhoramentos etc.;

    f) nos nomes de escolas em geral: Escola Tcnica Estadual de So Paulo; Faculdade de

    Filosofia, Letras e Cincias Humanas da Universidade de So Paulo; Escola Superior de

    Economia do Rio de Janeiro; Escola de Arte Dramtica Cacilda Becker; Universidade Federal

    de So Carlos etc.;

    g) nos nomes dos pontos cardeais quando indicam regies: os povos do Oriente, o falar do

    Norte, os mares do Sul, a vegetao do Oeste etc.;

    h) nas expresses de tratamento: Vossa Alteza, Vossa Majestade, Vossa Santidade, Vossa

    Excelncia, Vossa Senhoria, Magnfico Reitor, Sr. Diretor, Sra. Coordenadora etc.;

    i) nos nomes comuns sempre que personificados ou individualizados: o Amor, o dio, a

    Virtude, a Morte, o Lobo, o Cordeiro, a Cigarra, a Formiga, a Capital, a Repblica, a

    Transamaznica, a Indstria, o Comrcio etc. Pronomes de tratamento 1. AUTORIDADES

    DE ESTADO

    Civis

    Pronome de

    tratamento Abreviatura Usado para

    Vossa

    Excelncia V. Ex.a

    Presidente da Repblica, senadores da Repblica, ministros

    de Estado, governadores, deputados federais e estaduais,

    prefeitos, embaixadores, vereadores, cnsules, chefes das

    Casas Civis e Casas Militares

    Vossa

    Magnificncia V. M. Reitores de Universidade

    Vossa Senhoria V. Sa Diretores de autarquias federais, estaduais e municipais

    Judicirias

    Pronome de

    tratamento Abreviatura Usado para

    Vossa Excelncia V. Ex.a Desembargadores da Justia, curadores, promotores

    Meritssimo Juiz M. Juiz Juzes de Direito

    Vossa Senhoria V. Sa Diretores de autarquias federais, estaduais e

    municipais

  • Militares

    Pronome de tratamento Abreviatura Usado para

    Vossa Excelncia V. Ex.a Oficiais generais (at coronis)

    Vossa Senhoria V. Sa Outras patentes militares

    2. AUTORIDADES ECLESISTICAS

    Pronome de tratamento Abreviatura Usado para

    Vossa Santidade V. S. Papa

    Vossa Eminncia

    Reverendssima

    V. Ema

    Revma Cardeais, arcebispos e bispos

    Vossa Reverendssima V. Revma Abades, superiores de conventos, outras

    autoridades eclesisticas e sacerdotes em geral

    3. AUTORIDADES MONRQUICAS

    Pronome de tratamento Abreviatura Usado para

    Vossa Majestade V. M. Reis e imperadores

    Vossa Alteza V. A. Prncipes

    Coletivos

    Os substantivos coletivos podem referir-se especificamente a um grupo de seres, como boiada

    (bois), arvoredo (rvores), ramalhete (flores) etc., ou a diferentes espcies de seres, como

    bando (aves, crianas, bandidos), manada (bois, cavalos, elefantes), cacho (cabelos, bananas,

    uvas) etc.

    Substantivos coletivos mais usuais:

    lbum - de selos, de fotografias.

    alcateia - de feras (lobos, javalis, panteras, hienas etc.).

    armada - de navios de guerra.

    arquiplago - de ilhas.

    arsenal - de armas e munies.

    arvoredo - de rvores.

    assembleia - de pessoas reunidas.

    atlas - de mapas reunidos em livro.

    baixela - de utenslios de mesa.

    banca - de examinadores.

  • bando - de pessoas em geral, de aves, de bandidos.

    batalho - de soldados.

    biblioteca - de livros catalogados.

    boiada - de bois.

    bosque - de rvores.

    buqu - de flores.

    cacho - de bananas, de uvas, de cabelos.

    cfila - de camelos em comboio.

    cambada - de vadios ou malandros.

    cancioneiro - de canes ou cantigas.

    caravana - de viajantes.

    cardume - de peixes.

    casario - de casas.

    claque - de pessoas pagas para aplaudir.

    clero - de sacerdotes ou religiosos em geral.

    cdigo - de leis.

    colgio - de eleitores, de cardeais.

    coletnea - de textos escolhidos.

    colmeia - de abelhas.

    conclio - de bispos em assembleia.

    conclave - de cientistas, de cardeais reunidos para eleger o papa.

    congresso - de deputados, de senadores, de estudiosos de um determinado tema.

    constelao - de astros, de estrelas.

    cordilheira - de montanhas.

    corja - de bandidos, de desordeiros, de malandros, de assassinos.

    coro - de anjos, de cantores.

    corpo - de alunos, de professores, de jurados.

    discoteca - de discos ordenados.

    elenco - de artistas, de atores, de jogadores.

    enxame - de abelhas, de insetos.

    enxoval - de roupas.

    esquadra - de navios de guerra.

    esquadrilha - de avies.

    fauna - de animais de uma regio.

    feixe - de lenha, de raios luminosos.

    flora - de plantas de uma regio.

    fornada - de pes.

    frota - de navios, de veculos pertencentes mesma empresa.

    gado - de animais criados em fazendas (bois, vacas, novilhos).

    galeria - de objetos de arte em geral (esttuas, quadros etc.).

    grupo - de pessoas, de coisas em geral.

    hemeroteca - de jornais e revistas catalogados e arquivados.

    horda - de selvagens, de invasores.

    junta - de dois bois, de mdicos, de examinadores, de governantes.

    jri - de pessoas que tm a funo de julgar.

    legio - de soldados, de anjos, de demnios.

    leva - de presos, de recrutas, de pessoas em geral.

  • malta - de ladres, de desordeiros.

    manada - de bois, de burros, de cavalos, de bfalos, de elefantes.

    matilha - de ces de caa.

    molho - de chaves, de verdura.

    multido - de pessoas.

    ninhada - de pintos.

    nuvem - de gafanhotos, de mosquitos, de pernilongos.

    peloto - de soldados.

    pinacoteca - de quadros de arte.

    plantel - de animais de raa, de atletas.

    pomar - de rvores frutferas.

    prole - de filhos de um casal.

    quadrilha - de ladres, de bandidos.

    ramalhete - de flores.

    rebanho - de bois, de ovelhas, de carneiros, de cabras.

    rstia - de alhos, de cebolas.

    revoada - de aves voando.

    ronda - de policiais em patrulha.

    seleta - de textos escolhidos.

    tripulao - de pessoas que trabalham num navio ou num avio.

    tropa - de soldados, de pessoas, de animais.

    turma - de estudantes, de trabalhadores.

    vara - de porcos.

    vocabulrio - de palavras.

    Principais substantivos que admitem forma coletiva:

    abelha- enxame, cortio, colmeia.

    abutre- bando.

    acompanhante- comitiva, cortejo, squito.

    aluno- classe, turma.

    animal- fauna (de animais de certa regio), manada (de cavalgaduras em geral), tropa (de

    animais de carga), plantel (de animais de raa), alcateia (de animais selvagens, como lobos,

    javalis, panteras, hienas etc.).

    anjo- coro, falange, legio.

    rvore- bosque, arvoredo.

    astro- constelao.

    ator- elenco, companhia (quando trabalham juntos).

    automvel- frota (quando pertencentes mesma empresa).

    ave- bando.

    avio- esquadrilha.

    bandido- bando, corja.

    boi- boiada, junta (de dois bois), manada, rebanho.

    burro- tropa.

    cabra- rebanho.

    camelo- cfila (quando em comboio).

  • cano- cancioneiro.

    co- canzoada, matilha (de ces de caa).

    capim- feixe.

    cardeal- conclave (quando reunidos para eleger o papa), consistrio (quando reunidos sob a

    direo do papa).

    carneiro- rebanho.

    carro- comboio (quando seguem unidos para o mesmo destino), frota (quando pertencem

    mesma empresa).

    casa- casario.

    cavalo- tropa, manada.

    chave- molho.

    disco- discoteca (quando organizados e catalogados).

    estrela- constelao.

    estudante- turma, grupo.

    flor- ramalhete, buqu.

    gafanhoto- nuvem.

    ilha- arquiplago.

    inseto- nuvem, enxame.

    ladro- quadrilha, bando.

    livro- biblioteca (quando organizados e catalogados).

    lobo- alcateia.

    montanha- cordilheira, serra.

    navio- frota (em geral), armada, esquadra (navios de guerra).

    ovelha- rebanho.

    padre- clero.

    palavra- vocabulrio.

    peixe- cardume.

    porco- vara.

    soldado- tropa, legio.

    Palavras e expresses mais usuais do latim e de outras lnguas estrangeiras

    ab absurdo lat Partindo do absurdo. Mtodo de demonstrao, usado principalmente em

    geometria.

    ab aeterno lat De toda a eternidade; sempre.

    ab amicis honesta petamus lat S devemos pedir aos amigos coisas honestas.

    abditae causae lat Med Causas ocultas, desconhecidas. Diz-se das molstias cujos sintomas

    no deixam entrever as causas que os produzem.

    ab epistolis lat Das cartas. Ttulo de alguns funcionrios da chancelaria romana.

    aberratio delicti lat Dir Desvio do delito. Erro por parte do criminoso quanto pessoa da

    vtima.

    aberratio ictus lat Dir Desvio do golpe. D-se quando o delinquente atinge, por impercia,

    pessoa diversa da que visava.

    ab hoc et ab hac lat Disto e desta. Discorrer algum sobre o que no entende.

    ab imo corde lat Do fundo do corao; sinceramente.

    ab imo pectore lat Do fundo do peito; do fundo da alma, com franqueza.

  • ab incunabulis lat Desde o bero. Desde o princpio; desde a origem.

    ab initio lat Desde o comeo.

    ab intestato lat Dir Sem deixar testamento. Diz-se da sucesso sem testamento, ou dos

    herdeiros que dela se beneficiam.

    ab irato lat Movido pela clera; arrebatadamente.

    ab ore ad aurem lat Da boca ao ouvido; em segredo; discretamente.

    ab origine lat Desde a origem; desde o princpio.

    ab ovo lat Desde o ovo; desde o comeo.

    ab ovo (usque) ad mala lat Do ovo at as mas (falando das antigas refeies romanas); do

    princpio ao fim; da sopa sobremesa.

    ab uno disce omnes lat Por um conhece a todos. Pelas qualidades de um indivduo podem ser

    avaliadas as qualidades de um povo.

    ab urbe condita lat Desde a fundao da cidade (de Roma). Cmputo usado pelos

    historiadores romanos, que datavam os fatos a partir da fundao de Roma (753 antes de

    Cristo). Empregavam na escrita as iniciais U. C. (Urbis Conditae), isto , da fundao da

    cidade.

    abusus non tollit usum lat Dir O abuso no impede o uso. Princpio segundo o qual se pode

    usar de uma coisa boa em si, mesmo quando outros usam dela abusivamente.

    abyssus abyssum invocat lat Um abismo chama outro abismo. Expresso do Salmo 42,

    versculo 7, para indicar que uma falta cometida predispe o pecador a cometer outras mais

    graves.

    accipiens lat Dir O que recebe. Pessoa que recebe um pagamento; recebedor.

    acetum lat 1 Nomelatino do vinagre, usado sobretudo em linguagem farmacutica. 2 Farm

    Medicamento acetoso.

    acta est fabula lat Terminou a pea. Expresso usada no teatro antigo. Foi tambm

    pronunciada pelo imperador Augusto na hora de sua morte.

    ad argumentandum tantum lat Somente para argumentar. Concesso feita ao adversrio, a

    fim de refut-lo com mais segurana.

    ad augusta per angusta lat s coisas excelentes pelos caminhos estreitos. No se vence na

    vida sem lutas.

    ad calendas graecas lat Para as calendas gregas. Transferir alguma coisa para as calendas

    gregas manifestar a inteno de no a realizar. Os gregos no tinham calendas como os

    romanos.

    ad cautelam lat Por precauo. Diz-se do ato praticado a fim de prevenir algum

    inconveniente.

    ad corpus lat Dir Expresso usada para indicar a venda de imvel sem a medida de sua rea,

    por oposio venda ad mensuram.

    ad diem lat Dir At o dia. Prazo ltimo para o cumprimento de uma obrigao.

    ad duo lat A duas vozes ou a dois instrumentos, expresso usada em Msica ou canto: A

    sonatina de Mozart foi executada ad duo.

    ad exemplum lat Para exemplo: A medida foi tomada ad exemplum dos demais.

    ad extra lat Por fora, exteriormente: Em vista do servio, ad extra recebeu mais.

    ad extremum lat At o fim, at o cabo, at ao extremo: Levou sua teimosia ad extremum.

    ad finem lat At o fim: Leu o relatrio ad finem.

    ad gloriam lat Pela glria: Trabalhar ad gloriam, isto , sem proveito material, s para

    conquistar glrias ou honrarias: Kepler dedicou-se Astronomia ad gloriam.

    ad hoc lat Para isso. Diz-se de pessoa ou coisa preparada para determinada misso ou

  • circunstncia: secretrio ad hoc, tribuna ad hoc.

    ad hominem lat Para o homem. Sistema de argumentao que contraria o adversrio usando

    de suas prprias palavras ou citando o seu modo de proceder.

    ad honores lat Para as honras, como ttulo de glria. Foi nomeado ad honores, isto , para um

    cargo ou funo meramente honorfico. Sin: honoris causa.

    adhuc sub judice lis est lat O processo ainda se acha em poder do juiz. A questo no foi

    definitivamente dirimida (refere-se a litgio ainda no julgado em ltima instncia).

    ad instar lat semelhana; maneira de.

    ad interim lat Provisoriamente, de modo passageiro, interinamente: Ad interim vendia livros.

    ad internecionem lat At o extermnio: Tito levou a guerra aos judeus ad internecionem.

    ad intra lat Por dentro, interiormente: Ria, mas ad intra toda ela era revolta.

    ad judicem dicere lat Falar ao juiz.

    ad judicia lat Dir Para os juzos. Diz-se do mandato judicial outorgado ao advogado pelo

    mandante.

    ad libitum lat Ms vontade. 1 Indica que o trecho assinalado pode ser executado com

    movimento escolha do intrprete. 2 No teatro indica falas que os atores podem improvisar

    em cena.

    ad limina apostolorum lat Aos limiares dos apstolos. Visita quinquenal feita a Roma pelos

    bispos residenciais, a fim de prestar contas ao papa do estado de suas dioceses.

    ad litem lat Dir Para o litgio. Relativo ao processo em causa.

    ad litteram lat Conforme a letra; ao p da letra; literalmente.

    ad mensuram lat Dir Conforme a medida. Venda estipulada de acordo com o peso ou a

    medida.

    ad modum lat Conforme a maneira, o uso: Celebrou-se a festa ad modum.

    ad negotia lat Dir Para os negcios. Refere-se ao mandato outorgado para fins de negcio.

    ad nutum lat Dir Segundo a vontade de; ao arbtrio de: Diz-se do ato que pode ser revogado

    pela s vontade de uma das partes; refere-se tambm demissibilidade do funcionrio que

    ocupa cargo de confiana.

    ad patres lat Para os antepassados. Expresso bblica usada para indicar a morte: Ir ad patres

    (morrer).

    ad perpetuam rei memoriam lat Para lembrana perptua da coisa. 1 Frmula usada em

    bulas papais e em monumentos comemorativos. 2 Em jurisprudncia designa a vistoria

    judicial realizada para resguardar ou conservar um direito a ser futuramente demonstrado nos

    autos da ao.

    ad quem lat Dir Para quem. 1 Diz-se do juiz ou tribunal a que se recorre de sentena ou

    despacho de juiz inferior. 2 Dia marcado para a execuo de uma obrigao.

    ad referendum lat Para ser referendado. 1 Dir Diz-se do ato que depende de aprovao ou

    ratificao da autoridade ou poder competente. 2 Dipl Diz-se da negociao do agente

    diplomtico, sujeita aprovao de seu governo.

    ad rem lat coisa. 1 Dir Diz-se do direito ligado coisa. 2 Log Argumento que atinge o

    mago da questo; ope-se ao argumento ad hominem.

    ad retro lat Para trs. Dir Diz-se do pacto em que o vendedor tem o direito de reaver a coisa

    vendida, mediante a restituio do preo e despesas acessrias, dentro de prazo determinado.

    ad solemnitatem lat Para a solenidade. Dir Diz-se do requisito da lei necessrio para a forma

    essencial ou intrnseca do ato e sua validade, e no somente para a sua prova.

    ad substantiam actus lat Dir Para a substncia do ato. Diz-se do instrumento pblico, quando

    exigido como formalidade solene.

  • ad unguem lat unha. Aluso ao brilho que se obtm passando a unha sobre uma superfcie:

    Versos ad unguem, versos polidos. Saber algo ad unguem: sab-lo perfeio.

    ad unum lat At um s, at o ltimo: Nas Termpilas, Lenidas e os seus fizeram-se matar ad

    unum.

    ad usum lat Para o uso; conforme o uso: ad usum dos alunos. Celebrar uma festa ad usum.

    ad usum delphini lat Para o uso do delfim. Designava as edies dos clssicos latinos,

    destinadas ao uso do delfim, filho de Lus XIV e ainda hoje se diz de qualquer edio

    expurgada.

    ad valorem lat Segundo o valor. Dir Diz-se da tributao feita de acordo com o valor da

    mercadoria importada ou exportada, e no, conforme o seu peso, volume, espcie ou

    quantidade.

    aequo animo lat Com nimo igual; com serenidade e constncia.

    aequo pulsat pede lat Bate com p igual. Expresso de Horcio, referindo-se morte, que

    esmaga tanto os habitantes dos palcios como os das choupanas. (Odes, 1, 4-13).

    aere perennius lat Mais durvel que o bronze. Horcio falava de sua obra literria.

    affaire fr Negcio. Designa negcio escuso ou caso escandaloso. Sf em francs.

    a fortiori lat Com mais razo. Locuo empregada para concluir do menos, para o mais

    evidente: se devo amar a inimigo, a fortiori amarei o meu amigo.

    agenda lat Que deve ser feito.

    age quod agis lat Faze o que fazes. Presta ateno no que fazes; concentra-te no teu trabalho.

    Agnus Dei lat Cordeiro de Deus. 1 Jesus Cristo. 2 Invocao usada durante a missa depois da

    frao da hstia e no final das ladainhas. 3 Pequeno relicrio de cera do crio pascal e leo

    bento, moldado com a imagem do cordeiro, que o papa benze no sbado santo. Atribuem-lhe

    os devotos a virtude de salvaguarda nos perigos, doenas e tempestades.

    agrment fr Aprovao. Dir Consulta de governo a governo, a fim de saber se o agente

    diplomtico, que pretende o consulente destinar para junto do consultado, convm a este.

    aide mmoire fr Seleo ou resumo de uma obra destinada fixao dos dados mais

    importantes.

    la carte fr Ao cardpio. Pratos no includos no cardpio de um restaurante.

    la diable fr Ao diabo. Desordenadamente; atabalhoadamente.

    alatere lat Ao lado. Diz-se de certos cardeais entre os mais cotados pelo papa, quando

    enviados em misses diplomticas extraordinrias.

    albo lapillo notare diem lat Marcar o dia com pedra branca. Ser feliz durante o dia.

    alea jacta est lat A sorte foi lanada. Palavras atribudas a Csar, quando passou o Rio

    Rubico, contrariando as ordens do Senado Romano.

    alibi lat Dir Em outro lugar. Meio de defesa pelo qual o acusado alega e prova que, no

    momento do delito, se encontrava em lugar diverso daquele onde o fato delituoso se verificou.

    all right ingl Tudo bem; tudo certo.

    alma mater ou alma parens lat Me nutriz; me bondosa. Em linguagem potica, a ptria ou

    a escola.

    alpha et omega lat Alfa e mega; primeira e ltima letras do alfabeto grego. No Apocalipse

    designa Cristo, princpio e fim de todas as criaturas.

    alter ego lat Outro eu. Significa o amigo do peito, de confiana, para quem no h segredos.

    A.M.D.G. lat Iniciais do lema "Ad majorem Dei gloriam" (para maior glria de Deus), usado

    pelos jesutas.

    amicum perdere est damnorum maximum lat Perder um amigo o maior de todos os

    danos.

  • amicus certus in re incerta cernitur lat O amigo certo se manifesta na ocasio incerta.

    amicus humani generis lat Amigo do gnero humano. Amigo de todos, ou seja, amigo de

    ningum.

    amicus Plato, sed magis amica veritas lat Plato amigo, porm a verdade mais amiga.

    amor et tussis non celantur lat O amor e a tosse no se escondem.

    amor vincit omnia lat O amor vence todas as coisas. Parte de um verso de Virglio (cloga

    X, 69).

    anchio son pittore ital Eu tambm sou pintor. Exclamao atribuda a Corrgio (1494-

    1534), ao contemplar um dos quadros de Rafael.

    ancien rgime fr Antigo regime. Locuo com que, na Frana, se designa o governo existente

    antes da revoluo de 1793.

    animus abandonandi lat Dir Inteno de abandonar.

    animus abutendi lat Dir Inteno de abusar.

    animus furandi lat Dir Inteno de roubar.

    animus laedendi lat Dir Inteno de prejudicar.

    animus necandi lat Dir Inteno de matar.

    a non domino lat Dir Por parte de quem no dono. Diz-se da transferncia de bens mveis

    ou imveis, por quem no seu legtimo dono.

    Anschluss al Anexao. Nome por que conhecido o golpe nazista contra a ustria, quando

    em maro de 1939, simulou um plebiscito pelo qual anexou aquele pas Alemanha. Tal fato

    precipitou o desencadeamento da Segunda Guerra Mundial.

    ante litem lat Dir Antes do litgio. Antes de proposta a ao ou como ato preparatrio para

    ela.

    ante mortem lat Antes da morte.

    outrance fr Sem trguas; at o fim; a ferro e fogo; a qualquer preo.

    aperto libro lat De livro aberto. Em qualquer parte aberta do livro.

    aplomb fr Aprumo; segurana; desenvoltura.

    a posteriori lat A partir do que vem depois. Sistema de argumentao que parte do efeito para

    a causa. Ope-se argumentao a priori.

    aprs moi le deluge fr Depois de mim o dilvio. Frase de Lus XV, segundo alguns, de Mme.

    Pompadour, segundo outros, pela qual esses personagens manifestavam seu desprezo pela

    coisa pblica. Esperavam que a queda da monarquia s viesse aps sua morte.

    a priori lat A partir do que vem antes. Prova fundada unicamente na razo, sem fundamento

    na experincia. Ope-se a a posteriori.

    propos fr Por falar nisso; a propsito.

    apud lat Junto a; em. Usada em bibliografia para indicao de fonte compulsada, nas citaes

    indiretas.

    apud acta lat Dir Nos autos; junto aos autos.

    aquae potoribus lat Pelos bebedores de gua. Palavras com que Horcio satirizava em uma

    de suas epstolas os poemas escritos pelos poetas sbrios.

    quelque chose malheur est bon fr A desgraa serve para alguma coisa. Muitas vezes a

    infelicidade produz um resultado benfico inesperado.

    aquilae non gerunt columbas lat guias no geram pombas. Segundo a ordem natural, os

    filhos herdam as qualidades e deficincias dos pais: tal pai, tal filho.

    aquila non capit muscas lat A guia no apanha moscas. Uma pessoa de esprito superior

    no se preocupa com ninharias.

    a quo lat Da parte de c. 1 Na ignorncia; sem entender, sem saber. 2 Dir Diz-se do dia a

  • partir do qual se comea a contar um prazo. 3 Dir Diz-se do juiz de um tribunal de cuja

    deciso se recorre: Juiz a quo (ope-se, neste caso, a ad quem, juiz, ou tribunal, para o qual se

    recorre). 4 Lg Diz-se do termo ou princpio sobre que se fundamenta uma concluso.

    a ratione lat Pela razo. Pela imaginao, por conjetura, por hiptese; sem fundamento nos

    fatos reais.

    arcades ambo lat Ambos so rcades. Virglio nas clogas se referia a dois pastores da

    Arcdia, lugar de onde se originavam bons cantores. Ironicamente se aplica a duas pessoas

    igualmente velhacas ou astutas.

    arc-over ingl Astronut. Mudana de direo de um mssil guiado, ou foguete, no seu

    impulso ascensional, para entrar em sua trajetria predeterminada.

    arcus nimis intensus rumpitur lat O arco muito retesado parte-se. O rigor excessivo conduz

    a resultados desastrosos.

    a remotis lat parte; em particular, em afastamento.

    argot fr Na Frana, linguagem usada pelos gatunos; gria, calo.

    argumentum ad crumenam lat Argumento da bolsa. Emprego do suborno, na falta de razes

    convincentes.

    argumentum baculinum lat Argumento do porrete. Emprego da violncia para a consecuo

    de um objetivo.

    arrire-pense fr Pensamento dissimulado atravs de outro que se manifesta. Restrio

    mental.

    ars gratia artis lat Arte pela arte.

    ars longa, vita brevis lat A arte longa e a vida breve. Traduo latina do primeiro

    aforismo de Hipcrates.

    a sacris lat Das coisas sagradas. Suspenso de exerccio das ordens maiores imposta pela

    Igreja aos clrigos que cometeram faltas graves.

    asinus asinum fricat lat Um burro coa outro burro. Diz-se de pessoas sem merecimento que

    se elogiam mutuamente e com exagero.

    asperges lat Liturg 1 Antfona cantada ou recitada antes das missas dominicais, durante a

    asperso e que comea pelas palavras: asperges me. 2 Asperso com gua benta durante a

    missa e em outras circunstncias.

    tout seigneur tout honneur fr A cada senhor cada honra. Cada um deve ser homenageado

    de acordo com a dignidade, posio social etc.

    attach fr Adido (em diplomacia).

    auctori incumbit onus probandi lat Dir Ao autor cabe o trabalho de provar. Quem acusa que

    prove.

    audaces fortuna juvat lat A fortuna ajuda os audazes. O bom xito depende de deliberaes

    arriscadas.

    audiatur et altera pars lat Dir Que a outra parte seja tambm ouvida. Para haver

    imparcialidade e justia no julgamento, deve-se ouvir a defesa depois da acusao.

    au jour le jour fr Dia a dia. 1 Viver de parcos recursos adquiridos diariamente. 2 Gastar todo

    o dinheiro ganho durante o dia sem pensar em economizar.

    aunque la mona se vista de seda, mona se queda esp Mesmo vestida de seda, a macaca

    sempre macaca. Os adornos no encobrem grandes defeitos.

    aura popularis lat Brisa popular. Muito empregada nos clssicos latinos para significar a

    inconstncia da opinio pblica.

    aurea mediocritas lat Mediocridade urea. Horcio exalta, com esta expresso, a situao da

    classe mdia, nem rica nem pobre.

  • aures habent et non audiunt lat Tm ouvidos e no ouvem. Referncia que o Salmo CXV

    faz aos dolos, para depois concluir que aqueles que os fazem e os que neles confiam acabaro

    se assemelhando a eles.

    au revoir fr Adeus; at a vista.

    auri sacra fames lat Maldita fome de ouro. Expresso pela qual Virglio condena a ambio

    desmedida.

    auro suadente, nil potest oratio lat Se o ouro persuade, nada vale a palavra. A eloquncia

    intil diante dos interesses pecunirios.

    aut Caesar, aut nihil lat Ou Csar, ou nada. Divisa ambiciosa de Csar Brgia.

    autem genuit lat Porm gerou. 1 Relao longa e fastidiosa. 2 Narrao enfadonha.

    vaincre sans peril, on triomphe sans gloire fr Quando se vence sem perigo, triunfa-se sem

    glria. Verso de Corneille que condena o xito fcil.

    avant la lettre fr Antes da letra. Diz-se da gravura tirada antes da legenda; figuradamente,

    ideia pioneira.

    avant-premirefr Antes da primeira. Apresentao de filme ou pea teatral para pblico

    limitado, como crticos de arte, imprensa, autoridades etc. O neologismo pr-estreia foi

    lanado para substituir esta expresso.

    ave Caesar, morituri te salutant lat Salve Csar, os que vo morrer te sadam. Palavras

    dirigidas pelos gladiadores ao imperador, antes de entrarem em luta.

    avis rara lat Ave rara. Para indicar a ausncia de pessoa ou coisa que se tem em grande

    estima.

    avoirdupois ingl Com Nome por que conhecido o sistema de pesos e medidas, ingls e

    norte-americano.

    vol doiseaufr A voo de pssaro. Pela rama; por alto.

    baby ingl Beb; criana de peito.

    beati pauperes spiritu lat Bem-aventurados os pobres de esprito. Primeira das bem-

    aventuranas evanglicas citada por So Mateus no captulo V, versculo 3, e que inicia o

    sermo da montanha. No contexto do Evangelho significa: Bem-aventurados os simples.

    beati possidentes lat Felizes os que esto de posse. Locuo celebrizada por Bismarck, que

    adotou a poltica do fato consumado como fonte de direito.

    bella matribus detestata lat As guerras detestadas pelas mes. (Horcio, Odes, 11, 24-25).

    benedicite lat Rel Catl Bendizei. Invocao ritual, antes das refeies, que comea por esta

    palavra. Usada principalmente em conventos, comunidades religiosas e colgios.

    bis dat qui cito dat lat D duas vezes quem d prontamente. Sneca elogia a espontaneidade

    das ddivas.

    bis de eadem re non sit actio lat Dir No haja dupla ao sobre a mesma coisa. V

    litispendncia.

    bis repetita placent lat As coisas repetidas agradam. Horcio refere-se ao emprego de figuras

    literrias repetidas quando bem aplicadas.

    bona fide lat De boa f: Enganar-se, proceder bona fide.

    bon motfr Boa palavra; dito divertido.

    bon tonfr Bons modos; boas maneiras.

    bonum vinum laetificat cor hominis lat O bom vinho alegra o corao do homem.

    Modificao do texto do Eclesistico XL, 20, cujas palavras so: Vinum et musica laetificant

    cor (o vinho e a msica alegram o corao).

    bout dessaifr Ponta de experincia. Cinema. Pequena parte final do filme que o assistente

    operador corta e revela imediatamente para orientao da tomada da cena seguinte.

  • bye-bye ingl Adeus, adeusinho.

    cadunt altis de montibus umbrae lat As sombras caem dos altos dos montes; anoitece.

    caetera desiderantur lat Faltam outras coisas. Deseja-se o restante.

    calomniez, il en reste toujours quelque chosefr Caluniai, (da calnia) fica sempre alguma

    coisa. Palavras que Beaumarchais em O Barbeiro de Sevilha coloca nos lbios de Baslio,

    personagem hipcrita.

    camelotts du roifr Camels do rei. Apelido dado aos agressivos e extremados partidrios da

    realeza, em Frana.

    camelus cupiens cornua aures perdidit lat O camelo desejando ter chifres perdeu as orelhas.

    Aplica-se ao ambicioso frustrado.

    capitis diminutio lat Dir Diminuio de capacidade. Empregada para designar a perda da

    autoridade.

    cara deum soboles, magnum Jovis incrementum lat Gerao querida dos deuses, nobre

    descendente de Jpiter. Anncio que faz Virglio (cloga IV, 49) do nascimento de criana

    ilustre, hoje aplicado pelos bajuladores aos que nasceram em bero de ouro.

    carpe diem lat Aproveita o dia. (Aviso para que no desperdicemos o tempo). Horcio dirigia

    este conselho aos epicuristas e gozadores.

    carpent tua poma nepotes lat Os teus descendentes colhero os teus frutos. No pensar

    unicamente em si e no presente pois o nosso trabalho aproveitar s geraes futuras

    (Virglio, cloga IX, 50).

    castigat ridendo mores lat Corrige os costumes sorrindo. Princpio em que se fundamenta a

    comdia, criado por Jean de Santeuil.

    casus belli lat Motivo de guerra. Incidente que pode levar duas ou mais naes a um conflito.

    causa debendi lat Dir Causa da dvida. Base de um compromisso ou obrigao.

    causa mortis lat Dir A causa da morte. 1 Diz-se da causa determinante da morte de algum. 2

    Imposto pago sobre a importncia lquida da herana ou legado.

    causa obligationis lat Dir Causa da obrigao. Fundamento jurdico de uma obrigao.

    causa petendi lat Dir A causa de pedir. Fato que serve para fundamentar uma ao.

    causa possessionis lat Dir Causa da posse. Fundamento jurdico da posse.

    causa traditionis lat Dir Causa da entrega. Razo da tradio das coisas entre os interessados.

    causa turpis lat Dir Causa torpe. Causa obrigacional ilcita ou desonesta.

    caveant consules ne quid respublica detrimenti capiat lat Que os cnsules se acautelem a

    fim de que a repblica no sofra nenhum dano. Palavras de advertncia com que o Senado

    Romano investia os cnsules de poderes ditatoriais, durante as crises polticas.

    cave canem lat Cuidado com o co. Era costume, outrora, pintar um co junto porta da casa

    com os dizeres cave canem, a fim de que ningum ousasse entrar temerariamente.

    cave illius semper qui tibi imposuit semel lat Acautela-te para sempre daquele que te

    enganou uma vez. Quem faz um cesto faz um cento.

    cave ne cadas lat Cuidado, no caias. Advertncia que fazia um escravo ao triunfador

    romano, para que ele no se deixasse possuir de orgulho excessivo.

    cedant arma togae lat Cedam as armas toga. Ccero recomenda que as foras armadas se

    sujeitem s autoridades civis.

    celebret lat Certificado de bispo catlico romano, ou superior religioso, testemunhando que o

    portador sacerdote, e pedindo que lhe seja permitido dizer missa em outras dioceses alm da

    sua.

    Ce que femme veut Dieu le veut fr O que a mulher deseja Deus o quer. Provrbio pelo qual

    se exprime a influncia irresistvel da mulher.

  • Cest un droit qu la porte on achte en entrant fr um direito que se compra ao entrar

    pela porta. Boileau defende (Arte Potica, III, 150) o direito de o espectador manifestar seu

    desagrado no teatro.

    chassez le naturel, il revient au galop fr Expulsai a natureza, ela volta a galope. Inteis os

    esforos que violentam demasiadamente a ndole do indivduo (Destouches).

    checking ingl Em Propaganda, departamento encarregado de controlar a exatido com que os

    veculos inserem, transmitem ou expem a publicidade autorizada.

    cherchez la femme fr Procurai a mulher. Frase com que os criminalistas procuram

    demonstrar a presena da mulher nos crimes misteriosos.

    cheto fuor, commodo dentro ital Quieto por fora, agitado por dentro. Provrbio aplicado ao

    relgio e s pessoas muito reservadas e impassveis.

    chi dura vince ital Quem persiste vence. Elogio da pertincia na conquista de um ideal.

    chi va piano va sano ital Quem anda devagar vai sem perigo.

    chi va sano va lontano ital Quem vai com segurana vai longe.

    citra petita lat Dir Aqum do pedido. Diz-se do julgamento incompleto, que no resolve

    todas as questes da lide.

    civis sum romanus lat Sou cidado romano. Aplica-se queles que se envaidecem da prpria

    origem.

    claudite jam rivos, pueri; sat prata biberunt lat Fechai agora os riachos, meninos; os

    prados beberam bastante. Basta, chega, acabemos com isto.

    coeli enarrant gloriam Dei lat Os cus narram a glria de Deus. Locuo do Salmo XIX, 1,

    em que o salmista descreve a grandeza de Deus pela magnificncia de suas obras.

    coelo tonantem credidimus Jovem lat Acreditamos em Jpiter quando ele troveja no cu.

    Frase de Horcio (Odes, III, 5, 1). S nos lembramos de Deus quando nos sentimos

    ameaados.

    coemptio lat Sociol Forma de casamento praticada na antiga Roma, dispensando-se

    assistncia sacerdotal e consistindo numa venda simblica da noiva ao noivo.

    cogito, ergo sum lat Penso, logo existo. Princpio desenvolvido por Renato Descartes (1596-

    1650) quando abandonou os princpios tradicionais da filosofia do magister dixit, ou

    escolstica, para fundar o sistema conhecido como cartesianismo.

    comme il faut fr Como convm; como deve ser.

    compelle intrare lat Obriga-os a entrar. Expresso de Cristo (So Lucas, XIV, 23) referindo-

    se aos convidados para o festim. Aplica-se insistncia de algum em procurar fazer outrem

    aceitar algo cujo valor desconhece.

    compos sui lat Senhor de si; sem se perturbar.

    compurgatio lat Dir e Sociol Instituio jurdica de defesa, observada em sociedades mais

    simples, em que o ru procura obter absolvio, arrolando certo nmero de testemunhas, que

    juram pela sua inocncia.

    concedo lat Concedo, estou de acordo. Palavra usada em Lgica: Ele ladro, concedo, mas

    hbil poltico.

    conditio juris lat Dir Condio de direito. Condio, circunstncia ou formalidade

    indispensvel para a validade de um ato jurdico.

    conditio sine qua non lat Condio sem a qual no. Expresso empregada pelos telogos

    para indicar circunstncias absolutamente indispensveis validade ou existncia de um

    sacramento, p. ex., a vontade expressa dos noivos para a validade do matrimnio.

    confer lat Compara ou confere, palavra que comumente se abrevia Cf.

    conscientia fraudis lat Dir Conscincia da fraude.

  • conscientia sceleris lat Dir Conscincia do crime.

    consensus omnium lat Assentimento de todos; opinio generalizada.

    consuetudo consuetudine vincitur lat Um costume vencido por outro costume. Princpio

    de Toms de Kempis segundo o qual os maus hbitos podem ser eficazmente combatidos por

    outros que lhes sejam contrrios.

    consuetudo est altera natura lat O hbito uma segunda natureza. Aforismo de Aristteles.

    consummatum est lat Tudo est consumado. ltimas palavras de Jesus ao morrer na cruz

    (Joo, XIX, 30).

    contraria contrariis curantur lat Os contrrios curam. Princpio da medicina alopata, oposto

    ao da homeopatia: similia similibus curantur.

    conventio est lex lat Ajuste lei, o que foi tratado deve ser cumprido: Cumprirei a clusula,

    pois conventio est lex.

    coram populo lat Diante do povo. Em pblico (Horcio, Arte Potica, 185).

    corpus alienum lat Dir Coisa estranha que no objeto da lide.

    corpus christi lat Corpo de Cristo. 1 A hstia consagrada. 2 Festa litrgica mvel, celebrada

    na quinta-feira depois do domingo da Santssima Trindade. 3 A solenidade desta festa,

    tambm chamada Corpo de Deus.

    corpus delicti lat Dir Corpo de delito. 1 Objeto, instrumento ou sinal que prove a existncia

    do delito. 2 Ato judicial feito pelas autoridades a fim de provar a existncia de um crime e

    descobrir os responsveis por ele.

    corpus juris canonici lat Cdigo do Direito Cannico. Conjunto de leis eclesisticas

    codificadas por So Pio X e promulgadas pelo Papa Bento XV em 1917. O Conclio Vaticano

    II encarregou uma comisso de reform-lo.

    corpus juris civilis lat Dir Corpo do Direito Civil. Denominao dada por Dionsio

    Godofredo ao conjunto das obras do Direito Romano formado pelas Institutas, Pandectas,

    Novellas e Cdigo, organizado por ordem do imperador Justiniano.

    coup de foudre fr Raio. Desgraa inesperada; amor primeira vista.

    coup de thatre fr Golpe teatral. Mudana repentina de situao, como no teatro.

    credant posteri! lat Creiam os psteros! Locuo interjetiva empregada para afirmar um fato

    muito extraordinrio.

    credo Deum esse lat Creio que Deus existe.

    credo quia absurdum lat Creio por ser absurdo. Expresso de Santo Agostinho para

    determinar o objeto material da f constitudo pelas verdades reveladas, que a razo humana

    no compreende.

    cuilibet in arte sua perito est credendum lat Deve-se dar crdito a quem perito em sua

    arte. Ouvir os especialistas na matria.

    cui prodest? lat Dir A quem aproveita? Os criminalistas colocam entre os provveis

    criminosos as pessoas a quem o delito podia beneficiar.

    cuique suum lat A cada um o que seu. Aforismo do Direito Romano e da justia

    distributiva em que se baseia a propriedade privada.

    cuivis dolori remedium est patientia lat A pacincia remdio para cada dor. Sofre-se

    menos quando se aceita a dor com resignao.

    cujus regio, ejus religio lat 1 De tal regio, (segue) a sua religio. Exprime a tendncia do

    homem de aceitar a religio predominante em seu pas. 2 A quem governa o pas compete

    impor a religio. Princpio consagrado pela Paz de Augsburgo (1555).

    cum bona gratia dimittere aliquem lat Despedir algum com bons modos. Ser educado at

    para com os importunos.

  • cum brutis non est luctandum lat No se deve lutar com os brutos. No disputar com

    ignorantes e insolentes.

    cum grano salis lat Com um gro de sal. Isto brincadeira; no verdade.

    cum laude lat Com louvor. Graduao de aprovao, em algumas universidades equivalente a

    bom.

    cum quibus lat Com os quais. Dinheiro: no ter cum quibus; no ter dinheiro.

    cum re presente deliberare lat Deliberar com a coisa presente. De acordo com as

    circunstncias.

    cuncta supercilio moventis lat Movendo todas as coisas com o superclio. Expresso de

    Horcio (Odes, III, 1) referindo-se a Jpiter que move o Universo com um franzir de

    sobrancelhas.

    currente calamo lat Ao correr da pena. Escrever currente calamo: escrever com rapidez, sem

    se preocupar com o estilo.

    curriculum vitae lat Percurso da vida. Conjunto de dados que abrangem o estado civil,

    instruo, preparo profissional e cargos anteriormente ocupados, por quem se candidata a

    emprego.

    da capo ital Do princpio. Ms Indica a repetio desde o incio da pea.

    dare nemo potest quod non habet, neque plus quam habet lat Ningum pode dar o que no

    possui, nem mais do que possui.

    data venia lat Dada a vnia. Expresso delicada e respeitosa com que se pede ao interlocutor

    permisso para discordar de seu ponto de vista. Usada em linguagem forense e em citaes

    indiretas.

    dat veniam corvis, vexat censura columbas lat Perdoa os corvos e mortifica pela censura as

    pombas. Stira II de Juvenal que condena a injustia.

    de auditu lat Por ouvir dizer. Saber por ouvir; de oitiva.

    debelatum est lat Terminou a guerra.

    debemur morti nos nostraque lat Estamos destinados morte, ns e nossos bens. Reflexo

    de Horcio na Arte Potica, sobre a transitoriedade da vida presente.

    decipimur specie recti lat Enganamo-nos pela aparncia do bem. Horcio referia-se aos

    poetas mas isso acontece com todos.

    de coq--lne fr Do galo ao burro. Discurso sem nexo; passagem de um assunto a outro

    muito diferente; disparate.

    decorum est pro patria mori lat honroso morrer pela ptria.

    de cujus lat Dir De quem. Primeiras palavras da locuo de cujus sucessione agitur (de cuja

    sucesso se trata) Refere-se pessoa falecida, cuja sucesso se acha aberta.

    de facto lat Dir De fato. Diz-se das circunstncias ou provas materiais que tm existncia

    objetiva ou real. Ope-se a de jure.

    de fond en comble fr De baixo para cima; inteiramente.

    de gustibus et coloribus non est disputandum lat No se deve discutir sobre gostos e cores.

    Cada qual tem suas preferncias. (Provrbio medieval).

    de jure lat Dir De direito. Ope-se a de facto.

    de jure constituendo lat Dir Do direito de constituir. Diz-se de matrias ou situaes

    jurdicas no previstas nas leis, mas que podero ou devero, no futuro, tornar-se normas do

    direito objetivo.

    de jure et de facto lat Dir De direito e de fato.

    de lana caprina lat Sobre a l de cabra. Assim chama Horcio as discusses ociosas.

    del-credere ital Dir 1 Clusula pela qual, no contrato de comisso, o comissrio, sujeitando-

  • se a todos os riscos, se obriga a pagar integralmente ao comitente as mercadorias que este lhe

    consigna para serem vendidas. 2 Prmio ou comisso paga ao comissrio, por essa garantia.

    deleatur lat Apague-se, inutilize-se. Nome que tem (ou tinha) o sinal de correo nas provas

    tipogrficas, pelo qual se mandava tirar letras ou palavras. Tem a forma de um delta (d em

    grego) minsculo.

    de lege ferenda lat Dir Da lei a ser criada. V de jure constituendo.

    delenda Carthago lat Cartago deve ser destruda. Palavras de Cato, o Antigo, com que

    terminava seus discursos. Cita-se esta locuo a propsito de uma ideia fixa, perseguida com

    tenacidade.

    delivery order ingl Dir Ordem de entrega. Ttulo ordem, que faculta ao capito do navio a

    entrega ao seu portador, de uma parte ou o total das mercadorias embarcadas, e constantes de

    determinado conhecimento, do qual considerado frao.

    de minimis non curat praetor lat O pretor no cuida de coisas pequenas. Cita-se para

    significar que pessoas de certa categoria no podem preocupar-se com pequenos detalhes.

    dente lupus, cornu taurus petit lat O lobo ataca com os dentes e o touro com os chifres.

    Cada qual se defende com as armas de que dispe.

    dente superbo lat Com dente soberbo. Horcio descreve nesta expresso o desdm com que o

    rato da cidade roa os alimentos do rato do campo.

    dentibus albis lat Com dentes brancos. Norma apresentada por Horcio aos crticos, que

    podem criticar, mas amavelmente, sem ofender ao criticado.

    Deo favente lat Com o favor de Deus: Unir-se-o em matrimnio, Deo favente, a

    senhorinha

    Deo gratias lat Demos graas a Deus. Expresso empregada na missa, aps a epstola e ao

    final da prpria missa. tambm empregada quando se quer expressar o contentamento por

    haver terminado um trabalho cansativo ou fastidioso.

    Deo ignoto lat Ao Deus desconhecido. Legenda encontrada por So Paulo num altar de

    Atenas e de que se serviu para falar de Cristo aos atenienses (Atos, XVII, 23 e seguintes).

    Deo juvante lat Se Deus ajudar; se Deus quiser.

    de omni re scibili et quibusdam aliis lat De tudo o que se pode saber e mais alguma coisa. A

    primeira parte desta locuo atribuda a Pico della Mirandola que pretendia discutir qualquer

    assunto com qualquer pessoa. A segunda foi ironicamente acrescentada por Voltaire. Aplica-

    se queles que se jactam de sbios, quando na realidade nada sabem.

    de ore tuo te judico lat Julgo-te pela tua boca. Pelas tuas palavras sei quem tu s.

    Deo volente lat Se Deus quiser: Aprenderei hebraico e snscrito, Deo volente.

    de pane lucrando lat Para ganhar o po. Diz-se de obras literrias feitas rapidamente, com

    fins lucrativos.

    de plano lat Calculadamente; premeditadamente.

    de profundis lat Das profundezas. Palavras iniciais da verso latina do Salmo 130, recitado

    nas cerimnias fnebres e no ofcio dos mortos.

    descente de lit fr Descida do leito. Tapete estreito que se coloca ao lado da cama.

    desiderandum lat Que se deve desejar. Pl: desideranda.

    desideratum lat O que se deseja. Pl: desiderata.

    desinit in piscem lat Termina em peixe. Aluso de Horcio s obras de arte sem unidade, que

    ele compara a um belo busto de mulher terminado em cauda de peixe. (Arte Potica, 4).

    desipere in loco lat Enlouquece-te de vez em quando. Conselho de Horcio a Virglio (Ode

    IV, 12, 28) para que misture um pouco de loucura prudncia que caracteriza suas obras.

    dessu de porte fr Acima da porta. Diz-se da decorao pintada ou esculpida sobre a porta.

  • de stercore Ennii lat Do esterco de nio. Expresso de Virglio a fim de justificar-se de ter

    aproveitado os melhores versos da obra de nio (239-169 a.C.).

    de te fabula narratur lat A fbula fala de ti. Horcio, depois de descrever a hediondez do

    avarento (Stiras 1, 1-69), dirige-se ao interlocutor imaginrio. Emprega-se para chamar

    realidade uma pessoa indiferente a aluses sarcsticas.

    deus ex machina lat Um deus por meio de uma mquina. Expediente da tragdia grega (e

    romana) para solucionar casos complicados, o qual fazia de sbito aparecer um deus para

    explicar como se devia proceder naquele embarao. Emprega-se a locuo para designar um

    fim forado: Quando o autor no sabe resolver a situao que criou, interpe um deus ex

    machina.

    Deus nobis haec otia fecit lat Deus nos concedeu esse descanso. Palavras com que Virglio

    nas clogas agradece a Augusto. So quase sempre empregadas satiricamente.

    Deus super omnia lat Deus acima de tudo. Mostra o poder da Divina Providncia nos

    acontecimentos humanos.

    de verbo ad verbum lat Palavra por palavra. Literalmente. Aplica-se s transcries de

    escrituras e outros documentos.

    de viris illustribus lat Sobre os cidados ilustres. Ttulo da histria da fundao de Roma,

    escrita por Suetnio e adotada no estudo do latim no primeiro ciclo.

    de visu lat Dir De vista. Diz-se da pessoa que presenciou o fato, chamada, por isso,

    testemunha de visu.

    de visu et auditu lat Dir De vista e ouvido. Testemunha ao mesmo tempo ocular e auricular.

    diem perdidi lat Perdi o dia. Palavra de Tito, segundo Suetnio, quando no praticava

    alguma boa ao durante o dia.

    dies lat O dia. Usado em linguagem jurdica.

    dies irae lat Dia da ira. Primeiras palavras da clebre sequncia medieval que descreve os

    horrores do juzo universal. recitada nas encomendaes e em algumas missas de rquiem.

    Expresso usual entre estudantes para designar os dias de exames.

    dies fastus lat Antig rom 1 Dia no qual a lei religiosa permitia atividades seculares ou dia

    auspicioso para tais atividades. 2 Qualquer um dos quarenta dias de cada ano nos quais os

    pretores da Repblica Romana podiam exercer seus poderes gerais jurdicos. Pl: dies fasti.

    dies nefastus lat Antig rom 1 Dia no qual eram proibidas atividades seculares. 2 Dia no qual

    os tribunais eram fechados e era ilegal (para os pretores, por ex.), despachar assuntos pblicos

    judiciais. Pl: dies nefasti.

    Dieu et mon droit fr Deus e meu direito. Divisa da famlia real inglesa.

    difficiles nugae lat Bagatelas difceis. Aluso de Marcial em seus epigramas s pessoas que

    aplicam a inteligncia em coisas insignificantes.

    dignus est intrare lat digno de entrar. Expresso burlesca da pea "Doente Imaginrio", de

    Molire. Emprega-se na admisso de algum em uma corporao ou sociedade, sempre em

    sentido jocoso.

    di meliora lat Que os deuses (nos deem) coisas melhores. Expresso de Virglio nas

    Gergicas, ao terminar uma descrio de epidemia de peste.

    dimidium facti, qui bene coepit, habet lat Andou meio caminho, quem comeou bem.

    dir lorazione della bertuccia ital Fazer orao de macaco. Pronunciar palavras

    ininteligveis.

    dis aliter visum lat Aos deuses aprouve de outra maneira. Reflexo resignada de Virglio,

    referindo-se runa de Troia.

    disciplina, pauperibus divitiae, divitibus ornamentum, senibus oblectamentum lat O

  • ensino riqueza para os pobres, adorno para os ricos e distrao para os velhos.

    disjecti membra poetae lat Os membros dispersos do poeta. Refere-se Horcio dificuldade

    em transformar versos em boa prosa.

    dis-moi ce que tu manges, je te dirai qui tu es fr Conta-me o que comes, dir-te-ei quem s.

    Pretende o gastrnomo Brillat-Savarin que o carter e inteligncia de uma pessoa se revelam

    na escolha que ela faz dos alimentos.

    displicuit nasus tuus lat Teu nariz desagradou. Juvenal explica com este dstico certas

    perseguies sem motivo justificvel.

    distinguo lat Distingo, palavra usada na filosofia escolstica, nos argumentos.

    divide et impera lat Divide e impera, divisa poltica dos romanos. Variantes: divide ut

    imperes e divide ut regnes, divide para que possas reinar.

    docendo discimus lat Aprendemos ensinando.

    docendo discitur lat Aprende-se ensinando.

    doctor in utroque lat Doutor em um e outro (direito). Empregada para designar a pessoa

    laureada em Direito Civil e Direito Cannico.

    doctus cum libro lat Sbio com livro. Diz-se dos que ostentam cincia livresca por serem

    incapazes de raciocinar.

    dolce far niente ital Doce ociosidade.

    Dominus dedit, Dominus abstulit, sit nomen Domini benedictum lat O Senhor deu, o

    Senhor tirou, bendito seja o nome do Senhor. Palavras de J, quando atingido pela perda de

    todos os seus bens. So citadas para lembrar, nos infortnios, a resignao crist.

    Dominus mihi adjutor lat O Senhor meu auxlio. Palavras do versculo 7 do Salmo 118,

    que servem de divisa Dinamarca.

    Dominus tecum lat O Senhor esteja contigo. Saudao dirigida antigamente a quem

    espirrava, hoje substituda por sade ou por Deus te ajude, empregadas principalmente no

    Interior.

    Dominus vobiscum lat O Senhor esteja convosco. Saudao litrgica, frequentemente usada

    na missa, no ofcio divino e no ritual catlico romano.

    donec eris felix, multos numerabis amicos lat Enquanto fores feliz, ters muitos amigos.

    Verso de Ovdio em que o poeta lamenta a perda dos amigos quando caiu na desgraa de

    Augusto (Tristes, 1, 1-39).

    do ut des lat Dir Dou para que tu ds. Norma de contrato oneroso bilateral.

    do ut facias lat Dir Dou para que faas. Norma admitida em contrato bilateral, em que uma

    das partes oferece dinheiro pela prestao de servios da outra.

    dubitando ad veritatem pervenimus lat Duvidando chegamos verdade. Frase de Ccero

    que inspirou a Descartes a doutrina sobre a dvida.

    dulce et decorum est pro patria mori lat belo e nobre morrer pela ptria. Verso de

    Horcio em que aconselha os jovens a imitar os antepassados.

    dulces moriens reminiscitur Argos lat Morrendo relembra a doce Argos. Virglio refere-se a

    ntor que acompanhou Eneias Itlia, onde morreu.

    dulcia linquimus arva lat Deixamos os campos queridos. Melibeu, personagem de Virglio,

    lamenta a vida no exlio (cloga, 1, 3).

    dura lex sed lex lat A lei dura, mas a lei. Apesar de exigir sacrifcios, a lei deve ser

    cumprida.

    Ecce Agnus Dei lat Eis o Cordeiro de Deus. Palavras de Joo Batista (Evangelho segundo

    Joo, 1.29) dirigidas ao povo quando Jesus veio margem do Jordo para ser batizado.

    Usadas pelo sacerdote ao apresentar aos fiis a hstia consagrada, antes de distribu-la.

  • Ecce Homo lat Eis aqui o homem. Palavras de Pilatos, dirigidas ao povo judeu, enquanto lhe

    apresentava Jesus, j coroado de espinhos, tendo nas mos uma cana e nos ombros um farrapo

    de prpura.

    ecce iterum Crispinus lat Eis aqui novamente o Crispim. Frase de Juvenal, falando de um

    importuno.

    editio princeps lat Edio principal. Expresso empregada para designar a primeira edio de

    uma obra.

    ego sum qui sum lat Eu sou quem sou. Palavras de Deus a Moiss (xodo III, 14), quando o

    enviou para libertar o povo de Israel no Egito.

    eheu! fugaces labuntur anni lat Ai de ns! os anos correm cleres. Expresso amargurada do

    poeta Horcio sobre a brevidade da vida.

    eheu! nullum infortunium venit solum lat Ai de ns! nenhum infortnio vem

    desacompanhado. Locuo que serve de lema aos pessimistas.

    ejusdem farinae lat Da mesma farinha. Expresso usada para englobar duas ou mais pessoas

    como portadoras dos mesmos defeitos.

    ejusdem furfuris lat Do mesmo farelo. V ejusdem farinae.

    Eli, Eli, lamma sabachtani hebr Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste? Frase

    citada entre as ltimas pronunciadas por Jesus na cruz. As trs primeiras palavras so

    hebraicas e a ltima aramaica.

    emunctae naris lat De nariz limpo. Expresso de Horcio (Stiras, I, 4-8). Indica pessoa

    consciente, que sabe o que quer.

    enfant gatfr Criana mimada. Emprega-se para designar pessoa muito prestigiada pelos

    superiores e que se prevalece disso tornando-se negligente.

    enfant prodigefr Criana prodgio. Emprega-se para designar a precocidade infantil em

    qualquer ramo de atividade.

    enfant terriblefr Criana terrvel. Criana mal-educada, que causa srios embaraos aos pais.

    enfin Malherbe vintfr Finalmente chegou Malherbe. Frase com que Boileau destaca o papel

    de Malherbe na poesia francesa.

    ense et aratro lat Com a espada e o arado. Designa o cidado que serve a ptria durante a

    guerra e cultiva o solo durante a paz.

    entente cordiale fr Aliana expressa ou pacto de solidariedade e comunho de interesses

    econmicos, polticos ou militares entre duas ou mais naes.

    en toute chose il faut considrer la fin fr Em tudo se deve considerar o fim. Moral da fbula

    de La Fontaine, A Raposa e o Bode.

    Epicuri de grege porcum lat Porco do rebanho de Epicuro. Epigrama de Horcio, que assim

    se classificava, escarnecendo da moral rgida pregada pelos estoicos. Designa hoje o

    materialista gozador da vida.

    e pur, si muove ital Entretanto ela (a Terra) se move. Palavras de Galileu quando foi

    obrigado a retratar-se perante a Inquisio, por ter descoberto o movimento da Terra,

    considerado como heresia por aquele tribunal.

    erga omnes lat Dir Para com todos. Diz-se de ato, lei ou dispositivo que obriga a todos.

    eripuit coelo fulmen sceptrumque tyrannis lat Tirou o raio ao cu e o cetro aos tiranos.

    Inscrio do pedestal do monumento de Franklin, que alude descoberta do para-raios e ao

    esprito democrtico com que militou na poltica.

    eritis sicut dii lat Sereis como deuses. Palavras que a serpente dirigiu a Eva no Paraso, a fim

    de induzi-la a comer o fruto da rvore da cincia do bem e do mal (Gn. III, 5).

    errare humanum est lat Errar humano. Desculpa que se apresenta a fim de atenuar um erro

  • ou engano.

    error in objecto lat Dir Erro quanto ao objeto. V aberratio ictus.

    error in persona lat Dir Erro quanto pessoa. V aberratio delicti.

    erunt duo in carne una lat Sero dois em uma s carne. Expresso bblica usada na

    cerimnia do matrimnio para encarecer a unio que deve reinar entre os esposos (Gn. II, 24;

    Mat. XIX, 5).

    e sempre bene ital E sempre bem. Locuo que traduz o otimismo dos peninsulares.

    est modus in rebus lat H um limite nas coisas. Frase com que Horcio aconselha a

    moderao em tudo.

    esto brevis et placebis lat S breve e agradars. Conselho escolstico aplicado eloquncia.

    et campos ubi Troja fuit lat E os campos onde existiu Troia. Hemistquio virgiliano, que se

    refere ao abandono de Troia incendiada quando Eneias e seus companheiros a abandonaram.

    et caetera lat E outras coisas. Expresso que se coloca abreviadamente (etc.) no fim de uma

    enumerao que se poderia alongar.

    etiam periere ruinas lat At as runas pereceram. Frase de Lucano descrevendo a visita de

    Csar s runas de Troia onde no existiam mais vestgios da famosa cidade.

    etiamsi omnes, ego non lat Ainda que todos, eu no. Palavra de So Pedro a Jesus (Mt.

    XXVI, 35), jurando-lhe fidelidade no Jardim das Oliveiras.

    et la grace plus belle encore que la beaut fr a graa ainda mais bela que a beleza. Verso

    de La Fontaine no poema Adnis, onde elogia aqueles que suprem a ausncia de beleza pelas

    boas maneiras.

    et mont sur le faite, il aspire descendre fr E, chegado ao apogeu, ele deseja descer. Verso

    em que Corneille descreve o fastio daqueles que subiram rapidamente.

    et nunc reges intelligite; erudimini qui judicatis terram lat E agora compreendei, reis;

    instru-vos, vs que governais a Terra. Palavras do Salmo II, versculo 10, citadas para ensinar

    que devemos aproveitar da experincia alheia.

    et par droit de conqute et par droit de naissence fr Por direito de conquista e por direito

    de nascimento. Verso em que Voltaire defende Henrique IV, que, apesar de ter direito a

    suceder, foi obrigado a conquistar o trono da Frana pelas armas.

    et quasi cursores, vitae lampada tradunt lat Como corredores, eles transmitem o facho da

    vida. Lucrcio compara a transmisso da vida humana ao jogo em que os atletas passam o

    facho ao seguinte, depois de correrem. O homem percorre a vida, transmite-a a seus filhos e

    mergulha na morte.

    et reliqua lat E o restante. O mesmo que et caetera.

    e tutti quanti ital E todos os demais. Serve para encerrar uma enumerao.

    ex abrupto lat De repente; inopinadamente.

    ex abundantia lat Com abundncia, em grande quantidade.

    ex abundantia cordis lat Da abundncia do corao. Com sinceridade.

    ex adverso lat Dir Do lado contrrio. Refere-se ao advogado da parte contrria.

    ex aequo lat Dir Segundo a equidade.

    ex animo dicere lat Dizer com sinceridade.

    ex auctoritate legis lat Pela fora da lei.

    ex auctoritate propria lat Pela sua prpria autoridade; sem delegao.

    ex cathedra lat Da cadeira. (Cadeira de So Pedro, smbolo da autoridade do papa. Quando o

    papa fala ex cathedra ensina como chefe da Igreja e continuador da misso apostlica. Por

    extenso, exprimir-se dogmaticamente, sem admitir objees aos seus conceitos).

    ex causa lat Dir Pela causa. Diz-se das custas pagas pela parte que requer ou promove certo

  • ato incontrovertvel que somente a ela interessa ou aproveita.

    exceptio firmat regulam lat A exceo confirma a regra.

    exceptis excipiendis lat Exceto o que se deve excetuar.

    ex corde lat De corao. Expresso empregada no fecho de cartas dirigidas a pessoas ntimas.

    excusez du peu fr Desculpe o pouco. Frase irnica, com que se insiste sobre o preo

    excessivo de alguma coisa.

    ex digito gigas lat Pelo dedo (se conhece) o gigante. A pessoa superior se manifesta nas

    menores aes.

    ex dono lat Por doao. Expresso empregada em obras de coleo, que foram doadas por

    algum.

    exegi monumentum aere perennius lat Erigi um monumento mais perene que o bronze.

    Verso da Ode III de Horcio, referindo-se prpria obra literria.

    exempli gratia lat Por exemplo. Geralmente empregada abreviadamente: e. g.

    exequatur lat Execute-se. Dir 1 Autorizao dada por chefe de Estado para que um cnsul

    estrangeiro possa exercer suas funes no pas. 2 Deciso de se cumprir no pas uma sentena

    de justia estrangeira. 3 Frmula que autoriza a execuo de sentena pronunciada por

    rbitros.

    ex expositis lat Do que ficou exposto: Portanto, ex expositis, nada lhe resta.

    ex improviso lat De improviso.

    ex informata conscientia lat Sem ouvir o ru ou acusado ou o condenado. Literalmente

    significa: com a conscincia informada, isto , j com julgamento de antemo formado:

    Condenar algum ex informata conscientia.

    ex itinere lat Do caminho.

    ex lege lat Por fora da lei: Foi nomeado ex lege.

    ex libris lat Dos livros de. Frmula que antecede o nome da pessoa ou entidade a que

    pertence o livro com essa inscrio.

    ex nihilo nihil lat Do nada, nada. Coisa alguma pode ser criada do nada. Aforismo tirado de

    um verso de Prsio, erigido em princpio filosfico por Lucrcio e outros epicuristas.

    ex officio lat Por obrigao, por dever do cargo. Dir Diz-se do ato realizado sem provocao

    das partes.

    ex ore parvulorum veritas lat A verdade (est) na boca das crianas. As crianas no

    mentem.

    exoriare aliquis nostris ex ossibus ultor lat Que algum vingador nasa de nossos ossos.

    Imprecao de Dido moribunda, citada por Virglio (Eneida, VI, 625).

    expende Annibalem lat Pesa Anbal. Reflexo de Juvenal sobre a fragilidade da glria

    humana, como se perguntasse: que resta do grande guerreiro?

    experto crede Roberto lat Crede no esperto Roberto. Antonius Arena coloca esta frase na

    boca do prprio Roberto, que faz a promoo de sua capacidade.

    explicit lat Acabou, terminou. Indica o fim de uma obra que, em geral, comeava com a

    palavra incipit; da a expresso: Do incipit ao explicit, do comeo ao fim.

    ex positis lat Das coisas estabelecidas, assentado: Ex positis, a sociedade est desfeita.

    ex professo lat Do proferido. Como profundo conhecedor; magistralmente.

    ex proprio jure lat Por direito prprio.

    ex toto corde lat De todo o corao. Empregada no final das cartas.

    extra petita lat Dir Alm do pedido. Diz-se do julgamento proferido em desacordo com o

    pedido ou natureza da causa.

    ex tunc lat Dir Desde ento. Com efeito retroativo.

  • ex ungue leonem lat Pela garra (se conhece) o leo. Das mos de um grande mestre s podem

    sair obras importantes.

    ex vi lat Por fora. Por determinao de; em virtude de.

    ex vi legis lat Dir Por fora da lei. Em virtude da lei.

    ex voto lat Por voto. Imagem, quadro ou outro objeto que se coloca nos altares, em

    agradecimento a Deus ou a um santo por uma graa conseguida.

    facio ut des lat Dir Fao para que ds. Norma de contrato bilateral.

    facio ut facias lat Dir Fao para que faas. Contrato em que o pagamento de um servio

    pago com a prestao de outro servio.

    facit indignatio versum lat A indignao faz o verso. Segundo Juvenal, a ira serve, s vezes,

    para inspirar os poetas.

    factum principis lat Fato do prncipe. Dir Em direito trabalhista, cessao do trabalho por

    imposio da autoridade pblica, sem culpa do empregador, ficando o governo responsvel

    pela indenizao devida ao empregado (CLT, art. 486).

    fair play ingl Jogo correto. Lealdade no modo de agir.

    fama volat lat A fama voa; a notcia se espalha rapidamente. (Virglio, Eneida III, 121).

    fatta legge, pensata la malizia ital Feita a lei, pensada a malcia. Muitos burlam a lei

    interpretando a seu modo a inteno do legislador.

    fatuus fatuum invenit lat Um tolo encontra outro tolo.

    favete linguis lat Favorecei com as lnguas. Calai-vos. Expresso usada nos espetculos e

    reunies.

    feci quod potui, faciant meliora potentes lat Fiz o que pude, faam melhor os que puderem.

    felix culpa lat Feliz culpa. Expresso de Santo Agostinho referindo-se ao pecado de Ado,

    que nos mereceu to grande redentor.

    felix qui potuit rerum cognoscere causas lat Feliz o que pode conhecer as causas das coisas.

    Elogio de Virglio queles que pesquisam os fenmenos da natureza.

    fervet opus lat Ferve o trabalho. Expresso virgiliana para descrever a atividade das abelhas

    no cortio.

    festina lente lat Apressa-te devagar. Frase atribuda a Augusto, que quer dizer que o trabalho

    executado devagar melhor do que quando feito apressadamente.

    fte galante fr Festa galante. Pintura de cenas de reunies ao ar livre que teve origem na

    Frana, no sculo XVII.

    fiat lux lat Faa-se a luz. Palavras pelas quais, segundo o Gnesis, 1, 3, Deus criou a luz.

    fiat voluntas tua lat Seja feita a tua vontade. Palavras duas vezes pronunciadas por Cristo,

    quando ensinou aos apstolos a orao dominical (Mt. VI, 10) e quando no Jardim das

    Oliveiras (Mt. XXVI, 42). So usadas para demonstrar submisso em coisas que repugnam ou

    contrariam.

    fin de sicle fr Fim de sculo. Designa coisa ou acontecimento to raro que no se repete no

    mesmo sculo.

    finis coronat opus lat O fim coroa a obra. A obra est completa, de acordo com o seu

    planejamento.

    firmum in vita nihil lat Nada () firme na vida. Tudo inconstante, transitrio.

    five oclock tea ingl Ch das cinco horas. Tradicional costume ingls de tomar leve refeio

    s cinco horas, na qual sempre servido o ch.

    flagrante delicto lat Dir Ao consumar o delito. Diz-se do momento exato em que o indivduo

    surpreendido a perpetrar o ato criminoso, ou enquanto foge, aps interromp-lo ou

    consum-lo, perseguido pelo clamor pblico.

  • fluctuat nec mergitur lat Flutua, no se submerge. Divisa da cidade de Paris, que tem um

    navio como emblema.

    foenum habet in cornu lat Tem feno no chifre. Refere-se Horcio aos crticos que investem

    como bois contra os literatos mas no lhes causam dano, pois suas armas esto inutilizadas

    como as dos bois bravos cujos cornos eram cobertos com feno.

    fontes aquarum lat As fontes das guas. Expresso bblica. Empregada contra os maus

    poetas que se servem do dicionrio de rimas.

    Foreign Office ingl Designa o Ministrio das Relaes Exteriores, da Inglaterra.

    for ever! ingl Para sempre! Locuo muito usada nas campanhas eleitorais da Inglaterra e

    Estados Unidos.

    forget-me not ingl No te esqueas de mim. Nome dado pelos ingleses ao miostis.

    forsan et haec olim meminisse juvabit lat Talvez algum dia nos seja agradvel recordar

    estas coisas. Eneias procura confortar os companheiros de infortnio (Eneida, 1, 203).

    four in hand ingl Quatro em mos. Parelha de quatro cavalos. Fig Abastana, vida luxuosa.

    F. S. et S. lat Fez para si e para os seus. Inscrio que se encontra em muitos monumentos da

    Antiguidade que eram de uso particular.

    fuero juzgo esp Compilao da lei visigtica, primeiro cdigo espanhol, que vigorou em

    Portugal at 1446.

    fugit irreparabile tempus lat Foge o tempo irreparvel. Virglio lembra-nos que o tempo

    passa rapidamente e que no devemos desperdi-lo.

    full time ingl Tempo integral. Trabalho nos dois perodos.

    genus irritabile vatum lat Raa irritadia dos poetas. como Horcio traduz a ideia de que

    poetas e escritores so temperamentais.

    Gloria Patri lat Glria ao Pai. Rel Palavras iniciais do versculo que se canta ou reza no fim

    dos salmos e de outras oraes da Igreja.

    gloriae et virtutis invidia est comes lat A inveja a companheira da glria e da virtude. A

    inveja procura destruir a virtude e o mrito alheio.

    God save the king ou the queen ingl Deus salve o rei (ou) a rainha. Frase inicial do hino

    nacional ingls.

    gold point ingl Ponto de ouro. Situao cambial equilibrada nos pases de moeda-ouro.

    Graecum est, non legitur lat grego, no se l. Axioma medieval que mostra o desprestgio

    do grego entre os eruditos.

    grammati