Gramado 2013

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FOLHA DO TURISMO Estados Secretários avaliam situação das capitais Números Veja os recentes dados da aviação e hotelaria No centro das atenções do mundo, país espera recorde de visitantes estrangeiros e incremento do turismo doméstico Edição Especial Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

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Gramado 2013

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Gramado Brasil

Novembro 2013

MERCADO & EVENTOS Festival do Turism

o

FOLHA DO TURISMO

EstadosSecretários avaliam situação das capitais

NúmerosVeja os recentes dados da aviaçãoe hotelaria

No centro das atenções do mundo, país espera recorde de visitantes estrangeiros e incremento do turismo doméstico

Edição Especial Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 3

Presidente Adolfo MartinsVice-presidente Executivo Roy [email protected] - (55-21) 3233-6319Diretora de Marketing Internacional Rosa Masgrau [email protected] - (55-21) 3233-6316Diretora Geral de São Paulo Mari [email protected] - (55-11) 3123-2247Editora-chefe Natália Strucchi [email protected] - (55-21) 3233-6353Editor-executivo Luciano [email protected] - (55-11) 3123-2240Chefe de Reportagem Luiz Marcos [email protected] - (55-21) 3233-6262Chefe de Reportagem SP Anderson [email protected] - (55-21) 3123-2239 Diretor de Internet Fernando MartinsDiretora de Planejamento Andréa MartinsDiretor Jurídico José Manuel Duarte CorreiaGerência de Tecnologia GRMFotógrafo Eric RibeiroDesigner Daniel Costa

Reportagem Rio (55-21) 3233-6353Reportagem São Paulo (55-11) 3123-2239/2240 Arthur Stabile ([email protected])Lisia Minelli ([email protected])Pedro Menezes ([email protected])Rafael Massadar ([email protected])Samantha Chuva ([email protected])

Atendimento ao [email protected] - (55-21) 3233-6353

Departamento Comercial São Paulo - (55-11) 3123-2222Departamento Comercial Rio de Janeiro - (55-21) 3233-6319

Representante Comercial em Brasíliamá[email protected] - (55-61) 3034-7448CPM Consultoria Planejamento Mídia Ltda.SHN Quadra 2 - 15º Andar - Salas 1514/1515Executive Offi ce Tower - Brasília/DF - CEP 70702-905

Representante Comercial em Minas Gerais [email protected] - (55-31) 3371- 0769 / (55-31) 8859-1953BH Brasil Comunicação Limitada. Weber Oliveira Avenida Silva Lobo, 2019 / Sala 1501Grajaú - Belo Horizonte /MG - CEP 30460-000

Representante Comercial nos Estados Unidoswww.braziltm.com / [email protected] / +1 (954) 647-6464Brazil Travel Media - Claudio DaSilva401 E Las Olas Blvd # 130 - Fort Lauderdale - Florida - 33301 - USA

Rio de JaneiroRua Riachuelo, 114 - Centro - CEP 20.230-014Telefone e Fax (55-21) 3233-6201

São PauloRua Barão de Itapetininga, 151 - Térreo - Centro - CEP 01.042-001 Telefone (55-11) 3123-2222 - Fax (55-11) 3129-9095

Os artigos e opiniões de terceiros publicados na ediçãonão necessariamente refl etem a posição da revista.

Folha do Turismo Brasil é uma publicação do

Nome oficial: República Federativa do BrasilCapital: BrasíliaLocalização: Leste da América do SulIdioma: PortuguêsPopulação estimada: 196.655.014Religião predominante: CristianismoPresidente: Dilma Vana RousseffMinistro do Turismo: Gastão VieiraMoeda: Real (R$)

Informações gerais

Região Norte

Região Centro-oeste

Região Sul

Região Nordeste

Região Sudeste

Brasil em notas O setor turístico movimenta cerca de 3% do PIB

brasileiro e emprega cerca de 10 milhões de pessoas.

5,67 milhões de estrangeiros visitaram o país em 2012.

Em 2012, cada turista que viajou ao Brasil a lazer deixou US$ 73,77 por dia no país. Já o estrangeiro que veio ao país por motivos de negócio gastou mais: US$ 120,25.

A Argentina se mantém na primeira posição como emissor, com 29% dos turistas que visitam o Brasil (1,67 milhão), seguida pelos Estados Unidos (586 mil).A Alemanha, com 258 mil visitantes ultrapassou o Uruguai (253,8 mil) e conquistou a terceira colocação. Os maiores emissores de turistas residem naAmérica do Sul (50%), seguidos pelos europeus (29%) e norte-americanos (13%).

A maioria dos estrangeiros vem a lazer (46,8%), uma parcela menor, porém importante pela média de gastos no país, vêm a negócios (25,3%) e os demais chegam ao país para visitar parentes,destinos religiosos, fazer cursos e compras (27,9%).

Em comum, os turistas estrangeiros têm a satisfação com a experiência de viagemao Brasil. A maioria (84,5%) declarou que a viagem atendeu plenamente ousuperou suas expectativas, de modo que 95,7% afi rmou que pretende voltar ao país.

Índice4 Editorial

INFORMAÇÕES

6 Brasil

ENTREVISTAS

8 Festuris10 MTur12 Embratur14 Anseditur

HOTELARIA

16 Dados do Brasil

AVIAÇÃO

18 Ligações aéreas do país

GASTRONOMIA

19 Região Sul

ESPORTES

20 Mergulho22 Copa do Mundo 201424 Olimpíadas

REGIÃO NORTE

26 Pará28 Amazonas

REGIÃO CENTRO-OESTE

30 Distrito Federal34 Mato Grosso do Sul

REGIÃO SUL

36 Paraná38 Santa Catarina40 Rio Grande do Sul

REGIÃO SUDESTE

44 São Paulo46 Minas Gerais48 Espírito Santo50 Rio de Janeiro

REGIÃO NORDESTE

54 Alagoas58 Ceará62 Pernambuco66 Bahia70 Paraíba

SUPLEMENTO ESPECIAL

73 Santa Catarina

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4 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

Festuris, um bom exemplo a ser seguidoO Festival do Turismo de Gramado, evento que acabou colocando a região da Serra Gaúcha, especialmente Gramado, em evidência, reúne, nesta 25ª edição, perto de 70 países. Esta é uma comprovação da competência profi ssional de seus idealizadores, que souberam transformar, há mais de duas décadas, um evento regional, na segunda feira de turismo do país, só perdendo em termos de expressão para o Congresso da Abav. É uma comprovação de que eventos organizados com planejamento e foco nos negócios podem ter resultados expressivos.

O tema da Sustentabilidade também é oportuno, ainda mais se considerarmos que a questão tem sido objeto de debate e preocupação de vários setores, como é o caso da hotelaria. No momento em que o país ganha maior visibilidade, a oportunidade da realização de novos negócios e de estabelecer relacionamentos faz com que o Festuris ganhe ainda mais importância. Para os fornecedores e prestadores de serviço da Serra Gaúcha é também um espaço ideal para divulgar, promover e comercializar produtos e serviços.

Além disso, é mais uma chance para os profi ssionais de Turismo de todo o país de cultivar o “networking”, acompanhar as tendências e garantir capacitação. A internacionalização do evento também surge como oportunidade de divulgar os atrativos do Brasil e tentar captar mais visitantes estrangeiros não só para a região Sul do país, mas para o Brasil como um todo. Em 2012, aproximadamente 5,67 milhões de visitantes internacionais estiveram por aqui. E ainda há muito a conquistar.

A menos de dois meses para o fi m deste ano, as expectativas são grandes, principalmente, para 2014, ano da Copa do Mundo da Fifa. Em junho deste ano, o Brasil deu uma mostra de todo seu potencial ao sediar a Copa das Confederações. De acordo com uma pesquisa organizada pelo Ministério do Turismo brasileiro, 75,8% dos visitantes internacionais que estiveram no evento afi rmaram a intenção de voltar para a Copa do Mundo.

Outro bom exemplo vivido pelo Brasil em 2013 foi a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). A participação do Papa Francisco no encontro, em julho deste ano, fez com que os “olhos de todo o mundo” se voltassem para nós. E mais uma vez, não fi zemos feio. Contudo, e apesar dos esforços empreendidos, ainda há muito a avançar.

De olho no futuro, a forma como o Festuris vem sendo tratado e seu evidente crescimento, serve de inspiração e ótimo exemplo a ser seguido em diferentes esferas.

Boa feira e bons negócios!

Editorial

No sentido anti-horário: Ópera de Arame, em Curitiba (PR); Praia em Barra de Santo Antônio (AL); Catedral de Brasília (DF); Baiana na Igreja do Senhor do Bonfi m, em Salvador (BA); e Igreja de São Francisco de Assis, em Belo Horizonte (MG)

Luiz

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Rita

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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 5

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6 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

INFORMAÇÕES Brasil

Dados sobre a evolução mensal da receita e despesa cambial turística no Brasil, no período 2011 e 2012

Mês 2011 2012 Variação % Receita2011/2012

Variação % Despesa2011/2012Receita

(US$ milhões)Despesa (US$ milhões)

Receita(US$ milhões)

Despesa (US$ milhões)

Jan 582 1.775 666 2.001 14,45 12,72

Fev 557 1.331 624 1.753 12,11 31,67

Mar 609 1.645 630 1.627 3,36 -1,11

Abr 527 1.957 557 1.809 5,78 -7,57

Mai 527 1.667 532 1.829 0,97 9,71

Jun 471 1.866 462 1.683 -1,96 -9,78

Jul 476 2.235 546 2.010 14,74 -10,06

Ago 586 1.913 542 1.923 -7,49 0,51

Set 501 1.791 441 1.703 -11,89 -4,9

Out 514 1.730 550 2.087 7,01 20,62

Nov 570 1.578 532 1.819 -6,76 15,26

Dez 635 1776 562 1989 -11,41 12

Total 6555 21.264 6645 22.233 1,37 4,55

Internet é fonte para 1,87 milhão de turistas estrangeirosA internet foi a principal fonte de informações para 1,87 milhão de turistas estrangeiros que vieram ao Brasil em 2012. Parentes e amigos sempre foram a principal fonte de informação. Em 2010, no entanto, essa rea-lidade mudou: a rede tornou-se o principal meio para saber sobre turismo. Os dados constam no estudo da Demanda Turística Internacional 2012, realizado pelo Ministério do Turismo, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Na segunda posição, amigos e parentes aparecem com 1,45 milhão. Em terceiro lugar, com 903 mil estrangeiros, estão as informações que chegam por meio de via-gens a trabalho. A internet se diferencia dos guias de viagem e meios convencionais de promoção do turismo porque expõe a ava-liação dos próprios usuários que estiveram nos hotéis, pousadas e pontos turísticos.

O governo federal acompanhará, por meio de um comitê interministerial, os preços, tarifas e a qualidade dos serviços durante a realização da Copa do Mundo. Criada por determinação da presidenta de República, Dilma Rousseff, a instância é coordenada pela Casa Civil. “Não tabelamos, nem tabe-laremos preços, mas nós não permitiremos abusos”, afi rmou a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. “Vamos utilizar todos os instrumentos à disposição do Estado para garantir a defesa dos direitos do consumidor, seja ele brasileiro, ou estrangeiro”. A Embratur compõe o grupo, ao lado dos ministérios do Esporte, Justiça, Turismo e a Secretaria de Aviação Civil (SAC), além dos ministérios da Fazenda (Receita Federal e Secretaria de Acompanhamento Econômico) e da Saúde (Anvisa). “Essa medida da presidenta Dilma e da ministra Gleisi é essencial para garantir a boa imagem internacional do turismo bra-

sileiro”, afi rmou o presidente da Embratur, Flávio Dino. Ele disse que é errada a aposta de alguns setores do empresariado de que o governo não deve agir para não causar impacto negativo no turismo. “O monitoramento que fazemos da mídia internacional mostra que, ao contrário, não podemos é passar a imagem de que o governo do Brasil não atua diante de abusos”. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça irá manter contato com os Procons das 12 cidades-sede do mundial. O objetivo é fazer um diagnóstico detalhado dos preços e qualidades de serviços em hotéis, restaurantes, aeroportos e outros serviços turísticos dessas localidades. O Con-selho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também será acionado pelo ministro José Eduardo Cardozo, para fazer uma análise sobre os setores aéreo e hoteleiro no Brasil. A proposta é identifi car situações que possam levar à inibição da concorrência.

Comitê vai acompanhar tarifas da Copa 2014

6 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

Fonte: Banco Central do Brasil

Receita Cambial - Variação Mensal 2011/2012

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8 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

ENTREVISTAS Festuris – 25 anos

>> Depois de consolidar a internacionali-

zação do Festival do Turismo de Gramado,

Marta Rossi, juntamente com os diretores

Marcus Vinícius e Eduardo Zorzanello, co-

memoram nesta edição os 25 anos do evento,

num exemplo de empreendedorismo, com

reconhecimento nacional e internacional.

O sucesso alcançado, que teve a participação

fundamental da ex-sócia, Sílvia Zorzanello,

falecida em 2010, tem, na opinião da empresá-

ria Marta Rossi, uma receita simples, baseada

em ingredientes como o aproveitamento de

oportunidades, profi ssionalismo e criativida-

de: todos impulsionados pela paixão. A mesma

que já começa a dar resultados no Chocofest,

outro evento de sucesso da empresa Marta

& Sílvia. Nesta entrevista ao M&E, ela fala

sobre a expectativa em relação ao futuro do

Festuris, que foi importante para que a região

da Serra Gaúcha ganhasse uma divulgação e

uma exposição inimagináveis.

MERCADO & EVENTOS – No seu ponto de vista, quais as três principais conquistas alcançadas nesta trajetória ao longo de 25 anos?Marta Rossi – Se tivesse que destacar três

pontos no que diz respeito às conquistas

alcançadas, eu diria credibilidade do merca-

Trajetória de sucesso baseada no empreendedorismo

do, reconhecimento público e respeito pelo

trabalho que executamos. Com o Festival do

Turismo, abrimos espaço nos anos 80, para a

profi ssionalização da atividade turística em

nossa cidade, região e Estado. Se fi zermos uma

retrospectiva em Gramado veremos que há

25 anos o Natal Luz era um acontecimento

pequeno, que atendia a comunidade, os ve-

ranistas e os consumidores de nosso Estado.

Na verdade, com o Festuris, o turismo passou

a ser planejado, porque administradores e

empresários da época compreenderam quais

resultados o evento poderia trazer. Agora

podemos dizer, com toda segurança, que a

internacionalização de nosso Estado, tem no

nosso evento, sua grande ferramenta. Com o

Chocofest fazemos girar a roda da economia

gramadense, já que é um evento voltado para

o consumidor fi nal. O evento resolveu um

problema de sazonalidade, fortaleceu a ima-

gem do produto chocolate, estabelecendo um

link, como sendo o município um referencial

8 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

Eduardo Zorzanello, Marta Rossi e Marcus Vinícius

Na opinião dos empresários Marcus Vinicius e Eduardo Zorzanello, que juntamente com Marta Rossi são responsáveis pelo crescimento do Festu-ris, a comemoração dos 25 anos do evento traz consigo a certeza da consolidação. Para Eduardo, a entrada da empresa Marta & Sívila na OMT já expressa um reconhecimento do trabalho realizado. “Isso nos dá força, abre portas e novos caminhos no exterior. Agora, conseguimos chegar a novos destinos e trazê-los para o Festival do Turismo com mais facilidade”, ressalta ele. Lembra ainda que o evento tem atualmente uma outra dimensão. “O Festuris está hoje entre as maiores feiras de turismo da América Latina, com o reconhecimento do trade turístico nacional e internacional, como uma importante ferramenta na geração de negócios. Se o reconhecimento e o aplauso se mantêm por estes longos anos é porque há sobretudo satisfação fi nanceira por parte de quem partici-pa. Isto quer dizer que o Festuris decisivamente contribui para fazer girar a roda da economia”.Já Marcus Vinícius lembra que o objetivo do evento é priorizar a qualidade e maximizar o retorno aos

expositores. “Promovemos esse ano uma alteração de mobilidade interna. Com o aumento da feira e buscando descentralizar o fl uxo de profi ssio-nais e visitantes, criamos esta nova logística que proporcionará aos expositores, tanto do primeiro quanto do segundo pavilhão, um movimento intenso de profissionais de turismo”. Eduardo ressalta também a chegada de novos expositores “Não nos acomodamos, estamos sempre nos reinventando e, a cada ano, buscamos um novo mercado. Países que pareciam distantes para uma feira de turismo no sul do Brasil, a exemplo do Quênia, Indonésia e Tailândia, aqui estão. Esta determinação em empreender ganha credibilidade e, por sua vez, faz com que o evento cresça”.Mesmo com a consolidação, a ordem, segundo Marcus Vinícius, é renovar sempre o espírito de empreendedorismo.“Estamos sempre com novidades. Nesta edição traremos as salas de capacitação como um novo elemento para quem visita o evento, permitindo maior qualifi cação e conhecimento. Sem contar com temas da atualidade que são apresentados no congresso

e workshops”. Sobre a importância de divulgar Gramado juntamente com o evento, ele faz uma ressalva: “Quando apresentamos a região, suas belezas e sua cultura, as portas se abrem. Estudar as necessidades dos destinos também nos garantiu uma aproximação maior, e hoje são 65 países confi rmados nessa 25ª edição”. Ele completa: “Estamos sempre buscando ser a melhor platafor-ma de negócios para o setor. Por isso, investimos em alguns diferenciais, como a segmentação, que permite um trabalho direcionado e efi ciente aos profi ssionais que aqui se reúnem. Também estamos sempre visitando feiras pelo mundo todo, conhecendo novos expositores e parcerias para fortalecer, qualificar e inovar o evento”. Seu sócio, Eduardo, lembra sobre a importância do tema que nesta edição será: “O Turismo – a vanguar-da da economia sustentável”. “Ainda faremos uma rodada de negócios com a participação efetiva da imprensa – um formato inovador e muito interes-sante. Temos o salão Mice /Abeoc e o salão de sus-tentabilidade, a grande novidade do evento. O Festi-val do Turismo é um evento pensado o ano inteiro”.

Consolidação do Festuris é uma realidade

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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 9

ENTREVISTAS Festuris – 25 anos

no Brasil. Creio que o evento tem o reco-

nhecimento por profi ssionais do setor como

grande incentivador do desenvolvimento do

turismo, da geração de negócios, empregos e

renda, tanto para a região como para o país.

M&E – A que atribui a receita para alcan-çar esse sucesso e o reconhecimento do mercado que levou, inclusive, ao proces-so de internacionalização do Festuris?Marta Rossi - Eu diria que é uma receita

sem segredos, baseada nas oportunidades

de mercado, dedicação permanente, pesqui-

sa, criatividade e prazer na execução. Sem

sombra de dúvidas o sucesso do evento teve

como resultado muitos pontos positivos,

como os salões, que permitiram maior ex-

posição de questões como sustentabilidade e

acessibilidade, levando a indústria a apostar

neste nicho de mercado. Tudo isso foi obtido

com trabalho, determinação e, em especial,

seriedade, onde os investimentos tiveram

maior importância que o lucro. A coesão e

a dedicação da equipe - tanto permanente

quanto temporária – arrematam esta fór-

mula de sucesso. Quanto ao processo de

internacionalização, diria que é um fato

inevitável, porque além de o Rio Grande do

Sul passar a fazer parte do mapa geográfi co

das principais companhias aéreas interna-

cionais, temos uma história de trabalho de

mais de 15 anos junto a diferentes destinos

internacionais. Ganhamos credibilidade,

graças à seriedade do evento que produzi-

mos e, por sua vez, dos resultados que ele

gera. Agregado ao mencionado está o fato

do Brasil ser objeto de desejo de inúmeros

destinos que buscam esta grande demanda

de potenciais consumidores. Seguiremos

inovando sempre como fazemos há 25 anos.

Reinventamos-nos a cada edição.

M&E – O Festuris tem crescido a cada ano com novos participantes e abertura de novos salões explorando o poten-cial de nichos de mercado. Como vê as

tendências para as próximas edições?Marta Rossi – Creio que a nossa ideia é

sempre dar continuidade ao trabalho reali-

zado, priorizando sempre a qualidade e não

a quantidade. A vinda de novos participantes

é resultado deste processo e da fi losofi a do

evento, que tem seu foco nos negócios. Quan-

to aos salões, creio que temos espaço para

novos nichos, como é o caso do turismo de

luxo, um mercado em expansão permanente.

Há também a ideia de reestruturar o Salão do

Turismo Saúde, dando uma nova cara para

a edição em 2014. Quanto à nossa empresa

Marta & Sílvia, existem, de fato, planos de

expansão dentro da filosofia implantada

há três anos, de modo a investir no setor

de prestação de serviços para terceiros.

Temos crescido e conquistado clientes ano

a ano. Estamos também na fi nalização de

um novo projeto que será lançado até o

ano de 2015, mas ainda faltam algumas

negociações para divulgar o mesmo. Isso

ocorrerá oportunamente.

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10 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 201310 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

ENTREVISTAS MTur

>> As obras de infraestrutura estão entre

as prioridades do Ministério do Turismo.

O órgão custeia uma série de intervenções

pelo país que abrangem todos os estados

brasileiros. Entre projetos concluídos, em

andamento ou aptos a iniciar, o investimento

total soma aproximadamente R$ 620 mi-

lhões. “Obras de infraestrutura são um dos

pilares da política de desenvolvimento do

turismo no Brasil. Elas geram mais empre-

gos e ajudam a combater as desigualdades

regionais”, avaliou o ministro Gastão Vieira.

Para Vieira, é necessário avançar também

na qualificação profissional. Para isso, o

Ministério mantém o programa Pronatec

Copa, que deve formar 240 mil profi ssionais

até o ano que vem. Veja a entrevista:

MERCADO & EVENTOS - O país está rece-bendo uma série de obras de infraestrutu-ra que benefi ciarão o Turismo. Os turistas

Obras de infraestrutura são um dos pilares da política de desenvolvimento do Turismo

que virão ao Brasil para a Copa de 2014 podem esperar por um país renovado?Gastão Vieira - Seria exagero dizer que o

país estará renovado em 2014, mas ele es-

tará melhorado em vários aspectos básicos

e fundamentais. Essas melhorias são feitas

também para os próprios brasileiros, em

especial, os moradores das cidades-sede. Um

aspecto importante são os aeroportos. Há

20 aeroportos administrados pela Infraero

que estão em obras pelo PAC-2, 13 deles nas

cidades-sede da Copa. Até 2014, eles terão sua

capacidade ampliada em 40%. Também estão

sendo ampliados, e muito rapidamente, os

aeroportos concedidos de Brasília, Guarulhos

e Campinas, que devem estar todos prontos

até abril do ano que vem.

M&E – Mobilidade urbana e sinalização tu-rística também estão sendo contemplados?

Gastão Vieira - Há obras de mobilidade

urbana por todas as cidades-sede. A sina-

lização turística e a acessibilidade começam

a caminhar em cidades como São Paulo, nas

quais o Ministério do Turismo está bancando

a colocação das placas. Estradas também

estão sendo melhoradas no país inteiro e

várias serão concedidas à iniciativa privada

dentro do Programa de Investimentos em

Logística. O que a Copa fez foi catalisar e

acelerar a realização de infraestrutura que

havia muito precisava ser feita. De novo,

são obras para os moradores, não para os

estrangeiros. Mas cidades boas de morar são

também cidades boas de visitar.

M&E - Uma pesquisa da FIPE aponta que 70% dos estrangeiros que vieram para a Copa das Confederações voltariam para o mundial de 2014. Isso signifi ca que o país está no caminho certo na prepara-ção para o evento? Quais avanços ainda acontecerão até 2014?Gastão Vieira - Sem dúvida o país está no ca-

minho certo, embora ainda haja preocupações

pontuais com o ritmo das obras de sinalização

e acessibilidade, por exemplo; elas demoraram

muito para começar e os prefeitos precisam

correr com elas. O dinheiro está disponível

há mais de um ano. É preciso, ainda, avançar

na qualifi cação profi ssional. O Pronatec Copa

demorou a engatar um ritmo satisfatório,

esperamos ter 240 mil formados até o ano

que vem. Os hotéis vêm sendo feitos pela

iniciativa privada com o auxílio de linhas de

crédito federais, como o Procopa, do BNDES,

que foi duplicado. Temos confi ança de que

esse número de 70% será ampliado em muito.

Gastão Vieira

Consumidor terá atenção especial na CopaO Grupo Executivo da Copa do Mundo Fifa 2014 (Gecopa) deverá ganhar um comitê para tratar exclu-sivamente de questões relacionadas às relações de consumo durante o evento. “O turismo é prioridade na agenda de defesa do consumidor do governo. Estamos percorrendo as cidades-sede para propor a adoção de uma estratégia conjunta de atua-ção”, afi rmou a secretária Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, Juliana Pereira. Ela coorde-na, com o apoio do Ministério do Turismo e da Embratur, as reuniões do Comitê Técnico de Consumo e Turismo nas cidades-sede. O comitê do governo federal está levando às cidades-sede uma pauta com qua-tro pontos principais: a realização de um diagnóstico dos serviços prestados ao turista, a elaboração de um plano de contingenciamen-to para os fl uxos de atendimento ao consumidor, a realização de ações de formação e educação, além da criação de uma Câmara Técnica de Consumo e Turismo.

“Seria exagero dizer que o país estará renovado em 2014, mas ele estará melhorado em vários aspectos básicos e fundamentais. Essas melhorias são feitas também para os próprios brasileiros, em especial, os moradores das cidades-sede”

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ENTREVISTAS Embratur

>> A Copa do Mundo de Futebol e os Jogos

Olímpicos de 2016, a serem realizados no Bra-

sil, podem alavancar o turismo no país. Uma

pesquisa aponta que 70% dos estrangeiros que

foram aos jogos da Copa das Confederações

pretendem voltar para o Mundial. Para o

presidente Embratur, Flávio Dino, este índice

comprova que os megaeventos são uma aposta

correta na promoção internacional do destino.

“Dois em cada três turistas que vieram para

a Copa das Confederações nunca tinham

pisado no Brasil. E tivemos um alto índice de

intenção de retorno”, disse. “Isso mostra que os

megaeventos permitem fi delizar um novo pú-

blico, garantindo que o crescimento do nível

de entrada de turistas no Brasil tenha susten-

tabilidade durante as próximas décadas, que

considero o principal desafi o para todos que

trabalham com turismo”, complementou Dino.

No entanto, Dino reconhece que para garan-

tir que este fl uxo de visitantes seja contínuo,

é preciso fazer a lição de casa, especialmente

no que diz respeito à competitividade. “Para

ter sustentabilidade, precisamos oferecer bons

serviços a preços acessíveis”, defi niu. Dentro

Embratur garante que megaeventos são aposta correta

Flávio Dino Marco Lomanto

desta missão, a Embratur anunciou a reabertura

dos Escritórios Brasileiros de Turismo (EBTs).

“Os EBTs farão o ajuste da estratégia comer-

cial, fornecendo informações a operadoras,

objetivando ampliar e diversifi car a entrada

de divisas no Brasil via turismo”, explicou.

De acordo com o diretor de Produtos e

Destinos do órgão, Marco Lomanto, estão

previstos para o próximo ano um novo site,

aplicativo para smartphones e tablets, além

de promover as tradicionais festas do mês de

junho realizadas por todo o país. “Estes são

alguns dos destaques que constam na cesta de

produtos que a Embratur está desenvolvendo

para atrair cada vez mais turistas estrangeiros

ao Brasil”, contou Lomanto. “Vamos aproveitar

a janela da Copa do Mundo”, complementou.

Lomanto explicou que a Copa do Mundo vai

coincidir com a realização das festas juninas,

uma das maiores manifestações culturais do

país e que por este motivo o órgão vai promo-

ver os festejos e os destinos turísticos onde

eles acontecem. “A mega exposição do Brasil

no período do mundial será uma excelente

oportunidade para incentivar a movimentação

dos turistas entre um jogo e outro, além de

mostrar para os 20 mil jornalistas de todo o

mundo a nossa diversidade cultural”, comple-

tou. As cidades e os monumentos históricos

também estão no pacote que a Embratur

enfatizará durante as ações de promoção do

Brasil no exterior nos próximos 12 meses.

Na palma da mão

>> A Embratur está com um novo site de

promoção do país que auxiliará o turista a

preparar uma viagem ao Brasil. Além disso,

o viajante tem a possibilidade de conhecer

virtualmente todos os estados e destinos

turísticos brasileiros. “Além disso, já esta à

disposição dos turistas um aplicativo para

smartphones, o Brasil Mobile, que funciona

como um guia turístico. O aplicativo tem

informações sobre as cidades-sede da Copa

e permite ao turista estrangeiro aprender

algumas frases em português”, ressaltou.

Nova campanha

>> A nova campanha publicitária da Embratur

(Instituto Brasileiro de Turismo) estreia nesta

quarta-feira (23) em sete países. Voltada para

os turistas que desejam visitar o Brasil durante a

Copa 2014, o fi lme “Casa” faz uma analogia entre

a beleza das paisagens brasileiras com os cômo-

dos de uma casa. O fi lme convida o turista a vir ao

Brasil e sentir como se estivesse em sua própria

casa. O turista também é convidado a conhecer

a hospitalidade e a alegria do povo brasileiro.

Receita cambial do Turismo cresceu em setembroA receita cambial do turismo apre-sentou crescimento de 14,3% em setembro, depois de quatro meses consecutivos de resultados negati-vos no comparativo com o mesmo período do ano passado. Os turistas estrangeiros gastaram US$ 505 milhões nos destinos nacionais, frente aos US$ 441 milhões gastos em 2012. Desde maio, a receita turística vinha apresentando queda quando confrontada com os nú-meros do ano passado. A variação positiva de 14,3% em setembro é a maior do ano. O acumulado de janeiro a setembro é de US$ 5,041 bilhões, 0,81% maior em relação a 2012. O levantamento da receita cambial é feito pelo Banco Central e tem como base os gastos de es-trangeiros com cartão de crédito e trocas cambiais ofi ciais.

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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 13

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14 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 201314 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

ENTREVISTAS Anseditur

“A grande preocupação diz respeito aos preços

praticados no país. Cada reajuste de preço,

aquecido pela perspectiva dos megaeventos, torna

o nosso país cada vez menos competitivo no cenário internacional”

>> Apesar de ainda faltar pouco mais de seis

meses para a realização da Copa do Mundo

no Brasil, já se pode contabilizar inúmeros

benefícios para o país no que se refere aos

investimentos que vêm sendo realizados e a

própria projeção junto aos principais destinos

emissores. Essa é a opinião de Luiz Fernando

Moraes, vice-presidente da Anseditur, enti-

dade que vem implementando uma política

de fomento não apenas para as capitais, como

também para as cidades indutoras. O dirigen-

te faz um alerta sobre a escalada de preços

que pode tornar o país menos competitivo

no cenário internacional e também sobre a

necessidade de capacitação como forma de

melhorar a qualidade do turismo receptivo.

MERCADO & EVENTOS – Como avalia o impacto de um evento do porte de uma Copa do Mundo para o Brasil, em especial, para as cidades-sede?Luiz Fernando Moraes - Creio que os in-

vestimentos que vêm sendo realizados em

infraestrutura, e a própria projeção do Brasil

como sede, já representam por si só um avan-

ço. Isso benefi cia não apenas os habitantes,

mas também os turistas, que poderão contar

com cidades melhor estruturadas tanto no

que diz respeito à mobilidade urbana, como

também na melhoria do turismo receptivo.

É obvio que nem tudo estará resolvido, pois

não será num prazo de

dois anos que se poderá

reparar todos os atra-

sos e problemas de um

centro urbano. O pro-

cesso é lento e gradual,

e cada país tem suas

questões, como aconte-

ce em nosso país, onde

qualquer intervenção

tem que respeitar re-

gras de preservação

ambiental rígidas. Do

ponto de vista do tu-

rismo, o que se pode observar é que todos

esses megaeventos acabaram trazendo para

a sociedade e para os próprios governantes

a ideia da força dessa indústria, coisa jamais

imaginada. Em cidades como Porto Alegre,

Cidades já podem contabilizar ganhos com a realização da Copa do Mundo

o turismo era algo praticamente sem expres-

são no início da década passada. Hoje, esse

conceito mudou completamente e já se fala

na economia do turismo. São mudanças que

vieram para fi car.

M&E – De que modo o trabalho reali-zado pela Anseditur contribui para o fortalecimento das políticas de fomento nas capitais?Luiz Fernando Moraes – A Anseditur

acabou se transformando num porta-voz,

num canal de informações, divulgação e

articulação da parte

das capitais brasilei-

ras. Isso não acontecia

até então e o trabalho

era individualizado.

Com o surgimento

da nossa Associação,

esse quadro começou

a mudar e criamos um

espaço de articulação

para discutir com ou-

tras esferas governa-

mentais questões de

interesse das cidades.

A Anseditur ganhou, de fato, um papel

institucional e que vem sendo conduzi-

do, com muita competência, pela nossa

presidente Cláudia Pessoa nos debates e

discussões junto aos governos estaduais e

federal. Pode-se comprovar que atualmente

a Anseditur já conquistou seu espaço e

está presente seja no Conselho Nacional

de Turismo como em outras esferas, num

processo de governança que tem se desta-

cado por defender uma maior percepção

por parte das autoridades deste país sobre

a importância do turismo. Esse trabalho

que antes estava restrito às capitais, agora

começa a se expandir. Veja que atualmente já

trabalhamos também 25 destinos indutores,

ampliando a base de discussão.

M&E – Entre os entraves que impedem o desenvolvimento turístico, quais os gar-galos e desafi os ainda a serem superados?Luiz Fernando Moraes – Creio que atual-

mente a grande preocupação diz respeito aos

preços praticados no país pelos serviços e

fornecedores que trabalham direta ou indire-

tamente com o turismo. Companhias aéreas,

hotéis, restaurantes e outros prestadores de

serviço. Cada reajuste de preço, aquecido pela

perspectiva dos megaeventos, torna o nosso

país cada vez menos competitivo no cenário

internacional. Creio que é possível ganhar

dinheiro sem que haja necessidade de se que-

rer obter um lucro exorbitante em função do

aumento na demanda. Temos exemplos bem

sucedidos onde a iniciativa privada dá claras

demonstrações de competência. É o caso de

Gramado, uma referência nacional e inter-

nacional, na condição de destino turístico. É

preciso que possamos realizar um trabalho

envolvendo outros setores da economia com

o turismo. Infelizmente, ainda não existe essa

conscientização. Não há uma associação e,

para isso, é importante perceber o turismo

como uma importante atividade econômica

na sociedade. Outro desafi o diz respeito à

necessidade da melhoria na qualidade do

nosso turismo receptivo. Esse problema é

ainda mais grave em cidades como a própria

Porto Alegre, onde boa parte das agências

que atuam neste segmento têm uma atividade

restrita pela falta de investimentos. Há uma

necessidade do Governo, seja nas esferas

municipal, estadual ou federal, de se criar

programas de capacitação para formação

de mão de obra especializada.

Luiz Fernando Moraes

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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 15

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16 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

HOTELARIA Dados do Brasil

Hotelaria registra crescimento de 8% em 2013

Mercado de resorts está em ascensãoA taxa de ocupação dos resorts no Brasil tem mantido uma expansão constante nos últimos anos, embora o número de apartamentos permaneça pratica-mente o mesmo. As tarifas também permaneceram relativamente estáveis, acompanhando a inflação. Essas são algumas das principais conclusões da pesquisa Resorts no Brasil 2013, que a BSH International realizou com o apoio da Associação Brasileira de Resorts (Re-sorts Brasil). O levantamento procurou analisar o desempenho do mercado de resorts entre 2010 e 2012. O universo abrangido chegou a 26.820 unidades habitacionais. A pesquisa apontou para um acréscimo de 1.780 UHs até 2015. Entre 2011 e 2012, a ocupação cresceu 9,3%; no mesmo período, o valor da diá-ria subiu 7,5%, atingindo R$ 501,82. No geral, entre resorts de praia e de campo, o turista brasileiro responde hoje por 89% da ocupação. No que se refere aos canais de distribuição, a pesquisa revela que as operadoras ainda prevalecem como o principal segmento de vendas dos resorts, com 51,8% do total. Em seguida surgem as centrais de reserva (16,1%), equipe de vendas (13,9%), o site do hotel (6,7%), OTA´s (6%) e outros (5,6%). “Com a Copa do Mundo abre-se uma janela para atrair novamente o turista estrangeiro, que já foi responsável por 40% da ocupação dos resorts. Nós lutamos para que o turismo seja reconhe-cido como atividade exportadora e tenha o apoio necessário para trazer novas divisas para o país”, afi rma o presidente da Resorts Brasil, Dilson Jatahy Fonseca Jr.

Fonte: BSH International

>> Atualmente, o Brasil conta com 25 mil

unidades hoteleiras (hotéis, pousadas, resorts

e hostel), com cerca de 290 mil quartos apro-

ximadamente. É o que aponta o presidente

da Federação Brasileira de Hospedagem e

Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio.

Em entrevista exclusiva ao M&E, Sampaio

afi rma que a hotelaria no país tem crescido

vigorosamente devido ao aumento do turismo

de negócios, do número de turistas do interior

do país que passaram a viajar e do número de

turistas internacionais que o Brasil tem recebi-

do, que este ano vai atingir, pela primeira vez

na história do país, a marca de seis milhões.

De acordo com Sampaio, embora o setor

esteja em ascendência, alguns aspectos ainda

precisam de ajustes. “Temos muita oferta

de acomodações, mas certos lugares, como

Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Salvador

e a Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, por

exemplo, não oferecem muitas opções de

hotéis e acomodações de baixo custo. E este é

um setor que precisa de maior investimento”,

declara o presidente da FBHA. Alexandre

Sampaio também destaca a preocupação com

a sustentabilidade. “Para que os investidores

tenham rentabilidade sufi ciente é preciso

que haja um retorno e um incentivo maior

nesta área”, ressalta.

Para a Copa do Mundo e os Jogos Olím-

picos, que acontecem em 2014 e 2016, res-

pectivamente, o setor hoteleiro não será um

problema, já que contará com números de

quartos mais que suficiente. “Temos tido

uma política de incentivo para a expansão de

hotéis e apart-hotéis, focando os megaeventos.

Com a percepção do mercado, muitos estão

investindo no setor, a exemplo do BNDES, um

dos principais motivadores do crescimento da

Número de quartos por região

Crescimento de apartamentos nos resorts por região

UHs disponíveis

Page 17: Gramado 2013

Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 17

HOTELARIA Dados do Brasil

Aumenta procura por hospedagem alternativa no Brasil Os estrangeiros têm procurado cada vez mais meios alternativos de hospedagem no país. Albergues, campings e casas alugadas receberam 17% dos estrangei-ros que vieram ao país durante o ano passado. O número já passa a representar quase um quinto das hospedagens de estrangeiros no país, passando a ter uma parte signifi cativa do mercado. Os hotéis mantiveram o posto de principal meio de hospedagem para os turistas internacio-nais: 50,6%. “Os números mostram que o setor de hospedagem no Brasil tem uma diversidade de produtos capaz de agradar a todos os gostos”, avalia o presidente da Embratur, Flávio Dino. Os dados constam da pesquisa Demanda Turística Interna-cional, realizada pela FGV por encomen-da do Ministério do Turismo/Embratur.

área”, revela o presidente, que completa que a

melhoria da mobilidade e outros setores que são

indiretamente ligados ao Turismo também co-

laboram para o desenvolvimento da hotelaria.

Segundo Alexandre Sampaio, ainda este ano

o país deve receber cerca de 300 novos hotéis.

“Até o fi nal de 2013 a hotelaria vai experimen-

tar um crescimento de 7,5% a 8%”, acentua.

Sampaio salienta que, embora o Brasil não

esteja entre os 10 primeiros países em termos

de disponibilidade de quartos, certamente a

hotelaria brasileira está entre as 15 primeiras.

Entraves

>> Mesmo com o aumento do número de

quarto e acomodações e com as expectativas

positivas para o fi nal do ano, Alexandre Sam-

paio sublinha que a qualidade dos serviços

prestados, o aumento da mão de obra capa-

citada e especializada são graves problemas

que ainda precisam ser resolvidos. Porém, um

dos maiores entraves na hotelaria é o processo

tributário. “O setor tem muitos serviços que

são tributados pelo governo, como o serviço

de gorjetas, por exemplo, o que encarece e

difi culta a construção de novos hotéis, con-

tratação de mão de obra etc. Hoje em dia,

leva-se de 10 a 15 anos para reaver o capital

aplicado, causando um alto prejuízo ao inves-

tidor”, assinala Sampaio. O presidente explica

que por conta dessas altas taxas de tributação,

a FBHA – em parceira com a Associação

Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), o

Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil

(FOHB) e a Resorts Brasil -, criou o documento

“Demandas Econômicas, Ficais e Tributárias

do Setor Hoteleiro”, com o objetivo de incluir

a Hotelaria no Plano Brasil Maior, diminuir as

taxas cobradas e tornar o setor mais acessível.

Page 18: Gramado 2013

18 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

AVIAÇÃO Ligações aéreas do país

>> Desde o ano passado as companhias aéreas

começaram a fazer ajustes em suas malhas e

na oferta de voos e assentos. Em 2012, Gol e

Tam anunciaram o início do que chamaram de

adequação de oferta com o objetivo de diminuir

os sucessivos prejuízos e promover a volta da

lucratividade. As ações parecem ter dado re-

sultado, pois o balanço da Gol mostrou que de

janeiro a junho deste ano a receita por assento

ofertado – conhecida no mercado como Prask

– teve um crescimento acumulado de 11%. No

segundo trimestre a empresa teve prejuízo de

R$ 433 milhões, uma redução de 39,5% sobre

igual período do ano passado. Já o balanço

operacional da Latam – grupo ao qual a Tam

pertence - mostra que somente em junho a ca-

pacidade nos voos domésticos caiu 10,7%, o que

fez com que a ocupação média alcançasse 80,4%.

Em julho, o tráfego do mercado doméstico no

Brasil diminuiu 0,9%, enquanto a capacidade

recuou 4,5%. Como resultado, o load factor

cresceu 3,1 pontos percentuais, atingindo 84,5%.

Ao mesmo tempo, os dados referentes a

setembro do Índice de Preços ao Consumidor

Amplo (IPCA), que mede a infl ação mês a mês

apontaram que a infl ação acumulada nos últi-

mos 12 meses é de 5,85%, uma alta de 0,35%

em relação a agosto. Entre os preços que mais

subiram fi caram as passagens aéreas, com uma

alta de 16,9%. Para a Associação Brasileira

das Empresas Aéreas (Abear), a disparada do

dólar é o principal fator para este aumento.

A entidade lembrou que o preço das passagens

aéreas estava em um movimento de queda (em

agosto houve queda de 0,61%), mas este pro-

Conexão aérea do Brasil com exterior cresce 5%A ligação aérea do Brasil com o exterior cresceu 5,42% no mês de setembro, am-pliando as oportunidades de entrada de turistas estrangeiros em nosso país. O levantamento foi feito pela área técnica da Embratur (Instituto Brasileiro de Turis-mo). O número de voos para a América Latina subiu 6,1% - passando a contar com 609 frequências semanais. O destaque foi o Uruguai, com um aumento de 85,71% no número de voos, graças à criação de novas linhas de empresas brasileiras e da nova companhia uruguaia BuqueBus Air. Mas foi o continente asiático que se destacou com o maior incremento na malha aérea com nosso país: aumento de 40% nos

voos (passando de 25 para 35 frequencias semanais. Os números são resultado da entrada de novos voos dos Emirados Árabes e Turquia. A malha aérea com o continente africano segue em uma curva ascendente contínua. Em setembro, houve alta de 22,22% no número de voos, com destaque para a África do Sul e o início de um voo da Ethiopian Air ligando o Rio de Janeiro a Lomé, capital do Togo. Na Europa, o destaque positivo fi cou com a Holanda, que teve aumento de 20% em sua conectividade aérea com o Brasil, por meio das cidades de Rio de Janeiro e São Paulo. Inglaterra, que aumentou a malha aérea em 4,35% e dos Estados Unidos, que cresceu 10,43%.

No setor aéreo... oferta menor e preço maior

cesso foi interrompido pela alta do dólar, uma

vez que parte signifi cativa dos custos das em-

presas aéreas – cerca de 60% - são dolarizados.

“As empresas fi zeram a lição de casa para

lidar com os custos, por exemplo, trocando

aeronaves por outras mais modernas que

consomem menos combustível, aprimorando

procedimentos e melhorando a gestão. Mas

essas medidas chegaram ao limite”, explicou

o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.

Ele lembrou ainda que entre 2002 e 2012

as passagens aéreas tiveram queda de 43%.

A entidade acredita que este será um ano de

crescimento menor no setor. Além da economia,

Sanovicz vê outros vilões, como os impostos, ta-

xas e o próprio combustível. Ele também credita

os prejuízos recentes ao esforço das empresas

para manter os seus clientes. “A questão dos altos

custos relativos esteve presente e as empresas

fi zeram todo o possível para impedir que afetasse

o atendimento à demanda crescente. E, com isso,

efetivamente, conquistaram um inestimável

patrimônio que foi essa expansão do mercado

consumidor. Então foi natural que algumas em-

presas aceitassem ter resultados negativos para

reunir e preservar esse patrimônio”, afi rmou.

Para ele, a tendência de crescimento da

demanda permanece, mas com a redução

do ritmo da economia e com os esforços das

aéreas para atender bem este novo mercado

consumidor sem repassar custos, as margens

internas acabaram diminuindo. “Esse quadro

só reforça a importância de uma maior integra-

ção entre o setor público e privado”, ponderou.

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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 19

GASTRONOMIA Região Sul

>> Um país de dimensões continentais como

o Brasil tem também uma grande variedade

de sabores em suas diversas regiões. Assim

como o povo, a culinária é resultado de

uma grande miscigenação, com elementos

e infl uências de diversas partes do mundo.

No caso da região Sul – que agrega os esta-

dos de Rio Grande do Sul, Santa Catarina

e Paraná – imigrantes portugueses, ale-

mães e italianos, além costumes indígenas

e africanos, dão o tom aos sabores locais.

No caso do Rio Grande do Sul o principal

prato é o churrasco. Entre os nativos, ele está

presente nos fi nais de semana e dias festivos.

O jeito gaúcho de preparar uma boa carne

é apreciado e copiado em todo o Brasil. O

arroz carreteiro, o feijão mexido com farinha

de mandioca e o quibebe, feito com purê de

moranga, também englobam a vasta gastro-

nomia do estado. Paçoca de pinhão, arroz

com galinha, além do famoso chimarrão

também fazem parte da cozinha deste estado.

Dentro do Rio Grande, a gastronomia de

Gramado se destaca como uma das melho-

res do país. O destino, aliás, tem a própria

culinária como um dos seus principais

atrativos. Muitos dos turistas que visitam

a cidade são atraídos pelos inúmeros res-

taurantes, cantinas e cafés. Há também

uma grande variedade, desde cantinas

especializada em cozinha italiana, passan-

do pela gastronomia contemporânea, até

especializados em cozinha asiática. Um

dos destaques é o café colonial, que pode

ser encontrado em praticamente todos

os hotéis e em diversos estabelecimentos.

Outro estado da região sul, Santa Cata-

rina, tem diversas infl uências, com uma

interessante mistura de estilo e sabores

da Alemanha, Itália e Portugal. No litoral,

os frutos do mar consistem nos principais

ingredientes, com destaque para as ostras.

Na região do Estado com forte colonização

alemã, os pratos são feitos a de carne suína,

temperos picantes e regados à cerveja. Na

área que abriga a maioria dos descendentes

de italianos, a massa é o prato principal.

Lasanha, polenta, pão caseiro, sopa de

agnolini, acompanhados com um bom

frango à passarinho ou galinha caipira.

No Paraná há forte infl uência indígena e

portuguesa, com ingredientes como carne

suína, bovina, milho e carne de carneiro. Um

dos símbolos da gastronomia do estado é o

Barreado, originário dos sítios dos pescadores

feito de pirão de cinza e farinha de mandioca,

carne, toucinho e temperos variados. Na região

oeste, o porco no rolete é a principal culinária.

Ele é assado e gira no rolete temperado com

noz-moscada, alecrim e vinho branco seco.

Uma viagem pelos sabores do Sul

Roberta Diedrich Madke

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20 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

ESPORTES Mergulho

>> O mergulho é uma das atividades mais

procuradas por turistas que viajam pelo

Brasil em busca de aventura. Os destinos

mais procurados são Fernando de Noronha

(PE), Paraty (RJ), Ilhabela (RJ), Bombinhas

(SC) e Recife (PE). Segundo o Ministério

do Turismo (MTur), a aventura é o segundo

principal motivo de viagens feitas a lazer por

estrangeiros no país (21,3% da preferência dos

visitantes). Em primeiro lugar está a procura

por sol e praia (64,2%).

“O turismo de mergulho é uma atividade em

consolidação, mas com potencial para se tornar

uma das principais referências do turismo

ligado à natureza”, disse o secretário nacional

de Políticas de Turismo, Vinicius Lummertz.

A idade média do viajante aventureiro é de 34

anos e o tempo médio de viagem de aventura é de 7,5

dias, de acordo com dados da Adventure Roundup

Research / Adventure Travel Trade Association.

O atributo natureza vem ganhado im-

portância não só no Brasil, mas também

Mergulho atrai turistas estrangeiros para o Brasil

em outros países. De acordo com o rela-

tório de Competitividade do Fórum Eco-

nômico Mundial, o Brasil ocupa o primei-

ro lugar no mundo em recursos naturais.

Além do mergulho em águas marinhas, o

esporte também pode ser praticado em lagoas,

como as de Abismo Anhumas e Rio Formoso,

em Mato Grosso do Sul. Para todos os casos, no

entanto, é necessário fazer um curso e um mer-

gulho experimental acompanhado por profi ssio-

nal da área. Mas se a ideia é praticar o mergulho

sozinho, é preciso dedicar-se a aulas teóricas e

exercícios práticos em piscinas ou águas abertas.

Há escolas de mergulho em todo o país. O

ideal é procurar as que oferecem certifi cação

de entidades reconhecidas internacionalmente,

como o Padi (Professional Association of Diving

Instructors ou Associação Profi ssional dos Ins-

trutores de Mergulho, a maior certifi cadora de

mergulho do mundo) ou o PDIC (Professional

Diving Instructors Corporation ou Corporação

dos Instrutores Profi ssionais de Mergulho).

Em Bonito, turistas podem optar pela fl utuação. Quem tiver mais experiência pode mergulhar com cilindro no Abismo Anhumas

Rico

Banhistas nas águas transparentes de Fernando de Noronha. Na Praia do Atalaia, também em Noronha, é

possível visualizar peixinhos coloridos com snorkel

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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 21

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22 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

ESPORTES Copa do Mundo

Começou a contagem regressiva para 2014>> A “Taça do Mundo” vai ser disputada no

Brasil, uma grande responsabilidade para o país

e Governo Federal. São estimados 73 milhões

de desembarques domésticos somente em

2014. Pelo lado internacional, os gastos dos

viajantes devem alcançar os R$ 8,9 milhões.

Antes disso tudo poder acontecer e faltando

menos de um ano para o apito inicial, marcado

para o dia 12 de junho de 2014, o Brasil ainda

Confi ra o ranking das obras dos estádios*1º Arena das Dunas - Natal (90%)A Arena das Dunas atingiu a marca de 90% no começo de outubro. O ritmo de trabalho no estádio potiguar é o mais intenso entre todos. Até agora, seis peças da cobertura, de um total de 20, foram montadas. Plantado há mais de 30 dias, o plantio do gramado também está avançado. Os trabalhos de aca-bamento se concentram nas áreas internas.

2º Arena Corinthians - São Paulo (89%) A Arena Corinthians, com 89% de conclusão, acabou ultrapassada pela Arena das Dunas. A maior frente de trabalho está ligada à montagem da cobertura. Nesta semana, foi fi nalizado o içamento do sexto módulo da cobertura sul. O setor terá sete estruturas. A última peça será instalada após a montagem dos módulos da cobertura norte. O prédio leste do estádio deve ser entregue a qualquer momento. No oeste, estão em andamento os serviços de acabamento. O gramado do estádio de abertura está praticamente pronto.

3º Arena da Amazônia - Manaus (83%)Na Arena da Amazônia, ocorre a instalação dos assentos, a montagem da cobertura e o plantio do gramado. Os 72 módulos, antes de serem içados, são montados no solo. Depois, as peças são fi xadas nas bases de concreto, formando a fachada e o chapéu. Quase metade da estruturas foi instalada. A conclusão deve ocorrer em dezembro. A colocação das cadeiras, por sua vez, foi marcada para outubro.

4º Beira-Rio - Porto Alegre (82%) O Beira-Rio apresentou em outubro o maior avanço do ano. Foram seis pontos percen-tuais, de 76% para 82%. A construção da

nova cobertura está em andamento desde abril. Até agora, 15 folhas da estrutura me-tálica, de um total de 65, já estão completas. No total, 57 peças P1 e P2, as maiores, foram montadas. Além disso, 29 P3 e 15 P4 foram içadas. A Andrade Gutierrez, construtora responsável pela obra, também dá prossegui-mento aos trabalhos internos e às etapas do acabamento. Já o edifício-garagem é erguido no terreno localizado ao lado do estádio.

5º Arena Pantanal - Cuiabá (80%)A Arena Pantanal está 80% concluída e já conta com seis estruturas metálicas. São três no sul e três no norte. No total, cada setor contará com três estruturas metálicas principais e dois chapéus. Os módulos dos setores leste e oeste também serão içados. A etapa deve ser iniciada nas próximas semanas. No total, cada lado terá sete peças. O plantio do gramado também está em andamento. A frente de trabalho tem seis fases. A drenagem, que correspon-de à segunda etapa, está 70% executada.

6º Arena da Baixada - Curitiba (79%)A maior frente de trabalho na Arena da Bai-xada é a construção da cobertura. A primeira viga principal já está montada. A segunda está na fase final de instalação. As vigas secundárias estão 30% prontas --12 das 42 peças foram colocadas. Após a construção da estrutura, serão iniciados os trabalhos no futuro gramado. Hoje, quatro gruas ocupam parte da área do campo. A primeira etapa estará ligada à instalação do sistema de drenagem e irrigação. O gramado já foi plantado e chegará a Curitiba em dezembro.

*Andamento até o fechamento desta edição, em outubro de 2013.

ramifi ca suas veias de investimentos nas cida-

des-sede que mais necessitam e apresentam

obras preocupantemente atrasadas. E pra toda

essa transação e movimentação infraestrutu-

ral ser bem sucedida, sem o puxão de orelha

aplicado pela Fifa, os órgãos trabalham dentro

de um conjunto acelerado de partículas que

são compostas por capacitação, mobilidade

urbana, sistema aeroviário, sinalização turística,

estádios, segurança e hospedagem.

Das 12 cidades-sede, seis correm contra o

tempo na conclusão das obras dos estádios

(Arena da Baixada, Arena Pantanal, Arena

da Amazônia, Beira-Rio, Arena Corinthians

e Arena das Dunas) que devem ser concluí-

MTur afi rma que 75% dos estrangeiros tendem a voltar ao Brasil para a CopaO resultado de uma pesquisa produzida pelo Ministério do Turismo traçou o perfi l dos turistas da Copa das Confederações. O estudo coloca em evidência o visitante estrangeiro e revela um alto índice de in-tenção de retorno ao país. De acordo com a pesquisa, 75,8% afi rma que pretende voltar para a Copa do Mundo. Ao todo, os visitantes estrangeiros transitaram por 132 cidades brasileiras. Na opinião do público entrevistado, os melhores serviços de infraestrutura turística foram os restau-rantes (93,6%) e os meios de hospedagem (87,2%). Houve boa avaliação também dos serviços de táxi (88,3%), da segurança pública (78,3%) e do transporte público (72,8%). “A Copa será um momento es-pecial para apresentar o potencial turístico do país aos estrangeiros. Trabalhamos para ampliar o legado com os grandes eventos e permitir que o ganho do país após o fi m do último jogo seja o maior possível”, disse o ministro do Turismo Gastão Vieira. As cidades mais visitadas por eles foram Rio de Janeiro (67,5%), For-taleza (25,8%) e Belo Horizonte (23,3%).

Seleções que já carimbaram o passaporteAté o fechamento desta edição, veja quais seleções garantiram presença no Brasil em 2014: Brasil, Argentina, Colômbia, Estados Unidos, Costa Rica, Japão, Irã, Coreia do Sul, Austrália, Rússia, Bélgica, Inglaterra, Espanha, Itália, Suíça, Bósnia, Alemanha, Ho-landa, Honduras, Chile e Equador.

dos em cerca

de 90 dias e

entregues à Fifa.

A maior frente de

trabalho em execução

nesses estádios é a mon-

tagem da cobertura,

sinal de que últimos

ajustes estão sendo

feitos para chegar a totalidade da estrutura.

Enquanto o sistema hoteleiro nacional se diz

100% preparado para a demanda da Copa,

o sinal amarelo pisca para alguns pilares,

como a mobilidade urbana e aeroviária, que

em algumas capitais ainda deixam a desejar.

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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 23

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24 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

ESPORTES Olimpíadas 2016

>> As Olimpíadas de 2016, que terão início

em 5 de agosto no Rio de Janeiro, demandam

grande empenho e esforço da Cidade Mara-

vilhosa. A expectativa é que o destino receba

mais de três milhões de pessoas no período

da competição esportiva. Seguindo o padrão

escolhido por outros países nas Olimpíadas

anteriores, como em Londres, em 2012, o

Brasil prepara a sua cidade-sede para ofe-

recer o maior conforto possível ao turista.

Visto como um canteiro de obras desde o

anúncio, quando conseguimos deixar de

lado as cidades de Chicago, Tóquio e Madri,

o Rio tenta “arrumar a casa”, transformando

suas regiões privilegiadas em parques ho-

teleiros consistentes, aliados a investimen-

tos remodeladores na mobilidade urbana.

Os caminhos que te levam e trazem

do Aeroporto Internacional Tom Jobim

cruzam as regiões Oeste, Norte e Sul do

município, prometendo agilidade nos aces-

sos às arenas e estádios. Seguindo o lema

“missão dada é missão cumprida”, governos

municipal, estadual e federal se desdo-

bram para encontrar medidas adequadas.

Um estudo feito pela Fundação Instituto

de Administração apontou US$ 14,4 bilhões

em investimentos no dossiê de necessidades

do Rio. Neste mesmo estudo, puderam ser

identifi cados 55 setores da economia que

mais poderão se benefi ciar com a realização

do megaevento. Entre eles, os setores com

maior movimentação em virtude dos Jogos

seriam: construção civil (10,5%), servi-

ços imobiliários e aluguel (6,3%), serviços

prestados a empresas (5,7%), petróleo e

gás (5,1%), serviços de informação (5%) e

transporte, armazenagem e correio (4,8%). A

estimativa de impacto no PIB do Brasil é de

US$ 11 bilhões no período de 2009 a 2016,

enquanto que no período de 2017 a 2027

será de US$ 13,5 bilhões (R$ 27 bilhões).

Dentre as principais mudanças no dia a

dia do carioca, está o projeto “Porto Mara-

vilha”, que inclui a reurbanização da Praça

Mauá e das principais ruas do entorno, a

construção de uma garagem subterrânea

para 1.000 veículos, a criação de 499 novas

residências, com a recuperação de imóveis

antigos, a implantação da Pinacoteca do Rio,

para exposições de arte, além da construção

do Museu do Amanhã, para exposições

interativas e projeções científi cas. As obras

transformarão o local num complexo de

lazer, entretenimento e serviços que con-

tará com o AquaRio. O custo do aquário

está estimado em R$ 110 milhões. Patro-

cinado pela Coca-Cola, tem inauguração

prevista para julho de 2014 e ocupará uma

área de 127 mil metros quadrados, com

12 mil animais de 400 espécies diferentes.

Em relação aos locais de competição, a

ideia é aproveitar projetos de infraestrutura

do Pan Americano e da Copa do Mundo

em 2014, além dos Jogos Militares em 2011.

Apenas 26% das instalações olímpicas terão

que ser construídas. Todos os esportes

serão disputados dentro dos limites da

cidade, constituído por quatro Zonas que

irão promover sustentabilidade econômica,

ambiental e social: Barra, Copacabana,

Deodoro e Maracanã. Neste caso, a Barra

da Tijuca, localizada na Zona Oeste do

Rio, transforma-se em canteiro de obras

na responsabilidade de demolir o antigo

autódromo da cidade, que já foi responsável

por receber GPs de Fórmula1, e preparar

o terreno para receber uma gama de are-

nas e aparatos esportivos tecnicamente

estruturados de acordo com os padrões

impostos pela organização.

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ulga

ção

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ivulgação do COB

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Olimpíadas 2016 devem atrair três milhões de turistas ao Rio

Page 25: Gramado 2013

Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 25

Page 26: Gramado 2013

26 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

>> Os turistas que visitam a Região Amazônica

têm dentro do roteiro de atrativos uma parada

obrigatória no Pará. A começar por Belém, a

capital que chama a atenção pelas ruas arbo-

rizadas, enfeitadas por mangueiras, casario

centenário e espaços culturais como o Teatro

da Paz. Um itinerário que leva a conhecer um

pouco mais de perto esta cidade, que no tempo

do ciclo da borracha viveu seu período áureo.

Parte da história ainda está preservada em seus

monumentos. É o caso do Forte do Presépio ou

Fortaleza Feliz Lusitânia, erguido em 1616 às

margens do rio que corta Belém e construído

para proteger a cidade de invasões holandesas.

De lá, siga para o Espaço Cultural Casa das

Onze Janelas, obra do século 18, aberta com

mostras e exposições permanentes.

A influência indígena está presente. Para

conhecer um pouco mais dos produtos da terra

nada melhor do que um tour pelas barraqui-

nhas do mercado Ver o Peso, no cais do porto.

Ali, se encontram os mais variados produtos

regionais, entre raízes medicinais, frutas, pei-

xes e o tradicional açaí. Os espaços verdes da

capital podem incluir um passeio pelo Bosque

Municipal Rodrigues Alves, com lago, aquário,

orquidário e aves da região. De lá, siga até a

Cidade Velha, cujos solares têm fachadas de azu-

lejos portugueses. Inclua no seu tour a Catedral

Companhia Paraense de Turismo(55-91) 3212-0575www.paratur.pa.gov.br

Coordenação Municipal do Turismo de Belém(55-91) 3283-4850www.belem.pa.gov.br

SERVIÇO

REGIÃO NORTE

Além da capitalPASSEIOS FLUVIAISNo polo Tapajós, o Pará revela o que tem de mais atraente na Amazônia: a fl ora, a fauna e a história. Em Santarém, mu-nicípio sede do polo, o turista se depara com uma cidade portuária onde pode conhecer o artesanato e realizar passeios fl uviais, sendo o mais conhecido deles o programa Encontro das Águas, onde o Rio Negro e o Tapajós se encontram, mas não se misturam. Por quilômetros, as águas dos dois rios correm lado a lado. De barco ou por rodovia, se chega a Alter do Chão, cujas praias de areia branca banhadas pelas águas de rio levaram-na a ser conhecida como Caribe Amazônico. Este fenômeno acontece apenas nos períodos da vazante do rio.

MARAJÓDividida em 12 municípios pontilhados por matas, rios, campos, mangues e igarapés, o arquipélago forma um cenário perfeito para quem pretende desvendar um peda-ço quase intacto da selva amazônica. O ponto de partida da viagem é Belém, de onde saem barcos e balsas rumo à Soure, a “capital” da ilha, alcançada depois de cerca de três horas de navegação. É nesta área que estão as melhores praias - do Pesqueiro, Barra Velha e Joanes. Com tanta diversidade, Marajó promove ex-periências únicas. As mais interessantes delas são os passeios de búfalo organi-zados nas fazendas locais. Símbolos da ilha, os animais são vistos em toda parte da ilha. Há mais búfalos que moradores.

ParáParáEcoturismo, arte, cultura e religiosidade num único destino

Metropolitana de Belém, conhecida como Ca-

tedral da Sé. Essa igreja ganha mais importância

ainda em outubro, quando acontece o Círio de

Nazaré, evento de fé e religiosidade que reúne

no mês de outubro mais de dois milhões de fi éis

Outro ponto imperdível é o Mangal das

Garças. Localizado às margens do rio Guamá,

no entorno do centro histórico, ele ocupa uma

área de cerca de 34,7 mil metros quadrados que

foi revitalizada e representa uma síntese do am-

biente amazônico no coração da capital paraen-

se. No parque naturalístico, o visitante conhece

as matas de terra fi rme, várzea e campos. O

Magal possui um pórtico, restaurante, viveiro

de borboletas e beija-fl ores, além de outras aves.

Já a Estação das Docas é um dos espaços

que mais refl etem a região amazônica. Re-

ferência nacional, o complexo turístico e

cultural congrega gastronomia, cultura, moda

e eventos nos 500 metros de orla fl uvial do

antigo porto de Belém. São 32 mil metros

quadrados divididos em três armazéns e um

terminal de passageiros. O Armazém 1 foi

batizado de Boulevard das Artes. O Armazém

2 passou a ser o Boulevard da Gastronomia.

E o Armazém 3 é conhecido como Boule-

vard das Feiras e Exposições. O complexo

possui ainda o Teatro Maria Silvia Nunes e

o anfi teatro do Forte de São Pedro Nolasco.

Praia de Alter do Chão, em Santarém e, ao lado, o Mercado do Ver o Peso, na capital Belém

Serge Guiraud

Jean

Bar

bosa

Page 27: Gramado 2013

Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 27

>> Com um inegável potencial turístico e

uma rica diversidade cultural e ecológica,

o Estado do Pará vem implementando um

ambicioso Plano Diretor de Turismo com

o objetivo de se consolidar como verda-

deira obra-prima da Região Amazônica.

Neste contexto, o secretário de Turismo,

Adenauer Góes, vê com preocupação

o legado da Copa ao observar que os

investimentos têm se concentrado nas

12 cidades-sede do evento. O dirigente

também defende a aviação regional como

alternativa para ampliação da malha aérea

e os investimentos na capacitação da mão

de obra com o objetivo de melhorar o

padrão de qualidade do turismo receptivo.

MERCADO & EVENTOS – Quais os investimentos que têm sido real-izados no Turismo do Pará?Adenauer Góes - O Governo do Estado

compreende que o

turismo é uma das

prioridades com um

programa de inves-

timentos visando o

fortalecimento da

economia, a partir

da geração de em-

prego, renda e quali-

dade de vida. Recen-

temente, anuncia-

mos investimentos

para o Terminal

Hidroviário de Be-

lém, que funcionará

no Armazém 9 da

Companhia Docas do Pará (CDP). O

investimento é de aproximadamente R$

15 milhões e vai benefi ciar cerca de 70

mil passageiros por mês, principalmente,

moradores das ilhas ao redor da capital

paraense, principais usuários do trans-

porte hidroviário, além de fortalecer

o turismo para o Marajó. É desejo do

governador Simão Jatene, que este seja

Desafi o é consolidar a imagem como obra-prima da Amazônia

ENTREVISTA

um espaço no mesmo padrão do modal

aéreo, digno, refrigerado, com poltronas

confortáveis, lanchonetes, farmácias e

restaurantes, entre outros serviços.

M&E – Como a Copa de 2014 vai benefi ciar o Turismo do seu Estado?Adenauer Góes - Eu vejo com preocu-

pação o legado que a Copa possa deixar

para Estados como o nosso, que não estão

incluídos na relação das cidades-sede. A

minha preocupação é baseada em dois

aspectos. O primeiro deles diz respeito aos

investimentos em infraestrutura. Lembro

que as cidades-sede têm sido aquinhoadas

com projetos e recursos, o que não tem

acontecido com outras capitais que não

estão incluídas. Isso é preocupante porque

se pode criar na realidade dois “países”.

Isso diz respeito também a questões

como segurança e capacitação de mão

de obra. Do ponto

de vista de marke-

ting, o legado posi-

tivo não é garantido.

Basta observar o que

ocorreu durante a

Copa das Confede-

rações, quando se

mostrou um Brasil

com problemas em

função das mani-

festações. Com isso,

ficaram dúvidas se

de fato poderemos

ter um retorno.

M&E – Quais os entraves e desafi os a serem superados? As ligações aéreas são um problema? Adenauer Góes - Eu diria que temos

ainda que avançar em algumas questões,

como a da melhor acessibilidade. A ques-

tão da concentração da malha aérea não

é nova e traz enormes prejuízos para a

economia e o turismo das regiões mais

distantes como os Estados do Norte,

incluindo o Pará. Tenho consciência de

que o mercado precisa de um amadure-

cimento maior. Lembro que não adianta

as empresas aéreas aumentarem os preços

durante a Copa aproveitando o momen-

to. O importante é o fortalecimento do

mercado. Creio que regiões amazônicas

podem ser bastante favorecidas por meio

da aviação regional, facilitando assim a

questão da acessibilidade e da mobilidade

para os habitantes destas regiões.

M&E – Como tem sido trabalhada a questão da qualifi cação dos profi s-sionais de Turismo do seu Estado?Adenauer Góes – A questão da qualifi ca-

ção tem sido uma preocupação constante.

O Programa Estadual de Qualifi cação do

Turismo (PEQTur), desenvolvido pela Se-

cretaria de Estado de Turismo (Setur), deve

capacitar e certifi car aproximadamente

150 gestores e servidores municipais de

turismo. Até dezembro, 15 municípios

paraenses receberão treinamentos. A ex-

celência na gestão pública passa, de forma

efetiva e concreta, pelo investimento em

tempo e dedicação na motivação e capa-

citação de equipes técnicas, na articulação

de parcerias estratégicas e, principalmente,

na defi nição de metas e planos de ação.

Adenauer Góes, secretário de Turismo do Pará

“A questão da concentração da

malha aérea não é nova e traz enormes

prejuízos para a economia e o turismo

das regiões mais distantes, como os Estados do Norte, incluindo o Pará”

Page 28: Gramado 2013

28 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

>> Uma experiência única e incrível. É como os turistas

que já visitaram Manaus defi nem a capital do Amazo-

nas. Além de encantar com sua beleza natural, a capital

oferece diversas atividades para quem quer se aventurar

dentro da fl oresta amazônica. Jacarés, botos cor-de-ro-

sa, macacos e aves exóticas são alguns dos principais

animais que podem ser contemplados, ou, para os

mais corajosos, tocados (os mais inofensivos, claro).

Muitos guias oferecem passeios noturnos de barco

pelo Rio Amazonas, onde é possível ver os jacarés em

seu habitat e pegar fi lhotes para ‘acariciar’. Para quem

não gosta de ser arriscar, existe a opção do Rio Negro,

onde os visitantes podem nadar junto aos botos.

Outro passeio que não pode fi car de fora é o tour de

barco até o encontro dos Rios Negro e Solimões, que

correm lado a lado por seis quilômetros sem que as

águas – uma barrenta e outra escura – se misturem.

Não só de mata é feito o turismo em Manaus. A

capital conta com diversas as atrações históricas, que

fi cam a cargo de suntuosas construções do fi nal do

século 19, época em que a capital prosperou graças

ao Ciclo da Borracha. Palácios em estilo art nouveau

espalham-se pelo centro abrigando espaços culturais.

Além da capitalPARINTINS Primitivamente habitado por indígenas, sua descoberta ocorreu em 1749. A ilha foi batizada de Tupinambarana e era habitada pelos índios Parintintim. É lá que acontece o Festival dos Bumbás Caprichoso e Garantido, considerado a maior ópera a céu aberto do mundo.

PRESIDENTE FIGUEIREDO O município é uma das principais referên-cias do turismo de aventura no Estado por possuir mais de 90 cachoeiras, dezenas de cavernas e inúmeras corredeiras. A cidade também é habitat natural do galo-da-serra, um dos pássaros mais espetaculares do mundo.

BARCELOS O município possui o maior arquipélago do mundo, chamado Mariuá, com cerca de 700 ilhas, e se tornou conhecido interna-cionalmente pelo comércio de peixes orna-mentais e pela pesca esportiva do tucunaré.

Governo do Estado do Amazonas(55-92) 3236-3290 www.amazonas.am.gov.br

Empresa Estadual de Turismo do Estado do Amazonas (Amazonastur)(55-92) 2123-3818 www.visitamazonas.com

Fundação Municipal de Turismo - Manaustur(55-92) 3215-3474 www.manaus.am.gov.br

SERVIÇO

REGIÃO NORTE

AmazonasAmazonas

Uma aventura pelas belezas do BrasilEntre eles está o cartão-postal de Manaus, o Teatro

Amazonas. Inaugurado em 1896, era frequentado

pelos barões que assistiam a concorridos espetáculos

de companhias europeias. Luxo e riqueza se fazem

presentes ainda através da decoração, onde lustres

e máscaras venezianas estão por toda a parte.

Música regional, artes plásticas, artesanato e mani-

festações folclóricas marcam uma cultura de forte in-

fl uência indígena. A gastronomia do local também não

deixa a desejar. Tendo o peixe como iguaria principal,

o segredo fi ca por conta de ingredientes e temperos,

como tucupi, gengibre e açaí. Para fi nalizar, um passeio

pelo bairro de Ponta Negra é a dica para fazer a diges-

tão. Cercado de prédios, calçadão, praças de esportes,

bares animados, o local fi ca lotado entre os meses de

agosto e janeiro, movimentado pela alta temporada.

Reserva de Mamiruá, Teatro Amazonas e encontro das águas dos rios Solimões e Negro

Am

azon

astu

r

Keynes Breves / Am

azonastur

JP Pedro Borges

Page 29: Gramado 2013

Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 29

>> Há 22 anos na atividade turística, e

apaixonada pelo Amazonas, Oreni Bra-

ga, presidente da Empresa Estadual de

Turismo do Amazonas (Amazonastur),

demonstra orgulho ao falar das conquistas

que o Estado atingiu. Nesta entrevista

exclusiva, Oreni explica sobre os entraves

que ainda precisam ser vencidos no setor,

destacando não apenas os problemas

pelos quais o Estado passa, mas também

decisões que afetam o turismo do país.

A presidente comemora um novo voo

para a Europa e aponta os investimentos

realizados com foco na Copa do Mundo,

que – de acordo com Oreni – vão trans-

formar o Amazonas em um novo Estado.

MERCADO & EVENTOS - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Turismo do Amazonas?Oreni Braga - Manaus recebeu a primeira

ponte de grandes dimensões construí-

da sobre um rio. Com 3.595 metros de

comprimento, a Ponte Rio Negro liga a

Região Metropolitana de Manaus. Tam-

bém temos modernizado e ampliado os

aeroportos do estado, com um investi-

mento de cerca de R$ 400 milhões. Para

os megaeventos, o

Amazonas terá uma

das maiores arenas

do Brasil, onde estão

sendo aplicados R$

600 milhões. O aces-

so à Banda Larga vai

estar disponível para

a Copa do Mundo. O

Amazonas recebeu

ainda seu primeiro

Centro de Conven-

ções, com capacida-

de para mil pessoas.

A prefeitura de Manaus também está

investindo aproximadamente R$ 100

milhões em Manaus para revitalizar

ambientes da periferia, ruas, prédios,

Terceiro destino mais procurado pelos estrangeiros

ENTREVISTA

monumentos e outros atrativos turísticos.

M&E - Como a Copa de 2014 vai movimentar o Turismo no seu Estado?Oreni Braga - Para o Amazonas, essa é

uma oportunidade ímpar – uma vez que

o estado vai contar com quatro jogos du-

rante a Copa -, para mostrar o que é ser o

maior Estado do Brasil. Durante o evento,

queremos que o Amazonas tenha o maior

número possível de pessoas qualifi cadas,

falando o maior número diferente de lín-

guas. A Copa vai movimentar diretamente

diversos setores turísticos, aumentando e

gerando a renda para a hotelaria, barcos

turísticos, prestadores indiretos de serviços

de turismo, agentes de viagem, restaurantes

e muitos outros. Com mais de R$ 2 bilhões

sendo investidos para a realização da Copa,

esperamos um grande retorno econômico.

M&E - Quais entraves ainda devem ser superados? As ligações aéreas são um problema?Oreni Braga - Um entrave que temos,

e isso não é só no Amazonas, mas no

país todo, é o orçamento que é dado

para o turismo brasileiro. A priorização

orçamentária ainda

não é turismo. Outro

problema é o custo

Brasil, que é muito

alto. É preciso criar

possibilidades para

que o turista fique

mais tempo e gaste

mais no país. Temos

que incentivar o tu-

rista estrangeiro a

viajar para diversos

estados brasileiros, a

partir da facilitação

da mobilidade, que atualmente é muito

cara. Em relação às ligações aéreas, fi co

muito contente em anunciar que a partir

do dia 3 de junho de 2014, não teremos

mais problemas de ligações aéreas com a

Europa. Há 10 anos lutamos por um voo

direto de Manaus para a Europa e isso

fi nalmente foi concretizado com o novo

voo da Tap Lisboa – Manaus, que só irá

somar aos voos Manaus – Panamá, reali-

zado pela Copa Airlines e Manaus – Esta-

dos Unidos, feito pela American Airlines.

Porém, para tornar Manaus o principal

hub do Amazonas, ainda é necessário

mais uma conexão; a ligação aérea Ma-

naus – Lima. E estamos lutando para isso.

M&E - Como avalia a qualifi cação dos profi ssionais de Turismo do seu Estado?Oreni Braga - Há dez anos que traba-

lhamos pela mudança, pela quebra de

paradigmas e perfi s dos trabalhadores

do Amazonas. E hoje conseguimos en-

volver mais os formadores de opinião, e

colocar o turismo na pauta do dia, para

denunciar os profi ssionais que não estão

trabalhando direito e preocupar mais as

pessoas em relação à qualifi cação. Atual-

mente, Manaus conta com muito mais

pessoas preparadas que muitas cidades

turísticas. Nosso foco é continuar me-

lhorando a profi ssionalização e preparo

dos trabalhadores. Até a Copa, entre 50

e 100 mil pessoas estarão qualifi cadas.

Oreni Braga, presidente da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur)

“Um entrave que temos, e isso não é só no Amazonas,

mas no país todo, é o orçamento que é dado para o turismo

brasileiro. A priorização orçamentária ainda

não é turismo”

Page 30: Gramado 2013

30 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

REGIÃO CENTRO-OESTE

Secretaria de Turismo do Distrito Federal(55-61) 3214-2744 / www.setur.df.gov.br

Vem Viver Brasíliawww.vemviverbrasilia.com.br

SERVIÇO

Distrito FederalBrasília oferece um roteiro repleto de diversidade, da arquitetura à natureza

>> Quando começou a ser construída, em

1957, por Oscar Niemeyer, Brasília ainda era

uma capital de poucos habitantes, afastada

do eixo RJ-SP. Atualmente, considerada a

quarta maior e mais populosa metrópole do

país, Brasília já é referência na realização e

captação de eventos. O Brasília Convention &

Visitors Bureau cataloga mais de 450 espaços

para eventos de variados tamanhos. Um dos

locais de destaque na área de eventos é o Cen-

tro de Convenções Ulysses Guimarães, com

possibilidade de receber até 9,4 mil pessoas,

localizado a alguns metros do Estádio Mané

Garrincha. Além disso, Brasília reúne um

acervo cultural rico, jovem e muito interessante,

principalmente para quem admira esculturas.

Na cidade, a Esplanada dos Ministérios

é um capítulo à parte. Na outra ponta está a

rodoviária e, no centro, o aeroporto. A posição

estratégica da cidade fez com que se tornasse

um dos principais hubs do Brasil. Nos últimos

anos, a Brasília ganhou inúmeros voos inter-

nacionais ligando a Capital Federal à Europa,

América do Sul e Estados Unidos, por exemplo.

Os mais importantes monumentos de

Brasília foram erguidos no Eixo Monu-

mental, com destaque para a Praça dos

Três Poderes, tendo como centro a Estação

Rodoviária. Impossível, porém, não incluir

no circuito o Templo da Boa Vontade, a

Feira dos Importados, a sede do Ministério

Público, do Superior Tribunal de Justiça e

a Ponte JK, premiada como uma das mais

bonitas do mundo, um novíssimo point da

cidade. Nos dias quentes de sol todas as

atenções se voltam ao lago Paranoá. Criado

artifi cialmente para servir como opção de

lazer aos brasilienses, esta é a melhor opção

para se refrescar e se exercitar. Não pode-

mos esquecer da Torre de TV, que apesar

de está em reforma até outubro de 2014, é

sempre um espetáculo, ainda mais quando

podemos utilizar dos elevadores para ter

o visual panorâmico da cidade lá de cima.

Reserve seu tempo para outras atrações

que devem ser visitadas na capital, como o

Teatro Nacional Cláudio Santoro, o Centro

Cultural da República e o Memorial dos Povos

Indígenas, todos projetados por Niemeyer.

No Memorial JK, o turista terá oportunidade

de conhecer o prédio-mausoléu que guarda

os restos mortais do presidente Juscelino

Kubitschek, responsável pela construção

da cidade. O local possui auditório e uma

biblioteca com três mil volumes que perten-

ceu ao presidente. A exposição é permanente

com objetos e fotos do fundador de Brasília.

Além da capital

CHAPADA DOS VEADEIROSA 230 km de Brasília, fi cam os municípios de Caval-cante e Alto Paraíso, que abrigam o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, uma área com cerca de 65 mil hectares aberta para visitação. Em uma altitude que varia de 577 a 1.676 metros, o Parque possui belas paisagens de natureza virgem, rios de águas límpidas e cristalinas e cânions espetaculares. A entrada do Parque fica situada na Vila de São

Jorge, em Alto Paraíso. Já na recepção, o visitante terá orientações e poderá escolher os passeios que deseja fazer. Os roteiros disponíveis são Trilha dos Saltos e Trilha dos Cânions. Nas férias do meio do ano, entre os meses de julho e agosto, acontece o Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, na Vila de São Jorge. O evento reúne grupos de culturas tradicionais brasileiras, povos indígenas, artistas e turistas.

Esplanada dos Ministérios, em Brasília

Setur / DF

Page 31: Gramado 2013

Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 31

Page 32: Gramado 2013

32 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

>> A Setur-DF investe na melhoria

dos espaços turísticos e na sinalização

da cidade. Para receber ainda melhor

o turista da Copa do Mundo, a Setur-

DF e a Novacap estão reformando a

Torre de TV do Eixo Monumental, o

ponto turístico mais conhecido entre

brasilienses e um dos mais visitados

pelos turistas, localizado nas proxi-

midades do Estádio Mané Garrincha

e que servirá como ponto de apoio

para o transporte público durante o

Mundial. O secretário de Turismo de

DF, Luiz Otávio Neves, acredita no

sucesso das obras infraestruturais,

que deverão ser entregues a tempo,

além da preparação dos profi ssionais

nas capacitações oferecidas na cidade.

MERCADO & EVENTOS - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Turismo do Distrito Federal?Luiz Otávio Neves - Brasília tem di-

versas atrações que englobam des-

de o turismo náutico até o conjunto

urbanístico do Plano Piloto, com a

maior área aberta tombada do mundo

pela Organização das Nações Unidas

pela Educação, a Ciência e a Cultura

(Unesco), com 112,25km². Suas cur-

vas inovadoras, ruas organizadas por

setores e ampla área verde são admira-

das internacionalmente. Por meio de

convênio com o Ministério do Turismo,

serão produzidas placas indicativas e

interpretativas em português e inglês

apontando os principais atrativos turís-

ticos. Nos pontos de visitação também

serão realizadas obras de acessibilidade

para atender a pessoas com defi ciência

auditiva, física e com baixa mobilidade.

Para receber ainda melhor o turista

da Copa do Mundo, a Setur-DF e a

Novacap estão reformando a Torre

de TV do Eixo Monumental, o ponto

turístico mais conhecido entre brasi-

Obras de infraestrutura e capacitações invadem Brasília

ENTREVISTA

lienses e um dos mais visitados pelos

turistas, localizado nas proximidades do

Estádio Mané Garrincha e que servirá

como ponto de apoio para o transporte

público durante o Mundial.

M&E - Como a Copa de 2014 vai movimentar o Turismo no seu Es-tado?Luiz Otávio Neves - A Copa do Mundo

de 2014 vai atrair os olhares do público

mundial para a Capital Federal nos

setes jogos que ocorrem em Brasília,

entre os quais a disputa do terceiro

lugar da competição. Serão 600 mil

pessoas a mais na cidade, entre turistas

nacionais e internacionais. A cidade

poderá, além de partilhar deste grande

campeonato mundial de futebol, mos-

trar que tem muito mais a oferecer com

toda a sua arquitetura e urbanismo

inovadores. A festa não se restringirá

aos sete jogos. Com a FIFA Fan Fest,

a Esplanada dos Ministérios será mo-

vimentada nos 32 dias do Mundial.

Para a Copa do Mundo, a Setur-DF e

o Conselho de Desenvolvimento de

Turismo do Distrito Federal- Condetur

aprovaram lista especial de atrativos

que será divulgada pela FIFA junto

aos torcedores do Mundial.

M&E - Quais entraves ainda devem ser superados? As ligações aéreas são um problema?Luiz Otávio Neves - As obras no Ae-

roporto Internacional de Brasília são

necessárias e os benefícios vão além da

Copa do Mundo. Com todas as políti-

cas de promoção que adotamos e com

a melhoria da infraestrutura, Brasília

já tem sido mais procurada. Também

ganhamos novos voos internacionais,

o que aumenta a demanda sobre o

Aeroporto. Até o momento, temos seis

companhias aéreas com voos para o

exterior. E a nossa intenção é avançar

ainda mais. Brasília, além de ser sede

do Poder Federal brasileiro, está no

coração do Brasil, o que mostra a im-

portância estratégica em desenvolver

a capacidade em atender os usuários

do transporte aéreo. Enfrentamos

alguns entraves desde o início da ges-

tão. Como principal, posso indicar a

legislação que compete aos serviços de

Turismo no Distrito Federal. É um dos

pontos que ainda precisam avançar em

alguns aspectos, tais como, transporte

turístico, ecoturismo e turismo de

aventura, a fiscalização.

M&E - Como avalia a qualifi cação dos profissionais de Turismo do seu Estado?Luiz Otávio Neves - Estamos avançan-

do, principalmente, no atendimento

ao turista estrangeiro. Somos uma

das unidades federais que aderiu ao

Pronatec do Ministério do Turismo.

Só no Pronatec Copa na Empresa,

voltado para aqueles que já atuam

no setor, mais de 20 turmas foram

inscritas, entre profissionais de bares e

restaurantes, hotelaria, turismo rural e

segurança. No último mês, a Setur-DF

abriu mais 220 vagas.

Luiz Otávio Neves, Secretário de Turismo do Distrito Federal

Page 33: Gramado 2013

Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 33

Page 34: Gramado 2013

34 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

REGIÃO CENTRO-OESTE

Mat

o Gro

sso do

Sul

Além da capital

BONITOViajantes que estiverem interessados em entrar em contato com a natureza tem a opção de visitar a cidade de Bonito, que fi ca distante 265 km da capital do Estado. Pelo destino é possível desfrutar de atra-ções com foco no ecoturismo ou turismo de aventura. Tudo depende da vontade do turista entrar em sintonia com a na-tureza, pois o que não falta é diversidade de opções para se conhecer na cidade.

VALE DAS ÁGUASA região do Vale das Águas, compos-ta por sete municípios (Angélica, Ivi-nhema, Taquarussu, Batayporã, Nova Andradina, Jateí e Novo Horizonte do Sul) também apresenta a diversidade natural que está presente na vida do Mato Grosso do Sul. Na divisa com os estados do Paraná e São Paulo, o espa-ço une áreas rurais, pesqueiros, praias de água doce e rios, além de oferecer atrativos culturais únicos para conheci-mento dos viajantes que por lá estiverem.

Secretaria de Turismo do Mato Grosso do Sul(55-67) 3318-5018 www.seprotur.ms.gov.br

Secretaria de Turismo de Campo Grande(55-67) 3314-3580 www.pmcg.ms.gov.br/sedesc

SERVIÇO

Em contato com as maravilhasdo meio ambiente pantaneiro>> Os visitantes com destino a Campo Grande

certamente irão se surpreender com a capital

do Mato Grosso do Sul. Quem pensa que

a cidade oferece apenas atrativos ligados a

ecoturismo ou ao turismo de aventura se

engana. Apesar de estar afastada dos gran-

des centros econômicos do país e ser um

destino pouco conhecido dos visitantes,

principalmente estrangeiros, a capital con-

segue aliar suas atrações naturais com o

visual de modernidade proporcionado pelo

planejamento anterior à sua construção.

As suas grandes áreas verdes surgem como

espaços para o lazer da população e de tu-

ristas. A “Cidade Morena”, forma como é

conhecida devido ao chão avermelhado de

suas terras, oferece ainda roteiros rurais e

diversidade cultural. Outra opção para os

turistas é a viagem com o Trem do Pantanal,

que apresenta as paisagens inesquecíveis do

Pantanal mato-grossense ao longo de 220

km, com saída da capital e término na cidade

de Miranda, passando por Aquidauana. A

vegetação característica está presente em todo

o trajeto, que conta com outros atrativos, como

a Morraria da Serra de Maracaju, a Ponte

Velha e o Rio Aquidauana, que fazem das

oito horas de viagem uma experiência única.

Em quase todo lugar é possível visualizar e

apreciar as belezas naturais de Campo Grande,

que podem ser conhecidas através de roteiros

rurais ou em visitas às aldeias indígenas, que

também mostram a cultura natural do Estado.

A gastronomia é um dos pontos fortes, entre os

pratos típicos está o churrasco de carne bovina

com mandioca, prato que se tornou hábito

por parte dos moradores de Campo Grande.

A hospitalidade dos moradores locais com-

pleta a lista de atrações para que os turistas se

sintam melhor do que se estivem em casa du-

rante a passagem pela capital do Mato Grosso

do Sul. Descendentes de portugueses, como em

quase todos os estados do país, libaneses e até

mesmo japoneses formam a população local.

Mato Grosso do Sul reúne paisagens urbanas em Campo Grande, e muita natureza nos arredores da capital, como a cidade de Bonito

Denilson Secreta

Rachid Waqued

Page 35: Gramado 2013

Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 35

>> Para possibilitar a maior entrada

de turistas nos destinos do Estado, o

Governo do Mato Grosso do Sul des-

tina investimentos para ampliar sua

infraestrutura aeroportuária e rodo-

viária. Segundo Nilde Brun, diretora

presidente da Fundação de Turismo do

Estado, as melhorias nos aeroportos de

Bonito, da capital Campo Grande e de

Três Lagoas certamente aumentarão o

total de frequências para os destinos e,

consequentemente, a captação de visi-

tantes. Para ela, a atuação do Estado não

será diferente dos demais destinos que

não serão sedes da Copa, e o foco será

atrair viajantes dos mais variados locais.

O Mato Grosso do Sul integra, junta-

mente com o Paraná, Santa Catarina e

Rio Grande do Sul, a Comissão Turismo

Brasil Sul – Codesul. “Promovemos um

roteiro turístico integrando esses Estados

através dos seus diferentes atrativos que

se complementam. Sendo assim estão

sendo desenvolvidas ações conjuntas de

gestão, marketing e investimento, para

fortalecer o turismo no Sul do Brasil.

MERCADO & EVENTOS - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Turismo do Mato Grosso do Sul?Nilde Brun – O Governo do Estado

lançou um pacote de obras estruturantes

que vem colaborando com o desenvol-

vimento do turismo. Os investimentos

incluem reforma e melhorias de ae-

roportos e obras de pavimentação de

estradas consideradas importantes para

o setor turístico, que facilitam o acesso

às principais regiões turísticas. Na região

Norte do Mato Grosso do Sul está sendo

pavimentada a rodovia MS-430, que

liga os municípios de São Gabriel do

Oeste e Rio Negro, com 54 quilômetros,

cortando a Serra de Rio Negro, além

de promover a integração de regiões

de produção de grãos e pecuária. Os

Infraestrutura e sustentabilidade caminhando juntas

ENTREVISTA

aeroportos de Bonito, Três Lagoas, Dou-

rados e Campo Grande estão recebendo

investimentos com o reaparelhamento,

a reforma e a expansão da infraestrutura

aeroportuária, tanto em instalações

físicas quanto em equipamentos. Com

isto, aumentam as ofertas dos voos e a

capacidade de receber mais passageiros.

Hoje, os principais destinos turísticos

(Bonito, Três Lagoas e Dourados) pos-

suem voos diretos para São Paulo e voos

diretos diariamente de Corumbá (Pan-

tanal) para a capital, Campo Grande.

M&E – Como a Copa de 2014 vai movimentar o Turismo no seu Estado?Nilde Brun – Ainda em 2014, não agire-

mos diferente dos demais destinos que

não serão sedes da Copa. Queremos

atrair turistas dos mais variados lugares

que estarão no Brasil para assistir ao

Mundial e, para isso, estamos com a

campanha “O Brasil recebe a todos e

Mato Grosso do Sul quer Você” desde

o início de 2013, objetivando atrair

também aqueles que querem fugir do

burburinho e da agitação nas cidades-

sede. Esses visitantes poderão aproveitar

esse período para curtir a natureza. Mato

Grosso do Sul quer receber não só o

turista estrangeiro, mas os brasileiros.

Queremos receber cada um dos brasi-

leiros e estrangeiros, de forma única, de

forma diferente, de forma encantadora.

M&E - Como o Mato Grosso do Sul qualifi ca os profi ssionais de Turismo?Nilde Brun - Só neste ano foram realizados

dez roadshows, seis deles percorreram as

capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo

Horizonte, Brasília, Curitiba e Porto Ale-

gre, mais quatro em cidades paulistanas:

Ribeirão Preto, Campinas, Presidente

Prudente e São José do Rio Preto. No

roadshow foi possível articular, promover e

apresentar os destinos turísticos do Estado

diretamente com os agentes e operadores.

Nilde Brun, presidente da Fundtur-MS

Bonito vai sediar o Ecotourism Sustainable Tourism ConferenceApós acirrada disputa com oito destinos internacionais, a cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul, foi escolhida para sediar a “ESTC14 - Ecotourism and Sustainable Tourism Conference 2014”. São esperados mais de mil participan-tes de 40 países. A ESTC é uma conferência anual promovida pela TIES (The International Ecotourism Society) e reúne os principais experts em Ecoturismo do planeta. A captação deste evento é resultado de meses de trabalho conjunto do Bonito Convention & Visitors Bureau (Bonito CVB), Fundação de Turismo do MS (Fundtur-MS), Embratur, Prefeitura Municipal de Bonito e diversos parceiros. “Por se tratar de um dos mais importantes eventos do mundo voltados para a discussão de práticas do Ecoturismo, Turismo Sustentável e Turismo Responsável, estamos trabalhando na divulgação desse evento e, consequentemente, o destino Bonito e Pantanal”, afi rma Nilde Brun.

Page 36: Gramado 2013

36 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

>> A capital do Paraná está entre as cidades

do Brasil com a maior qualidade de vida para

seus habitantes. Segundo o Índice de Desen-

volvimento Humano Municipal (IDHM),

realizado pelo Programa das Nações Unidas

para Desenvolvimento (Pnud), Curitiba é a 10ª

cidade da lista, o que reafi rma o resultado po-

sitivo do planejamento aplicado na construção

e desenvolvimento do município. Pensando

do ponto de vista turístico, o principal atrativo

local é com foco corporativo, em sua maior

parte para a realização de negócios ou eventos.

A cidade tem em seu espaço facilidades para

fomentar a captação e realização de eventos, sejam

de pequeno ou grande porte. Entre estas áreas

estão centros de convenções para milhares de pes-

soas, parte do planejamento que assegura Curitiba

como um destino organizado para receber um fl u-

xo intenso de visitantes que pensam em negócios.

A maior parte dos turistas nacionais e in-

ternacionais que chegam à Curitiba tem como

motivação eventos com características prin-

cipalmente ligadas aos segmentos de cultura

ou artes, outro foco que tem ganhando força

nos últimos anos são os congressos e feiras

de exposição, que a cada dia mais aumenta

sua presença entre os objetivos dos visitantes.

REGIÃO SUL

Secretaria de Estado do Turismo (55-41) 3313-3500 / www.setur.pr.gov.br

Paraná Turismo – PRTUR(55-41) 3313-3500 www.turismo.pr.gov.br

Instituto Municipal Curitiba Turismo (55-41) 3352-8000 www.turismo.curitiba.pr.gov.br

Parque Nacional o Iguaçu(55-45) 3521- 4400 www.cataratasdoiguacu.com.br/portal

SERVIÇO

ParanáParaná

Governo do Paraná une Turismo e Cultura em uma só pastaDiferente dos demais estados apresentados nesta edição, a reportagem sobre o Paraná não conta com a entrevista do responsável pelo Turismo no Estado por conta do momento de transição pelo qual passa o destino. O governador Beto Richa decidiu extinguir a Secretaria de Turismo. Com a mudança, o setor fi cará agregado juntamente à pasta da Secretaria de Cultura, dividindo suas demandas com este outro tema. O órgão tinha

como função implementar políticas públicas seto-riais no território paranaense, bem como promover e fi scalizar as práticas do turismo. Assim, a Setur do Paraná atuava visando incentivar o segmento como fator de desenvolvimento econômico e social para a população local. A Secretaria havia sido criada em 2003 e, desde então, a receita gerada pelo segmento aumentou 400% em pesquisa da própria Secretaria de Estado do Turismo.

Além da capitalFOZ DO IGUAÇUFoz do Iguaçu está entre as cidades paranaenses – e brasileiras, porque não – que melhor desenvolveram o seu espaço para a captação de visi-tantes. E tudo isso devido às Cata-ratas do Iguaçu, lugar considerado Patrimônio Natural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e desde 1939 administra-do pela Parque Nacional do Iguaçu

PONTA GROSSAA cidade conta entre suas atrações turísticas com o Parque Estadual de Vila Velha, espaço conhecido para a prática do turismo no Estado e que agrega atrativos geológicos. Fun-dado em 1953, a área recebe até 800 visitantes por dia e fi ca 20 km distante do centro do município.

Curitiba esbanja vocação para negócios e lazer E este é um ramo de atividades que mostra seu

potencial em crescimento a cada ano. Cerca de

R$ 33,6 milhões são movimentados no país em

viagens com intuito corporativo todos os anos,

e as empresas destinam R$ 15,5 milhões para

gastos dos funcionários durante estas viagens.

Desde a década de 90 do século passado, Curitiba

direciona sua atuação para o setor de turismo

corporativo, sendo que em 2006 já ocupava a sex-

ta colocação no ranking da International Con-

gress & Convention Association (ICCA) quando

o assunto é captação de eventos internacionais.

Mas a cidade não se apresenta somente

para os visitantes corporativos. A capital

paranaense conta com atrações para todos

os públicos, com pontos turísticos muito

conhecidos do público. Entre eles está a Ópera

de Arame, um teatro que foi transformado

em um dos principais pontos turísticos de

Curitiba. Nele são realizados show, concertos

e apresentações de diversos artistas, além de

ser um dos espaços mais visitados da cidade.

O antigo centro histórico reúne outros pontos

famosos e de passagem certa para visitantes, como

a Igreja de São Francisco de Paula, o Relógio das

Flores, Fonte da Memória, assim como antigas igre-

jas e casarões, entre eles o Memorial de Curitiba.

Jardim Botânico, em Curitiba

Page 37: Gramado 2013

Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 37

Page 38: Gramado 2013

38 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte de Santa Catarina(55-48) 3665-7400 / www.sol.sc.gov.br

Santa Catarina Turismo (Santur)(55-48) 32126300www.santur.sc.gov.br

SERVIÇO

Santa Catarina Além da capitalBALNEÁRIO CAMBORIÚ Com a mais completa infraestrutura da região, possui um imenso calçadão que percorre toda a praia, sendo ponto de encontro durante todo o ano. Já na Ave-nida Atlântica, o turista pode saborear ótimos pratos curtindo o visual da praia e pessoas bonitas

BOMBINHASHoje é considerado o melhor porto na-tural do país, nos últimos anos tem sido utilizada como ancoradouro de grandes navios que realizam cruzeiros marítimos. A Ilha também oferece uma infraes-trutura com restaurantes, banheiros e muito mais.

PALHOÇAPossui um dos maiores mangues da América do Sul, praias nacionalmente famosas como a Pinheira e a Guarda do Embaú e ainda o Morro do Cambirela, com 1.043 metros de altura e que pode ser acessado por uma trilha íngreme, com 3 horas de duração.

REGIÃO SUL

Todos os encantos da Ilha da Magia>> Conhecida nacionalmente como a Ilha da

Magia, Florianópolis se destaca por suas belezas

naturais e seu patrimônio histórico preservados

com infraestrutura de cidade grande. Situada

no litoral catarinense, conta com uma parte

insular (ilha de Santa Catarina) e outra parte

continental incorporado à cidade em 1927, com

a construção da ponte pênsil Hercílio Luz - que

ligou a ilha ao continente. O clima subtropi-

cal e um conjunto de 42 praias contribuíram

para que a região se transformasse na capital

turística do Mercosul, pois possui um intenso

movimento turístico durante todo o verão, prin-

cipalmente de argentinos, gaúchos e paulistas.

Colonizada por imigrantes açorianos, a capital

mantém em suas pequenas vilas as manifestações

culturais e religiosas trazidas pelos portugueses. Nos

povoados de Ribeirão da Ilha e de Santo Antônio

de Lisboa as heranças estão preservadas ainda na

arquitetura, no artesanato em cerâmica e renda e

na culinária, à base de ostras produzidas na região.

Com cerca de 436,5 quilômetros quadrados, a

capital de Santa Catarina abriga praias paradisíacas,

lagoas, dunas, trilhas em meio à Mata Atlântica,

casarões coloniais, sítios arqueológicos, gente bo-

nita e gastronomia de primeira linha. Os grandes

atrativos de Florianópolis são, verdadeiramente,

as praias. Em cada região, uma peculiaridade.

No Leste estão as praias Mole e Joaquina, o surf e

a paquera são as marcas registradas. Ao Norte, o

mar calmo de Jurerê, Canasvieiras e Ingleses atrai

famílias. Já as praias do Sul são as mais rústicas e têm

como cartão-postal a intocada Lagoinha do Leste.

No quesito esportes, a ilha não é privilégio

exclusivo dos surfi stas. Generosa, incentiva à

prática de muitos atividades dentro e fora d´água,

como sandboard – descida de dunas em prancha

de madeira, wind e kitesurf, parapente e trekking.

Ponte Hercílio Luz e Praia dos Ingleses

Epa Machado

Divulgação

Page 39: Gramado 2013

Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 39

>> Com objetivo de incrementar o fl uxo

de turistas em Santa Catarina, o Estado

trabalha em conjunto com o Codesul

para promover a Copa do Mundo 2014 e

formatar roteiros integrados entre esses

estados para movimentar os turistas que

visitarem a região para o evento. Além

disso, pensando não só na Copa, mas

na melhoria da infraestrutura para a

população e para o turismo de lazer e

negócios – mais de R$ 8 bilhões estão

sendo investidos em todo o Estado. De

acordo com Valdir Walendowsky, secre-

tário de Turismo de Santa Catarina, este

é o maior projeto já realizado no destino.

Veja abaixo a entrevista exclusiva com ele

sobre esses assuntos e ainda capacitações

e entraves na malha aérea catarinense.

MERCADO & EVENTOS – Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Turismo de Santa Catarina?Valdir Walendowsky – Temos no Es-

tado um programa

chamado Pacto por

Santa Catarina, que

é o maior programa

de investimentos em

infraestrutura que já

tivemos. As ações nas

áreas sociais e econô-

micas têm o objetivo

de resolver gargalos

que difi cultam o dia a

dia das pessoas, com

a construção de esco-

las, hospitais, revita-

lização de rodovias, planos de combate à

seca, prevenção de enchentes e retomada

da competitividade do setor portuário. Os

valores são de cerca de R$ 8 bilhões. Espe-

cífi co para o Turismo tem, por exemplo, a

pavimentação da Serra do Corvo Branco

e da SC143 de Floripa, que liga a ilha a

ENTREVISTA

região praiana. Os negócios também serão

beneficiados com a construção de um

centro de eventos em Casnavieiras e em

Balneário Camboriú. Além disso, temos a

ampliação do aeroporto de Florianópolis,

onde também está previsto a construção de

uma rodovia de acesso; e ainda a conclusão

do aeroporto de São Joaquim. São muitas

as obras e os investimentos que darão um

retorno enorme ao Estado catarinense.

M&E – Como a Copa de 2014 vai movimentar o Turismo no seu Estado?Valdir Walendowsky – Já há algum tempo

temos trabalhado em conjunto no Sul do

Brasil com os estados de Mato Grosso do

Sul Paraná, Santa Catarina e Rio Grande

do Sul (Codesul) para a promoção da Copa

do Mundo. A idéia é formatar roteiros

integrados durante esse período. Paraná

e Rio Grande do Sul serão sedes da Copa,

mas o objetivo é que o movimento desses

estados possa refl etir em um aumento de

fl uxo de turistas para

todos os estados do

Sul. Cada um deles

tem a sua estratégia,

mas o objetivo é co-

mum de incrementar

o fl uxo. Mesmo por-

que, em SC o maior

fl uxo é via rodovias

já que nossa malha

aérea é limitada.

M&E – Quais en-traves ainda de-

vem ser superados? As ligações aéreas são um problema?Valdir Walendowsky – O problema

da malha aérea não é restrito de Santa

Catarina, é um problema em todo o

Brasil. Nossa capacidade está limitada

e não temos como receber mais voos.

O aeroporto internacional Hercílio Luz,

de Florianópolis, já chegou ao seu li-

mite, por isso, há investimentos para

ampliação dele e a construção de um

novo em São Joaquim – com previsão de

operação total até meados de 2015. Ou-

tras ampliações e melhorias acontecem

também nos aeroportos de Navegantes,

Joinville e Chapecó. Com a entrega do

novo aeroporto, novos voos serão pos-

síveis. As conversas com as companhias

já existem e elas estão interessadas em

disponibilizar mais rotas, mas é preciso

primeiro o aeroporto fi car pronto.

M&E – Como avalia a qualifi cação dos profi ssionais de Turismo do seu Estado?Valdir Walendowsky – O Estado in-

veste em capacitação e conta com o

Fundo de Turismo, Cultura e Esporte

para promover esses treinamentos e

profi ssionalização de mão de obra. São

projetos específi cos para cada área de

atuação sempre em parceria com enti-

dades como Sebrae, Senac e Senai. Para

a Copa em especial, contamos com o

Pronatec Copa onde todos os estados

recebem treinamento para receber me-

lhor os turistas brasileiros e estrangeiros

durante o evento.

Valdir Walendowsky, secretário de Turismo de Santa Catarina

Estado realiza maior programa de investimento de sua história

“Pensando não só na Copa, mas na melhoria da infraestrutura para a população e para o turismo de lazer e

negócios, mais de R$ 8 bilhões estão sendo investidos em

todo o Estado”

Page 40: Gramado 2013

40 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

REGIÃO SUL

Governo do Estado do Rio Grande do Sul(55-51) 3210-4100 / www.rs.gov.br

Secretaria do Turismo do Rio Grande do Sul(55-51) 3288-5400 www.turismo.rs.gov.br

SERVIÇO

Rio Grande do Sul

Além da capitalCANELAA cidade proporciona integração entre o homem e o meio ambiente, convidando você a visitar as suas belezas e des-vendar sua geografi a.Ecoturismo, enoturismo, turismo de aventura e de bem-estar. Tudo isso é possível e muito mais.

GRAMADOConhecida nacionalmente como a Capital do Cinema. Além disso, o tradicional chocolate, as baixas tem-

peraturas, a paisagem natural rodeada de pinheiros e lagos lembrando pequenas comunidades suíças fazem dela uma cidade única em todo o Brasil.

BENTO GONÇALVES Localizada na região dos vinhedos, tem como atra-ção principal o Parque Fenavinho, onde acontecem feiras, exposições e eventos esportivos e culturais, além de seus inúmeros atrativos naturais.

Porto Alegre: a riqueza cultural do Sul brasileiro>> A capital do Rio Grande do Sul é co-

nhecida pela sua rica e agitada vida cul-

tural. Fundada em 1772 por imigrantes

portugueses, ela possui fortes infl uências

europeias, já que recebeu imigrantes ale-

mães, italianos, espanhóis e de diversos

outros países. Outro destaque é que Porto

Alegre é a metrópole com o maior Índice de

Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil

e considerada uma das capitais com melhor

qualidade de vida do país. Muito arborizada

e com geografi a diversifi cada, ostentando

morros, baixadas e lagos, que convidam

o turista a descobrir os seus segredos.

A cidade se destaca quando o assunto

é programação cultural, entre os princi-

pais centros para se curtir essa riqueza e

diversidade é a Usina do Gasômetro, que

conta com cafés, salas de cinema e espaços

culturais, onde são apresentadas pales-

tras, peças de teatro e shows, entre outros

tantos eventos. Uma dica é aproveitar o

pôr-do-sol do terraço da usina, que possui

uma das mais belas vistas de Porto Alegre.

Outra atração imperdível é o Th eatro São

Pedro, o mais antigo da cidade. Com estilo

neoclassico, ele foi inaugurado em 1858 e

hoje encontra-se totalmente restaurado.

Estando em Porto Alegre, um passeio pela

Rua da Praia é obrigatório. O lugar faz parte

da história da cidade e do Brasil também. Foi

palco para o desfi le das tropas gaúchas que

participaram das maiores revoluções do país.

Hoje abriga desde instalações comerciais

até preciosos patrimônios arquitetônicos e

culturais. Caminhando por essa rua histó-

rica, encontramos o Centro Cultural Érico

Veríssimo, a Praça da Alfândega, o Museu

da Comunicação Social Hipólito José da

Costa, a Casa de Cultura Mario Quintana,

com mais de 14 espaços dedicados às artes,

a Igreja das Dores, uma das mais antigas

da cidade e o Museu da Brigada Militar.

Não muito longe dali encontra-se a Praça

Matriz, considerado um dos pontos turísticos

mais importantes do destino. É o centro

cívico, administrativo, religioso e cultural do

estado, com destaque para o monumento a Jú-

lio de Castilhos, o Palácio Farroupilha, Palácio

Piratini, a Catedral Metropolitana, o Museu

Júlio de Castilhos e o Solar dos Câmara. Quem

procura um pouco de verde, pode visitar o

Parque Farroupilha, um tradicional ponto

de encontro da cidade. As pessoas tomam

conta da rua e dos gramados do parque para

conversar e tomar chimarrão, bebida típica

do Sul do país feita a base de mate.

Quem quiser conhecer a cidade de uma

forma diferente pode optar pelos ônibus

da Linha Turismo. Tratam-se de ônibus de

dois andares, cujo piso superior é aberto

e proporciona uma vista panorâmica dos

mais de 20 atrativos ao longo do percurso.

Com sistema de áudio em três idiomas e

guia especializado, ele percorre 11 bairros

em pouco mais de uma hora.

Catedral de Porto Alegre e vista aérea da capital

João Fiorin / PMPA

Carmem

Gam

ba

Page 41: Gramado 2013

Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 41

Page 42: Gramado 2013

42 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

>> Preocupados em oferecer sempre os

melhores serviços aos turistas que visi-

tam o Rio Grande do Sul, a Secretaria

de Turismo do Estado está investindo

pesado em capacitação dos serviços.

Segundo Abgail Pereira, secretária de

Turismo, são três bases de trabalho:

promoção, qualifi cação e infraestrutura.

Esses três pilares sustentam as ações do

órgão. De acordo com ela, recursos pró-

prios e do Governo possibilitam cada

vez mais alcançar esse objetivo. Nesta

entrevista exclusiva ao MERCADO &

EVENTOS, a secretária conta quais as

ações desenvolvidas no RS, além de falar

dos entraves e das expectativas para a

Copa do Mundo de 2014 – que para

ela será uma enorme oportunidade de

consolidar ainda mais o destino como

um Estado turístico, no internacional

mas mais especifi camente, no nacional.

MERCADO & EVENTOS - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Rio Grande so Sul?Abgail Pereira – Nossa gestão de inves-

timentos em Turismo está focada em

três bases: promoção, qualificação e

infraestrutura. Desde a criação de nos-

so Plano Diretor, identificamos alguns

entraves e estamos trabalhando para

atingir resultados satisfatórios. Nosso

fluxo de turistas cresce acima da média

nacional e vivemos um bom momento

para novos investimentos. Para isso,

contamos com verbas do Tesouro do

Estado e também de verba nacional

por meio do Ministério do Turismo e

Pronatec. Além disso, temos parcerias

com o Senac e ainda o Projeto Parada

TriLegal com o Sebrae para capacitação

dos profissionais do turismo. Inves-

timentos em sinalização turística em

todo o Estado também está no foco

de nosso trabalho, tanto com recur-

sos próprios da Setur como captação

Capacitação profi ssional é foco das atividades da Setur-RS

ENTREVISTA

junto ao MTur para sinalização na

região metropolitana. Estamos ainda

reformando o centro de atendimento

ao turista no aeroporto Salgado Filho,

em Porto Alegre. Outros investimentos

estão sendo feitos em parceria com

a Secretaria de Infraestrutura para

melhoria de nossas vias de acesso. Já

na área de promoção, participamos

de várias feiras e eventos nacionais e

internacionais.

M&E – Como a Copa de 2014 vai movimentar o Turismo no seu Estado?A Copa é uma janela que nos projeta

para o mundo. Esta é uma oportuni-

dade de consolidarmos nossa imagem

do Rio Grande do Sul em um Estado

preparado para receber turistas. Temos

uma capacidade enorme de atrair e re-

ceber turistas, o que já fazemos hoje. Já

tivemos eventos com a participação de

milhares de pessoas. O principal legado

da Copa será esse, de mostrar que temos

atrativos diversifi cados e um turismo

criativo, que faz com que as pessoas

se sintam acolhidas. Além disso, é um

momento excelente de investirmos na

capacitação do nosso receptivo como

taxistas e o pessoal de segurança, que

estão fazendo cursos de idiomas e se

qualifi cando para o evento. Mas isso

será benéfi co a longo prazo.

M&E – Quais entraves ainda devem ser superados? As ligações aéreas são um problema?A malha aérea do Rio Grande do Sul

é excelente e hoje somos hub para a

América Latina e Europa, bem como

para outros estados brasileiros. Temos

ainda a Argentina e o Uruguai muito

próximos, que nos visitam em espe-

cial pela malha terrestre. Além disso,

muitas companhias estão investindo

no Estado com novos voos, como

a American Airlines que terá uma

nova freqüência para Miami. E para a

Europa temos o voo da Tap que já está

consolidado. Sem falarmos da Copa e

da Taca que liga Porto Alegre a toda

América Latina. Sem soberba, tenho

certeza em dizer que o RS será uma

das melhores sedes da Copa de 2014.

A partir dessa visibilidade espontânea

que teremos, vamos atrair muitos ne-

gócios e turistas para o Estado.

M&E – Como avalia a qualifi cação dos profissionais de Turismo do seu Estado?Como disse anteriormente, estamos

investindo pesado em qualificação

profissional. Tanto com verba pró-

pria da Setur como de parcerias com

o MTur, Sebrae e Senac. A Parada

TriLegal, por exemplo, é um projeto

que cobre a BR116 desde Jaguarão até

Vacaria. Com o Senac a Setur trabalha

em âmbito regional com mais de 8300

vagas para profissionais do setor de Tu-

rismo e recursos próprios da Setur de

quase R$ 1,5 mi. Já com o Pronatec são

mais de 440 vagas de qualificação de

serviços. E não para por aí. Os muitos

projetos que beneficiam o setor e os

turistas que visitam o Estado.

Abgail Pereira, secretária de Turismo do Rio Grande do Sul

Page 43: Gramado 2013

Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 43

Page 44: Gramado 2013

44 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

>> Quase tudo pronto na capital paulista. A

Copa que começa na cidade que não dorme

oferecer um leque de atrativos aos turistas

que visitam a região não somente em épocas

de grandes eventos. O turismo na cidade de

São Paulo destaca-se mais pelos negócios ao

turismo recreativo. Grandes redes de hotéis,

cujo público-alvo é o corporativo, estão insta-

ladas na cidade e possuem fi liais espalhadas

em várias das suas centralidades.

O turismo cultural, porém, também possui

relevância para São Paulo, especialmente quando

se têm em vista os vários eventos internacionais

que ocorrem na cidade (como a Bienal de Artes,

a Mostra Internacional de Cinema e os vários

espetáculos com celebridades estrangeiras que

ocorrem normalmente apenas no eixo Rio

de Janeiro-São Paulo). A “cidade da garoa”,

como é conhecida popularmente, conta com

uma média de um evento a cada seis minutos.

Porém, apesar da vitalidade econômica, o

turismo é ainda uma área que revela as graves

desigualdades socioeconômicas presentes na

cidade, visto que, segundo críticos e estudiosos,

grande parte do circuito cultural e turístico exclui

a própria população paulistana de usufruí-lo,

visto que ele está na região central metropolitana.

Assim é São Paulo. Ela não dorme, não des-

cansa. Com uma arquitetura que reúne diversos

estilos, formas e tamanhos, a cidade possui um

verdadeiro acervo cultural ao ar livre. Andar

pelo centro é ver a história ser contada por

suas construções, manifestações concretas das

transformações pelas quais passou uma vila que

em 1872 tinha pouco mais de 30 mil habitantes

e era restrita ao Triângulo Histórico (cujos

vértices são o Mosteiro de São Bento, a Igreja

de São Francisco e a Igreja da Ordem Terceira

do Carmo) até se converter na atual metró-

pole com mais de 12 milhões de habitantes.

Outra riqueza arquitetônica os edifícios espalha-

dos por toda a extensão da cidade. O trajeto reúne

representantes dos diversos estilos desenvolvidos

na cidade durante sua história – com destaque

para obras de arquitetos renomados – e apresenta

ainda ligações com fatos e personagens históricos.

Secretaria de Turismo do Estado de São Paulowww.turismo.sp.gov.br

São Paulo Turismo(55-11) 2226-0400 / www.spturis.com

SERVIÇO

São PauloPrimeira capital da Copa conquista turistas com todo o seu charme

Além da capitalEMBÚ DAS ARTESA cidade de Embu das Artes, localizada a pouco mais de 30 minutos de São Paulo tem suas origens na antiga aldeia M’Boy. Cidade famosa pelas suas lojas e feira de ar-tesanato e móveis, a cidade fi cou conhecida como “Embu das Artes”, nome adotado recentemente por meio de plebiscito. JUQUITIBAEsse nome “Terra das Águas” descreve bem o que os moradores e visitantes encontram em Juquitiba: com todo o seu território em área de mananciais, a cidade conta com muita área verde de Mata Atlântica e rios preservados. Por essa razão, a cidade é muito procurado pelos adeptos dos esportes de aventura.

SALESÓPOLISInserido na Mata Atlântica, o Parque Nas-centes do Tietê preserva e valoriza as nas-centes do Rio Tietê e seu entorno e per-mite que a sociedade, escolas, empresas e entidades ambientalistas tenham opor-tunidades de aprender sobre educação ambiental através de visitas monitoradas.

REGIÃO SUDESTE

Avenida Paulista e Mercado Municipal, dois pontos imperdíveis num passeio por São Paulo

José Cordeiro Jefferson Pancieri

Page 45: Gramado 2013

Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 45

>> A cidade de São Paulo ganhou cinco

posições e chegou a 28º colocação no

ranking de eventos da International

Congress and Convention Association

(ICCA). Segundo dados do São Paulo

Conventionand Visitor Bureau, a cida-

de movimenta com o turismo cerca de

R$ 10,4 bilhões ao ano [dados de 2012]

em viagens, hospedagem e transportes

terrestres e aéreos. Entre as principais

movimentações da capital paulista, o

destaque para o turismo de negócios

(57,3%), eventos (18,7%), lazer (9,9%)

e estudos (5,9%) em 2012.

MERCADO&EVENTOS - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Turismo de São Paulo?Cláudio Valverde – Muitos investi-

mentos em infraestrutura estão sendo

feitos em São Paulo. No interior – para

ser mais exato, nas estâncias turísti-

cas que reúnem 335 cidades -, nós

temos hoje outras 67 estâncias que

dividem um total de R$ 240 milhões

que são investidos no turismo de uma

maneira generalizada. Investimos

em conjunto com os municípios na

infraestrutura e na viabilização dos

projetos. São Paulo é o estado com o

maior número de obras em andamento

(724) e o maior aporte do Ministério

do Turismo (R$ 563,7 milhões). De

acordo com a última Pesquisa Anual

de Conjuntura Econômica do Turismo

feita pela Fundação Getúlio Vargas a

pedido do MTur, os 80 maiores grupos

do setor faturaram R$ 57,6 bilhões e

empregaram 115 mil empregos no ano

passado. Além, é claro, dos investimen-

tos coma construção dos arredores da

Arena Corinthians, palco de abertura

da Copa do Mundo Fifa 2014.

M&E - Como a Copa de 2014 vai movi-mentar o Turismo no seu Estado?

ENTREVISTA

Cláudio Valverde -As iniciativas do

Estado colocam São Paulo na vitrine

do mundo e exibem todo o arranjo

produtivo paulista, que a cada dia

vem se aprimorando neste setor que

envolve mais de 50 itens da economia.

A Copa do Mundo de 2014 vai gerar

oportunidades para 300 mil micro e

pequenas empresas paulistas. Juntas,

elas devem movimentar R$ 10 bilhões

em negócios até o final do evento.

Só na capital serão 111 mil empresas

beneficiadas. A estimativa é que ha-

verá incremento de três milhões de

turistas, dos quais dois milhões serão

estrangeiros e um milhão brasileiros.

Além disso, o volume financeiro mo-

vimentado por eles deve gerar receita

adicional de R$ 5 bilhões para as em-

presas brasileiras. Há também grandes

investimentos previstos em infraestru-

tura, como a construção dos sistemas

de transporte (R$ 12,7 bilhões) e em

telecomunicações (R$ 4,2 bilhões).

M&E - Quais entraves ainda devem ser superados? As ligações aéreas são um problema?Cláudio Valverde –Não acredito que

teremos entraves, nem mesmo com os

problemas identificados nos aeropor-

tos. O turismo do Estado de São Paulo

é grandioso. São Paulo como um todo

é a mola propulsora da economia na-

cional, é o maior emissor e receptor de

turistas do Brasil. E hoje, com a visão

do governador Geraldo Alckmin e a

política da Secretaria é de se fazer um

processo de descentralização, porque

a cidade de São Paulo é muito forte

por si só, por seu número de feiras, de

eventos de toda natureza, então nós

temos que descentralizar, tirar de São

Paulo e levar para o interior que possui

roteiros e destinos maravilhosos. O

brasileiro precisa conhecer São Paulo

como um verdadeiro roteiro turístico.

Temos estâncias turísticas por todo o

Estado, além do litoral que é rico em

praias e destinos de aventura. Quanto

às ligações aéreas, São Paulo é o hub

do país para as principais companhias

internacionais e nacionais. Não vejo

problemas com os voos sequer com

os aeroportos.

M&E - Como avalia a qualifi cação dos profissionais de Turismo do seu Estado?Cláudio Valverde - A qualificação

ainda não deslanchou como estimado.

Os cursos precisam ser reavaliados

e isso demanda tempo. Precisamos

fidelizar o turista, o que ocorrerá

se ele receber um bom tratamento.

Segundo o Ministério do Esporte, a

competição vai gerar 330 mil empregos

permanentes e 380 mil temporários.

Os novos trabalhadores atenderão a

oito milhões de visitantes em 2014, 600

mil somente no mês da competição.

Dos 2.740 profissionais que serão

capacitados, 1.000 são taxistas. São

Paulo receberá R$ 2,4 milhões para

formar, em inglês e espanhol, 1.200

profissionais do receptivo turístico

do entorno da região metropolitana.

Claudio Valverde, secretário de Turismo do Estado de São Paulo

Em busca de mais turistas para eventos e lazer

Page 46: Gramado 2013

46 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

Secretaria de Turismo de Minas Geraiswww.turismo.mg.gov.br (55-31) 3915-9454

Belo Horizonte Turismo (Belotur)www.belotur.com.br / (55-31) 3277-9777

SERVIÇO

REGIÃO SUDESTE

Além da capitalMARIANACom charme inigualável, a primeira vila, bispado e capital de Minas Gerais, Maria-na é uma das mais importantes cidades históricas do Brasil.

OURO PRETOA primeira cidade brasileira e uma das primeiras do mundo a ser declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, Ouro Preto foi construída por artistas e escravos, no auge do Ciclo do Ouro. Passear pelas suas ruas nos faz sentir espectadores vivos da história.

SÃO JOÃO DEL REIUma das cidades históricas mais agradá-veis de Minas, que conserva, além dos seus belos patrimônios, ricas tradições seculares. Com destaque para a curio-sa linguagem dos sinos, uma tradição passada de pai para fi lho.

TIRADENTESTerra natal do Inconfi dente Joaquim José da Silva Xavier – o Tiradentes, que lutou pela liberdade do Brasil, a cidade é uma das mais charmosas cidades históricas de Minas Gerais. Tiradentes é a que melhor conseguiu manter o romance de seu passado colonial. Ideal para um passeio em casais.

Minas Gerais une Turismo e Esportes em uma só pastaDiferente dos demais estados apresentados nesta edição, a reportagem sobre Minas Gerais não conta com a entrevista do responsável pelo Turismo no Estado por conta do momento de transição pelo qual passa o destino. O secretário de Estado de Minas Gerais da Copa do Mundo, Tiago Lacerda, deve assumir, em 1° de janeiro, a nova pasta que vai

agregar, além da secretaria chefi ada por ele, as de Turismo e Esportes. O motivo é a reforma na estru-tura de governo, prometida para o início de 2014. Em agosto, o governador Antonio Anastasia (PSDB) anunciou que 23 secretarias seriam reduzidas a 17, a partir do ano que vem. O objetivo é cor-tar R$ 1,1 bilhão em gastos até o fi m de 2014.

Minas Gerais>> Belo Horizonte é uma cidade que transita

entre a tradição e a modernidade, e oferece aos

moradores e visitantes uma completa infraes-

trutura urbana. Verde intenso e clima ame-

no formam o cenário

perfeito para quem se

propõe a descobrir os

encantos da metrópo-

le. Com 4,8 milhões

de habitantes, a região

metropolitana da capi-

tal mineira é conside-

rada a terceira maior

do país, e a sétima maior da América Latina.

Belo Horizonte é palco dos mais diversos

eventos artísticos e culturais, como o Festival

de Teatro, Festival Internacional de Qua-

drinhos e o Fórum de Dança. Atualmente,

o Circuito Cultural Praça da Liberdade é

considerado um dos maiores complexos de

cultura de Belo Horizonte, com oito museus

e espaços culturais em funcionamento. É

também nesse circuito que se concentram

alguns dos primeiros monumentos da cidade,

como o Palácio da Liberdade, antiga sede

do governo estadual, que foi recentemen-

te transformado em um museu interativo.

Belo Horizonte, uma capital

de várias faces

Outro importante diferencial da capital minei-

ra é a gastronomia. Festivais como o Comida di

Buteco, Brasil Sabor e Restaurant Week exploram

o que há de mais rico na culinária mineira.

Com cerca de 12 mil

bares espalhados pela

cidade, Belo Horizonte

foi considerada pelo

New York Times, a

“Capital Nacional dos

Bares”. Um conjunto

de ingredientes como

tradição, história e

muita criatividade atraem os visitantes que

buscam um pouco da cozinha típica da cidade.

O café, as cervejas artesanais, a cachaça, o queijo

minas e o pão de queijo, são as principais igua-

rias que não podem deixar de ser degustadas.

Para perceber o contraste entre as montanhas e

a área urbana da cidade, a dica é visitar o Mirante

das Mangabeiras, que proporciona uma vista

panorâmica da capital. Aqueles que gostam de

ecoturismo devem conhecer também o Parque

da Serra do Curral, que emoldura a cidade e é

um cenário imperdível. Para fi nalizar o dia, a

sugestão é apreciar o pôr do sol na Praça do Papa.

Por fim, o Conjunto Arquitetônico da

Pampulha, é visita obrigatória. Um dos mais

importantes pontos turísticos de Belo Hori-

zonte, e principal cartão-postal da cidade,

o conjunto – que foi desenhado por Oscar

Niemeyer e recebeu da Unesco, o título de

Patrimônio Cultural da Humanidade -, inclui

o Museu de Arte, a Casa do Baile e a Igreja

de São Francisco, com murais de Cândido

Portinari, projeto paisagístico de Roberto

Burle Marx e esculturas de Alfredo Ceschiatti.

Casa do Baile, na Pampulha

Click Estúdio Profi ssional /Acervo Belotur

Page 47: Gramado 2013

Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 47

Page 48: Gramado 2013

48 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

Secretaria de Turismo do Espírito Santo(55-27) 3636-8026 / www.setur.es.gov.br

Secretaria Municipal de Turismo de Vitória(55-27) 3382-6000 www.vitoria.es.gov.br/semtur Secretaria de Turismo de Vila Velha(55-27) 3389-7162 www.vilavelha.es.gov.br

Prefeitura de Domingos Martins(55-27) 3268-1344 www.domingosmartins.es.gov.br

SERVIÇO

REGIÃO SUDESTE

Espírito SantoBelezas naturais e rica cultura em Vitória>> Uma das cidades do Brasil que mais cresce

economicamente e mais investe em melhorias,

tanto para o bem-estar da comunidade quanto

para melhor receber seus visitantes, é Vitória,

capital do Espírito Santo. A cidade é uma ilha

(aterrada com areia tirada do mar, ligada ao

continente por meio de sete pontes) que se

desenvolve de forma sustentável. Falamos

aqui da capital do Brasil com maior renda

per capita e o maior Índice de Desenvolvi-

mento Humano (IDH) do Sudeste brasileiro.

A riqueza de Vitória vai além da eco-

nomia local, refl ete nas belezas naturais e

arquitetônicas, na história, na preservação

dos grupos culturais tradicionais, além

das ofertas de aventura e lazer. Quando

a cidade foi fundada oficialmente, em

1551, era chamada pelos índios de Ilha do

Mel, graças à beleza, ao clima agradável,

à baía de águas viscosas e manguezal. A

paisagem que encantou os índios, hoje

agrada os turistas. Suas praias, aliadas ao

clima e ao equilíbrio ecológico, são ideais

para a prática de esportes náuticos. Elas

têm ajudado também a resgatar a tradição

de pesca oceânica no local.

A infraestrutura capixaba também não

deixa a desejar. A oferta de hotéis de alto

nível e outros equipamentos tornam a estadia

mais confortável. Recentemente, a cidade teve

100% do seu esgoto tratado. Foram investidos

R$ 350 bilhões para que isso fosse possível.

A arquitetura também surpreende, um pas-

seio pelo centro da cidade revela prédios belíssi-

mos, que, por sua vez, traduzem a preocupação

da cidade com a ocupação ordenada e criativa.

Já a gastronomia carrega as raízes da comida

autenticamente indígena, mesmo com a forte

presença de imigrantes italianos na região. As

paneleiras de Goiabeiras, por exemplo, repro-

duzem, há 400 anos, o modo de fazer panelas

de barro, desenvolvido pelos grupos nativos das

Américas antes da chegada de europeus e afri-

canos. Essas panelas são ideais para cozinhar o

prato típico da região – a moqueca capixaba.

Além da capitalVILA VELHAVila Velha é o berço da civilização capixaba. A história do Estado do Espírito Santo começou quando, em 1535, a caravela Glória chegou ao local. Trata-se da cidade mais antiga e populosa do Espírito San-to, que mistura belezas naturais, patrimônios históricos, expansão econômica e qualidade de vida. A cidade abriga locais únicos como o Museu Homero Massena, o Con-vento da Penha, a Gruta Frei Pedro, palácios e o antigo bonde que circulava pelo município no século passado, que está exposto na Casa da Memória e aberto à visitação de segunda a sexta. Para quem

gosta de agitação, o lugar ideal é a praia da Costa. Seu calçadão, com ciclovia e quiosques, hotéis e restaurantes à beira mar, é um convite para fi car até mais tarde. Já as praias Ponta da Fruta e a Barra do Jucu reúnem a turma do surf.

DOMINGOS MARTINSA região de montanhas do Espírito Santo abriga cidades de rique-za natural e cultural únicas, a 40 minutos de distância da capital Vitória. Lá, o turista pode desfrutar do aconchego das montanhas com direito a pratos típicos, produtos do agroturismo e, para quem gosta de um pouco mais de emoção, praticar

esportes de aventura. Uma das cidades da região é Domingos Mar-tins. O município ainda mantém fortes traços de seus antepassados, que podem ser observados na gas-tronomia, no comportamento, no artesanato e na arquitetura. Uma vez em Domingos Martins, além de apreciar as belezas naturais, o visitante pode praticar diferentes tipos de esportes, como trilhas, ra-pel nas cachoeiras, passear a cavalo por lindas paisagens e se aventurar de rafting pelas corredeiras do Rio Jucu. O Parque Estadual Pedra Azul, reserva natural com várias trilhas, surpreende com a diversidade de sua fauna e fl ora.

Orla de Camburi e Enseada da Praia do Suá

Vitor N

ogueira

Page 49: Gramado 2013

Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 49

>> Depois do anúncio da Fifa de que o

Espírito Santo está habilitado para ser

usado como hospedagem de delegações

durante a Copa do Mundo do Brasil, em

2014, os diversos atores da economia

capixaba já começam a se preparar.

Pensando nisso, o secretário de Turismo

do Estado do Espírito Santo, Alexandre

Passos, destacou a quantidade de eventos

e as oportunidades que devem surgir

não apenas em 2014, mas que podem se

estender até 2018, quando o país sediará

a Copa América.

MERCADO & EVENTOS - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Turismo do Espírito Santo?Alexandre Passos - São vários os inves-

timentos nos três principais pilares do

turismo do Espírito Santo. São projetos

importantes nas áreas de infraestrutura

e qualificação; desenvolvimento tu-

rístico; criação de planos regionais de

turismo; captação de turistas de outros

estados com um trabalho específico

realizado junto aos agentes de viagem

e participação em feiras do setor. Nós

contratamos e elaboramos um Plano de

Marketing Turístico e, com ele, também

estão surgindo novos projetos, estamos

preparando novas estratégias. O Centro

de Convenções de Vitória já está em

processo licitatório. O investimento na

construção do empreendimento será de

R$ 98,5 milhões, com recursos do Go-

verno do Estado. O prazo de execução

da obra é de 24 meses, contados a partir

da assinatura da ordem de serviço. Ainda

em Vitória, está em fase de elaboração o

Centro de Visitantes do Projeto Tamar,

dotado do Tanque Oceânico. O investi-

mento é de R$ 2 milhões.

M&E - Como a Copa de 2014 vai movimentar o Turismo no seu Estado? Alexandre Passos - A cidade foi esco-

ENTREVISTA

lhida como um dos Centros de Trei-

namento de Seleções (CTS). Existem

quatro pontos que são essenciais sobre

este evento. O primeiro é o fato de o

Espírito Santo sediar o primeiro evento

ofi cial da Copa de 2014. Em segundo,

temos a localização geográfi ca do Es-

tado. O terceiro ponto é a importância

em inserir o território capixaba nesse

eixo de centros de treinamento. E por

último, o legado que vai fi car. Queremos

ter a capacidade de transformar um

benefício temporário em permanente.

Já existe a preparação de profi ssionais

da rede hoteleira.

M&E - Quais entraves ainda devem ser superados? As ligações aéreas são um problema?Alexandre Passos - Com certeza, te-

mos ainda muito trabalho a fazer. Todo

mundo sabe que o Espírito Santo é lindo

por natureza. Mas nós também sabemos

que isso não basta para conquistar os

turistas e fazer com que o Estado esteja

entre os destinos mais procurados do

Brasil. Precisamos estar preparados para

atender e receber bem os turistas, além

de divulgar as nossas potencialidades.

Outra necessidade importante é a criação

de novos atrativos turísticos de lazer para

o Estado, como casas de shows e eventos.

Nós já temos algumas perspectivas, com

iniciativas públicas. Mas precisamos de

mais investimentos nessa área. É muito

importante que a iniciativa privada faça

isso, aproveitando as nossas potenciali-

dades, os nossos manguezais, criando

passeios turísticos, fazendo com que as

nossas rotas sejam ainda mais atrativas.

Não adianta só divulgar, é preciso fazer

com que o turista venha ao Espírito Santo

e que, ao chegar aqui, encontre ofertas

de atividades de lazer que o cativem.

Talvez esse seja o nosso maior desafi o,

criar oportunidades e atividades para

que as pessoas venham pra cá, curtam

as nossas cidades, conheçam as nossas

belezas, mas também possam ter boas

opções de entretenimento, como shows,

parques temáticos, passeios com guias,

entre outras. Isso depende muito da

iniciativa privada, mas a Setur tem o

papel de estimular, articular e trabalhar

junto. E nós já estamos fazendo isso.

M&E - Como avalia a qualifi cação dos profi ssionais de Turismo do seu Estado?Alexandre Passos - Nos últimos três

anos tivemos alguns bons avanços, com

a execução do Programa Qualifi ca ES

Turismo. Resultado de um contrato entre

a Setur e o Senac, o programa é desen-

volvido em parceria com as prefeituras

municipais. O objetivo é estimular e

fortalecer o turismo nas regiões turís-

ticas do Estado, visando melhorar a

qualidade no atendimento por meio da

capacitação dos profi ssionais do setor e

pessoas que poderão atuar nas empresas

prestadoras de serviços turísticos e, con-

sequentemente, gerar emprego e renda.

Só para se ter uma ideia, no período

de 2010/2011, o programa qualifi cou

1.443 pessoas. Já entre 2012/2013, já

foram benefi ciados 5.641 participantes.

Alexandre Passos, secretário de Turismo do Espírito Santo

Estado se qualifi ca para receber delegações na Copa

Page 50: Gramado 2013

50 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

Secretaria de Estado de Turismo do Rio de Janeiro(55-21) 2333-1061 www.rj.gov.br/web/setur/principal

Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro(55-21) 2271-7000 / 2541-7522 www.rio.rj.gov.br/web/riotur

Companhia de Turismo do Estado do Rio de Janeiro(55-21) 2215-0011 www.turisrio.rj.gov.br

SERVIÇO

REGIÃO SUDESTE

Rio de JaneiroPromessas de um verão em clima de festa e descontração

>> Tudo pronto para mais uma temporada de

férias e verão. O clima de festa e descontração

ganha força com a proximidade do Réveillon,

evento que deve reunir na passagem do ano mais

de dois milhões de moradores e turistas. Para

marcar a virada do ano 2014 em Copacabana,

nada melhor do que a tradicional queima de

fogos e a programação de shows com destaque

para o tema da Copa do Mundo, no Brasil. Um

calendário festivo que se estende até o Carnaval,

que em 2014 cai entre os dias 01 e 05 de março.

Além das festas, o Rio, por si só, já seduz pelo

ambiente descontraído e o jeito de ser do carioca.

E os turistas têm uma diversificada progra-

mação de lazer e entretenimento a cumprir.

Além da capitalSOL E MAR Cruzando a Ponte Rio-Niterói está o acesso à Região dos Lagos, com destaque para as cidades de Búzios e Cabo Frio, que no verão registram um grande fl uxo de turistas. Já na direção da Costa Verde, a partir de Mangaratiba, se tem uma sequência de ilhas e praias, com destaque para a Ilha Grande, na Baía de Angra. Cerca de 100 km adiante vale uma esticada até a história Paraty, com seu casario e a baía do mesmo nome que convida a passeios de escuna.

SERRA E NATUREZA Distante pouco mais de uma hora de carro do Rio está a Região Serrana, formada pelas cidades de Petrópo-lis, Teresópolis e Nova Friburgo. A primeira delas, Petrópolis, cidade Im-perial, tem como destaque o Museu Imperial, a Casa de Santos Dumont e o Vale dos Gourmets, entre Itaipava e Correas. Na direção Sul Fluminense, vale conhecer a colônia fi nlandesa de Penedo, que tem a vila do Papai Noel, o Parque Nacional de Itatiaia e a ecológica Visconde de Mauá.

Para uma vista panorâmica da cidade nada

mais recomendável do que o passeio de trenzi-

nho até o Cristo Redentor. Os bilhetes podem

ser adquiridos pela internet, com antecedência.

Cariocas e turistas que quiserem visitar o monu-

mento, contam também com vans cadastradas

que saem do Largo do Machado direto para o

monumento. Já o visitante que preferir usar o

trem do Corcovado, deverá adquirir o bilhete pela

internet através do site (www.corcovado.com.

br). Já para chegar ao bondinho do Pão de Açúcar

o acesso funciona a partir do bairro da Urca.

Mas com a chegada do verão, turistas de todo

o país e do exterior aproveitam os encantos e o

clima de descontração das praias urbanas, com

destaque para Leme, Copacabana, Arpoador,

Ipanema, Leblon, Barra da Tijuca e Recreio.

Uma sequência ideal também para passeios de

bicicleta pelas ciclovias, ou mesmo caminhadas

junto a orla. O roteiro para os que apreciam a

natureza inclui obrigatoriamente uma visita ao

Jardim Botânico, no bairro do mesmo nome,

um passeio pelas trilhas e cachoeiras da Floresta

da Tijuca, a maior fl oresta urbana do mundo

e até um voo de parapente da Pedra da Gávea.

O roteiro deve incluir um passeio até a Lagoa

Rodrigo de Freitas, onde no dia 30 deste mês,

será inaugurada a Árvore de Natal da Lagoa,

que já é uma atração. Há que curtir os ateliês

espalhados pelo bairro de Santa Teresa e o clima

festivo dos bares e restaurantes da Lapa. Diz a

tradição que sábado é dia de feijoada. Nos prin-

cipais hotéis e restaurantes da cidade o cardápio

inclui, obrigatoriamente, esta iguaria. Churras-

carias tipo rodízio e a gastronomia internacional

complementam esse roteiro. Se a opção for pelas

compras, inclua uma visita aos tradicionais

shoppings como Rio-Sul ou Praia Shopping

(Botafogo), passando pelos shoppings da Bar-

ra, como o Barra Shopping e Downtown. O

comércio mais popular se concentra no Centro,

mas há boas opções também em Copacabana.

Na foto menor, o Museu Imperial, em Petrópolis, na Região Serrana do Estado. Acima, vista aérea da capital

Page 51: Gramado 2013

Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 51

Page 52: Gramado 2013

52 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

>> Com um volume aproximado de cinco

milhões de turistas anuais e a liderança

entre os principais destinos no país que

mais recebem estrangeiros, o Rio de Janeiro

se prepara para os megaeventos com in-

vestimentos em infraestrutura, ampliação

do parque hoteleiro e uma série de obras

voltadas para melhorar a mobilidade ur-

bana. Na opinião do secretário estadual de

Turismo, Ronald Ázaro, o grande legado

da Copa não irá se restringir apenas à

cidade do Rio de Janeiro, mas também ao

interior fl uminense. O dirigente lembra

que o cronograma de obras está em ritmo

acelerado e confi rma que o Estado ganha

em breve um novo Plano de Marketing.

MERCADO & EVENTOS - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Turismo do Rio de Janeiro?Ronald Ázaro – Creio que estamos no

caminho certo. A cidade do Rio hoje se

transformou num verdadeiro canteiro de

obras. Nós, na Setur, estamos lançando até

o fi nal do ano um ambicioso Plano de Mar-

keting, junto com a Artplan, com metas

até 2018 e que prevê investimentos de R$

20 milhões. Também estamos mudando

um pouco o foco da nossa promoção,

utilizando as ferramentas das redes sociais

ENTREVISTA

que têm um alcance inegável. Tudo isso

com vistas a Copa do Mundo e também

as Olimpíadas em 2016. Também estamos

trabalhando para melhorar o nosso recep-

tivo. Isso passa pelos 12 novos postos de

informações que estão sendo implantados

em todo o Estado e ações promocionais

como as que realizamos na Rio+20 e na

JMJ. Lembro que temos ainda os recur-

sos do Prodetur, por meio do BID, que

irão reverter na melhoria da sinalização

turística e novos centros de convenções

em cidades como Paraty e Cabo Frio.

M&E – Como a Copa de 2014 irá movimentar o Turismo no Estado?Ronald Ázaro – Esse ganho é inegável,

pois certamente todo o benefício, seja na

divulgação ou mesmo no ganho com a

melhoria da infraestrutura será estendido

aos municípios com vocação turística

localizados no interior fl uminense. Lem-

bro que dentro do turismo há ainda uma

informalidade muito grande. Estamos

fazendo um levantamento em 54 indústrias

e empresas para avaliar os ganhos seja na

geração de empregos, renda e investimen-

to. Esse trabalho visa melhorar a qualidade

do nosso serviço e promover o interior

fl uminense para aqueles que nos visitam,

revelando que o Estado tem muito mais a

mostrar além da beleza inegável do Rio.

M&E – Quais os entraves que ai-nda necessitam ser superados? As ligações aéreas são um problema?Ronald Ázaro – A grande questão neste

processo de interiorização ainda é a aces-

sibilidade. Apesar de termos municípios

próximos uns dos outros, precisamos

investir cada vez mais nesta questão. As

ligações aéreas são uma preocupação ape-

nas no que diz respeito a algumas cidades

do interior, embora cidades como Macaé,

Cabo Frio e Angra dos Reis tenham seus

aeroportos. É preciso sim criar incentivos

para o benefício da aviação regional.

M&E – Como avalia a qualifi cação dos profi ssionais de Turismo do seu Estado?Ronald Ázaro – Essa é uma questão que

está em permanente discussão. Isso diz

respeito a um trabalho direcionado não

apenas para formação da mão de obra

especializada, como também para cursos

de gestão direcionados ao empresário,

voltados para uma política de empreen-

dedorismo. Já temos algumas ações neste

sentido e a nossa ideia é incrementar

ainda mais os cursos e programas.

Ronald Ázaro, secretário de Turismo do Rio de Janeiro

Referência no Turismo, destino se prepara para os megaeventos

Atendimento ao turista é prioridadeCom os megaeventos, a Setur-RJ tem investido na melhoria da qualidade do receptivo Num recente encontro com o ministro do Turismo, Gastão Vieira, o secretário de Turismo do Rio de Janeiro, Ronald Ázaro recebeu a informação de que o MTur está liberando R$ 8 milhões para o estado com vistas a despesas com sinalização turística e infraestrutura. “Esses recursos serão repassados pelo ministério para melhorar a nossa infraestrutura no receptivo”, adiantou o secretário. Para o Secretário de Estado de Turismo do Rio de Janeiro, Ronald Ázaro, a iniciativa do Ministério, ao realizar as reuniões nas cidades sede da Copa 2014, é louvável. “A Setur-RJ tem certeza que o bom atendimento é a ferramenta que falta para que o Estado do Rio de Janeiro se torne, defi nitivamente, uma potência mundial no segmento turístico”, disse Ronald. O secretário também lembrou que o estado já conta com um programa o PIT (Programa Integrado do Turismo), criado e coordenado pela secretaria,de apoio ao turista, uma vez que o programa integra todas as entidades envolvidas na recepção, atendimento, deslocamento e proteção ao turista.

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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 53

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54 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

>> Em nenhum dos mais de 40 quilôme-

tros de praias de Maceió,o visitante será

desapontado. A cidade é banhada por

águas transparentes, com nuances que vão

do verde claro ao azul turquesa, piscinas

naturais, areias douradas e imensas man-

chas verdes, formadas por coqueirais ou

por fazendas de cana-de-açúcar.

Em todo o litoral – norte ou sul -, os

cenários são repletos de belezas naturais.

Ali, em Maceió, o diferencial são as praias

urbanas.Vale a pena passear pela orla, onde

se encontra uma boa infraestrutura com

barracas e cadeiras para alugar, ciclovia

e um imenso calçadão onde fi cam as fa-

mosas tapioqueiras. A praia de Pajuçara é

ponto de partida das jangadas que levam

ao aquário natural mais visitado da cidade.

Longe da orla fi cam as atrações culturais,

espalhadas pelo Centro de Maceió. São igre-

jas em estilos arquitetônicos variados - do

barroco ao gótico - e espaços que guardam

a rica arte popular do Nordeste. Também

no bairro histórico do Jaraguá, antiga zona

boêmia, estão construções do século 19,

além de antigos casarões e armazéns.

O polo gastronômico da capital nas-

ce em Jatiúca, a primeira praia a ganhar

destaque nos guias de turismo da região.

Hoje, por toda a orla, se encontram res-

taurantes e quiosques com uma grande

variedade de opções. Da culinária regio-

nal - regada a frutos do mar, das lagoas e

dos rios - aos pratos com sotaque francês,

passando pelos japoneses e até peruanos.

É indispensável experimentar a tradicio-

nal tapioca, com mais de 30 sabores de

recheio. Também típicos são os traba-

lhos das famosas rendeiras de Alagoas.

Passada de mãe para filha, a arte con-

fere cores e bordados a peças diversas

encontradas no bairro do Pontal da Barra.

Secretaria de Turismo de Alagoaswww.turismo.al.gov.br (55-82) 3315-5700

Secretaria Municipal de Promoção do Turismowww.maceio.al.gov.br/semptur (55-82) 3336-4409

SERVIÇOAlém da capitalMARAGOGIFamosa pelas Galés - conjunto de piscinas naturais - Ma-ragogi é considerada o tesouro mais precioso da Costa dos Corais. O lugar é comparado por muitos turistas às ilhas caribenhas, graças à cor azul-turquesa da água. SÃO MIGUEL DOS MILAGRESPor não receber excursões de Maceió (apesar da pro-ximidade com a capital), São Miguel dos Milagres tem o litoral mais preservado da região. É uma vila de pescadores cortada por apenas uma rua principal e cercada por povoados. Em cada um é possível conhecer uma praia diferente, de beleza especial. PRAIA DO MORROO acesso é complicado: para chegar só de barco ou por uma estrada de areia sem sinalização. A paisagem compensa: praia deserta, com falésias, mar azulado e a foz do Rio Camaragibe. Na maré alta, suas pedras fi cam submersas, formando uma espécie de aquário. As ondas são boas para surfe.

Alagoas

Cenário paradisíaco à beira-mar

REGIÃO NORDESTE

No topo, a enseada da praia de Pajuçara. Acima, as águas transparentes do Litoral Norte e, ao lado, coqueirais em Barra de Santo Antônio

Luiz Eduardo Vaz

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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 55

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56 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

>> Visando incrementar períodos de

baixa temporada, atraindo congressistas

e participantes de workshops, feiras e

outros eventos, o Centro Cultural e de

Exposições Ruth Cardoso está entrando

em uma nova fase. O local, próximo

a Praia de Pajuçara, receberá investi-

mentos da ordem de R$ 33 milhões

para obras de climatização e ampliação.

“A obra deve começar ainda este ano

com a implementação do sistema de

resfriamento e, em 2014 o espaço será

ampliado”, diz a secretária de Estado do

Turismo, Danielle Novis.

MERCADO & EVENTOS - Quais inves-timentos estão sendo feitos para o Turismo de Alagoas?Danielle Novis -Temos dentro do Pla-

no Estratégico de

Desenvolvimento

do Turismo de Ala-

goas, ações que serão

desenvolvidas nos

próximos 10 anos,

ou seja até 2023.

Hoje, o segmento do

turismo vem sendo

amplamente estru-

turado no Estado.

Alagoas é um desti-

nos mais procurados do Nordeste, com

uma ocupação média na rede de hotéis

e pousadas entre 76% e 80%, chegando

a quase 100% nas consideradas épocas

de alta temporada. Temos ciência que os

recursos que o turismo traz para o Estado

são muito signifi cativos, principalmente

nos municípios que contam com atrati-

vos culturais e históricos. Por esta razão

queremos deixar uma continuidade,

visando o desenvolvimento do turismo

em Alagoas. É importante ressaltar que o

Plano foi construído em 2012 com a parti-

cipação da sociedade, principalmente da-

queles que exercem a atividade turística.

Plano de Turismo prevê ações nos próximos 10 anos, até 2023

ENTREVISTA

M&E - Como a Copa de 2014 vai movimentar o Turismo no seu Estado?Danielle Novis - No início da última

temporada, fi nalizou-se a duplicação

da estrada AL-101 Sul, que liga Maceió

até a Barra de São Miguel, passando por

Marechal Deodoro, município que conta

com uma das praias mais conhecidas do

nosso litoral, a do Francês. Melhorando

os acessos, turistas de Estados vizinhos e

de outros municípios podem locomover-

se de automóvel e ônibus para aproveitar

as atrações naturais de Alagoas. A copa

deve movimentar todos os segmentos

da economia que estão diretamente

ligados ao turismo, como os setores

de serviços e injetar uma considerável

quantia na arrecadação do estado. Com

o turismo, toda a economia é benefi cia-

da. Quanto mais o

turista estende sua

estada, mais ele gas-

ta. Restaurantes, lo-

jas, farmácias, táxis,

enfim o consumo

acontece. E quan-

to melhor estiver a

infraestrutura, mais

o turista virá, e aí o

ciclo fica completo.

M&E - Quais entraves ainda devem ser superados? As ligações aéreas são um problema?Danielle Novis - Na verdade, sofremos

– todo o Nordeste – com a questão da

malha aérea. Não podemos esperar que

um país grande como o nosso, que ainda

luta contra muitas deficiências na sua

malha rodoviária, estabeleça as bases

desse crescimento turístico sem uma

malha aérea regional, que nos conecte

ao resto do país com rapidez e efi ciência.

Precisamos de uma desoneração mais

efetiva sobre o QAV – o querosene de

aviação -, cujos custos têm um peso de

40% da operação para as companhias

aéreas. Hoje, com exceção da Bahia,

Pernambuco e Ceará, todos os demais es-

tados nordestinos enfrentam difi culdades

maiores com as restrições impostas pela

defi ciente cobertura de aviões e que esse

é um desafi o prioritário a ser vencido.

M&E - Como avalia a qualifi cação dos profi ssionais de Turismo do seu Estado?Danielle Novis - A avaliação é boa, mas

ainda está longe de ser o idealizado pelo

Estado. Estamos nos esforçando para suprir

uma necessidade apresentada por Alagoas.

Nos empreendimentos do segmento, a

rotatividade de mão de obra é pequena,

por conta da falta de pessoas qualifi cadas

para assumir diversos postos importantes.

O idioma, por exemplo, ainda é um grande

problema. Os cursos serão oferecidos pelo

Senac e pelo Senai, nas áreas de confeitaria,

padaria, auxiliar administrativo, espanhol

e inglês aplicados a serviços turísticos,

camareira, organização de eventos, recep-

cionista de eventos e meios de hospedagem

e copeiro. As aulas são gratuitas e presen-

ciais. Além disso, o curso também oferece

um auxílio financeiro ao estudante. Os

locais onde as aulas serão realizadas devem

ser disponibilizados pelos empresários.

Danielle Novis, secretária de Turismo de Alagoas

“Não podemos esperar que um país

grande como o nosso estabeleça as bases desse crescimento turístico sem uma

malha aérea regional”

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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 57

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58 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

Além da capitalCANOA QUEBRADALocalizada a 12 km do município de Ara-cati, desde os anos 70, Canoa Quebrada é uma das praias mais conhecidas e ba-daladas do Ceará. Cenário de fi lmes como ‘Bella Dona’, de Fábio Barreto (1997), a vila está localizada sobre falésias de até 30 metros do nível do mar.

JERICOACOARAO destino é sim uma vila de pescadores incrivelmente linda e que conserva seu ar rústico, como você verá assim que vencer, possivelmente a bordo de uma jardineira, os 23 quilômetros de dunas entre Jijoca e Jeri. Nas ruas de areia fofa, a contemplação e o sossego são os exer-cícios principais. É bom dormir cedo para aproveitar a praia assim que o sol nascer.

REGIÃO NORDESTE

>> Fortaleza, capital do Ceará, reserva bons

momentos a seus visitantes, seja pelas belas

praias ou por sua agitada vida cultural. A

Avenida Beira Mar é o principal destino para

aqueles que buscam um mergulho no mar

de águas mornas ou que querem saborear as

típicas patinhas de caranguejo oferecidas nas

barracas ao longo das praias de Iracema, Mei-

reles e Mucuripe, que integram a orla central.

De Fortaleza também saem excursões para

as outras praias do litoral cearense. O roteiro

da Costa do Sol Nascente inclui a praia de Ca-

noa Quebrada, além de visitação a engenhos

que contam a história da produção açucareira

na região. Já a rota da Costa do Sol Poente

inclui as praias de Jericoacoara, e de outros

municípios vizinhos. O ponto alto do passeio

é poder testemunhar o sol se escondendo

nas águas do Atlântico, do alto de uma duna.

Símbolo da cultura cearense, o Centro

Cultural Dragão do Mar reúne artesanato,

gastronomia, cultura e badalação num só

lugar. Lá, fi cam o Museu de Arte Contem-

porânea, o Memorial da Cultura Cearense,

além de teatros, cinemas, planetário, boates e

restaurantes para todos os gostos. Aproveite

para experimentar pratos à base de frutos do

mar e as iguarias típicas da gastronomia do

sertão, como o Baião-de-dois e a Carne de sol.

Não saia de Fortaleza sem provar as deliciosas

tapiocas com recheios variados. No bairro de

Messejana mais de 20 barracas convidam os

visitantes a experimentar todos os sabores.

Para conhecer o artesanato local vá direto

ao Mercado Central. Lá é possível encontrar

trabalhos em cipó, bambu, palha de carnaúba

e couro, além de diversos quitutes. Sem falar

nas rendeiras, maior símbolo do artesanato

cearense, que produzem rendas, bordados,

labirintos, crochês e diversas outras peças.

Secretaria de Estado de Turismo do Ceará(55-85) 3101-4654 / www.setur.ce.gov.br

Secretaria de Turismo de Fortaleza(55-85) 3105-1464 www.fortaleza.ce.gov.br/turismo

SERVIÇO

Cear

áCe

ará

Banho de sol, mar e cultura em Fortaleza

Praias de Iracema e Jericoacoara

Fotos: Governo do CE

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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 59

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60 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

>> Confiante, o secretário de Turismo

do Ceará espera sucesso no Mundial,

mas exige melhorias na estrutura dos

hotéis. “Quanto os entraves, apesar da

boa oferta de leitos na rede hoteleira

da cidade de Fortaleza, que deve che-

gar em 2014 a 40 mil, a estrutura dos

nossos hotéis precisa ser renovada.

Do jeito que está, não dá. O setor

privado tem que melhorar isso. Trocar

os pisos, as camas, os aparelhos de ar

condicionado, as televisões e outros as-

pectos”, afirma Bismarck Maia. Apesar

da preocupação, ele crê na realização

de um ótimo evento. “Um país como

o Brasil, que tem capacidade de pro-

mover eventos como o Carnaval do

Rio de Janeiro, o Carnaval de Salvador

e o Fortal, consegue tirar a Copa de

letra”, garantiu o secretário.

MERCADO & EVENTOS - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Turismo do Ceará?Bismarck Maia - Para ampliar o poten-

cial natural para o turismo, desde 2007,

o Governo do Es-

tado do Ceará, por

meio da Secretaria

do Turismo, tem

priorizado a ativi-

dade turística como

meio de desenvol-

vimento econômi-

co e social para a

sua população. Os

resultados são os

investimentos sig-

nifi cativos na infraestrutura deste setor,

inclusive, no incentivo aos segmentos do

turismo de eventos e de negócios, onde

foram investidos mais de R$ 1 bilhão

em obras de estrutura, dentre outras.

M&E - Como a Copa de 2014 vai movimentar o Turismo no seu Estado?

Turismo de Eventos recebeu mais de R$ 1 bilhão de investimentos

ENTREVISTA

Bismarck Maia - Fortaleza foi a ci-

dade mais beneficiada pelos gastos

dos estrangeiros durante a Copa das

Confederações. Na capital cearense,

os turistas estrangeiros tiveram um

gasto médio de R$2,7 mil por pessoa.

Dentre as seis cidades-sede, Fortaleza

foi a que mais vendeu ingressos para

turistas internacionais, cerca de 4,7%

do total. A expectativa é que a capital

cearense seja uma das cidades-sede

com maior número de torcedores de

outros países também na Copa do

Mundo. As belas praias, grades jogos

da competição e a proximidade com a

Europa e América do Norte são alguns

dos atrativos de Fortaleza.

M&E - Quais entraves ainda devem ser superados? As ligações aéreas são um problema?Bismarck Maia - Para acompanhar o

ritmo de crescimento da atividade tu-

rística no Ceará, que atinge uma média

de 6,7% desde 2007, o Governo do Es-

tado vem trabalhando para multiplicar

a capacidade para

receber voos, tan-

to nacionais quan-

to internacionais

e executivos. Em

articulação com a

Empresa de Infraes-

trutura Aeropor-

tuária (Infraero) e

o Governo Federal,

foi captada a maior

obra da estatal: a

ampliação do Aeroporto Internacional

Pinto Martins - um investimento de R$

337 milhões que vai fazer a capacidade

de atendimento chegar a 11 milhões de

passageiros por ano, enquanto atual-

mente é de 5,6 milhões. Além disso, o

aeroporto Dragão do Mar, em Aracati,

será ampliado para servir como alter-

nativa ao aeroporto Pinto Martins, em

Fortaleza, durante a Copa do Mundo

de 2014. Quanto os entraves, apesar da

boa oferta de leitos na rede hoteleira

da cidade, que deve chegar em 2014 a

40 mil, a estrutura dos nossos hotéis

precisa ser renovada. Do jeito que está,

não dá. O setor privado tem que me-

lhorar isso. Trocar os pisos, as camas,

os aparelhos de ar condicionado, as

televisões e outros aspectos.

M&E - Como avalia a qualifi cação dos profissionais de Turismo do seu Estado?Bismarck Maia - O governado do

Ceará firmou um convênio com a

Universidade de Fortaleza (Unifor)

para a capacitação de 7.920 alunos a

cada semestre até a Copa do Mundo,

totalizando cerca de 24 mil pessoas

qualificadas até 2014. O investimento

total será de R$ 2,5 milhões, sendo R$

1,7 milhão do estado e R$ 780 mil em

contrapartida da Unifor. Os cursos

serão gratuitos e de nível médio. As

aulas serão ministradas no campus da

Unifor. Além disso, o Pronatec Copa

oferece 600 vagas ainda em abertas em

cursos nas áreas de turismo, hospitali-

dade, lazer, produção cultural e design.

Bismarck Maia, secretário de Turismo do Ceará

“A expectativa é que a capital cearense seja uma das cidades-sede com maior número de torcedores de outros

países também na Copa do Mundo”

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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 61

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62 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

Secretaria de Turismo de Pernambuco - Empetur(55-81) 3182- 8300 www.empetur.com.br

Secretaria de Turismo de Recife(55-81) 3232-8105 www.recife.pe.gov.br

Rota 232projeto232.com.br

SERVIÇO

PernambucoPernambucoEncantos mil na terra do frevo

>> Recife é uma daquelas cidades que te fazem querer

voltar: uma, duas, três vezes. Ou quem sabe mudar

de vez para lá. Com um ritmo próprio, marcado

pela simpatia de seu povo, a capital de Pernambuco

encanta quem a visita. São muitas as opções culturais,

gastronômicas, sem falar nas praias localizadas não

só ali, mas também nos arredores da cidade.

Recife tem na cultura uma de suas grandes forças

na atração e captação de turistas. O frevo surge entre

os principais diferenciais da região. Não sem motivo,

a dança foi eleita em 2012, pela Organização das Na-

ções Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

(Unesco), como Patrimônio Cultural Imaterial da Hu-

manidade durante evento em Paris. O ritmo musical

é conhecido pelas danças características, apresenta-

das, a cada ano, no Carnaval de Recife,

uma das festividades locais mais típicas.

Quem gosta do mar não pode perder

a oportunidade de mergulhar por aqui.

A cidade é considerada pelos mergu-

lhadores como a capital brasileira para

a atividade, reunindo em suas águas

claras doze naufrágios operáveis, com

profundidades que variam entre 12 e

58m. São 187 km de praias com águas

mornas, sem contar com o Arquipélago

de Fernando de Noronha. A emissora de

TV norte-americana CNN elegeu as oito

melhores praias do Brasil durante visita

ao país em junho deste ano. Entre elas,

três praias pernambucanas foram desta-

que: Praia dos Carneiros, em Tamandaré,

Porto de Galinhas, em Ipojuca, e a Praia

do Sancho, em Fernando de Noronha.

Já em terra fi rme, importantes monu-

mentos ao longo de suas ruas formam

um leque de atrações para os viajantes. A

ofi cina Francisco Brennand e o Instituto

Ricardo Brennand, a Capela Dourada,

igreja com teto e paredes repletas de pinturas sacras, e

o próprio Recife Antigo, que acumula características

da invasão holandesa no século 17, com fachadas

coloridas dos casarios.

O bairro de Recife Antigo, no Centro Histórico

da capital pernambucana, fi cará fechado 32 dias

consecutivos durante a Copa de 2014. Lá, no Marco

Zero, ocorrerão as Fan Fests, tradicionais festas ao

ar livre que reúnem os torcedores em dias de jogos,

com telões que exibem as partidas. Para entreter os

turistas e também moradores, novas ações também

vêm sendo implementadas, como as CicloFaixas,

ao todo são 35 quilômetros. Em parceria com a

ABIH, serão implantados bicicletários com bikes

que poderão ser utilizadas de forma gratuita. 

Além da capitalPORTO DE GALINHASUma vila à beira mar. Porto de Gali-nhas, situada no município de Ipoju-ca, a 65 quilômetros do aeroporto de Recife, é o lugar certo para aqueles que gostam de água. Tomar banho de mar nas piscinas naturais de Porto de Galinhas é o passeio obrigatório.

FERNANDO DE NORONHAFernando de Noronha é um exemplo de interação bem sucedida entre ho-mem e natureza, em um conjunto de 21 ilhas localizado a 545 km da costa

pernambucana. É Patrimônio Natural da Humanidade, sob controle de organismos ambientais que garantem sua preservação

OLINDADeclarada pela Unesco como Patrimô-nio Cultural da Humanidade, Olinda possui belíssimos templos católicos. O Centro Histórico chama atenção pelas igrejas barrocas, casario colonial e bons restaurantes. Durante o famoso Carnaval de Olinda, as ladeiras lotam com turistas brincando entre bonecos gigantes e dançarinos de frevo.

Baía dos Porcos, em Fernando de Noronha, e Carnaval de Olinda

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64 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

>> O secretário de Turismo de Pernambu-

co, Alberto Feitosa, possui uma visão clara

do setor e dos problemas que precisam

ser superados para que se alcance um

bom patamar de qualidade. Comandando

também a CIT-Nordeste, ele acredita que

a qualifi cação profi ssional é um grande de-

safi o para o turismo do Brasil e que faltam

mais voos regionais. “Muitas vezes, um

voo saindo do Recife para capitais como

Maceió, Aracaju e São Luís, demora mais

tempo do que uma viagem para cidades de

outras regiões, como São Paulo e Brasília.

MERCADO & EVENTOS - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Turismo de Pernambuco?Alberto Feitosa - O turismo em Pernam-

buco vive um dos seus momentos mais

prósperos. O Estado deixou de ser apenas

destino de lazer e entrou no competitivo e

lucrativo segmento de turismo de negócios

e eventos. O resultado está nos números.

Desde 2007, Pernambuco vem registrando

um crescimento signifi cativo no fl uxo de

turistas, saltando de 3.643.038 de visitan-

tes para 4.782.962, um aumento de 23%

nos últimos cinco anos. Investimentos

hoteleiros estão sendo feitos em todas as

Turismo vive um dos momentos mais prósperos em Pernambuco

ENTREVISTA

regiões do Estado. Até 2014, teremos mais

12 mil leitos, contabilizando um total de

80 mil leitos. Vale salientar que entre os

novos equipamentos, teremos três hotéis

com bandeira internacional, o Sheraton,

o Marriott e o Four Seasons. O Estado por

sua vez tem investido em obras estrutu-

radoras para o turismo. A Secretaria de

Turismo de Pernambuco tem investido com

recursos próprios e do Prodetur Nacional

em obras em todas as regiões do Estado. 

M&E - Como a Copa de 2014 vai movi-mentar o Turismo no seu Estado?Alberto Feitosa - Durante 30 dias, os olhos

do mundo estarão voltados para nós. Te-

nho dito sempre que a Copa do Mundo é

meio, não é fi m. É uma grande vitrine para

apresentarmos o melhor de Pernambuco.

Estudos realizados no Mundial da África

do Sul mostraram o salto quantitativo no

turismo do país durante e após o even-

to. Tenho certeza que não será diferente

com o Brasil. Na verdade, será melhor.

M&E - Quais entraves ainda devem ser superados? As ligações aéreas são um problema?Alberto Feitosa - Antes mesmo de assumir

a presidência da CTI Nordeste, já defendia

a ideia de investimentos para a malha aérea

regional, em especial, para a nossa região. A

oferta é muito reduzida. Muitas vezes, um

voo saindo do Recife para capitais como

Maceió, Aracaju e São Luís, demora mais

tempo do que uma viagem para cidades de

outras regiões, como São Paulo e Brasília.

É preciso regionalizar para crescer.

M&E - Como avalia a qualifi cação dos profi ssionais de Turismo do seu Estado?Alberto Feitosa - Acredito que hoje

a qualificação profissional é o grande

desafi o para o turismo brasileiro, mas

temos boas notícias. Em parceria com o

Ministério do Turismo, Sistema S e outras

instituições nacionais, vários profi ssionais

têm tido a oportunidade de cursos pro-

fi ssionalizantes, principalmente na área

de atendimento e idiomas. O próprio

trade turístico já acordou para isso e tem

feito sua parte. De nossa parte, temos

investindo em cursos para qualifi cação

de gestores e taxistas. Neste último, em

uma ação pioneira no Brasil, os taxistas

têm aulas de inglês, espanhol e qualidade

no atendimento em tablets, que também

são usados pelos passageiros para con-

sultar informações turísticas do Estado.

Alberto Feitosa, secretário de Turismo de Pernambuco

Pernambuco terá três novos hotéis de bandeira internacionalO Courtyard by Marriott Hotel (primeiro da categoria no país) está em construção em Recife e terá 162 quartos; deverá ser inaugurado no segundo trimestre de 2014, antes da Copa do Mundo. “Com este projeto, reforçamos os esforços da Marriott International no crescimento contínuo da marca Courtyard e no mercado brasileiro. Estamos confi antes de que o primeiro hotel Courtyard em Recife, no Brasil, será muito bem-sucedido,” afi rma Craig S. Smith, presidente da Marriott Internatio-nal para Caribe e América Latina. A rede Four Seasons assinou um protocolo de intenções com a pernambucana Iron House Real Estate para a construção de um resort urbano no litoral de Pernambuco. O projeto foi lançado pela Odebrecht Realizações, que é sócia do grupo Cornélio Brennand, controlador da Iron House, em um bairro planejado de alto padrão que está sendo erguido no litoral Sul de Pernambuco, a Reserva do Paiva. A estimativa é que sejam 153 suítes. O Sheraton Reserva do Paiva Hotel and Convention Center tem inauguração prevista para o dia 1º de abril de 2014 e foi construído a partir do zero pela Odebrecht Realizações.

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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 65

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66 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

Além da capitalPORTO SEGUROPorto Seguro possui 90 quilômetros de praias, que protegidas por recifes de corais, rios e coqueirais, além da Mata Atlântica, formam um cenário quase indescritível. Belas praias é que não faltam no destino. Entre as mais visitadas, estão Tacimirim, Taperapuã e Mundaí.

TRANCOSODesde os anos 70, quando Trancoso foi descoberta pelos hippies, até hoje, o cenário mudou pouco. As praias conti-nuam tranquilas, as casas da praça central da vila seguem bucólicas e coloridas. Entretanto, a cidade oferece serviços de categoria cinco estrelas, atraindo turistas em busca de descanso e conforto.

MORRO DE SÃO PAULOEm um pedaço da ilha de Tinharé, na Costa Sul da Bahia, no município de Cairu, encontra-se uma verdadeira joia da natureza. Morro de São Paulo tem águas cristalinas e trechos de Mata Atlântica contrastando com um extenso man-guezal. Não à toa, o lugar fi ca lotado de turistas em todas as épocas do ano.

REGIÃO NORDESTE

Empresa de Turismo da Bahia (Bahiatursa)(55-71) 3117-3000 www.bahiatursa.ba.gov.br

SERVIÇO

BahiaUm Estado plural, com vocação para o Turismo

>> O charme e o luxo de Trancoso; a riqueza

histórica de Porto Seguro e Arraial D’Ajuda;

os lagos e cânions do Rio São Francisco e as

vinícolas no Norte do Estado; a Baía de  To-

dos-os-Santos; a Costa das Baleias; o chocolate

de Ilhéus; Itacaré; Boipeba; Morro de São

Paulo. Tudo isso faz parte do Estado da Bahia.

Uma variedade de atrações e motivos para

que você, turista, agende logo sua viagem.

Além de todas as regiões citadas, a capital,

Salvador, é uma mistura de estilos, sabores e

cores. O Elevador Lacerda é um dos cartões

postais mais clássicos da cidade. Foi inaugurado

em 1873 e fi ca localizado na Praça Cayru; é

a principal ligação entre a chamada “Cidade

Baixa” e “Cidade Alta”. Bem pertinho dali está o

Mercado Modelo. Sua construção é monumen-

tal e foi tombada pelo Instituto do Patrimônio

Histórico e Artístico Nacional em 1966. Em-

bora a arquitetura seja marcante, o principal

atrativo é a variedade de comidas e bebidas

típicas, além de muitos artigos artesanais locais.

O Pelourinho também é passagem obrigatória

para todos os turistas que visitam Salvador. Tom-

bado pelo Patrimônio da Humanidade da Unesco,

o bairro abriga mais de 800 casarões dos séculos

17 e 18, além de diversas igrejas, museus, teatros,

lojas e restaurantes. Aproveite para saborear os

pratos típicos regionais onde se destacam o vatapá

e o acarajé, além, é claro, de bobó de camarão.

Em seu tour, não deixe de conhecer o boê-

mio bairro do Rio Vermelho, famoso pelos

tabuleiros das baianas. Entre as praias, desta-

cam-se Itapuã, Stella Maris e Porto da Barra.

Trancoso e Porto Seguro

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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 67

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68 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

>> Com conhecimentos e experiência

no setor do turismo, o secretário da

pasta na Bahia, Domingos Leonelli,

alerta para uma questão “preocupan-

te” na visão dele: os altos custos dos

bilhetes aéreos no Nordeste. “Não há

nada mais preocupante do que o preço

das passagens aéreas, que chegam a

ser imorais. Isso pode inviabilizar o

turismo no Nordeste, que tem como

principais mercados emissores o Sul e

o Sudeste do Brasil. Até os estrangeiros

que visitam a Bahia e os outros destinos

nordestinos chegam por São Paulo e

pelo Rio de Janeiro”, afi rma. Nessa en-

trevista, ele fala ainda sobre os atrativos

de seu Estado e sobre os investimentos

contínuos que vem sendo feitos. “A

Bahia é um estado muito plural e essa

pluralidade é retratada em nosso slogan

de campanhas publicitárias: A Bahia é muito mais. É muito mais porque,

além do segmento

Sol e Praia, que é

o preferido dos tu-

ristas domésticos e

também dos estran-

geiros que visitam o

Brasil e o Nordeste,

nós temos um gran-

de acervo cultural

e arquitetônico em

Salvador, temos a

capital com o maior

número de afrodes-

cendentes fora da

África, o que nos

proporciona uma

riqueza cultural,

gastronômica e religiosa ímpar; e temos

diversos atrativos no interior”, avalia.

MERCADO & EVENTOS - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Turismo da Bahia? Domingos Leonelli - Temos feito in-

ENTREVISTA

vestimentos importantíssimos. Nos

últimos sete anos, foram aplicados R$

263 milhões em infraestrutura turística

como a construção da Rodovia Itacaré/

Camamu, a recuperação de prédios e

monumentos históricos em Salvador,

além do aporte de R$ 17 milhões em

ações de capacitação profi ssional. Além

disso, captamos R$ 170 milhões, junto

ao Banco Interamericano de Desen-

volvimento para fazer um importante

projeto de requalifi cação da Baía de To-

dos-os-Santos. Serão construídos píeres,

atracadouros, bases náuticas, além da

recuperação de construções seculares,

o que transformará a região no prin-

cipal polo do turismo náutico do país.

M&E - Como a Copa de 2014 vai mov-imentar o Turismo no seu Estado? Domingos Leonelli - Deve ter uma

grande movimentação, com mais de

60 mil estrangeiros

e cerca de 700 mil

pessoas vindas do

interior. Na Copa

das Confederações

Salvador recebeu

195 mil visitantes de

outros Estados e es-

trangeiros, durante

os dez dias do even-

to. O levantamento

foi realizado entre

20 e 30 de junho,

período em que a ci-

dade sediou os jogos

Uruguai x Nigéria,

Itália x Brasil e Itália

x Uruguai. Foram aplicados mil questio-

nários com os visitantes. Segundo dados

levantados, cerca de 154 mil turistas

vieram de outros lugares do Brasil, en-

quanto pouco mais de 40 mil chegaram

do exterior, o que contribuiu para uma

receita turística de R$ 285 milhões na

capital baiana, num período de dez dias.

M&E - Quais entraves ainda devem ser superados? As ligações aéreas são um problema? Domingos Leonelli - Há alguns entraves

que até lá deverão ser resolvidos como a

questão da mobilidade urbana, mas não há

nada mais preocupante do que o preço das

passagens aéreas, que chegam a ser imorais.

Isso pode inviabilizar o turismo no Nor-

deste, que tem como principais mercados

emissores o Sul e o Sudeste do Brasil. Até

os estrangeiros que visitam a Bahia e os

outros destinos nordestinos chegam por

São Paulo e pelo Rio de Janeiro. Já tive

uma conversa com o presidente da Anac,

Marcelo Guaranys, que também se mani-

festou favorável à abertura dos céus para

as estrangeiras. Ele me disse que para que

isso seja viabilizado, as empresas precisam

seguir as normas e leis vigentes no Brasil.

M&E - Como avalia a qualifi cação dos profi ssionais de Turismo do seu Estado?Domingos Leonelli - Ainda há muito

para avançar. Nós capacitamos 15 mil

trabalhadores do turismo nos últimos

sete anos, mas eu creio que esse é um dos

grandes desafi os para o setor na Bahia.

Domingos Leonelli, secretário de Turismo da Bahia

Alto preço das passagens aéreas pode inviabilizar Turismo no NE

“Não há nada mais preocupante do que o preço das

passagens aéreas, que chegam a ser imorais. Isso pode inviabilizar o turismo no Nordeste,

que tem como principais mercados emissores o Sul e o Sudeste do Brasil”

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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 69

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70 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

Além da capitalCAMPINA GRANDEPor 30 dias, Campina Grande, a 150 qui-lômetros de João Pessoa, na Paraíba, é a capital mundial da alegria. O forró, ritmo musical genuinamente nordestino, embala as coreografi as dos mais de 30 grupos de quadrilhas que competem pelo prêmio fi nal, sem contar os shows com artistas famosos e locais, as comidas típicas ven-didas em mais 300 barracas e o artesanato regional. Tudo em homenagem a São João. Sua última edição, de 03 de junho a 03 de julho de 2013, reuniu cerca de dois milhões de visitantes, com turistas de várias partes do Brasil e do mundo. A cidade de 400 mil habitantes fi cou com 100% de sua capacidade hoteleira ocupada. E este mês inteiro de festa movimentou mais de R$ 100 milhões, além de gerar cerca de dez mil empregos diretos e indiretos.

CONDEO município de Conde, situado a 20 km da capital paraibana, João Pessoa, abriga as praias mais procuradas pelos turistas, reconhecidas pela limpeza de suas águas.

Empresa Paraibana de Turismo – PBTur(55-83) 3214-8185 www.destinoparaiba.pb.gov.br

Secretaria de Turismo de João Pessoa(55-83) 3218-9850www.joaopessoa.pb.gov.br

SERVIÇO

REGIÃO NORDESTE

João Pessoa: de janeiro a janeiro, sol e praia o ano inteiro

>> Nada atrai mais a atenção do turista do que

sua beleza natural. O litoral desse estado pode ser

percorrido por mais de cem quilômetros de belas

praias, com areias brancas e águas claras. Tem a

terceira capital mais antiga do país, fundada em

1585. É conhecido, principalmente, pelo turismo

de praia e sol. Este é o Estado da Paraíba, com 3,9

milhões de habitantes e uma invejosa área de 56

mil km². Caso queiramos situar a região, podemos

colocá-la no Nordeste, com fronteiras entre o Rio

Grande do Norte, Pernambuco e Ceará. Resulta-

do?! Sol, praia, calor e areia o ano todo! O litoral sul

do estado possui algumas das praias mais bonitas

do Brasil, entre as quais as do Amor, de Carapibus,

de Graú, de Jacumã, de Pitimbu e de Tabatinga.

Na capital não é diferente. Considerada pela

ONU como uma das cidades mais verdes do

mundo, João Pessoa possui parques que pre-

servam a beleza natural brasileira. A lagoa

no centro do Parque Sólon de Lucena é um

dos cartões postais da cidade, além de possuir

exemplares de árvores da Mata Atlântica. O local

abriga a primeira Igreja Batista, construída em

1958, e porta para o centro histórico da cidade.

Pra quem se anima com as riquezas histórico-

culturais, podemos continuar o tour por dois

monumentos que valem a pena ser conhecidos.

O Farol do Cabo Branco, inaugurado em 1972,

tem 40 metros de altura e do topo é possível ver

toda a orla de João Pessoa, além da Ponta do

Seixas. E a Fortaleza de Santa Catarina, fundada

em 1589, que é um dos únicos monumentos

que fi cou de pé desde a época da colonização.

Assim como os grandes destinos do Nordeste,

a Paraíba também apresenta suas peculiaridades

religiosas. Um bom exemplo é a Romaria em

homenagem à Nossa Senhora da Penha, que

tem um percurso de 14 quilômetros e acontece

sempre no último domingo de novembro. Uma

carreata conduz a imagem da santa até a igreja de

Nossa Senhora de Lourdes, no centro da capital.

Não podemos deixar de destacar o Santuário

da Cruz da Menina, à margem da estrada que

liga Patos à Pombal, pela rodovia BR-230. O

santuário é conhecido popularmente como “A

Cruz da Menina”, local de permanente romaria e

atração turística, benefi ciado com a construção

de um moderno parque constituído de cobertura

de alumínio, salas de ex-votos, casa das velas e

altar externo, ao pé de uma cruz com 10 metros.

ParaíbaParaíbaPraia de Tabatinga, em Conde

Cacio Murilo

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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 71

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72 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

Mak

ito

>> O secretário de Turismo da Paraíba,

Renato Feliciano, foi enfático ao afi rmar

que, além da bela história da Paraíba e de

sua capital, João Pessoa, a terceira mais

antiga do Brasil, o Estado vive de praia e

sol. Renato pôde destacar diversas praias

do extenso litoral. Quando o assunto é

investimento, destacam-se os R$ 180 mi-

lhões injetados no Centro de Convenções

que promete, de acordo com o secretário,

transformar o turismo da região. Colo-

cando em pauta os principais legados

da Copa, Renato acredita que a época de

festas juninas pode angariar frutos para

o Estado, que deve receber turistas da

Copa. E isso terá de ser ajudado pela malha

aeroviária, assunto que Renato Feliciano

coloca como problemático nesta altura do

campeonato: “É preciso que as empresas

aéreas tenham mais comprometimento

com os estados da federação. A malha aérea

regional no Nordeste é muito falha ainda.”

M&E - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Tur-ismo da Paraíba?Renato Feliciano

- O Governo está

fazendo grandes in-

vestimentos, como o

Centro de Conven-

ções, orçado em R$

180 milhões e que irá

transformar o turis-

mo do nosso Estado.

A primeira etapa já

foi inaugurada, mas

a conclusão de todo

o complexo está agendada para março

de 2014. Além disso, temos o Binário

de Jacumã, que vai facilitar o fluxo do

turista para visitar as praias do Litoral Sul,

e a urbanização das barracas da praia de

Coqueirinho. Estamos fazendo o maior

programa de qualifi cação turística já vista

ENTREVISTA

no Estado da Paraíba. Estamos trabalhando

também com foco no turismo náutico,

participando das principais feiras nacionais

e internacionais fazendo a divulgação e

apoiando o São João de Campina Grande,

para ter uma visibilidade internacional.

Também reformamos o Vale dos Dinos-

sauros, em Sousa, um investimento de

mais de R$ 800 mil, que dois meses após

a reforma já teve mais de oito mil visitas,

número quatro vezes maior do que o

total de visitas de todo o ano de 2012.

M&E - Como a Copa de 2014 vai mov-imentar o Turismo no seu Estado?Renato Feliciano – Uma das nossas

preocupações é aproveitar o legado da

Copa do Mundo. A expectativa, sem

dúvida, é enorme. Temos uma comissão

envolvendo várias secretarias, inclusive

a Secretaria de Turismo e Desenvol-

vimento Econômico. A Paraíba tem

uma peculiaridade

porque a Copa do

Mundo será rea-

lizada no período

junino e nós temos

o Maior São João do

Mundo, em Campi-

na Grande, que já é

um grande atrativo

turístico. E nós so-

mos a capital mais

próxima de duas se-

des, que são Recife

e Natal, com uma

pista duplicada, ou

seja, um ótimo aces-

so rodoviário. Esta-

mos trabalhando visando várias ações de

qualifi cação para aproveitar este evento.

M&E - Quais entraves ainda devem ser superados? As ligações aéreas são um problema?Renato Feliciano - É preciso que as em-

presas aéreas tenham mais comprome-

timento com os estados da federação. A

malha aérea regional no Nordeste é muito

falha ainda. Às vezes, uma empresa tem

uma taxa de ocupação no voo de 80% e

cancela esse voo porque existe uma rota

que dá lucro maior. Ou seja, é preciso

analisar essa questão com as companhias

aéreas. É necessário ainda que o Minis-

tério da Aviação Civil encampe isso,

no sentido de propiciar incentivos para

voos regionais. Isso compromete todo o

turismo do Nordeste. É um problema bra-

sileiro, mas mais especifi camente nosso.

M&E - Como avalia a qualifi cação dos profi ssionais de Turismo do seu Estado?Renato Feliciano - Avalio positivamente. O

povo da Paraíba é acolhedor, atende bem

nossos turistas, mas precisa cada vez mais

se especializar. Pensando nisso, o Governo

do Estado lançou o maior programa de

qualifi cação turística já vista no Estado,

onde vamos qualifi car, só no litoral, mais

de dois mil profi ssionais. Em Campina

Grande serão mais de 1,2 profi ssionais.

E vamos levar isso a outras regiões, como

Brejo e Sertão, para que cada vez mais o

turismo seja profi ssionalizado e possamos

fi delizar cada vez mais nossos turistas.

Renato Feliciano,secretário de Turismo da Paraíba

Centro de Convenções promete transformar Turismo na região

“A malha aérea regional no Nordeste

ainda é muito falha. Ou seja, é preciso analisar essa questão com as companhias aéreas.

Isso compromete todo o turismo do Nordeste.

É um problema brasileiro, mas mais

especificamente nosso”

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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 73

Santa Catarina

do BrasilSete vezes eleito

o melhor destino turístico

Praia da Silveira, em Garopaba

Mak

ito

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74 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

DEZ REGIÕES TURÍSTICAS DE SANTA CATARINA

REGIÕES PRINCIPAIS CIDADES OUTRAS CIDADES DE INTERESSE

Caminho dos Príncipes Joinville, Jaraguá do Sul, São Bento do Sul, São Francisco do Sul

Rio Negrinho, Campo Alegre, Corupá, Balneário Barra do Sul, Barra Velha, Itaiópolis, Mafra, Itapoá

Costa Verde e Mar Balneário Camboriú, Itajaí, Itapema, Porto Belo, Navegantes, Balneário Piçarras, Bombinhas e Penha

Camboriú, Ilhota e Luiz Alves

Vale Europeu Blumenau, Pomerode, Brusque, Nova Trento, Rio do Sul

Gaspar, Indaial, Timbó, Botuverá, Ibirama, Apiúna, Rodeio, Rio dos Cedros, Presidente Getúlio, Doutor Pedrinho, Benedito Novo

Grande Florianópolis Florianópolis, Governador Celso Ramos, São José, Palhoça e Santo Amaro da Imperatriz

Biguaçu, Águas Mornas, Rancho Queimado, São Pedro de Alcântara, Angelina, Antonio Carlos, Anitápolis e São Bonifácio

Encantos do Sul Laguna, Imbituba, Garopaba, Criciúma, Tubarão, Nova Veneza e Gravatal

Urussanga, Orleans, Jaguaruna, Içara e Balneário Rincão

Caminho dos Cânions Araranguá, Sombrio e Praia Grande Passo de Torres, Balneário Gaivota, Santa Rosa do Sul, Jacinto Machado, Turvo, Timbé do Sul, Meleiro, Morro Grande, Maracajá e Balneário Arroio do Silva

Serra Catarinense Lages, São Joaquim, Urubici, Urupema, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro

Bocaina do Sul, Correia Pinto, Anita Garibaldi, Campo Belo do Sul, Cerro Negro, Capão Alto, Otacílio Costa, Rio Rufi no, São José do Cerrito, Painel, Palmeira

Vale do Contestado Videira, Treze Tílias, Fraiburgo, Tangará, Pinheiro Preto, Piratuba, Irani, Itá e Caçador

Curitibanos, Porto União, Canoinhas, Frei Rogério, Seara, Rio das Antas, Campos Novos, Capinzal, Concórdia, Joaçaba e Herval d’Oeste

Grande Oeste Catarinense Chapecó, Xanxerê e Aberlado Luz Xaxim, São Domingos, Vargeão, Mondaí, São Lourenço do Oeste, Saudades, Maravilha e Guatambu

Caminhos da Fronteira São Miguel do Oeste, Dionísio Cerqueira e Itapiranga Guaraciaba e São José do Cedro

O Estado de Santa Catarina possui 5,9 milhões de habitantes em 293 municípios distribuídos por uma área de 95.346 km2, divididos em dez regiões turísticas

Mapa das regiões turísticas

74 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 75

>> A capital de Santa Catarina é um dos mais importantes destinos turísticos do Brasil. O município se espalha por

uma ilha costeira – a Ilha de Santa Catarina – e por alguns bairros localizados numa pequena península continental.

Nesse território contam-se uma centena de praias, montanhas, áreas de preservação permanente, Mata Atlântica,

dunas e duas grandes lagoas: a do Peri, o maior reservatório de água doce da ilha, e a da Conceição. Florianópolis

tem 100 praias, de todos os tipos, desde enseadas abrigadas até aquelas de mar aberto e com ondas grandes, boas

para o surfe. Algumas são famosas e muito procuradas, como Jurerê Internacional, Jurerê, Canasvieiras, Ponta das

Canas, Lagoinha, Brava, Ingleses e Santinho (Norte da ilha); Moçambique, Barra da Lagoa, Mole e Joaquina (Leste);

Campeche, Armação e Pântano do Sul (Sul). A Lagoa da Conceição possui águas calmas, esverdeadas, transparentes

e pouco profundas. Na Lagoa do Peri as águas são rasas e cristalinas.

e Florianópolis está pronta para te receber

Vem chegando o verão...

Ponte Hercílio Luz

Mak

ito

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76 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 77

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78 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

>> Saindo de Floripa em direção à Serra Verde

e Mar, nos deparamos com mais belezas. O

litoral catarinense é um dos mais bonitos

do Brasil: são dezenas de praias com areias

brancas e águas azuis transparentes, a maioria

delas emolduradas por morros verdejantes;

balneários movimentados e recantos bu-

cólicos, alguns quase selvagens; enseadas

abrigadas e praias de mar aberto.

O menor município catarinense está lo-

calizado numa península caprichosamente

desenhada, com baías, enseadas e praias. Em

Bombinhas, a transparência das águas e a

biodiversidade marinha atraem os praticantes

de mergulho, que encontram costões para

snorkeling e operadoras bem equipadas para

o mergulho autônomo. Sua orla, formada por

belas praias, ainda oferece boas condições

para surfe, vela e esqui aquático. Com cerca

de 75% do seu território composto de áreas

de preservação, Bombinhas também mostra

uma natureza exuberante em terra. Trilhas

Praias e cachoeiras para curtir o verão da melhor forma

ecológicas apresentam aos turistas as rique-

zas da Mata Atlântica, cachoeiras e diversas

espécies de animais e plantas.

Balneário Camboriú, moderno e cosmo-

polita, tem atrações que garantem diversão

24 horas também na baixa temporada e re-

cebe visitantes durante o ano inteiro. Na alta

temporada, aproximadamente 1,5 milhão de

turistas procuram o município – dos quais,

pelo menos 100 mil vêm de outros países.

Dia e noite, de janeiro a dezembro, o agito

é intenso na Avenida Atlântica, que contorna

a Praia Central e concentra movimentados

bares, casas noturnas, bons hotéis, lanchonetes

e restaurantes especializados em frutos do

mar e cozinha internacional.

Para quem gosta de água doce, cidades

como Bom Jardim da Serra, Urubici, Uru-

pema, São Joaquim e Lages fazem parte do

roteiro que registra algumas das paisagens

mais bonitas do sul do Brasil. Acolhidos em

hotéis-fazenda ou em aconchegantes pousadas

Praia Mole

Makito

Page 79: Gramado 2013

Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 79

rurais, os turistas que chegam à Serra Catari-

nense podem combinar o prazer da rusticida-

de com o deleite da gastronomia farta e rica.

A tranquila São Joaquim é um dos destaques.

No fi nal de setembro, a belíssima fl orada das

macieiras e das cerejeiras (árvores comuns na

região) enche o ar com perfume suavemente

adocicado. Lages e Urubici são outras duas

cidades que não podem deixar de ser visitadas.

A primeira é considerada a capital nacional

do Turismo Rural, onde o visitante pode fazer

atividades ligadas à vida nas fazendas, como

pescar, andar a cavalo, ordenhar vacas e sa-

borear um bom churrasco. Já Urubici abriga

inúmeras cachoeiras, rios, nascentes, grutas,

trilhas, morros e serras. Uma das dicas é o

Morro da Igreja, o ponto mais alto do estado,

com 1.828 metros de altitude. O lugar tem

formação rochosa com uma fenda de 30 metros

de diâmetro, conhecida como Pedra Furada.

Há ainda Aparados da Serra, onde o visitante

irá encontrar paisagens de tirar o fôlego. Situada

entre os Estados de Santa Catarina e Rio Grande

do Sul, a região concentra o maior número de

nascentes de águas do Brasil e a maior área de

Mata Atlântica preservada, além de paredões

que parecem ter sido esculpidos e que possuem

mais de 1.200 metros de altura. Entre eles cor-

rem as águas cristalinas dos rios, que formam

piscinas naturais, corredeiras e cachoeiras.

Serra do Rio do Rastro; veleiros e barcos na Praia do Araçá; Praia da Lagoinha do Leste; e mergulho, em Bombinhas

Makito

Mak

itoM

akito

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80 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

>> Águas com propriedades terapêuticas e

relaxantes, com temperaturas que variam

entre 33ºC e 40ºC. Em Santa Catarina há pelo

menos 14 estâncias hidrotermais. Os balneá-

rios estão em cinco regiões do estado e atraem,

durante a alta temporada, um grande número

de turistas. As cidades possuem excelente in-

fraestrutura turística com ótimos hotéis, pou-

sadas, restaurantes e comércio diversifi cado.

Mais do que um tipo de tratamento, as

águas termais são um lazer para toda a família.

Alguns hotéis, por exemplo, possuem piscinas

adultas e infantis, sem contar que, por ter a

temperatura elevada, a água possibilita que

as crianças possam fi car mais tempo dentro

dela. Há, ainda, outros atrativos turísticos

nessas cidades, como as belas paisagens e

opções de esportes de aventura.

O prestígio da cidade de Águas Mornas,

por exemplo, tem aquecido o entusiasmo de

milhares de pessoas, que vem descobrindo

este paraíso de águas termais, que fantastica-

mente, brotam da terra a uma temperatura de

39°C, juntam-se a tudo isso o calor humano,

o aspecto colonial dos imigrantes e o clima

aconchegante em que todos são recebidos.

A grande afl uência de visitantes em busca de

suas águas de excelente qualidade medicinal,

bem como, a história da imigração alemã,

constitui cenário de beleza a parte, sendo

opção de turismo o ano inteiro.

Em Santo Amaro da Imperatriz, a estância

hidromineral Caldas da Imperatriz é a pri-

meira do Brasil, descoberta em 1813. O nome

da cidade, inclusive, se deve à visita do casal

imperial, Dom Pedro II e a Imperatriz Tereza

Cristina, em 1845. A cidade tem diversos hotéis,

com capacidade total de 740 leitos. Gravatal,

Tubarão, Santa Rosa de Lima, Itá, Treze Tílias,

Piratuba, Videira, Águas de Chapecó, São Car-

los, Palmitos, Quilombo e São João do Oeste

completam um roteiro cheio de descobertas.

Mergulhe em águas muito especiais

Santa Catarina é o destino certo para quem gosta da vida no campo. Berço do turismo rural no Brasil, tem variedade de atrativos e roteiros em todas as regiões. São mais de 60 pousadas e hotéis-fazenda, espalhados por cerca de 30 municípios, a maioria situada em locais paradisíacos, com diversidade de cenários – praia, campo, neve, mar, montanhas –, que oferecem ao turista o que há de melhor em hospedagem, descanso, lazer e diversão. As atividades nos hotéis-fazenda variam conforme a região. Alguns locais possuem parques aquáticos, estâncias hidrotermais, retiros, programas de esportes radicais, festas étnicas com danças italianas, alemãs, polonesas. Em todos, mesas sempre fartas – do churrasco ao café colonial. As estações do ano também propiciam grande diversidade de opções. No verão, pode-se acompanhar a colheita da uva e da maçã. No inverno, apreciar o espetáculo da neve, que cobre árvores, solo e telhados das casas com um tapete de fl ocos brancos.

Vida no campo:lindas paisagens e contato com a natureza

Norberto Cidade

Turismo hidrotermal em Piratuba, Santo Amaro da Imperatriz e Turismo Rural em Lages

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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 81

Vá pedalando!Cicloturismo atrai visitantes para várias regiões do Estado

>> Grupos em todo o mundo reúnem-se

cada vez mais para conhecer diversos des-

tinos, exercitando-se por meio do ciclotu-

rismo. Isso mesmo! Neste caso, a bicicleta

não é utilizada somente como meio de

transporte, mas como uma companheira

de viagem. Santa Catarina foi o primeiro

estado brasileiro a criar roteiros turísticos

para serem apreciados em viagens curtas

de bicicleta, num contato mais próximo

com a natureza e a cultura local, com

apoio de guias e empresas especializadas.

O cicloturista não tem preocupação

com desempenho ou velocidade, ele busca

conhecer mais a fundo os locais onde

passa, aproveitando o máximo da cultura,

gastronomia, natureza e, principalmente,

o contato com as pessoas. Praticamente

todas as cidades possuem zona rural com

estradas de chão batido, que passam por

fl orestas, riachos ou cachoeiras, campos

e plantações, em montanhas ou planícies;

à beira dessas estradas moram pessoas

de hábitos simples, trabalhadores rurais,

fazendeiros e camponeses, que sempre

têm uma história boa pra contar; essas

estradas dão acesso a elementos de arqui-

tetura como casarões e casebres, engenhos,

igrejas e monumentos, muitos dos quais

identifi cados com a cultura e a colonização

local; durante o percurso, o cicloviajante se

depara com festas tradicionais, o folclore

local, os hábitos, o linguajar, a culinária

e as crenças dos moradores.

Em Santa Catarina, o circuito pioneiro

é o do Vale Europeu. Criado em 2006,

passa pelas cidades de Timbó, Pomerode,

Indaial, Rio dos Cedros, Benedito Novo,

Doutor Pedrinho, Rodeio, Apiúna e As-

curra, que preservam características das

colonizações alemã e italiana. Os trajetos

trocam as rodovias asfaltadas, de grande

movimento, por estradas de terra, trilhas

e caminhos em meio ao verde.

Hoje, há ainda roteiros organizados nas

regiões da Grande Florianópolis, da Costa

Verde e Mar, da Serra Catarinense e do

Caminho dos Cânions. A Rota das Baleias

é um circuito de bicicleta que abrange as

praias de Laguna até Palhoça, programado

entre junho e novembro (temporada das

baleias-francas). Nos Aparados da Serra,

os cicloturistas seguem as trilhas das bor-

das dos cânions Itaimbezinho e Fortaleza.

Page 82: Gramado 2013

82 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013

Santa Catarina dos esportes e da aventura>> Os esportes também não ficam de fora

na lista de atrações do destino. A capital,

Florianópolis, é cercada por morros e

mata, a Lagoa da Conceição é referência

para os esportistas – além das atividades

aquáticas, como o windsurfe e o stand up

paddle, há também as trilhas pelo entorno

do local. Uma das mais famosas é o Canto

dos Araçás, que passa pelo meio da Mata

Atlântica e leva à pequena comunidade

de Canto da Ilha, tombada como Área

de Preservação Cultural por preservar a

cultura pescadora e rendeira dos açorianos.

Há a opção de pegar uma baleeira para

chegar até ali, mas a porção “aventura”

do passeio está mesmo na caminhada de

cerca de quatro horas.

Menos longa é a Trilha da Gurita, que

passa pelo Parque Municipal da Lagoa do

Peri, percorrendo alguns casarões de donos

de engenhos do século 19 e levando até uma

Ao lado, a Lagoa do Peri. Acima, esportes na Lagoa da Conceição

cachoeira com piscinas naturais. O parque

disponibiliza guia mediante agendamento

e a caminhada dura cerca de uma hora.

Também pela Lagoa do Peri pode ser feita

a trilha para Ribeirão da Ilha, num passeio

mais difícil, por conta das duas horas an-

dando por trechos de grandes desníveis.

Ali, na pequena comunidade do sul da ilha,

é possível ver um engenho tradicional, fruto

da colonização açoriana, e provar as famosas

ostras de Florianópolis.

Não só a terra e as águas, mas também o

ar da cidade é tomado pelo esporte através

dos voos de parapente. Há saídas do Morro

da Lagoa, Morro da Mole ou Santo Amaro

da Imperatriz, na Grande Florianópolis, e os

passeios dependem do bom tempo. Os voos

– duplos, com guia – contemplam paisagens

das Praias Mole, Galheta e Joaquina; da

Lagoa da Conceição; ou de um vale envolto

em montanhas e cachoeiras.

A mistura étnica ocorrida na região Sul resultou em uma culinária completamente diferente do resto do país. A culinária do litoral, porta de entrada dos descobridores portugueses e dos colonizadores açorianos, é baseada em frutos do mar. No Caminho dos Príncipes e no Vale Europeu - núcleos alemães - o pescado sai de cena e a carne suína protagoniza iguarias com temperos picantes e sabor forte, tudo regado à cerveja. A influência alemã está presente

em pratos como chucrute com vina, kassler (chuleta de porco), eisben (joelho de porco) e bockwurst (salsicha). O ente mit rotkohl (mar-reco com repolho roxo) já é uma adaptação com ingredientes nativos das terras brasileiras. Destaque para as confeitarias alemãs, um ver-dadeiro paraíso de delícias, doces e salgadas - uma das mais conhecidas é o Appfelstrudel, folhado de maçã, mas as cucas e empadas também valem a pena, assim como os muitos

outros produtos coloniais, com destaque para as geléias e embutidos artesanais. Maior leva de imigrantes, os italianos se espalharam pelo Estado. Suas acolhedoras cantinas típicas estão presentes em todas as regiões com as massas, a polenta e o frango. Vale a pena enveredar pelos caminhos coloniais que levam às comu-nidades tradicionais do interior rural, onde os costumes dos pioneiros ainda fazem parte do cotidiano e os sabores são mais autênticos.

Roteiro gastronômico catarinense acompanha a saga da colonização

Page 83: Gramado 2013
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