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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL Secretaria de Estado da Educação – SEED Superintendência da Educação – SUED Políticas e Programas Educacionais – DIPOL Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E PROFISSIONALISMO DOS PROFESSORES: RELAÇÕES COM A MELHORIA DA QUALIDADE DE ENSINO NA ESCOLA PÚBLICA ALMEIDA, Carla Cristiane Röcker de .¹ MORO, Catarina .² ¹ ALMEIDA, Carla Cristiane Röcker de . Professora do Colégio Estadual Senador Manoel Alencar Guimarães, em Curitiba PR, participante do PDE/2008 junto a SEED-PR, [email protected] ² MORO, Catarina . Professora orientadora do projeto PDE pela UFPR, em parceria com a SEED-PR, [email protected] Curitiba 2009

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

Secretaria de Estado da Educação – SEEDSuperintendência da Educação – SUED

Políticas e Programas Educacionais – DIPOL Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E PROFISSIONALISMO DOS PROFESSORES:RELAÇÕES COM A MELHORIA DA QUALIDADE DE ENSINO NA ESCOLA

PÚBLICA

ALMEIDA, Carla Cristiane Röcker de .¹ MORO, Catarina .²

¹ ALMEIDA, Carla Cristiane Röcker de . Professora do Colégio Estadual Senador Manoel Alencar Guimarães, em Curitiba PR, participante do PDE/2008 junto a SEED-PR, [email protected] ² MORO, Catarina . Professora orientadora do projeto PDE pela UFPR, em parceria com a SEED-PR, [email protected]

Curitiba2009

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

Secretaria de Estado da Educação – SEEDSuperintendência da Educação – SUED

Políticas e Programas Educacionais – DIPOL Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE

CARLA CRISTIANE RÖCKER DE ALMEIDA

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E PROFISSIONALISMO DOS PROFESSORES:RELAÇÕES COM A MELHORIA DA QUALIDADE DE ENSINO NA ESCOLA

PÚBLICA

Caderno Temático apresentado como requisito junto ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria Estadual de Educação – SEED em parceria com a Universidade Federal do Paraná, Departamento de Educação, do Setor de Ciências Humanas

CURITIBA2009

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É melhor tentar e falhar,Que preocupar-se a ver a vida passar.

É melhor tentar, ainda que em vão,Que sentar-se fazendo nada até o final.

Eu prefiro na chuva caminhar,Que em dias tristes em casa se esconder.

Prefiro ser feliz, embora louco, Que em conformidade viver .

Matin Luther King

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.................................................................................................... 05

INTRODUÇÃO......................................................................................................... 06

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................... 08

PROGRAMA DE ASSESSORAMENTO AO TRABALHO DOCENTE.

1.INTRODUÇÃO...................................................................................................... 16

2. CICLO 5 DE APRENDIZAGEM....................................................................... 17 2.1. FASES DO CICLO 5 E DE APRENDIZAGEM:

2.1.1. ENVOLVIMENTO(ENGAGE).............................................................17

2.1.2. EXPLORAÇÃO (EXPLORE)............................................................... 172.1.3. EXPLICAÇÃO(EXPLAIN)................................................................... 182.1.4. ELABORAÇÃO OU APROFUNDAMENTO

(ELABORATE).......................................................................................18

2.1.5. AVALIAÇÃO SOMATIVA (EVALUATE)......................................... 183. INVESTIGAÇÃO APRECIATIVA.................................................................... 204. ATIVIDADES PROPOSTAS – OFICINAS

4.1. INTRODUÇÃO...........................................................................................22

4.2. SUGESTÕES DE ATIVIDADES................................................................ 234.2.1. TEMA 1: ENVOLVIMENTO................................................................. 234.2.2. TEMA 2 :EXPLORAÇÃO...................................................................... 254.2.3. TEMA 3 :EXPLICAÇÃO........................................................................ 264.2.4. TEMA 4 : ELABORAÇÃO OU APROFUNDAMENTO.................... 274.2.5. TEMA 5 : AVALIAÇÃO......................................................................... 28

REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 29

ANEXOS.................................................................................................................... 32

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APRESENTAÇÃO

Este Caderno Temático, foi elaborado como parte das atividades

desenvolvidas no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), ligado à

Secretaria de Estado da Educação do Paraná, no ano de 2008.

Ele diz respeito ao Projeto de Intervenção Pedagógica , Práticas

Pedagógicas e Pró-Atividade nos Professores: Relações com a Melhoria da

Qualidade de Ensino na Escola Pública (ALMEIDA, 2008), que num primeiro

momento visa analisar a prática pedagógica dos professores do Colégio Estadual

Senador Manoel Alencar Guimarães para em seguida aplicar um Programa de

Assessoramento ao Trabalho Docente , contribuindo para melhorias nesta

prática. Este Programa deverá ser implantado na escola, no ano letivo de 2009.

O presente documento pretende mobilizar os professores, a refletir

sobre seu verdadeiro papel no processo educativo, de forma articulada e

compromissada com a qualidade do ensino na escola pública.

As atividades deste Caderno Temático, estão voltadas para o profissional

da educação, mas a intenção é que a partir da aplicação das mesmas, seus efeitos

cheguem aos , através da melhoria do trabalho docente.

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INTRODUÇÃO

O Programa de Assessoramento ao Trabalho Docente é destinado aos

professores do Ensino Fundamental e Médio do Colégio Estadual Senador Manoel

Alencar Guimarães.

Seu principal objetivo é promover um espaço de convivência, que permita

desenvolver atividades, propiciar reflexões, construir e reconstruir conceitos,trocar

experiências, no sentido de estimular, valorizar e permitir ao profissional envolvido, a

ressignificação e revalidação da sua prática profissional. Pretende-se ainda,

oportunizar aos professores, a socialização de várias questões ligadas à sua prática

docente , assim como fornecer subsídios significativos ao seu trabalho.

Parte-se do princípio que, mais que tudo, esta prática e mais atentamente, o

profissional que a pratica, necessitam de um olhar significativo para dentro de si e da

sua profissão, que resgate sua auto-estima, fomente a sua pró-atividade e propicie uma

reflexão séria sobre o SER PROFESSOR e a relevância deste significado na sua vida,

na do aluno e na sociedade , promovendo assim, efetivas melhorias na qualidade da arte

de educar.

Pensa-se que a compreensão e reflexão sobre estes aspectos, em muito tem a

contribuir para o trabalho do professor, que anda um tanto desesperançoso com a sua

profissão e importância que a sua missão de mestre tem para com a sociedade

(CALDAS, 2007; BUENO E LAPO, 2003).

Hoje muitos educadores, perplexos diante das rápidas mudanças na sociedade,

na tecnologia e na economia e a desvalorização social da sua profissão , perguntam-se

sobre o futuro de sua profissão. Alguns com medo de perdê-la, sem saber direito que

rumo tomar, permanecem na mesma, porém sem nenhum entusiasmo pelo seu trabalho;

outros, engrandecem o contingente dos desistentes, não percebendo sentido no trabalho

que fazem e descomprometendo-se com a organização em que atuam, os destinatários e

a função do seu trabalho.

Para pensar sobre a atuação do professor, diante das exigências do mundo

contemporâneo e a realidade em que este profissional desenvolve seu trabalho, ou seja,

as condições às quais ele esta submetido para exercer a sua profissão, impõe-se uma

reflexão sobre o verdadeiro significado de ser professor. De que forma este profissional

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se enxerga na sua profissão? Como ele se coloca diante dela e da sociedade? Até que

ponto ele é capaz de valorizar o SER PROFESSOR?

Pensa-se que, compreendidas estas questões, é possível que este profissional

encontre ou reencontre, um norte a ser seguido, no sentido de escolher: Se engorda os

filões dos desistentes e abandona o trabalho docente , ou se, sustenta, resiste , mantêm-

se e exerce a sua profissão de maneira íntegra com seus sonhos e ideais?

Trata-se portanto da afirmação de uma escolha, dentro do arco de possibilidades

que a realidade concreta apresenta, que não é ilimitada nem contudo absoluta. Pois, "a

vida cotidiana está carregada de alternativas" (HELLER, 2004, p.24).

Este trabalho busca contribuir para a melhoria da prática profissional daqueles

que escolheram Ser e Permanecer Professores! Seja buscando a competência técnica,

ou lutando por melhores condições de trabalho, que garantam o exercício desta

competência e ainda, procurando desempenhar tal função, de maneira competente e

compromissada com os deveres e responsabilidades que constituem a especificidade

desta profissão.

Para tanto, as bases de discussões deste Caderno Temático apoia-se em autores

que enxergam o professor e sua prática pedagógica como um dos elementos mais

importantes na escola (AQUINO, 1996; FREIRE, 1996; LIBÂNEO, 2004;

MACHADO, 2007; NÓVOA, 2002; PARO, 2001, 2006; ROLDÃO, 2007;

VASCONCELOS, 2007; SAVIANI,1997) .

O Programa de Assessoramento ao Trabalho Docente propõe a aplicação de

oficinas, utilizando-se do modelo instrucional denominado Ciclo 5 E de Aprendizagem,

desenvolvido por Bybee et alii (1989) , discutido e adaptado por diversos autores, com

destaque para Llewellyn (2002) . Além disto, as atividades de cada etapa do Ciclo 5E

de Aprendizagem são norteadas pelos princípios de outra metodologia, a Investigação

Apreciativa (COOPERRIDER, 1999).

As atividades e questionamentos elaborados nas oficinas utilizam-se dos

pressupostos destas duas metodologias, o Ciclo 5E de Aprendizagem e a Investigação

Apreciativa, pois acredita- -se serem instrumentos que valorizam as experiências

significativas na vida de uma pessoa além de propiciarem uma avaliação constante das

ações desenvolvidas. Repensando a sua prática, o professor poderá revalidar a qualidade

do seu trabalho.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

“Me movo como educador porque,

primeiro, me movo como gente”. (FREIRE, 1996,p.94)

No atual momento histórico, a reflexão sobre que tipo de homem estaria afinado

com as exigências do mundo contemporâneo, apresenta questões cruciais para a

educação, para o papel da escola e dos educadores. No centro da discussão continua a

grande pergunta: Qual é a função e importância da escola e dos educadores na

formação de indivíduos capazes e críticos, sujeitos da sua própria história e

colaboradores de uma sociedade mais justa e humana? Neste sentido, percebe-se que o

sistema educacional brasileiro, passa por um processo de profundas reflexões sobre os

referenciais que mais se ajustem nesta proposta.

Levando-se em consideração o papel dos professores, acredita-se que para

pensar sobre a sua atuação e a realidade em que este profissional desenvolve o seu

trabalho, impõe-se uma reflexão sobre o movimento pela qualidade da educação, que

sem dúvida nenhuma, passa pelas suas mãos , mas não se esgota nela. Na prática, há

tempos, a atual política educacional brasileira , impõe ao professor, direta ou

indiretamente, a culpabilização pelos maus resultados na educação. Seja no que tange

ao fracasso escolar dos alunos, à má qualidade do ensino ofertado, e até pela sua má

formação acadêmica. Na verdade , é uma aposta no protagonismo do professor,

creditando apenas à ele a tarefa de , a partir da melhoria da sua prática profissional,

solucionar os problemas da educação. Este pensamento traz consigo muitos elementos

conflitantes, conferindo ao professor “finalidades que de longe ultrapassam as suas

possibilidades” (KUENZER, 1999, p.21).

Neste contexto, o exercício do Magistério também sofreu sérias transformações

nos últimos 40 anos de história que o levaram a uma situação de desvalorização em

termos sociais, culturais e pessoais

Além de tais fatores, o professor também acabou assumindo sua própria

desvalorização social, haja visto que em várias situações a depreciação pessoal e

profissional apresenta-se estampada nos discursos de muitos educadores com frases do

tipo “Não me seqüestre,sou professor”; “Meu filho pode ser qualquer coisa, menos

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professor”; “Hei de vencer mesmo sendo professor”, etc. (VASCONCELLOS, 2007

p.19).

Paralelamente, o professor é “bombardeado” pelas ditas inovações pedagógicas

que com freqüência permeiam o trabalho educativo. É preciso desmistificar estes pré-

conceitos, instituídos na sociedade ao longo da história, e reproduzidos pelas políticas

educacionais vigentes, que não se fazem claras na aplicação de suas ideologias e

concepções , e ao invés de nortear efetivamente o trabalho educativo, acaba por

contribuir e produzir efeitos cada vez mais danosos a ele, especialmente ao trabalho

docente. Surgem novos teóricos, novos conceitos, que acabam se transformando em

“novas soluções para as velhas chagas educacionais”. (CORRÊA, 2005).

Por outro lado, professores são a todo momento seduzidos e interpelados por

discursos que dizem como devem ser e agir, como tornar mais verdadeiro e “perfeito”

seu ofício.

Não faltam planos de ações governamentais visando o enfrentamento dos

problemas. O mais recente deles, é o Programa de Desenvolvimento da Educação

(PDE), com ações que se prolongam de 2007 até 2022.Os novos planos e programas são

recebidos, em geral, com euforia. Como fogos de artifício, no entanto, eles produzem

efeitos visuais interessantes, enchem as páginas dos jornais e revistas de manchetes

esperançosas , mas seus efeitos têm sido muito modestos, e suas promessas costumam

ser, paulatinamente, esquecidas!

É preciso valorizar a iniciativa do Estado em preocupar-se com a questão da

qualidade da Educação no Brasil, o que não se pode fazer é repetir o erro de deixar este

compromisso apenas nas suas mãos ou então na formulação de leis, mas sim controlar

efetivamente a sua funcionalidade.

...a menos que governos, administradores e docentes conjuntamente possam tratar eresolver os deságios da reestruturação do trabalho docente , com abertura,

compromisso e flexibilidade, é provável que o profissionalismo complexo, aqueleque vem com o aumento da complexibilidade do trabalho, simplesmente tornar-se-ápara o trabalho docente, um sinônimo de exploração e Bournot.(HARGREAVES e

GOODSON, 1996, apud GARCIA, 2005, p 45-46).

No entanto, na prática, os governos tem sido incapazes de garantir a valorização

salarial dos professores, levando a uma degradação social e econômica da profissão e a

um rebaixamento evidente da qualificação profissional dos professores em todo o país..

Desta forma, instalam-se os modismos educacionais que muitas vezes levam o

professor a abrir mão das práticas que domina para adotar outras porque estão “na

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moda”, sem fazer uma reflexão a respeito das inovações que estão sendo impostas. Em

conseqüência, as idéias e concepções que lhe davam embasamento passam a ser vistas

como obsoletas, perdendo seu valor.

Na verdade, outro indício da má qualidade da educação brasileira encontra-se

muitas vezes, nas más condições de trabalho dos professores da Educação Básica. É

muito difícil imaginar como um profissional desprestigiado e desconsiderado em suas

funções mais comezinhas possa levar a bom termo as tarefas fundamentais que lhe cabe

realizar.

De modo análogo ao dos profissionais da saúde e da justiça, os professores nãopoderiam estar submetidos apenas à lógica e às exigências do mercado, nãodeveriam ser remunerados como se produzissem automóveis ou alfinetes. A

educação, a saúde e a justiça são condições de possibilidade de construção de umacidadania plena; o respeito e a valorização dos profissionais de tais áreas situam-se

na ante-sala da constituição de uma real democracia em sentido moderno.( MACHADO, 2007, p.289)

Então, além do professor manter-se comprometido, é preciso mobilizar a

sociedade, desenvolvendo nesta, a cultura da valorização efetiva dos profissionais da

educação. Sem dúvida, uma melhoria nas condições de trabalho deve incluir melhores

níveis de remuneração, mas também não pode esgotar-se neles.

Não se trata de negar os avanços necessários para o enriquecimento de sua

prática e de melhores condições de trabalho, mas sim de realizar uma análise daquilo

que é relevante , sem que este “novo” venha a desmerecer o “velho”. Trata-se então de

re-significar e re-elaborar a antiga concepção pedagógica para confrontá-la com a nova

estabelecendo um olhar crítico para a adoção de novos rumos teóricos que possibilitem

o crescimento da práxis pedagógica.

Percebendo esta necessidade, procura-se oportunizar aos professores a

possibilidade de refletir e analisar a sua prática , pois acredita-se que ela e o

profissional que a pratica, sejam uns dos elementos mais importantes na escola, e que,

em meio a tantos desafios, apesar de tudo, apontam um caminho para o futuro.

Entende-se também, que as identidades docentes não se reduzem simplesmente

ao que os discursos oficiais muitas vezes dizem delas. Os professores são mais que

meros formadores de cidadãos. Negociam suas identidades em meio a um conjunto de

variáveis como a história familiar e pessoal, as condições de trabalho e de

responsabilidades, a falta de reconhecimento de seu trabalho; inseridos numa sociedade

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que muito discursa , mas pouco faz de concreto, no sentido de valorizar o papel do

professor.

Neste contexto, pode-se concluir que ações conjuntas dos governos, instituições

e profissionais da educação se faz necessário para mobilizar e inserir toda a sociedade

na luta pela qualidade da educação, valorizando o papel da escola e dos seus

profissionais, mas principalmente, sentindo-se comprometido com a causa.

Na tentativa de transformar esta realidade, é importante observar o professor , a

sua identidade profissional , a sua profissionalização e o seu profissionalismo à luz das

afirmações feitas por Libâneo:

O professor é um profissional cuja atividade principal é o ensino. Sua formação inicial visa propiciar os conhecimentos, as habilidades e as atitudes requeridas para levar adiante o

processo de ensino e aprendizagem nas escolas. Esse conjunto de requisitos profissionais quetornam alguém um professor, uma professora, é denominado profissionalidade.

A conquista da profissionalidade supõe a profissionalização e o profissionalismo.A profissionalização refere-se às condições ideais que venham a garantir o exercício

profissional de qualidade. Essas condições são: formação inicial e formação continuada nasquais o professor aprende e desenvolve as competências, habilidades e atitudes profissionais;remuneração compatível com a natureza e as exigências da profissão; condições de trabalho

(recursos físicos e materiais, ambiente e clima de trabalho, práticas de organização e gestão).O profissionalismo refere-se ao desempenho competente e compromissado dos deveres e

responsabilidades que constituem a especificidade de ser professor e ao comportamento ético e político expresso nas atitudes relacionadas a prática profissional. Na prática, isso significa ter o

domínio da matéria e dos métodos de ensino, a dedicação ao trabalho, a participação naconstrução coletiva do projeto pedagógico-curricular, o respeito à cultura de origem dos alunos,a

assiduidade, o rigor no preparo e na condução das aulas, o compromisso com um projeto político democrático.

(LIBÂNEO, 2004, p.74)

É importante perceber que estas noções se complementam. Se em algum

momento da sua vida, o professor perceber que sua profissionalização deixou a desejar,

ele pode procurar formas alternativas de melhorar sua qualificação. O que não pode

deixar de existir, é o comprometimento com a natureza da profissão de professor, é a

responsabilidade que a tarefa educativa traz consigo e que não pode ficar distante do

profissional que a exerce.

Por outro lado, este profissional precisa voltar a sonhar, distanciar-se um pouco

da realidade, e encontrar tempo para cuidar das coisas importantes da vida, uma delas, o

seu bem estar e o bem estar da sua profissão. Não deixar-se esvair com as miudezas do

cotidiano, ter mais esperança na infância, na juventude, na humanidade, sem ter a

imagem plácida do certo e do errado, apenas recuperar a certeza de que vale à pena

colaborar com a construção de um mundo mais democrático e melhor para todos.

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Fazer uso da sua competência técnica, mas principalmente da ética e do

comprometimento para com a sua profissão e com a formação humana do seu aluno. Ser

testemunho de vida para os alunos, fazer-se merecer ser ouvido, enfim SER

PROFESSOR! É por isso que “transformar a experiência educativa em puro

treinamento técnico é amesquinhar o que há de fundamentalmente humano no exercício

educativo: o seu caráter formador”. (FREIRE, 1996, P.33).

A preocupação com o papel da educação na formação humana dos indivíduos e a

importância do comprometimento de seus profissionais, estão bem claras nesta outra

afirmação de Freire:

Disso resulta que a consideração acerca da educação como um fenômeno humano nos envia a uma análise, ainda que sumária, do homem. O que é o

homem, qual a sua posição no mundo - são perguntas que temos de fazer no momento mesmo em que nos preocupamos com educação. Se essa

preocupação, em si, implica nas referidas indagações (preocupações também, no fundo), a resposta que a ela dermos encaminhará a educação

para uma finalidade humanista ou não.Não pode existir uma teoria pedagógica, que implica em fins e meios da ação educativa, que esteja isenta de um conceito de homem e de mundo.

Não há, nesse sentido, uma educação neutra. Se para uns, o homem é um ser da adaptação ao mundo (tomando-se o mundo não apenas em sentido

natural, mas estrutural, histórico-cultural), sua ação educativa, seus métodos, seus objetivos, adequar-se-ão a essa concepção. Se, para

outros, o homem é um ser detransformação do mundo, seu quê fazer educativo segue um outro

caminho. Se o encaramos como uma “coisa”, nossa ação educativa se processa em termos mecanicistas, do que resulta uma cada vez maior

domesticação do homem. Se o encaramos como pessoa, nosso quê fazer será cada vez mais libertador. Por tudo isso, nestas exposições, para que

resulte clara a posição educativa que defendemos, abordamos - ainda que rapidamente esse ponto básico: homem

como um ser no mundo com o mundo. (FREIRE, 1967)

Ao mesmo tempo, enxergar seu ofício apenas como um ato social e político e

esquecer-se do compromisso com a sua função principal, que é ensinar, é outra questão

que torna difuso o entendimento do papel do professor na educação, acentuando

percepções contraditórias, enraizadas ao longo do processo histórico da educação no

Brasil.

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No caso dos professores, quer a função quer o conhecimento profissional se têmmutuamente contaminado, por um lado, por uma tendência para a difusão envolvida de uma

discursividade humanista abrangente, que não permite aprofundar a especificidade da funçãonem do saber; por outro lado, e no extremo oposto, por uma orientação para a especificaçãooperativa, associada à redução do ensino a acções práticas que se esgotam na sua realização,

em que o saber é mínimo e a reflexão dispensável, e que acabam traduzindo-se numatecnicização da actividade. Nenhuma destas tendências se constitui em produtora credível de

desenvolvimento e afirmação profissional. Por isso afirmámos noutro local ser oconhecimento profissional o “elo mais fraco” da profissão docente , aquele

em que importa investir como alavanca capaz de reverter o descrédito, o desânimo, o escassoreconhecimento – factores repetidamente identificados na investigação sobre professores e

desenvolvimento profissional ( ROLDÃO,2005 apud ROLDÃO, 2007)

E o professor? De que forma este profissional age neste processo? Sua prática

traduz a prática imposta ou sua relação com a ética da sua profissão é bem maior?

Comporta-se de maneira passiva ao que lhe é imposto, ou desenvolve a sua criticidade

frente às adversidades enfrentadas na sua profissão e luta para minimizar seus efeitos?

Para se chegar a este grau de entendimento, torna-se imprescindível, que este

profissional realize constantemente, uma análise crítica sobre a sua prática

profissional, encarando-a como um fator que pode contribuir tanto para o fracasso com

para o sucesso educacional. Analisar e rever a sua prática à luz da teoria, experimentar

novas ou diferentes formas de trabalho, criar novas estratégias, reinventar-se, é o

caminho seguro para que este profissional transforme a sua ação em algo realmente

significativo para os educandos , para a sua profissão, mas principalmente, para si

mesmo!“...quanto mais me assumo como estou sendo e percebo a ou as razões de ser de

porque estou sendo assim, mais me torno capaz de mudar, de promover-me, no caso, do

estado de curiosidade ingênua para o de curiosidade epistemológica”. ( FREIRE,1996,

p.39).

É importante também reconhecer a importância da adoção de uma prática

participativa de caráter coletivo sustentada nos princípios da ação democrática de gestão

da escola, encarando o trabalho coletivo como suporte para que os professores possam

vencer os desafios impostos pela realidade educacional brasileira.

Muitas vezes, nós professores , acreditamos que a escola é o “pior” lugar do

mundo e que a nossa prática, em nada pode minimizar este estado de coisas. Porém este

“mundo” é a imagem e semelhança das pessoas que vivem nele. Olhamos a escola, mas

não nos vemos nela e deixamos o caos se instaurar. Junto com ela, vem toda a demanda

de possíveis soluções para este caos: psicólogos, médicos, policiais, religiosos; que

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embora, muitas vezes, contribuam para o gerenciamento de alguns problemas, também

podem criar uma forma de administração paralela, que em nada aproxima-se da gestão

educacional. Portanto, é míster que o professor e todos os profissionais da escola,

percebam-se enquanto administradores deste espaço, responsáveis e comprometidos

para com os processos educativos , com a promoção da paz e a divulgação do saber

historicamente acumulado, sem perder a visão de profissionais da educação.

Ainda considera-se importante ressaltar que, para que, aconteça valorização do

trabalho docente, pelo Estado e pela sociedade como um todo, exige-se do profissional

que a pratica, um profissionalismo em seu grau mais elevado. Ele pressupõe, muito

além da competência técnica, uma dedicação extrema e um compromisso público com

os projetos e os valores socialmente acordados. O professor que verdadeiramente

cumpre seu papel , com profissionalismo, possui características bem claras no seu

fazer. Somente assim poderá se fazer respeitado, exigir melhores condições de trabalho

e ainda contribuir para que a sociedade verdadeiramente valorize a sua função.

Porém, ao tomar o seu lugar na sociedade, assumir aquilo que lhe é de direito,

estar comprometido com um ensino de qualidade, perceber-se enquanto professor, este

profissional exercerá de forma integral a sua função .

Torna-se então, condição mínima e necessária para que o professor possa lutar e

exigir um melhor comprometimento de toda a sociedade, que lhe valorize e respeite

como sua função merece.

Minha presença de professor, que não pode passar despercebida dos alunos naclasse e na escola, é uma presença em si política. Enquanto presença não posso ser

uma omissão mas um sujeito de opções. Devo revelar aos alunos a minhacapacidade de analisar, de comparar, de avaliar, de decidir, de optar, de romper.

Minha capacidade de fazer justiça, de não falhar à verdade. Ético, por isso mesmo,tem que ser o meu testemunho. ( FREIRE, 1996, p 102)

E é nesta aventura do significado de ser docente, de descobrir a si mesmo, largar

as reclamações e devotar-se ao seu ofício, de forma individual e coletiva, percebendo-se

parte integrante e importante no processo educacional, é que a profissão docente se

concretiza.

Pensa-se que somente assim, será possível reverter-se o quadro de profunda

desesperança que muitos dos professores, encaram o seu trabalho nos dias de hoje.

A boa nova é que, à medida que se faz leituras e releituras sobre o tema,

percebe-se que existe uma preocupação bastante grande por parte de autores,

profissionais da educação e até mesmo de alguns segmentos da sociedade, que acenam

com possibilidades de reflexões, fundamentação teórica , orientações e ações que

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auxiliam os professores na sua prática , podendo transformar-se em melhorias para o

trabalho docente.

Mais ainda, torna-se imprescindível ressignificar a escola e pensar, qual escola

queremos? Se é aquela que busca a inclusão social e proporciona aos alunos

aprendizagem, formação humana e experiência em cidadania ou uma que produza e

reproduza a exclusão e a desigualdade de nossa sociedade? Este fato revela a

importância de se refletir e tomar ações concretas sobre o papel do professor na

instituição, no que diz respeito à sua formação e sobre suas atribuições funcionais.

Acredita-se que todo professor deva fazer a sua parte para dar o seu merecido valor na

história do mundo, acreditar no seu potencial, valorizar a sua profissão e se fazer

valorizar. Somente assim, com profissionais seguros do seu verdadeiro papel na

sociedade, que tomam comando da profissão, não deixando-a cair no espontaneísmo e

teimosos o suficiente para persistir lutando , é que se vislumbra dias melhores para

todos aqueles que acreditam no processo educativo.

Porém esta luta será uma luta inglória, se for isolada. È papel do Estado e da

Sociedade como um todo, apoiar e validar a prática deste profissional sem deixar de

exigir dele a qualidade necessária para fazer valer a sua voz, a sua vez!

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PROGRAMA DE ASSESSORAMENTO AO TRABALHO DOCENTE

1. INTRODUÇÃO

O Programa de Assessoramento ao Trabalho Docente, proposto neste Caderno

Temático, será ofertado a todos os professores do ensino fundamental e médio do

Colégio Estadual Senador Manoel Alencar Guimarães, na forma de convite e

sensibilização. O convite à participação será feito após socializar com estes professores,

as reais intenções do programa e os resultados obtidos com a aplicação do questionário

sobre a prática pedagógica,respondidos por eles no final do ano letivo de 2008. ( Anexo

01)

Cada grupo será composto por até 20 professores. No caso de um número maior

de interessados, serão abertos novos grupos.

Dentro do Programa serão ofertadas oficinas, divididas em cinco unidades,

totalizando 20 horas de capacitação.Vale lembrar que a oficina é um instrumento

utilizado para que um grupo, relativamente pequeno, se aproprie de um determinado

tema. É o espaço de criar , consertar e construir coisas. E é nesta perspectiva que as

atividades serão desenvolvidas, levando-se em conta sempre a aplicabilidade das

questões levantadas, vivenciadas e discutidas, para que não se perca no terreno das

divagações e lamúrias.

Acredita-se que as metodologias adotadas: Ciclo 5E de Aprendizagem e a

Investigação Apreciativa (AI), possam facilitam o alcance dos objetivos deste

Programa, porque enquanto uma permite que diferentes objetivos e instrumentos de

avaliação sejam apresentados e estejam presentes em todas as etapas das atividades

propostas, favorecendo o processo da reflexão; a outra desenvolve a habilidade coletiva

para o alinhamento de visões positivas para o futuro, a partir do envolvimento e da

prática de se fazer perguntas que reforcem a capacidade de uma pessoa ou organização,

de elevar o seu potencial positivo.

Após vivenciar atividades desenvolvidas dentro destas metodologias, é possível

que o professor possa compreender mais intensamente , o quanto a reflexão precisa estar

presente, em todas as ações desenvolvidas na sua vida e mais especificamente, na sua

profissão, desencadeando assim uma visão de futuro comprometida com a ética e o

profissionalismo.

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2. CICLO 5 E DE APRENDIZAGEM

O modelo instrucional Ciclo 5 E de aprendizagem, divide a aplicação de uma

atividade em etapas, cada uma com uma finalidade específica e com a realização de

avaliações, de acordo com o objetivo idealizado pelo coordenador. No início de cada

unidade deste caderno, procuro esclarecer os objetivos e conceitos de avaliação de cada

etapa do Ciclo.

Nele é possível incluir diversas possibilidades avaliativas no desenvolvimento de

cada etapa. Além disso, deve-se encarar definitivamente que a avaliação não serve

apenas para o participante da atividade, também serve para a atividade em si, e para a

forma como o professor/ mediador a está conduzindo. Reflexões feitas neste sentido

poderão auxiliar em muito o professor e o seu ofício.

O Ciclo se divide em cinco etapas. O termo 5E foi cunhado a partir das iniciais

em inglês, de cada etapa, que são: Engage (Envolvimento), Explore ( Exploração),

Explain (Explicação), Elaborate ( Elaboração ou Aprofundamento) e Evaluate

(Avaliação Somativa).

2.1. FASES DO CICLO 5 E DE APRENDIZAGEM:

2.1.1. ENVOLVIMENTO ( ENGAGE):

Nesta fase, a atividades tem o objetivo de estimular os participantes a

engajarem-se no estudo do tema proposto, despertando seu interesse e criando

possibilidades de expressões variadas sobre o tema. Estimula-se os mesmos a desvelar e

expressar suas representações a respeito . É importante ainda reconhecer as diferentes

interpretações que os participantes têm do assunto, para avaliar e decidir com que

estratégias será iniciada a abordagem .

2.1.2. EXPLORAÇÃO (EXPLORE):

A Exploração no Ciclo 5E de Aprendizagem é entendida como a etapa em que

se deve implementar atividades que possibilitem atitudes de engajamento por parte dos

participantes, que se engajem numa investigação, afim de que desenvolva um trabalho

compartilhado, que organize as informações, e tome decisões acerca de sua realidade.

Não se pode esquecer de avaliar o aproveitamento dos participantes na etapa anterior,

identificando seus pontos de fragilidade, a fim de estabelecer e desenvolver outras

formas de abordagem, retomando-as, antes de seguir em frente.

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2.1.3. EXPLICAÇÃO ( EXPLAIN):

Nesta fase, busca-se evidenciar, por meio dos estudos orientados, as diferentes

concepções sobre a temática explorada na etapa anterior. Para isto, utiliza-se das

experiências e conhecimentos prévios das pessoas envolvidas, empregando técnicas de

análise das informações coletadas. O mediador deve aproveitar as observações feitas nas

etapas anteriores, para apresentar aos participantes, novas experiências, que irão

ressignificar as informações anteriormente obtidas. Na prática, esta etapa consiste no

emprego de termos mais precisos, pertinentes e atuais, que possam ampliar as

abordagens dos assuntos estudados nos estágios anteriores.

A etapa da Explicação, portanto, pode também ser chamada de “etapa de

desenvolvimento de concepções”, pois novos conhecimentos e evidências são

assimilados pelo participante, permitindo-lhe construir outros significados a respeito do

que está sendo estudado, a partir das experiências vivenciadas.

2.1.4. ELABORAÇÃO OU APROFUNDAMENTO ( ELABORATE):

Ao elaborar e aprofundar conhecimentos sobre o objeto de estudo, o participante

terá a possibilidade de “desconstruir” conceitos e idéias que parecem terem sido

estabelecidas desde sempre, mostrando possíveis embates ou confluências entre

diferentes perspectivas, na busca de explicações que possam desvelar a tessitura de tais

noções” (GIOPPO 2006, p. 105).

Nesta fase é importante que o mediador perceba que deve direcionar o conteúdo

trabalhado dentro de um contexto histórico/social, valendo-se destes aspectos para

melhor desenvolver as atividades.

2.1.5. AVALIAÇÃO SOMATIVA (EVALUATE):

Nesta fase do Ciclo 5E de aprendizagem, a avaliação se dá de forma somativa.

Diante disto, consideramos que ao avaliar cada etapa tem-se como expectativa que o

participante tenha se apropriado de novas aprendizagens e re-elaborado os saberes ao

longo de sua formação pois “a avaliação educacional transcende, sempre, os aspectos

ligados ao rendimento escolar, estando vinculada a políticas e programas educacionais

(NEDER, 1996, p.75).

É o momento de fechamento de um processo, que busca avaliar o alcance dos

objetivos estabelecidos no planejamento do ciclo. É nela que o coordenador irá observar

a capacidade dos alunos em “cruzarem fronteiras”, como explica Aikenhead, 2000.

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A etapa inclui uma série de aspectos, como a análise, por parte dos

participantes, do seu envolvimento com o trabalho. A apresentação de propostas para a

melhoria das atividades, a explicação da aquisição de conhecimento e a avaliação a

respeito do sentido dos conhecimentos elaborados.

Com base nos resultados da avaliação somativa, o professor / coordenador das

atividades, será capaz de tomar decisões mais apropriadas no que diz respeito ao

processo ensino-aprendizagem, desde o rendimento dos participantes até a assimilação

dos conhecimentos por eles, permitindo assim, um aperfeiçoamento constante.

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3. INVESTIGAÇÃO APRECIATIVA

A metodologiada Investigação Apreciativa - Appreciative Inquiry

(COOPERRIDER E WHITNEY, 1999) , foi criada nos EUA, em meados dos anos 80,

pelo Dr. David Cooperrider e colaboradores, com uma abordagem para análise

organizacional, que propõe a descoberta, a compreensão e a promoção de inovações nos

acordos e processos sociais. Quando foi criada, a abordagem desafia o modelo

tradicional de resolução de problemas para o gerenciamento de mudanças ao olhar para

as organizações como expressões de espírito e beleza.

A metodologia foi trazida ao Brasil pela primeira vez em 1997 pela Nutrimental

S.A, que teve o Prof. Doutor Cooperrider como seu consultor por vários anos.

Segundo, Cooperrider e Whitney (1999), investigação apreciativa é uma busca

cooperativa do melhor nas pessoas, nas suas organizações e no mundo ao seu redor.

Envolve a descoberta sistemática do dá “vida” a um sistema quando ele está no seu

estado mais eficaz e capaz, em termos humanos, ecológicos e econômicos. Envolve a arte

e a prática de fazer perguntas que reforcem a capacidade de um sistema de elevar o

potencial positivo.

Refere-se tanto à pesquisa ou a uma teoria de ações coletivas intencionais que se

destinam a promover a evolução da capacidade cooperativa de um par, grupo,

organização ou sociedade como um todo. A idéia central deste processo é desenvolver

uma habilidade coletiva para alinhamento de visões positivas do futuro a partir de um

profundo entendimento das forças do passado.

No coração da Investigação Apreciativa está a Entrevista Apreciativa. As

entrevistas apreciativas têm a finalidade de descobrir o que dá vida a uma organização,

departamento ou comunidade, quando estão nos seus melhores momentos. As entrevistas

descobrem os pontos altos, pessoais e organizacionais, aquilo que as pessoas mais

valorizam e o que eles desejam e esperam para aumentar a vitalidade social, econômica e

ambiental da organização.

A tarefa-chave desta fase é descobrir a capacidade positiva. O processo de

entrevistas gera a curiosidade necessária para criar um espírito de investigação. A

diferença entre a Investigação Apreciativa e outros métodos de investigação é que na

primeira todas as perguntas, nesta fase, são positivas. À medida que as pessoas que

participam das entrevistas se conectam para estudar as qualidades, exemplos e analisar a

essência positiva, a esperança cresce e o senso de comunidade se expande.

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A Investigação Apreciativa funciona melhor quando as pessoas assumem a

realização das idéias que deram. O melhor que os que estão facilitando o processo têm a

fazer é afastar-se e deixar que a subversão positiva siga o seu caminho, que é

virtualmente impossível de ser bloqueado.

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4. ATIVIDADES PROPOSTAS – OFICINAS

4.1 INTRODUÇÃO:

Antes do início das oficinas, cada participante deverá assinar Termo de Livre

Consentimento ( Anexo 02 ) para permissão do uso das falas nos encontros .

As oficinas foram organizadas da seguinte forma: atividade proposta, tempo

estimado, objetivos, aprofundamento teórico, encaminhamento metodológico,

questionamentos, recursos disponibilizados e avaliação. O detalhamento destas oficinas

encontra-se com a autora deste Caderno Temático e poderá ser fornecido a qualquer

pessoa interessada que entrar em contato com a mesma.

Em cada encontro será reservado um momento para que os participantes possam

participar de uma confraternização, pretendendo-se que seja um momento alegre e ao

mesmo tempo, significativo. Pode ser acompanhado de um lanche comunitário, de uma

cantata ou apenas um momento em que os participantes poderão expressar suas

descobertas, inquietudes e ressaltar para o coletivo ou para si mesmo, os compromissos

assumidos e refletidos durante a oficina.

No final de cada encontro será aplicado um instrumento (Anexo 03) para que os

participantes registrem seus apontamentos sobre o encaminhamento dado em cada

encontro, a fim de servir como avaliação e em conseqüência tomar novos

direcionamentos que se fizerem necessários.

Após a aplicação deste programa , haverá possibilidade do mesmo ser implantado

em outras escolas, realizando-se os ajustes que se fizerem necessários para a realidade de

cada escola. A utilização deste Material Pedagógico nos Grupos de Trabalho em Rede

(GTR), irá auxiliar na divulgação e socialização de suas intenções.

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4.2. SUGESTÕES DE ATIVIDADES

4.2.1. TEMA 1 : ENVOLVIMENTO

A. Objetivos:

Promover no grupo a integração necessária para a eficácia da oficina.

Envolver os participantes em torno dos objetivos do projeto de intervenção,

garantindo assim maior possibilidade de se propiciar a excelência na prática

docente e qualidade do ensino ofertado pela escola.

Estimular a reflexão sobre a importância da contribuição de cada um, com

suas particularidades, para a formação do grupo que agora está se formando.

Adquirir ou acentuar um olhar positivo sobre a vida, apesar de todas as

adversidades que vivenciam no seu dia-a-dia, como mostra a vida e obra de

“Frida Kahlo”

Construir coletivamente uma identidade docente no seu ambiente de trabalho.

Valorizar a sua profissão através da formação de um sentimento de pertença

coletivo no seu ambiente de trabalho.

B. Tempo estimado: 4 horas

C. Atividades propostas:

Atividade proposta 1 : Acolhida e Sensibilização

Atividade proposta 2 : A linguagem artística como possibilidade de

sensibilização. Releitura da obra “ El Abrazo amoroso Del universo”, de

Frida Kahlo, 1949.

Atividade proposta 3 : Reafirmando a identidade de professor. Construção de uma bandeira que represente a identidade dos professores da escola.

D. Recursos disponibilizados:

Atividade proposta 1:

Rolo de barbante, cadeiras ou almofadas

Folhas sulfite de tamanho A3

Lápis de cor, giz de cera, carvão, parafina, tinta guachê, etc

Papelão, sucata, barbante, potes plásticos, folhas secas, botões, etc.

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Atividade proposta 2:

Ilustração da obra “ El Abrazo amoroso Del universo”, de Frida Kahlo, 1949.

FIGURA 01- EL ABRAZO AMOROSO DEL UNIVERSO ( 1949) PINTADO POR FRIDA KAHLO.

Fonte: www.allposters.com

Atividade proposta 3:

Muitos retalhos de tecido branco

( de preferência 20 X 20 cm)

Tinta para tecidos de várias

cores.

Linhas e agulhas de costura

Cola de tecido

4.2.2. TEMA 2 : EXPLORAÇÃO

A. Objetivos:

Possibilitar aos profissionais explorar o tema abordado, em seu contexto

Ressaltar os momentos positivos da vida de cada um e a representação que eles

tiveram ao longo da sua história.

Evidenciar os pontos fortes em cada indivíduo, pessoais e profissionais,

acentuando sua vitalidade pessoal e social.

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Levar os profissionais a se reconhecerem como parte da escola e valorizar as

suas ações neste ambiente.

Realizar interações entre diferentes profissionais da escola, com o intuito de

fortalecer a importância do trabalho coletivo.

B. Tempo estimado: 4 horas

C. Atividades propostas:

Atividade proposta 1 : Dinâmica da Linha do Tempo: Entrevista

Apreciativa. Está atividade baseia-se na entrevista apreciativa, um dos

elementos da investigação apreciativa.

Atividade proposta 2 : Planejamento Estratégico: Apreciando do melhor

daquilo que se é? Imagine como poderia ser? Determine o que poderia ser? e

Crie o que será?

Atividade proposta 2 : Atividade de Confraternização. Poderá ser sugerido

aos participantes, um lanche comunitário

D. Recursos disponibilizados:

Atividade proposta 1:

Cartelas de cartolina ( 15X15 cm), lápis, caneta, borracha, réguas, lápis de

cor, etc.

Atividade proposta 2:

Flip-chart ou folhas próprias para a montagem do painel, canetas, lápis,

cartelas com questionamentos.

Sugestões de músicas: Tocando em frente ( Almir Sater); È ( Gonzaguinha);

Mandei Avisar ( Gabriel, o Pensador); Paciência ( Lenine); Malandragem

(Cazuza); Eu , caçador de mim ( Milton Nascimento)

Atividade proposta 3:

Recursos para a confraternização.

4.2.3. TEMA 3 : EXPLICAÇÃO

A. Objetivos:

Clarificar o objeto de estudo, re-significar novos conhecimentos evidenciados

por parte dos envolvidos.

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Propiciar aos envolvidos, uma melhor articulação de seus pensamentos sobre

o tema estudado, utilizando termos mais precisos e facilitando a sua

comunicação.

Propiciar tomada de posições, a partir das discussões dos resultados e

cruzamento de impressões diferenciadas através da sobreposição de

diversas informações.

Orientar os participantes a articular seus pensamentos e a empregar uma

linguagem que utilize termos mais precisos, com o objetivo de facilitar a

comunicação.

B. Tempo estimado: 4 horas

C. Atividades propostas:

Atividade proposta 1 : Apresentação oral e exibição de filme : “ Pro dia Nascer Feliz”

e discussão a respeito do tema tratado.

Atividade proposta 2 : Análise de situações problemas e promoção de uma discussão

sobre as abordagens feitas. Os comentários feitos nesta atividade deverão ser gravadas

em áudio, para posterior análise das mesmas.

D. Recursos disponibilizados:

Atividade proposta 1:

FILME RECOMENDADO

Pro dia nascer feliz

A instituição escolar ocupa um espaço peculiar no centro das discussões ocupado por pais, educadores, pedagogos e até por

personalidades no Brasil.

País: Brasil

Ano: 2006

Diretor: João Jardim

Roteiro: João Jardim

Gênero: DocumentárioDuração: 88 minutos

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Atividade proposta 2

Situações problemas / temas propostos para os textos :

Papel do professor na escola

Missão do professor na educação

Práticas que determinam a pró-atividade nos gestores de sala de aula

Estudo de caso: experiências bem sucedidas na área da educação

Tecnologias sociais

4.2.4. TEMA 4 : ELABORAÇÃO OU APROFUNDAMENTO

A. Objetivos:

Relacionar os objetivos da fase “ elaboração ou aprofundamento”, com a

necessidade de cooperação.

Fornecer subsídios para leitura e posterior discussão do tema , através de

textos previamente selecionados.

Possibilitar aos participantes, a ampliação de seus conhecimentos, a partir de

outros e múltiplos olhares, que ultrapassam uma perspectiva unidirecionada.

B. Tempo estimado: 4 Horas

C. Atividades propostas:

Atividade proposta 1 : Dinâmica do “crocodilo”

Atividade proposta 2 : Grupo de discussão temática

D. Recursos disponibilizados:

Atividade proposta 1:

Fita crepe ou cordas de diferentes tamanhos, para formar as “ilhotas”.

Cartolinas e canetas coloridas.

Sala ambiente.

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Atividade proposta 2:

Sugestões de textos para discussão temática: EDUCAR EM REVISTA. Curitiba, PR: Ed. UFPR, n.24, 2004. Semestral.

Imagens de professores e redes cotidianas de conhecimentos

Nilda Alves, 19.

Pesquisar para compreender e transformar a nossa prática

João Pedro da Ponte/ 37

Dilemas e desafios da função docente na sociedade atual: os sentidos da

mudança.

Regina Cely de Campo Hagemeyer / 67

Docentes para uma educação de qualidade: uma questão de

desenvolvimento profissional.

Maria Izabel de Almeida

4.2.5. TEMA 5 : AVALIAÇÃO

A. Tempo estimado: 4 horas

B. Objetivos:

Encontrar soluções criativas para situações de conflitos

Avaliar o alcance dos objetivos traçados em cada uma das etapas anteriores.

Traçar novos objetivos a serem alcançados num trabalho futuro.

Medir o grau de entendimento do grupo sobre o trabalho proposto.

C. Atividades propostas:

Atividade proposta 1 : Dinâmica do “escultor” e trabalhando com a música

“Pensamento” (Cidade Negra)

Atividade proposta 2 : Avaliação dos resultados obtidos nos instrumentos de avaliação

de cada evento.

D. Recursos disponibilizados:

Atividade proposta 1:

Cd com a música “ Pensamentos” (Cidade Negra). Cópias da letra da

música , uma para cada participante.

Atividade proposta 2:

Instrumento de avaliação dos encontros, devidamente preenchidos pelos

participantes.

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REFERÊNCIAS

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CALDAS, Andréia do Rocio. Desistência e resistência no Trabalho Docente: Um Estudo das Professoras e Professores do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Educação de Curitiba. 160 p. Tese ( Doutorado em Educação) – Setor de Educação, Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2007. Disponível em< URL http://hdl.handle.net/1884/11017>. Acesso em 02/03/2009.

COOPERRIDER, David L. Investigação Apreciativa: uma abordagem positiva para gestão de mudanças. Tradução de : Nilza Freire. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006.

CORRÊA, Ronald C. Os Desafios do Professor diante da Perspectiva de Formação de Cidadãos na Nova Ordem Mundial. Conteúdo escola.Disponível em <URL:www.conteudoescola.com. br>. Acesso em dezembro de 2008.

EDUCAR EM REVISTA. Curitiba, PR: Ed. UFPR, n.24, 2004. Semestral.

FERRARINI, Rosilei. (org). Diálogos com a Prática – Construções Teóricas. Coletânea 1. SESI/PR. Curitiba, 2008. p.159 à 177.

FREIRE, Paulo. Papel da Educação na Humanização. Resumo de palestras realizadas em 05-1967, em Santiago, sob o patrocínio da OEA, do governo do Chile e da Universidade do Chile. Disponível em < URL:www.educalara.viabol.uol.com.br/freire2.htm> . Acesso em outubro de 2008.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa.São Paulo: Paz e Terra, 1996 .

GARCIA, Maria Manuela Alves, Hypolito, Álvaro Moreira and Vieira, Jarbas SantosAs identidades docentes como fabricação da docência. Educ. Pesqui., Mar 2005,vol.31, no.1, p.45-56.

GIOPPO, Christiane, et alii. A Avaliação em Ciências Naturais no EnsinoFundamental. Curitiba. UFPR, 2006. 156 p.

HELLER, A. O Cotidiano e a História. 7.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

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HYPOLITO, A.M. Trabalho docente e profissionalização: sonho prometido ousonho negado? Desmistificando a profissionalização do magistério. Campinas:Papirus, p. 81-100, 1999.

KUENZER, A. Z. As políticas de formação: a construção da identidade do professor sobrante. Educação e Sociedade, Campinas, n.68, p.163-183, dez. 1999.

LAPO, F. R.; BUENO, B. O. Professores, Desencanto com a Profissão e Abandono do Magistério. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 118, p.65-88, mar., 2003.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: teoria e prática. 5.ªEd. Revista ampliada Goiânia: Editora Alternativa, 2004

MACHADO, Nílson José. Qualidade da Educação: cinco lembretes e umalembrança. Estud. av., Dez 2007, vol.21, no.61, p.277-294.

NÓVOA, A. Formação de professores e trabalho pedagógico, Lisboa: Educa, 2002. p23-

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PARO, Vitor Henrique. Escritos sobre Educação. São Paulo: Xamã, 2001.144p.

PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública. 3.ª ed. São Paulo:Editora Ampliada, 2006. 119 p.

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SAVIANI, D. Escola e democracia. São Paulo: Cortez, 1989.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. São Paulo:Cortez, 1997.VASCONCELLOS, Celso S. Para onde vai o professor? Resgate doProfessor como sujeito de Transformação. São Paulo: Libertad, 2007

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ANEXOS

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ANEXO 01

QUESTIONÁRIO PARA OS PROFESSORES

CARO COLEGA,

COMO É DE SEU CONHECIMENTO, EU ESTOU PARTICIPANDO DO

PROGRAMA PDE 2008 , SENDO QUE UMA DAS ETAPAS DESTE

PROGRAMA É A PRODUÇÃO DE UM PROJETO DE INTERVENÇÃO ,

PARA QUE EM SEGUIDA, NO PRÓXIMO ANO LETIVO, EU POSSA

APLICAR ESTE PROJETO NESTA ESCOLA.

O PROJETO QUE ESTOU DESENVOLVENDO REFERE-SE À ANÁLISE DA

PRÁTICA DOCENTE , SUAS ANGÚSTIAS, INQUIETAÇÕES, ACERTOS E

DESACERTOS; COM O OBJETIVO DE RESGATAR O PAPEL DO

PROFESSOR, ENQUANTO PROFISSIONAL PRÓ-ATIVO, GESTOR DE SALA

DE AULA, QUE NÃO PERDE A VISÃO DE GESTOR EDUCACIONAL.

ALÉM DISSO, PROPONHO UM PROGRAMA DE ASSESSORAMENTO AO

PROFESSOR NA SUA PRÁTICA PEDAGÓGICA, QUE DEVERÁ SER

IMPLANTADO NO ANO LETIVO DE 2009.

PARATANTO PEÇO A SUA CONTRIBUIÇÃO NESTA PRIMEIRA ETAPA DO

PROJETO, RESPONDENDO OS QUESTIONAMENTOS A SEGUIR, COM A

SERIEDADE E TRANQUILIDADE QUE A QUESTÃO EXIGE E ASSIM

SOCIALIZANDO AS SUAS IMPRESSÕES SOBRE O TRABALHO

DOCENTE.

AGRADEÇO IMENSAMENTE A SUA ATENÇÃO,

ABRAÇOS,

CARLA

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QUESTIONÁRIO PARA OS PROFESSORES

IDADE: _______________ SEXO:___________________

NOME ( OPCIONAL:_________________________________________________

1)HÁ QUANTO TEMPO VOCÊ EXERCE A PROFISSÃO DE PROFESSOR?

____________________________________________________________________

2) CITE TRÊS ASPECTOS QUE VOCÊ CONSIDERA IMPRESCINDÍVEIS PARA A

REALIZAÇÃO DO SEU TRABALHO COMO PROFESSOR.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

2) CITE TRÊS ASPECTOS QUE LHE DÃO SATISFAÇÃO NO SEU TRABALHO

NESTA ESCOLA.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

3) NA SUA OPINIÃO, O QUE ATRAPALHA O EXERCÍCIO DA SUA PROFISSÃO

NESTA ESCOLA?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

4) O QUE VOCÊ GOSTARIA DE FAZER NA SUA PROFISSÃO E NÃO

CONSEGUE?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

5) CITE TRÊS PALAVRAS QUE RESUMEM OS SEUS SENTIMENTOS COM

RELAÇÃO AO SIGNIFICADO QUE ESTA ESCOLA TEM NA SUA VIDA

PROFISSIONAL.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

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6) SE PUDESSE ESCOLHAR NOVAMENTE, VOCÊ:

( ) ESCOLHERIA OUTRA PROFISSÃO PARA EXERCER

( ) ESCOLHERIA SER PROFESSOR

7) ORDENE AS AFIRMATIVAS ABAIXO, NUMERANDO-AS DE 1 A 5, SENDO 1

A CARACTERÍSTICA MENOS FORTE EM VOCÊ E 5 AQUELA QUE VOCÊ

CONSIDERA SER MAIS MARCANTE NA SUA PRÁTICA PROFISSIONAL:

( ) Domínio do conteúdo que leciono

( ) Clareza e didática na apresentação das aulas que ministro.

( ) Capacidade de despertar a motivação dos alunos para com as aulas ministradas.

( ) De um modo geral, tenho um bom relacionamento e envolvimento com os

alunos.

( ) Tenho um grau de exigência considerável, com relação à disciplina que leciono,

à disciplina, tarefas, exercícios, aprendizado, avaliações.

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ANEXO 02

TERMO DE LIVRE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO

Eu,___________________________________________________________________,

RG________________________, abaixo assinado, concordo em participar do, como

sujeito do Grupo de Discussão Temática da Produção Didático Pedagógica Práticas

Pedagógicas e Profissionalismo dos Professores: Relações com a melhoria da

qualidadade de ensino na escola pública, produzida em atendimento ao Programa de

Desenvolvimento Educacional – PDE. Fui devidamente informado e esclarecido pela

pesquisadora Carla Cristiane Röcker de Almeida sobre a proposta de intervenção, os

procedimentos nela envolvidos, inclusive de gravação de voz, assim como os possíveis

riscos e benefícios decorrentes de minha participação. Foi-me garantido que posso

retirar meu consentimento a qualquer momento, comunicando o fato diretamente ao

condutor da Proposta de Intervenção.

Local: ___________________, ____/____/_____

_______________________________________________

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ANEXO 03

Instrumento de Avaliação dos Encontros

Avaliação do Encontro

Atividades desenvolvidas:________________________________________________________________________________________________________________________________

Data:_____________

1. Dificuldades percebidas durante o encontro:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2. Facilidades percebidas durante o encontro:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3. Aspectos favoráveis: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4. Aspectos desfavoráveis::________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5. Outros comentários:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Obrigado pela participação

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