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jága m njte T » > 4- —-^ * Comlifões Publica-se ás Quarlas-feiras c Sobbados na lypographia do J. J. Lopes, onde so recebem assignaturas por 1 anno, e 6 mezes, pagas adiantado. Osannuncios propriamente dos Srs. assinantes pa- gão 40 reis por linha, quacsquer ou- trás publicações serão feitas por ajuste. l..-'.'«Bfl de)vceciot—Joaé %. £opeò íiuaot. REDACTORES-MVMSOS. Preços da ussigiiatura Por anno . . . . . , JO-ftOOO » semestre6^)000 COM PORTE PELO CORREIO. Poranno ...... 11 $000 » semestre63£>S00 KOLIIA AVULSA ÍG0 HEIS. 3S= Anno XX Desterro Quarta-feira I de jflnrço de 1S$«. Governo da provincia. bxpedíbnte do dia 20 dr fevereiro de 1882 A'thesouraria geral, n. 118. Mande v. s. pagar ao capitão de mar e guerra An- touio Ximenes de Araújo Pitada os venci- mentos a que tiver direito desde 24 do mez findo aló 17 do corrente, como presideute do conselho de guerra do foguista do eucoura- çudo Bahia. A' lliesouraria provincial, u.43.— Mande vmc, quanto antes, pagar pela mesa de rendas da cidade da Laguna, os alugueis atrazados da casa que serve de quartel do destacamento policinl da freguezia de Villa Nova, como lhe foi ordenado por oilicio n. 311 de 31 dn Dezembro do anuo passado. Deu-se couhecimeuto, pela secre- taria, ao dr. chefe de policia. Circular nos juizes de direito e muucipues. Sendo conveniente, conforme declarou o exm. sr. ministro <1& justiça,emaviso cirr cular de 31 do mez findo, que as autoridades judiciarias se correspondam direclnraenie com os consulados das naçOes estrangeiras uo Império, sobre certas questões de liernn- ças, e assim se evite tifio acereacimo de trabalho com as communicaçoes relativas á assumptos de pequena monta, mas também a demora resultante da intervenção do gú- voruo, que eqtretanto será invocada quaudo oceorrer alguma dificuldade nas relações eotreos funecionarios consulares e- as auto- ridades do paiz, assim o faço scieute a v. s., para os fins convenientes. Ao promotor publico de S. Jo.sé. Eu- viando-lhe junto, por copia, o officio que, em data de 17 do correute, me dirigiu o in- spector da thesouraria provincial, tendo an- nexo outro em qne o agente do matadouro publica refere o modo insólito porque foi injuriado e ameaçado no exorcieio de suas funeçoes, e dentro mesmo do eslabeleciraeti- to, por Joaquim Liuo Cabral, recoinmeudo a Vmc. que, quanto antes, intente o procedi- mento criminal pura a devida piiuiçilo desse crime em que cabe a acçílo publica, na con- formidade do art. 2." § 3*.° do decreto n, 1090 de l.°deSetebrodo 1860. 5 FOLHETIM DO DESPERTADOR MIGUEL STROGOFF ou <d mwsm W (GMl roa Júlio Verne OE MOSCOVIA A IRKDTSK CAPITULO III MIGUEL STROQOFl* A uuica paixflo de Miguel Strogoff era sua mfli, essa Maria, que nunca tinha querido deixar a antiga casa de Strogoff, em Omsk, uas margens do Irtyche, onde o velho caça- dor e ella tinham vivido taQto tempo juutos. Quaudo o filho se ausentava, o coração se lhe desfazia, promettendo voltar logo que tivesse occasião, promessa esta que fui sem- pre religiosamente cumprida. Ficou resolvido que Miguel Slrogoffeutra- ria aos viute annos para o serviço particular do Imperador da Rússia, no corpo dos cor- reios do czar. O joven siberiauo, que era ousado, intelligenle, zeloso, e de boa coudu- cta, teve logo occasião de se distinguir em uma viagem que fizera ao Caucaso, por en- tre terras muito difficeis, sublevadas por ai- guns trefegos suecessores de Shamyl; mais tarde, era mha missão de que fora encarre- gp.doa l'etrop<i!'iW-ki, em Kamtschatka, uo limito extremo da Rússia Asiática. Durante essas longas exctirHõtj.s desenvolveu qualida- des maravilhosas de «augiie-frio, prudência, p coragem qu* lhe vaièratú h approvaçflo e Communique o resultado. AU eugeuheiro Sobíappal.— Encarrego a vmc. de orçar a despeza a fazer-se cora os concertos de que necessita as grades das pri- soes do quartel da policia, couforme solicita o respectivo cominaudante no incluso officio aunêxo ao do dr. chefe de policia, datado de 18 do corrente, sob n. 39. Ao juiz commisaario de Lages.— Declaro a vmc, em resposta ao sen officio, de 15 do corrente, (jue as disposições do aviso circular do miuisterio d'agricultura, de 19 deManeiro do auno passado, que lhe foi enviado, por copia, com oflicio de õ de Fevereiro do mes- mo auno, sao applicaveis aos concessionários de terras que as uilo tenham medido e de- marcado, pago o preço que fôr devido e ti- rado o respectivo titulo, para o que vmc. marcará o prazo de dous mezes, findo os quaes vmc. informará minuciosamente ao promotor publico e ao juiz municipal para se proceder na fôrma do art. 2.° da lei n. G01, de 18 de Setembro de 1850, contra aquelles que uilo tiverem cumprido essa obrigaçflo. Dia 21. A' thesouraria g-eral, n. 119. Remetto a v. s. copiii do aviso circular do ministério d'agricultura, datado de 15 do corrente, afim de que satisfaça, até o dia 15 de Março próximo, a exigência de que elle trata, rela- tiva ao numero dos escravos alforriados em cada munici pio,por conta do fundo de eman- cipaçfto, cora declarnç&o tia despeza effectua- ada ou a effectuar, em cada. circumscripç&o, soja com alforrias, seja com arbitramento, custas, etc A' mesma, n. 120. Communico a v. s., para os fins convenientes, que, por aviso de 11 do corrente, declarou-me o exm. sr. mi- nistru d'agricultura ter sido, por portaria de 9, deiuittido o dr. Francisco Vallonton do cargo do medico da colônia Blumeuau. A' mesma, u. 121.-- Em aviso de 14 do corrente coininunicou-me o exm. sr. minis- tro d'ngricultura que, por portaria de 10, foi nomeado o dr. Alfredo Koeler para o lo- gar de medico da colônia Blumeuau, nesta provincia, com a gratificação mensal de 2O0ÍIOO0 réis: o que declaro a v. a., para os fios convenientes. Communicou-se, pela secretaria, ao referido dr. ^*mm~mr*~ mu.. _j protecçüo dos chefes, e assim fez rapidamen- to caminho. Quanto às licenças que lhe cabiam por di- reito quaudo voltava dessas missões longin- qiias, uunca deixou elle de consagra-las á sua velha raíli, Biuda mesmo que estivesse milhares de verstas distante, e o mveroo nSo ora motivo que o detivesse. Entretanto, e pela primeira vez, Miguel Strogoff, que tinha tido uma missão especial no sul do Im- perio, uflo tinha podido ir vêr sua velha Marfa havia três auuos, seguramente três séculos para elle. A sua licença regulamen- tar ia ser-lhe concedida dentro do poucos dias, e tinha feito preparativos para a via- gem de Omsk, quando se deram as circuin- stancias que sabemos. Miguel Strogoff foi couseguintemeute apresentado ao czar em completa ignorância do que o Imperador esperava delle. O czar, sem dirigir-lhe a palavra, olhou para elle algum tempo, e com olhos peue- trames o observou, emquanto Miguel Stro- goff conservava-se completamente firme. Depois do que, satisfeito o czar com o seu exame, voltou ho gabinete, e fazendo signal ao chefe de policia de assentar-se, ditou-lhe em voz baixa uma carta que apenas conti- nha algumas liuhas. Concluída a carta, o czar tornou a lê-la com suraraa attençao, depois do que assi- gnou, fazendo preceder seu nome com estas palavras: fíyt po semou, que querem dizer: Assim seja, que constituem a fôrma sacra- mental dos Imperadores da Rússia. Metteu-se a carta em um envoltório, o qual foi seíJá d q com as armas imperiaes. Levaiitaudose entilo, o czar disse a Mi- guel Strogoff que se opproximassô. Ao dr. chefe do policia, n. 20.— Declaro a v. s., em n-spasta ao seu officio u. 40, de 18 do corrente, que exp<>ça suas ordens afim de que sejam recolhidas á capital ns quatro praças que se acham doentes na villa de Coritibauos, as quaes serflo substituídas por outras que o respectivo delegado de policia engajar para o que v. s. o aotorisará. Esse engajameuto se effectuará depois que vierem as ditas praças. D<ju-se conhecimento do officio su- ' pi-if a*j criíamaudauU; do corpi poli- ciai. A' thesouraria provincial, n. 38. Re- commendo a vmc, que pague as custas do art. 31 da lei n. 936 do anno passado e as porceutagens dos fuucciouarios do juizo dos feitos da fazeuda, logo depois de realisada a eutrada do dinheiro arrecadado era virtude da cobrança judicial; Convém que vmc. recommende ao procu- rador fiscal dessa lliesouraria qua solicite a expedição dos maudados contra os devedores da fazenda e que active as execuções, como lhe cumpre fazer. Ao dr. juiz de direito da capital.— Vou aubraeller a deliberação d'assemblóa legis- lativa provincial o seu oflicio de 30 de Ja- neiro ultimo, informando sobre a represei)- taçaodo escrivão dos feitos da fazenda, rela- tiva aos embaraços que praticamente.tem surgido a execução do art. 31 da lei n. 936, de 9 de Abril do anno passado, estatuindo qua as custas dos empregados do juizo dos feitos, sejjijaj pagas depois de finda, a execu- çao. A semelhante respeito, cabe me ponderar a v. s. que essa disposição estando de accôr- do com o §3° do art, 201 do decreto de 2 de Setembro de 1874, n. 5737 —regimento de custas— exceptuaudo as custas de autos e papeis em que ó interessada a fazenda pro- viucial, de serem pagas logo depois de feitos os autos respectivos, é um preceito legal, decretado pelo poder corapeteute, e nao de- via o escrivão rèçusar-sa a cumpril-o, dei- xando de passar mandados executivos, or- deuados por despacho de v.s. em diversos requerimeutos do procurador fiscal, por n&o ter ainda recebido custas de serviços ante- riores, como elle mesmo confessa na predita representação, Cabia-lhe representar, como fez, pela de- 'XI Miguel Strogoff deu alguns passos á freu- teeficou iramovel, prompto a responder. O czar tornou a olhar para elle de frente, com os oUios fitos, depois do que com voz breve: ²Como te chamas ? perguntou. ²Miguel Strogoff, Senhor. ²Que posto tens 1 ²Capitão no corpo dos correios do czar. ²Couheces a Sibéria ? ²Sou da Sibéria. ²Oude imsceste 1 ²Em Omsk. ²Teus família em Omsk ? ²Sim, senhor. ²Que parentes tens 1 ²Miuha mai. O czar .suspendeu por momento a serie de perguntas que lhe fazia. Depois, mastran- do-lhe a carta que tiuha na mao: *^ ²Aqui teus esta carta, disse, quero que a entregues em mao própria do grao-duque e a ninguém mais senão elle. ²Entrega-la hei, Senhor. ²O grao-duque eslá em Irkutek. ²Em Irkutsk irei. ²Mas olha que é preciso atravessar ter- ras sublevadas pelos rebeldes, invadidas pe- los tartaros, que hao de fazer ludo para iu- terceptaxjesta carta. ²Atruvessa-las-hei, Senhor. ²Desconfia sobretudo de ura cerlo Ivan Ogareff, traidor, quo tolvez se eucontre com- tigo. ²Desconfiarei. ²Tens de passar por Omsk ? ²E' esse o meu caminho, Senhor. ²Se fòreri o.nde está tua mili arriscas-te a > seres conhecido.. Nau deves ir. mr. 1,9*». raorn do pagamento, mas obedecer ao que lhe fora ordenado por despacho. Determino, nesta data, á thesouraria pro- viucial que pugue as custas vencidas antes da execução do citado art. 31 da lei n. 930 do auno passado e bs porcentageus dos func- cionarios desse jnizir, logo depois de reali- sada a entrada do dinheiro arrecadado era virtude da cobraça judicial. Queira, pois, v. s. ordeuar ao escrivão que passe, quanto ames, os mandados a que se refere na aba iuformaçao, sob as penas da lei, afim de que tenham andamento as exe- cuções requeridas, como Convém aos inte- resses da fazenda. Dia 22. A' thesouraria geral, n. 122.— Em vista de sua iuformaçao, datado de 21 do corrente, mande v. s. entregar ao agriraonsor Seve- nano do Souza e Almeida, encarregado de fiscalisar os últimos trabalhos da ex colônia Azambuja, a quantia de 23:321$500 réis que elle solicita, em oflicio de 16 deste mez, para oceorrer ás despezas cora os trabalhos executados nos mezes de Dezembro ultimo, Janeiro e Fevereiro do corrente anno, como consta do orçameuto juuto. A* mesma, n. 123.— Cmmunico a v. s., para sua sciencia o fins convenientes, que apresentou-se-rae, hoje, o alferes do 17 ba- talhflo d'infantaria Gonçalo Muniz Tclles, viudo do Rio-Grande do Sul, com 30 dias de licença para tratar de,seus interesses nesta provincia. Circular ás câmaras municipaes do^dis- tricto eleitoral da província. Tendo de proceder-se uo 2.° districto eleitoral desta provincia a eleição de um deputado á as- sembléa geral, para preenchimento da VBga deixada pelo exm. sr. conselheiro Manoel da Silva Mafra, que foi nomeado ministro da justiça, tenho marcado para esse acto, couforme determinou o ministério do impe- rio em aviso de 15 do corrente, e á vista do art. 21 da lei n. 3029, de 9 de Janeiro do auno passado, o dia 9 do mez de Abril próximo faturo. Recommendo, por isso, á câmara munici- pai deque providencie afim de que nflo deixe de realisar-se nessa município a refe- rida eleição, cujo processo deverá ser feito pela fôrma determinada nos arts. 124 a 151 Miguel Strogoff teve um iustante de he- sitacflo. ²Nao irei, Senhor. ²Jura que nada te fará dizer nem quem és, nem pura onde vás? ²Juro, Senhor. ²Miguel Strogoff, tornou então o czar entregando a carta ao correio, toma eata cartn, tem em lembrança que delia depende a salvação da Sibéria e talvez a vida do grao-duque, meu irmão. ²Esta carta, Senhor, ha de ser entregue a S. A. o grao-duque. ²Assim coutas chegar ? ²chegarei ou hei de morrer ! ²E' preciso que vivas. ²Viverei e chegarei, respondeu Miguel Strogoff. O czar pareceu gostar da aflirmaliva sim- pies e calma com que Miguel Strogoff lhe havia respondido. " Vai, Miguel Strogoff, disse, vai por Deos, pela Rússia, por meu irmão e por mim ! Miguel Strogoff fez continência, sahio immediatamente do gabinete imperial e pouco depois do Palacio-Novo. ²General, disse o czar, creio que tiveste boa mao. ²Assim o creio, Senhor, respondeu o general Kissoff, e Vossa Magestade pôde es- tar certo de que Miguel Strogoff ha de fazer tudo quanto a um homem é possível fazer*, ²Com effeito é ura homem ! disso o czar. CAPITULO IV DE MOSCOVIA A NIJNI-NOVOOROD A distancia que Miguel Strogoff tinha da percorrer entre Moscovia e Irkutsk era de ¦s % JTV* ¦:¦.¦¦ ^* V .**#"=¦ S .-_

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ComlifõesPublica-se ás Quarlas-feiras c Sobbados

na lypographia do J. J. Lopes, onde sorecebem assignaturas por 1 anno, e 6mezes, pagas adiantado. Osannunciospropriamente dos Srs. assinantes pa-gão 40 reis por linha, quacsquer ou-trás publicações serão feitas por ajuste.

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REDACTORES-MVMSOS.

Preços da ussigiiaturaPor anno . . . . . , JO-ftOOO

» semestre 6^)000COM PORTE PELO CORREIO.

Poranno ...... 11 $000» semestre 63£>S00

KOLIIA AVULSA ÍG0 HEIS.3S=

Anno XX Desterro — Quarta-feira I de jflnrço de 1S$«.

Governo da provincia.bxpedíbnte do dia 20 dr fevereiro de 1882

A'thesouraria geral, n. 118. — Mandev. s. pagar ao capitão de mar e guerra An-touio Ximenes de Araújo Pitada os venci-mentos a que tiver direito desde 24 do mezfindo aló 17 do corrente, como presideute doconselho de guerra do foguista do eucoura-çudo Bahia.

A' lliesouraria provincial, u.43.— Mandevmc, quanto antes, pagar pela mesa derendas da cidade da Laguna, os alugueisatrazados da casa que serve de quartel dodestacamento policinl da freguezia de VillaNova, como lhe foi ordenado por oilicio n.311 de 31 dn Dezembro do anuo passado.

Deu-se couhecimeuto, pela secre-taria, ao dr. chefe de policia.

Circular nos juizes de direito e muucipues.— Sendo conveniente, conforme declarou oexm. sr. ministro <1& justiça,emaviso cirrcular de 31 do mez findo, que as autoridadesjudiciarias se correspondam direclnraeniecom os consulados das naçOes estrangeirasuo Império, sobre certas questões de liernn-ças, e assim se evite tifio só acereacimo detrabalho com as communicaçoes relativas áassumptos de pequena monta, mas tambéma demora resultante da intervenção do gú-voruo, que eqtretanto será invocada quaudooceorrer alguma dificuldade nas relaçõeseotreos funecionarios consulares e- as auto-ridades do paiz, assim o faço scieute a v. s.,para os fins convenientes.

Ao promotor publico de S. Jo.sé. — Eu-viando-lhe junto, por copia, o officio que,em data de 17 do correute, me dirigiu o in-spector da thesouraria provincial, tendo an-nexo outro em qne o agente do matadouropublica refere o modo insólito porque foiinjuriado e ameaçado no exorcieio de suasfuneçoes, e dentro mesmo do eslabeleciraeti-to, por Joaquim Liuo Cabral, recoinmeudo aVmc. que, quanto antes, intente o procedi-mento criminal pura a devida piiuiçilo dessecrime em que cabe a acçílo publica, na con-formidade do art. 2." § 3*.° do decreto n, 1090de l.°deSetebrodo 1860.

5 FOLHETIM DO DESPERTADOR

MIGUEL STROGOFFou

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Júlio VerneOE MOSCOVIA A IRKDTSK

CAPITULO IIIMIGUEL STROQOFl*

A uuica paixflo de Miguel Strogoff era suamfli, essa Maria, que nunca tinha queridodeixar a antiga casa de Strogoff, em Omsk,uas margens do Irtyche, onde o velho caça-dor e ella tinham vivido taQto tempo juutos.Quaudo o filho se ausentava, o coração selhe desfazia, promettendo voltar logo quetivesse occasião, promessa esta que fui sem-pre religiosamente cumprida.

Ficou resolvido que Miguel Slrogoffeutra-ria aos viute annos para o serviço particulardo Imperador da Rússia, no corpo dos cor-reios do czar. O joven siberiauo, que eraousado, intelligenle, zeloso, e de boa coudu-cta, teve logo occasião de se distinguir emuma viagem que fizera ao Caucaso, por en-tre terras muito difficeis, sublevadas por ai-guns trefegos suecessores de Shamyl; maistarde, era mha missão de que fora encarre-gp.doa l'etrop<i!'iW-ki, em Kamtschatka, uolimito extremo da Rússia Asiática. Duranteessas longas exctirHõtj.s desenvolveu qualida-des maravilhosas de «augiie-frio, prudência,p coragem qu* lhe vaièratú h approvaçflo e

Communique o resultado.AU eugeuheiro Sobíappal.— Encarrego a

vmc. de orçar a despeza a fazer-se cora osconcertos de que necessita as grades das pri-soes do quartel da policia, couforme solicitao respectivo cominaudante no incluso officioaunêxo ao do dr. chefe de policia, datado de18 do corrente, sob n. 39.

Ao juiz commisaario de Lages.— Declaroa vmc, em resposta ao sen officio, de 15 docorrente, (jue as disposições do aviso circulardo miuisterio d'agricultura, de 19 deManeirodo auno passado, que lhe foi enviado, porcopia, com oflicio de õ de Fevereiro do mes-mo auno, sao applicaveis aos concessionáriosde terras que as uilo tenham medido e de-marcado, pago o preço que fôr devido e ti-rado o respectivo titulo, para o que vmc.marcará o prazo de dous mezes, findo osquaes vmc. informará minuciosamente aopromotor publico e ao juiz municipal parase proceder na fôrma do art. 2.° da lei n.G01, de 18 de Setembro de 1850, contraaquelles que uilo tiverem cumprido essaobrigaçflo.

Dia 21.A' thesouraria g-eral, n. 119. — Remetto

a v. s. copiii do aviso circular do ministériod'agricultura, datado de 15 do corrente,afim de que satisfaça, até o dia 15 de Marçopróximo, a exigência de que elle trata, rela-tiva ao numero dos escravos alforriados emcada munici pio,por conta do fundo de eman-cipaçfto, cora declarnç&o tia despeza effectua-ada ou a effectuar, em cada. circumscripç&o,soja com alforrias, seja com arbitramento,custas, etc

A' mesma, n. 120. — Communico a v. s.,para os fins convenientes, que, por aviso de11 do corrente, declarou-me o exm. sr. mi-nistru d'agricultura ter sido, por portariade 9, deiuittido o dr. Francisco Vallontondo cargo do medico da colônia Blumeuau.

A' mesma, u. 121.-- Em aviso de 14 docorrente coininunicou-me o exm. sr. minis-tro d'ngricultura que, por portaria de 10,foi nomeado o dr. Alfredo Koeler para o lo-gar de medico da colônia Blumeuau, nestaprovincia, com a gratificação mensal de2O0ÍIOO0 réis: o que declaro a v. a., para osfios convenientes.

Communicou-se, pela secretaria,ao referido dr.

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protecçüo dos chefes, e assim fez rapidamen-to caminho.

Quanto às licenças que lhe cabiam por di-reito quaudo voltava dessas missões longin-qiias, uunca deixou elle de consagra-las ásua velha raíli, Biuda mesmo que estivessemilhares de verstas distante, e o mveroo nSoora motivo que o detivesse. Entretanto, epela primeira vez, Miguel Strogoff, quetinha tido uma missão especial no sul do Im-perio, uflo tinha podido ir vêr sua velhaMarfa havia já três auuos, seguramente trêsséculos para elle. A sua licença regulamen-tar ia ser-lhe concedida dentro do poucosdias, e já tinha feito preparativos para a via-gem de Omsk, quando se deram as circuin-stancias que sabemos. Miguel Strogoff foicouseguintemeute apresentado ao czar emcompleta ignorância do que o Imperadoresperava delle.

O czar, sem dirigir-lhe a palavra, olhoupara elle algum tempo, e com olhos peue-trames o observou, emquanto Miguel Stro-goff conservava-se completamente firme.

Depois do que, satisfeito o czar com o seuexame, voltou ho gabinete, e fazendo signalao chefe de policia de assentar-se, ditou-lheem voz baixa uma carta que apenas conti-nha algumas liuhas.

Concluída a carta, o czar tornou a lê-lacom suraraa attençao, depois do que assi-gnou, fazendo preceder seu nome com estaspalavras: fíyt po semou, que querem dizer:Assim seja, que constituem a fôrma sacra-mental dos Imperadores da Rússia.

Metteu-se a carta em um envoltório, oqual foi seíJá d q com as armas imperiaes.

Levaiitaudose entilo, o czar disse a Mi-guel Strogoff que se opproximassô.

Ao dr. chefe do policia, n. 20.— Declaroa v. s., em n-spasta ao seu officio u. 40, de18 do corrente, que exp<>ça suas ordens afimde que sejam recolhidas á capital ns quatropraças que se acham doentes na villa deCoritibauos, as quaes serflo substituídas poroutras que o respectivo delegado de policiaengajar para o que v. s. o aotorisará.

Esse engajameuto só se effectuará depoisque vierem as ditas praças.

D<ju-se conhecimento do officio su-' pi-if a*j criíamaudauU; do corpi poli-ciai.A' thesouraria provincial, n. 38. — Re-

commendo a vmc, que pague as custas doart. 31 da lei n. 936 do anno passado e asporceutagens dos fuucciouarios do juizo dosfeitos da fazeuda, logo depois de realisada aeutrada do dinheiro arrecadado era virtudeda cobrança judicial;

Convém que vmc. recommende ao procu-rador fiscal dessa lliesouraria qua solicite aexpedição dos maudados contra os devedoresda fazenda e que active as execuções, comolhe cumpre fazer.

Ao dr. juiz de direito da capital.— Vouaubraeller a deliberação d'assemblóa legis-lativa provincial o seu oflicio de 30 de Ja-neiro ultimo, informando sobre a represei)-taçaodo escrivão dos feitos da fazenda, rela-tiva aos embaraços que praticamente.temsurgido a execução do art. 31 da lei n. 936,de 9 de Abril do anno passado, estatuindoqua as custas dos empregados do juizo dosfeitos, sejjijaj pagas depois de finda, a execu-çao.

A semelhante respeito, cabe me ponderara v. s. que essa disposição estando de accôr-do com o §3° do art, 201 do decreto de 2de Setembro de 1874, n. 5737 —regimentode custas— exceptuaudo as custas de autose papeis em que ó interessada a fazenda pro-viucial, de serem pagas logo depois de feitosos autos respectivos, é um preceito legal,decretado pelo poder corapeteute, e nao de-via o escrivão rèçusar-sa a cumpril-o, dei-xando de passar mandados executivos, or-deuados por despacho de v.s. em diversosrequerimeutos do procurador fiscal, por n&oter ainda recebido custas de serviços ante-riores, como elle mesmo confessa na preditarepresentação,

Cabia-lhe representar, como fez, pela de-'XI

Miguel Strogoff deu alguns passos á freu-teeficou iramovel, prompto a responder.

O czar tornou a olhar para elle de frente,com os oUios fitos, depois do que com vozbreve:

Como te chamas ? perguntou.Miguel Strogoff, Senhor.Que posto tens 1Capitão no corpo dos correios do czar.Couheces a Sibéria ?

Sou da Sibéria.Oude imsceste 1Em Omsk.Teus família em Omsk ?Sim, senhor.Que parentes tens 1Miuha mai.

O czar .suspendeu por momento a serie deperguntas que lhe fazia. Depois, mastran-do-lhe a carta que tiuha na mao: *^

Aqui teus esta carta, disse, quero quea entregues em mao própria do grao-duquee a ninguém mais senão elle.

Entrega-la hei, Senhor.O grao-duque eslá em Irkutek.Em Irkutsk irei.Mas olha que é preciso atravessar ter-

ras sublevadas pelos rebeldes, invadidas pe-los tartaros, que hao de fazer ludo para iu-terceptaxjesta carta.

Atruvessa-las-hei, Senhor.Desconfia sobretudo de ura cerlo Ivan

Ogareff, traidor, quo tolvez se eucontre com-tigo.

Desconfiarei.Tens de passar por Omsk ?E' esse o meu caminho, Senhor.Se fòreri o.nde está tua mili arriscas-te a >

seres conhecido.. Nau deves lá ir.

mr. 1,9*».

raorn do pagamento, mas obedecer ao quelhe fora ordenado por despacho.Determino, nesta data, á thesouraria pro-viucial que pugue as custas já vencidas antes

da execução do citado art. 31 da lei n. 930do auno passado e bs porcentageus dos func-cionarios desse jnizir, logo depois de reali-sada a entrada do dinheiro arrecadado eravirtude da cobraça judicial.

Queira, pois, v. s. ordeuar ao escrivão quepasse, quanto ames, os mandados a que serefere na aba iuformaçao, sob as penas dalei, afim de que tenham andamento as exe-cuções requeridas, como Convém aos inte-resses da fazenda.

Dia 22.A' thesouraria geral, n. 122.— Em vista

de sua iuformaçao, datado de 21 do corrente,mande v. s. entregar ao agriraonsor Seve-nano do Souza e Almeida, encarregado defiscalisar os últimos trabalhos da ex colôniaAzambuja, a quantia de 23:321$500 réisque elle solicita, em oflicio de 16 deste mez,para oceorrer ás despezas cora os trabalhosexecutados nos mezes de Dezembro ultimo,Janeiro e Fevereiro do corrente anno, comoconsta do orçameuto juuto.

A* mesma, n. 123.— Cmmunico a v. s.,para sua sciencia o fins convenientes, queapresentou-se-rae, hoje, o alferes do 17 ba-talhflo d'infantaria Gonçalo Muniz Tclles,viudo do Rio-Grande do Sul, com 30 dias delicença para tratar de,seus interesses nestaprovincia.

Circular ás câmaras municipaes do^dis-tricto eleitoral da província. — Tendo deproceder-se uo 2.° districto eleitoral destaprovincia a eleição de um deputado á as-sembléa geral, para preenchimento da VBgadeixada pelo exm. sr. conselheiro Manoelda Silva Mafra, que foi nomeado ministroda justiça, tenho marcado para esse acto,couforme determinou o ministério do impe-rio em aviso de 15 do corrente, e á vistado art. 21 da lei n. 3029, de 9 de Janeirodo auno passado, o dia 9 do mez de Abrilpróximo faturo.

Recommendo, por isso, á câmara munici-pai de que providencie afim de que nflodeixe de realisar-se nessa município a refe-rida eleição, cujo processo deverá ser feitopela fôrma determinada nos arts. 124 a 151

Miguel Strogoff teve um iustante de he-sitacflo.

Nao irei, Senhor.Jura que nada te fará dizer nem quemés, nem pura onde vás?Juro, Senhor.Miguel Strogoff, tornou então o czar

entregando a carta ao correio, toma eatacartn, tem em lembrança que delia dependea salvação da Sibéria e talvez a vida dograo-duque, meu irmão.

Esta carta, Senhor, ha de ser entreguea S. A. o grao-duque.Assim coutas lá chegar ?

Lá chegarei ou hei de morrer !E' preciso que vivas.Viverei e chegarei, respondeu Miguel

Strogoff.O czar pareceu gostar da aflirmaliva sim-

pies e calma com que Miguel Strogoff lhehavia respondido.

" Vai, Miguel Strogoff, disse, vai porDeos, pela Rússia, por meu irmão e pormim !

Miguel Strogoff fez continência, sahioimmediatamente do gabinete imperial epouco depois do Palacio-Novo.

General, disse o czar, creio que tivesteboa mao.

Assim o creio, Senhor, respondeu ogeneral Kissoff, e Vossa Magestade pôde es-tar certo de que Miguel Strogoff ha de fazertudo quanto a um homem é possível fazer*,

Com effeito é ura homem ! disso o czar.CAPITULO IV

DE MOSCOVIA A NIJNI-NOVOORODA distancia que Miguel Strogoff tinha da

percorrer entre Moscovia e Irkutsk era de

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O DESPERTADOR.

' ÍTO

do regulamento de 13 de Agosto de 1881,n. 8213

Mulátis mutandis aos juizes de puzdo referido districto.

Dia 23.t ¦ ¦¦ ¦ ¦¦¦.¦¦ *

A' thesuurària geral, n. 124.— Sirva-sev. s. de providenciar afim de que me sejaenviada, com urgeucin, a relação dos escra-vos residentes nos municípios da Lngima^eTubarão, nu conformidade do meu officion. 707, de 22 de Novembro do anuo passa-do, para poder regularisar o serviço de cias-sificaçflo de escravos ritfs mesmos municipios.

A' mesma, n. 125.— Mande v. s. ajustarcontas ao alferes alumno Felippe Schmidt,que tem de seguir para a côrle, uo dia 25do corrente, por estar a terminar-se a liceuçaera que se acha.

A'mesma, n". 126. — Em vista de suaiuf.-rmaçuo, datada de 21 do correute, maudev. s. pagar ao padre Cypriano Buouocore a

gratificação de 400$000 réis por ter exercido«dos religiosos durante o anno findo, naex-colônia Azambuja.

Deu-se conhecimento »o agrimen-sor encarregado dos trabalhos de es-traída du referida ex-còlouia.

A' mesma,n. 127.— Partiçipando-me emofficio de hontem, ò dr. Joaquim José doAmaral, juiz de direito da camurça da ca-

pitai, haver, na mesma dato, entrado uo

goso da licença de três mezes que lhe con-cedi com vencimentos, na fôrma da lei, paratratar de sua saúde", assim o communico av. s., para os fin* devidos.

A' mesma, n. 128. — Km officio de 22 docorrente, participoii-ine o bacharel Felisber-to ISlysio Bezerra Montonegro, juiz munici-

pai ilo lermo desta capilal, ter, na mesma-data, assumido interinamente a vara de di-reito, por haver o proprietário entrado no•goso da licença que lhe fora coticedida: o quedeclaro a v. s., paru os fins convenieutes.

Ao dr. chefe de policia, n. 21. — Declaroa v. s., em resposta ao seu officio datado de18 do corrente, sob u. 41, que pôde autori-sur o delegado de policia da cidade da La-guina a alugar uma casa para quartel dodestacamento que alli existe, aproveitando-se um cotnmododa mesma ca**a para servirde xadrez, fazendo-se para isto a despezaqae fôr indispensável e com a necessáriaeconomia.

Deu-se conhecimento á theaoura-ria provincial, era officio sob n. 46 èso commandante do corpo policial.

A' thesourarU provincial^' n. 45.—Appro-*vo a minuta do contracto a celebrar-se nes-sa thesouraria com o cidadflo Antônio CarlosFerreira, paru reulisaçflo dos concertos docaminho do morro do Antflo, ficando assimrespoudido o seu officio de 18 do corrente,sob n. 19.

A' mesraB, n. 47.— Communico a vmd

para os fins convenientes, que, conforme

participou-me, por officio desta datn, o dr.director da iustrucçilo publica, o professorinterino da escola do arraial da Cachoeira,Virgilio dos Reis Várzea, entrou, no dia 13*do corrente, no exercício do seu magistério.

Ao presidente da câmara municipal da ca-

pitai.-Acabo de ordenar que três presosvflo amanha roçar os matos em frente do

edificio do Atheneu, serviço que nflo pôdemais ser retardudo.

Sirva-se vmc. de muudar dar-lhes pordons dias os instrumentos necessários.

Ao comtnandante do corpo policial. —Anto riso vmc. a engajar no corpo sob seucomuQHiido, como praça d'infautaria, o cida-dílo Henrique Antônio Pires, visto ter sidojulgado apto para o serviço, conforme se vèdo attestado que acompanhou o seu officiodesla data.

DO DR. SECRETARIO

Ao commandante do encouraçado Bahia.-—S. ex. o sr. desembargador presideute daproviucia manda comtnunicar a v. s., einresposta ao seu ofiicio de 18 do corrente,que, nesta data, expede ordem afim de terpassagem para a corte, uo paquete esperadodo Sul, o 2.° tenente Francisco Thomaz Al-ves Nogueira.

Ao inspector d'alfandega.'— S. ex. o sr.desembargador presidente da provincia man-da declarar a v. s. que pôde entregar aocapitão encarregado do deposito d'artigosbellicos, Alexandre Augusto Ignacio da Sil-veira, um fardo, vindo da corte, com diver-sos arligos para a companhia dMnfantaria,ficando assim respondido o seu officio destadata.

Ao l.°suppleuto do juiz municipal dacapital. — S. ex. o sr. desembargador pre-sidenik da provincia manda declarar li v. 8.que fica scieute de ter, em data de hontem,v. s. assumido o exercício do curgo de juizmunicipal supplente, por haver o propriota-rio também assumido ode direito.

Illm. o Exm. Sr. — Com o maior prazercommunico a V. Ex., osporando quo dò pu-blicidado pola impronsa, as sdguinlos liber-dades quo aqui lem lido logar do pouco tempoa esla parlo, revelando assim quo a comarcado Lages acompanha ao paiz narrando idéiado extinguir a escravidflo.

Ha pouco lempo, fallceondo a viuva Mariada Conceição, rcsidcnlo na froguezia do S.Joaquim desto lermo, deixou livros os soguin-les oscravos: — Josuino — Fortunata— Eli-za — Josó — Sabina — Cantalicia — o Justi-na sem annos algum.

Ullimamento fallecondo Damazio AntunesLima igualmonlo libertou som ônus algum,os seguintes oscravos: — João, Marcianna oLueia. <•

Alóra djestos factos, outros muU?s< so tomdado, esporando que V. Ex. os torne públicospela imprensa official.

Dous guardo a V. Ex. - Lagos, 17 do Fe-verciro do 1882. - Illm. o Exm. Sr. Dr.JoSo Rodriguos Chaves, M. D. presidonto daproviucia de Santa Calharina. — O juiz mu-nicipal, Manoel Cor doso Vieira de Mello.

ESTUDOS HISTÓRICOS.

Clirifttovão Colombo*(Continuação)

Ghristovao Colombo e os seiis visitaramentflo a nova ilha de S. Salvador. Nflo can-cavam de admirar a feliz situação em que se

achavam, seus magníficos bosques, águascorrentes e riâonhas campinas. A fuuna erapouco variada. Os papagaios, de pennas va-riegadas, abundavam por baixo das arvorese representavam só por si a ordem dos pas-saros S. Salvador formava uma planurapouco accidentada; ura lagosinho cortava-lhe a parle central; nenhuma montanhaaccidentava o solo. Entretanto S. Salvadordevia conter em si grandes riquezas mine-raes, visto que os habitantes traziam orna-mentos de ouro. Mas este metal preciosoteria sido tirado das entranhas da ilha?

O ultniraule perguntou a um dos iudige-nas, o por signaes conseguio entender que,ao voltar da ilha e navegando-ae para o sul,elle descobriria um lugar, cujo rei possuíagrandes vasos de ouro e muitas outras ri-quezas. No dia seguiute, ao amanhecer,Ghristovao Colombo deu ordem de aparelharas caravelas e eucuminhou-se para o conti-uente designado, que, segundo elle, só podia6er Cipango.

Cumpre fazer aqui uma observação ira-portante, porque dá idéa dos conhecimentosgoograpliicos daquella época: Colombo pen-sava ter aportado ás terras da Ásia. Cipangoó o nome que Marco Polo dá ao Japflo.

Esto erro do almiraute, partilhado peloscompauheiros, precisava de muitos annosparu recouhecel-o, e, como já dissemos, ogrande navegador, depois de quatro viagenssuccesslvns ás ilhas, morreu sein saber qnedescobrira um novo mundo. E' fora de du-vida que a geute de Colombo e elle próprioimaginaram ler encontrado, na uoite de 12de Outubro de 1492, o Japflo ou a China, ouas índias. E' o que explica ter a Americaconservado por muito tempo o nome de In-dias Occideutaes, o como os nuturaes destecontinente afio aiuda designados no Brazil euo México, assim como nos Estados-Uuidos,debaixo da deuouiioaçflo de índios.

Chriatovno Colombo cuidava ter chegadoao Japflo. Costeou S. Salvador de modo aexplorar a parte occidental. Os indígenas,correndo á praia, offereciam-lhe agna, fru-tas e cassava, espécie de pflo fabricado coraraiz de yueca. O almirante desembarcou di-versas vezes era alguns pontos du costa, e,cumpre dizer, faltando a voz da humanida-de, maudou preuder alguns indios, com ofim de os levar para Hespanha. Já princi-piavara a arrancar estes infelizes da suaterra, e nflo tardaria muito qne os vendes-sem ! Emfim, as caravelas, perdendo S. Sal-vador de vista, aventuraram-se pelo oceano.

O destino tiuha favorecido Christovflo Co-lombo, levando-o assim por um dos maisbellos archipelagos do mundo. Todas estasnovas terras, que elle ia descobrir, eramcomo um lhesouro do ilhas preciosas, uoqual só bastava metter as muos para aurir áraflos cheias. Em 15 de Outubro, ao levan-tar do sol, a flotilha lançou ancora pertoda ponta do oeste de uma outra ilha, quefoi chamada Conceição, separada só porciuco léguas de S. Salvador. No dia seguiu-te o almirante approximouse das margenscom barcos armados e preparados para qual-quer sorpreza. Os natnràes, q<»e eram damesma tbçb que os de S. Salvador, acolhe-ram bem os hespanhóes. Mas tendo sobre-viudo ura veuto do sudoeste, Colombo reonioa flotilha, e eucaminhando-ae nove léguas

-cinco mil e duzentns verstas (5,523 kilome-iros) Quando nao havia ainda fio telegra-

phico entre os montes Ouraes e a fronteiraoriental da Sibéria, a correspoudencia erafeita por meio de correios, empregando ohmais rápidos dezoito dias do Moscovia aIrkntsk. Mas era isto ura» excepçflo, porqueas viagens da Rússia asiática se faziam ge-ralraente de quatro a cinco semanas, apezarde se acharem todos os meios de transporteA disposição dos commissarios do ezar.

Como homem que nflo tiuha medo' de frionem de neve, Miguel Strogoff teria preferi-do viajar na rude estaçflo invemosa, quedeixa orgauisar a trenageraem toda a ex-tmisflo que se quer percorrer. As difficulda-des inherentes aos diversos ramos de loco-moção nivelavam ae, nesses vastos esteppes,.pela neve, e toruum muito menos sensíveis.Nflo ha mais correntes d'agua a transpor. Asuperfície por toda parte gelada é facilerapidamente percorrida pelos trenós. Ha¦entretanto certos phenüraenos que nflo dei-xani de ser perigosos era taes épocas, cumosejam a permanenciae intensidade dos ne-voeiros, os frios excessivos, turbilhões deneves «xteusos e medonhos que destroera ásvezes caravanas inteiras. Acoutece também

que milhares de lobos esfaimudos vagam pe-los caraiuhos. Mas em todo caso melhor eracorrer todos esses riscos, porque cora o in-verno rigoroso os invasores tartaros talvezpreferissem acantonarem se uas cidades, eos seus saqueadores nflo percorreriam os es-leppes; qualquer movimento de tropas teriasido impraticável, e Miguel Strogoff teriamais facilmente passado. Mas o nosso ho-mem uflo tinha aondeescolher.qnaesquer quefossem as cireuuislauciua tiuha do us aceilur.

Tal foi a situaçflo que MignelStrogoff en-carou claramente o preparou-se u fazer-lhafrente.

Ení^primeiro lugar nflo' seacTiava maisnas condições ordinárias de qualquer cor-reio do czar. Era mister que se ignorasse naviagem a sua qualidade, porque em terrainvadida, os espiões formigara. Foi por issoque o general Kissoff, entregaudo-lhe umaboa somma, que lhe bastasse e facilitassequalquer medida que podesse tomar, nflo lhedeu ordem alguma especial com u titulo deserviço imperial, que constitua o Sésamo porexcellencia; contentou-se apenas de muni*Iocom um podaroshna.

Esse podàroshna era feito em ura nomesupposto, no de Nicoláo Korpauoff, nego-cianUtde Irkoutsk, o qual nntorisava Nico-láo Klrpanoff, em caso de uecesaidade, fa-zer-se acompanhar por uma ou mais pessoas,tendo além disso em menção especial a pro-priedade para o caso em que o governo mos-covita interdissesse a quaesquer outros ua-ciouaes de sahir da Rússia.

O padaroshna nílo era mais do que umaordem para haver cavallos de posta; masMiguel Strogoff nflo devia servir-se deliasenflo quaudo se julgasse arriscado de sersuspeitado, iato é, omquanto esUvesse emterritório europeu. Resultava conseqüente-mente desta clrcumstaucia que na Sibéria,isto é, quando atravessasse as proviucias su-blevadas, elle nflo poderia impor nas estaçõesde posta, nem exigir cavallos de prefereuciaa qualquer outro, uem requisitar meios detransporte para seu uso pessoal. Miguel Stro-goff uao devia se esquecer que já nflo eraeut&o correio, mus simples uegociaute, Ni

mais para o oeste, descobrio uma terceirailha, á qual deu o uoine de Feruandina.E' actualmente a Grande Exuma.

Conservaram-se toda a noite em pannos eno dia seguinte, 17 de Outubro, apparece-ram a bordo muitas pirogas. As relaçõescom os nuturaes oram us mais felizes. Osselvagens trocavam pacificamente fruetaserolos de algodão por raissauga, tamboris,agulhas, que mui os reduziflo e por melado,do que parecia gostarem muito. Os iudi-genas de Feruandina, melhor veatido6 queos de S. Salvador, eram mais civilisados;moravam em casas feitas em fôrma de pavi-Ihões e munidas de altas chaminés; estescasebres eram muito limpos interiormente ebem tratados. A cosia occidental da ilha,profundamente rasgadu, poderia abrir utnexcelleute porto á cem navios.

Mas a Feruandina nflo offerecia aos hes-pauhóos as riquezas que ambicionavam eque bem quereriam levar para a Europa;nflo havia minas de ouro neste solo. Entre-tanto os nuturaes, que tinham embarcadoa bordo da flotilha, fallavam sempre de umailha maior, situada ao sul e chamada Sa-raoeto, ondo se achava o precioso metal.Colombo fez-se á vela ua direcçflo que lheiudieavum. Na sexta-feira 19 de Outubrofundeou de noite perto da Saraoeto, que elledenominou Izabel, que ó a ilha Compridados mappas modernos.

Pelu que diziam us indígenas de S. Salva-dor, havia nesta ilha ura rei muito poderoso;mas o almirante debalde esperou algunsdias; nunca o tal personagem lhe appareceu.A ilha de Izabel com os seus lagos lirapidoae as soas espessus florestas offerecia ura as-pecto delicioso. Os hespanhóes nflo cessa-vain de admirar essas uovas essências, cujoverde os europeos admiravam com razão.Os papagaios voavam em bandos por eutrearvores copadas, e grandes lagartos, semduvida iguauos, corriam rápidos por entre asmoitas. Os habilautes da ilha, que de prin-cipio haviam fogido a vista doa hespanhóes,bem depressa se farailiarisaram e traficaramcom producçõea do solo.

Entretanto Christovflo Colombo nflo aban-douava a idéa de chegar áa terras do Japflo.Tendo-lhe oa indígenas indicado que ao oestehavia uma grande ilha pouco distante, quechamavam Cuba, o almirante suppoz queessa ilha faria parte do reino de Cipango, 6nflo duvidou que chegaria deutro de poucotempo á cidade de Quinsay ou Hong-tche-ou-foiJ, que foi otitrora capital da Chino.'>

Foi porisso que, logo que o vento permit-tio, a flotilha suspende». Na quinta-feira25 de Outubro tiveram conhecimento dusete ou oito ilhas grupadas em uma só linha,sem duvida as Mucaras; Christovflo Colora-bo nflo se deteve nellas, e uo domingo cha-gou á vista do Cuba. As caravelas fundea-ram era ura rio, ao qual os hespanhóes de-ram o nome de S. Salvador; depois, apóscurta demora, continuando a navegaçãopura o poente, entraram em ura porto situa-do aembocaduru de um grande rio, que veioa chamar-se mais tarde porlo de lasNoivilasdei Príncipe.

Havia grande numero de palmeiras namargem du ilha, e aa folhas eram tflo largasque uma só bastava para cobrir as cabanasdos naturaes. Estes fugiram cora o preseuça

coláo Korpanoff, que ia de Moscou a Ir-koutsk, e como tal sujeito ás eventualidadesde uma viagem usual.

Passar desapercebidamente, mais ou me-nos rapidamente, porém passar, tal era osen programma.

Ha trinta annos que a escolta do ura via-

jante de tratamento se compunha nada me-nosde duzeutos cossacos montados, duzeu-tos infantes, vinte e ciuco cavalleiros, tre-zentoscamellos, quatrocentos cavallos, viu-te e ciuco carros, dous botes portáteis e duas

peças de artilharia. Tal era o material iu-dispensável para uma viagem á Sibéria.

Mus Miguel Strogoff que uflo tinha de le-var peças de artilharia, nem cavalleiros, in-fantes ê animaes de carga. Iria de carro ouá cavallo, quaudo podesae, e a pé se foase

preciso andar a pé.As primeiras mil e quatrocentas verstas

(1,493 kilometros), que mediavam entreMoscovia e a fronteira russa, nflo offereciam

grande dificuldade: caminhos de ferro, car-ros de posta, barcas de vapor, cavallos eratodas as paradas, tudo estava à sua disposi-eflo, e por conseguiute ao âispor do correiodo czar.

Assim, na mesma munhfl de 16 do Julho,sem mnis nada do uniforme, só com ura sacodo viagem, que levava ás costas, vestidosimplesmente o modo da Rússia, tunicaapertada, ciflturflo tradicional de mujik, cal-ças largas, botas até ao joelho, Miguel Stro-guff dirigio-se para a ponto do caminho deferro afim de tomar lugar uo primeiro com-boi. Nâo levava comsigo armas, ao menosupparenlomcute; mas por baixo da cinta oc-cultavu um rewolver, e nus algibeiras um

desses facões que nllo afio facas nem vala-gan, com as quaes qualquer caçador na Si-beria sabe esfollar limpamente o seu urso,sem e->tragar-lka a preciosa pelle.

Havia bastante concorrência de viajantesnas pontes do caminho de ferro de Moscovia.As pontes dos caminhos de ferro russos sflopontos de reunião muito freqüentados: hatantos curiosos para verem partir os carros,como os que vflo viajar. Estflo abi como seestá em uma agaueia de noticias.

O trem em que Miguel Strogoff tomaralugar tinha de o transportar a Nyui-Novgo-rod. Lá parava nessa época a via férrea queligava Moscou a S. Petersburgo e conti-tiuáva até a fronteira russa. Era o trajectode quatrocentas verstas pouco mais on me-nos, e o coraboi tinha de transpô-las dentrode uma dezena de dias. Logo que chegassea Nijni-Novgorod, Miguel Strogoff linha,couforme as circumstancias, de tomar o ca-miuho de terra ou qualquer vapor do Volga,afim de chegar o raais breve possível ás mon-tanhas do Ural. i

Miguel Strogoff estendeu-se conseqüente-mente em seu canto, como um diguo cida-dflo a quem os npgocios públicos nflo o in-commodam muito e prucura matar o tempodormindo.

Entretanto, como elle nflo esteve só nocomparliraeuto, fingia que dormia e escuta-va cora os doua ouvidos.

Com effeito o boato da sublevaçflo dashordas kirghisas e da sublevaçflo tartarauflo deixou do transpirar. Os viajantes qne oacuso quiz lho fizestiem companhia conver-savara a respeito, mas nflo sem circumspec-çflo, /'

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dos hespanhóea, que acharam na praia espe-cios de ídolos de cara de mulher, pássarosdotnesticados, ossadas de animaes, cües mu-dos e instrumentos de pesca. Osselvageusde Cuba foram attrahidos por meios ordina-rios e fizeram permulas cora os hespanhóes.

Christovao Colombo julgou achar-se eratorra firme o a poucas léguas distaute deHong-tcheoii-fou. E esla ilha estava tantona sua idéa, como no espirito de seus oíü-ciaes, que occupou-se etn mandar presentesao graudo Khari da China. Em 2 de No-vembro eucarregou a uns dos seus gentis-homens de bordo e a um judeu, que sabiafallar hebreu, chaldeu e árabe, que fosse tercom o monareba indígena. Os embaixado-res, munidos de collares de pérolas, e a querase lhes dou seis dias para cumprirem aquel-la missão, dirig-iram-so pura o interior do8upposto continente.

Neste tempo Christovao Colombo subioduas léguas por um lindo rio, que corria porentre bosques odoriferos. Os habitautes fa-ziam permulas com os hespanhóes e indica-vam frequenteraeule um lugar chamado Bo-hio, onde havia pérolas e ouro era abnudan-cia. Diziam mais que lá havia homens comcabeças de cfto, que alimentavam-se de carnehumana.

(Continua.)

O DESPERTADOR

*

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OBSTBRItO, 1 DU MARÇO.

DIVERSAS OCGURRKNCIAS.

Blelção geral. —Pola presidência daprovincia foi designado o dia 9 dc Abril p.futuro paru se proceder a oleiçâo do um do-pulado polo 2.' districto, na vaga doixadapelo Sr. consolhoiro Manool da Silva Mafra.actual ministro da justiça.

Falleclmeiito. — Por lologrammaIransmillido do Paranaguá soube so ter alifallocido no dia 25 do mez lioulom findo, oDr. Joaquim Josó do Amaral, juiz do direitoda comarca dosta capital.

O finado quo d'aqui partira com sua fami-lia no dia 22, no paquoto Calderon, conformonoticiámos, afim do tratar du sous soffrimen-los o.de uma do suas filhas, fora accommolli-do no. 3..",dia do, yiagom por um violento ala-que, do qual suecumbio.

Esto facto ponalisou a todos os seus amigoso conhecidos desta cidado.

Sociedades carnavalescas. —As sociedades carnavatoscas Diabo a Quatroo Bons Archanjos reuniram-se no domingo 2Gdo passado, nos salõos do Club 4 de Março o12 de Agosto, o procederam á eleição das no-vas diroctorias para o futuro anno carnava-lesco.

A Diabo a Quatro ologeo os seguintes Srs.:Director — Francisco Josó Fialho FilhoVico-diroctor — André WendhaosonThosouroiro — Camillo Josó do Souza1.* secretario —Juvencio Martins du Costa2.* dito — Victor Formiga1.° procurador—Germano Wendhauson2.° dilo—Manool J. da Silveira Bittencourt.A Bons Archanjos elegeu os Srs.:Diroclor — Manool Francisco das OliveirasVico-diroctor —Anlonio Eloutorio do Souza

Braga „1." socrelaiio — Raymundo Anlonio doFa-

ria2.* dilo —Emilio Kl umThosouroiro — João Antunes do Sanl'Anna1.° procurador — Francisco do Assis Cosia2.' dito — Sovcriano d1 Almeida.A Diabo a Quatro adoplou diiTcrenles pro-

poslas relativas a assumplos do sou interessee admiltio om sou gromio conlo e cincoenla otros sócios novos.

Empossada a nova dirocloria, o prestadasas contas da goslào, dirigio-so a sociodade,om numero mais ou monos do sessenta mein-bros prosenlos, ao Club 12 de Agosto, ondocomprimotflou a nova directoria da Bons Ar-chanjos, executando dilíeronlcs peças a bandade musica que levava aquolla primeira sócio-dado.

Em seguida porcorroo a Diabo a Quatro asprincipaes ruas da cidade, recolhondo-se porultimo ao club d'ondo sahirá, dançando-so ánoite aló moia noite.

Diz-se quo igual procedimento tora no do-mingo próximo a Bons Archanjos.

Folgamos com o oulbusiasmo quo conli-nuam a rovelar as duas principaes sociedadescarnavalescas dosta capital o a ambas deseja-mos a maior prosperidade.

Assassinato. — Anlo-honlom á noite,em uns cortiços da rua do Coronel FernandoMachado, travou so uma desordom enlre ocrioulo Adelgieio, oscravo do Sr. lononlo-.coronol João de Souza Freitas, o Alfredo détal, pardo livre; ambos achavam-se embria-gados. Este, que eslava armado de uma Jaca,¦ é

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atirou vários golpes sobro o corpo do Adcl-gicio quo veio logo a succumhir.

O assassino foi proso o recolhido á cadóa.A auloridade policial fez aulo do corpo de

delieto o procodo ao compolonlo inquérito.Jtssaltos ile bugres.— Lô-se na

Gazela de Joinville de 15 du passado:" Continuam os indios botocudos a amea-çar us vidas e propriedades dos habitautesdesta colouia. Si atú esta data uao temos adeplorar morte alguma, devemos isso só ávigilância dos colonos, que audam armadosdia e noite, para se defenderem daquellasferas que atacam de emboscada o de sor-,presa, nao poupando os pobres criouciuhasde berço." Quauto vale a coragem de uma fracamulher ou antes de uma inQi, demonstra oseguinte facto:" No dia 6 do correute, ás 10 horas damanha, a mulher do lavrador Joaquim JosóPereira, morador na estrada D. Francisca a20 kilometros.ao sahir da casa para irão riobuscar água,vio um bugre na distancia de 5a ü metros e que se approximava de sua fi-lliiuha de 6 atiuos de idade, que então brio-cava no terreiro. Nilo perdendo a coragem evendo que poucos minutos lhe restavam parasalvar sua filhinha das garras daquella fera,entrou em casa, lançou mito de uma arma ducaça, que felizmente se achava carregada, evoltando ao terreiro pôde n'uma distanciade 40 palmos fazer fogo uo bugre, qne rece-beu no peito toda a carga." Vendo-se ferido o bugre retirou-se parao mato, deixando uo terreiro e capoeiras,por ondo passou, vestígios de saugue." Alguns viziuhos de Pereira reuniram-separa irera em busca do corpo do índio, *8e-guindo os ra-Uos de sangue, porém aindauao o encontraram.

•' Consta-nos que á requisição do Sr. dele-gado de policia, S. Ex. o Sr. presjdente daprovincia mandou contractar uma escoltapara bater o mato e afugentar os indígenas,cuja escolta já se acha em serviço. "

Ho llio dc Janeiro. — Entrouhontem do manhã o paquofo Hio-Ncgro, Ira-zendo datas da corto aló 2b' do mez findo.

Foram reconhecidos senadores do imporioos Srs. conselheiros Joaquim llayinundo Do-Iamaro o Felippo Franco do Sá.

Foram nomeados presidonlos das pro*vincias: do S. Paulo, o conselheiro Franciscodo Carvalho Soaros Brandão; do Rio de Ja-neiro, o desembargador Avelino Gavião Pei-xoto, o da Parahyba o Dr. Salyro Josó doOlivoira Dias.

Foram lambem nomeados:Inspoclor da alfândega desla provincia o

3.' escriplurario da do Rio de Janeiro, PedroCaetano Martins Cosia, ficando som effoiloodocrulo do 17 do Dezembro do anno passadoquo nomeou para o dilo cargo a LoocadioPereira da Cosia.

Mombro do conselho (iscai da caixa ccono-ítiica desla provincia o Sr. Virgílio Josó Vi-iclla.

Com as lorrenciaos chuvas quo ultima-meuto cahiram sobro a cidado do Rio do Ja-neiro, transbordou o rio Maracanã, no bairrodo S. Christovao, humildando as casas o cha-caras dosdo o n. 117 aló a estrada do forroD. Podro II.

A respeito do ouiros oslragos quo fez achuva, transcrovomos do Cruzeiro do 24 asoguinto noticia:

o Os fortes aguaceiros, quo ha mais do20 dias, com pequenos intervallos, lôm ca-hido sobre esta cidade, o qne parecendoquerer abrandar, recrudesceram com dobrada impeluosidade desde a ultima noitedo ci rua vai. tem causado grandes estragosem vários pontos da cidade, interrompendoalguns trcclh s das linhas de bonds e emgrande parle o trafego du estrada de feiroI). Pedro II.

Aló a hora cm que escrevemos, ohega-nosiioliciasdosseguinle.se principaes e>-tragos e embaraços de bonds:

Todas as linhas da Botânicai Gardcn têmfunecionario, mas com grandes trabalhos deremoçàode madeiras, arvoresIbüçro, quese lô u iiccumulado nos liilhos, principal-mente em Botafogo.

Nas Larangeiras transbordou o rio dasCaboclas, cobrindo do terra os Inlhos dosbonds por modo que hontem, só ás 8 horasda manhã, e quo foram desobstruídos.

Em quasi lodo o Çaltete, nus bocas dasruas quu dão accesso ao morro de SantaThereza. as lerras de alluviâo cobriramimoralmente u calçamento.

A rua Duus de Dezembro está por talmodo inundada, quesó póde-se pcicorrel-adc caída. -

A parle da montanha quo forma os fuu-dos das casas do lado esquerdo do morro deSanto Amaro desabou em alguns lugares.iNas casas ns. 45 e 47. çaliiu graurle poiçâo'rielerrj.

destruindo as plantações e abalan-

du os muros ilhisoriòs, cansando grandesprejuízos o acarretando ávüíladas despezasquo rui lamam a consolidação da montanha.

No centro da cidade desabou uma cha-mino du padaria n. 10 da rua da Assem-blóa, o ameaça ruína o prédio u. 14 da mes-ma rua.

Na rua do Seu ido, próximo á do Gene-ral Caldwell, as águas subiram acima donivel dos primeiros pavimento*, entulhai)-do-os com o barro cabido do moiro. Osprejuízos dos moradores deste local sãoavullados.

Na i ua de Santo Anlonio desabou o pro-dio n. 31.

Na cidade nova não são menores os es-tragos.

Na rua do Conde d'Eu, canto da de Ca-lumby, a água elevou-se a grande ^llura.Em Catumby a Inundação ó quasi geral; aságuas descendo com violência pelas ruas oencostas do Santa Thereza, arraslaodo ler-ras, pedras o lama, entupiram a rua, osquintais o casas.

O largo de Catumby está transformadoem um grande lago; a muilo custo lern-somantido a linha dc bonds que para ahi sodirige.

As ruas de S. Leopoldo, Alcântara e Nova'Alcântara, a* travessas próxima? e a iu.j de1). Feliciana, acham se completamente intui-dadas.

Na rua dc Miguel de Frias cahiu o murodo armazém dc nialcriaes u. 18.

Na rua do Baião do Mesquita Gcou inter-rompido o transito dos bouds, por ter aságuas subido a mais de 60 centímetros dealtura.

As ruas do Mailosoe S. Fran. isco Xa-vier medem em alguns pontos mais de ummetro du altura; muitos moradores foramobrigados a abuidonar as suas casas.

Na rua de S. Francisco Xavier, nu lugardenominado Páo d'Alho, desabou um gran-do pedaço de morro, obstruindo a linha dobonds da companhia Villa Isabel.

No Hio Comprido as águas cobriram osterrenos do Sr. conde de S. Salvador deMatlosinhos, commendador Agra o da Exuia.Sra. condessa d.i Estreita.

. A rua Malvino Reis transformou so omum rio cttuiialoso. Na parle mm baixa,isto é, desde a casa do íullecido visconde deJequitinhonha até á rua Haddock Lobo, ainundação allingiu a proporções oxlraurdi-nanas.

Os bonds, que vinham com passageirospara a cidado, encontrando a linha obstrui-da, uão puderam seguir; os passageiros ti-veramde baldear-so para os que iam ducidade.

Em toda a Tijuca a chuva tem causadograndes estragos. A estrada e a linha debonds ficaram olastiadasdelioncos, peda-ços do muros cabidos e barro, desde a ruade Uruguay aló ú chácara do Sr. barão doAndarahy.

Na estrada nova da Tijuca a abundânciadus águas ameaça a segui anca do leito damesma estrada.

Na Fabrica das Chitas a água elevou-sea mais (lo um metro de altura.

O bairro de S. Christo vão, porém, édetodos o quertnais lem soffr ido com as chuvas.

A entrada da rua Mariz e Barres estácamplelamcnle debaixo iPagua; a venda docanto da parte de baixo sofJVcu um grandeprejuízo, oos prédios de ns. 19 a 23 estãoinhabilavciS; A passagem nesse ponto está9ênfJo feita por uma barcaça construídasobre barris vasios.

Na rua deS. Christovao. desde a estradado forro alé ú chácara n. 113, a água sobeom alguns pontos a quasi um metro de altu-ra, lendo desabado o poqueuo prédio n. 91.

Os terrenos do lado opposto, quo se es-tendem até o mangue, comprebendendo oantigo matadouro, apresentam o aspecto deum immenso lago de águas turvas; as casas(erreas estão inundadas, quer as que fazemfrenle para a rua de S. Christovao, querpara a travessado Souza Lopes.

A parle da estrada de ferro que atravessao lio do matadouro acha-se quasi submer-gida; um homem, cujo nome ignoramos eque nos informam ser empregado na linha,ao passar por essa ponte perdeu o equilíbrioo cahindo tia torrente não pôde salvar-se.

Na rua de S. Luiz Gonzaga desebou acimalhd do pieilio n. 46 sobre o n. 48.ameaçando ruína lanlo esle ultimo como on. HO.

No hospital dos Lázaros desabou um pe-rlaço da muralha do lado do quartel d" ai li-lha fia.

Grande numero de rasas da praça D.Pedro |, ma ,io páo Ferro e travessasadjacentes, foram invadidas pelas águas lor-renciacs que descem das monlanhas pro-ximas.

Na rua de S. Januário desabaram dousmuros dos prédios ns. 37 e 54, e a casinhan. 35.

No Pedregulho desabaram pequenas bar-reira*, e em Bemfica, consti-nos haverlambem cahido uma casa.

Du serra acima e de vários pontos daprovincia do Riu de Janeiro, chegam-nosnoliciasdotransbordameulos de rios e des-morena mentos.

As linhas lelegraphicas do Estado estãointerrompidas.

A do norte apenas funeciona alé Portodas Caixas o a do sul aló Angra. »

Pacifico.—O mesmo jornal dá asseguintes noticiai:

peuu' . — Em Lima foi reorganisado otiibiüiul militar.

Na mesma capital o ministro hespanholdera um grande banquete diplomático.

La Siluacion assegura que eslá prestes ofindar o poder de Monteio que, diz a mes-ma folha, raptou uma moça que se achavarecolhida a um convento de Cajamosca.

As tropas chilenas occupaiam Ica semresistência alguma, fugindo o prefeito; masdepois de commêlter os maiores excossos.

Ribero eGarcia, ex-ministros de Monto-ro, foram postos em liberdade.

Vaiios portos ao norte de Calháu foramdeclarados abertos, ficando porém depen-dentes da alfândega daquella cidade.

Trescotl o Baltnaceda tiveram uma con-fereucia em Vina dei Mar.

cuiLB. — O governo expediu um decretodispondo a alienação por meio de propostasfechadas., o a quem mais oflorecesse de ummilhão de toneladas do guano ou na faliadesta quantidade do Ioda quanta existissenos depósitos descoborlos no território doPeru, dominado pelas ai mas chilenas.

O caracter e extensão das obrigações queo governo do Chile se impõe, como vende-dor, dependerão de scuseíTeilos legaes, da»ualureza do titulo de possessão do Chile ou-do que possa adquirir no futuro sobre os-territórios em quo existem os depósitos pos-tos ú venda.

O preço liquido do guano, feitas as de»ducções especificadas, será distribuído cm>parles eguaes entre o governo do Chile e oscredores do governo peruano, rujos títulosprovarem ser possuidores daquelle gênero.

O governo chileno depositará 50'/.quo sedestinam aos credores do Peuí.

Trescotl e Blaine, emquanto esperam ins-trucções de seu governo, foram fazer uma*viagem de recreio, ao sul, em um vaso deguerra americano.

Assegura-se quea esquadra chilena fuu-dir-se-ha em uma fió divisão, sob o com-mando de Lalorro.

Annuncia-se que cm principio do Marçopartirá para Cajamarca uma expedição,composta das (res armas, Cum o fim de bateras forças de Monlero.

Julga-se que Aliumirano occupaiá apasta do interior, quo se acha vaga,

Joaquim Godoy, diplomata chileno, emviagem para Nova York, chegara a Pana-má.

A legação do Chile sahirá de Guatemalaparu apresentar suas crcdcnciaes em S. Sal-vadur, llonduras, Nicarágua, Costa-Rica oMéxico.

Sabe-se em Valparaiso quo os represen-tantos do Guatemala. S, Salvador o Costa-Rica, no congresso de Panamá, regressa-Vam persuadidos da impossibilidade que ha-via de leunir-se o congresso, por falia dosministros das oulras nações. O do Venezue-la chegou quando já se retiravam os ouirosIres.

A febre amarella eslá causando estragosnas r>rças chilenas acampadas cm Tiujillo.

Roubo importante. — lô-se noGlobo do 22 do mez findo:

« Segundo se conclue das informações quepudemos colher sobre o farto que vamosreferir, a companhia des Messageries Mari-times foi viclima d.i subtraceno de uma som-ma importante que lhe fora confiada paraser remettida para Pernambuco pelo vaporEquateur. ¦

<( O gerente do English B.iuk nesla praçamandou despachar no dia li. pata ser en-viafla para Pernambuco, no paquete Eqna-leur, a quontiü de 380:0008000.

__*í_ ;%..**:+.*

WS;XA ..•-'

Page 4: Governo da provincia.memoria.bn.br/pdf/709581/per709581_1882_01977.pdf · nexo outro em qne o agente do matadouro publica refere o modo insólito porque foi injuriado e ameaçado

'^Stmpmtü

O DESPERTADOR.

Ci;f

»¦

a O caixote, contendo o dinheiro, foi de-

pois üutreguò ua agencia das Me>snger!0S.que avsuiiiio, desde eniâo, a respunsebilida-.ledo.üccbiiiienloe da entrega, dando emli oca o competente cdnhecimeulò.

« O gerente do línglish Uank, depois da

partidário Épatem no dia 15, couimuni-cou para a casa filial do Pernambuco a ro-messa du dinheiro embarcado no referido

paquete.a lim vez de receber a indicia, como es-

pprava, duque u caixote fora entregue, o

goienlodo Koglish Bank ficou soiprendidoao ler honlem ü despacho do gerenle dobanco do Pcrnainhuco, comuiunicando-lln!queo banco alli nenhuma quantia receberapelo Equalcur, v islo que o vapor já ató li-uha deixado o porto om viagem pai.t a Eu-ropa.

« A agencia das Messageiies fui imonli-lienlj informada do facto, e reconhecendo ofundamento da ioda inação, não poude uoentanto dar explicações claras sobro odes-apparecimenla do dinheiro, ignorando seoljb fòia suliiraliidü antes do embarcado, ouseguira, por descuido, no vapor para á Eu-ropa.

« Passando no enlanlo a tomar iodas a<info im ações, p troce ler concluído que o cai-xote foi

'subtraindo da agencia, antes do em

baleado.« hio porém, segundo cremos, nâo passa

de uma dosconOünça, baseada em variesdados que parecem justificai a.

a O desappareciinenlo de um dos euipro-gados da agencia, quo se achava com li-ronca, e quo depois soube-sn ler embarcadopara o Hio da Praia, no dia 16 do corrente,íi bordo do vapor Galicia, deu motivo a es-sa desconfiança.

a Concorro por ou'ro Ulo para justifi-eu o fado, não haver esse empregado dadoconhecimento de sua partida para o sul, teu-do, pelo contrario, oblidu licença para ir aS. Paulo, quaudü se achava na côrle prepa-laudo a viagem para elle o para uma se-iihora que foi em sua companhia.

« Ainda que nâo so possa assegurar sero referido empregado o autor do desvio dasomma despachada, em conseqüência dasinformações colhidas, a agencia da compe-nhia lelegraphoti paia Montevidéo, « d'allifoi informada de que o seu empregado nãoseguiu para o Pacifico e se acha fazendo

quarentena no lazireln da ilha de Flores.a Não sabe se Ô referido empregado to-

líiàia passagem par.i o Pacifico; asseguram-nos quo não,*e que elle pretendia demorar-se em Montevidéu, onde lem um irmão.

« Nenhuma outra informação nos foi mi-nislrada, couslaiiilo-nos apenas quo vaiioslelegrauunas se tôm trocado entre os agen-les da companhia aqui e de Montevidéo. o

que a agencia, no caso de provni-se asubtracçáo, pretende apenas obrigar o souempregado a f.»zer entrega da somma subira-Ilida, no caso de achar-se ainda em seu po-der. » ,

A' esta noticia acrescenta o Cruzeiro. mais o seguinte:

« A's 2 horas da tarde circulou na praçado commercio, quo o dito empregado, denome Daumas Felix, fora delido na ilha deFlores, mas negava ser autor do crime, nãoso lhe achando mais de 1:0008. ao p.tSSoque dizia nada ter com o ilesapparecimenlodo dinheiro, visto o recibo ser passado pelocommi«sario.

a A's 8 horas da noile foi nos communicado ler-se recebido um telegramma deMoolovidéo, participando quo Daumas forapreso, om companhia de uma mulher que oacompanhava, do nome Maria AdelaideBailly. Fôia encontrada em seu poder todaa quanlia subíraliidá, faltando apenas pertode 2:0008000.

« Asseguram nos que Daumas ó de familiaabastada, tendo um irmão rico em BuenosAyres, e que elle mesmo já tivera avaliadafortuna, hojoexlincta. »

PUBLICAÇÕES A PEDIDO.

Chrislo a quem alguns anonymos conserva-dores, arvorados em partido, querem a tudotranse sacrificar ho altar du mais requinta-do egoísmo politico.

Assim é que, surge do urá ludo o Espiritopolitico, tacteando nas trevas, como o cogoconduzido por inexperiente guia, a jogar-uos mimosos cpithotos e faz ondo espirito nãopolitico, mas de ribeira, como no periodo doseu ultimo artigo, quando se refere á pren-da de valor enfiada na argòla que pretende-mos tirar na corrida em que vamos, o quefora alli collocada pelo ministro da justiça;do outro, Armênio Po.rtina, sob a sua epi-graphe sympatbica —Risum lenealis — , emtom magistral que denuncia o ex-juiz daroça a despejar a jorros uma catndupa deitiverdttdesé caliunnias contra o partidoliberal, a que pertence o illustre ministroda justiço, e contra S. Ex.

Nilo*esperávamos que so atirassem coratanto enthusiasmo de bombros a parede,em favor da hilariante candidatura Oliveirao escriptor disfarçado om espirito politico,c especialmente que o fizesse de senho taocarregado c a despedir sobro nós os raiosde sua áljáva pedagógica, como o tem feito.

Correndo a imprensa etn defesa do seochefe, contávamos com artigosdnsinuantese persnasivos, em linguagem que rescon-d esso o inebviante perfume de ramos de fio-res, ainda que silvestres fussenu

Ob Armênio Porlina tudo cru de esperarpelo seo gênio fogoso de moço que o impe-de, a seo pezar e de seo nevado nome pelomáo caminho da paixão partidária.

Nao descemos a contestar nem a um,nem a outro e somente em nttençao á opi-nino publica abrimos este parenthesis aosnossos escriptos que somente se dirigem aopatriótico e independente 2.° districto elei-toral da província.

A' simples leitura de artigos de tal jaeze de taes escriptores suspeitos, embora ba-beis, mas que defendem uma causa mà,sucede fatalmente o riso da indifferença;elles em si contem a refutação que nós dis-pensamos fazel-a, e seos atitbores nSo con-seguirão desviar nossa atteuçao do fim pro-veitoso a que dedicamos os nossos esforços..

O critério e o patriotismo dos eleitoresdo 2.° districto lhes dará pleno conheci-mento da verdade, dictando lhes ao mesmotempo a norma de condueta que convémseguir na próxima eleição.

Nao será de certo, a intriga, o embustee a caltlmnia, armas que nttb sabemos es-grimir, e outros tantos meios reprovados,que o desespero causado pela receio de umatremenda derrota aconselha, que conse-guirao sopitar a chamrna de patriotismoque lavra no coração do povo do 2." distri-cto eleitoral, único responsável perante aprovincia pela sua sorte futura.

A indifferença' politica é um crime deleso-patriotismo e uma das causas de atrasoe decadência dos povos, mas a actividadepolitica, empregada na insistência de umerro politico, é crime mais aggravado ainda.

Acima da idéa que serve de legenda asbandeiras dos partidos está a grande causada Pátria, que é o vital interesse da cora-inunhao.

Antes armar o adversário, intelligente eprestimoso, de meios para nos encher debenefícios, do que em pura perda de temposustentar o amigo á quem reconhecemosincapaz o já qualificado em passados tem-pos pelo orgam do partido de nihilidade po-Hlica.

Quem desceo tao baitfo nas Solumnas doorgam do um partido, nao pôde em tempoalgum subir até a altura do representanteda Nação.

Argos.

Mas, emfim, do que servem o pranto, as lagrimas,Expressão do sentir quo o peito enlula

Dodór, do solidão ?!Si ella fui pura o céu. si ali descança,Si não solíro do mundo os amargores;

Porque chorar enlão ?

Sim, su^luia tão meiga, tão piedosa,Voou ligeira A'quelloquo na vida

Ella nunca esquocia !A'qucllo quo forvonlo cHa imploravaTó na hora final, entro as angustias

Da ullima agonia 1

Ella era um anjo que abrigou no seioVirtude, adoração, amor, purozi,

Paciência o solfrer !Não ora para o mundo —trislo oxilio—;Foi, no grêmio dos anjos, radiante

No Empirio, alfim vivor!

Sim, Elvira, no cóu leda fulguras,Mais feliz quo no mundo ondo doixaslo

Teus amigos, leu pai!

Ao *.° «listrlcto eleitoral.

As nossas singelas palavras, as de Falnusna Regeneração, escriptas com a maior isem-pçao de máo humor e com aquelle comrae-dímento de linguagem que a bôa educaçãoimpõe e a lei manda observar, assanharamas iras dos rgrineos do Sr. Oliveira, novo

Não to perturbo a paz grata o serena,Dos ciilosquo prozasto, o acorbo pranto,

Siquor um tristo ai !

Delminda Silveira de Souza.Deslerro, n do Fovoroiro do 1882

f

ANNUNCIOS.

Club 12 de AgosloA patlida do mez de Feveroiro terá lo-

gar sabbado. 1 do corrente, e sessão paraa admissão du sócios, quinta feira, 2 docorrcnlo, ás 6 hora« da tarde.

Desterro. I.# de Março de 1882. — J.Saldanha, 2.° secretario.

íim.

á sentimss1ma. morte de minha querida,amiga. Elvira Monteneguo.

Offerecida d sua extremosa irmã, D. RosaMonlenegro.

Infeliz é quem chora; cila finou-sePorque os anjos á terra, não pertencem.Vinde, cândidas rozas, açucenas,

Vinde, roixas saudades,Orvalhai, tristes lagrimas, as cròas,Que hão-dc a campa adornar, por mim depostas.

(G. D.)

Quando a morto nos rouba um ser querido,Um ser como cila foi, que lanlo amámos,

Tão bondoso, lão puro;E' cerlo quo noss'alma solíre. e muito...E uosso coração trislo se afutídá"'

Da dòr uo ahysmo escuro !

E os olhos quo a viram frosca o bella,O mundo a perfumar oi>m seus encantos

Gomo condida flor;Não mais podom conlor o pranto amargoAo vcl-a, branco lyrio decopado,

Dos uutios no vordor!

E

REFINAÇÃO DE ASSUCAR

rilHIIIHClO abaixo assignado faz scienle ao respeitável publico e commercio da província de

Sanla Calhariua. que em data de 2b' de Julho de 1881, comprou a seu sogro o Sr. Jo>é doOliveira ILislos, o anligo estabelecimento de KEFINAÇÁO DE ASSUCAK, silo á rua Tra-janon 5, (antiga do Livrnmculo) o piimeiro estabelecimento desta oídem nesta provinciaFUNDADO EM 1869.

Allendeudo o novo proprietirio á grande necessidade de que se sentia esla capital,de uma — CWHiFKIT/tllIA — onde se pudesse encontrar DOCES o mais obje-cio* para confotlo de um publico civilisado, comoó o desla capital, resolveu montar ead-dicionar ao estabelecimento do iefinac> uma CONFEITARIA e f»h'ica de doces, igualemludo ás que ha mais bem monladas na capital do Império, fazendo-se nesla ludo qu.inlo láse faz e por preços morigerados eonde se encontram diariamente os seguintes gêneros:

DOCES do todas as qualidades, CHOCOLATE fino, AMÊNDOAS o caixinhas para as mos-mas, EMPADAS e pastelaria, LICORES, xaropes francezes o nacionaes, FHUCTAS

seccas. em calda echryslalisadas. IMPORTADOR de assucar que vende poratacado o a varejo, grosso e refinado, VINHOS finos e communs, em pipas, barri*, em

ciixase engarrafados, CUA, matle e marmcllada. APKOMPTAM-SE enconi-mendas para bailes, casamentos e baptisados

Com quarenta e oito li o ras dc niiteccdcnciit

e preços baralissimos! I

A lunga pralica do proprietário nestes ramos de negocio, as boas relações estabeleci-das eadquiridas na capital do Império, fazem com (jue o me<mo possa garantir ao respei-lavei publico c commercio desla provincia, aperfeiçoamento em lodosos seus artigos, quernos aqui fabricados, quer nos importados.

Espera por isso, o proprietário, merecer a protecção do respeitável publico em ge-ral e dos Srs. coiumercidiites de toda a piovincia. visto não ler se poupado para que eslacapital possua um estabelecimento condigno do publico nella residente o na província.

NO MESMO ESTABELECIMENTO..'..' ¦,. ¦ t- ¦'•*

lia uma sala reseivada para lunch, ás famílias c pessoas decentes que queiram dolei-lar-se.

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V*

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FAZE\m PRETASiOcVA.

AME1 B

mmmm & c.RUA DO PRÍNCIPE 1 B

Paiiiios prelos francezcs finos, a28800, 38OU0, 48000, 58000, 68000,78000 elOSOOOióis o covado.

Casem iras pretas fniocezas finas.a 18400. 18G00, 28000, 28500, 38000,48000 e 58000 leis o covado.

Gorgoròcs de seda preta, a 18700,28000, 28400, 28000 e 38800 réis ocovado.

Nobrezas encorpadas, la>gas. su-periores, a 28200. 28500. 28800,38000e 38200 réis o covado.

Continuam sempre no seu inabalável cos-tume de venderem com pouco lucro.

¦"!

José Alves Portilho Bastos. *

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ÍTi/m: de J. J. Lopes, rua da Trindade n 2.