Gonçalves dias olhos verdes

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Luzia 03-12-2015

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Gonalves Dias Olhos Verdes

Olhos verdes Gonalves Dias Luzia03-12-2015

N04-1823 Maranho Gonalves Dias 1864-Maranho 41 anos

Eles verdes so:E tm por usanaNa cr esperana,E nas obras no.CAMES, Rimas

So uns olhos verdes, verdes,Uns olhos de verde-mar,Quando o tempo vai bonana;Uns olhos cor de esperana,Uns olhos por que morri;Que ai de mi!Nem j sei qual fiquei sendoDepois que os vi!

Como duas esmeraldas,Iguais na forma e na cor,Tm luz mais branda e mais forte,Diz uma vida, outra morte;Uma loucura, outra amor.Mas ai de mi!Nem j sei qual fiquei sendoDepois que os vi!

So verdes da cor do prado,Exprimem qualquer paixo,To facilmente se inflamam,To meigamente derramamFogo e luz no corao;Mas ai de mi!Nem j sei qual fiquei sendoDepois que os vi!

So uns olhos verdes, verdes,Que podem tambm brilhar;No so de um verde embaado,Mas verdes da cor do prado,Mas verdes da cor do mar.Mas ai de mi!Nem j sei qual fiquei sendoDepois que os vi!

Como se l num espelho,Pude ler nos olhos seus!Os olhos mostram a alma,Que as ondas postas em calmaTambm refletem os cus;Mas ai de mi!Nem j sei qual fiquei sendoDepois que os vi!

Dizei vs, meus amigos,Se vos perguntam por mi,Que eu vivo s da lembranaDe uns olhos cor de esperana,De uns olhos verdes que vi!Que ai de mi!Nem j sei qual fiquei sendoDepois que os vi!

Dizei vs: Triste do bardo!Deixou-se de amor finar!Viu uns olhos verdes, verdes,Uns olhos da cor do mar:Eram verdes sem esprana,Davam amor sem amar!

Dizei-o vs, meus amigos,Que ai de mi!No perteno mais vidaDepois que os vi!XXX

famoso por ter escrito o poema "Cano do Exlio, um poema pico I-Juca-Pirama e de muitos outros poemas nacionalistas e patritics que viria a dar-lhe o ttulo de poeta nacional do Brasil. Foi um vido pesquisador das lnguas indgenas brasileirase do folclore.SOBRE O AUTOR

Seu grande amor Ana Amlia, amor impossvel. A famlia da linda Don'Ana como lhe chamavam,tinha o poeta em grande estima e admirao. Mais forte, porm, do que tudo, era naquele tempo no Maranho o preconceito de raa e casta. E foi em nome desse preconceito que a famlia recusou o seu consentimento.

Foi a, em Lisboa, num jardim pblico, que certa vez se defrontaram o poeta e a sua amada, ambos abatidos pela dor e pela desiluso de suas vidas, ele cruelmente arrependido de no ter ousado tudo, de ter renunciado quela que com uma s palavra sua se lhe entregaria para sempre.

Desvairado pelo encontro, que lhe reabrira as feridas e agora de modo irreparvel, comps de um jato as estrofes de 'Ainda uma vez adeus!', as quais, uma vez conhecidas da sua inspiradora, foram por esta copiadas com o seu prprio sangue.

Grupo Nossos Poetas de Ontem, de Hoje, de Sempre...

FORMATAO: LUZIA GABRIELEEMAIL: [email protected]: WIKIPDIAPOETA: GONALVES-DIAS OLHOS VERDESCOLABORAO: ZLIA BAUERCOLABORAO: GILENO BEZERRAFOTOS: INTERNETMSICA: CARAVELLI - LLE AU SOLEILDATA : 03 DE DEZEMBRO DE 2015