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Jornal da Metrópole, Salvador, 24 de agosto de 20172

Publisher Editora KSZDiretor Executivo Chico KertészEditor Felipe ParanhosProjeto Gráfico Marcelo Kertész

Grupo Metrópole Rua Conde Pereira Carneiro, 226 Pernambués CEP 41100-010 Salvador, BA tel.: (71) 3505-5000

Editor de Arte Paulo BragaDiagramação Dimitri Argolo CerqueiraRedação Bárbara Silveira e Matheus MoraisRevisão Felipe Paranhos

Fotos Tácio MoreiraProdução Gráfica Evandro BrandãoComercial (71) 3505-5022 [email protected]

Jornal da

Boca quente

TAPA-BURACOA mais nova do governo federal é privatizar a Eletrobrás. O dis-curso é lindo, controle acionário etc, mas o que o governo quer é dinheiro. O ajuste fiscal fracas-sou, Temer gastou bilhões politi-camente para se manter no poder e agora quer tapar o buraco ven-dendo uma empresa brasileira com altíssima rentabilidade.

O LADO BOMA única coisa boa na guerra política entre Rui e Neto é ter dois governantes que, de hoje até outubro de 2018, em hipó-tese alguma poderão entrar na zona de conforto. Vão traba-lhar dia e noite.

M... NO VENTILADORE o PSDB jogou mesmo no ven-tilador. No programa do parti-do, falou-se em “erramos”, em “governo de cooptação”, e isso desagradou parte dos caciques da legenda, como Aécio Neves, e dois ministros, Antônio Im-bassahy e Aloysio Nunes. Mas o que tem de gente comemorando esse racha...

E ganhou força a polêmica — mais uma — entre governo e Prefeitura sobre a segurança pública. É lamentável, porém, que a discussão sobre algo tão sério tenha virado uma guerra política, uma vez que todas as polícias apenas enxugam gelo. Se eles prendem, a Justiça solta. E nossos presídios, vocês sabem, não resolvem nada.

ENXUGANDO GELO

GM, PM...Picuinhas políticas à parte, a alegação de que a Guarda Mu-nicipal não tem as mesmas atri-buições da Polícia Militar não confere com a realidade de Sal-vador. GMs já estão armados há dois anos e fazem abordagens pelas ruas, do mesmo jeito dos PMs. Pode até ser ilegal, mas que eles fazem, ah, fazem.

tácio moreira/metropress marcelo camargo/abr

FINALMENTEE saiu, depois de muita briga, o empréstimo do Banco do Brasil ao governo do estado. O di-nheiro vai ajudar sobretudo a população do interior, que vai ganhar a revitalização de estra-das e mais investimentos em educação e saúde. Ganha a Bahia.

mateus pereira/govba

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Jornal da Metrópole, Salvador, 24 de agosto de 20174

Foto Tácio MoreiraTexto Bárbara [email protected]

Incêndios a ônibus já mataram um rodoviário, em 2015. Situação ainda assusta categoria

Cidade

O PRÓXIMO PODE SERO SEU Até agora, 14 ônibus foram incendiados

em Salvador em 2017 — o último, no fim de semana passado. População teme novos atentados e empresas amargam prejuízo

A morte do rodoviário Everaldo Oliveira Silva, de 62 anos, já completou dois anos, mas os colegas de profissão continuam temendo morrer como ele. Em 2015, após pro-testos na região da Ribeira, um grupo invadiu o ônibus em que Everaldo trabalhava como co-brador e ateou fogo ao coleti-vo. O cobrador demorou a sair e sofreu lesões de 1° e 2° grau no braço, perna, ombro e face, que provocaram sua morte.

De acordo com o diretor

de comunicação do Sindicato dos Rodoviários, Daniel Mota, a situação ainda causa pâni-co. Não à toa: segundo um levantamento do sindicato, somente este ano, foram 14 ônibus queimados — 13 da frota normal de transporte coletivo e um particular, do vereador Vado Malassombra-do, no último fim de semana, em Massaranduba. “Isso pre-ocupa não só o sindicato, mas também os trabalhadores e toda a sociedade. Já morreu um companheiro nosso. Os rodoviários ficam muito te-merosos”, disse Mota.

Ônibus costumam ser incendiados em manifestações contra a ação da polícia. Autoridades creditam atentados a traficantes e outros criminosos

“Preocupa não só o sindicato, mas também os trabalhadores e toda a sociedade”

Daniel Mota, diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários

adilton venegeroles/agencia a tarde

foto do leitor

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Jornal da Metrópole, Salvador, 24 de agosto de 2017 5

Um dos últimos atentados a ônibus em Salvador aconteceu na região do Centro de Convenções Companhias de seguros fogem dos ônibus de Salvador: chance de tomar prejuízo é enorme

Leia mais no

www.metro1.com.br/cidade

Cidade

Nos últimos três anos, segun-do o mesmo balanço, o número de ônibus queimados na capital chegou a 43. Em setembro do ano passado, um levantamen-to da Secretaria de Mobilidade de Salvador (Semob) apontou 24 veículos incendiados em Sal-vador, sendo que oito tiveram perda total. Além da sensação de pânico, o ato ainda contribui para o desemprego. “Cada ôni-bus queimado representa apro-ximadamente cinco trabalhado-res demitidos. A população fica sem ônibus, porque as empre-sas não repõem”, falou Mota. A informação sobre as demissões foi confirmada pelas empresas à Metrópole.

Dados da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) mostram que 1.790 roubos a coletivos já foram registrados em Salvador so-mente em 2017.

Mas, segundo a SSP, o ín-dice teve queda de 4,1% em julho, quando comparado ao

ano passado. “Foram 209 ca-sos este ano contra 218 em 2016”, disse a pasta, em nota. “Nós estamos em contato com o Gercc [Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos]”, afirmou Daniel Mota, diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps) informou que 11 ônibus tiveram perda total neste ano — o equivalen-te a R$ 3,3 milhões. Segundo apurou a Metrópole, a situa-ção é pior porque seguradoras se recusam a dar cobertura para os coletivos da cidade — justamente para não arcarem com tanto prejuízo.

Diretor de Relações Insti-

tucionais do Setps, Jorge Cas-tro disse que, após reunião com Prefeitura e Secretaria de Segurança Pública, as empre-sas se recusaram a arcar com parte do custo de uma campa-nha de conscientização sobre manifestações que terminam com ônibus incendiados. “Eu vou fazer campanha para tra-ficantes, terroristas, não quei-marem ônibus? Quem queima não é a população”, disse.

43 ÔNIBUS INCENDIADOS EM TRÊS ANOS: “CINCO DESEMPREGADOS PARA CADA ÔNIBUS”

QUASE 2 MIL ROUBOS A COLETIVOS SÓ EM 2017

SEGURADORAS NÃO QUEREM

Para conter os crimes, a PM declarou que tem aumen-tado a vigilância por meio das ações da Operação Gê-meos, do Gerrc e da Operação Amanhecer Seguro. “Fazemos abordagens e operações com base nas ocorrências. A PM dispõe de um banco digital de fotografia de pessoas conde-nadas por este tipo de crime, bem como acesso das ima-gens das câmeras dos ônibus coletivos”, explicou a corpo-ração, por meio de nota.

PM E CIVIL GARANTEM OPERAÇÕES

Polícia faz abordagens surpresa a coletivos e tenta prevenir assaltos. Número oficial caiu

“Isso é uma irracionalidade total. Tem vidro por todo ônibus”Jorge Castro, diretor do Setps, sobre a proposta da SSP para que as empresas retirassem a publicidade dos vidros traseiros, sob a

justificativa de que os anúncios prejudicam a visibilidade dos policiais

foto do leitor

adilton venegeroles/agencia a tarde

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Antiga casa de eventos virou “filho sem pai”

Conseguir uma informação com a Secretaria de Meio Am-biente sobre as definições que serão tomadas para a área que abrigou o antigo Bahia Café Hall é praticamente impossí-vel. Apesar de inúmeros con-tatos via e-mail e ligações da equipe de reportagem do Jor-nal da Metrópole, a assessoria de comunicação do órgão não se pronunciou, mesmo depois das diversas promessas de res-posta por parte da pasta lidera-da pelo secretário Geraldo Reis.

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE CALADA

O anúncio à frente do Bahia Café Hall hoje soa como ironia. Não há quem vá nem quem recepcione

DE LOTADA A ABANDONADACasa de shows Bahia Café Hall passou por três secretarias após reintegração de posse, mas nada aconteceu

A área abriga confortavel-mente cerca de 4 mil pesso-as, fica em um ponto de fácil acesso de Salvador e pode receber formaturas, shows e eventos de grande porte. Quem vive em uma cidade carente de espaços para even-tos, como a capital baiana, deve ler tudo isso e imaginar: “É o que precisávamos”. Na verdade, nós temos — ou já tivemos, quando o Bahia Café Hall reforçava a cena cultural da cidade e recebia diversos eventos. O problema é que, desde 2015, após uma bata-lha judicial que durou anos e terminou com a reintegração de posse por parte do Estado,

o espaço segue de portas fe-chadas e sem nenhuma utili-dade para a população.

Dois anos depois, o equi-pamento parece ser o per-feito exemplo de “filho sem pai”. Em junho de 2015, a Se-cretaria de Administração do Estado da Bahia, antes res-ponsável pelo local, afirmou que a administração do Bahia Café passaria a ser de respon-sabilidade da Secretaria de Cultura e, por isso, ainda não se sabia o que seria feito do espaço. Após quatro meses, porém, a gestão foi transferi-da para a Secretaria de Meio Ambiente. Mudaram as pas-tas, mas a situação parece ter continuado a mesma: nada resolvido e nem sinal do que será feito no espaço.

Cidade

Fotos Tácio MoreiraTexto Bárbara [email protected]

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Situação do Bahia Café Hall é melancólica; Salvador sofre com falta de casas de show

Empresária e produtora há mais de 30 anos, Irá Carvalho, da Íris Produções, lamentou a falta que o Bahia Café faz à cena cultural do estado. “Era um lugar que já tinha uma aceitação e a gente podia co-meçar o show 22h. Nem todo mundo pode ir a um show 19h, que é o caso da Concha. Ali [Campo Grande] tem muitos prédios, o barulho não pode passar de 21h30”, afirmou ela, que foi diretora artística do Bahia Café.

Irá lembrou que, atualmen-te, só a Concha Acústica e o Teatro Castro Alves podem re-ceber shows maiores. “A Arena Fonte Nova é mais para show

internacional. E nem todos os artistas conseguem lotar os 5 mil lugares da Concha. É mui-to difícil. São vários problemas que temos hoje pela falta de es-paço em Salvador”, reclamou a produtora cultural. Outra pos-sibilidade, o Wet ’n Wild, recai no mesmo problema da Arena: ser um espaço adaptado.

Vocalista do Harmonia do Samba, o cantor Xanddy con-versou com Lara Kertész no Metrópole Turismo e criticou a falta de espaços para show, situação que, segundo ele, pre-judica a cultura e o entrete-nimento na cidade. “Dá uma dor no coração. Temos várias outras prioridades, mas isso também deve ser olhado pelas autoridades. Todo lugar do país tem casas incríveis, e não falo para beneficiar a classe [artís-tica] não, mas sim o povo. Que faça jus ao título de cidade da música que Salvador tem”, de-sabafou o músico.

OPÇÃO? WET, CONCHA E TCA: “É MUITO DIFÍCIL”

CIDADE DA MÚSICA? SÓ O TÍTULO

2 ANOS

e quatro meses após reintegração de posse, o Bahia Café continua parado

Cidade

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Entrevista

O secretário de Seguran-ça Pública da Bahia (SSP-BA), Maurício Barbosa, foi entrevis-tado por Mário Kertész na Me-trópole, terça (22), e criticou a falta de apoio do governo federal no combate a violência. Segun-do ele, a responsabilidade segue “nos ombros dos estados”.

“Fazemos 95%. Temos um convênio com o governo federal para o combate ao tráfico de dro-gas. Os estados assinam o con-vênio, mas não recebemos um centavo. Não nos repassam di-nheiro há três anos”, afirmou. “É uma infelicidade — e não só deste

governo. Faço uma crítica ao que aconteceu nos últimos 20 anos. Entra e sai governo, e a gente não vê mudança. Resolvem até coisas imediatas, mas depois esquecem, como se o problema não fosse voltar”, declarou.

Barbosa elogiou os investi-mentos feitos pelo ex-governa-dor Jaques Wagner (PT) e pelo governador Rui Costa (PT). “Rui tem priorizado muito a segurança. O orçamento da SSP representava 5% do esta-do. Hoje, são 12%, mais do que dobrou. Como secretário, não acho suficiente, a gente sem-pre espera mais. Mas é inequí-voca a boa vontade dos gover-nadores”, finalizou.

Barbosa rebateu ao que considera “críticas midiáticas” do prefeito ACM Neto (DEM), que cobrou do governador Rui Costa a demissão do comando da Segurança Pública. “Preci-samos de apoio. Se for pra fazer somente criticas midiáticas à polícia, não vamos resolver pro-blema nenhum”, disse.

“Não sou político e não te-

nho pretensões. Nunca fiz crí-ticas pontuais às pessoas. Esse discurso não interessa a nin-guém”, afirmou.

Barbosa ressaltou ainda o clima de “divergência política” e cobrou apoio do prefeito. “Se-gurança pública não compete apenas à polícia; as ações pri-márias e de prevenção são dos municípios”, completou.

“CRÍTICAS MIDIÁTICAS”

Forças Armadas foram convocadas para auxiliar segurança do Rio de Janeiro

Foto Tácio Moreira

“SEGURANÇA PÚBLICA ESTÁ NOS OMBROS DOS ESTADOS”Secretário criticou governos federais por falta de apoio e rebateu ataques “midiáticos” de ACM Neto

Maurício Barbosa, secretário de Segurança Pública

Barbosa fez duras críticas ao acionamento das forças arma-das para resolver problemas de segurança. “Estão escondendo o problema debaixo do tapete, mas está começando a trans-bordar. O que a gente vê no Rio de Janeiro vai acontecer no Brasil inteiro se não tomarmos providências. O acionamento das Forças Armadas virou corri-queiro, e as Forças Armadas de-vem ser utilizadas em momen-tos de real ameaça para o país. Estamos vendo o sucateamen-to das forças de segurança, e a colocação das Forças Armadas para resolver um problema que as polícias não conseguiram re-solver”, analisou.

ACIONAR AS FORÇAS ARMADAS VIROU CORRIQUEIRO

“Esse discurso não interessa a

ninguém”

“Orçamento da Segurança mais do

que dobrou”

Texto Felipe [email protected]

vladimir platonow/abr

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Jornal da Metrópole, Salvador, 24 de agosto de 2017 9

Texto Bárbara [email protected]

Política

DE BICO RACHADOApesar de Imbassahy e Luislinda como ministros, tucanos da Bahia se dividem entre apoio e oposição a Temer

Ao assumir a presidência, Michel Temer (PMDB) garantiu que seria ferramenta para “unir o Brasil e a política”, mas a prática tem sido bem diferente. A dis-cussão sobre o apoio a Temer foi o estopim para o início do racha ideológico no Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Dividido na votação que termi-nou arquivando as denúncias contra o presidente na Câmara, o partido da base do governo se-lou seu apartheid no plenário da

Casa ao ter 22 deputados votan-do pelo arquivamento e 21 pela aceitação da denúncia.

Poucos dias depois, a di-visão da cúpula tucana ficou ainda mais explícita após a veiculação de um programa onde o PSDB admite erros e afirma que o país vive um “presidencialismo de coopta-ção”, mesmo tendo quatro mi-nistros — Relações Exteriores, Cidades, Secretaria de Governo e Direitos Humanos, estas úl-timas com os baianos Antônio Imbassahy e Luislinda Valois.

Para o deputado federal Ju-tahy Magalhães Júnior (PSDB), a dúvida sobre a permanên-cia no governo é uma situação inédita na legenda. “Estou no partido desde a fundação, pra-ticamente. Digo com a maior sinceridade: nunca o parti-do esteve tão dividido em sua

vida. Estamos divididos ao meio. Temos visões antagôni-cas. Uns defendem que temos que participar de forma visce-ral do governo Temer e outras acham um absurdo que a gente continue com o governo Te-mer”, disse o parlamentar em entrevista a Mário Kertész.

“NUNCA ESTEVE TÃO DIVIDIDO” AUTOCRÍTICA DEFENDIDA

O deputado federal João Gualberto (PSDB) reconhe-ceu a divisão, mas defendeu a autocrítica feita pelo partido. “Acho que o PSDB tem que mostrar que errou também. Ao longo desses anos, lógico que cometemos erros e nada melhor do que, neste momen-to de desconfiança, assumir. Quem assume os erros quer acertar. Se não assume, conti-nua errando”, avaliou o depu-tado baiano.

Imbassahy é um dos dois baianos no ministério, que ainda tem dois tucanos: Bruno Araújo, nas Cidades, e Aloysio Nunes, nas Relações Exteriores

Presidente do partido na Bahia, o deputado João Gualberto está do lado da “autocrítica”

Jutahy afirmou que PSDB, em âmbito nacional, está rachado sobre o apoio a Temer

“Estamos divididos ao meio. Temos visões antagônicas”

Jutahy Magalhães Júnior, deputado

marcelo camargo/abr

marcelo camargo/abr

lucio bernardo junior/camara dos deputados

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Jornal da Metrópole, Salvador, 24 de agosto de 201710

Texto Felipe [email protected]

Nenhum jogador profissional ou treinador acionou o Bahia nos últimos dois anos e meio,

diz gestão atual

...Joel, Guedes...“Era uma prática lamentavelmente comum de o Bahia não pagar os trabalhadores e encerrar contratos com salários atrasados, 13º, férias, FGTS, e o clube não pagava”, afirmou Ferraz.

Vadão, Comelli...Segundo o assessor jurídico do Bahia, treinadores como Oswaldo Alvarez (2004), Paulo Comelli (2006), Sérgio Guedes (2009), Joel Santana (2011 e 2013) e Paulo Roberto Falcão (2012) acionaram judicialmente o clube.

Esporte

ESTRAGO A LONGO PRAZOHerança de más gestões deixa passivo trabalhista milionário para o Bahia; clube é o terceiro mais acionado da Série A

Um levantamento feito pelo site Globoesporte.com na Justiça do Trabalho mostrou números assombrosos de dívidas traba-lhistas do Bahia. O clube é réu em 198 processos e tem um pas-sivo estimado em R$ 60 milhões. Tanto estrago é resultado das más gestões do tricolor a partir, sobretudo, dos anos 2000.

O assessor jurídico do clube, Vitor Ferraz, explica que a maior parte dos valores devidos é da época do ex-presidente Marce-lo Guimarães Filho, que deixou o cargo em 2013 por força de

uma intervenção judicial. “O le-vantamento mostra claramente que o grande passivo trabalhis-ta foi gerado a partir de 2008 e, de maneira maciça, na gestão do ex-presidente destituído. Os valores envolvidos nesses pro-cessos geraram o grande passivo trabalhista que o clube tem. Em 2012, o Bahia teve 48 reclama-ções trabalhistas propostas. Em 2013, 66. Em 2015, 68”, falou, lembrando que as ações citadas “são reflexo dos dois anos ante-riores” — prazo que um traba-lhador tem pra propor uma re-clamação após o encerramento do vinculo.

DEZ RECLAMAÇÕES TRABALHISTAS EM 2017

Segundo Ferraz, neste ano, o Bahia foi alvo — di-retamente — de dez ações trabalhistas. “Há outras dez, decorrentes de uma empresa de prestação de serviços, que não pagou seus funcionários. Mas o Bahia reteve os valores e pagou esses funcionários. Então, na prática, são só dez

reclamações”, declarou.“Na atual gestão, nenhum

atleta profissional, do elenco principal, ou treinador, pro-pôs reclamações trabalhistas contra o clube. Quase todos os treinadores que passaram na época do ex-presidente desti-tuído acionaram judicialmen-te o Bahia”, criticou. Joel Santana foi só um dos que entraram com processos trabalhistas referentes ao período em que estiveram no Esporte Clube Bahia

boa vista/divulgacao

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Jornal da Metrópole, Salvador, 24 de agosto de 2017 11

44MILHÕES

é quanto o Bahia pede, como indenização, a Marcelo Guimarães Filho

Ação contra MGFO Esporte Clube Bahia acionou judicialmente o ex-presi-dente Marcelo Guimarães Filho e pede R$ 44 milhões como indenização.

Multas do MPT“O Bahia sofreu mais de dez multas decorrentes de fiscalizações do Ministério Públi-co do Trabalho por descumprimentos recorrentes na legislação, como atraso cons-tante no salários, não pagamento de terço de férias, de 13º no prazo...”, acrescentou.

Esporte

MGF alegou que o fato de o Bahia ainda ter dívidas traba-lhistas revela uma incoerência da atual gestão. “O problema é que o discurso é outro. É que nesses três, quatro anos, tudo melhorou. E eu duvido muito. Doriva foi demitido e a imprensa publicou na época que a multa

era R$ 1 milhão. Você acha que esses 80 jogadores que já foram contratados, e mais da metade já foi embora, e o treinador que foi demitido agora, chegaram lá e abriram mão do que tinha a receber? Óbvio que não. Todo mundo que saiu vai pra fila da Justiça do Trabalho”, atacou.

MGF DIZ QUE FUTURO REVELARÁ “CAIXA PRETA”

EX-DIRIGENTE SE DEFENDE ATACANDO

Questionado pela Metró-pole, o ex-presidente Marcelo Guimarães Filho diz ser injusti-çado. “As pessoas falam como se o Bahia tivesse passado a dever quando virei presidente. Esque-cem o passado. O Bahia sempre deveu, antes de mim, e vai conti-nuar devendo. Marcelo Sant’Ana contratou 80 jogadores. Muitos foram demitidos. Esse pessoal abriu mão do que tem direito? Não abriu”, falou, citando uma suposta “caixa preta” a ser aberta ao fim desta administração.

“Prega-se muito uma coisa, mas eu tenho absoluta convicção de que essa gestão não vai entregar o que está vendendo”

Marcelo Guimarães Filho, ex-presidente do Bahia

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Jornal da Metrópole, Salvador, 24 de agosto de 201712

Espalhea verdade.Espalhea verdade.

O Planserv é o maior plano de saúde da

Bahia e um dos maiores do Nordeste, com

503 mil beneficiários. São 1.500 clínicas,

hospitais e laboratórios credenciados,

além da maior rede de cobertura do

interior. O atendimento está garantido,

sem suspensão ou descredenciamento.

Este ano, aliás, já foram 2 milhões de

atendimentos a mais que no primeiro

semestre de 2016. E o melhor: o Planserv é

100% baiano e sua gestão, 100% pública.

E vai continuar assim, sem privatização e

sempre ao lado do servidor e da servidora.

PLANSERV. CADA VEZ MAIS FORTE.CADA VEZ MAIS SEU.