Glossário de Termos Curriculares Unesco

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    Publicado em 2016 pela Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura

    7, Place de Fontenoy, 75352 Paris 07 SP, Frana, pelo Bureau Internacional de Educao da UNESCO

    (UNESCO-IBE) e pela Representao da UNESCO no Brasil.

    UNESCO 2016

    IBE/2013/KPM/PI/01

    Esta publicao est disponvel em acesso livre ao abrigo da licena Atribuio-Partilha 3.0 IGO(CC-BY-SA 3.0 IGO) (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/igo/). Ao utilizar o contedo dapresente publicao, os usurios aceitam os termos de uso do Repositrio UNESCO de acesso livre(http://unesco.org/open-access/terms-use-ccbysa-en).

    Ttulo original: Glossary of curriculum terminology.

    Publicado em em setembro de 2013 pela Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura

    e o Bureau Internacional de Educao da UNESCO (UNESCO-IBE).

    As designaes empregadas e a apresentao de materiais nesta publicao no implicam na expresso de

    qualquer opinio por parte da UNESCO-IBE referente situao legal de qualquer pas, territrio, cidade ou rea,

    ou de suas autoridades, ou referente delimitao de suas fronteiras ou limites.

    Crditos da verso em portugus:Coordenao:Setor de Educao da Representao da UNESCO no Brasil

    Traduo:Rita Brossard

    Reviso tcnica:Guiomar Namo de MelloEditorao e diagramao:Unidade de Comunio, Informao Pblica e Publicaes da Representao da

    UNESCO no Brasil

    Bureau Internacional de Educao da UNESCOwww.ibe.unesco.org

    Tel +41.22.917.78.00 Fax +41.22.917.78.01

    Endereo Postal

    C.P. 199, 1211 Genebra 20, Sua

    Endereo

    15 Route des Morillons, 1218 Le Grand-Saconnex

    Genebra, Sua

    Esclarecimento:a UNESCO mantm, no cerne de suas prioridades, a promoo da igualdade de gnero, em

    todas suas atividades e aes. Devido especificidade da lngua portuguesa, adotam-se, nesta publicao, os

    termos no gnero masculino, para facilitar a leitura, considerando as inmeras menes ao longo do texto.Assim, embora alguns termos sejam grafados no masculino, eles referem-se igualmente ao gnero feminino.

    Representao da UNESCO no BrasilSAUS Qd. 5 - Bloco H - Lote 6

    Ed. CNPq/IBICT/UNESCO - 9. andar

    Brasilia, DF

    Brazil - 70070-912

    Mail: [email protected]/brasilia

    Tel: +5561 2106 3500

    Fax: +5561 2106 3697 Ext. 300

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    Glossrio de TerminologiaCurricular

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    Agradecimentos

    A Representao da UNESCO no Brasil tem a satisfao de lanar a verso em portugus do Glossriode Terminologia Curricular, originalmente produzido pelo Bureau Internacional de Educao da UNESCO(UNESCO-IBE), especializado em desenvolvimento curricular, em Genebra.Para a verso em portugus, a UNESCO no Brasil agradece o Movimento pela Base Nacional Comum,que contribuiu com a reviso tcnica por meio da consultora Guiomar Namo de Mello, a qual elaborouas contribuies sobre o contexto brasileiro. Tambm agradecemos a contribuio de Rita Brossard que,alm de realizar a traduo do documento original em ingls para a lngua portuguesa, esteve acessvelao longo do processo para discutir sobre termos especficos.

    A UNESCO deseja agradecer, de forma ampla, a todas as instituies acadmicas, rgos governamentais,representantes da sociedade civil e a comunidade de forma geral que desenvolvem trabalhos e estoengajados com as metas para aumentar nossa compreenso e nossa prtica em torno do tema curricular.Por meio desta publicao, temos o objetivo de apresentar um instrumento que possa contribuir para areflexo e para os processos de pesquisa e produo do conhecimento necessrios para assegurar um

    bom desenvolvimento curricular.

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    Em muitos pases em todo o mundo, o currculo encarado cada vez mais como o instrumento queestabelece os alicerces para reformas educacionais abrangentes que visam obteno de resultados deaprendizagem de qualidade. Com mais frequncia, os processos contemporneos de desenvolvimentode currculo envolvem o debate pblico e a consulta de um leque de partes interessadas, e o currculoest evoluindo progressivamente para um tpico de debate que envolve formuladores de polticas,especialistas, profissionais e a sociedade como um todo.

    A terminologia referente ao currculo no mais utilizada apenas por especialistas nesse campo, cientesde todas as complexidades envolvidas, e isso pode gerar confuso e interpretaes errneas. Muitostermos referentes a currculo so frequentemente usados como sinnimos, mesmo se fazem referncia adiferentes conceitos e, dependendo do contexto, o mesmo termo pode ser entendido de muitas formasdiversas por vrios interessados. Um exemplo a diversidade de definies para o termo currculo, umapalavra que nem mesmo existe em muitas lnguas.

    O principal propsito do Glossrio de Terminologia Curricular UNESCO-IBE no o de estabelecer

    definies padro universalmente aplicveis. Em vez disso, a inteo apresentar um instrumento detrabalho de referncia que possa ser usado para uma gama de atividades e ajude a estimular a reflexoentre todos os envolvidos em iniciativas de desenvolvimento curricular. Tendo em vista a forte conexoentre conceitos e prtica, tal Glossrio pode contribuir para uma reflexo produtiva no mbito desistemas educacionais nacionais, bem como em contextos regionais e internacionais, sobre o papel daterminologia curricular na promoo de melhorias significativas.

    A primeira verso deste Glossrio foi desenvolvida no Bureau Internacional de Educao da UNESCO(UNESCO International Bureau of Education UNESCO-IBE) por Massimo Amadio, especialista snior darea programtica, e Ruth Creamer, especialista em informao, com a colaborao de Hanspeter Geisseler,especialista da rea programtica, e Konstantin Doulamis, estagirio da Grcia e Chipre, com base em:

    (a) glossrios anteriores criados para vrios projetos curriculares do UNESCO-IBE por Dakmara Georgescu,especialista snior da rea programtica, e Philip Stabback, consultor do UNESCO-IBE na Austrlia; e (b)terminologia especializada selecionada de uma gama de fontes abalizadas (ver bibliografia). Em seguida,a minuta de Glossrio foi compartilhada com vrios especialistas em currculo e em organizao deinformaes, que foram convidados a dar seu parecer sobre o documento. Recebemos comentrios esugestes de:

    Imke Behr, bibliotecria-assistente snior, UNESCO Institute for Lifelong Learning(Hamburgo);

    Rosette Defise, pesquisadora, Ctedra da UNESCO em Desenvolvimento Curricular, University ofQuebec(Montreal, Canad);

    Meron Ewketu, bibliotecria e especialista em informao, Sede da UNESCO (Paris);

    Introduo

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    Lani Florian, norte-americana, professora coordenadora da Ctedra Bell de Educao, University ofEdinburgh(Esccia);

    Christine Forlin, professora adjunta, Hong Kong Institute of Education(China);

    Angela R. Katabaro, especialista em currculo, Tanzanian Institute of Education(Tanznia);

    David Njengere, vice-diretor snior, Kenya Institute of Curriculum Development(Qunia)

    Irene Psifidou, especialista em educao e treinamento profissional, European Centre for theDevelopment of Vocational Training(Grcia);

    Lynda Quamina-Aiyejina, nigeriana, especialista em informao e bibliotecria snior, CaribbeanEducational Research Information Service, School of Education, University of the West Indies(Jamaica);

    Lori Rabinovitch, pesquisadora, Ctedra da UNESCO em Desenvolvimento Curricular, University ofQuebec(Montreal, Canad); e

    Philip Stabback, especialista em currculo, anteriormente vinculado ao Curriculum Directorate,Department of Education and Training (New South Wales, Austrlia).

    A seguir, preparou-se uma verso atualizada do Glossrio, levando em conta as contribuies recebidas,que foi disponibilizada online como um documento de consulta, solicitando-se opinies de outrosespecialistas em currculo e organizaes. Mais comentrios e sugestes foram fornecidos por:

    Jan Berkvens, especialista em desenvolvimento curricular, Netherlands Institute for CurriculumDevelopment(Pases Baixos);

    Gwang-Chol Chang, especialista snior e chefe da rea programtica, Unidade de Poltica e ReformaEducacional, UNESCO Asia-Pacific Regional Bureau for Education(Bangcoc, Tailndia);

    Pauline Chia, especialista em poltica curricular, Escritrio de Poltica Curricular, Ministrio da Educao(Singapura);

    Marlene Cruz Zegarra, especialista da rea programtica, Unidade de Poltica e Reforma Educacional,UNESCO Asia-Pacific Regional Bureau for Education(Bangcoc, Tailndia);

    Fumi Ginshima, diretor curricular e vice-diretor, Centro de Pesquisa Curricular, National Institute forEducational Policy Research(Japo);

    Dewani Goloi, vice-diretor snior, Diviso de Planejamento e Pesquisa Educacional, Ministrio daEducao (Malsia);

    Caroline Kearney, analista em educao e gestora de projetos, European Policy Network on KeyCompetences in School Education, European Schoolnet(Reino Unido);

    Kerry John Kennedy, australiano, professor chefe de pesquisa em estudos curriculares e diretor doCentro de Governana e Cidadania, Hong Kong Institute of Education(China);

    Karen Lam, oficial srior em poltica curricular, Escritrio de Poltica Curricular, Ministrio da Educao(Singapura);

    Phil Lambert PSM, gerente-geral em currculos,Australian Curriculum, Assessment and ReportingAuthority(Austrlia);

    David Leat, professor de Inovao Curricular, Newcastle University(Reino Unido);

    George Lee, estagirio de Singapura na Unidade de Poltica e Reforma Educacional, UNESCOAsia-Pacific Regional Bureau for Education(Bangcoc, Tailndia);

    Robert Munganda, oficial snior em Educao: Currculo Amplo e Gesto Curricular, National Institutefor Educational Development(Nambia);

    Eugenia Tan, vice-diretor, Escritrio de Poltica Curricular, Ministrio da Educao (Singapura);

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    Tan Po Chin, diretor-assistente, Escritrio de Poltica Curricular, Ministrio da Educao (Singapura);

    Ramya Vivekanandan Rodrigues, especialista da rea programtica, Unidade de Poltica e ReformaEducacional, UNESCO Asia-Pacific Regional Bureau for Education(Bangcoc, Tailndia);

    Stella Yu, oficial da rea programtica, Unidade de Poltica e Reforma Educacional, UNESCOAsia-Pacific Regional Bureau for Education(Bangcoc, Tailndia)

    Vrios pesquisadores,Korea Institute for Curriculum and Evaluation KICE(Coreia do Sul).

    O UNESCO-IBE agradece profundamente a todos os colegas mencionados por suas valiosas contribuiese recomendaes.

    Com base no feedbacksobre o documento de consulta, preparou-se uma nova verso do Glossrio. Odocumento final foi revisado mais uma vez por uma pequena equipe editorial composta por: MassimoAmadio e Ruth Creamer, UNESCO-IBE; Dakmara Georgescu, especialista da rea programtica, UNESCORegional Bureau for Education in the Arab States and Cluster Office (Beirute, Lbano); Jan Berkvens;Alexandru Crisan, romeno, consultor-chefe em educao para o Banco Mundial e para o Programa deParceria em Educao do Kuwait, e Philip Stabback.

    Como apontado por um colaborador, o Glossrio muito til para auxiliar elaboradores de currculose partes interessadas em educao a ter uma compreenso comum de termos frequentemente usadosno desenvolvimento, na implementao e na avaliao de currculo, porm com significados variados.Portanto, o UNESCO-IBE espera que o resultado final desse processo colaborativo que envolveu muitoscolegas em todo o mundo sirva de apoio a especialistas em currculo, profissionais na ativa e educadoresem sua desafiante tarefa de potencializar a qualidade da aprendizagem e de seus resultados.

    Como um instrumento de trabalho de referncia, este Glossrio est disponibilizado onlinesomente emformato eletrnico e continuar a ser revisado com base no feedbackde especialistas em currculo e

    partes interessadas, incluindo profissionais na ativa e outros usurios, cordialmente convidados a enviarseus comentrios ao UNESCO-IBE.

    Genebra, Sua, setembro de 2013

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    aAbordagem centrada

    na crianaProcesso pedaggico que conceitualmente coloca os alunos no centrodo processo de aprendizagem como participantes ativos. Envolve dar scrianas escolhas de atividades de aprendizagem, enquanto o professorage como facilitador.

    Abordagem da pessoacomo um todo Ver Abordagem holstica aprendizagem.

    Abordagem detoda a escola

    Envolve abordar as necessidades de alunos, funcionrios e dacomunidade mais ampla, no apenas no mbito do currculo, mas emtodo o ambiente da escola e de aprendizagem. Implica aes coletivase colaborativas na e pela comunidade escolar, com vistas a melhorar aaprendizagem, o comportamento e o bem-estar dos alunos, alm dascondies que as apoiam.

    Abordagem do alunocomo um todo

    Ver Abordagem holstica aprendizagem.

    Abordagem holstica aprendizagem

    Abordagem que visa a ativar plenamente todos os aspectos dapersonalidade de um aluno (intelecto, emoes, imaginao, corpo) parauma abordagem mais efetiva e abrangente da aprendizagem.

    Abordageminterdisciplinar

    Abordagem da integrao curricular que gera compreenso de temas eideias que perpassam as disciplinas e tambm das conexes entre diferentesdisciplinas e sua relao com o mundo real. Normalmente, enfatiza processoe significado e no produto e contedo ao combinar contedos, teorias,metodologias e perspectivas de duas ou mais disciplinas.

    Ver tambm Abordagem transdisciplinar,

    Abordagem multidisciplinar e Integrao curricular.

    Abordagemmultidisciplinar

    Abordagem integrao curricular que enfoca primariamente asdiferentes disciplinas e as diversas perspectivas que trazem para ilustrarum tpico, um tema ou uma questo. Um currculo multidisciplinar aquele em que o mesmo tpico estudado do ponto de vista de maisde uma disciplina. Frequentemente, multidisciplinar e transdisciplinarso usados como sinnimos para descrever a meta de transpor os limitesentre disciplinas.

    Ver tambm Abordagem interdisciplinar eAbordagem transdisciplinar.

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    Abordagem transcurricular Abordagem da formulao curricular que favorece a incluso detpicos e temas de aprendizagem a serem tratados e de habilidades/competncias a serem desenvolvidas em vrias reas de aprendizagem eem toda a extenso do currculo.

    Abordagem transdisciplinar Abordagem integrao curricular que dissolve os limites entre asdisciplinas convencionais e organiza o ensino e a aprendizagem emtorno da construo do significado no contexto de temas ou problemasdo mundo real.

    Ver tambm Abordagem interdisciplinar,Abordagem multidisciplinar e Integrao curricular.

    Adaptao curricular Processo de ajuste do currculo existente a fim de responder snecessidades variadas de alunos com diferentes capacidades.

    Alfabetizao A UNESCO, em cumprimento de sua funo normativa, ofereceu duas

    definies operacionais do que constitui uma pessoa alfabetizada. Em1958, foi acordado que uma pessoa alfabetizada quando consegue,com compreenso, tanto ler quanto escrever uma breve declaraosimples sobre sua vida cotidiana (UNESCO-UIL, 2014, p. 23). Em1978, a UNESCO recomendou a definio de que uma pessoa funcionalmente alfabetizada quando consegue participar de todas asatividades em que a alfabetizao necessria para o funcionamentoeficaz do seu grupo e de sua comunidade, e tambm para permitirque ele ou ela continue a usar a leitura, a escrita e os clculos parao prprio desenvolvimento e o de sua comunidade. Em 2003, aUNESCO organizou uma reunio de especialistas em que foi proposta

    a seguinte definio operacional: alfabetizao a capacidade deidentificar, compreender, interpretar, criar, comunicar e computar,utilizando materiais impressos e escritos associados a contextos variados.A alfabetizao envolve um continuumde aprendizagem, permitindoque as pessoas possam alcanar seus objetivos, desenvolver seuconhecimento e potencial e participar plenamente na comunidade e nasociedade em geral (UNESCO, 2005b, p. 21).

    Ver tambm Letramento e Letramento mltiplo.

    Considerao sobre o contexto brasileiro

    A palavra literate, em grande parte da sua etimologia na lngua inglesa,

    significa ser familiarizado com a literatura ou, mais genericamente,bem-educado, aprendido. Apenas no final do sculo XIX veiotambm a se referir s habilidades de ler e escrever um texto, mantendoo seu significado mais amplo de ter conhecimento ou ser educadoem determinado campo ou campos de conhecimento. Assim, osignificado original da palavra literacypossui tradues diferentes emvrias lnguas, como, por exemplo, o francs e o portugus, em que aevoluo da lngua abarca os termos alfabetizao e letramento(UNESCO, 2006, p. 148).

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    No Brasil, a definio de alfabetizao feita pela interpretao dadefinio de analfabeto, conforme dispe o pargrafo 3 do Decreton 57.895 de 1966: Por analfabetos se entendem todos quantosno saibam ler e escrever por falta de escolarizao e, bem assim osque, embora tenham tido um ou mais anos de frequncia escolar, nodominem elementarmente a leitura e a escrita e delas no possam

    fazer uso prtico e cotidiano (BRASIL, 1966). O Instituto Brasileirode Geografia e Estatstica (IBGE) utiliza a seguinte definio dealfabetizao em suas pesquisas de amostra a domiclio (IBGE, 2015,p. 18): alfabetizada a pessoa capaz de ler e escrever pelo menosum bilhete simples no idioma que conhece (IBGE, 2013, p. 322). OInstituto considera, ainda, no alfabetizada a pessoa que no saberler e escrever, e aquela que aprendeu a ler e escrever, mas esqueceu,e a que apenas assina o prprio nome (IBGE, 2013, p. 322). OIBGE considera tambm a noo de analfabetismo funcional paradenominar pessoas de determinada faixa etria que tm escolaridadede at quatro anos de estudo em relao ao total de pessoas namesma faixa etria (IBGE, 2013, p. 43).

    Alinhamento curricular Processo que visa a assegurar coerncia e a consistncia entre osresultados pretendidos conforme especificado no currculo formal emtodos de ensino, tarefas de avaliao e atividades de aprendizagemna sala de aula.

    Ver tambm Coerncia curricular.

    Aluno adolescente(Ou alunos adolescentes)

    Adolescncia um estgio distinto que marca a transio entre a infnciae a idade adulta. O psiclogo desenvolvimentista suo Jean Piaget

    descreveu a adolescncia como o perodo de amadurecimento total dascapacidades cognitivas dos indivduos. Segundo Piaget, a transio dofinal da infncia para a adolescncia marcada pela passagem para opensamento operatrio formal, caracterizado pelo raciocnio abstrato.Avanos no campo da neurocincia demonstraram que o crtex frontalpassa por alteraes dramticas durante a adolescncia. Essa a parte docrebro que controla processos cognitivos superiores, como planejamento,metacognio e multitarefas. Alunos adolescentes florescem emambientes escolares que reconhecem e apoiam seu desejo crescentepor autonomia, interao com pares e pensamento cognitivo abstrato,bem como oferecem maior nfase em questes ligadas identidade e arelaes romnticas (Fonte: SEEL, 2012).

    Aluno como centro Abordagem da organizao do ensino, da aprendizagem e da avaliaobaseada nas caractersticas pessoais, nas necessidades e nos interessesdo aluno.

    Ver tambm Aprendizagem personalizada.

    Aluno superdotado(Ou alunos superdotados)

    Alunos superdotados so aqueles cujo potencial distintamente acimada mdia em um ou mais dos seguintes domnios: intelectual, criativo,social e fsico. A fim de desenvolver totalmente seu potencial, precisam deservios e atividades no oferecidos normalmente pela escola.

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    Ambiente amigvelpara crianas

    Ambiente educacional e comunitrio de apoio que seja inclusivo,saudvel, amigvel, protetor e acolhedor de direitos. O modelo EscolaAmiga da Criana, desenvolvido pelo UNICEF, promove incluso,sensibilidade de gnero, tolerncia, dignidade e empoderamento pessoal.

    Ver tambm Ambiente de aprendizageme Habilidade para a vida.

    Ambiente de aprendizagem Termo usado de diversas formas. Essencialmente, indica o entorno fsicoimediato do aluno (sala de aula, escola), os recursos disponveis para apoiaro processo de aprendizagem e a interao social ou tipos de relao socialque funcionam nesse contexto e influenciam a aprendizagem.

    Ver tambm Ambiente amigvel para crianase Habilidade para a vida.

    Ambiente escolar Ver Ambiente de aprendizagem.

    Ano escolar Ver Ano letivo.

    Ano letivo Perodo anual em que os estudantes tm aulas ou fazem exames finais,no considerando pequenos intervalos. Pode ser menor que 12 meses, mastem, em geral, no mnimo nove meses de durao. Pode variar segundodiferentes nveis de educao ou tipos de instituies educacionais em ummesmo pas. Tambm chamado ano escolar, principalmente na educaobsica (Fonte: UNESCO-UIS, 2012).

    Anos finais do ensinofundamental

    Ver Primeiro nvel da educao secundria (Anos finais do ensinofundamental).

    Anos iniciais doensino fundamental Ver Educao primria (Anos iniciais do ensino fundamental).

    Aprender a aprender Processo para a vida toda no qual indivduos, deliberada ouintuitivamente, planejam, monitoram e adaptam sua aprendizagem.Quando indivduos aprendem a aprender, tratam atividades deaprendizagem como objetos de questionamento, reflexo pessoal eautoanlise (Adaptado de: SEEL, 2012). Na Unio Europeia, encara-se aaprendizagem para aprender como a capacidade de prosseguir e persistirna aprendizagem e tambm de organizar a prpria aprendizagem pormeio de gesto efetiva de tempo e informaes, individualmente e emgrupo. Essa competncia essencial inclui a conscincia dos prprios

    processos e necessidades de aprendizagem, assim como a identificaode oportunidades disponveis e a capacidade de superar obstculos afim de aprender com xito. Essa competncia significa ganhar, processare assimilar novas competncias e habilidades, bem como buscar e fazeruso de orientaes. Aprender a aprender engaja os alunos na construobaseada em aprendizagens e experincias anteriores de vida, visandoa usar e aplicar conhecimentos e habilidades em diversos contextos.Motivao e confiana so cruciais para a competncia de um indivduo(Fonte: EUROPEAN PARLIAMENT, 2006).

    Ver tambm Competncia essencial (ou Habilidade essencial),Habilidade para o sculo XXI e Metacognio.

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    Aprendizagem Processo psicossocial complexo e de longo prazo que consiste naaquisio ou na modificao individual de informaes, conhecimentos,compreenso, atitudes, valores, habilidades, competncias oucomportamentos, por meio de experincia, prtica, estudo ou instruo(Adaptado de:UNESCO-UIS, 2012). Note que a definio de aprendizagemdepende da abordagem filosfica e psicolgica adotada. Existem pelo

    menos trs modelos diferentes para definir o processo de aprendizagem.A teoria comportamental v a aprendizagem como uma mudana decomportamento mensurvel, em resultado da ao conjunta de diversosfatores ambientais. Teorias cognitivas enfatizam a organizao mentalinterna do conhecimento e acentuam a aquisio de conhecimentos,estruturas mentais e o processamento da informao. Uma delas oconstrutivismo, que compreende a aprendizagem como um processo emque o aluno constri ativamente novas ideias ou conceitos com base emconhecimentos e/ou experincias anteriores (Fonte: KRIDEL, 2010).

    Ver tambm Construtivismo, Didtica,Ensino, Instruo e Pedagogia.

    Aprendizagem aolongo da vida

    Todas as atividades de aprendizagem realizadas ao longo da vida,que resultam em melhor conhecimento, know-how, habilidades,competncias e/ou qualificaes por razes pessoais, sociais e/ouprofissionais (Fonte: CEDEFOP, 2011).

    Aprendizagem autntica Aprendizagem relacionada a situaes da vida real ou autnticas os tipos de problemas enfrentados por cidados, consumidores ouprofissionais. Seus defensores queixam-se de que o ensinado na escolatem pouca relao com as coisas que as pessoas fazem no mundo forada escola. Assim, deseja-se que os esforos para tornar a aprendizagemmais autntica ou significativa superem esse problema. Situaes de

    aprendizagem significativa exigem trabalho de equipe, habilidades paraa soluo de problemas, bem como a capacidade de organizar e priorizaras tarefas necessrias para completar o projeto. Os alunos devem saber oque esperado antes de comearem seu trabalho. Estimula-se a consultaa terceiros, incluindo o professor ou o instrutor. O objetivo produzir umasoluo de alta qualidade para um problema real e no observar quanto oaluno pode memorizar (Adaptado de: ASCD, s.d.).

    Aprendizagem baseadaem jogos

    Processo de aprendizagem facilitado pelo uso de um jogo. Podem-seusar jogos em qualquer nvel: desde a pr-escola at a aprendizagemao longo da vida, em diversas situaes de aprendizagem; desde a

    modificao de comportamento e a aprendizagem automtica (decor) at o apoio aprendizagem em domnios complexos, comoavaliao ou criatividade (Fonte: SEEL, 2012).

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    Aprendizagem baseadaem pesquisa

    Processo que oferece oportunidades para que alunos construamo prprio entendimento da complexidade do mundo natural ehumano a seu redor. Muitos modelos de aprendizagem baseada emquestionamento compartilham algumas caractersticas comuns, taiscomo investigao de uma questo, um problema ou um conceitorelevante; abordagem centrada no aluno; descoberta e exame da

    complexidade da compreenso; e envolvimento do pensamento e dareflexo no processo de aprendizagem. Um currculo que adota essaabordagem demanda que alunos trabalhem com contedos e conceitosnovos e desafiadores, conectem novas informaes a conhecimentosanteriores, selecionem deliberadamente estratgias de pensamento eaprendizagem, bem como planejem, monitorem e avaliem os prpriosprocessos de pensamento (Adaptado de: SEEL, 2012).

    Aprendizagem baseadaem problemas

    Processo concebido para envolver alunos, de forma experimental,em processos de investigao de problemas complexos significativose relevantes para suas vidas e sua aprendizagem. Visa a desafiaralunos a prosseguir em questes, dvidas e incertezas autnticas demodo focado, que lhes permita construir, aprofundar e estender seuconhecimento e sua compreenso. A apresentao sria do problema crucial para essa abordagem. Os problemas devem ser suficientementecomplexos para ser preciso procurar muitas perspectivas sobre asquestes, envolver uma pesquisa colaborativa e gerar mltiplas soluespossveis. Os problemas possuem uma autenticidade que tem significadopara os alunos, permitem que eles assumam a posse dos problemase resultam em achados significativos em seu contexto de vida maisamplo. Problemas devem convidar a uma abordagem profunda daaprendizagem da pesquisa, do raciocnio e da reflexo , que levaa alteraes ou mudanas de direo no conhecimento dos alunos.

    Ao mesmo tempo, deixam espao para que os alunos descubram queo conhecimento experimental, sempre refletindo um momento notempo e aberto a alteraes ou mudanas de direo continuadas(Adaptado de: KRIDEL, 2010).

    Ver tambm Aprendizagem baseada em projetos.

    Aprendizagem baseadaem projetos

    Processo que fomenta o envolvimento dos alunos no estudo deproblemas autnticos ou questes centradas em determinado projeto,tema ou ideia. Com frequncia, a expresso baseado em projeto usada de forma intercambivel com baseado em problemas,especialmente quando projetos na sala de aula enfocam a resoluo

    de problemas reais. O nexo para o projeto pode ser sugerido por umprofessor, mas o planejamento e a execuo de atividades contingentesso predominantemente realizados por alunos, trabalhando individual ecooperativamente ao longo de muitos dias, semanas ou mesmo meses.Esse processo baseado em questionamento, orientado para resultadose est associado ao desenvolvimento do currculo em situaes reaise no ao enfoque em um currculo relegado a livros didticos ouaprendizagem automtica e memorizao. A avaliao comumente baseada em desempenho, flexvel, variada e contnua (Adaptado de:KRIDEL, 2010).

    Ver tambm Aprendizagem baseada em problemas.

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    Aprendizagem colaborativa Processo pelo qual alunos em diversos nveis de desempenho trabalhamjuntos em pequenos grupos com vistas a um objetivo comum. umaabordagem centrada no aluno, derivada de teorias de aprendizagemsocial, bem como de perspectivas socioconstrutivistas sobre aaprendizagem. A aprendizagem colaborativa uma relao entre alunosque promove interdependncia positiva, responsabilizao individual e

    habilidades interpessoais. Para que seja efetiva, o ensino deve ser vistocomo um processo de desenvolvimento e potencializao da capacidadede aprender dos estudantes. O papel do instrutor no transmitirinformaes, mas servir como facilitador para a aprendizagem. Issoenvolve criar e gerir experincias significativas de aprendizagem eestimular o pensamento dos alunos, usando problemas do mundoreal. Entretanto, a tarefa deve ser claramente definida e orientada porobjetivos especficos. s vezes, usam-se as palavras aprendizagemcooperativa e colaborativade forma intercambivel, mas trabalhocooperativousualmente envolve dividir o trabalho entre os membros daequipe, enquanto trabalho colaborativosignifica que todos os membrosda equipe atacam os problemas juntos, em um esforo coordenado(Adaptado de: SEEL, 2012). Colaborao frequentemente includaentre competncias essenciais e habilidades para o sculo XXI.

    Aprendizagem comdispositivos mveis

    Ver Aprendizagem mvel.

    Aprendizagem digital(e-learning)

    Todas as formas de ensino e aprendizagem com apoio eletrnico,especialmente as que, baseadas na internet e em computadores, visam aquisio de ou ao envolvimento com conhecimentos e habilidades.Pode ocorrer dentro ou fora da sala de aula. Com frequncia, um componente essencial da educao distncia e pode envolver

    ambientes de aprendizagem virtual.Ver tambm Aprendizagem mediada pela tecnologia.

    Aprendizagem eensino interativos

    Ver Ensino e aprendizagem interativos.

    Aprendizagem eletrnica Ver Aprendizagem digital (e-learning) eAprendizagem mediada pela tecnologia.

    Aprendizagem hbrida Oportunidade estruturada de aprendizagem que utiliza mais de ummtodo de ensino ou formao, dentro ou fora da sala de aula, com a

    oferta de pelo menos parte do contedo online. Essa definio incluidiferentes mtodos instrucionais ou de aprendizagem (aula expositiva,discusso, prtica orientada, leitura, jogos, estudo de caso, simulao),diferentes mtodos de entrega do contedo (presencial ou mediadapor computador), diferentes tempos (sincrnico ou assincrnico) ediferentes nveis de orientao (aprendizagem individual, conduzida porinstrutor ou especialista ou em grupo/social). Mais comumente, o termoaprendizagem hbridarefere-se a uma combinao de ensino presenciale de tecnologias (Adaptado de: SEEL, 2012). Envolve uma mudana dostradicionais mtodos e formas de organizao escolares para que seaproveite as novas tecnologias.

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    Aprendizagem informal Formas de aprendizagem intencionais ou deliberadas, mas que no soinstitucionalizadas. Consequentemente, menos organizada e menosestruturada que a educao formal ou no formal. A aprendizageminformal pode incluir atividades de aprendizagem que ocorrem nombito da famlia, no local de trabalho, na vida comunitria e cotidianalocal, ou, ainda, pode ser autodirigida, dirigida famlia ou socialmente

    dirigida (Fonte: UNESCO-UIS, 2012).

    Aprendizagem mediadapela tecnologia

    Uso de tecnologias de informao e comunicao (TIC) como dispositivosmediadores que apoiam a aprendizagem do estudante, que pode incluirelementos de avaliao, uso de tutores e instruo. Envolve um amploconjunto de aplicaes e processos, como a aprendizagem baseada nainternet, aprendizagem baseada em computadores, salas de aula virtuaise ambientes de aprendizagem e tambm colaborao digital. Inclui aentrega de contedos por meio de uma ampla gama de mdia eletrnica(por exemplo, internet, intranet/extranet, udio e videoteipe, emissespor satlite, televiso interativa etc.) e acesso a recursos que informamalunos sobre ideias novas, acerca das quais podem, ento, refletir e

    integrar a conhecimentos j existentes. Podem-se usar computadoresa fim de promover abordagens colaborativas de aprendizagem, nasquais alunos so estimulados a negociar significados compartilhadose a trabalhar em equipes, e no competitivamente, em direo a umobjetivo comum. Redes sociais e aplicativos de programas sociais, comoweb logs(blogs) e wikis, oferecem novas oportunidades para comunicar,acessar conhecimentos, criar contedos e colaborar online. Espera-se queo uso apropriado de tecnologias quando embutidos na concepo decurrculos apoie o desenvolvimento de prticas inovadoras de ensino,assim como potencialize e enriquea experincias de aprendizagem.Tambm chamada e-aprendizagem (ou aprendizagem eletrnica) e

    aprendizagem digital (Adaptado de: SEEL, 2012).Ver tambm Aprendizagem digital (e-learning).

    Aprendizagem mvel Uso de dispositivos mveis, como assistentes digitais pessoais (ou seja,um dispositivo porttil com capacidades de comunicao e computaoque podem funcionar como um organizador pessoal, navegador nainternet, fax e telefone celular) ou telefones celulares em atividadesde aprendizagem, em qualquer lugar e a qualquer tempo, trazendoinformaes e conhecimentos a situaes e locais onde ocorrematividades de aprendizagem (Fonte: SEEL, 2012).

    Aprendizagem personalizada Processo de individualizar a educao situao atual, bem comos caractersticas e s necessidades dos alunos, a fim de ajud-los aalcanar os melhores progressos e resultados da aprendizagem possveis.A aprendizagem personalizada pode aparecer em diferentes nveiseducacionais, incluindo personalizao do currculo, cursos, materiais eatividades de aprendizagem, entre outros suportes de aprendizagem. Pormeio da aprendizagem personalizada, cada aluno recebe uma educaoindividualizada para suas caractersticas e suas necessidades individuaise aprende de forma mais adequada para si, o que resulta em diferentesexperincias de aprendizagem para cada aluno (Fonte: SEEL, 2012).

    Ver tambm Aluno como centro.

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    Aprendizagem por colegas Ver Aprendizagem por pares (ou Aprendizagem por colegas).

    Aprendizagem por pares (ouAprendizagem por colegas)

    Processo baseado no intercmbio de conhecimentos e informaesentre alunos, que podem agir ainda como mentores. Tambm chamadaeducao por pares.

    Ver tambm Avaliao por pares (ou Avaliao por colegas).

    Aprendizagem profissional Sistema de formao tanto na educao formal quanto no formal,regulado pela lei ou pelos costumes, que combina treinamento eexperincia de trabalho em um emprego remunerado com educaoformal fora do ambiente de trabalho. Um contrato ou acordo detreinamento entre o aprendiz e o empregador determina as obrigaesmtuas para ambas as partes (Adaptado de: DEIINGER; HELLWIG, 2011).

    Aprendizagem reconstrutiva Ver Aprendizagem autntica.

    Aprendizagem significativa Diferentemente da aprendizagem automtica, um processo que

    leva ao desenvolvimento de redes conceituais (isto , mapeamentoconceitual), as quais podem ser aplicadas em diferentes situaes, demodo a apoiar a criatividade e a resoluo de problemas. Segundoabordagens cognitivistas e construtivistas, tambm se refere aprendizagem que faz sentido para os estudantes, uma vez que estconectada s suas experincias pessoais e orientada praticamente.

    Ver tambm Mapa conceitual.

    Aprendizagem sociale emocional (ASE)

    Aprender como gerir sentimentos e relaes com outros, o que incluiformas de reconhecer emoes e manter relaes positivas, desenvolvendosimpatia e empatia. Envolve a aquisio de conhecimentos, habilidadese atitudes de que os alunos necessitam a fim de criar relaes positivas,desenvolver resilincia, lidar com situaes desafiadoras, tomar decisesapropriadas e cuidar de outras pessoas. Comumente, concentra-seem habilidades como autoconscincia, autogesto, conscincia social,habilidades de relao e tomada responsvel de decises. Avanos recentesem neurocincias vm esclarecendo o papel de processos no cognitivosno raciocnio e na conscincia humana, revolucionando o pensamentosobre o papel do sentimento e da intuio na soluo de problemas novos.Embora a viso tradicional indicasse que os sentimentos interferem com acapacidade de resoluo de problemas de um indivduo, esse antigo adgiofalhou em apontar que, na ausncia de sentimentos, pouco provvel queum indivduo resolva qualquer problema (Adaptado de: SEEL, 2012).

    Ver tambm Inteligncia emocional.

    rea curricular Ver rea de aprendizagem.

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    rea de aprendizagem Agrupamento de disciplinas tradicionalmente separadas, mas correlatas,com a meta explcita de integrar a aprendizagem dos alunos. Porexemplo, a rea de aprendizagem estudos/cincias sociais podeincluir elementos de geografia, histria, cidadania, economia/comrcio,filosofia e sociologia (Adaptado de: UNESCO-IBE, 2011). Muitos sistemaseducacionais organizam o currculo da educao geral em torno de

    grandes reas ou campos de aprendizagem. Por exemplo: linguageme comunicao (incluindo primeira e segunda lngua); raciocniomatemtico; explorao e compreenso do mundo natural e social(incluindo cincias naturais, geografia, histria, biologia, fsica e qumica)e desenvolvimento pessoal e social (incluindo educao artstica,cidadania, tica e educao fsica) (MEXICO, 2011).

    Ver tambm Eixo curricular.

    rea de estudo Ver Disciplina temtica (ou rea temtica).

    rea nuclear de aprendizagem

    (Ou reas nucleares deaprendizagem)

    Ver Ncleo curricular comum.

    rea temtica Ver Disciplina temtica (ou rea temtica).

    Articulao do currculo Ver Articulao vertical e horizontal (do currculo).

    Articulao vertical ehorizontal (do currculo)

    Organizao de contedos segundo a sequncia e a continuidade daaprendizagem em determinado domnio do conhecimento ou matriaao longo do tempo (articulao vertical, a fim de aumentar a coerncia),bem como o escopo e a integrao de contedos curriculares dediferentes domnios do conhecimento em determinada srie (articulaoou equilbrio horizontal, a fim de desenvolver a integrao entrematrias, disciplinas ou domnios de conhecimento).

    ASE Ver Aprendizagem social e emocional (ASE).

    Atitude Disposio ou tendncia aprendida para avaliar coisas ou reagir a ideias,pessoas ou situaes de determinadas formas, seja consciente ouinconscientemente. Atitudes esto sustentadas por valores e crenas einfluenciam o comportamento.

    Atividade extracurricular

    (Ou atividades extracurriculares)

    Gama de atividades organizadas fora do dia, currculo ou curso escolar

    regular, com vistas a satisfazer os interesses de alunos. Essas atividadespodem contribuir para que alunos se envolvam mais em sua escolaou sua comunidade e podem contribuir para desenvolver habilidadessocioemocionais e para promover bem-estar. Essas atividades podemincluir atletismo, esportes, trabalho voluntrio, fotografia, teatro, msicaetc. Em alguns pases, tambm so chamadas atividades cocurriculares.

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    Autoavaliao Avaliao por meio da qual o aluno coleta informaes sobre e refletesobre a prpria aprendizagem, julga o grau com que essa espelhaobjetivos ou critrios explicitamente declarados, identifica pontos fortese fracos e faz revises de acordo com isso. a avaliao do prprioaluno quanto a progressos pessoais em conhecimentos, habilidades,processos e atitudes (Adaptado de: ONTARIO, 2002).

    Ver tambm Avaliao como aprendizagem e Metacognio.

    Avaliao Processo por meio do qual se medem ou julgam o progresso e odesempenho de um ou mais alunos em conformidade com critriosespecficos de qualidade.

    Avaliao autorreferenciada Avaliao do progresso e do desempenho do aluno com referncia aele mesmo.

    Avaliao baseada em TIC Ver E-avaliao (ou Avaliao baseada em TIC).

    Avaliao baseadana sala de aula Avaliao realizada por professores com base na aprendizagem ocorridana sala de aula, sem referncia a avaliaes realizadas em outrasclasses ou grupos. Oferece feedbacka professores e estudantes sobrea qualidade do desempenho de aprendizagem, para embasar seuaperfeioamento contnuo. Tambm chamada avaliao em sala deaula ou avaliao baseada no professor.

    Avaliao baseada no professor Ver Avaliao baseada na sala de aula.

    Avaliao comoaprendizagem

    Avaliao com envolvimento ativo dos alunos, que os estimula a pensarsobre a maneira como aprendem. Ocorre quando os alunos refletemsobre, regulam e monitoram o prprio processo de aprendizagem.

    Abrange a reflexo do aluno e a avaliao por pares e por si mesmo.

    Ver tambm Autoavaliao e Avaliao para a aprendizagem.

    Avaliao curricular Processo de medir e julgar o grau com que cursos, programas, atividadese oportunidades de aprendizagem planejadas, conforme expresso nocurrculo formal, realmente produzem os resultados esperados. Casorealizado de forma efetiva, esse processo pode permitir a tomada dedecises sobre aperfeioamentos e futuros progressos.

    Avaliao da aprendizagem Avaliao do desempenho do aluno, cujo propsito principal maior fornecer informaes, em determinado momento no tempo, sobre o

    que foi aprendido. Com frequncia mas nem sempre , esse processoenvolve o uso de provas ou exames padronizados. Pode tambm serusado com o propsito de aprovao e/ou concluso de estudos.

    Ver tambm Avaliao somativa, Avaliao de resultados daaprendizagem, Exame nacional e Prova.

    Avaliao de desempenho Avaliao concebida para medir e julgar o que os alunos sabem e socapazes de fazer, com base em como desempenham certas tarefas(Fonte: ASCD, s.d.).

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    Avaliao de resultadosda aprendizagem

    Avaliao do desempenho de um indivduo em relao aos objetivosestabelecidos de aprendizagem por meio de diversos mtodos (provas/exames escritos, orais ou prticos, alm de projetos e portflios),durante ou ao trmino de um programa educacional ou de partedefinida desse programa (Adaptado de: UNESCO-UIS, 2012).

    Ver tambm Avaliao da aprendizagem

    e Avaliao somativa.

    Avaliao diagnstica Avaliao que visa a identificar os pontos fortes e fracos de um aluno, comvistas a tomar as aes necessrias para potencializar a aprendizagem.Tambm usada antes do processo de ensino e aprendizagem, a fim de aferiro nvel de prontido ou de desempenho do aluno.

    Ver tambm Prova padro.

    Avaliao em sala de aula Ver Avaliao baseada na sala de aula.

    Avaliao externa Processo e mtodo de avaliao desenvolvido e usado por um rgo

    ou uma agncia examinadora que no a escola do aluno. Esse processocomumente envolve testes padronizados e, com frequncia, serve paraclassificar candidatos a outras oportunidades educacionais e/ou para finsde certificao.

    Avaliao formativa Avaliao conduzida ao longo do processo educacional com o objetivode potencializar a aprendizagem do estudante. Implica buscar evidnciassobre a aprendizagem a fim de fechar o hiato entre desempenhoatual e o desejado (de modo a permitir aes para fechar esse hiato);oferecer feedbackaos estudantes; e envolver estudantes no processo deavaliao e aprendizagem (Fonte: CCSSO, 2008).

    Ver tambm Avaliao para a aprendizagem eProgresso da aprendizagem.

    Avaliao internacional dodesempenho de estudantes

    (Ou avaliaes internacionais do

    desempenho de estudantes)

    Ver ICCS, PIRLS, PISA e TIMSS.

    Avaliao nacional dedesempenho de estudantes

    (Ou avaliaes nacionais de

    desempenho de estudantes)

    Essas avaliaes constituem um exerccio, uma tarefa ou uma atividaderealizada por estudantes em mbito nacional e concebida para determinarou medir seu desempenho em uma rea curricular, frequentementeagregada, a fim de oferecer uma estimativa do nvel de desempenho nosistema educacional como um todo para determinada idade ou srie.Normalmente, envolve a administrao de provas, seja para uma amostraou para uma populao de estudantes, em geral, com foco em um setorespecfico no sistema. Frequentemente, pressupe-se que as avaliaesnacionais no fornecero informaes apenas sobre o estado daeducao, mas tambm que o uso da informao dever levar a melhoriasno desempenho de estudantes (Fonte: GREANEY; KELLAGHAN, 2007).

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    Considerao sobre o contexto brasileiro

    No Brasil, alm das avaliaes nacionais (cujas principais so ProvaBrasil, Avaliao Nacional da Alfabetizao ANA, Exame Nacional doEnsino Mdio ENEM para o ensino mdio e ingresso no nvel superior,Sistema Nacional de Avaliao da Educao Superior SINAES), pelotipo de organizao federativa, estados e municpios tm sistemaseducacionais prprios. Quase todos os estados e alguns municpiosexecutam tambm avaliaes em larga escala de estudantes para obterinformaes sobre o estado da educao bsica de seus respectivossistemas (Fontes: INEP, s.d.; SOUZA; OLIVEIRA, 2010).

    Avaliao no ensinoe na aprendizagem

    Processo sistemtico direcionado a julgar a efetividade de qualquerprograma de ensino e aprendizagem.

    Avaliao para aaprendizagem

    Avaliao do progresso e do desempenho do aluno, com o propsitoprimrio de apoiar e potencializar a aprendizagem, adaptando oprocesso educacional de forma a responder s necessidades do aluno.Os alunos se conscientizam de seus pontos fortes e fracos e, aomesmo tempo, recebem apoio adequado para superar dificuldades deaprendizagem.

    Ver tambm Avaliao como aprendizageme Avaliao formativa.

    Avaliao por colegas Ver Avaliao por pares (ou Avaliao por colegas).

    Avaliao por pares (ouAvaliao por colegas)

    Avaliao do trabalho dos alunos por outros alunos.

    Ver tambm Aprendizagem por pares(ou Aprendizagem por colegas).

    Avaliao por portflio Avaliao baseada na coleta sistemtica do trabalho do aluno (comodeveres escritos, rascunhos, arte e apresentaes) que representacompetncias, trabalho exemplar ou o desenvolvimento do trabalho doaluno. Alm de exemplos de trabalho, a maioria dos portflios incluireflexes preparadas por alunos. Portflios so avaliados para buscarevidncias do desempenho do aluno com relao a resultados e padresde aprendizagem estabelecidos.

    Avaliao preditiva Avaliao que visa a identificar sucessos e fracassos em potencial no

    desenvolvimento de alunos e sugerir aes apropriadas para estimularprogressos e lidar com dficits previstos.

    Avaliao referenciadaem critrios

    Avaliao do progresso e da realizao de um aluno com relao a umconjunto pr-determinado de critrios ou padres.

    Avaliao referenciadapor normas

    Avaliao do progresso e desempenho do aluno em referncia aos nveisde desempenho de seus pares e/ou em referncia s normas derivadasde uma amostra de uma populao similar.

    Ver tambm Prova padronizada.

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    Avaliao significativa Avaliao de desempenho do aluno a mais prxima possvel a umasituao da vida real, e no artificial ou fabricada. Uma maneira detornar uma avaliao mais autntica pedir aos alunos que escolhamdeterminada tarefa para demonstrar o que aprenderam (Fonte: ASCD,s.d.). A avaliao significativa envolve a coleta de informaes deuma rica gama de fontes, incluindo o indivduo (a mais importante).

    Portflios, listas de verificao, amostras de trabalho, dirios, produtospermanentes, provas escritas, observaes e outras formas de avaliaopodem esclarecer o que o aluno sabe ou capaz de demonstrar, assimcomo a direo (ou direes) exigida pelo programa de aprendizagemde uma pessoa (Fonte: WYATT-SMITH; JOY CUMMING, 2009).

    Ver tambm Avaliao de desempenho.

    Avaliao somativa Determinao do desempenho do aluno ao final de um perodo,estgio, curso ou programa, usualmente mas no necessariamente envolvendo provas ou exames formais. Avaliaes somativas so maiscomumente usadas para classificar, dar notas e/ou aprovar estudantes,

    assim como para propsitos de certificao.Ver tambm Avaliao da aprendizagem, Avaliao deresultados da aprendizagem, Exame nacional e Prova.

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    Bem-estar na escola O bem-estar na escola contribui para a sade e o desenvolvimentofsico e psicolgico dos alunos; assim, est fortemente conectado aprendizagem. Consiste de componentes cognitivos, emocionais e fsicos,isto , pensamentos, sentimentos e sensaes corporais do aluno. Emgeral, o bem-estar na escola envolve: atitudes e emoes positivas em

    relao escola em geral, prazer na escola, autoconceito acadmicopositivo, ausncia de preocupaes escolares, ausncia de queixasfsicas na escola e ausncia de problemas sociais na escola. O bem-estarcontribui para a manuteno de uma base positiva para a aprendizagemescolar. Por outro lado, a aprendizagem crucial para que haja bem-estar,porque o sucesso na aprendizagem uma importante fonte de prazerna escola. Assim, bem-estar e aprendizagem na escola so conceitosinterdependentes que se influenciam mutuamente (Fonte: SEEL, 2012).

    Benchmark Ver Padro de excelncia.

    Benchmarkinginternacional Usa-se o termo benchmarking(padronizao ou uso de padrode excelncia) para descrever uma grande variedade de diferentestecnologias de medida e avaliao que foram coletadas com umanica finalidade: a melhoria do desempenho da organizao. Pode-sefazer benchmarkingusando uma abordagem de estudo de caso ouindicadores de desempenho. Indicadores internacionais fornecem umaoportunidade para comparar o desempenho de um pas com o deoutros pases, identificar similaridades e diferenas entre um sistemae outros, alm de sugerir novas abordagens ao desafio de forneceruma educao de nvel mundial (Fonte: WYATT, 2004). Cada vez maisdebates de polticas e processos de tomada de deciso com relaoao currculo se referem a benchmarksinternacionais ou necessidade

    de benchmarka padres internacionais como um instrumento paraassegurar alta qualidade, efetividade e responsabilizao, assim comopara obter um sistema educacional de qualidade global. Embora asevidncias de comparaes internacionais certamente sejam teis parasubsidiar polticas nacionais, a maioria dos pesquisadores e analistasrecomenda cautela ao interpretar o sucesso de outros.

    Ver tambm Padro de excelncia e Uso de padro deexcelncia (ou Benchmarking).

    b

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    cCapacidade Faculdade inerente ou adquirida para fazer ou alcanar alguma coisa.

    Na prtica educacional, tipicamente, os termos capacidadee aptidoso usados como sinnimos a fim de denotar o potencial de umindivduo para adquirir e aplicar novos conhecimentos ou habilidades(Adaptado de: PELLEGRINO, 1996).

    Capacidade geral(Ou capacidades gerais)

    No Currculo Australiano, as capacidades gerais abrangem osconhecimentos, as habilidades, os comportamentos e as disposiesque, juntamente com o contedo curricular em cada rea deaprendizagem e as prioridades transcurriculares, contribuiro para queestudantes vivam e trabalhem com sucesso no sculo XXI (ACARA,2013). O Currculo Australiano enumera sete capacidades gerais:letramento, numeramento, capacidade em tecnologias de informaoe comunicao (TIC), pensamento crtico e criativo, capacidade pessoale social, compreenso tica e compreenso intercultural. Estudantesdemonstram essas capacidades quando aplicam conhecimentos ehabilidades de forma confiante, efetiva e apropriada em circunstncias

    complexas e mutveis, tanto em sua aprendizagem na escola quantofora dela. O estmulo a comportamentos e disposies positivasembasa todas as capacidades gerais. Embora cada uma delas abranjadeterminado corpo de aprendizagem, deve-se notar que algunsconhecimentos, habilidades, disposies e comportamentos so comunsa diferentes capacidades. Em alguns casos, um aspecto particular deuma capacidade coberto por outra, por exemplo, a aplicao deprotocolos sociais e ticos no uso de tecnologias digitais est includana capacidade de TIC. Quando combinadas em contextos de rea deaprendizagem, capacidades gerais se potencializam e se complementam.As capacidades pretendem ser gerais e operar em todo o currculo.

    Conhecimentos e habilidades mais especializados esto detalhadosem reas de aprendizagem, particularmente em relao alfabetizao,ao numeramento e s TIC (Fonte: ACARA, 2013).

    Ver tambm Competncia essencial (ou Habilidade essencial)e Habilidade para o sculo XXI.

    Carga horria Volume de tempo a ser dedicado instruo em certa matria oudisciplina, segundo regulamentos, exigncias ou recomendaes oficiaisou, ainda, segundo o projeto pedaggico em execuo. Deve serdistinguida do tempo realmente gasto na aprendizagem.

    Ver tambm Tempo ampliado de aprendizagem

    e Tempo de aprendizagem.

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    CBET Ver Educao e Formao Baseadas em Competncias (CBET).

    CDI Ver Desenvolvimento Infantil (DI).

    CDPI Ver Desenvolvimento Infantil (DI).

    Ciclo de reviso curricular Abordagem sistemtica avaliao, reviso e atualizao de rease programas curriculares dentro de um marco temporal especfico,que visa a identificar hiatos e pontos fracos, a fim de aumentar aefetividade curricular e aperfeioar continuamente as experinciasde aprendizagem dos estudantes. Normalmente, envolve vriasfases, incluindo: pesquisa e seleo; reviso e desenvolvimento;implementao; e avaliao e monitoramento.

    Cincia cognitiva Estudo da mente. Cincia interdisciplinar que recorre a muitos campos,incluindo neurocincia, psicologia, filosofia, cincia computacional,inteligncia artificial e lingustica. O propsito da cincia cognitiva

    desenvolver modelos que contribuam para explicar a cognio humana percepo, pensamento e aprendizagem (Fonte: OECD-CERI, 2007).

    Classe de reforo escolar(Ou classes de reforo escolar)

    Atividades ou programas que visam a auxiliar alunos comdificuldades de aprendizagem ou apoiar estudantes que podemprecisar desenvolver melhores habilidades de aprendizagem, bemcomo dominar contedos.

    Classificao InternacionalPadronizada da Educao

    (ISCED)

    A ISCED (International Standard Classification of Education) um marco para classificar, com base em categorias internacionaispactuadas, atividades educacionais definidas em programas, bemcomo as qualificaes delas decorrentes. A ISCED classifica programas

    educacionais por seu contedo, usando duas variveis principais: nveisde educao e campos de educao. Os conceitos e as definiesbsicos da ISCED pretendem ser internacionalmente vlidos e aabranger toda a gama de sistemas educacionais. A ISCED produtode acordo internacional e foi adotada formalmente pela ConfernciaGeral dos Estados-membros da UNESCO (Fonte: UNESCO-UIS, 2012).

    Ver tambm Nvel de educao.

    Coerncia curricular Caracterstica do currculo que indica em que grau as metas e oscontedos do currculo, bem como os livros didticos, mtodos de ensinoe avaliao, esto alinhados e se reforam mutuamente. Alguns achados

    de pesquisa sugerem que um alto grau de coerncia curricular estassociado a sistemas de alto desempenho (Adaptado de: OATES, 2010).

    Ver tambm Alinhamento curricular.

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    Competncia Na Unio Europeia, define-se competncia como uma combinaode conhecimentos, habilidades e atitudes apropriadas ao contexto.Competncia indica a capacidade de aplicar adequadamente osresultados de aprendizagem em um contexto definido (educao,trabalho, desenvolvimento pessoal ou profissional). Competncia nose limita a elementos cognitivos (quem envolvem o uso de teoria,

    conceitos ou conhecimento tcito); tambm abrange aspectos funcionais(que envolvem habilidades tcnicas), atributos interpessoais (comohabilidades sociais ou organizacionais) e valores ticos (CEDEFOP, 2011).Competncias podem ser especficas por domnio, isto , relacionadas aconhecimentos, habilidades e atitudes em uma matria ou uma disciplinaespecfica, ou gerais/transversais quando so relevantes para todos osdomnios. Em alguns contextos, o termo habilidades(em sentido maisamplo) s vezes usado como equivalente de competncias.

    Ver tambm Competncia essencial (ou Habilidade essencial).

    Competncia essencial

    (ou Habilidade essencial)(Ou competncias essenciais)

    Na Unio Europeia, definem-se competncias essenciais como a

    soma de habilidades (habilidades bsicas e habilidades bsicasnovas) necessrias para viver em uma sociedade do conhecimentocontempornea. Em sua recomendao sobre competncias essenciaispara a aprendizagem ao longo da vida, em 2006, o Parlamento eo Conselho Europeus estabeleceram oito competncias essenciais:comunicao na lngua materna; comunicao em outras lnguas;competncias em matemtica, cincia e tecnologia; competnciadigital; aprender a aprender; competncias interpessoais, interculturaise sociais e competncia cvica; empreendedorismo; e expressocultural (Fonte: CEDEFOP, 2011). A recomendao do Parlamentoe do Conselho Europeus tambm diz que todas as competnciasessenciais so consideradas igualmente importantes, porque cada

    uma delas pode contribuir para uma vida bem-sucedida em umasociedade de conhecimento. Muitas competncias se sobrepeme se entrelaam: aspectos essenciais para um domnio servem desuporte para a competncia em outro. Competncia nas habilidadesbsicas fundamentais de linguagem, letramento, numeramento eem tecnologias de informao e comunicao (TIC) so um alicerceessencial para a aprendizagem; assim, o aprender a aprender apoiatodas as atividades de aprendizagem. Pensamento crtico, criatividade,iniciativa, resoluo de problemas, avaliao de risco, tomada dedeciso e gesto construtiva de sentimentos tm papel em todas asoito competncias-chave (Fonte: EUROPEAN PARLIAMENT, 2006).

    Polticas curriculares enfocam cada vez mais competncias que seespera que os estudantes desenvolvam durante todo o processo deaprendizagem e que perpassam matrias ou disciplinas especficas dasquais precisam a fim de ter sucesso na educao e no desenvolvimentopessoal, no emprego e na incluso em uma sociedade de conhecimento.Vrios termos so usados para indicar essas competncias: os maisfrequentes so competncias (definidas como competncias-chaveou essenciais, centrais, gerais, genricas, bsicas, transcurriculares outransversais) e habilidades (definidas como habilidades-chave ou

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    essenciais, fundamentais, centrais, bsicas, essenciais, transtemticas,transcurriculares ou do sculo XXI). Alm da Unio Europeia, vriasorganizaes, parcerias e consrcios definiram e endossaram diferentesmarcos de competncias/habilidades centrais.

    Ver tambm Aprender a aprender, Capacidade geral,Competncia e Habilidade para o sculo XXI.

    Considerao sobre o contexto brasileiro

    Ver tambm o escopo de competncias que constituem areferncia do exame PISA, desenvolvido pela OCDE, disponvelem: . Acesso em:22 nov. 2015.

    Competncia genrica

    (Ou competncias genricas)

    Ver Competncia essencial (ou Habilidade essencial) e Habilidade

    para o sculo XXI.

    Competncia geral(Ou competncias gerais)

    Ver Competncia essencial (ou Habilidade essencial) e Habilidadepara o sculo XXI.

    Competncia global(Ou competncias globais)

    Ver Competncia essencial (ou Habilidade essencial) e Habilidadepara o sculo XXI.

    Compreenso intercultural Conscincia, compreenso e apreciao da sua cultura e de outrasculturas. Implica abertura e respeito por outras culturas.

    Concepo curricular Processo de construir os componentes de um currculo de modosignificativo, a fim de abordar questes fundamentais, tais como o queprecisa ser aprendido, como e por que; quais os recursos necessrios ecomo se avaliar a aprendizagem.

    Ver tambm Currculo baseado nos quatro pilares.

    Conhecimento Existem muitas definies e formas de conhecimento. Ele pode serdescrito como o volume de conceitos e informaes concretos (dados),incluindo suas estruturas e os padres interrelacionados, envolvendo,ainda, o ambiente natural e social, bem como nossa compreensodo mundo, das pessoas e da sociedade, adquiridos por meio de

    aprendizagem e/ou experincia. O conhecimento declarativo apontapara conhecer o que (ou seja, conhecimento concreto), enquantoo conhecimento procedimental indica o saber como, ou seja,conhecimento de funes e procedimentos especficos para realizarum processo, uma tarefa ou uma atividade complexa. Outras formasde conhecimento frequentemente consideradas so o conhecimentotcito e o explcito (ver, por exemplo, CEDEFOP, 2011). O primeiro oconhecimento que os alunos possuem e que influencia o processamentocognitivo; entretanto, eles podem no necessariamente express-lo ouestar conscientes dele. O segundo o conhecimento acerca do qual umaluno est consciente, incluindo o conhecimento tcito que se converte

    em uma forma explcita ao se tornar um objeto de pensamento.

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    Conscincia intercultural Ver Compreenso intercultural.

    Construtivismo Teoria de aprendizagem que coloca o aluno no centro do processoeducacional, ao entender que o aluno constri ativamente oconhecimento em vez de receb-lo passivamente. Assim, oconhecimento de um indivduo uma funo de suas experincias

    anteriores, estruturas mentais e crenas, que so usadas para interpretarobjetos e eventos. uma teoria grandemente influenciada pelostrabalhos dos psiclogos Jean Piaget e Lev Vygotsky.

    Ver tambm Aprendizagem.

    Consulta curricular Processo de buscar e valorizar opinies e experincias de especialistase de diversas partes interessadas legtimas, que so parte integral doprocesso mais amplo de desenvolvimento/reviso curricular.

    Contedo(Ou contedos)

    Ver Contedo de aprendizagem.

    Contedo da aprendizagem Tpicos, temas, crenas, comportamentos, conceitos e fatos frequentemente agrupados em cada disciplina ou rea de aprendizagemsob o rtulo conhecimento, habilidades, valores e atitudes que se esperasejam aprendidos, formando a base do ensino e da aprendizagem.

    Contedo transdisciplinar(ou Tema transdisciplinar)

    Matria que, por seu alcance e sua natureza, tem maior probabilidadede ajudar os alunos a desenvolver certos conhecimentos, habilidades eatitudes que vo alm de uma nica disciplina. Um exemplo ambientee sustentabilidade, transversal em biologia e geografia.

    Ver tambm Tema transversal.

    Contedo transversal Ver Contedo transdisciplinar (ou Tema transdisciplinar) e Tematransversal.

    Creche Ver Desenvolvimento Infantil (DI) e Educao Infantil (EI).

    Criatividade,pensamento criativo

    Tradicionalmente, a criatividade foi considerada uma capacidade deresponder de forma adaptada s necessidades de novas abordagens enovos produtos. Com frequncia, definida como a capacidade de darvida, intencionalmente, a algo novo. Nos ltimos anos, o conceito decriatividade expandiu-se e mudou. Uma nova nfase em criatividade

    cotidiana e social tem mudado o enfoque de gnios individuaisem alguns campos (como belas artes e cincia avanada) para acriatividade colaborativa na vida cotidiana, com novas implicaespara a aprendizagem e a educao. Com vistas a produzir nos alunosuma aptido estvel para pensar e se comportar de maneira criativa,recomenda-se geralmente: (a) desenvolver uma estrutura integradade diversos mecanismos mentais, cada um exercendo um papel emum tipo particular de situao ou em determinada fase do processocriativo; (b) usar materiais que simulem situaes da vida real ouque, pelo menos, os ajudem a reconhecer a relao entre as tarefasde formao e tais situaes; (c) considerar as crenas espontnease as tendncias dos indivduos em direo ao pensamento criativo e

    tambm iniciar o processo de ensino e aprendizagem a partir de

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    suas competncias criativas naturais, na esperana de mudar crenas,tendncias e estratgias espontneas por meio de um processo internode reestruturao; (d) mostrar uma sensibilidade metacognitiva, ouseja, formar alunos no apenas para executar estratgias criativas,mas tambm para controlar sua execuo; e (e) estimular alunos aaceitar os riscos e os desconfortos envolvidos na criatividade e a evitar

    a tendncia de aferrar-se a respostas familiares, alm de induzi-los aprocurar aspectos novos (Adaptado de: SEEL, 2012). A criatividadefrequentemente est includa entre competncias essenciais ehabilidades para o sculo XXI.

    Ver tambm Taxonomia de Bloom.

    Cuidado e Desenvolvimentona Infncia (CDI)

    Ver Desenvolvimento Infantil (DI).

    Cuidado e Desenvolvimentona Primeira Infncia (CDPI)

    Ver Desenvolvimento Infantil (DI).

    Cultura escolar Crenas ou esprito orientador, pressupostos subjacentes, expectativas,normas e valores que conferem identidade a uma escola, influenciamseu modo de operao e afetam o comportamento de diretores,professores, funcionrios de apoio e alunos. A cultura escolar mereceateno no esforo para apoiar e potencializar a aprendizagem.Invariavelmente, modelos abrangentes desenvolvidos para a reformaescolar incluram mudanas na cultura escolar.

    Currculo Nos termos mais simples, currculo uma descrio do que, porque, como e quo bem os estudantes devem aprender, sistemtica eintencionalmente. O currculo no um fim em si, mas um meio para

    fomentar uma aprendizagem de qualidade (Fonte: UNESCO-IBE, 2011).O termo currculo possui muitas definies, variando de um curso deestudo planejado (derivado do latim) a uma viso abrangente que incluitodas as experincias de aprendizagem pelas quais a escola responsvel como o currculo a totalidade de experincias que so planejadaspara crianas e jovens ao longo de sua educao, onde quer que ocorra(SCOTLAND, 2009). Alguns exemplos de definies: O currculo umplano que incorpora uma srie estruturada de resultados pretendidos deaprendizagem e experincias de aprendizagem associadas, geralmenteorganizadas como uma combinao ou uma srie de cursos correlatos(ACER, 2007). O currculo o inventrio de atividades implementadas

    com vistas a conceber, organizar e planejar uma ao educacional oude formao, incluindo a definio de objetivos, contedos, mtodos(incluindo avaliao) e materiais de aprendizagem, bem como disposiespara a formao de professores e formadores (CEDEFOP, 2011). Umcurrculo um plano para a aprendizagem (TABA, 1962). O currculodefine as bases e os contedos educacionais, seu sequenciamento emrelao ao tempo disponvel para experincias de aprendizagem, ascaractersticas das instituies de ensino, as caractersticas das experinciasde aprendizagem, em particular do ponto de vista dos mtodos a seremusados, os recursos para aprendizagem e ensino (como livros didticose novas tecnologias), avaliao e perfis dos professores (BRASLAVSKY,2003). Tambm possvel ver o currculo como um acordo poltico e

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    social que reflete a viso comum de uma sociedade, ao mesmo tempoem que considera necessidades e expectativas locais, nacionais e globais.Dessa forma, os processos contemporneos de desenvolvimento ereforma curricular envolvem cada vez mais discusso e consulta pblicascom um amplo leque de partes interessadas. A concepo de currculosevoluiu para um tpico de considervel debate com perspectivas

    frequentemente conflitantes envolvendo formuladores de polticas,especialistas, profissionais e toda a sociedade.

    Currculo aberto Abordagem baseada no princpio de que a educao e o currculodevem ser ativos, flexveis, fluidos e individualizados. A principalpreocupao da educao aberta facilitar a satisfao de objetivoseducacionais e, ao mesmo tempo, realizar o potencial singulare individual de cada aluno. O currculo na educao aberta giraprimariamente em torno do aluno individual. Enfatiza interessesindividuais e salienta a influncia que materiais de aprendizagem esua disposio dentro de uma sala de aula podem ter sobre os alunos.Em uma sala de aula aberta, educadores podem seguir um currculo

    dirio especfico. Esse currculo suplementado e alterado por meiode interaes, a fim de complementar a espontaneidade. Portanto,embora se possam ensinar e aprender lies, o modo como isso feitoraramente repetido (Adaptado de: KRIDEL, 2010).

    Currculo aprendido Currculo que indica o conhecimento, a compreenso, as habilidades eas atitudes que os alunos adquirem de fato, como resultado do ensinoe da aprendizagem, avaliado por diferentes meios e/ou demonstradona prtica. Pode diferir do currculo pretendido e do currculoimplementado.

    Ver tambm Currculo implementado e Currculo pretendido.

    Currculo baseadoem competncias

    Currculo cuja referncia o resultado da aprendizagem. Enfatizaos resultados complexos de um processo de aprendizagem (isto ,conhecimentos, habilidades e atitudes a serem aplicados pelos alunos)em vez de enfocar principalmente o que se espera que os alunosaprendam, em termos de contedo disciplinar definido de formatradicional. Em princpio, tal currculo centrado no aluno e adaptvels necessidades mutveis de estudantes, professores e sociedade.Implica que atividades e ambientes de aprendizagem so escolhidos demaneira que os alunos possam adquirir e aplicar os conhecimentos, ashabilidades e as atitudes a situaes que encontram na vida cotidiana.

    Currculos baseados em competncias so usualmente concebidosassociados a um conjunto de competncias essenciais, que podem sertranscurriculares e/ou restritas a uma disciplina.

    Currculo baseadoem padres

    Currculo dirigido para o domnio de padres pr-determinados.Padres de contedo referem-se ao que se espera que os alunossaibam ou sejam capazes de fazer em diversas reas temticas. Padresde desempenho especificam os nveis de aprendizagem esperados edeterminam o grau com que os padres de contedo foram satisfeitos(Fonte: ASCD, s.d.).

    Ver tambm Padro, Padro de contedo

    e Padro de desempenho.

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    Currculo baseadonos quatro pilares

    Currculo que leva em conta os quatro pilares definidos como as basesda educao no Relatrio UNESCO da Comisso Internacional sobreEducao para o Sculo XXI (DELORS et al.,1996), ou seja: aprendera conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser(UNESCO, 2010).

    Ver tambm Concepo curricular.

    Currculo culturalmenteresponsivo

    Currculo que respeita as culturas e as experincias prvias dos alunos.Reconhece e valoriza a legitimidade de diferentes culturas e noapenas da cultura dominante de uma sociedade assim como estimulaa compreenso intercultural. Incorpora, ainda, aspectos culturais aocurrculo, em vez de acrescent-los como um mdulo ou um curso extraou separado.

    Currculo eletivo Cursos ou matrias entre as quais os alunos podem escolher, de acordocom seus interesses e suas necessidades, tambm chamados eletivos.Tipicamente, oferecido no ensino mdio e superior como complemento

    ao currculo obrigatrio que todos os alunos devem seguir. O termoeletivo geralmente faz referncia a matrias a serem escolhidas em umleque de opes, sendo obrigatrio escolher uma ou mais matrias. Emalguns casos, eletivoe opcionalsignificam a mesma coisa, enquantooutras vezes opcionalrefere-se a uma matria no obrigatria.

    Currculo em ao Ver Currculo implementado.

    Currculo em espiral Concepo de currculo (baseada nas ideias do psiclogo norte-americanoJerome Bruner) em que conceitos e tpicos-chave so repetidamenteapresentados ao longo do tempo, no contexto de experincias deaprendizagem novas, mais amplas e mais complexas. Serve para

    consolidar a aprendizagem pr-existente, bem como ampliar e explorar odiferente contedo de aprendizagem em maior profundidade.

    Currculo ensinado Ver Currculo implementado.

    Currculo executado Ver Currculo aprendido.

    Currculo formal Compreende as experincias e as oportunidades de aprendizagemoferecidas a alunos no contexto da educao formal e que servem debase para processos de certificao.

    Currculo funcional Currculo concebido para ensinar habilidades consideradas essenciaispara viver e trabalhar de forma independente. Destinado a alunos comdanos cognitivos.

    Ver tambm Currculo para o estgio de desenvolvimento do aluno.

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    Currculo implementado Atividades de ensino e aprendizagem que de fato ocorrem em escolaspor meio da interao entre alunos e professores, bem como entrealunos, por exemplo, como o currculo pretendido traduzido na prticae realmente oferecido. Tambm definido como o currculo em aoou o currculo ensinado.

    Ver tambm Currculo aprendido e Currculo pretendido.

    Considerao sobre o contexto brasileiro

    Entre os vrios adjetivos que costumam ser aplicados ao termocurrculo, so importantes aqueles que do significado para asdiferentes etapas do processo de desenvolvimento curricular:

    - currculo proposto, currculo recomendadoou currculopretendidopara significar o currculo tal como foi elaborado comindicao das aprendizagens consideradas necessrias, valiosase desejveis, bem como dos contedos que serviro de meiopara promover essas aprendizagens, dos recursos pedaggicos e

    didticos que instrumentalizaro todo o processo, das partiesde tempos para o ritmo da implementao do currculo e dosprocedimentos de avaliao. Deveria incluir tambm mas nemsempre o faz a preparao em servio dos professores;

    - currculo em aopara significar a gesto curricular ou adinmica de implementao do currculo, uma vez que estetenha sido adotado por um sistema ou uma escola; envolveo compromisso de todos os agentes com as aprendizagensprevistas, assim como a gesto dos contedos que seroos meios para promov-las, dos tempos, das atividades deprofessores e alunos, dos recursos didticos e pedaggicos que

    vo instrumentalizar essas atividades, dos processos avaliativose das atividades de formao de professores e outrosprofissionais envolvidos;

    - currculo aprendidopara significar o quanto e quo bem aconteceramas aprendizagens previstas no currculo proposto, com base emavaliaes tanto das aes em processo quanto dos resultados.

    Currculo inclusivo Currculo que leva em considerao e atende necessidades diversas,experincias prvias, interesses e caractersticas pessoais de todosos alunos. Visa a assegurar que todos os estudantes participem deexperincias de aprendizagem compartilhadas na sala de aula e quesejam oferecidas oportunidades iguais, independentemente dasdiferenas entre os alunos.

    Ver tambm Educao inclusiva.

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    Currculo nacional Descrio normalmente estabelecida em um documento ou umasrie de documentos correlatos dos objetivos comuns, das metase dos critrios de qualidade e/ou contedo prescritos de um sistemaescolar nacional. Pode assumir a forma de padres (objetivos e critriosde desempenho definidos em determinados nveis de educao e emmatrias ou reas de aprendizagem especficas). Tambm pode indicar o

    grau com que decises sobre o contedo curricular podem ser tomadasnos nveis subnacional, local ou escolar (Adaptado de: OECD, 2004).

    Considerao sobre o contexto brasileiro

    Em 2014, foi aprovado o Plano Nacional de Educao (Lei n 13.005de 25 de junho de 2014), que determinou ao pas, observando asdisposies dos artigos 9 e 26 da Lei de Diretrizes e Bases da EducaoNacional (LDB), a elaborao de uma Base Nacional Comum Curricular(BNCC) (BRASIL, 1996, 2013, 2014), cuja primeira verso foi colocadaem consulta pblica, disponvel em: . Acesso em: 22 nov. 2015.

    Segundo essa proposta preliminar, a BNCC ser obrigatria e deverocupar uma porcentagem a ser definida no currculo de todas as escolaspblicas e particulares do pas e seria, ainda, complementada comobjetivos e contedos definidos por estados, municpios e/ou escolas.

    Currculo oculto Esse termo possui vrias interpretaes e, em geral, se refere a normas,comportamentos e valores no oficiais que os estudantes aprendem naescola e que no so necessariamente um produto de vontade consciente.O currculo oculto reconhece que a escolaridade tem lugar em um vasto

    ambiente social e cultural que influencia a aprendizagem. Cada vez commaior frequncia, chamado de fatores relacionados escola.

    Currculo oficial Ver Currculo formal, Currculo nacional e Currculo pretendido.

    Currculo opcional Ver Currculo eletivo.

    Currculo organizadopor disciplinas

    Modelo de currculo no qual o contedo dividido em matrias oudisciplinas separadas e distintas, como linguagem, cincia, matemticae estudos sociais. As expresses baseado em disciplinas ou baseadoem matrias abrangem toda a gama de matrias ou campos de estudodistintos, tanto os mais tradicionais como matemtica ou fsica quantoas novas reas de estudo, como educao de mdia. Os alunos devemter oportunidades frequentes e repetidas para praticar suas habilidadesdisciplinares em seus campos de estudo, de uma forma que permitaque cursos posteriores se baseiem no trabalho de outros anteriores. Anfase instrucional do currculo baseado em disciplinas tende a ser deinformaes e habilidades especficas, atuais e factuais, da forma comoemergem dos especialistas em disciplinas. Uma abordagem curricularbaseada em disciplinas caracteriza a prtica de ensino no mbitode uma matria e encoraja os professores para a especializao, oaprofundamento do conhecimento do contedo e para a integridade dasconvenes de sua disciplina (Adaptado de: KRIDEL, 2010).

    Ver tambm Disciplina temtica (ou rea temtica)

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    Currculo para o estgio dedesenvolvimento do aluno

    Currculo concebido para alunos com danos cognitivos severos, querefletem seu estgio de desenvolvimento. Deve considerar o estgiode desenvolvimento e a idade; no pode ser meramente um currculoconcebido para alunos mais jovens. Embora leve em conta desafiosespecficos, tal currculo deve, mesmo assim, contribuir para o plenodesenvolvimento do potencial do aluno.

    Ver tambm Currculo funcional.

    Currculo planejado Ver Currculo pretendido.

    Currculo pretendido Conjunto de documentos formais que especificam o que a sociedadee as autoridades nacionais de educao esperam que os estudantesaprendam na escola em termos de conhecimento, compreenso,habilidades, valores e atitudes a serem adquiridas e desenvolvidas,alm de como os resultados do processo de ensino e aprendizagemsero avaliados. Em geral, o currculo pretendido incorporado emmarco(s) e guia(s) curriculares, programaes, livros didticos, guias

    para professores, contedo de provas e exames, regulamentos, polticase outros documentos oficiais. Tambm chamado currculo oficial ecurrculo planejado.

    Ver tambm Currculo aprendido e Currculo implementado.

    Currculo realizado Ver Currculo implementado.

    Currculo voltado para arealidade local

    Processo de definir partes ou componentes do currculo no nvelcomunitrio/local ou escolar, normalmente com o envolvimento dosfuncionrios, partes interessadas e instituies locais, de modo a abordarquestes localmente relevantes e permitir experincias de aprendizagem

    mais significativas.

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    Desenvolvimento curricular Processo de conceber o currculo nacional, local ou escolar. Paraque o resultado seja um currculo de qualidade, esse processo deveser planejado e sistemtico. Deve valorizar a contribuio de partesinteressadas e tambm visar sustentabilidade e ao impacto no longoprazo. Na prtica educacional contempornea, o desenvolvimento

    curricular visto como um ciclo abrangente de desenvolvimento,implementao, avaliao e reviso, a fim de assegurar que o currculoseja atualizado e relevante (Adaptado de: UNESCO-IBE, 2011).

    Desenvolvimento curricularbaseado na escola

    Currculo desenvolvido no nvel de uma escola individual. Essa ideiasugere um processo de tomada de deciso com relao ao currculoenvolvendo funcionrios da escola, desde professores que adaptamcurrculos existentes at o conjunto de todos os funcionrios quetrabalham juntos de forma colaborativa para desenvolver currculosnovos, com vistas a torn-los mais relevantes e significativos para osalunos. O movimento de desenvolvimento curricular baseado na escolafoi particularmente ativo na dcada de 1980, como uma alternativa

    tomada de decises sobre o currculo de forma centralizada.

    Desenvolvimento Infantil (DI) Conceito integrado que perpassa mltiplos setores incluindo sade enutrio, educao e proteo social e refere-se ao desenvolvimentofsico, cognitivo, lingustico e socioemocional de crianas pequenas. Adefinio de DI inclui crianas at os 8 anos de idade, sob a premissade que uma transio bem-sucedida para o ensino fundamentaldepende no apenas da prontido escolar da criana, mas tambm daprontido das escolas para se adaptar s necessidades especficas dejovens alunos nas sries iniciais. Tambm conhecido como cuidados edesenvolvimento na primeira infncia (CDPI) e abrange a educao na

    primeira infncia (EI), educao e cuidados na primeira infncia e outrasdesignaes (Fonte: NAUDEAU et al., 2011).

    Ver tambm Educao infantil (EI).

    Dever de casa Ver Lio de casa (ou Dever de casa).

    DI Ver Desenvolvimento Infantil (DI).

    d

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    Didtica Termo originrio do substantivo grego ensinoe derivado da tradioalem de desenvolver teorias sobre a aprendizagem e o ensino em salade aula. A didtica serve como uma importante teoria na educao deprofessores e no desenvolvimento curricular, especialmente nos pasesescandinavos e de lngua alem, assim como na Federao Russa(Fonte: SEEL, 2012). Em contextos franceses, alemes e escandinavos,

    h uma tendncia acentuada para incluir a prtica educacional comoparte do conceito de didtica, contexto em que o termo visto como ateoria e a prtica do ensino e da aprendizagem. De modo simplificado,pode-se descrever a preocupao da didtica do seguinte modo: oque deve ser ensinado e aprendido (aspecto do contedo), comoensinamos e aprendemos (aspectos da transmisso e da aprendizagem)e para que propsito ou inteno algo deve ser ensinado e aprendido(aspecto das metas/alvos) (Fonte: KRIDEL, 2010).

    Ver tambm Aprendizagem, Ensino,Instruo e Pedagogia.

    Diferenciao curricular Processo de modificar ou adaptar o currculo de acordo com osdiferentes nveis de capacidade dos alunos na sala de aula. umaestratgia que pode ser usada pelos professores para fornecerexperincias significativas de aprendizagem para todos os alunos. Adiferenciao leva em conta as diferenas entre os alunos e combinacontedo curricular e mtodos de ensino e avaliao a estilos deaprendizagem e necessidades e caractersticas de alunos. Pode ter focoem insumos, tarefas, resultados, produtos, respostas, recursos ou apoio(Fonte: UNESCO, 2004b).

    Diretriz curricular(Ou diretrizes curriculares)

    Documento ou conjunto de documentos que usualmente forneceorientaes a professores e instrutores sobre abordagens e procedimentos

    para o bom planejamento e a implementao do currculo no nvelescolar, local ou nacional. As diretrizes podem se concentrar em umadisciplina ou rea especfica de aprendizagem (por exemplo, diretrizescurriculares para educao em sade), um ciclo educacional (comodiretrizes curriculares para a educao infantil), um grupo especfico dealunos (por exemplo, alunos com necessidades educacionais especiais,minorias, imigrantes) ou mais amplamente no currculo (como diretrizescurriculares, de instruo ou de avaliao). Diretrizes curriculares podemfornecer ideias, sugestes e recomendaes para auxiliar professores atomar decises informadas ou, ainda, ser mais prescritivas e detalhadas,de modo a especificar o contedo, as atividades, as tarefas e os materiais

    a serem usados pelos professores.

    Disciplina acadmica Ver Disciplina temtica (ou rea temtica).

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    Disciplina temtica(ou rea temtica)

    Ramo de conhecimento organizado como uma disciplina discreta deaprendizagem e ensinado de um modo sistmico ao longo do tempo.Outras expresses frequentemente usadas como sinnimos incluemmatria de ensino, matria acadmica, disciplina acadmica erea de estudo.

    Ver tambm Currculo organizado por disciplinas.

    Considerao sobre o contexto brasileiro

    No h muita preciso nos termos utilizados para designar divisesde contedos curriculares, o que se reflete tambm na legislaobrasileira. A palavra disciplinaaparece pouco no texto da LDB que,em seu artigo 26, emprega estudo da lngua portuguesa e damatemtica, conhecimento do mundo fsico e natural ou, ento,componente para referir-se arte. Por outro lado, caiu em desusoo termo matria, que foi intensamente empregado com sentidobastante especfico em legislaes anteriores (Ver BRASIL, 1993;INEP, s.d.).

    Desde as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio,de 1998 (Resoluo CNE 15/1998), o pas adotou oficialmenteo conceito de reas de conhecimento, que tem sido um dosorganizadores curriculares desde o fim da dcada de 1990, presentenas Diretrizes Curriculares Nacionais dos anos 2000 e no ExameNacional do Ensino Mdio (ENEM).

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    E-aprendizagem (e-learning) Ver Aprendizagem digital (e-learning) e Aprendizagem mediadapela tecnologia.

    E-avaliao (ou Avaliaobaseada em TIC)

    Avaliao que envolve o uso de tecnologias de informao e comunicao(TIC). TIC podem ser usadas para (a) oferecer formatos tradicionais

    de avaliao de forma mais efetiva e eficiente e (b) alterar a forma deavaliar competncias e desenvolver formatos que facilitem a avaliaode competncias difceis de serem capturadas com formatos tradicionaisde avaliao. Podem-se usar TIC para desenvolver testes como provasbaseadas em computadores (frequentemente uma verso digital dostestes tradicionais em papel), provas adaptadas em computadores (ou seja,capazes de mudar sua forma em resposta contribuio do aluno sendotestado) e aplicaes de criao de provas. A avaliao baseada em TICtambm pode incorporar formatos de simulao, interatividade e respostaconstruda. Em alguns contextos, principalmente nos Estados Unidos, foramdesenvolvidos programas sofisticados de TIC que do notas a desempenhosabertos, medem processos de raciocnio dos alunos, examinam quo

    envolvidos esto em uma tarefa, como raciocinam diante dos problemas eat mesmo oferecem feedbackaos alunos (Adaptado de: OECD, 2013).

    E-learning Ver Aprendizagem digital (e-learning) e Aprendizagem mediadapela tecnologia.

    EBR Ver Educao baseada em resultados (EBR).

    Economia do conhecimento Expresso cunhada para descrever tendncias em economias avanadasem direo a maior dependncia do conhecimento, de informao ede habilidades de alto grau, assim como da crescente necessidade de

    acesso rpido a tudo isso pelos setores empresarial e pblico (Fonte:OECD, 2008).

    Educao baseada emresultados (EBR)

    Abordagem escolaridade que faz dos resultados (pretendidos)o principal fator para o planejamento e a criao de experinciaseducacionais. Na dcada de 1990, houve muitas controvrsias nosEstados Unidos sobre essa abordagem e atualmente o termo no usado com frequncia (Fonte: ASCD, s.d.).Educao e currculos baseados em resultados tambm se tornarampopulares em outras partes do mundo. Entretanto, essa abordagem cada vez mais controvertida, especialmente quando resultados comocompetncias so usados como organizadores curriculares.

    e

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    Educao bsica Alicerce da aprendizagem e do desenvolvimento humano ao longo davida, sobre o qual os pases podem desenvolver, de forma sistemtica,outros nveis e modalidades de educao e formao (Fonte: UNESCO,1992). Tipicamente, a educao bsica abrange o ensino fundamentale, cada vez mais, um ou mais anos de educao infantil. Usualmente,coincide com a escolaridade obrigatria.

    Educao bilngue Poltica lingustica na educao em que se usam dois idiomas comoveculos de instruo. Existem vrios modelos de educao bilngue,dependendo do objetivo pretendido; os mais comuns so o aditivoe o subtrativo. Em programas aditivos de educao bilngue, os d