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    TESTEMUNHO DE GLORIA POLO

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    Extrado de umadas entrevistas fei-tas Dra. GloriaPolo na Rdio Ma-ria (Colmbia).

    Irmos!

    Realmente muito lindo poder estaraqui compartilhando esse maravilhoso

    presente que o Senhor me deu h maisde 10 anos. Isso aconteceu em 8 demaio de 1995 na Universidade Nacio-nal de Bogot. Eu e um sobrinho est-

    vamos nos especializando em odonto-logia e tnhamos que buscar uns livrosna Faculdade de Odontologia numasexta-feira tarde. Meu esposo estavaconosco. Estava chovendo muito forte,

    eu e meu sobrinho estvamos debaixo

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    de um pequeno guarda-chuva e meuesposo tinha sua jaqueta impermevele se aproximou da parede da Bibliote-ca Geral, e ns, enquanto saltvamosas poas dgua, sem perceber nos a-proximamos de umas rvores. Quando

    fomos saltar uma grande poa, caiuum raio sobre ns. Nos deixou carbo-nizados e meu sobrinho faleceu ali. Eleera um rapaz, apesar da pouca idade,muito entregue ao Senhor e era muito

    devoto do Menino Jesus. Ele usavauma medalhinha do Menino Jesus nopeito, dentro de uma moldura de cris-tal. Segundo o laudo, o raio entrou a-travs da medalha e atingiu-lhe o co-rao, queimando-o por dentro e sain-do pelo p, mas por fora ele no secarbonizou, nem se queimou. Por ou-tro lado, o raio entrou em mim pelo

    brao, me queimou de forma espanto-

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    sa todo o meu corpo, por fora e pordentro. Isso que esto vendo aqui, estecorpo reconstitudo, misericrdia deNosso Senhor. Fui carbonizada, fiqueisem seios, praticamente me desapare-ceu toda minha carne e minhas coste-

    las, o ventre, as pernas... o raio saiupelo meu p direito, me carbonizou ofgado, se queimaram os rins, os pul-mes...

    Eu usava DIU, de maneira que o T decobre, bom condutor eltrico, me car-

    bonizou, me pulverizou os ovrios, tiveuma parada cardaca, fiquei ali, sem

    vida, meu corpo pulava por causa daeletricidade que ficou por todo estelocal. Mas vejam, esta s a parte fsi-ca. A parte mais bonita, a parte maislinda, que enquanto meu corpo esta-

    va ali carbonizado, eu, neste instante,

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    me encontrava dentro de um lindotnel branco, era uma delcia, umapaz, uma felicidade que no h pala-

    vras humanas para descrever a gran-deza deste momento, era um xtaseimenso, eu ia muito feliz, nada me pe-

    sava dentro deste tnel, olhei ao fundodesse tnel e havia como um sol, umaluz lindssima. Eu digo que brancopara colocar uma cor, mas nenhumadas cores comparvel humanamente

    a essa luz maravilhosa. Eu sentia afonte de todo esse Amor, dessa paz...

    Quando eu vou subindo, digo...Quarta-feira! Eu morri! E nesse ins-tante penso nos meus filhos e digo: Aimeu Deus, meus filhos! O que vai serdeles? Essa me to ocupada, nuncateve tempo para eles. A me dou conta

    da minha realidade de vida e me sinto

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    triste. Sa de minha casa para trans-formar o mundo e meu lar, meus fi-lhos, pareciam demais para mim.

    Neste instante de vazio pelos meus fi-lhos, dou uma olhada e vejo algo be-

    lo... Meu corpo j no estava nas me-didas de tempo nem de espao daquida Terra, e vi todas as pessoas nummesmo instante, num mesmo momen-to, todas as pessoas, as vivas e as mor-

    tas e abracei os meus bisavs. Abraceimeus pais que j haviam falecido, a-

    bracei a todos e foi um momento plenoe maravilhoso. A me dei conta de quehavia cado por terra a teoria da reen-carnao e eu via meu av, meu bisa-

    v, eles me abraaram por um mo-mento e encontrei com todas as pesso-as que tiveram a ver comigo em minha

    vida, em todo lugar, ao mesmo instan-

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    te. S minha filha de 9 anos (que es-tava viva) que se assustou quando aabracei, ela sim sentiu meu abrao.No havia passado nada de tempo nes-se momento to lindo, e que maravilhaestar sem o corpo! J no via as coisas

    como antes, quando s olhava se al-gum era gordo, ou magro, ou feio, ounegro, sempre olhando com critrios.No era assim quando no tinha meucorpo humano. Eu podia ver o interior

    das pessoas, como lindo poder ver ointerior das pessoas! Ver nelas seuspensamentos, seus sentimentos. Abra-cei a todos em um instante e, no en-tanto, eu continuava subindo e subin-do, cheia de alegria. Quando senti queia desfrutar de uma vista fantsticaonde havia no fundo um lago belssi-mo, neste mesmo instante, ouo a voz

    do meu esposo, ele chora e com um

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    grito profundo e cheio de sentimentome grita: O que aconteceu? Gloria!Por favor, no se v! Volte, Gloria! Ascrianas, Gloria! No seja covarde!Neste instante, dou uma olhada comoque global e o vejo chorando, com

    muita dor e ento o Senhor me conce-de regressar. Eu no queria vir, de tan-ta alegria, paz e felicidade. Ento, co-mecei a descer devagar, buscando meucorpo e me encontrei sem vida. Meu

    corpo estava na maca da enfermaria daUniversidade Nacional de Enferma-gem, via como os mdicos davam cho-ques eltricos em meu corao parame salvar da parada cardaca. Duranteduas horas e meia fiquei ali jogada,porque no podiam nos levar dali por-que lhes passvamos corrente a todomundo, at que finalmente deixamos

    de passar corrente e puderam nos

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    atender. Comearam a me reanimar.Eu cheguei e pus os meus ps aqui notopo de minha cabea e com violnciauma fasca entrou em mim. Eu entreino meu corpo, me doeu muito entrar esenti que saam fascas por todos os

    lados. Eu sentia encapsular-me nistoto pequenininho. E a dor que senti-a, minha carne queimava, como medoa! Saa fumaa e vapor. E a dormais terrvel, a dor de minha vaidade.

    Eu tinha critrios para tudo, era umamulher executiva, era a intelectual, aestudante, a escravizada pelo corpo,escrava da beleza e da moda: 4 horasdirias de exerccios aerbicos. Escra-

    vizada para ter um corpo bonito. Mas-sagens, dietas, bem... de tudo o quepossam imaginar, essa era minha vida.Uma rotina de escravido por um belo

    corpo. E eu dizia: Bem...se tenho seios

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    bonitos para mostrar, assim comominhas pernas, porque sentia que ti-nha pernas esculturais, assim como osseios, e num instante via tudo comhorror. Toda uma vida cuidando docorpo. Isso era o centro da minha vida,

    o amor ao meu corpo. E j no haviacorpo. Nem seios. Havia uns buracosimpressionantes em todo o seio es-querdo, estava praticamente desapare-cido, e minhas pernas, era o mais ter-

    rvel, havia pedaos vazios e sem car-ne, tudo preto, carbonizado...

    Dali me levaram ao Seguro Social, ra-pidamente me operaram e comearama raspar todos os meus tecidos quei-mados. Quando estou anestesiada, vol-to a sair do meu corpo. Estava olhandoo que faziam os mdicos com o meu

    corpo. Estava preocupada com minhas

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    pernas. De repente aconteceu algoterrivelmente horroroso. Porque contoa vocs, irmos, eu fui uma CatlicaDiettica durante toda a minha vida.Minha relao com o Senhor era umaeucaristia aos domingos, em missas de

    25 minutos, onde o padre falasse me-nos, porque que desespero e que an-gstia! Essa era minha relao comDeus. E como essa era a relao que eutinha com Deus, todas as correntes do

    mundo me arrastavam como um cata-vento, a ponto de que quando j estavame especializando nos estudos, omundo me dizia que o inferno no e-xistia, que os diabos no existiam. Me-do? Quem disse? Mas vergonhosamen-te confesso que a nica coisa que memantinha na igreja era o medo do dia-

    bo. Quando me diziam que no existe,

    que luta! E eu dizia: Bem...Todos va-

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    mos para o Cu, no importa comosomos. Ento, isso terminou afastan-do-me de uma vez do Senhor. O peca-do no ficou s em mim e comeo apiorar ainda mais minha relao com oSenhor. Comeo a dizer a todo mundo

    que os demnios no existem, que soinveno dos padres, que so manipu-laes. Com meus companheiros daNacional, comecei a acreditar no contode que Deus no existia e que ramos

    produto da evoluo. Vejam, quandome vejo neste instante, que susto terr-

    vel! Vejo uns demnios que vm bus-car seu pagamento: Eu! Nesse instan-te, comeo a ver como da parede docentro cirrgico comeam a brotarmuitssimas pessoas. Aparentementepessoas comuns, mas com um olhar dedio to grande, um olhar espantoso, e

    me dou conta que neste instante que

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    em meu corpo h uma sabedoria es-pecial e percebo que devo algo a todoseles, que o pecado no foi grtis e quea principal infmia e mentira do de-mnio foi dizer que no existia, e vejoque vm ao meu encontro e comeam

    a me rodear e querem me levar. Vocsfaam idia do susto, do terror quesenti. Essa mente cientfica e intelec-tual j no me servia de nada. Eu caaao cho, tentava voltar para dentro do

    meu corpo, mas minha carne no merecebia. Neste susto to terrvel, sacorrendo e no sei em que instante a-travessei a parede do centro cirrgico.Eu pretendia me esconder pelos corre-dores do hospital, mas quando passeipela parede do centro cirrgico...zas, dei um salto no vazio...

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    Entrei por uma quantidade de tneisque vo para baixo. No princpio ti-nham luz e eram luzes como colmiasde abelhas, onde havia muitssimagente. Mas eu vou descendo e a luz vaise perdendo e comeo a andar nos t-

    neis de trevas espantosas e quandochego a umas trevas, essas no secomparam com as trevas que conhe-cemos. Imagine que o mais escuro doescuro que conhecemos se parece luz

    de meio-dia comparado a essas trevasque vi. No se pode comparar. Elasmesmas ocasionam dor, horror, ver-gonha e cheiram mal. E eu terminoessa descida por entre todos os tneise chego desesperada a uma parte pla-na... Essa vontade de ferro que eu diziaque tinha, onde me sentia capaz de tu-do, j no me servia de nada. Eu que-

    ria subir, mas no podia, e estava ali.

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    Vejo como nesse piso se abre umaboca enorme e sinto um vazio impres-sionante em meu corpo, um abismo aofundo inenarrvel, porque o mais es-pantoso desse oco era que no se sen-tia nem um pouco o Amor de Deus,

    nem uma gota de esperana e esse ocotem algo que me suga para dentro e eugrito aterrorizada. Eu sabia que se en-trasse a, minha alma estaria morta.Esse horror era to grande e quando

    estou entrando, algo me sustenta pelosps. Meu corpo entrou neste oco, masmeus ps estavam sustentados paracima. Foi um momento muito doloro-so e terrvel. Vejam s... Meu atesmoficou pelo caminho e comecei a gritar:Almas do purgatrio! Por favor, metirem daqui! Quando eu estava gri-tando, foi um momento de uma dor

    imensa, porque me dou conta de que

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    fao aqui? Eu ia Missa aos domin-gos, apesar de que me considerasseatia, nunca faltei, se faltei cinco vezes Missa em toda a minha vida foi mui-to. Eu era alma que sempre ia Missa.E o que fao aqui? Eu sou catlica, por

    favor, eu sou catlica, tirem-me da-qui! Quando estou gritando que soucatlica, vejo uma pequena luz. Enten-dam que uma luz nestas trevas omaior presente que algum poderia

    receber. Vejo umas escadas por cimadeste oco, vejo meu pai, que havia fa-lecido cinco anos atrs, ele estava qua-se atrs do oco, tinha um pouquinhode luz e quatro degraus mais acima

    vejo minha me, com muito mais luz enuma posio de orao. Quando os vime deu uma alegria to grande e co-mecei a gritar: Paizinho, mezinha,

    por favor, me tirem daqui, eu suplico,

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    me tirem daqui! Quando eles baixa-ram a vista e meu pai me viu ali... sehouvessem visto que dor to grandeeles sentiram; neste lugar podemossentir os sentimentos dos outros, po-demos ver essa parte e vi essa dor

    to grande. Meu pai comeou a chorare colocava as mos na cabea e tremia:Minha filha, minha filha! E minhame orava, ento percebo que eles nopodem me tirar dali e a dor que me i-

    nundava era sentir a dor que eles sen-tiam e estavam compartilhando essador comigo. Comeo a gritar de novo:Por favor, vejam, me tirem daqui, eusou catlica! Quem se enganou? Porfavor, me tirem daqui! E quando es-tou gritando pela segunda vez, se escu-ta uma voz, uma voz doce, uma vozque quando a escuto, se estremece to-

    da a minha alma, e tudo se inundou de

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    amor e de paz, e todas estas criaturassaram apavoradas, porque elas noresistem ao Amor, nem paz e eu sin-to essa paz, e essa voz me diz: Muito

    bem, se voc catlica, diga-me os dezmandamentos da lei de Deus.

    E que golpe to horrvel! Ouviram? Eusabia que eram dez, mas da em dian-te, nada! Quarta-feira! O que vou fa-zer aqui? Minha me sempre me fala-

    va do primeiro mandamento de Amor.Finalmente me serviu para algumacoisa. Vamos ver como me sairei des-sa, pensava... Tomara que no se lem-

    brem dos demais mandamentos. Pen-sava em manipular a situao, comosempre costumava fazer por aqui, eusempre tinha resposta para tudo, tinhaa desculpa perfeita, e sempre me justi-

    ficava e me defendia de tal maneira

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    que ningum perceberia o que euno sabia. Ento comeo a dizer: Oprimeiro: amar a Deus sobre todas ascoisas e ao prximo como a si mes-mo... Muito bem e me dizem:Voc O tem amado? E eu digo: Sim,

    eu sim, eu sim! E quando me dizem:No! Vejam, quando me disseramno!, a sim senti a corrente eltricadaquele raio, porque eu no percebiem que parte me havia cado o raio,

    no sentia nada, e me dizem: No! Voc no tem amado ao seu Senhorsobre todas as coisas, e muitssimomenos ao seu prximo como a vocmesma. Voc fez um deus e o acomo-dou sua vida s nos momentos denecessidade! Voc se prostrava dianteDele quando era pobre, quando suafamlia era humilde, quando queria se

    tornar uma profissional! A sim todos

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    os dias voc rezava, e se prostravatempos inteiros, horas inteiras supli-cando ao seu Senhor! Orando e pedin-do para que Ele a tirasse dessa pobrezae permitisse que fosse uma profissio-nal , que fosse algum! Quando tinha

    necessidade, ou queria dinheiro, entorezava um Rosrio ao Senhor. Essa eraa relao que voc tinha com o Se-nhor! Eu via ao meu Senhor de ver-dade com tristeza. Comento que mi-

    nha relao com Deus era de caixa au-tomtico. Rezava um Rosrio e tinhaque aparecer dinheiro, essa era minharelao com Ele. E me mostram, tologo o Senhor me permitiu que tivesseuma profisso, que comeo a ter umnome e comeava a ganhar dinheiro,ento o Senhor j me parecia peque-nininho, e j comecei a ficar orgulho-

    sa, nem sequer expressava uma mni-

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    ma relao de amor com o Senhor.Ser agradecida? Jamais! Nem sequerabria os olhos dizendo... Senhor, obri-gada por este dia, obrigada por minhasade, pela vida dos meus filhos, pelaminha casa, coitadinhos dos que no

    tem casa, nem comida, Senhor! Nada.Era muito mal agradecida. E a voz se-guia dizendo... Fora isso, voc pos oSenhor num nvel to baixo, que acre-ditava mais em Mercrio e Vnus para

    ter sorte, andava cegada pela astrolo-gia, dizendo que os astros conduziam asua vida. Comeou a andar em todasas doutrinas que o mundo oferecia.Comeou a acreditar que simplesmen-te voc morria e voltava para recome-ar. Voc se esqueceu da Graa!, quehavia custado um preo de sangue aoseu Senhor. Me fazem um exame dos

    Dez Mandamentos. Mostram-me que

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    eu dizia que adorava, que amava aDeus com minhas palavras, mas na

    verdade eu adorava a Satans. Porqueem meu consultrio chegava uma se-nhora que fazia mandingas, e eu dizi-a... Eu no acredito nisso, mas pode

    fazer, porque se no fizer bem, maltampouco far. E ela comeava a fazersuas mandingas para dar boa sorte.Ela havia posto num canto onde no sepodia ver uma penca de alos com

    uma ferradura para afastar as ms e-nergias.

    Olhem tudo isso, que vergonhoso! Fa-zem uma anlise da minha vida sobreos dez mandamentos, me mostramcomo atuei com o prximo, como diziaa Deus que o amava quando ainda nohavia me afastado Dele, quando ainda

    no havia comeado a andar no ates-

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    mo eu dizia: Meu Deus, eu te amo!Mas com essa mesma lngua que eulouvava o Senhor, com essa mesmalngua eu falava mal de todo mundo,criticava, apontava com o dedo, sem-pre a santa Gloria, e me mostravam

    que eu dizia que amava a Deus, masera uma invejosa, mal agradecida, ja-mais reconheci todo o esforo e o a-mor, a entrega de meus pais para medar uma profisso, para me levantar.

    To rpido voc alcanou uma profis-so, mas at seus pais j no tinhamimportncia, a ponto de chegar a seenvergonhar de sua me, pela humil-dade e pela pobreza dela.

    E me mostram como esposa...Quemera? Passava todo o dia renegando,desde que me levantava. Meu esposo

    me dizia: Bom dia! E eu respondia:

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    Que bom dia? No v que est cho- vendo? Eu o renegava o tempo todo.E com meus filhos? Mostram-me quenunca, jamais tive compaixo paracom o prximo, por meus irmos defora. E o Senhor me dizia: Voc nunca

    pensou: coitadinhos dos doentes, Se-nhor! D-me a graa de poder acom-panh-los em sua solido. As crianasque no tem me, os rfos, quantascrianas sofrendo, Senhor! ...Meu co-

    rao era de pedra...no exame dos dezmandamentos no passei nem meio.Terrvel! Espantoso! Vivia um verda-deiro caos. Como que eu no haviamatado e assassinado tanta gente? Porexemplo, eu fiz muitas compras de su-permercado para as pessoas que ne-cessitavam, mas no dava por amor,dava pela imagem, porque como eu era

    muito rica eu queria fazer bonito di-

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    ante dos outros e assim eu manipu-lava as pessoas.

    E ento eu dizia: Toma, lhe dou essacompra, mas voc me faz o favor e v reunio do colgio dos meus filhos,

    porque eu no tenho tempo de ir a es-sas reunies. E assim eu dava coisas atodo mundo, mas eu os manipulava,alm disso eu adorava que houvesseum monto de gente atrs me mim me

    dizendo que eu era bondosa, que euera uma santa. Eu me criei uma ima-gem! E me dizem: que voc tinhaum deus e esse deus era o dinheiro!Por ele voc se condenou! Por ele vocafundou no abismo e se afastou do Se-nhor. Ns havamos tido muito di-nheiro, mas estvamos quebrados, en-dividadssimos, havia acabado nosso

    dinheiro, ento, quando me dizem do

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    deus dinheiro eu gritei: Mas quedinheiro se deixei muitas dvidas l naterra?

    Quando me falaram, por exemplo, dosegundo mandamento, via que eu, pe-

    quenina, infelizmente aprendi que pa-ra evitar os castigos da minha me queeram bastante severos, aprendi que asmentiras eram excelentes e comecei acaminhar com o pai da mentira (Sata-

    ns), e comecei a ficar mentirosa e medida que meus pecados iam cres-cendo, as mentiras iam aumentando.Percebia que minha me respeitavamuito o Senhor e para ela o nome doSenhor era santssimo, ento eu penseie disse: Aqui tenho a arma perfeita.E comecei a jurar em vo, e lhe dizia:Me, eu juro por Deus! e assim evi-

    tava os castigos. Imaginem, quando

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    mentia eu colocava o Santssimonome do Senhor nas minhas porcarias,na minha imundcie, porque eu estavato cheia de sujeira e de tanto peca-do...

    E vejam, irmos, aprendi que as pala- vras no se perdem ao vento. Quandominha me ficava irredutvel eu lhedizia: Me, que me parta um raio seestou mentindo!, e a palavra vagou

    pelo tempo e vejam que por misericr-dia de Deus eu estou aqui, porque narealidade o raio entrou em mim e mepartiu praticamente ao meio e mequeimou.Mostravam-me como eu, que me diziacatlica, era uma pessoa que no tinhapalavra e sempre me antepunha aoSanto nome do Senhor.

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    Fiquei impressionada ao ver como oSenhor mostrava a todas as criaturasestas coisas espantosas e se prostra-

    vam ao cho, numa adorao impres-sionante. Vi a Santssima Virgem pros-trada aos ps do Senhor, orando por

    mim, numa extrema adorao, e eu,pecadora, desde minha imundcie, ca-ra a cara com o Senhor. Como fui to

    boa, renegando e maldizendo o Se-nhor...

    Sobre o santificar as festas, foi espan-toso. Senti uma imensa dor. A voz medizia que eu dedicava de quatro a cincohoras ao meu corpo e nem sequer dezminutos dirios de profundo amor aoSenhor, de agradecimento ou de umaorao. Comeava a rezar o Rosriocom tamanha velocidade e eu dizia:

    Nos comerciais da novela consigo

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    terminar o Rosrio. Mostravamcomo nunca fui agradecida ao Senhor,e tambm me mostravam o que eu di-zia quando me dava preguia de ir Missa: Mas me, se Deus est em to-do lugar, que necessidade tenho de ir

    Missa? Claro que era muito cmododizer isso; e a voz me repetia que eutinha ao Senhor por vinte e quatro ho-ras ao dia disponvel para mim, e euno rezava nem um pouquinho, nem

    agradecia no domingo. Dediquei-me acuidar do meu corpo, me tornei escra-

    va, e me esqueci de um detalhe, quetinha uma alma e que jamais cuideidela, nunca a alimentei com a Palavrade Deus porque eu, muito comoda-mente, dizia que quem lia a Palavra deDeus ficava louco.

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    Quanto aos sacramentos, nada! Co-mo que eu poderia me confessar comesse velhos que eram piores que eu?Para mim era muito cmodo no irconfessar, o maligno me tirou da con-fisso e assim foi como me afastou da

    cura e limpeza da minha alma, porquecada vez que eu cometia um pecado,no era grtis, Satans punha dentroda brancura de minha alma a sua mar-ca, uma marca de trevas. Jamais, s

    em minha primeira comunho fiz uma boa confisso, da por diante, nuncamais, e recebia o Senhor indignamen-te. Chegou a tal ponto a blasfmia, aincoerncia da minha vida, que che-guei a dizer: Que Santssimo? Deusest vivo num pedao de po? Estessacerdotes deveriam com-lo com umpouco de doce de leite, quem sabe fica-

    ria mais saboroso...at este ponto

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    chegou a degradao da minha rela-o com Deus.

    Jamais alimentei minha alma, e paracompletar, s sabia criticar os sacerdo-tes. Se tivessem visto como foi terrvel

    isso, na minha famlia, desde muitopequenos, criticvamos os sacerdotes,comeando pelo meu pai...diziam queso mulherengos e que tm mais di-nheiro do que ns e repetamos estas

    coisas. E nosso Senhor me dizia:Quem voc pensava que era para sefazer passar por Deus e julgar meusungidos?, me dizia: Eles so de car-ne, e a comunidade que faz a santi-dade de um sacerdote, rezando, a-mando e apoiando quando um sacer-dote cai em pecado. O Senhor memostrava que cada vez que eu criticava

    um sacerdote, me tomavam uns de-

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    mnios. Fora isso, quanto mal eu fizquando acusei um sacerdote de ho-mossexual e toda a comunidade se in-terou, no imaginam quanto dano cau-sei.

    Do quarto mandamento: honrar pai eme. O Senhor me mostrava como jlhes comentei, como fui mal agradeci-da com meus pais, como os amaldio-ava e os renegava porque no podiam

    me dar tudo o que minhas amigas ti-nham. Como fui uma filha que no va-lorizava o que tinha, cheguei a pontode dizer que aquela no era a minhame, porque parecia muito pouco paramim.

    Foi espantoso ver o resumo de umamulher sem Deus e como uma mulher

    sem Deus destri tudo o que lhe rodei-

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    a, e ainda por cima, o pior de tudo que eu achava que era boa e santa! OSenhor tambm me mostrou como euachava que me sairia bem neste man-damento, s pelo fato de haver pago asconsultas mdicas e os remdios dos

    meus pais quando ficaram doentes,tambm como eu analisava tudo atra-vs do dinheiro e como eu os manipu-lei quando tinha dinheiro. At me a-proveitei deles, o dinheiro me endeu-

    sou e eu os pisoteei. Sabem o que medoeu? Ver meu pai chorando com tris-teza, apesar de tudo ele havia sido um

    bom pai, que me havia ensinado a sertrabalhadora, empreendedora, e quedevia ser honesta, porque s aqueleque trabalha pode progredir. Mas elese esqueceu de um detalhe, que eu ti-nha uma alma e que ele era um evan-

    gelizador com seu testemunho e como

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    toda a minha vida comeou a afun-dar por causa de tudo isso. Via o meupai com dor quando era mulherengo,ele era feliz dizendo minha me e atodo mundo que ele era muito machoporque tinha muitas mulheres e que

    podia com todas, e que ademais fuma-va e bebia. Estes vcios o faziam sentir-se orgulhoso, pois ele no pensava queeram vcios, mas sim virtudes. Come-cei a ver como minha me se cobria de

    lgrimas quando meu pai comeava afalar das outras mulheres. Comecei ame encher de raiva, de ressentimento ecomeo a ver como o ressentimentoleva morte espiritual, sentia uma rai-

    va espantosa de ver como meu paihumilhava minha me diante de todomundo. Fiquei rebelde e disse minhame: "Eu nunca serei como voc, por

    isso ns mulheres no valemos nada,

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    por culpa de mulheres como voc,sem dignidade, sem orgulho, que sedeixam pisotear pelos homens.Quando j estava maior eu dizia aomeu pai: Preste ateno pai, jamais

    vou permitir que um homem me hu-

    milhe como voc humilha a minhame, se um homem chegar a ser infielcomigo, eu me separo. Meu pai me

    bateu e me disse: Como se atreve?Meu pai era muito machista e eu lhe

    disse: Ento me bata e me mate se euchegar a me casar e tiver um maridoinfiel. Eu me separo, para que os ho-mens entendam como sofre uma mu-lher quando um homem a pisoteia.Esse ressentimento e essa raiva toma-ram conta de mim, e quando j tinhaalgum dinheiro, comecei a dizer mi-nha me: Sabe de uma coisa? Separe-

    se do meu pai. Eu gosto muito dele,

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    mas impossvel que voc agenteum homem assim, seja digna, voctem que se dar valor, me. Imaginem!Eu queria divorciar meus pais. Minhame me dizia: No filha, no queno me doa, sim me di muito, mas eu

    me sacrifico porque vocs so sete fi-lhos e eu sou s uma. Eu me sacrificoporque afinal seu pai um bom pai, eeu seria incapaz de ir e deix-los sempai, ademais, se eu me separo, quem

    vai orar para que seu pai se salve? Soueu quem pode orar para que seu paiencontre a salvao, porque a dor e osofrimento que ele me ocasiona eu unos dores da cruz, e todos os dias digoao Senhor; esta dor no nada unida tua cruz, me permita que meu esposose salve, assim como meus filhos. Euno entendia isso. E sabem do que

    mais? Me deu tanta raiva... e isso fez

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    com que minha vida mudasse e fi-quei muito rebelde e comecei a meempenhar para defender os direitos damulher. Comecei a defender o aborto,a eutansia, o divrcio e a defender alei de Talio, aquela que diz olho por

    olho, dente por dente. Nunca fui infielfisicamente, mas prejudiquei muitagente com meus conselhos.

    Quando chegamos ao quinto manda-

    mento, o Senhor me mostrava que euera uma assassina espantosa e quecometi o que pior e mais abominveldiante dos olhos de Deus, o aborto. Opoder que me deu o dinheiro me ser-

    viu para financiar vrios abortos, por-que eu dizia: A mulher tem direito aescolher quando quer ficar grvida ouno. Olhei o Livro da Vida e me doeu

    tanto quando vi uma menina de cator-

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    ze anos abortando. Eu a havia ensi-nado, porque sabem que quando umapessoa est envenenada, nada fica

    bom e tudo o que est ao redor dela seenvenena. Umas meninas, trs sobri-nhas minhas e a namorada do meu so-

    brinho abortaram. Deixavam-nas ir minha casa porque eu tinha dinheiro.Eu as convidava, falava de moda, deglamour, de como exibir o corpo. Mi-nha irm as mandava a. Olhem como

    eu as prostitu, prostitu menores, quefoi outro pecado espantoso depois doaborto, porque eu lhes dizia: No se-

    jam bobinhas minhas filhas, suas meslhes falam de virgindade e de castida-de, mas esto fora de moda, elas falamde uma Bblia que foi escrita h maisde dois mil anos, e os sacerdotes noquiseram se modernizar, elas falam o

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    que dizia o Papa, mas esse Papa estfora de moda.

    Imaginem meu veneno e eu ensinei aestas meninas que tinham que apro-

    veitar, desfrutar do corpo, mas que ti-

    nham que se prevenir. Ensinei-lhes osmtodos de planificao. Mulher per-feita, e essa menina de catorze anos,namorada do meu sobrinho chega umdia ao meu consultrio chorando (eu

    vi no Livro da Vida) e me diz: Gloria! Ainda sou criana e estou grvida!, eeu lhe disse: Tonta! Eu no lhe ensi-nei a se prevenir? E ento ela me dis-se: Sim, mas no funcionou. Entoolhei, e o Senhor me colocava essamenina diante de mim para que no seafundasse no abismo, para que nofosse abortar, porque o aborto uma

    corrente que pesa tanto, que arrasta e

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    pisoteia, uma dor que nunca se a-caba, o vazio de haver sido um assas-sino. E o que foi pior para essa meni-na, foi que em vez de falar-lhe do Se-nhor, lhe dei dinheiro para que fosseabortar num lugar muito bom para

    que no a prejudicassem. Assim comoeste aborto financiei vrios outros. Ca-da vez que o sangue de um beb sederrama, como um holocausto a Sa-tans, um holocausto, ao Senhor lhe

    di muito e se estremece cada vez quese mata um beb, porque no Livro da

    Vida, vi como nossa alma se apoderade nosso corpo to somente quando setocam o vulo e o espermatozide,surgindo como uma fasca linda de luzcolhida do Sol de Deus Pai. O ventrede uma me, to somente fecundadoe j se ilumina com o brilho dessa al-

    ma e quando se aborta, essa alma grita

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    e geme de dor, ainda que no tenhaolhos, nem um corpo formado, se es-cuta este grito quando lhe esto assas-sinando e o Cu se estremece e no in-ferno se escuta outro grito, mas de j-

    bilo, e imediatamente do inferno, se

    abrem uns tipos de selos de onde saemumas larvas para seguir assediando ahumanidade, e seguir fazendo-a escra-

    va da carne e de todas estas coisas queexistem e que estaro cada dia pior.

    Quantos bebs so mortos por dia? Is-so um triunfo para Satans. Essepreo de sangue forma mais um de-mnio, ento me lavam neste sangue eminha alma branca comeou a ficarabsolutamente escura. Depois dos a-

    bortos, perdi a convico do pecado,para mim estava tudo bem. Foi triste

    ver como que neste compromisso com

    o maligno, pude ver todos os bebs

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    que eu havia matado tambm, e sa- bem por que? Eu planificava com ouso do DIU (T de cobre) e foi doloroso

    ver quantos bebs haviam sido fecun-dados, e se haviam brilhado essas fas-cas do Sol de Deus Pai, mas estes be-

    bs, gritando, se desgarraram dasmos de Deus Pai. Era a razo que ex-plicava meu constante mau humor,caras feias, vivia frustrada com todos ecom muita depresso. Claro! Eu havia

    me tornado uma mquina de matar bebs. E isso me afundou mais no a-bismo... e pensava: Como que no ha- via matado? E o que dizer de cadapessoa que eu odiava, que eu detesta-

    va? Continuava sendo uma assassina,porque no s com um disparo quese mata uma pessoa, basta odi-la, fa-zer-lhe o mal, ter inveja dela, como is-

    so j se pode mat-la.

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    Quanto ao sexto mandamento, de nopecar contra a castidade, eu disse: A-qui no vo me falar de nenhum a-mante, porque por toda a vida s tiveum homem que meu esposo. Quan-

    do me mostram que cada vez que euestava com meus seios a mostra e meucorpo com minhas roupas insinuantes,estava incitando os homens a que meolhassem e tivessem maus pensamen-

    tos, e eu os fazia pecar e assim foi co-mo entrei no adultrio. Eu aconselha-

    va as mulheres a serem infiis comseus esposos e lhes dizia: No sejam

    bobas, divorciem-se, no os perdoem.J com isso estava cometendo um a-

    bominvel adultrio. E me dei contaque os pecados da carne so espanto-sos e so condenatrios, mas o mundo

    nos incita a atuarmos como animais.

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    Infelizmente me soltei da mo doSenhor, porque os pecados esto nospensamentos, na alma e na ao decada pessoa. Foi to doloroso ver todoesse pecado, por exemplo, esse pecadodo adultrio do meu pai, que causou

    dano e desgarrou seus filhos. A mimme causou ressentimento contra oshomens, e meus irmos se transforma-ram em trs fiis fotocpias do meupai, felizes por serem muito machos,

    mulherengos e alcolatras... Eles nopercebiam como prejudicavam seusfilhos. Por isso meu pai chorava, comtanta dor, vendo como seu pecado ha-

    via sido herdado por eles, por mim,prejudicando assim toda a obra deDeus.

    O stimo mandamento, o de no rou-

    bar, eu me considerava honesta, e o

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    Senhor me mostrava como desperdi-vamos comida em minha casa. Omundo padecia de tanta fome, e Eleme dizia: Eu tinha fome, e veja o que

    voc fazia com o que eu te dava, des-perdiava tudo, eu tinha frio e olhe o

    que voc fazia, escravizada pela moda,vivendo de aparncias, gastando muitodinheiro em injees para estar maismagra, escravizada pelo corpo. Empoucas palavras, voc fez do seu corpo

    um deus. O Senhor me mostrava queeu era culpada pela misria do meupas e que sim, eu tinha a ver com isso.Tambm me mostrava que cada vezque eu falava mal de algum, eu lheroubava a honra e era difcil devolv-la. Que era mais fcil reparar o roubode um dinheiro, porque poderia devol-

    ver o valor roubado, do que restaurar o

    bom nome de uma pessoa. Eu me ar-

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    rependia por no ter sido uma mecarinhosa com meus filhos, por nohaver ficado mais com eles em casa,por t-los deixado tanto com a mameteleviso, o papai computador, oucom os videogames e para acalmar

    minha conscincia, lhes compravaroupas de marca. Mas me horrorizouver minha me que se questionava, - eminha me foi uma santa me, quenos corrigia e nos amava, assim como

    meu pai -, e pude ver quando ela disse:O que ser de mim que nunca conse-gui dar nada para os meus filhos? Queespanto, que dor to grande...

    Senti muita vergonha, porque no Livroda Vida a pessoa v tudo como numfilme, e meus filhos diziam: Tomaraque a mame demore, que tenham

    muito trnsito, porque ela muito

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    chata e s vive reclamando. Quetristeza um menino de trs anos e umamenina um pouco maior dizendo estascoisas...eu lhes roubei a sua me, lhesroubei a paz que eu daria minha casae no lhes deixei conhecer a Deus a-

    travs de mim, e no lhes ensinei aamar o prximo. Se eu no amo aomeu prximo, eu no tenho nada a vercom o Senhor, se no tenho misericr-dia, no tenho laos com o Senhor.

    Porque Deus Amor...

    Vou lhes falar sobre levantar falsostestemunhos. Eu sabia mentir muito

    bem e Satans se tornou meu pai. SeDeus Amor e eu odeio, ento, quem meu pai? No era difcil de adivinhar ese Deus me fala do perdo e de amarmeus inimigos eu dizia, quem me pre-

    judica, me paga! Ento, quem era

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    meu pai? Se Deus a verdade e Sa-tans a mentira, quem era meu pai?No h mentira rosa, nem amarela,nem verde, todas as mentiras so men-tiras, e Satans o pai de todas elas.To terrveis foram os pecados da mi-

    nha lngua. Eu vi quanto dano causeicom a minha lngua. Eu fofocava,quando falava mal dos outros, causavacomplexos de inferioridade s pessoasgordinhas pondo-lhes apelidos pejora-

    tivos. Uma palavra mal dirigida sem-pre termina numa ao e causa da-no.Quando me fazem o exame dos dezmandamentos, pude ver a cobia quetomava conta de mim. Eu pensava queseria feliz tendo muito dinheiro e pas-sei a ter uma obsesso por ficar rica.Que tristeza. Quando tive muito di-nheiro, foi o pior momento que viveu

    minha alma, a ponto de querer me sui-

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    cidar. Tinha tanto dinheiro e mesentia sozinha, vazia, amargurada efrustrada. A cobia de desejar ter mui-to dinheiro foi o caminho que me le-

    vou pela mo e me extraviei, me solteida mo do Senhor. Depois desse exa-

    me dos dez mandamentos, me mos-tram o Livro da Vida, lindo, eu queriater palavras para descrever O Livro da

    Vida. Comeou desde a concepo,assim que se uniram o par de clulas

    dos meus pais. De imediato houve umzas, uma fasca, uma linda exploso ese formou minha alma, colhida da mode Deus Pai, encontrei um Deus Paito lindo, que me cuidava 24 horas pordia e o que eu via como um castigo,nada mais era que Amor, porque Eleconsegue ver minha alma e percebiacomo eu ia me afastando da Salvao.

    Para terminar, vou lhes dar um exem-

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    plo de como maravilhoso o Livroda Vida. Eu era muito hipcrita e eudizia a algum: Nossa! Como voc es-t linda, que vestido lindo! Mas pordentro, em meus pensamentos eu dizi-a: Que mulher mais asquerosa, e ain-

    da se acha uma rainha! Nesse livro sepodia ver exatamente como eu pensa- va, se podia ver o interior de minhaalma. Todas as minhas mentiras fica-ram vista, vivas, todo mundo se deu

    conta. Quantas vezes eu menti paraminha me porque ela no me deixavasair a lugar nenhum, ento dizia quetinha que fazer um trabalho em grupona biblioteca, mas saa para ver algumfilme pornogrfico ou ia a algum bartomar cerveja com minhas amigas. El estava minha me, vendo minha vi-da, nada escapou.

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    Meus pais me davam banana paralevar de lanche na escola. Meus paiseram pobres e s podiam me dar ba-nana, leite e algum petisco para colo-car na lancheira. Eu comia a banana e

    jogava a casca pelo caminho. Nunca

    tive a conscincia de que algum pode-ria se ferir ou escorregar na casca de banana que eu costumava jogar nocho, e o Senhor me mostrou as pesso-as que poderiam ter se matado por

    causa dessas quedas causadas por mi-nha imprudncia e falta de misericr-dia. Tambm pude ver como s uma

    vez fiz uma boa confisso, bem feita.Foi quando uma senhora me deu4.500 pesos a mais de troco num su-permercado em Bogot. E meu pai noshavia ensinado a sermos honestos enunca tocar em nenhum centavo de

    ningum. Ento me dei conta quando

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    j estava no carro. Estava a caminhodo meu consultrio e pensei... Ai, essa

    velha distrada, essa tonta me deu4.500 pesos a mais e agora tenho que

    voltar para devolver e logo vi um en-garrafamento gigante e disse: Quer

    saber? No vou devolver nada, quemmandou ela ser to distrada? Masfiquei com a dor de ter feito isso, por-que me pai me ensinou a ser honesta,ento me confessei no domingo e dis-

    se: Padre, eu roubei 4.500 pesos por-que no os devolvi a uma senhora quese equivocou no troco. Nem presteiateno no que o padre me disse. Omaligno no pode me acusar de ladra,mas sabem o que me disse o Senhor?Ele me disse: Essa falta de caridadesua, quando no devolveu o dinheiropara aquela senhora no reparando o

    pecado cometido, 4.500 pesos para

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    voc no eram nada, mas para aque-la mulher que ganhava um salrio m-nimo, significava a alimentao de trsdias. O mais triste foi quando memostrou como sofreu, agentando afome um par de dias. Por minha culpa,

    passou fome com seus dois filhos pe-quenos, porque assim me mostra oSenhor, me mostra quando eu fao al-go, quem sofreu, quem atua e comoatua.

    O Senhor me perguntou: Que tesou-ros espirituais voc me trouxe? Mi-nhas mos iam vazias, no levava na-da, minhas mos iam absolutamentedesocupadas. Foi ento que me disse:De que te servem os dois apartamen-tos que voc tinha, as casas e consult-rios? Voc no se considerava uma

    profissional de muitssimo xito? Aca-

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    so pode trazer o p de um tijolo ataqui? O que fez com os talentos que Eute dei? Talentos? Eu tinha uma mis-so. A misso de defender o reino de

    Amor. O reino de Deus. Eu me haviaesquecido que tinha uma alma, e mui-

    to menos que tinha talentos, muitomenos que o bem que deixei de fazerdoeu muito ao Senhor. Sabem o quesempre me perguntava o Senhor?Sempre me perguntava sobre o Amor.

    Citava a falta de caridade pelo prxi-mo. Ele me dizia que eu estava mortaespiritualmente. Estava viva, pormmorta. Se pudessem ver o que amorte espiritual, como uma almaque odeia...Como uma alma espanto-samente terrvel de amargurada e fas-tidiosa, que faz mal a todo mundo...Quando uma pessoa est cheia de pe-

    cados, por fora tudo parece ser bonito

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    e cheirar bem, com boas roupas, masminha alma cheirava muito mal e vivianos abismos. Isso justifica tanta de-presso e amargura. Ento o Senhorme disse: que sua morte espiritualcomeou quando voc deixou de sentir

    dor pelos seus irmos. Quando voc via o sofrimento dos seus irmos, eraum alerta. Quando via nos meios decomunicao, dizendo que os mata-ram, que os seqestraram, que os de-

    salojaram, voc dizia da boca para fo-ra: Coitadinhos! Que pecado! Masisso no te doa por dentro. Voc nosentia nada no corao, era uma pe-dra, o pecado te petrificou.Quando se fecha o meu Livro, imagi-nem como era grande a minha tristeza.Quanta dor! Fora isso, por ter mecomportado assim com Deus Pai, por-

    que apesar de todos os meus pecados,

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    apesar de toda a minha imundcie ede toda a minha indiferena e de todosos sentimentos horrveis, o Senhor,sempre, at o ltimo instante me bus-cou, sempre me enviava instrumentos,pessoas, me falava, me gritava, me ti-

    rava coisas para me buscar, ele me buscou at o ltimo instante. Eu cos-tumava dizer: O Senhor me conde-nou. Claro que no! No meu livre ar-

    btrio eu escolhi quem seria o meu pai,

    e no foi Deus Pai. Escolhi Satans,esse foi o meu pai, e quando esse Livrose fechou, vi em minha mente que es-tava de ponta-cabea, porque comea-

    va a cair naquele buraco e depois desteoco ia se abrir uma porta. Ento come-o a ir, e comeo a gritar a todos ossantos, para que me salvassem. Vocsno tm idia da quantidade de santos

    que eu vi, eu no tinha idia de que

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    havia tantos santos, eu era to mcatlica. Pensava que dava na mesmaque me salvasse So Isidro ou SoFrancisco de Assis, e quando acaba-ram todos os santos, veio o silncio.Sentia um vazio, uma dor to grande.

    E eu pensava: Todos esto l na terradizendo: como era santa!, esperandoque eu morresse para me pedir um mi-lagre. E olhem para onde vou! Levantoos olhos e vejo os olhos de minha me.

    Com muita dor eu lhe grito: Mezi-nha! Que vergonha! Me condenei,me, aonde vou? Nunca mais vou te

    ver... E nesse momento lhe concede-ram a ela uma graa muito grande. Es-tava imvel e lhe permitem mover seusdois dedos para cima e ela d um sinale saltam dos meus dois olhos duascrostas espantosamente dolorosas, era

    minha cegueira espiritual. Ento, vejo

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    um momento lindo, quando uma pa-ciente me havia dito: Olhe doutora, asenhora muito materialista e um dia

    vai precisar Dele. Quando estiver emambiente de perigo, qualquer que seja,pea a Jesus Cristo que a cubra com o

    Seu sangue, Ele nunca ir abandon-la, porque Ele pagou um preo se san-gue pela senhora. E com essa vergo-nha to grande e essa dor, comecei agritar: Jesus Cristo! Senhor, tenha

    compaixo de mim! Perdoe-me! Porfavor, me d uma segunda oportuni-dade! E este foi o momento mais belo,no tenho palavras para descrever estemomento. Ele baixa e me tira daqueleoco. Quando Ele me recolhe, todas es-tas coisas caram ao cho. Ele me le-

    vanta e me leva a uma parte plana, eme diz com todo esse Amor: Vamos

    voltar, voc vai ter uma segunda opor-

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    tunidade (...), e me diz que no pela orao da minha famlia. Porque normal que eles orem e clamem por

    voc, mas foi pela intercesso de todasas pessoas alheias ao seu sangue, queno te conhecem e choraram, oraram e

    elevaram seu corao com muitssimoamor por voc. E comeo a ver comose acendem uma poro de luzinhasque so como chaminhas brancascheias de amor. Eu vejo as pessoas que

    esto rezando por mim! Mas haviauma chama grande, era a luz que mais

    brilhava. A que mais amor dava. Euolhava quem era essa pessoa que meamava tanto. E o Senhor me diz: Essapessoa que voc v ali, uma pessoaque te ama tanto, tanto, e nem sequerte conhece. E me mostrava que essapessoa havia visto a folha de jornal do

    dia anterior. Era um campons de um

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    povoado, bem pobre, que vivia ao pda Serra Nevada de Santa Marta. Opobre homem comprou uma panela ea embrulharam numa folha do jornalEspectador do dia anterior. Minhafotografia onde eu aparecia toda

    queimada estava a, ilustrando a mat-ria que falava sobre o acidente. Quan-do este homem viu a notcia, se ps achorar com um amor to grande, e dis-se: Pai, Senhor, tem compaixo desta

    minha irmzinha. Senhor, salve-a! Seo Senhor salv-la, prometo que irei aoSanturio de Buga e cumpro a pro-messa, mas salve-a! Imaginem umhomem pobrezinho, no estava revol-tado nem amaldioando porque passa-

    va fome, com essa capacidade de amorpara se oferecer a atravessar todo opas por algum que no conhecia. E o

    Senhor me disse: Isso Amor ao Pr-

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    ximo (...) e logo me disse: Voc vai voltar, mas no vai contar o que viu1000 vezes, mas sim 1000 vezes 1000.E ai daqueles que ouvindo, no deci-dam mudar de vida. Porque eles sero

    julgados com mais severidade. Assim

    como voc ser em seu segundo re-gresso. Que prestem ateno os ungi-dos, que so seus sacerdotes, ou qual-quer um deles, porque no h piorsurdo que aquele que no quer ouvir,

    nem pior cego que aquele que noquer ver. E isto, meus queridos ir-mos, no uma ameaa, O Senhorno necessita nos ameaar, esta a se-gunda oportunidade que vocs tm, egraas a Deus que vivi o que vivi! Por-que quando lhes abram o Livro da Vi-da a cada um de vocs, quando cadaum de vocs morra, vamos ver este

    momento, de igual maneira, e vamos

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    nos ver tal como estamos, vamos vernossos pensamentos e nossos senti-mentos na presena de Deus, e o mais

    bonito que cada pessoa ver o Se-nhor em frente de cada um de ns, ou-tra vez perguntando o que lhe temos a

    oferecer.

    Que o Senhor abenoe a todos gran-demente.Glria a Deus! Glria a Nosso Senhor

    Jesus Cristo!

    Fonte: gloriapolo.com