Globalização e internet unicastelo

download Globalização e internet   unicastelo

If you can't read please download the document

description

Trabalho que engloba alguns aspectos da globalização

Transcript of Globalização e internet unicastelo

  • 1. UnicasteloUniversidade Camilo Castelo Branco Faculdade de Cincias EmpresariaisCurso de Administrao: Habilitao EmpresasGLOBALIZAO E INTERNET Amarildo J. Souza Andra CostaCarlos Pires Dbora Lima Fabiana MendonaSo Paulo 2003

2. Amarildo J. Souza Andra Costa Carlos Pires Dbora Lima Fabiana MendonaGLOBALIZAO E INTERNETTrabalho da Disciplina Tpicos Especiais deAdministrao,HabilitaoEmpresas,desenvolvido pedido do Prof Damio.So Paulo 2003 3. Participantes do Grupo: 5 Adm. AAmarildo J. de SouzaAndra Costa SantosCarlos PiresDbora Ap. de Lima SouzaFabiana Mendona Avaliao do Professor: __________________________ __________________________ __________________________ __________________________ __________________________ __________________________ SO PAULO - 2003 4. Quem cego? O homem que no pode ver um novo mundo.. (pensamento indiano) 5. SumrioIntroduo.............................61. Globalizao e a Internet.............................................................................72. A revoluo da Informao..........................................................................83. As Faces da Globalizao. .........................................................................94. Os Resultados em Escala Mundial..............................................................95. A Necessidade do Aperfeioamento..........................................................106. Possvel Democratizar a Informao......................................................117. Pontos Negativos.......................................................................................128. Pontos Positivos.........................................................................................139. Consideraes Finais.................................................................................1410. Bibliografia..................................................................................................15 6. IntroduoNeste trabalho mostraremos o conjunto de transformaes na ordem poltica,econmica e social que vem acontecendo nas ultimas dcadas. Com a chegada daglobalizao, ocorreu integrao dos mercados, passou a ocorrer difusoconhecimento com grande velocidade, formando uma aldeia global, atravs doadvento da Internet.Os aspectos da Globalizao e o crescimento da Internet, em nosso meio somais que uma revoluo tecnolgica a transformao completa de tudo que estem nossa volta. Sem dvida, trouxe muitas facilidades e progresso, mas tambmdeixou muitas pessoas margem deste gigantesco processo. A apresentao constante das imagens e das idias, assim como, a suatransmisso rpida, at mesmo de um continente para outro, tem conseqnciassimultaneamente positivas e negativas, no desenvolvimento psicolgico moral esocial das pessoas, na estrutura e funcionamento da sociedade. 7. 1. Globalizao e a InternetEssas palavras, to em moda nos dias atuais resumem o que estacontecendo pelo mundo afora, em todos os segmentos da atividade humana.A globalizao, como estamos vendo agora, um processo de aceleraocapitalista, num ritmo jamais visto, em que o produtor vai comprar matria-prima emqualquer lugar do mundo onde ela seja mais barata e melhor. Instala a fbrica nospases onde a mo-de-obra fique mais em conta, no importa se no Vietn ou naGuatemala. De qualquer lugar, a mercadoria pode ser vendida para o mundo inteiro.O entrelaamento econmico entre as naes, teve seu inicio nos primrdiosda humanidade, quando o homem comeou a viajar pelo mundo, em busca deartigos para suprir suas necessidades, mas sempre progrediu em marcha lenta.Com o desenvolvimento da computao, sistemas de comunicao e a internet, esteprocesso passou a acontecer na velocidade da luz.A globalizao um fenmeno com ramificaes industriais, de prestao deservios, comerciais ou financeiras. Atravs de um processo dinmico e continuo,envolve a integrao dos mercados, dos pases e da tecnologia com rapidez, custobaixo e grande confiabilidade. Em pouco tempo caram fronteiras e fomos inseridosem uma aldeia global.O desemprego um drama nacional dos pases mais pobres, que perdemcom a desvalorizao das matrias-primas que exportam e o atraso tecnolgico. Aglobalizao no beneficia a todos de maneira uniforme. Uns ganham muito, outrosganham menos, outros perdem.Exigem-se menores custos de produo e maior tecnologia. A mo-de-obramenos qualificada descartada. A globalizao est concentrando renda, os pasesricos ficam mais ricos, e os pobres mais pobres. Apesar de todo desenvolvimentoeconmico alcanado e o aumento do bem estar do povo, proporcionando asatisfao das necessidades bsicas, as desigualdades no puderam serminimizadas. 8. 2. A Revoluo da InformaoA Internet, a rede global de computadores que j tem mais de 60 milhes deusurios conectados em todo mundo, est fazendo mais pela globalizao dasociedade, da economia e da cultura do que todos os outros meios. A histriahumana apresenta duas grandes e fundamentais mudanas: a primeira se deu como surgimento da agricultura, que pode ser chamada de Revoluo Agrcola, aalguns milnios antes da Era Crist; a segunda foi a Revoluo Industrial, iniciadaem 1776, com a inveno da mquina a vapor.Estes dois episdios, na histria da civilizao foram dois passos importantespara o progresso da humanidade. No primeiro caso, o homem deixa de ser umacriatura nmade, errante, fixando-se em um determinado local. Foi nesse momentoque se criaram s razes da sociedade humana como a concebemos hoje. ARevoluo Industrial, por sua vez, teve como principal conseqncia substituiodo servio artesanal pela produo em massa das fabricas.Agora, neste exato momento, estamos diante de uma terceira mudana, quepode ser chamada de Revoluo da Informao, ou Revoluo da Comunicao.Com o rpido avano da tecnologia, das comunicaes, da informtica e,principalmente da telemtica, o mundo se transformou em uma aldeia global.A possibilidade de acesso imediato e praticamente sem nenhuma restrio asinformaes importantes, das mais variadas reas do conhecimento humano, emqualquer lugar do mundo, comeou gradativamente a moldar parmetros iguais emregies muito diversas entre si. As regras de gerenciamento de negcios emgrandes empresas mudaram muito, uma vez que se viram obrigadas a se adaptaremao modelo vigente na maioria das empresas do resto do mundo, pois s assimpoderiam competir com as outras que j haviam se adaptado ou estava no meio doprocesso.Com isso, os funcionrios dessas empresas tambm tm de se reciclar,recorrendo a cursos tcnicos de aprimoramento. Novos equipamentos exigemintenso aprendizado e formao de instrutores aptos a passar esse conhecimento deforma rpida e confivel, pois a velocidade das mudanas no permite perda detempo. 9. 3. As Faces da GlobalizaoO mundo globalizado apresenta trs caractersticas importantes: Acelerao capitalista no campo financeiro. O volume de emprstimosinternacionais de mdio e longo prazo feitos pelo capital privado cresceumuito nos ltimos anos. O processo de globalizao na indstria. Tomem-se as dez maiorescorporaes mundiais. Metade dos prdios, mquinas e laboratriosdesses grupos e mais da metade de seus funcionrios esto em unidadesfora do pas de origem. A globalizao e o consumidor. H algumas dcadas, ele usava produtosnacionais. Hoje, no compra exatamente produtos de um pas estrangeiro.O que ele consome em nmero cada vez maior o produto sem ptria,sem carteira de identidade, sem sotaque identificvel.4. Os Resultados em Escala MundialSegundo relatrio das Naes Unidas sobre o desenvolvimento humano,revela um quadro bastante negativo no perodo de 1990 a 1995, perodo este quepodemos relacionar com os primeiros resultados do processo de globalizao. Osdados apontam um aumento do nvel de pobreza pelo mundo. Antes se concentravana Amrica Latina, no sul da sia e na frica. Hoje, sabemos que os pases daEuropa Oriental e os da antiga Unio Sovitica engrossam a lista dos excludos. Atos pases ricos viram o ndice de pobreza subir de forma alarmante. O desempregoalcanou nveis iguais aos dos anos 30, e a desigualdade de renda cresceu demaneira assustadora.O mercado tornou-se mais agressivo com a globalizao da economia. Ocapital estrangeiro entrou no Brasil. O monoplio agoniza. O governo brasileiro lanauma poltica de privatizao, para tentar vencer as mudanas impostas. 10. As empresas brasileiras, para se tornarem competitivas e sobreviver nestaeconomia globalizada, tiveram de introduzir modificaes em suas estratgias decompetio e crescimento. Muitas desapareceram, as que sobreviveram tiveram quepassar por mudanas drsticas, para no fechar suas portas. O desemprego emnosso pas aumenta a cada dia.5. A Necessidade do AperfeioamentoO novo paradigma tecnolgico trouxe novas exigncias quanto aos atributosdos trabalhadores e requer maior preparo e educao permanentes para odesempenho de funes que esto em constante mudana. Este novo paradigma,surgido a partir do emprego de novas tcnicas organizacionais e da automao, uma caracterstica dos dias atuais. Sem dvida, este novo modelo est associado acelerao da evoluo e mudana dos mtodos de trabalho, pressionados pelanecessidade de novos produtos e de se imprimir qualidade at mesmo comorequisito de sobrevivncia.Mais e mais empresas esto descobrindo o valor da informao para seusnegcios. Esto buscando e aprendendo a utilizar informaes sobre o ambienteinterno e externo, sobre ameaas e oportunidades. Esto, enfim, preocupadas emter o maior conhecimento possvel sobre dados e fatos do seu contexto empresarial.Em um modelo econmico globalizado, cresce a exigncia para que asempresas cumpram requisitos tcnicos e tecnolgicos em relao qualidade deseus servios e produtos, preservao do meio ambiente e segurana notrabalho. O atual processo requer o uso adequado da informao como insumo paraa tomada de decises e a utilizao de modernas tecnologias de informao parapermitir o acesso mais rpido, no sentido de possibilitar que os dados sejamempregados no momento oportuno. 11. 6. possvel Democratizar a Informao?A sociedade da informao pode se transformar em um espao mais desigualdo que ns poderamos esperar, correndo o risco de se fechar em feudos, ondeprevalecero os interesses dos mais ricos, vidos em obter grandes lucros, impondoo prejuzo aos mais pobres, ou agora chamados excludos da era digital.A Internet permite a disponibilizao de dados e informaes a qualquermomento e por qualquer pessoa ou instituio. Este fato ocasiona um mundo deinformaes colocadas de forma desorganizada e conseqentemente de difcilrecuperao. Possibilita ainda que grupos possam juntar-se e criar sites cominformaes organizadas, com valor agregado, estratgico e disponvel "a quempuder pagar por elas".A capacidade de pagar pelas ligaes e pelos servios de informao variamuito entre os usurios, principalmente nos pases em desenvolvimento. Pode surgirda um problema social em potencial. A facilidade para aqueles que tm acesso Internet buscar novas oportunidades, estendendo suas redes pessoais de maneiramais eficiente do que aqueles que no tm acesso. Esses usurios j tendem a virde famlias de renda mais alta, com educao universitria, partir disso, pode seesperar que o abismo entre os nveis de renda continuar a aprofundar-se a umataxa extremamente acelerada.A globalizao dos negcios internacionais, a privatizao dos meios decomunicao e os direitos de propriedade intelectual estaro nas mos de grupospoderosos. Isto o que poder acontecer, se no forem estabelecidas estratgiasem defesa dos direitos dos usurios e em salvaguardas dos valores de grupos,instituies e at de regies desfavorecidas, agora merc deste (suposto)feudalismo informacional. 7. Pontos NegativosQuando se fala em globalizao, tende-se a destacar os aspectos daproduo de riquezas e do consumo. Isso apenas o primeiro resultado da 12. mudana. Ela ainda est em seu incio, porm alguns aspectos negativos, j podemser apontados: A primeira denuncia de que a globalizao econmica est decepando os empregos tambm em escala global e num ritmo igualmente veloz. No fim da linha, dizem os crticos, haver uma crise social de propores nunca vistas. Os efeitos perversos dessa liberalizao provocam perda da capacidade do Estado de levantar recursos, via tributos e impostos, para atender as demandas cada vez mais urgentes no somente das massas, mas tambm das classes mdias angustiadas pelo desemprego, custo e baixa qualidade da educao, falta de segurana e deteriorao generalizada da qualidade de vida. Surge a figura do desemprego estrutural, que um processo cruel, porque as fabricas robotizadas no precisam mais de tantos operrios e os escritrios informatizados podem dispensar a maioria de seus datilgrafos, contadores e gerentes. Este tipo de desemprego diferente daquele provocado por uma crise ou recesso econmica, onde ao passar das turbulncias as empresa voltam a contratar, e neste novo cenrio, a vaga simplesmente deixa de existir. Outra nota ruim da globalizao est no desaparecimento das fronteiras nacionais. Os governos no conseguem mais deter os movimentos do capital internacional. Por isso, seu controle da poltica econmica interna est se esgarando. H uma perda de controle sobre a produo e comercializao de tecnologia, coisa que, nos tempos da Guerra Fria, seria impensvel. Naquela poca, a tecnologia estava ligada a soberania dos pases. 8. Pontos Positivos Aglobalizao surge comocondiosubjetiva fundamental dastransformaes estruturais em direo a um mundo solidrio, pacfico e decooperao entre os povos, para superar os antagonismos e conflitos decorrentes 13. da competio entre economias nacionais. Neste contexto, podemos apontar algunsdos seus pontos positivos: Em longo prazo a globalizao tende a proporcionar condies favorveis ao desenvolvimento sustentvel e a democratizao poltica, permitindo tambm o equacionamento e a soluo racional de problemas que transbordam as fronteiras geogrficas dos pases. Barateamento e a melhoria dos servios de telefonia e a popularizao da internet e dos canais de televiso por assinatura permitindo a integrao entre pontos distantes do planeta (revoluo tecnocientifica). Abandono gradativo das barreiras tarifrias, que protege a produo dos pases da concorrncia estrangeira e se abre ao fluxo internacional de bens, servios e capitais. A globalizao financeira estimula o crescimento econmico porque viabiliza o financiamento rpido de projetos de investimentos. Mas, ao mesmo tempo, um elemento desestabilizador. 14. 9. Consideraes Finais O fenmeno da globalizao, no qual estamos vivendo um processoirreversvel e que ainda tem muito para evoluir. Trouxe consigo muitas mudanas efacilidades, que j fazem parte do cotidiano de muitas pessoas. Para alguns muitosbenefcios, para outros a explorao do capital humano. A Internet, esteextraordinrio veiculo de comunicao de duas vias, agregou conhecimento efacilitou o intercambio de informaes, transformando o mundo em uma aldeiaglobal. Sendo assim, somos a favor de todos aspectos em que a globalizaocontribui para a extino de fronteiras e ampliao de direitos, oportunidades econhecimento. Em contra partida, devemos repensar e repudiar os aspectos em queleva ao domnio econmico ou cultural totalitrio de uns sobre os outros, a privaoda liberdade e das oportunidades, ao desrespeito, aos direitos das minorias e aextino de culturas. Acreditamos que a Internet, se bem utilizada, pode oferecer umacontribuio extremamente valiosa para a vida humana, promovendo a prosperidadee a paz e o crescimento cultural, alm da compreenso recproca entre os povos eas naes. A globalizao no beneficia a todos de maneira uniforme. Uns ganhammuito, outros ganham menos e outros perdem. Na verdade exige menores custos deproduo e maior tecnologia. O problema no s individual, um drama nacionaldos pases mais pobres, que perde com a desvalorizao e atraso tecnolgico. Caber aos novos administradores, organizar frmulas para gerir esta ondade transformaes pela qual passamos, de maneira que ela possa contribuir para ocrescimento do nosso pas, sem deixar de lado as necessidades bsicas de cadaum e uma distribuio justa de benefcios para todos. 15. 10. BibliografiaBANAS, Geraldo. Globalizao A Vez do Brasil?. Editora Malkron Booksdo Brasil, 2 Ed, So Paulo, 1996.NAISBITT, John. Paradxo Global. Editora Campus, 2 Edio, So Paulo,1994.Folha do Estado de So Paulo, Caderno Especial, So Paulo, 2 de novembrode 1997, pginas de 1 a 12.