Gestão de Planos de Benefícios: Desafios e...
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Gestão de Planos de Benefícios:Desafios e Perspectiva
[2]
Admirável Mundo Novo
Apresentação
Obstáculos
Ótica do Participante
Ótica da Entidade
Cenários e Tendências
[3]
Admirável Mundo Novo
Era da Criatividade, Cultura, Meio Ambiente e dos Valores
3 gerações convivem:
� X – antes de 1980 – imigrantes digitais
� Y – anos 1990 – nativos digitais
� Z – no século 21 – mergulhados no mundo digital
O indivíduo de hoje:
� Compartilha opiniões e na rede
� Participa dos fatos
� Exige informações rápidas
� Tendência às decisões de curto prazo, até mesmo as intertemporais
[4]
Admirável Mundo Novo
19%
29%
30%
43%
53%
56%
59%
72%
90%
Vale Combustível
Seguro de Acidentes Pessoais
Check-up Médico
Vale Refeição
Plano de Aposentadoria
Vale Supermercado
Assistência Odontológica
Seguro de Vida
Assistência Médica
Fonte: Metlife, 2011
Benefícios citados como um dos cinco “mais importantes” pelos trabalhadores:
[5]
Fonte: IBGE, SPS/MPS
Mas, no Admirável Mundo ... Futuro
Pirâmide Populacional Brasileira – 2011
Pirâmide Populacional Brasileira – 2031
10000 8000 6000 4000 2000 0 2000 4000 6000 8000 10000
0-45-910-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-79> 80
Milhares
Homens Mulheres
10000 8000 6000 4000 2000 0 2000 4000 6000 8000 10000
0-45-910-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-79> 80
Milhares
Homens Mulheres
10000 8000 6000 4000 2000 0 2000 4000 6000 8000 10000
0-45-910-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-79> 80
Milhares
Homens Mulheres
Pirâmide Populacional Brasileira – 1980
[6]
Fonte: http://hdrstats.undp.org/en/indicators/69206.html
Expectativa de Vida ao Nascer – BRICS (1980 - 2012)
Em 32 anos, a expectativa de vida do brasileiro ao nascer cresceu 11 anos e 4 meses.
Aumento da Longevidade
País 1980 1990 2000 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Rússia 67,5 68,0 65,0 66,1 66,7 67,2 67,7 68,2 68,5 68,8 69,1
Brasil 62,5 66,3 70,1 71,6 71,8 72,1 72,5 72,8 73,1 73,5 73,8
China 67,0 69,4 71,2 72,1 72,4 72,6 72,8 73,0 73,2 73,5 73,7
África do Sul 56,9 61,5 54,8 51,1 51,0 51,1 51,4 51,8 52,2 52,8 53,4
Índia 55,3 58,3 61,6 63,3 63,7 64,0 64,4 64,7 65,1 65,4 65,8
[7]
Aumento da Longevidade
AMÉRICA LATINA
Estudo da CEPAL
� 2010: 100 jovens – 36 idosos� 2050: 100 jovens – 150 idosos
BRASILO País que envelhece� Em 1950, havia 2,6 milhões de idosos� Hoje, são 23,5 milhões de idosos� Em 2050, estimativa de 65 milhões de idosos
[8]
Queda da Taxa de Juros Real
Fonte: Ipeadata
[9]
Reação dos Fundos de Pensão
Taxas de Juros dos Planos BD
Tábuas de Mortalidade dos Planos BD
Fonte: Previc – Estatística Trimestral dezembro/2012
[10]
Taxa de Juros Atuarial
61%49%
43%
17%
11%
17%22%
30%
23%29% 31%
29%
5% 5% 4%
24%
2009 2010 2011 2012
< 5% a.a.
5% a.a.
5 a 6% a.a.
6% a.a.
Fonte: Abrapp – Junho/2013
Reação dos Fundos de Pensão
[11]
Visão Consolidada das EFPCs
Superávit e Déficit
Dez./12 Nº Entidades Total (R$ bilhões)
Superávit 186 55,0
Déficit 33 9,1
Jun./13 Nº Entidades Total (R$ bilhões)
Superávit 135 36,8
Déficit 98 21,3
Superávit: –18,2 Déficit: +12,2
Fonte: Abrapp – Junho/2013
[12]
Impacto dos Títulos Públicos na Carteira das EFPCs
Composição dos Investimentos em Dez./2012
Fonte: Previc – Relatório de Atividades 2012
Descrição 31/12/2012 %
Títulos Públicos 275,82 43,1
Operações Compromissadas 32,86 5,1
Títulos Privados 71,74 11,2
Direitos Creditórios 0,00 0,0
Depósitos 0,73 0,1
Ações 179,53 28,1
SPE 0,67 0,1
Imóveis 24,76 3,9
Operações com Participantes 16,65 2,6
Derivativos 0,65 0,1
Fundos de Investimento (2) 33,00 5,1
Valor a Pagar e Receber 3,13 0,5
Total 639,54 100
[13]
Impacto dos Títulos Públicos na Carteira das EFPCs
Vencimento Médio dos Títulos Públicos(Valores em R$ bilhões)
28,1
41,9
121,2
0
19,8
28
15
2,2 0
9,4
1,7 02,5 3,300,6 1,5 0,6
0
20
40
60
80
100
120
140
Até 3 Anos De 3 a 10 Anos Superior a 10 Anos
NTN-B
NTN-C
LFT
LTN
NTN-F
Outros
Fonte: SICADI – Dezembro/2012
[14]
Impacto dos Títulos Públicos na Carteira das EFPCs
Impacto Financeiro
Fonte: Abrapp
Vencimento Médio
TítuloValor Taxa em
Jan/2013Taxa em
Dez/2013
Variação estimada em 2013
(R$ bilhões) (R$ bilhões)
3 a 10 NTN-B 41,9 2,88% 6,20% -7,21
Anos NTN-C 19,8 2,54% 5,77% -1,65 Superior a NTN-B 121,2 4,16% 6,55% -54,43 10 Anos NTN-C 28 3,71% 6,43% -6,09
Total 210,9 -69,38
[15]
ComposiçãoJun./2013
CalculadoJan./Set.
ProjetadoOut./Dez.
2013
Renda Fixa 60,9% 0,6% -4,1% -3,49%
Renda Variável 29,1% 1,4% -1,6% -0,22%
Outros 10,0% 7,4% 2,4% 9,97%
Carteira 100,0% 1,5% -2,7% -1,26%
INPC + 5,75% 11,57%
Impacto dos Títulos Públicos na Carteira das EFPCs
Fonte: Abrapp
Estimativa de Rentabilidade
[16]
Impacto dos Títulos Públicos na Carteira das EFPCs
24,92%
26,81%
22,20%
7,30%
38,29%
9,75%
12,63%
16,60%
30,01%
21,07%
19,05%
23,45%
25,88%
-1,62%
21,50%
13,26%
9,80%
15,37%
-1,26%
8,53%
29,30%
15,67%
10,40%
8,64%
14,94%
11,59%
16,01%
21,62%
17,01%
12,50%
11,35%
8,98%
11,47%
12,87%
10,36%
12,85% 12,44% 12,57%11,57% 11,76%
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Histórico de RentabilidadeCarteiraTMA
[17]
Nível de Solvência – Dez./12 a Jun./13
Visão AnalíticaDez./2012
Superávit 55.700.000.000,00
DT 37.200.000.000,00
Solvência 18.500.000.000,00
PMT 568.500.000.000,00
Nível Solvência 103,25%
Jun./2013 com superávit Previ
Superávit 37.977.874.865,32
DT 32.570.785.441,47
Solvência 5.407.089.423,85
PMT 565.513.613.441,29
Nível Solvência 100,96%
Jun./2013 semsuperávit Previ
Superávit 16.038.364.227,83
DT 32.570.785.441.47
Insolvência -16.532.421.213,64
PMT 565.513.613.441,29
Nível Solvência 97,08%
Dez./12 a Jun./13 sem superávit Previ
Solvência “caiu” 6,18%
Variação resultado 35.032.421.213,64
Fonte: Abrapp
[18]
Nível de Solvência – Jun./13
Visão Analítica do DéficitPM 555.543.864.568,07
Dac 22.601.036.568,25
% 4,07%
PMT 565.513.613.441,29
Deq 9.969.748.873,22
% 1,76%
PMT 565.513.613.441,29
DT (Dac+DE) 32.570.785.441,47
% 5,76%
Planos com algum DT 288
Fonte: Abrapp
[19]
Nível de Solvência – Jun./13
Visão Analítica do Déficit
Considerando apenas Dac
pelo menos 41 planos acima de 10%
pelo menos 18 planos acima de 15%
Considerando DT
pelo menos 94 planos acima de 10%
pelo menos 68 planos acima de 15%
1) Déficit acumulado representa o valor em reais informado com base em 30/06/2013. “% Dac s/PM” representa o resultado do déficit acumulado cotejado com a Provisão Matemática na mesma data.
2) Déficit equacionado representa o valor em reais do total de provisões matemáticas a constituir, desconsiderando desta o equacionamento de serviço passado de responsabilidade exclusiva do patrocinador (ou do participante/assistido), constituída em 30/06/2013. “% Deq s/PM” representa o resultado do déficit equacionado cotejado com a Provisão Matemática total [levando em conta a provisão matemática, somando-se o serviço passado de responsabilidade exclusiva do patrocinador (ou do participante/assistido)] na mesma data.
3) Déficit total representa o valor em reais do total dos déficits acumulado e equacionado, deduzido de eventual superávit acumulado, em 30/06/2013. “% DT s/PM” representa o resultado do déficit total cotejado com a Provisão Matemática total [levando em conta a provisão matemática, somando-se o serviço passado de responsabilidade exclusiva do patrocinador (ou do participante/assistido)] na mesma data.
Fonte: Abrapp
[20]
Participantes: Acompanhar a Gestão
e Revisitar a “Modelagem” de seu Plano...
[21]
Valor do Benefício
Valor de Contribuição Valor Acumulado
6% a.a. 4,5% a.a. 6% a.a. 4,5% a.a
R$ 750,00 R$ 85,62 R$ 135,96 R$ 118.180,80 R$ 136.184,49
R$ 1.500,00 R$ 171,24 R$ 271,92 R$ 236.361,60 R$ 272.368,98
R$ 3.000,00 R$ 342,48 R$ 543,84 R$ 472.723,21 R$ 544.737,97
R$ 4.500,00 R$ 513,72 R$ 815,77 R$ 709.084,81 R$ 817.106,95
R$ 6.000,00 R$ 684,96 R$ 1.087,69 R$ 945.446,41 R$ 1.089.475,94
Simulação II – Partindo do Benefício de ...
Tempo de Contribuição: 35 anosTempo de Recebimento de Benefício: 25 anos (dos 60 aos 85 anos)
[22]
Entidades
[23]
Equilíbrio
Da Estrutura OrganizacionalDo Estatuto
Do RegulamentoProcessos de Trabalhos
Governança
Gestão da EFPC
Ativismo na Gestão dos Investimentos
Ferramentas de Acompanhamento e Controle dos Investimentos
Gestão Profissional – Interna ou Terceirizada
Contínua Educação Financeira e Previdenciária
Gestão da EFPC
Cadastro Atualizado
Proativos na Modelagem do Plano
Aderência da Gestão ao Regulamento do Plano
Processos Mapeados e Riscos Monitorados
Comitê de Investimentos e Gestores com Profundo
Conhecimento do Passivo
[24]
Cenários e TendênciasPesquisa Raio X do Sistema
[25]
Percentual de adesão dentre planos patrocinados* manteve-se praticamente inalterado entre 2012 e 2013.
Nível de Adesão (Planos Patrocinados)
73% de Adesão
média
Ruim
Reg.
Bom
Ótimo
[26]
?Apenas 1 em 4 EFPC realiza pesquisas para identificar os
motivos de não-adesão
Estratégias para Aumentar a Adesão
Principais estratégias:
62,61% – educação
previdenciária
61,74% – campanhas de adesão
38,26% – capacitação do RH
Necessário verificar a eficácia da
educação previdenciária, pois sua
falta é tida como principal fator de
não-adesão
[27]
Campanhas de Adesão – Meios Utilizados
Menos de 50% das EFPCs utilizam
contatos presenciais, apesar de serem
considerados por elas próprias como o melhor meio de relacionamento
Canais mais modernos e com forte apelo para públicos jovens ainda são pouco explorados
[28]
1 em cada 3 EFPC busca novos Patrocinadores ou
Instituidores
Captação de Novos Patrocinadores e Instituidores
[29]
Gestão do Risco Atuarial
Ferramentas utilizadas pelas EFPCs
[30]
Testes de Aderência
Verificou-se, ainda, que 13% das que fazem testes não verificam a hipótese de juros.
A EFPC realiza testes de aderência? Se realiza, com que frequência?
[31]
Momento Atual
NOVO CICLO DE EXPANSÃO2011... → MOMENTO ATUAL
O sistema está consolidado, com arcabouço legal adequado, modernizado e em sintonia com as melhores
práticas internacionais.
Há ajustes pontuais, porém os avanços conquistados representam boa base.
Verificamos um persistente quadro de crescimento tímido do Sistema, que começou a mudar a partir de 2003.
Precisamos refletir sobre esta questão.
[32]
Fonte: Previc – Estatística Trimestral, Setembro/2013
Evolução da Quantidade de Patrocinadoras
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 set/13
286 329 329 365 369 415196 201
369
1.7141.906 1.931
2.038 2.0432.153
2.123 2.1322.149
12
49241
257 311316
496 470490
Instituído Privado Público
[33]
Fonte: Informe Estatístico – MPS
1,28 vezes
Participantes – Milhões
1,87 1,80 1,79
1,65 1,69
1,73 1,73 1,79 1,77 1,76 1,76
1,90 1,94
2,13 2,11
2,24
2,35 2,39
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
[34]
Fonte: Informe Estatístico – MPS e PNAD (IBGE)
PEA (IBGE) 88.774 92.660 95.748 96.874 97.872 99.500 101.110 100.223
0,0%
0,5%
1,0%
1,5%
2,0%
2,5%
3,0%
3,5%
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011
2,64% 2,52%2,45%
2,58%2,63%
2,79% 2,73%
3,02%
Número de Participantes*sobre a PEA
* Participantes: Ativos + Assistidos
[35]
Fonte: Abrapp – Valores estimados para 2021
75 87 101 101126
144171
189
240281
320
375
457 445
515558
597
668 657
1.498
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 jun/13 2021
8,8 vezes
2,28 vezes
Ativo Total – R$ Bilhões
[36]
� Não há como interromper o enriquecimento da população
� Não há como reverter as conquistas sociais
� Não há como paralisar as grandes obras de infraestrutura
� Bônus demográfico
� A previdência complementar tem
potencial para crescer
Momento Atual
[37]
� PEA 86,7 milhões¹: 7,5% ganham acima do teto² do INSS
� 15.000 empresas com faturamento anual entre R$ 100 milhões
e R$ 500 milhões
� 5.000 sindicatos e outras entidades representativas em geral
� Crescimento do estoque: R$ 1,5 trilhão em 2021 (26% do PIB)
¹ PNAD 2011, desconsiderando os grupos “Sem rendimento” e “Sem declaração”
² O teto do INSS em 2011 era de 6,77 vezes o salário mínimo
Momento Atual
[38]
Momento Atual
A questão é:
Como Atingir Este Potencial?
[39]
� Dificuldades Momentâneas
• economia com baixo crescimento, rentabilidades menores
e mercados voláteis
� Cuidados Especiais com Aderência das Hipóteses Atuariais e
Educação Previdenciária
� Previdência Complementar como agenda de Governo
• foi uma conquista na gestão Lula
• não é prioridade no atual governo
• pauta para 2014 – precisamos voltar a ser prioridade
Momento Atual
[40]
� Pressão sobre os custos• oneração e complexidade crescentes
• mudanças estruturais decorrentes da redução dos juros
� Fomento• concorrência e baixa cobertura da população
• falta de ações concretas
• revitalização dos nossos produtos
� Dificuldade de manutenção de conquistas consolidadas• redução de benefícios
• vinculação de participantes ativos por período maior para
compensar perdas
• aporte de recursos novos
Momento Atual
[41]
� Atuação da Previc
• não se configurou como órgão de Estado
� Ambiente
• burocrático
• supervisão baseada em riscos x supervisão baseada em regras
• mesmo “olhar” para os diferentes
Momento Atual
[42]
Desafios
O cenário obriga os gestores a se profissionalizarem cada vez mais.
O momento pede agilidade, espíritos abertos para transformações, mudanças de comportamentos e práticas do cotidiano.
É fundamental que estejamos alinhados com a velocidade e dinâmica do mercado.
[43]
Desafios
É preciso redesenhar os nossos produtos / capacidade de investimento.
Rever custos.
Redefinir forma de atuação.
[44]
Desafios
Os juros baixos vieram para ficar.Esta mudança não foi completamente compreendida.
Possibilidade de a remuneração do capital, descontada a inflação, ser negativa.
Impacto na postura dos investidores.
Reflexos para os planos de benefícios.
[45]
Políticas de Fomento
Grau de Prioridade
[46]
Incentivos Tributários
Grau de Prioridade
[47]
O Sistema precisa estar preparado para a dimensão dos desafios e demandas.
Gestão moderna embasada em 3 pilares:
Conclusão
Visão ColetivaAtitude
EmpreendedoraConfiança
[48]
Obrigado!