Gestão de estoque - Universidade São...

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Curso de Engenharia de Produção BRUNO MAYR RODRIGUES Gestão de estoque: controle de reposição de itens de demanda independente, em uma indústria de equipamentos laboratoriais. Campinas 2015

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Curso de Engenharia de Produção

BRUNO MAYR RODRIGUES

Gestão de estoque: controle de reposição de itens de demanda

independente, em uma indústria de equipamentos laboratoriais.

Campinas

2015

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BRUNO MAYR RODRIGUES – R.A. 004201100052

Gestão de estoque: controle de reposição de itens de demanda

independente, em uma indústria de equipamentos laboratoriais.

Monografia apresentada ao Curso de

Engenharia de Produção da Universidade São

Francisco, como requisito parcial para

obtenção do título de Bacharel em Engenharia

de Produção.

Orientadora: Profª. Msc./Dr. Yane Ribeiro de

Oliveira Lobo

Campinas

2015

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BRUNO MAYR RODRIGUES

Gestão de estoque: controle de reposição de itens de demanda

independente, em uma indústria de equipamentos laboratoriais.

Monografia apresentada ao Curso de

Engenharia de Produção da Universidade São

Francisco, como requisito parcial para

obtenção do título de Bacharel em Engenharia

de Produção.

Data de aprovação:____/____/____

Banca Examinadora:

Profª. Dr. Yane Ribeiro de Oliveira Lobo

Universidade São Francisco

Profª. y (Examinadora)

Universidade São Francisco

Prof°. Ms. z (Examinador)

Universidade São Francisco

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ATA DE ARGUIÇÃO FINAL DA MONOGRAFIA DO ALUNO

XXXXXXXXXXXXXX

Aos XX dias do mês de XXXXXX do ano de 2015, às XX horas, nas dependências da

Universidade São Francisco, Campus Campinas, reuniu-se a Comissão da Banca

Examinadora, para avaliação da Monografia do Trabalho intitulado “XXX”, apresentada pelo

aluno XXXX, como exigência parcial para conclusão do curso de graduação no Curso de

Engenharia de Produção - Automação e Sistemas, da Universidade São Francisco, Campus de

Campinas. Os trabalhos foram instalados às XX horas pelo Prof. Dr/Ms. XX, Orientador do

candidato e Presidente da Banca Examinadora, constituída pelos seguintes Professores: Prof.

Dr/Ms XX, da Universidade/Empresa XX, e pelo Prof. Dr/Ms XX, da Universidade/Empresa

XX. A Banca Examinadora tendo decidido aceitar a monografia, passou à Argüição Pública

do candidato. Encerrados os trabalhos às XX horas, os examinadores, consideraram o

candidato aprovado e com média final X,X (extenso). E, para constar, eu Prof. Dr/Ms.

(Orientador), lavrei a presente Ata, que assino juntamente com os demais membros da Banca

Examinadora.

Campinas, XX de XXXXXX de 201X.

__________________________________________

Prof Dr/Ms X

Orientador e Presidente

Universidade São Francisco

____________________________________________

Prof. Dr/Ms Y

Universidade São Francisco

__________________________________________

Prof. Dr/Ms Z

Universidade São Francisco

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Dedicado aos meus pais

José Oscar Rodrigues e Magda S. Mayr Rodrigues,

que proporcionaram a mim a chance de cursar a universidade

e acreditaram no meu sucesso.

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“Quem sabe concentrar-se numa coisa e insistir nela como único objetivo, obtém, ao fim e

ao cabo, a capacidade de fazer qualquer coisa.”

Mahatma Gandhi

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RESUMO

O ambiente logístico tem se tornado cada vez mais inteligente, buscando balancear o custo e

nível de atendimento de forma ótima, de modo a tornar o negócio vantajoso tanto para o

consumidor quanto para o fornecedor. Tal balanceamento se da através dos estoques das

empresas, que permite um bom nível de atendimento através da disponibilidade imediata de

produtos diversos, e o baixo custo devido à possibilidade de planejamento com antecedência.

A gestão de estoque é, portanto, a administração fundamental para atingir estes objetivos, já

que a mesma monitora os níveis de insumos armazenados e define a reposição controlada dos

materiais. Nesta monografia são abordadas as literaturas dos principais conceitos relacionados

à administração de materiais, e com base no estudo dessas teorias e dados obtidos na empresa,

foram propostas políticas de gestão de estoque que melhor se adequassem à realidade do

negócio, a fim de propor a criação de um estoque local de produtos com baixo custo e

oferecendo alto nível de serviço.

Palavras-chave: gestão de estoque. administração de materiais. reposição.

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ABSTRACT

The logistics environment has becoming more and more smart, seeking to balance the cost

and service level optimally in order to make the business beneficial for both the consumer and

the vendor. This balance is done through the stocks of the companies, which allows a good

level of service through the availability of different products, and the low cost due to the

possibility of planning in advance. Inventory management is the fundamental administration

to achieve these goals, since it monitors the stored levels and sets the controlled replenishment

of materials. In this monograph the literature of the major concepts related to material

management is shown, and based on the study of these theories and the data provided by the

company, policy proposals for stock management that best fits the reality of the business are

made, in order to propose a local stock with low cost and offering a high service level.

Key words: inventory management. material planning. replenishment.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 - Metodologia de pesquisa em Engenharia de Produção .......................................34

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 - Identificação dos níveis de estoque ...................................................................21

Gráfico 02 - Curva ABC: Porcentagem de valor versus porcentagem de itens .....................23

Gráfico 03 - Estoque de segurança ........................................................................................25

Gráfico 04 - Estoque de segurança – falta de estoque ...........................................................25

Gráfico 05 - Classificação ABC da empresa estudada ..........................................................39

Gráfico 06 - Simulação dos níveis de estoque do item “A0001” ...........................................43

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Exemplos de estoques .........................................................................................16

Tabela 02 - Conflitos interdepartamentais, quanto a estoques. ..............................................20

Tabela 03 - Classificação da dificuldade na obtenção dos itens ............................................31

Tabela 04 - Consumo médio mensal ......................................................................................40

Tabela 05 - Estoque mínimo para itens A ..............................................................................41

Tabela 06 - Ponto de pedido em itens A ................................................................................42

Tabela 07 - Lote Econômico de Compra ...............................................................................42

Tabela 08 - Variação do estoque em função do tempo ..........................................................43

Tabela 09 - Estoque máximo .................................................................................................44

Tabela 10 - Políticas de compra do item B0001 ....................................................................45

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 13

1.1 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 13

1.2 QUESTÃO DE PESQUISA ............................................................................................. 14

1.3 OBJETIVOS ............................................................................................................... 14

1.4 HIPÓTESE................................................................................................................. 15

2 REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................................... 16

2.1 ESTOQUE ................................................................................................................. 16

2.2 DIMENSIONAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUES ........................................................... 18

2.2.1 POLÍTICAS DE ESTOQUE ............................................................................................. 20

2.3 SISTEMAS DE CONTROLE DE ESTOQUE ...................................................................... 20

2.3.1 ESTOQUE MÍNIMO E MÁXIMO ...................................................................................... 21

2.3.2 SISTEMA DE REPOSIÇÃO PERIÓDICA ............................................................................ 21

2.3.3 SISTEMA DE PONTO DE PEDIDO ................................................................................... 22

2.4 CONCEITOS E CÁLCULOS APLICÁVEIS ......................................................................... 22

2.4.1 CLASSIFICAÇÃO ABC ................................................................................................ 22

2.4.2 ESTOQUE MÁXIMO .................................................................................................... 24

2.4.3 ESTOQUE DE SEGURANÇA (ESTOQUE MÍNIMO) .............................................................. 24

2.4.4 CUSTO DE ARMAZENAGEM ......................................................................................... 26

2.4.5 LOTE ECONÔMICO DE COMPRA ................................................................................... 29

2.4.6 MÉDIA MÓVEL PONDERADA ....................................................................................... 29

2.5 PROCEDIMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS .................................................. 30

2.5.1 CADASTRO ............................................................................................................... 30

2.5.2 COMPRAS ................................................................................................................ 30

2.5.3 RECEBIMENTO .......................................................................................................... 31

2.5.4 ARMAZENAGEM ....................................................................................................... 32

2.5.5 INVENTÁRIO FÍSICO .................................................................................................. 33

3 METODOLOGIA ............................................................................................................ 34

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS .......................................................................... 36

4.1 ESTUDO DE CASO .......................................................................................................... 36

4.1.1 A EMPRESA .............................................................................................................. 36

4.1.2 ESTADO ATUAL ........................................................................................................ 37

4.1.3 ANÁLISE DO PROBLEMA ............................................................................................ 37

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4.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS ....................................................................................... 38

4.2.1 ANÁLISE DA CLASSIFICAÇÃO ABC ............................................................................. 38

4.2.2 ANÁLISE DA DEMANDA ATRAVÉS DA MÉDIA MÓVEL PONDERADA ................................. 39

4.2.3 ANÁLISE DO ESTOQUE DE SEGURANÇA (ESTOQUE MÍNIMO) PARA ITENS A ....................... 40

4.2.4 SISTEMA DE CONTROLE DE REPOSIÇÃO E LOTES DE COMPRA PARA ITENS A ...................... 41

4.2.5 SISTEMA DE CONTROLE DE REPOSIÇÃO E LOTES DE COMPRA PARA ITENS B E C ................ 44

5. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 46

ANEXOS...... ........................................................................................................................ 50

ANEXO I: CLASSIFICAÇÃO ABC ...................................................................................... 50

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1 INTRODUÇÃO

A definição do termo estoque tem um alcance muito amplo, porém tradicionalmente

falando podemos considera-lo como tudo que a empresa guarda para suprir suas necessidades

futuras. E dentre esses bens armazenados podemos citar as matérias-primas, produtos

acabados, produtos semiacabados, componentes para produção, peças sobressalentes,

materiais administrativos e suprimentos diversos.

Avaliando de uma forma mais técnica e específica, ainda podemos dizer que, “o

estoque é definido como acumulação de recursos materiais em um sistema de transformação.

Algumas vezes estoque também é usado para descrever qualquer recurso armazenado. Não

importa o que esta sendo armazenado como estoque, ou onde ele está posicionado na

operação, ele existirá porque existe uma diferença de ritmo ou de taxa entre fornecimento e

demanda.” (Slack e et al ,1997)

Atualmente, com a alta competitividade do mercado e maior exigência por parte dos

consumidores, torna-se cada vez mais necessária a aplicação da gestão em todas as áreas

operacionais, de modo a reduzir custos e buscar maior eficiência, gerando assim maior nível

de serviço ao consumidor final.

Tendo isso em vista, os administradores tem voltado grande parte de suas atenções

para os estoques, onde é investido grande parte do capital da empresa além de servir como

auxilio para um bom nível de atendimento. E a falta de uma boa gestão do mesmo pode trazer

sérios problemas para a saúde financeira da empresa, uma vez que grande parte dos recursos

investidos pode ficar estagnado, afetando assim a liquidez do capital.

Uma vez que não é possível que a empresa trabalhe sem estoques, foram

desenvolvidas diversas ferramentas para auxiliar na gestão do mesmo, de modo a torná-lo

mais eficiente e menos oneroso. Estas ferramentas são utilizadas em sua grande maioria pelo

planejamento, onde através de previsões e definições de políticas sólidas de aquisição, busca

atender tais objetivos. O presente projeto tem como objetivo apresentar estas ferramentas e

esclarecer como a utilização das mesmas, pode trazer melhorias para a companhia.

1.1 Justificativa

A necessidade de profissionais da administração é clara nos tempos atuais, onde a

globalização cada vez mais, vem gerando crescente agressividade da concorrência. Portanto é

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importante que todos os profissionais relacionados à área tenham uma visão aprofundada do

tema para terem sucesso profissional e também conduzir da melhor maneira as empresas.

Sem estas ferramentas, torna-se quase impossível para as empresas sobreviverem nos

dias atuais, visto que a utilização das mesmas pode trazer redução de custos e economia nas

aquisições, além de melhor nível de atendimento.

Processos mais rápidos, mais complexos e com um custo cada vez menor, tem sido o

grande desafio das indústrias manufatureiras. Assuntos esses todos tratados pela Logística no

que diz respeito a Transporte, Movimentação e Armazenagem de Materiais e Gestão de

Estoques. Porém, em muitos dos cursos de Engenharia de Produção não é feito um estudo

aprofundado na área Logística, que por sua vez, é uma das principais barreiras ao crescimento

econômico do Brasil, devido à carência na infraestrutura aliado à falta de profissionais

capacitados tecnicamente, que possuam conhecimento em todas as áreas relacionadas à

Logística para uma atuação mais sistêmica e estratégica.

1.2 Questão de Pesquisa

A gestão de estoques, bem como outras atividades relacionadas às operações muitas

vezes não recebe a devida atenção por parte dos empresários. E este fato pode prejudicar a

empresa no mercado agressivo atual aonde todas as áreas, sem exceções, vêm sido estudadas

para operarem da forma mais eficaz e lucrativa possível.

E os estoques por sua vez, podem ser drenos imperceptíveis do fluxo de caixa das

empresas, podendo assim causar sérios problemas financeiros como, a falta de liquidez ou

deficiências no atendimento.

1.3 Objetivos

Objetivo Geral

O presente projeto tem como objetivo apresentar as principais ferramentas utilizadas

na Gestão de Estoques e Administração de Materiais além da importância do uso das mesmas.

Com isso, visa-se a aplicação das melhores práticas na empresa em questão na busca de

melhores resultados, como maior nível de atendimento através da redução dos prazos de

entrega e redução de custos relacionados ao estoque.

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Objetivo Específico

Para isso procurou-se atingir os seguintes objetivos específicos:

•Conceituar estoque e a sua gestão;

•Conceituar os principais sistemas de controle de estoque;

•Apresentar os principais cálculos utilizados para tomadas de decisões;

•Definir com base nos estudos as melhores práticas para a manutenção dos estoques.

1.4 Hipótese

A hipótese encontrada neste projeto é que, com a aplicação de conceitos e ferramentas

de gestão de estoque nas empresas, é possível desenvolver um conjunto de técnicas que

facilitem a gestão de estoque a partir de procedimentos sólidos e contínuos, com objetivo de

atingir uma redução do capital investido no estoque e consequentemente um aumento no

capital de giro. Além disso, minimizar o risco de falta de material em determinados períodos.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

Com o objetivo de se obter definições apropriadas das terminologias utilizadas, neste

capítulo serão apresentadas as abordagens de diferentes autores em relação ao tema de gestão

de estoques, bem como seus métodos de avaliação e controle, seus tipos, características

específicas e por fim, suas influências no resultado das empresas.

A administração de estoques é de fundamental importância para as organizações,

algumas empresas têm deficiência neste quesito e em função disso, em prejuízos, insatisfação

do cliente entre outros fatores (Dias,1993).

O estoque de produtos de uma empresa é o que lhe trará benefícios, por isso é

importante que ele seja bem controlado e correto. Precisão nas quantidades, valores, tudo isso

a disposição do gestor para que possa trabalhar o mix da empresa e manter o cliente satisfeito

(Dias, 1993).

2.1 Estoque

O termo estoque tem uma abrangência de significados bastante extensa. Viana (2002)

diz que, “do ponto de vista mais tradicional, podemos considerá-lo como representativo de

matérias-primas, produtos semiacabados, componentes para montagem, sobressalentes,

produtos acabados, materiais administrativos e suprimentos variados”.

Ao observarmos qualquer indústria, podemos notar diversos tipos de materiais de

armazenados, como nos exemplos da Tabela 01.

Tabela 01 - Exemplos de estoques

Tipos de operação Exemplo de estoques mantidos

Hotel Alimentos, material de limpeza, itens de toalete

Hospital Gaze, instrumentos, sangue, remédios, alimentos

Loja de varejo Coisas a serem vendidas, material de embrulho

Armazém Coisas armazenadas, material de embalagem

Loja de autopeças Autopeças em depósito

Fabrica de televisores Componentes, matéria-prima, televisores

Metais preciosos Materiais (ouro, prata) esperando processamento

Sua casa Papel higiênico, sabonete, pasta de dente.

Fonte: Slack 2009.

Segundo Assaf Neto (2009), “os estoques são materiais, mercadorias ou produtos que

são fisicamente mantidos disponíveis pela empresa, com expectativa de ingresso no ciclo de

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produção, de seguir seu curso produtivo normal, ou de serem comercializados”. O autor

indica ainda algumas causas da existência de estoques:

I. Evita a interrupção no fluxo de produção: os estoques asseguram que interferências no

fornecimento de matéria-prima não prejudicarão o fluxo das atividades até a resolução

do problema. Se a produção dependesse diretamente da entrega do fornecedor, esta

passaria à dependência dos prazos acordados;

II. Características econômicas particulares de cada setor: em alguns setores, a produção

encontra-se concentrada em determinadas épocas do ano, enquanto a demanda está

distribuída ao longo do ano, a organização não consegue uma saída para os seus

produtos na mesma proporção da oferta. O contrário também justifica a conservação

dos estoques;

III. Perspectiva de aumento imediato do preço do produto: nesse caso admite-se que o

ganho obtido por adquirir o produto antes da alta mais que compensa os custos de

estocagem;

IV. Proteção contra perdas inflacionárias: esse fato é evidenciado quando o mercado de

capitais não se encontra plenamente desenvolvido e as alternativas de investimento

não são adequadas;

V. Política de vendas do fornecedor: quando recebe descontos dos fornecedores para

adquirir maior quantidade de matéria-prima, o administrador é incentivado a ter maior

comprometimento de recursos em estoques.

São diversas as razões que vem determinando às empresas a necessidade de reduzir

seus estoques sem alterar a disponibilidade de produtos aos seus clientes. Wanke (2008)

ilustra algumas destas razões:

I. A diversidade crescente no número de produtos, tornando mais complexa e trabalhosa

a contínua gestão dos níveis de estoque, dos pontos de pedido e dos estoques de

segurança;

II. O elevado custo de oportunidade de capital, reflexo das proibitivas taxas de juros

brasileiras, tem tornado a posse e manutenção de estoques cada vez mais onerosas.

III. O foco gerencial na redução do Capital Circulante Líquido, uma das medidas adotadas

por diversas empresas que desejam maximizar seus indicadores financeiros.

Com isso, identifica-se como sendo o desafio principal da gestão de estoque o

balanceamento entre custos e nível de serviço.

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Para Gasnier (2010), a missão do gestor de materiais é de atender seus clientes,

internos ou externos, com um adequado e satisfatório padrão de qualidade no atendimento de

suas necessidades e assegurar e incrementar a produtividade (diversificação no caso de

comércio) da empresa, efetuando uma boa gestão de materiais. Gasnier (2010) trata como um

dilema a duvida entre manter estoques ou reduzir estoques, levando em conta que existem

dois indicadores críticos para a gestão de materiais, são eles: Capital de giro e nível de

serviço.

O capital de giro envolve o capital da empresa, ou seja, o valor disponível para a

administração dos estoques. Já o nível de serviço envolve o ponto de vista do cliente, suas

exigências quanto à qualidade, atendimento e disponibilidade dos produtos conforme foram

adquiridos.

Quando o gestor de materiais não faz um bom trabalho, ocorre uma falha neste

balanceamento, ocorrendo assim um desbalanceamento no estoque, fazendo com que se

mantenha em estoque produtos desnecessários, e que falte o produto necessário. Assim, para

obter um bom controle e um balanceamento entre reduzir custos e melhorar o atendimento é

necessário que a empresa tenha uma gestão de materiais efetiva.

Chiavenato (2005) cita que estoque é considerado como fator de segurança para uma

empresa na hora da venda do produto por ela comercializado e quando comprado em grandes

quantidades com descontos, proporciona a empresa economia significantes. O mesmo ainda

cita que o ritmo da empresa depende de sua demanda e na parte financeira, o investimento em

estoque envolve o capital da empresa, desta forma quanto maior a economia em estoque,

menor o comprometimento do capital.

Conclui-se então que o estoque é essencial para o funcionamento de uma empresa, e

com o correto gerenciamento do mesmo pode-se chegar a um nível mínimo, porém que supra

suas demandas.

2.2 Dimensionamento e controle de estoques

A ambição de todas as empresas é a de conseguir prever exatamente o que seus

clientes querem e quando querem. Porém, como esta é uma tarefa impossível, entra em ação o

gerenciamento de estoque.

Dias (1993), cita que a meta principal de uma empresa é a de maximizar o lucro sobre

o capital investido em fábrica, financiamentos de vendas, reserva de caixa e estoques. E para

atingir o lucro máximo, ela deve utilizar o capital para que ele não permaneça inativo, pois, ao

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necessitar de mais capital para se expandir, ela terá que emprestar ou tirar de algum dos

quatro itens mencionados anteriormente.

A administração e controle de estoques funcionam então como auxiliadores na

fiscalização dos níveis de produção e vendas, avaliando o que está sendo acumulado em

estoque, permitindo assim o ajuste no planejamento de produção ou necessidade de aumento

das vendas.

Para Bowersox e Closs (2001), gerenciamento de estoque é a etapa por onde são

obedecidas as políticas da empresa e cadeia de valores no que se refere a estoques. Usa-se a

demanda dos clientes para deslocar os produtos por canais de distribuição.

Portanto, conforme mencionado anteriormente, gerenciar o estoque economicamente

consiste na procura do equilíbrio entre demanda e consumo a um menor custo.

De acordo com Ching (2007), o controle de estoque exerce grande influência sobre a

rentabilidade da empresa. Os estoques usam capital de uso potencial que poderia ser utilizado

em qualquer outro projeto de investimento.

O controle de estoque de uma empresa é feito pela avaliação e fiscalização de tudo que

entra e sai da companhia. E para o sucesso de um controle acurado é necessário um sistema de

informações eficiente e com dados confiáveis, além de pessoal qualificado e de confiança.

Para Dias (1993), a organização do estoque parte da descrição principal de suas

funções que são:

a) Determinar “o que” deve permanecer em estoque. Número de itens;

b) Determinar “quando” se devem reabastecer os estoques. Periodicidade;

c) Determinar “quanto” de estoque será necessário para um período predeterminado;

d) Acionar o Departamento de Compras para executar aquisição de estoque;

e) Receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as

necessidades;

f) Controlar os estoques em termos de quantidade e valor e fornecer informações sobre

a posição de estoque;

g) Manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos

materiais estocados; e

h) Identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados.

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Entretanto, existem diversas forças dos diferentes departamentos das empresas que

reagem sobre as decisões a serem tomadas pelo administrador de estoque. Alguns destes

conflitos são apresentados no Tabela 02.

Tabela 02 - Conflitos interdepartamentais, quanto a estoques.

Fonte: Dias (1993).

Cabe então ao administrador de estoque, atender às necessidades de todos seus clientes

internos, sem prejudicar o nível de operação da empresa, avaliando a necessidade real de

suprimentos da empresa.

2.2.1 Políticas de estoque

Francischini e Gurgel (2002, p.87) definem por política “as diretrizes, formal ou

informalmente, expressas pela administração, que se desdobram em padrões, guias e regras a

serem utilizadas pelas pessoas que possuem autoridade na tomada de decisão numa empresa”.

Portanto, cabe aos gestores a tomada de decisão sobre qual o nível de estoque ideal

para cada um dos materiais Para isto eles estão envolvidos em três principais tipos de decisão:

quanto pedir, quando pedir e como controlar o sistema (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON,

2002).

Francischini e Gurgel (2002) complementam o assunto, salientando que uma política

baseada na classificação ABC pode aproximar os resultados propiciados ao ótimo.

2.3 Sistemas de controle de estoque

Nos dias atuais a empresas tem dado maior atenção ao fator “quando” ao invés do

fator “quanto”. Pois, ter a quantidade correta no tempo errado não trás nenhum resultado

positivo. Para esse controle mais preciso são utilizadas algumas ferramentas, que trazem

maior grau de precisão à definição desta variável.

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2.3.1 Estoque mínimo e máximo

Dias (1993) explica que pelas dificuldades para determinação do consumo e pelas

variações do tempo de reposição, pode ser utilizado o sistema de máximos e mínimos,

também chamado de quantidades fixas. O sistema consiste em:

a) Determinação do consumo previsto para o item desejado;

b) Fixação do período de consumo previsto em a??;

c) Cálculo do ponto de pedido em função do tempo de reposição do item pelo

fornecedor;

d) Cálculos dos estoques mínimos e máximos;

e) Cálculo dos lotes de compra.

Gráfico 01 - Identificação dos níveis de estoque.

Fonte: Dias (1993).

2.3.2 Sistema de Reposição Periódica

Conforme cita Martins (2000), no sistema de Reposição Periódica, depois de decorrido

um intervalo de tempo pré-estabelecido, um novo pedido de compra para um certo item de

estoque é emitido. Para determinar a quantidade a ser comprada no dia da emissão do pedido,

subtrai-se a quantidade ainda disponível em estoque e adquire-se a diferença em relação ao

estoque máximo, este também previamente determinado.

A expressão matemática que determina esse cálculo se dá por:

Quantidade a ser pedida = Estoque máximo – Estoque atual

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2.3.3 Sistema de ponto de pedido

Com a utilização deste sistema, é considerado que sempre haja um estoque mínimo

suficiente para suprir a demanda até que o ponto de reposição seja alcançado. Ou seja, é

levado em consideração a demanda média e o lead time de cada produto.

Arnold (2012) adiciona que se for necessário alguma proteção maior contra o

esvaziamento do estoque, pode-se acrescentar um estoque de segurança. O item é pedido

quando a quantidade disponível cai para um nível igual à demanda durante o lead time mais o

estoque de segurança.

Conforme Dias (2006) um determinado item necessita de um novo suprimento quando

o estoque atingiu o pondo de pedido, ou seja, quando o saldo disponível estiver abaixo ou

igual à determinada quantidade chamada Ponto de Pedido (PP). E sua fórmula se dá por:

PP = (CMD x TR.Méd) + E.Mn

Onde:

PP = Ponto de pedido

CMD = Consumo médio diário

TR.Méd = Tempo de reposição médio (dias)

E.Mn = Estoque mínimo

2.4 Conceitos e Cálculos aplicáveis

2.4.1 Classificação ABC

O controle do estoque é realizado através do controle de itens individuais, que são

chamadas de SKUs (stock-keeping units). Arnold (2012) cita que o primeiro passo para o

controle se dá pela reposta de quatro perguntas:

1) Qual a importância do item em estoque?

2) Como os itens são controlados?

3) Quantas unidades devem ser pedidas de cada vez?

4) Quando um pedido deve ser emitido?

Slack (2002) aponta que a análise ABC é uma importante técnica para administrar os

estoques, pois apresenta resultados eficientes face à sua simplicidade de aplicação.

A maior parte das empresas mantém um grande número de diferentes itens em

estoque, e para se ter um controle sem gerar altos custos e de forma otimizada, é viável

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classificar os itens de acordo com sua importância. Geralmente a classificação ABC dos itens

é realizada através da multiplicação da demanda do item por seu custo unitário. Com isso,

pode-se observar que um pequeno número de itens é referente à grande parte do desempenho

do controle de estoque. Portanto, tem-se a classificação a seguir:

Itens de maior valor agregado, que são mais importantes para a empresa e

necessitam um controle rigoroso por parte dos administradores. Geralmente

representam por volta de 20% da quantidade de itens, e correspondem a 80%

do valor total dos itens.

Itens de valor agregado intermediário requerem um controle menos rigoroso e

são representados geralmente por volta de 30% dos itens e 15% do valor total

dos itens.

Itens com baixo valor agregado, necessitam de controle rotineiro e pouco

rigoroso, sendo representado por 50% dos itens e aproximadamente 5% do

valor total do itens.

Pode-se verificar a relação entre as diferentes classificações através do Gráfico 02:

Gráfico 02 - Curva ABC: Porcentagem de valor versus porcentagem de itens.

Fonte: Arnold (2012).

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Arnold (2012), cita que para a utilização da abordagem ABC, existem duas regras

gerais a serem seguidas:

1. Ter um grande número de itens de baixo valor. Os itens C representam cerca

de 5% do valor total do estoque. Manter um estoque extra de itens C acrescenta

pouco ao valor ao total do estoque. Os itens C são realmente importantes

apenas se houver uma falta de um deles – quando se tornam extremamente

importantes –, portanto, deve ser mantido sempre um estoque disponível. Por

exemplo, pedir um suprimento para um ano de uma única vez e manter um

estoque de segurança suficiente. Desse modo, haverá a possibilidade de

esvaziamento do estoque uma vez por ano.

2. Utilizar o dinheiro e o esforço de controles economizados, para reduzir o

estoque de alto valor. Os itens A representam cerca de 20% dos itens e

aproximadamente 80% do valor do estoque. São extremamente importantes e

merecem o controle mais cerrado e a revisão mais frequente.

2.4.2 Estoque máximo

Dias (1993) define o estoque máximo como a soma do estoque mínimo somado ao lote

de compra. Representado pela seguinte expressão matemática:

E.Mx = E.Mn + Lote de Compra

O lote de compra pode ser econômico ou não, e nas condições normais de equilíbrio

entre a compra e o consumo, o estoque irá variar entre os limites máximos e mínimos. Deve

ser levado em consideração também as influências de capacidades de armazenagem

disponíveis, agindo como limitadores.

2.4.3 Estoque de segurança (estoque mínimo)

Para Francischini e Gurgel (2002) mencionam que estoque de segurança ou também

chamado de estoque mínimo, é o estoque disponibilizado pela empresa para suprir falhas no

processo de compra até a disponibilização do produto em estoque. Falha esta ocasionada

devido a aumento na demanda, demora no processo de pedido de compra, atraso na entrega

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25

por parte do fornecedor entre outros. Abaixo os Gráficos 03 e 04, ilustram a funcionalidade de

um estoque de segurança.

Gráfico 03 - Estoque de segurança.

Fonte: Francischini e Gurgel (2002).

Gráfico 04. Estoque de segurança – falta de estoque.

Fonte: Francischini e Gurgel (2002).

Como pode ser observado, mesmo que ocorra alguma falha no processo de reposição,

o estoque de segurança não deixa faltar o produto.

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Dias (1993) cita que o estoque de segurança poderia ser tão alto que jamais haveria a

possibilidade de ruptura, porém, desde que em média a quantidade presente na margem de

segurança não seja utilizada, torna-se parte permanente do estoque, acarretando custos

elevados. E ao contrário, determinar um estoque de segurança muito baixo por acarretar no

esgotamento, gerando os custos de não possuir materiais, como perda de vendas, paralisação

da produção, despesas para apressar entrega.

O estabelecimento de uma margem de segurança é o risco que a companhia está

disposta a assumir com respeito à ocorrência da falta de estoque.

E.Mn = (TR.Max – TR.Min) x CMD

Onde:

E.Mn = Estoque mínimo

TR.Max = Tempo de Reposição Máximo

TR.Min = Tempo de Reposição Mínimo

CMD = Consumo Médio Diário

Segundo Dias (2006, p. 66), “tem-se ainda a opção de multiplicarmos a um fator de

segurança: (K), arbitrário, com qual se deseja garantia ainda maior contra um risco de

ruptura.”

2.4.4 Custo de armazenagem

Também conhecido como custo de armazenagem, este está agregado basicamente à

quantidade e tempo em que o material fica armazenado no período. Por exemplo, grandes

quantidades de material necessitam relativamente de grande quantidade de pessoal para a

movimentação do mesmo, dessa forma aumentando o custo. Este custo é calculado sobre o

estoque médio e geralmente representado em porcentagem do valor em estoque.

Dias (1993) descreve os custos ligados ao armazenamento de material como:

Juros;

Depreciação;

Aluguel;

Equipamentos de movimentação;

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Deterioração;

Obsolescência;

Seguros;

Salários;

Conservação;

Uma boa gestão de estoque só pode ser realizada através do estudo detalhado de todos

os custos envolvidos. Esses custos podem ser determinados por meio de fórmulas

matemáticas, e são divididos em diversos componentes.

Diversos autores citam a definição matemática desse custo total por:

Custo total = Custo Total de Armazenagem + Custo Total de Pedido

Existem diversas fórmulas para o cálculo de cada um dos componentes desta equação,

que levam em consideração diferentes custos agregados. Dias (1993), cita o seguinte modelo

matemático para realização do cálculo do Custo Total de Armazenagem:

Custo de armazenagem = Q/2 x T x P x I

Onde:

Q = Quantidade de material em estoque no tempo considerado.

P = Preço unitário do material.

I = Taxa de armazenamento, expressa geralmente em termos de porcentagem do

custo unitário.

T = Tempo considerado de armazenagem.

O valor de I é expresso através da formula:

I = Ia + Ib + Ic + Id + Ie + If

Onde:

Ia) Taxa de retorno de capital:

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Ia = 100 x Lucro/Valor estoque

Após investimento do capital na compra do material, ele deixa de render juros.

Ib) Taxa de armazenamento físico:

Ib = 100 x (S x A/C x P)

Onde:

S = área ocupada pelo estoque

A = custo anual do m² de armazenamento

C = consumo anual

P = preço unitário

Ic) Taxa de seguro:

Ic = 100 x (custo anual do seguro/valor do estoque + edifícios)

Id) Taxa de transporte:

Id = 100 x (depreciação anual do equipamento/valor do estoque)

Ie) Taxa de obsolescência:

Ie = 100 x (perdas anuais por obsolescência/valor do estoque)

If) Outras taxas:

If = 100 x (despesas anuais/valor do estoque)

Conclui-se então, que a taxa de armazenamento pode ser definida pela soma de todos

os custos citados anteriormente, dado pela expressão matemática:

If = Ia + Ib + Ic + Id + Ie + If

Pode-se então chegar a conclusão de que o custo de armazenagem é definido pela

soma de diversos custos, alguns deles variáveis e outros fixos independente da quantidade

armazenada.

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29

2.4.5 Lote econômico de compra

O termo conhecido como Lote Econômico de Compra (LEC) ou do inglês, Economic

Order Quantity (EOQ) visa determinar a quantidade a ser pedida de determinado material em

seu momento de necessidade de reposição. A equação do modelo EOQ foi desenvolvida por

Ford Harris em 1913 a partir do custo total de estoque, que envolve os custos de aquisição e

de manutenção de estoques, para tentar encontrar o melhor equilíbrio entre as vantagens e as

desvantagens de manter estoque, (BALLOU, 2006).

Segundo Dias (1993) o lote econômico pode ser definido por:

Q= √(2BC/I)

Onde:

B = Custo do pedido

C = Consumo do item

I = Custo de armazenagem

2.4.6 Média móvel ponderada

Todo método de previsão de estoque tem o objetivo de definir estimativas de consumo

dos produtos para garantir o equilíbrio entre as vendas e compras de suprimentos, servindo

como base para o planejamento de todo o estoque. Segundo Diniz (2014), as variáveis

utilizadas como base para o cálculo das estimativas podem ser:

Quantitativas:

Quantidade de cada peça utilizada no passado recente.

Sazonalidade: alguns exemplos de efeitos relacionados à sazonalidade são:

o Em empresas de fretamento, nas férias escolares a frota pode ser menos

utilizada e com isso reduz-se a demanda de autopeças.

o Em empresas de transporte de cargas que prestam serviços para o setor

de cana de açúcar, no período de entressafra a frota é menos utilizada e

temos uma situação idêntica a anterior.

Qualitativas:

Experiência dos gerentes de compras ou vendas.

Pesquisas de mercado.

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O método quantitativo da média móvel ponderada consiste em atribuir pesos para os

diferentes períodos considerados. Com isso, é possível atrelar aos períodos mais atuais peso

maior que os períodos mais antigos. Diniz (2014) exemplifica a teoria através da seguinte

fórmula, onde X é o período mais antigo e Z o período mais recente.

Consumo Médio = (0,2 x X) + (0,3 x Y) + (0,5 x Z)

2.5 Procedimentos da Administração de Materiais

O intuito principal da administração de materiais é o de agrupar os produtos a fim de

tornar o reabastecimento mais ágil. Nesta atividade estão incluídos os setores típicos da

maioria das organizações, que podem ser vistos a seguir.

2.5.1 Cadastro

O cadastro dos produtos é parte fundamental para controle dos materiais, pois é neste

momento que são registradas todas as informações relevantes a ele. Tais informações que são

de suma importância para a área de Compras.

Para Viana (2002) o cadastro de materiais é essencial para a manutenção e o

desenvolvimento da organização, o qual necessita ser completo, com todos os dados

necessários para a identificação do produto, para que os administradores de materiais tenham

facilidade para trabalhar.

2.5.2 Compras

Hoje em dia a função Compras é vista como parte do processo de logística, ou seja,

parte integrante da cadeia de suprimentos. Essa área tem por finalidade suprir as necessidades

de materiais ou serviços demandados pela companhia.

Dias (1993) cita que qualquer atividade industrial necessita de matérias-primas,

componentes, equipamentos e serviços para poder operar. E no ciclo de processo de

fabricação, antes de iniciado deve haver a disponibilidade dos materiais e insumos, mantendo-

se a disponibilidade contínua a fim de atender as necessidades ao longo do período. Logo a

quantidade de materiais adquirida, deve ser compatível com o processo produtivo, e para isso

torna-se extremamente necessária uma boa previsão de necessidades.

Dentre as atividades típicas da área de Compras estão:

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Pesquisa de fornecedores: inclui o desenvolvimento de fontes de fornecimento

confiáveis; análise de custos e qualidade.

Aquisição: trata do recebimento e análise de requisições; estudo das cotações;

contato com vendedores; negociação comercial; efetivação da compra;

acompanhamento do pedido.

Administração: trata do acompanhamento do estoque mínimo e manutenção

dos mesmos; padronização de materiais.

Diversos: cálculos de estimativa de custos; retirada de materiais obsoletos em

estoque.

Gasnier (2010) exemplifica a classificação de aquisição 1, 2 e 3, no que diz respeito ao

processo de compras dos itens, fazendo assim a qualificação e confiabilidade dos

fornecedores quanto ao prazo de entrega proposto no ato da compra. Na Tabela 03 pode-se

verificar tal classificação.

Tabela 03 - Classificação da dificuldade na obtenção dos itens.

Classe Dificuldade

1 Complexa: tratam-se dos itens de obtenção muito difíceis, pois envolvem diversos fatores complicadores combinados.

2 Difícil: Envolve alguns poucos fatores complicadores relacionados acima, tornando o processo de obtenção relativamente difícil.

3 Fácil: Fornecimento ágil, rápido e pontual, o item possui amplas alternativas a disposição no mercado fornecedor.

Fonte: Gasnier (2010).

2.5.3 Recebimento

A atividade da área de recebimento dos materiais tem função de assegurar que o

produto entregue está de acordo com a ordem de compra.

Segundo Francischini e Gurgel (2002) é denominado recebimento de materiais a partir

do momento que a empresa passa a ter responsabilidade pelo material comprado, após

conferir todas as informações junto à ordem de compra da empresa. Após esse momento, a

empresa não tem mais o direito de reclamar sobre possíveis danos ou avarias sobre os

produtos adquiridos.

Para Martins e Laugeni (2003) os procedimentos para o recebimento de materiais são:

verificar o pedido de compra, verificar os elementos fiscais constantes na nota fiscal de

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entrega, conferir unidades e preços, vistoriar as embalagens e por ultimo verificar a qualidade

dos produtos adquiridos.

Portanto, o conferente de materiais deve ser uma pessoa com muita responsabilidade e

confiabilidade, pois seus olhos e procedimentos irão atuar como filtros nas entradas de

materiais.

2.5.4 Armazenagem

A armazenagem dos materiais é de suma importância para a empresa, pois neste

momento serão destinados os locais específicos para armazenamento dos produtos

comercializados pela empresa, devendo estes permanecer em locais seguros e apropriados

para que se mantenha a total qualidade até o momento de sua venda.

Para Viana (2002) a armazenagem dos produtos pode ser simples ou complexa,

dependendo da variação da armazenagem que se dá em função do tipo do produto, peso,

volume, fragilidade, entre outros.

Dias (1993) diz que um sistema correto de armazenamento influi no aproveitamento

dos produtos e dos meios de movimentação, evita rejeição de peças com danos ocasionados

por batidas e impactos, devido ao manuseio inadequado, e reduzem as perdas.

De acordo com Martins e Laugeni (2003) o armazenamento dos materiais é importante

para reduzir os custos de fretes, reduzir o custo de produção e prover um melhor nível de

atendimento ao clientes. Os objetivos de um bom armazenamento são:

Utilizar sistema PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai);

Manter a qualidade dos materiais, tomando os devidos cuidados para que a

armazenagem e movimentação não alterem suas características originais;

Identificar claramente os materiais;

Controlar a quantidade estocada;

Prover equilíbrio entre a compra e demanda, identificando materiais com baixo

nível de demanda com estoque altos, materiais iguais porém com denominação

diferentes; (acho que aqui são pontos separados)

Diminuir os espaços alocados a estocagem;

Diminuir os custos referentes ao estoque;

Manter um sistema de informação rápido e eficaz.

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2.5.5 Inventário Físico

O inventário físico é a contagem de todos os estoques da empresa, a fim de se

confrontar as informações do sistema de informação com as unidades físicas contadas.

Segundo Viana (2002) o inventário físico visa o estabelecimento de auditoria de

estoques em poder do almoxarifado, cujo objetivo é garantir confiança e exatidão dos

registros contábeis e físicos, essencial para que o sistema funcione de forma eficaz.

Francischini e Gurgel (2002) afirmam que o ideal seria a contagem dos produtos

diariamente, assim consegue-se diagnosticar os problemas no estoque com maior facilidade,

podendo resolvê-los na hora. Porém dependendo do tamanho do estoque da empresa e da

quantidade armazenada, torna-se impossível a realização diária desta atividade.

Gasnier (2010) diz que existem tipos de inventários de acordo com a necessidade de

cada empresa:

Inventário geral: se caracteriza pela contagem física de todos os itens da

empresa, estando ela com as portas fechadas, e em uma data pré-fixada ou no

fechamento contábil do ano;

Inventário permanente: consiste na contagem dos produtos pelo menos uma

vez ao ano;

Inventário rotativo: neste modo de inventário, os produtos são contados

semanal ou diariamente conforme a determinação do gestor quanto a

frequência do inventário. A partir do resultado desta avaliação, os registro que

encontram transações divergentes são reconciliados, buscando identificar e

remover as causas das divergências.

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3 METODOLOGIA

Miguel (2010) define as diferentes metodologias dentro da engenharia de produção a

partir das divisões conforme apresentadas na Figura 01.

Figura 01 - Metodologia de pesquisa em Engenharia de Produção.

Fonte: Adaptado de Miguel, (2010).

Em relação a natureza da pesquisa, o presente projeto de pesquisa é aplicada, devido à

sua abordagem de um problema real e com objetivos pré-definidos.

Quanto aos seus objetivos, estes podem ser definidos por normativos, pois se visa à

definição de regras e boas práticas para a realização da gestão.

No ponto de vista da abordagem, pode-se definir como qualitativa, pois esta está

diretamente ligada à metodologia de estudo de caso, onde será realizado o estudo de uma

empresa específica.

Para Gil (1993), pesquisa é definida como um procedimento racional e sistemático,

onde o objetivo é definir resposta para os problemas propostos. Portanto, depois de

selecionado o tema, foi realizado um estudo bibliográfico no qual se abordou o conceito

básico de estoque e sua gestão, os possíveis sistemas de controle aplicáveis, cálculos variados

aplicáveis à tomada de decisões e por fim as definições principais da administração de

materiais. Esse estudo visou um entendimento global e aprofundado de todas as áreas

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relacionadas ao estoque, para auxílio nas tomadas decisões referentes às melhores praticas a

serem utilizadas.

Posteriormente foi realizada a coleta de dados da empresa em questão, e com isso

foram selecionadas as melhores metodologias aplicáveis para a definição das políticas de

manutenção do estoque. Salienta-se que todos os valores apresentados foram multiplicados

por um fator não divulgado a fim de zelar a confidencialidade das informações.

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36

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

4.1 Estudo de Caso

O presente projeto definiu políticas de compra e gestão do estoque para insumos de

demanda independente, que na empresa são chamados de “produtos acabados”, e são

definidos por todo e qualquer produto comercializado pela própria empresa e não são

fabricados no Brasil.

Foi realizada uma análise do sistema atual utilizado pela empresa, e com base nisso

proposto um novo sistema através das pesquisas realizadas, de modo a melhorar o nível de

serviço prestado e reduzir custos operacionais e de gestão.

O estudo foi realizado apenas sobre uma das divisões da empresa, que é a de

Laboratório, já que a divisão de Processos trabalha apenas com projetos sobre demanda.

4.1.1 A Empresa

A empresa IKA foi fundada em 1910, originalmente com o nome Handelsgesellschaft

pharmazeutischer Bedarfsartikel Janke & Kunkel OHG por dois sócios na Alemanha. A

empresa sobreviveu à Primeira Guerra Mundial e aos anos subsequentes de inflação e crise

econômica oferecendo consistentemente novos produtos e ideias. Seus principais clientes são

laboratórios, farmácias e hospitais, seus produtos mais vendidos eram um suporte para

eletrólise rápida, agitadores de laboratório, plataformas aquecedoras e um calorímetro para a

determinação do valor calorífico de combustíveis.

Durante a "Noite dos 1000 Bombardeiros", em 31 de maio de 1942, o escritório e as

salas de produção da Janke & Kunkel, juntamente com grande parte de Colônia, foram

reduzidos a escombros. Numerosas máquinas foram destruídas e todos os documentos

administrativos e desenhos técnicos foram queimados. Como não era esperado que Colônia

fosse reconstruída em breve, os sócios decidiram recomeçar do zero em Staufen, em Baden do

Sul. Eles alugaram edifícios e, com a ajuda de equipe de Colônia, começaram a construir

equipamentos de laboratório novamente.

Depois da Reforma Monetária de 1948, Janke & Kunkel viveu os anos do milagre

econômico com uma linha de produtos modernizada e expandida. O completo e novo

programa usou pela primeira vez o nome IKA durante a exposição comercial internacional

mais importante, a ACHEMA, realizada novamente em 1950. O nome originou-se das iniciais

da empresa Janke & Kunkel. A IKA prosperou e logo e os edifícios da fábrica no centro de

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Staufen tornaram-se muito apertados. Em 1965, a empresa mudou-se para um amplo e novo

edifício, na área industrial de cidade, onde permanecem até a atualidade.

Atualmente a empresa conta com duas divisões, laboratório e processos. Na divisão de

laboratório conta com mais de 200 variedades de equipamentos, destinados a laboratórios de

análise em geral, além de seus acessórios e consumíveis. E na divisão de processos é

responsável por fabricar equipamentos de grande porte para utilização em linhas de produção

que contam com processamento de materiais, como por exemplo, indústrias cosméticas e

alimentícias. Hoje o grupo IKA tem mais de 800 funcionários em oito localidades nos quatro

continentes.

Sendo a mais nova das subsidiárias, a IKA Brasil iniciou suas atividades no país em

2013 apenas como revendedora, e em Março de 2015 com a fábrica e produção nacional dos

equipamentos best seller, como agitadores magnéticos, moinhos analíticos, placas de

aquecimento e seus acessórios. Buscando um relacionamento mais estreito com os clientes

locais, atualmente essa subsidiária é responsável pelo atendimento de toda a América do Sul.

4.1.2 Estado Atual

Como as atividades da empresa foram iniciadas recentemente no Brasil, cabe aos

gestores locais responsáveis por cada departamento, estabelecer os procedimentos de trabalho,

políticas e estratégias baseados nos padrões da matriz na Alemanha, porém adaptando-se às

necessidades locais do mercado e infraestrutura da planta, bem como do país.

Atualmente, a empresa não possui políticas de gestão de estoque e compras

estabelecidas para os insumos de demanda independente. Isso devido à empresa operar sem

nenhum estoque local para esses produtos e estar adquirido os insumos apenas após o

surgimento real da demanda, dessa forma não oferecendo o nível de serviço desejável.

O fornecimento dos insumos estudados se dão através da planta da empresa no

Estados Unidos, que conta com uma estrutura muito maior e mantém a produção e estoque de

praticamente todos os itens comercializados.

4.1.3 Análise do problema

Conforme apontado na apresentação da empresa, a marca IKA conta com uma grande

variedade de produtos, tornando mais difícil e trabalhoso o gerenciamento de toda a cadeia de

suprimentos. Além disso, se torna inviável manter todos os produtos em estoque, por isso um

bom planejamento de demanda e controle de estoque deve ser realizado.

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Por conta do recente início da operação, por hora não faz parte dos planos da alta

diretoria o estabelecimento de um estoque local de insumos de demanda independente.

Entretanto, desenvolvendo isso a empresa ofereceria um maior nível de serviço, ou

seja, um atendimento mais ágil aos seus clientes que atualmente necessitam após a compra,

aguardar o prazo de importação para o recebimento de seus pedidos. Isto devido ao fato de

seus insumos serem quase que em sua totalidade importados, excluso uma pequena parcela

dos produtos que são produzidos no Brasil.

Como os clientes estão acostumados com a condição de prazo de entrega atual, o

desenvolvimento desse estoque local poderia ser apresentado como um novo atrativo

oferecido pela empresa, buscando assim maior vantagem competitiva.

4.2 Análise dos Resultados

4.2.1 Análise da Classificação ABC

O passo inicial para um bom controle de estoque é definir o que se deve manter

armazenado, ou seja, em que produtos a empresa irá investir seu dinheiro para gerar lucros

futuros e movimentar seu fluxo de caixa. Isto pode ser definido através da classificação ABC,

onde a importância de cada produto é identificada claramente. Este processo de classificação

se torna extremamente importante em um ambiente como o da empresa estudada, que conta

com uma enorme gama de itens comercializados.

No Anexo I pode-se encontrar a classificação completa realizada a partir dos produtos

comercializados até o momento na sede do Brasil, ou seja, para o estudo foram

desconsiderados os produtos oferecidos pela empresa que não tiveram nenhuma demanda até

o presente.

No gráfico abaixo é apresentado um resumo dos resultados obtidos, onde se pode

observar que menos de 20% dos produtos representam 80% do faturamento total da empresa.

Portanto, define-se que estes produtos devem ter um controle mais estrito e cuidadoso para

manter a saúde da empresa.

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Gráfico 05 – Classificação ABC da empresa estudada.

Fonte: Dados da pesquisa

É aconselhável que após certo período os cálculos sejam refeitos, pois as necessidades

dos clientes podem variar, dessa forma alterando a demanda e consequentemente a posição de

classificação dos itens.

4.2.2 Análise da demanda através da Média Móvel Ponderada

No levantamento dos dados notou-se que a demanda é bastante variável no decorrer

dos meses, por isso optou-se pelo modelo de previsão através da Média Móvel Ponderada que

é um método consideravelmente simples de previsão de demanda, porém que atribui fatores

de relevância aos diferentes períodos considerados, dessa forma, acompanhando as variações

do mercado.

Para facilitar a demonstração do estudo os cálculos foram aplicados apenas aos dez

itens com maior faturamento e sobre o histórico de vendas dos três últimos meses, que podem

ser verificados a seguir na Tabela 04.

18%

25%

57%

80%

15%

5%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

A

B

C

% Agregada de valor % Agregada de itens

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40

Tabela 04 - Consumo médio mensal

Consumo Médio = (0,2 x X) + (0,3 x Y) + (0,5 x Z)

Código ID Item

Vendas Maio

Vendas Junho

Vendas Julho

Maio (Relevância

= 20%)

Junho (Relevância

= 30%)

Julho (Relevância

= 50%)

Consumo médio

A0001 34 27 24 7 8 12 27

A0002 110 2 0 22 1 0 23

A0003 15 13 3 3 4 2 8

A0004 0 5 17 0 2 9 10

A0005 1 1 0 0 0 0 1

A0006 1 2 0 0 1 0 1

A0007 0 0 4 0 0 2 2

A0008 0 0 3 0 0 2 2

A0009 0 1 0 0 0 0 0

A0010 0 1 0 0 0 0 0

Fonte: O autor.

Como se pode observar, o mês mais recente ao estudo é o que tem maior validade, por

isso é atribuído a ele peso maior que os demais. O consumo médio se deu pela soma dos três

valores de demanda multiplicados por seus respectivos graus de importância. Esses valores

servirão como base para os próximos cálculos referentes ao controle de compras e estoque.

Será estabelecido que esta previsão terá validade para os próximos três meses, após

isso, da mesma forma que a Classificação ABC, é aconselhável que os cálculos sejam refeitos

utilizando-se os dados mais recentes para obtenção de uma nova previsão mais próxima à

realidade.

4.2.3 Análise do Estoque de segurança (estoque mínimo) para itens A

Conforme comentado anteriormente, a criação do estoque local seria apresentada aos

clientes como uma nova vantagem, portanto não é aceitável principalmente no início que

aconteça a ruptura do mesmo. Apesar da previsão da demanda, não é possível ter total certeza

que os números de vendas serão exatamente os calculados, portanto como ferramenta

adicional de prevenção foi utilizado o cálculo de Estoque de Segurança (ES), também

chamado de Estoque Mínimo (E.Min).

Da mesma forma, para facilitar a visualização do estudo, na tabela a seguir são

apresentados os cálculos de estoque de segurança apenas dos dez itens de maior importância,

ou seja, os dez primeiros itens da classificação ABC, apresentados abaixo na Tabela 05.

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Tabela 05 – Estoque mínimo para itens A

E.Mn = (TR.Max – TR.Min) x CMD

Código ID Item

Tempo de reposição

Max. (TR.Max)

Tempo de reposição

Min. (Tr.Min)

Consumo Médio Mensal

Consumo médio diário (CMD)

Estoque Mínimo (E.Min)

A0001 25 15 27 2 22

A0002 25 15 23 2 19

A0003 25 15 8 1 7

A0004 25 15 10 1 8

A0005 25 15 1 0 0

A0006 25 15 1 0 1

A0007 25 15 2 0 2

A0008 25 15 2 0 1

A0009 25 15 0 0 0

A0010 25 15 0 0 0

Fonte: O autor.

Note que os valores de tempo de reposição máximos e mínimos são iguais para todos

os casos, pois foi constatada que na quantidade demandada o fornecedor tem o material a

pronta entrega, sendo definido então o lead time apenas como pelo tempo de emissão do

pedido, processamento da ordem e processo de importação.

No caso da demanda ser atendida de forma ótima, não chegando a utilizar o estoque de

segurança, este então se tornará parte fixa do estoque, gerando determinados custos de

armazenagem. Por conta disso, foi definido que apenas itens de classe A terão um estoque de

segurança, para que o nível de estoque não afete a saúde financeira da empresa.

4.2.4 Sistema de controle de reposição e lotes de compra para itens A

Foi definida então a próxima variável necessária para o ideal gerenciamento do

estoque, que é o momento de reposição. Este fator indicará em que nível de estoque a emissão

de um novo pedido de compra deverá ser realizado, para que haja a manutenção do mesmo de

forma a atender a demanda continuamente.

Para os itens de classificação A foi definido como melhor alternativa a metodologia de

reposição através do Ponto de Pedido, devido estes merecerem controle mais estrito por conta

de sua importância e alto valor agregado. Na Tabela 06 abaixo, os cálculos podem ser

notados, novamente aplicados apenas à amostragem de dez itens.

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Tabela 06 – Ponto de pedido em itens A

PP = (CMD x TR.Méd) + E.Mn

Código ID Item Consumo

médio diário (CMD)

Tempo de reposição Méd.

(TR.Méd)

Estoque mínimo (E.Min)

Ponto de Pedido (PP)

A0001 2,24 20 22 67

A0002 1,88 20 19 57

A0003 0,70 20 7 21

A0004 0,83 20 8 25

A0005 0,04 20 0 1

A0006 0,07 20 1 2

A0007 0,17 20 2 5

A0008 0,13 20 1 4

A0009 0,03 20 0 1

A0010 0,03 20 0 1

Fonte: O autor.

Obtidos os valores, fica definido então em que nível do estoque um novo pedido de

compra deverá ser emitido. Aconselha-se que os dados sejam inseridos no sistema integrado

da empresa para que haja um controle automatizado.

Após a definição de quando pedir foi calculado quanto deverá ser pedido, ou seja, o

tamanho do lote de compra e para este foi utilizado o cálculo de Lote Econômico de Compra.

Os valores de custo de armazenagem e custo de pedido foram obtidos no setor financeiro da

empresa e os resultados são apresentados na Tabela 07 a seguir.

Tabela 07 – Lote Econômico de Compra

Q= √(2BC/I)

Código ID Item

Consumo Anual (C)

Custo de pedido (B)

Custo de produto

Custo de armazenagem

(I)

Lote Econômico de

Compra (Q)

A0001 323

R$ 1.550,00

R$ 966,89 R$ 96,69 102

A0002 271 R$ 820,77 R$ 82,08 101

A0003 101 R$ 2.075,13 R$ 207,51 39

A0004 120 R$ 1.121,27 R$ 112,13 58

A0005 6 R$ 5.002,01 R$ 500,20 6

A0006 10 R$ 2.687,50 R$ 268,75 11

A0007 24 R$ 5.363,84 R$ 536,38 12

A0008 18 R$ 5.981,30 R$ 598,13 10

A0009 4 R$ 17.854,07 R$ 1.785,41 3

A0010 4 R$ 8.134,88 R$ 813,49 4

Fonte: O autor.

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43

Note que devido às compras serem internacionais, o custo de pedido tem valor alto,

isto por conta de custos fixos de importação como comissão do despachante, taxa de

utilização do sistema de comércio exterior, entre outras.

Por fim, a interação entre os resultados obtidos do Ponto de Pedido e Lote Econômico

de Compra são apresentados na Tabela 08 a seguir, que demonstra como o estoque deverá

variar em função do tempo.

Tabela 08 – Variação do estoque em função do tempo

Código ID Item

Ponto de pedido

Consumo durante tempo de reposição

Estoque no ponto de reposição

Quantidade após

reposição

Quantidade a consumir até

ponto de pedido

Dias para consumir

A0001 67 45 22 124 57 25

A0002 57 38 19 120 64 34

A0003 21 14 7 46 25 35

A0004 25 17 8 66 41 49

A0005 1 1 0 7 5 126

A0006 2 1 1 11 9 138

A0007 5 3 2 13 8 51

A0008 4 3 1 11 7 57

A0009 1 1 0 3 2 80

A0010 1 1 0 4 3 128

Fonte: O autor.

De forma mais clara, esta simulação de variação do estoque pode ser analisada como

exemplo item codificado como “A0001” através do Gráfico 06 a seguir.

Gráfico 06 – Simulação dos níveis de estoque do item “A0001”.

Fonte: O autor

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4.2.5 Sistema de controle de reposição e lotes de compra para itens B e C

Para os itens de classe B e C a política utilizada será a de Revisão Periódica, já que

estes não necessitam de um controle tão estrito, e por esse método ter custos baixos de

manutenção por conta de sua revisão ser realizada apenas após determinados períodos. Além

disso, os impactos financeiros de se manter em estoque não são relevantes.

Para definição da periodicidade das revisões foi necessário primeiramente calcular a

quantidade a ser comprada, que se dá pelo valor de estoque máximo subtraído a quantidade

em estoque no momento da revisão.

O cálculo do estoque máximo se dá pelo lote de compra somado ao estoque mínimo, e

pode ser notado na Tabela 09 a seguir.

Tabela 09 – Estoque máximo

E.max = (E.min + LEC)

Codigo ID Item

Estoque mínimo (E.Min)

Lote Econômico de Compra (LEC)

Estoque máximo

Cobertura de estoque

(meses)

Cobertura de estoque (dias)

B0001 0 35 35 14 423

B0002 0 14 14 14 424

B0003 0 6 6 19 565

B0004 0 6 6 19 571

B0005 0 20 20 22 660

B0006 0 7 7 15 444

B0007 0 6 6 20 592

B0008 0 8 8 15 461

B0009 0 5 5 24 735

B0010 0 6 6 20 607

Fonte: O autor.

Note que como foi optado por não criar um estoque mínimo para os itens B e C, logo,

o tamanho do estoque máximo será exatamente igual à quantidade do lote de compra.

Utilizaram-se os dados obtidos para calcular em seguida, o tempo de cobertura de

estoque a partir do momento que a reposição for realizada. Este dado será utilizado para

definir a periodicidade em que os níveis de estoque destes itens deverão ser revisados, e para

isto foi considerado o menor valor obtido dentre os 238 itens nas classes B e C, para que os

itens com este tempo de cobertura não fiquem sem estoque por muito tempo. O menor valor

obtido e o item relacionado a ele pode ser notado abaixo na Tabela 10.

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Tabela 10 – Políticas de compra do item B0001

Codigo ID Item

Estoque mínimo (E.Min)

Lote Econômico de Compra

(LEC)

Estoque máximo

Cobertura de estoque (meses)

Cobertura de estoque

(dias)

B0001 0 35 35 14 423

Fonte: O autor.

Com isso, temos que a cada 423 dias os níveis de estoque de todos os itens B e C serão

revisados, e pedidos de compra com quantidades para atingir o estoque máximo deverão ser

emitidos.

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46

5. CONCLUSÃO

O presente estudo possibilitou o desenvolvimento da proposta de um conjunto de

políticas de estoque e compras dos itens de demanda independente, para uma empresa

fabricante de equipamentos laboratoriais que almeja no futuro criar um estoque local de

produtos para revenda.

Através da literatura contida no estudo e a análise critica dos objetivos e necessidades

da empresa, foram aplicadas as metodologias mais adequadas, de modo a organizar o

processo de reposição de estoque proporcionando assim benefícios relevantes à empresa,

como maior nível de atendimento, fluxo de caixa e ao menor custo possível, sem a

necessidade de se manter um nível alto de estoque, o que geraria custos elevados de

manutenção e investimento.

Pode-se verificar como principal resultado do estudo a geração das informações sobre

quanto e quando é necessária a reposição de cada produto. Estes resultados foram alcançados

com o auxílio de planilhas eletrônicas onde dados relevantes da empresa como o valor de cada

produto em estoque, a demanda média, tempo de reposição, e todos os custos envolvidos

foram processados de forma interligada. Tendo em vista que dados como a demanda podem

alterar drasticamente de um período para outro, salienta-se a necessidade da realização dos

cálculos periodicamente para que as informações resultantes sejam sempre confiáveis e de

acordo com a atual realidade do negócio.

Inicialmente através da Classificação ABC foram identificados os itens de maior

importância, enquadrados estes na classe A. Apenas para estes itens foi identificado a

necessidade da criação de um estoque mínimo de segurança para que não haja a ruptura do

mesmo, porém ainda buscando manter baixo nível de itens armazenados. A partir disso, ainda

para os itens de classe A, foi definida como melhor alternativa o modelo de controle de

reposição através do Ponto de Pedido, que a partir de dados como tempo de reposição,

consumo médio diário e o estoque mínimo adotado, definem o momento exato que

determinado material deverá ser solicitado. Por fim foi calculado o lote econômico de compra,

que faz uma relação entre o custo de emissão do pedido e custo de armazenagem do material,

definindo um ponto de equilíbrio entre os dois fatores.

Para os itens enquadrados nas classes B e C a metodologia definida como mais

adequada foi a da Revisão Periódica, que possui um controle menos minucioso permitindo

assim que o gestor tenha mais tempo para focar nos itens de maior importância. Inicialmente

foi calculado o nível de estoque máximo permitido, e com base no cálculo da cobertura de

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estoque gerada por este estoque máximo foi definida a periodicidade a qual as revisões

deveriam ser realizadas, e consequentemente, pedidos de compra para reposição de estoque

emitidos.

Conclui-se então que o objetivo proposto no início do estudo foi atingido, que era o de

propor uma política sólida de gestão de estoque para itens de demanda independente, baseada

em dados e fatores reais para permitir a segurança das tomadas de decisões. Com isso, pode-

se notar que a com a implementação destas políticas o prazo de entrega dos produtos que era

de no mínimo 25 dias poderá ser reduzido para zero na maioria dos casos, tendo em vista que

o estoque local deveria atender a demanda a pronta entrega. Além disso, a reposição

controlada dos insumos garante um nível de itens armazenados ideal, reduzindo assim os

custos relacionados aos estoques tornando o negócio vantajoso tanto para o consumidor

quanto para a empresa.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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São Paulo: Atlas, 2009.

VIANA, João José. Administração de Materiais: um enfoque prático. São Paulo:

Atlas, 2002. 448 p.

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calcular-facilmente-e-reduzir-seus-custos-com-auto-pecas/>. Acessado em: 28.06.2015.

GONÇALVES, Marcelo. Lote econômico de compra - uma análise detalhada.

Disponível em: <https://portogente.com.br/portopedia/lote-economico-de-compra-74113>.

Acessado em: 10.05.2015.

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ANEXOS

Anexo I: Classificação ABC

CLASSIFICAÇÃO ABC

Código ID Item

Qtd. Vendas (Ano)

Valor Unitário de Venda

Valor total faturado (Ano)

% % Acumulada Classe

A0001 161 1611,48 258643,01 11,1% 11,1% A

A0002 168 1367,96 229816,71 9,9% 21,0% A

A0003 51 3458,55 176386,29 7,6% 28,5% A

A0004 68 1868,78 126142,32 5,4% 33,9% A

A0005 8 8336,68 62525,09 2,7% 36,6% A

A0006 12 4479,17 53750,09 2,3% 38,9% A

A0007 6 8939,74 53638,44 2,3% 41,2% A

A0008 5 9968,84 44859,78 1,9% 43,2% A

A0009 2 29756,79 44635,19 1,9% 45,1% A

A0010 3 13558,13 40674,39 1,7% 46,8% A

A0011 2 27096,21 40644,32 1,7% 48,6% A

A0012 2 19338,98 29008,46 1,2% 49,8% A

A0013 2 19157,60 28736,40 1,2% 51,0% A

A0014 9 3082,26 27740,31 1,2% 52,2% A

A0015 39 704,32 27468,65 1,2% 53,4% A

A0016 5 6050,70 27228,15 1,2% 54,6% A

A0017 5 5727,43 25773,44 1,1% 55,7% A

A0018 3 8303,39 24910,16 1,1% 56,7% A

A0019 2 15313,00 22969,50 1,0% 57,7% A

A0020 2 15301,20 22951,80 1,0% 58,7% A

A0021 2 14338,25 21507,38 0,9% 59,6% A

A0022 8 2748,50 20613,78 0,9% 60,5% A

A0023 5 4578,13 20601,59 0,9% 61,4% A

A0024 8 2620,00 19650,00 0,8% 62,3% A

A0025 11 1849,96 19424,58 0,8% 63,1% A

A0026 2 12613,00 18919,50 0,8% 63,9% A

A0027 21 879,00 18459,10 0,8% 64,7% A

A0028 2 12201,74 18302,61 0,8% 65,5% A

A0029 45 396,00 17820,00 0,8% 66,2% A

A0030 2 10934,60 16401,90 0,7% 66,9% A

A0031 2 10888,92 16333,38 0,7% 67,6% A

A0032 2 10853,92 16280,88 0,7% 68,3% A

A0033 2 10538,00 15807,00 0,7% 69,0% A

A0034 2 10114,45 15171,68 0,7% 69,7% A

A0035 3 5043,47 15130,41 0,6% 70,3% A

A0036 2 9819,53 14729,30 0,6% 71,0% A

A0037 2 9093,24 13639,86 0,6% 71,5% A

A0038 2 8900,00 13350,00 0,6% 72,1% A

A0039 3 4330,13 12990,39 0,6% 72,7% A

A0040 3 4297,21 12891,63 0,6% 73,2% A

A0041 11 1227,32 12886,89 0,6% 73,8% A

A0042 41 308,37 12488,93 0,5% 74,3% A

A0043 5 2691,00 12109,50 0,5% 74,8% A

A0044 2 7938,18 11907,27 0,5% 75,3% A

A0045 2 7880,96 11821,44 0,5% 75,9% A

A0046 45 256,53 11543,85 0,5% 76,3% A

A0047 3 3694,52 11083,56 0,5% 76,8% A

A0048 3 3375,00 10125,00 0,4% 77,3% A

A0049 3 3355,26 10065,78 0,4% 77,7% A

A0050 3 3296,70 9890,10 0,4% 78,1% A

A0051 23 431,14 9700,65 0,4% 78,5% A

A0052 5 2149,79 9674,04 0,4% 78,9% A

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A0053 5 2136,74 9615,32 0,4% 79,4% A

A0054 3 3141,84 9425,52 0,4% 79,8% A

B0001 8 1244,48 9333,60 0,4% 80,2% B

B0002 3 3105,11 9315,32 0,4% 80,6% B

B0003 2 5824,53 8736,80 0,4% 80,9% B

B0004 2 5708,57 8562,86 0,4% 81,3% B

B0005 6 1421,82 8530,92 0,4% 81,7% B

B0006 2 5673,00 8509,50 0,4% 82,0% B

B0007 2 5303,00 7954,50 0,3% 82,4% B

B0008 2 5248,53 7872,79 0,3% 82,7% B

B0009 2 5167,22 7750,83 0,3% 83,0% B

B0010 2 5045,43 7568,15 0,3% 83,4% B

B0011 5 1634,70 7356,15 0,3% 83,7% B

B0012 2 4781,78 7172,67 0,3% 84,0% B

B0013 3 2381,05 7143,15 0,3% 84,3% B

B0014 2 4751,79 7127,69 0,3% 84,6% B

B0015 8 949,79 7123,44 0,3% 84,9% B

B0016 2 4712,42 7068,63 0,3% 85,2% B

B0017 3 2351,38 7054,13 0,3% 85,5% B

B0018 3 2181,82 6545,46 0,3% 85,8% B

B0019 2 4231,75 6347,63 0,3% 86,1% B

B0020 8 824,36 6182,69 0,3% 86,3% B

B0021 9 675,76 6081,84 0,3% 86,6% B

B0022 8 796,89 5976,68 0,3% 86,9% B

B0023 5 1292,44 5815,98 0,2% 87,1% B

B0024 8 763,56 5726,70 0,2% 87,3% B

B0025 2 3702,00 5553,00 0,2% 87,6% B

B0026 6 914,06 5484,36 0,2% 87,8% B

B0027 2 3640,03 5460,05 0,2% 88,1% B

B0028 5 1200,20 5400,89 0,2% 88,3% B

B0029 2 3471,02 5206,53 0,2% 88,5% B

B0030 21 241,30 5067,30 0,2% 88,7% B

B0031 6 826,52 4959,13 0,2% 88,9% B

B0032 6 794,19 4765,14 0,2% 89,1% B

B0033 3 1532,30 4596,89 0,2% 89,3% B

B0034 3 1457,04 4371,12 0,2% 89,5% B

B0035 23 193,92 4363,20 0,2% 89,7% B

B0036 2 2868,33 4302,50 0,2% 89,9% B

B0037 21 200,33 4206,96 0,2% 90,1% B

B0038 3 1351,50 4054,50 0,2% 90,3% B

B0039 53 77,00 4042,50 0,2% 90,4% B

B0040 2 2588,50 3882,75 0,2% 90,6% B

B0041 2 2537,26 3805,89 0,2% 90,8% B

B0042 2 2515,99 3773,99 0,2% 90,9% B

B0043 3 1245,86 3737,57 0,2% 91,1% B

B0044 2 2453,58 3680,37 0,2% 91,2% B

B0045 2 2400,48 3600,72 0,2% 91,4% B

B0046 2 2347,45 3521,18 0,2% 91,5% B

B0047 3 1163,52 3490,56 0,1% 91,7% B

B0048 2 2295,93 3443,90 0,1% 91,8% B

B0049 23 152,01 3420,23 0,1% 92,0% B

B0050 6 561,91 3371,46 0,1% 92,1% B

B0051 5 739,47 3327,60 0,1% 92,3% B

B0052 2 2212,08 3318,12 0,1% 92,4% B

B0053 3 1085,40 3256,19 0,1% 92,6% B

B0054 59 55,19 3228,75 0,1% 92,7% B

B0055 2 2122,53 3183,80 0,1% 92,8% B

B0056 6 512,33 3073,98 0,1% 93,0% B

B0057 5 681,81 3068,15 0,1% 93,1% B

B0058 9 339,00 3051,00 0,1% 93,2% B

B0059 3 1010,75 3032,25 0,1% 93,4% B

B0060 2 1965,40 2948,10 0,1% 93,5% B

Page 53: Gestão de estoque - Universidade São Franciscolyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2707.pdfNesta monografia são abordadas as literaturas dos principais conceitos relacionados

52

B0061 2 1959,76 2939,64 0,1% 93,6% B

B0062 9 326,23 2936,06 0,1% 93,7% B

B0063 50 58,83 2911,88 0,1% 93,9% B

B0064 2 1927,86 2891,79 0,1% 94,0% B

B0065 2 1922,12 2883,18 0,1% 94,1% B

B0066 2 1898,05 2847,08 0,1% 94,2% B

B0067 2 1878,24 2817,36 0,1% 94,4% B

B0068 38 74,93 2809,88 0,1% 94,5% B

B0069 2 1806,24 2709,36 0,1% 94,6% B

B0070 5 601,90 2708,55 0,1% 94,7% B

B0071 2 1799,33 2699,00 0,1% 94,8% B

B0072 8 355,87 2669,03 0,1% 94,9% B

C0001 3 862,37 2587,10 0,1% 95,0% C

C0002 2 1723,12 2584,68 0,1% 95,2% C

C0003 8 332,25 2491,85 0,1% 95,3% C

C0004 5 550,70 2478,15 0,1% 95,4% C

C0005 153 15,70 2402,10 0,1% 95,5% C

C0006 8 314,66 2359,95 0,1% 95,6% C

C0007 8 313,91 2354,33 0,1% 95,7% C

C0008 5 504,75 2271,39 0,1% 95,8% C

C0009 3 733,37 2200,11 0,1% 95,9% C

C0010 3 729,23 2187,69 0,1% 96,0% C

C0011 5 482,75 2172,39 0,1% 96,1% C

C0012 5 459,43 2067,44 0,1% 96,1% C

C0013 2 1372,59 2058,89 0,1% 96,2% C

C0014 3 679,50 2038,50 0,1% 96,3% C

C0015 3 672,04 2016,12 0,1% 96,4% C

C0016 5 442,04 1989,18 0,1% 96,5% C

C0017 8 260,58 1954,35 0,1% 96,6% C

C0018 2 1290,00 1935,00 0,1% 96,7% C

C0019 2 1269,84 1904,76 0,1% 96,7% C

C0020 11 178,46 1873,85 0,1% 96,8% C

C0021 2 1228,92 1843,38 0,1% 96,9% C

C0022 2 1218,11 1827,17 0,1% 97,0% C

C0023 2 1203,92 1805,88 0,1% 97,1% C

C0024 8 233,31 1749,81 0,1% 97,1% C

C0025 6 286,82 1720,89 0,1% 97,2% C

C0026 11 162,78 1709,21 0,1% 97,3% C

C0027 8 226,84 1701,27 0,1% 97,4% C

C0028 8 226,48 1698,58 0,1% 97,4% C

C0029 5 354,26 1594,19 0,1% 97,5% C

C0030 2 1060,87 1591,31 0,1% 97,6% C

C0031 2 1053,00 1579,50 0,1% 97,6% C

C0032 2 1050,00 1575,00 0,1% 97,7% C

C0033 2 1039,29 1558,94 0,1% 97,8% C

C0034 2 1026,89 1540,33 0,1% 97,8% C

C0035 2 1009,13 1513,70 0,1% 97,9% C

C0036 2 993,78 1490,67 0,1% 98,0% C

C0037 6 247,40 1484,40 0,1% 98,0% C

C0038 2 930,34 1395,51 0,1% 98,1% C

C0039 8 184,83 1386,23 0,1% 98,1% C

C0040 15 86,17 1292,55 0,1% 98,2% C

C0041 2 817,17 1225,76 0,1% 98,3% C

C0042 3 401,63 1204,88 0,1% 98,3% C

C0043 2 785,71 1178,57 0,1% 98,4% C

C0044 8 155,19 1163,91 0,0% 98,4% C

C0045 8 154,53 1158,98 0,0% 98,5% C

C0046 3 365,70 1097,10 0,0% 98,5% C

C0047 2 699,25 1048,88 0,0% 98,5% C

C0048 30 34,88 1046,40 0,0% 98,6% C

C0049 3 337,46 1012,37 0,0% 98,6% C

C0050 5 222,86 1002,87 0,0% 98,7% C

Page 54: Gestão de estoque - Universidade São Franciscolyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2707.pdfNesta monografia são abordadas as literaturas dos principais conceitos relacionados

53

C0051 5 210,64 947,89 0,0% 98,7% C

C0052 3 314,66 943,98 0,0% 98,8% C

C0053 2 627,60 941,40 0,0% 98,8% C

C0054 2 603,78 905,67 0,0% 98,8% C

C0055 5 198,63 893,84 0,0% 98,9% C

C0056 2 590,04 885,06 0,0% 98,9% C

C0057 3 285,68 857,04 0,0% 99,0% C

C0058 3 275,96 827,88 0,0% 99,0% C

C0059 2 534,38 801,57 0,0% 99,0% C

C0060 5 169,42 762,39 0,0% 99,1% C

C0061 2 504,03 756,05 0,0% 99,1% C

C0062 5 147,61 664,25 0,0% 99,1% C

C0063 2 434,29 651,44 0,0% 99,1% C

C0064 5 144,71 651,20 0,0% 99,2% C

C0065 9 71,21 640,89 0,0% 99,2% C

C0066 2 400,00 600,00 0,0% 99,2% C

C0067 5 132,92 598,15 0,0% 99,2% C

C0068 3 196,02 588,05 0,0% 99,3% C

C0069 2 383,25 574,88 0,0% 99,3% C

C0070 6 92,62 555,69 0,0% 99,3% C

C0071 3 182,56 547,68 0,0% 99,3% C

C0072 5 117,32 527,96 0,0% 99,4% C

C0073 3 175,44 526,32 0,0% 99,4% C

C0074 2 324,34 486,51 0,0% 99,4% C

C0075 9 48,73 438,57 0,0% 99,4% C

C0076 2 288,70 433,05 0,0% 99,5% C

C0077 2 281,90 422,85 0,0% 99,5% C

C0078 2 281,24 421,86 0,0% 99,5% C

C0079 5 92,63 416,82 0,0% 99,5% C

C0080 2 277,50 416,25 0,0% 99,5% C

C0081 11 38,28 401,94 0,0% 99,5% C

C0082 2 264,35 396,53 0,0% 99,6% C

C0083 5 86,83 390,74 0,0% 99,6% C

C0084 5 86,83 390,74 0,0% 99,6% C

C0085 2 256,33 384,50 0,0% 99,6% C

C0086 2 237,92 356,88 0,0% 99,6% C

C0087 3 117,34 352,01 0,0% 99,6% C

C0088 3 111,74 335,22 0,0% 99,7% C

C0089 2 200,00 300,00 0,0% 99,7% C

C0090 2 200,00 300,00 0,0% 99,7% C

C0091 8 39,50 296,25 0,0% 99,7% C

C0092 2 195,76 293,64 0,0% 99,7% C

C0093 2 191,40 287,10 0,0% 99,7% C

C0094 75 3,73 279,75 0,0% 99,7% C

C0095 2 185,71 278,57 0,0% 99,7% C

C0096 5 59,11 265,98 0,0% 99,7% C

C0097 5 56,92 256,14 0,0% 99,8% C

C0098 2 156,94 235,41 0,0% 99,8% C

C0099 2 152,72 229,08 0,0% 99,8% C

C0100 3 67,34 202,03 0,0% 99,8% C

C0101 2 132,71 199,07 0,0% 99,8% C

C0102 8 25,42 190,67 0,0% 99,8% C

C0103 2 124,52 186,78 0,0% 99,8% C

C0104 2 120,94 181,41 0,0% 99,8% C

C0105 3 57,23 171,68 0,0% 99,8% C

C0106 2 112,17 168,26 0,0% 99,8% C

C0107 2 108,25 162,37 0,0% 99,8% C

C0108 2 107,24 160,86 0,0% 99,9% C

C0109 2 104,31 156,47 0,0% 99,9% C

C0110 2 101,44 152,16 0,0% 99,9% C

C0111 2 96,77 145,16 0,0% 99,9% C

C0112 2 96,45 144,68 0,0% 99,9% C

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54

C0113 2 96,41 144,62 0,0% 99,9% C

C0114 2 95,40 143,10 0,0% 99,9% C

C0115 2 95,16 142,75 0,0% 99,9% C

C0116 3 44,38 133,14 0,0% 99,9% C

C0117 2 81,94 122,91 0,0% 99,9% C

C0118 2 81,28 121,92 0,0% 99,9% C

C0119 2 71,41 107,12 0,0% 99,9% C

C0120 6 16,70 100,20 0,0% 99,9% C

C0121 2 63,00 94,50 0,0% 99,9% C

C0122 5 20,26 91,16 0,0% 99,9% C

C0123 5 20,23 91,03 0,0% 99,9% C

C0124 2 59,40 89,10 0,0% 99,9% C

C0125 3 28,03 84,09 0,0% 99,9% C

C0126 2 53,76 80,64 0,0% 99,9% C

C0127 2 52,39 78,59 0,0% 99,9% C

C0128 2 51,90 77,85 0,0% 99,9% C

C0129 2 50,74 76,11 0,0% 100,0% C

C0130 2 47,99 71,99 0,0% 100,0% C

C0131 2 47,84 71,76 0,0% 100,0% C

C0132 2 47,72 71,58 0,0% 100,0% C

C0133 2 46,93 70,39 0,0% 100,0% C

C0134 2 43,25 64,88 0,0% 100,0% C

C0135 2 41,93 62,90 0,0% 100,0% C

C0136 3 20,95 62,85 0,0% 100,0% C

C0137 2 41,88 62,82 0,0% 100,0% C

C0138 2 41,00 61,50 0,0% 100,0% C

C0139 6 9,17 55,04 0,0% 100,0% C

C0140 2 35,71 53,57 0,0% 100,0% C

C0141 2 32,00 48,00 0,0% 100,0% C

C0142 2 28,62 42,93 0,0% 100,0% C

C0143 2 26,78 40,17 0,0% 100,0% C

C0144 2 25,95 38,93 0,0% 100,0% C

C0145 2 22,16 33,25 0,0% 100,0% C

C0146 2 20,56 30,84 0,0% 100,0% C

C0147 2 20,50 30,75 0,0% 100,0% C

C0148 6 4,94 29,65 0,0% 100,0% C

C0149 2 19,02 28,53 0,0% 100,0% C

C0150 2 14,98 22,47 0,0% 100,0% C

C0151 2 6,90 10,35 0,0% 100,0% C

C0152 2 6,73 10,10 0,0% 100,0% C

C0153 2 5,30 7,95 0,0% 100,0% C

C0154 2 2,50 3,75 0,0% 100,0% C

C0155 2 2,47 3,71 0,0% 100,0% C

C0156 2 2,15 3,22 0,0% 100,0% C

C0157 20 0,12 2,37 0,0% 100,0% C

C0158 2 1,50 2,25 0,0% 100,0% C

C0159 2 1,43 2,14 0,0% 100,0% C

C0160 2 1,20 1,80 0,0% 100,0% C

C0161 2 1,00 1,50 0,0% 100,0% C

C0162 2 1,00 1,50 0,0% 100,0% C

C0163 2 1,00 1,50 0,0% 100,0% C

C0164 2 0,58 0,88 0,0% 100,0% C

C0165 2 0,40 0,59 0,0% 100,0% C

C0166 2 0,12 0,19 0,0% 100,0% C