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GESTÃO DE RELACIONAMENTO E PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS: INTRODUTÓRIO Profa. Elisangela Lasta (UFRGS)

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GESTÃO DE RELACIONAMENTO E

PRODUÇÃO

DE CONTEÚDOS: INTRODUTÓRIO

Profa. Elisangela Lasta (UFRGS)

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IMPLICAÇÕES Quando nos propomos a pesquisar/estudar/trabalhar no

contexto dos fenômenos da comunicação em rede:

⊙ Cada escolha/ação que ocorre dentro dos ambientes

digitais possui consequências na estrutura da web como

um todo que implica em correlações.

⊙ Atores elaboram os significados nos ambientes digitais

através do uso social e da arquitetura tecnológica

referente à eles (espaço/ programa/texto) aos quais

estejam agenciados.

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“ A ideia consiste em

aproveitar as vantagens [...]

e não lutar contra suas

desvantagens“.

(PÓVOA, 2000, p. 72)

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Contexto

Estar agenciado a um

ambiente digital não

significa estar

automaticamente visível aos

demais na rede. Pois, há

excesso de informações

dispersas nos mais variados

ambientes digitais.

CONSEQUÊN-

CIASCultura Digital

“[...] cultura digital é a cultura

dos filtros, da seleção, das

sugestões e dos

comentários”(COSTA, 2003,

p. 34).

Que implica nos

mecanismos dos serviços

de busca, que funcionam a

partir da estrutura da web

(OLIVEIRA, 2010).

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ESTRUTURA

DA WEB

▪ No núcleo se encontram as

páginas que se referenciam

mutuamente. São amplamente

conhecidas e referenciadas.

▪ As páginas solitárias, essas não

referenciam a outras páginas

como também não são

referenciadas. Serão indexadas

somente se o proprietário da

página a submeter explicitamente

aos serviços de busca.

▪ No grupo IN encontram-se as

que referenciam outras, porém

são pouco referenciadas.

▪ E no grupo OUT estão as que

são amplamente referenciadas ,

contudo, referenciam raramente.Figura 12. A estrutura das páginas Web

Fonte: OLIVEIRA (2010, p.41)

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“[...] O Google mantém uma lista de

bilhões de páginas em ordem de

importância. [...] este mecanismo

considera uma página importante se a

mesma é referenciada por páginas que,

por sua vez, são referenciadas por

muitas outras páginas.

(OLIVEIRA, 2010, p. 48)

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PAGERANK

Fonte: FILIPINI, 2010

Determina “[...] a relevância e a

importância de um site contando

o número de outros sites ligados

a ele, assim como o número de sites

ligados àqueles sites” (HOWE, 2009,

p. 205 - 206).

- A página A possui 100 pontos e 2

links de saída e a sua página ao

receber um link da página A passa a

receber a metade desses pontos

(50);

**Essas proporções são meramente para

tornar a explicação mais simples.

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REFERENCIA-

ÇÃO +

CONTEÚDO

Links de entrada: links de outras páginas apontando para a

sua.

▪ Páginas com conteúdo e/ou atividade totalmente diferente

da sua acrescentará pouco valor em termos de pontuação;

▪ Como também sua página corre o risco de ser penalizada

pelo buscador ao ter muitos links sem nenhum critério

apontando para a sua página;

O objetivo deve ser trazer links de páginas relevantes e que

sejam relacionadas ao tema de sua página.

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ÇÃO +

CONTEÚDO

Links de saída: links de sua página apontando para páginas

externas.

▪ Pressupõe relacionamento = Reciprocidade

link de entrada <--> link de saída

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REFERENCIA-

ÇÃO +

CONTEÚDO

Links internos: links de sua página e outras sob o mesmo

domínio.

▪ Afetam a distribuição de pontuação entre as páginas de

um mesmo domínio;

Portanto, a página que receber maior número de links será

considerada a principal pelo buscador.

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Elementos

sociotécnicos

do ambiente

digital e suas

implicações ESPAÇO PROGRAMA TEXTO

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Exemplo!

Espaço.

Instagram - espaço misto:

Consequência? Instagram Shopping: permite iniciar a

realização de uma compra a partir do feed, a foto recebe

uma tag (ao clicar nela, o usuário tem acesso a todas as

informações disponibilizadas pelo vendedor).

Se resolver efetuar a compra, ele é direcionado ao e-

commerce da marca e cai direto na página do item em

questão.

***Atualmente, quando alguém gosta de um produto

divulgado, precisa sair do Instagram para procurar mais

informações no e-commerce da loja.

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Exemplo!

Programa.

Instagram – aspectos de programa:

▪ Padronização de layout: mesma composição

layout dentro de determinado tema/produto

divulgado nas postagens, assim cria-se a

impressão de organização e unidade visual;

▪ Stories/Teaser : pré-divulgação nos stories e

posteriori compartilhamento no perfil;

▪ Stories/Enquete : uso de enquete para saber

às preferências do público e depois criar

promoção específica de produtos;

Fonte: Borges, Emily (2018)

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Exemplo!

Texto.

Elemento textual do Twitter:

▪ Hashtags (#): permitem que se possa

alcançar um público mais amplo do

que apenas seus seguidores.

Elementos textuais do Instagram:

▪ Stories a partir da composição de textos e

imagens: uso de mais de uma “tela” no

stories para em um primeiro momento trazer

expectativa ao público (escondendo o

produto) e posteriori desvelando-o;

▪ Hashtag: uso de hashtags na composição

da descrição nas postagens, que podem ser

articuladas de acordo com: o produto; o

conceito de marca; a campanha promocional;

o nome da marca;

▪ Acessibilidade: uso da hashtag

#PraCegoVer (que informa que aquela

publicação é acessível) atrelada a descrição

da postagem.

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LINGUAGEM

HIPERMÍDIA

SANTAELLA (2005)

Textos, imagens fixas e

animadas, sons,

ruídos, vozes:

Complementam-se e

Intercambiam funções.

Organização reticular

dos fluxos

informacionais em

arquiteturas

hipertextuais:

Nós e nexos;

É feita para ser lida

através de buscas,

descobertas, escolhas.

Capacidade de

armazenar

informações.

Necessidade de criar

roteiros que sejam

capazes de guiar o

receptor no seu

processo de

navegação.

As pistas estruturais

devem encontrar

pontos de organização

estratégicos.

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“Brotando da convergência [...] a

hipermídia significa [...] matrizes

da linguagem e pensamento

sonoro, visual e verbal com todos

os seus desdobramentos e

misturas possíveis.

(SANTAELLA, 2005, p.392)

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REFERÊNCIAS

BARICHELLO, Eugenia Mariano da Rocha; LASTA, Elisangela. Desintermediação na sociedade midiatizada:

Petrobras e suas práticas comunicacionais no blog corporativo Fatos e Dados. Chasqui – Revista

Latinoamericana de comunicação. N°112, dezembro de 2010a, pág. 75 - 80.

______. Comunicação organizacional digital: a cauda longa da informação gerada pelo blog corporativo

Fatos & Dados da Petrobras. Lumina. Universidade Federal de Juiz de Fora, Vol.4, N°2, dezembro de 2010b,

pág. 1 - 12.

ESTALELLA, Adolfo. Blogs, una forma de ser através de Internet. In: MARTINEZ, Samuel e SOLANO,

Edwing (org). Blogs, bloggers, blogosfera: una revisión multidisciplinaria. México: Universidade

Iberoamericana, 2010, pág. 35 – 44.

FELIPINI, Dailton. Google top 10: como colocar seu blog na primeira página do Google. Rio de Janeiro:

Brasport, 2010.

LASTA, Elisangela. Processos comunicacionais na mídia digital: estratégias sociotécnicas de visibilidade e

legitimidade nos blogs corporativos. 2011. Dissertação (Mestrado em Comunicação) - Programa de Pós-

graduação em Comunicação, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2011.

OLIVEIRA, José Palazzo Moreira de. Busca inteligente na Web: um guia para tornar sua busca na Web

eficaz e rápida. Porto alegre: Instituto de informática – UFRGS, 2010.

ORIHUELA, José Luis. Blogs e blogosfera: o meio e a comunidade. In: ORDUNÃ, Octavio I. Rojas. Et al.

Blogs: revolucionando os meios de comunicação. São Paulo: Cengage Learning, 2007, pág. 1 - 20.

PÓVOA, Marcello. Anatomia da internet: investigações estratégicas sobre o universo digital. Rio de Janeiro:

Casa da Palavra, 2000.

SANTAELLA, Lucia. Matrizes da linguagem e pensamento: sonora, visual, verbal. São Paulo: Iluminuras,

2005.

SODRÉ, Muniz. Antropológica do espelho: uma teoria da comunicação linear e em rede. Petrópolis: Vozes,

2009.