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NOVEMBRO / 2012 70 REVISTA PROTEÇÃO GESTÃO DE RISCOS Trabalho integrado em obra de ampliação de refinaria reduz acidentes Novo rumo A Previdência Social aponta que somen- te no Brasil, em 2009, ocorreu cerca de uma morte a cada 3,5 horas, motivada pelo risco decorrente dos fatores ambi- entais do trabalho, e pelo menos 83 aci- dentes e doenças do trabalho foram con- firmados a cada uma hora na jornada di- ária. No total, foram registrados 723,5 mil acidentes do trabalho com predomi- nância do sexo masculino e pessoas na faixa de 20 a 29 anos, com a indústria respondendo por 48 por cento dos aci- dentes. Ferimento ou fratura de punho e mão foram as principais consequências e respectivas partes do corpo mais atin- gidas. É neste contexto e alinhados à política corporativa da refinaria em estudo, que tem entre suas orientações, o estímulo ao registro e ao tratamento das questões de Marcus Vinicius Lazzarini Paes - Engenheiro de Segurança do Trabalho [email protected] Viriato Gomes Fraga - Técnico de Segurança do Trabalho [email protected] Marcus Vinicius Lazzarini Paes e Viriato Gomes Fraga segurança, que implementamos uma so- lução econômica e eficaz em busca de um ambiente de trabalho mais seguro. A cri- ação de um grupo de trabalho com o in- tuito de apontar, de maneira clara e obje- tiva, causas e soluções para redução e mitigação de acidentes que, na maioria das vezes, poderiam ser facilmente evita- dos. Segundo o plano básico desta organi- zação, cabe a uma de suas unidades fa- zer/administrar empreendimentos e pres- tar serviços de engenharia em condições pactuadas entre as áreas de negócios e a Engenharia, garantindo o cumprimento das legislações pertinentes, das diretrizes e orientações de todas as unidades da em- presa, com responsabilidade social e ambiental. A área de Engenharia, dentro da estru- tura organizacional, está subordinada à Diretoria Geral, que tem o QSMS (Quali- dade, Segurança, Meio Ambiente e Saú- de) como uma de suas gerências. INDICADORES INDICADORES INDICADORES INDICADORES INDICADORES Até meados de 2009 a gestão de SMS da empresa era feita usando as ferramen- tas corporativas (auditorias comporta- mentais, listas de verificação, auditorias internas e externas, etc.) e ferramentas locais (inspeções diárias de campo, ins- peções gerenciais semanais do cliente e da gerência da empresa). Entretanto, um alerta acendeu quando os indicadores de gestão do empreendimento começaram a demonstrar que algo não estava bom: os acidentes sem afastamento estavam os- cilando muito próximos do limite máxi- mo estabelecido pela companhia à épo- ca, que era 8,00 (Gráfico 1, Taxa de fre- quência de acidentados sem afastamen- to/2009) e os afastamentos, que não ti- nham ocorrido no primeiro semestre, ini- ciaram numa tendência crescente, inclu- sive alguns com alta gravidade (Gráfico 2, Taxa de frequência de acidentados com afastamento/2009). Outra deficiência era a forma de trata- DIVULGAÇÃO EBE - EMPRESA BRASILEIRA DE ENGENHARIA

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NOVEMBRO / 201270 REVISTA PROTEÇÃO

GESTÃO DE RISCOS

Trabalho integrado em obra de ampliação de refinaria reduz acidentes

Novo rumo

A Previdência Social aponta que somen-te no Brasil, em 2009, ocorreu cerca deuma morte a cada 3,5 horas, motivadapelo risco decorrente dos fatores ambi-entais do trabalho, e pelo menos 83 aci-dentes e doenças do trabalho foram con-firmados a cada uma hora na jornada di-ária. No total, foram registrados 723,5mil acidentes do trabalho com predomi-nância do sexo masculino e pessoas nafaixa de 20 a 29 anos, com a indústriarespondendo por 48 por cento dos aci-dentes. Ferimento ou fratura de punhoe mão foram as principais consequênciase respectivas partes do corpo mais atin-gidas.

É neste contexto e alinhados à políticacorporativa da refinaria em estudo, quetem entre suas orientações, o estímulo aoregistro e ao tratamento das questões de

Marcus Vinicius Lazzarini Paes - Engenheiro de Segurançado [email protected]

Viriato Gomes Fraga - Técnico de Segurança do [email protected]

Marcus Vinicius Lazzarini Paes e Viriato Gomes Fraga

segurança, que implementamos uma so-lução econômica e eficaz em busca de umambiente de trabalho mais seguro. A cri-ação de um grupo de trabalho com o in-tuito de apontar, de maneira clara e obje-tiva, causas e soluções para redução emitigação de acidentes que, na maioriadas vezes, poderiam ser facilmente evita-dos.

Segundo o plano básico desta organi-zação, cabe a uma de suas unidades fa-zer/administrar empreendimentos e pres-tar serviços de engenharia em condiçõespactuadas entre as áreas de negócios e aEngenharia, garantindo o cumprimentodas legislações pertinentes, das diretrizese orientações de todas as unidades da em-presa, com responsabilidade social eambiental.

A área de Engenharia, dentro da estru-tura organizacional, está subordinada àDiretoria Geral, que tem o QSMS (Quali-dade, Segurança, Meio Ambiente e Saú-de) como uma de suas gerências.

INDICADORESINDICADORESINDICADORESINDICADORESINDICADORESAté meados de 2009 a gestão de SMS

da empresa era feita usando as ferramen-tas corporativas (auditorias comporta-mentais, listas de verificação, auditoriasinternas e externas, etc.) e ferramentaslocais (inspeções diárias de campo, ins-peções gerenciais semanais do cliente eda gerência da empresa). Entretanto, umalerta acendeu quando os indicadores degestão do empreendimento começaram ademonstrar que algo não estava bom: osacidentes sem afastamento estavam os-cilando muito próximos do limite máxi-mo estabelecido pela companhia à épo-ca, que era 8,00 (Gráfico 1, Taxa de fre-quência de acidentados sem afastamen-to/2009) e os afastamentos, que não ti-nham ocorrido no primeiro semestre, ini-ciaram numa tendência crescente, inclu-sive alguns com alta gravidade (Gráfico2, Taxa de frequência de acidentados comafastamento/2009).

Outra deficiência era a forma de trata-

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mento dos incidentes e acidentes ocorri-dos nas contratadas analisados pela em-presa. Na maioria das vezes esta abran-gência era feita por meio eletrônico (sim-ples envio de e-mail), ocorrendo falhas derecebimento e/ou de interpretação das in-formações pelas contratadas.

Como o histograma do empreendimen-to mostrava claro crescimento no HHER(Homens-Hora de Exposição ao Risco) ena evolução do efetivo das contratadas,ficava claro que as ferramentas até entãoutilizadas precisavam de algo mais, quefosse fácil, rápido, simples e barato, pararevertermos o panorama que se apresen-tava.

Visando analisar os acidentes ocorridosnas obras de ampliação da refinaria, a fimde determinar ações que prevenissem asua recorrência, com base nas recomen-dações dos eventos estudados, e de pro-mover uma abrangência mais efetiva dasinformações, foi montado no primeiro tri-

mestre de 2010 um grupo de trabalho comreuniões mensais chamado inicialmentede “Grupo de Trabalho de Acidentes -Aprendendo com o Passado”, posterior-mente, com a inclusão de novas atribui-ções, passou a denominar-se “GT de Aci-dentes”.

DIFERENCIALDIFERENCIALDIFERENCIALDIFERENCIALDIFERENCIALDesde o início, foi pensado que o Gru-

po de Trabalho formado tinha que ter umdiferencial importante em relação aos gru-pos de análise/investigação de acidentesverificados em outros locais: a participa-ção de pessoas que fizessem os serviçosacontecerem em campo era item impres-cindível, uma vez que são elas que conhe-cem o “chão de fábrica”, contribuem in-formando dificultadores e facilitadores e,principalmente, levam informações à for-ça de trabalho.

Outra premissa era que não adiantavatermos um grupo fechado, composto so-

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mente por empregados da nossa organi-zação, pois, não poderíamos cair no errojá verificado em outras oportunidades –cobrar atitudes e ações sem que os en-volvidos/afetados por elas tivessem par-ticipado das decisões – o que, certamen-te, faria com que os desdobramentos nãofossem os desejados.

Com estas informações em mente, o GTfoi formado contendo componentes doIERN/QSMS e representantes da Produ-ção e da Segurança do Trabalho de todasas contratadas das obras, tendo como ob-jetivos iniciais: analisar todas as ocorrên-cias de todas as contratadas; determinarações de prevenção de novos acidentescom base nas ações decorrentes dos even-tos estudados; estabelecer oportunidadesde melhoria de procedimentos visandosegurança do processo e dos executan-tes; avaliar criticamente e alterar, caso ne-cessário, o fluxo de investigação de ocor-rências e promover o alinhamento entreSegurança e Produção.

PRIMEIROS RESULPRIMEIROS RESULPRIMEIROS RESULPRIMEIROS RESULPRIMEIROS RESULTTTTTADOSADOSADOSADOSADOSO Grupo de Trabalho formado por em-

pregados da companhia e por represen-tantes de todas as suas contratadas, to-dos ligados à Produção e à Segurança,começaram a ter os primeiros resultadosmais concretos, como a criação de mode-lo mínimo de informações necessáriaspara cada ocorrência de modo a facilitaras análises pelo Grupo. A análise das in-formações, com os acidentes quantifica-dos por cargos, dias, horários, partes docorpo, atividades, nível de escolaridade,tempo de empresa e de função foi outro

exemplo prático positivo a partir da atua-ção do GT. Com base nestas quantifica-ções foi decidido tratar as questões querepresentaram a maior fatia dos aciden-tes, optando por propostas simples e de

baixo custo sem grandes impactos no pro-cesso produtivo.

Esta primeira rodada de análises trou-xe um maior desenvolvimento das rela-ções entre os diferentes tipos de profissio-

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nais do empreendimento com suas con-tratadas. Um dos aspectos mais significa-tivos foi a valorização da consultoria desegurança com argumentação técnica eevidências dos resultados obtidos na pro-dutividade e nos índices, uma vez que oanseio de todos é único – executar as o-bras cumprindo os requisitos normativose contratuais para atingir os objetivos emetas propostos pela organização.

PRIMEIRA FPRIMEIRA FPRIMEIRA FPRIMEIRA FPRIMEIRA FASEASEASEASEASEEntre as propostas de ações a serem

realizadas na fase inicial de atuação do GT

tes ocorridos tornou-se evidente a neces-sidade de reforçar os aspectos de Segu-rança do Trabalho desde a contratação dofuncionário;

Identificação dos novos funcionáriosatravés de adesivos na cor verde-limãodurante 60 dias, uma vez que era elevadonúmero de ocorrências com novos cola-boradores, além de auxiliar em situaçõesde emergências, pois os novatos seriamapadrinhados até os pontos de agrupa-mento local sendo facilmente reconheci-dos por qualquer pessoa da área. Facilitaa visualização e serve de ponto focal parainspeções gerenciais e/ou auditorias com-portamentais.

Inclusão no controle estatístico dosacidentes das obras, do tempo de empre-sa e do tempo de função dos líderes ime-diatos (encarregados e/ou supervisores)diretamente relacionados com cada ocor-rência. Permite acompanhar se existe re-lação entre a ocorrência de acidentes e acapacitação profissional do encarregado,avaliando futuras demandas e verifican-do os requisitos para a função.

Adoção do critério de análise prévia /lista de verificação dos serviços nas fren-tes de trabalho pelos fiscais das obras,encarregados e técnicos de segurança dascontratadas de forma a garantir um me-lhor entendimento da tarefa pelos execu-tantes. Medida de complemento à siste-mática de Permissão para Trabalho (queinclui frentes com Área Liberada) emiti-da pelas áreas responsáveis da refinariaem questão. O número de desvios apon-tados por falha de entendimento dos tra-balhos a serem realizados e as ocorrênci-

encontram-se:Identificação de todos os ajudantes

com a inserção de adesivo no capacete,uma vez que a categoria representava21% do total de acidentes ocorridos. Fa-cilita a visualização e serve de ponto fo-cal para inspeções gerenciais e/ou audi-torias comportamentais, sempre com focoeducativo;

Dedicação de 20% da carga horáriada integração a temas relativos à Segu-rança do Trabalho para as funções de aju-dantes e carpinteiros. Como estas funçõesrepresentavam 40% do total dos aciden-

Dispositivo para retirada de tampas de bueiro

Dispositivo para movimentar grelhas

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GESTÃO DE RISCOSas de acidentes por atividades realizadasnestas condições justificam a medida, quepretende facilitar o entendimento pelosexecutantes diretos reduzindo o númerode ocorrências.

Criação de grupo de aplicação deabrangência para incidentes/acidentes dealto potencial a ser convocado sempre quenecessário, que se definiu devido ao tem-po elevado de resposta das demais contra-tadas com atividades semelhantes. Destaforma, torna-se possível abranger maisimediatamente as ocorrências com altopotencial de gravidade e propor ações debloqueio conjuntas.

Direcionacionamento da força de tra-balho para que realizasse suas auditoriascomportamentais preferencialmente àsterças e sextas-feiras e nos períodos pró-ximos às saídas para o intervalo de almo-ço e término de expediente. Teve comojustificativa o fato de que estes são os diase horários mais significativos dentro daamostra de acidentes estudada. Assim,pretende-se maximizar o efeito de corre-ção de desvios e conscientização da forçade trabalho das contratadas.

O fechamento destas propostas gerouum termo de compromisso visando evi-tar a recorrência dos acidentes, com vali-dação pelo gerente da empresa e geren-tes setoriais, e por gerentes de produçãoe de QSMS das contratadas. Posterior-mente, com a entrada de novas empreitei-ras, promovemos a sua renovação.

uma lista de verificação reunindo as boaspráticas para prevenção de acidentes comas mãos para aplicação periódica em to-dos os contratos (Quadro 2, Lista de veri-ficação – Prevenção de acidentes com asmãos), e estamos mostrando este mate-rial para as novas empresas nas reuniõesde kick-off meeting (reuniões iniciais decontrato).

QUANTITQUANTITQUANTITQUANTITQUANTITAAAAATIVOSTIVOSTIVOSTIVOSTIVOSEm 2009, com 9.530.079 homens-hora

de exposição ao risco (HHER), tivemosuma Taxa de Frequência de AcidentadosSem Afastamento (TFSA) de 6,30 acimado limite máximo admissível - LMA - de4,80 para o período. Em 2010, após a ado-ção das ações propostas no GT de aciden-tes, reduzimos o TFSA para 4,64 (dentrodo LMA do período, que era 5,00), mes-mo aumentando a HHER para 13.791.831.

Outro dado quantitativo importante foio incremento no número de registros deincidentes das contratadas nas obras deampliação desta refinaria, de 331 em2009, para 1.632 em 2010.

A redução na Taxa de Frequência deAcidentados Com Afastamento (TFCA),de 0,63 em 2009 (acima do LMA de 0,50),para 0,36 em 2010 (dentro do LMA do pe-ríodo que era 0,48), foi outro dado consi-derável.

O crescimento de 54% de Listas de Ve-rificação de Segurança – LV aplicadas em2010 em relação a 2009, com o objetivode verificar em campo a adoção das me-didas de bloqueio de segurança pelas con-tratadas é também um aspecto importan-te.

O Indicador de Conformidade da Listade Verificação para a lista de verificaçãode prevenção de acidentes com as mãospassou a ser aplicado bem como o maioralinhamento (proporcionalidade) da pirâ-mide de ocorrências em 2010 da empre-sa em relação a 2009.

QUALITQUALITQUALITQUALITQUALITAAAAATIVOSTIVOSTIVOSTIVOSTIVOSNão foram apenas indicadores quanti-

tativos que demonstraram o valor da ati-vidade desenvolvida pelo grupo de traba-lho para redução de acidentes. Aspectosqualitativos também marcaram o suces-so da iniciativa que proporcionou um es-tudo conjunto dos acidentes das obras deampliação a fim de verificar que liçõespoderiam ser aprendidas com eles. Estãoentre os primeiros resultados: a abrangên-cia e o retorno de informações sobre des-

CONSOLIDAÇÃOCONSOLIDAÇÃOCONSOLIDAÇÃOCONSOLIDAÇÃOCONSOLIDAÇÃOA partir da conclusão desta primeira fa-

se, o grupo focou seus encontros na aná-lise e discussão dos acidentes do perío-do. Numa segunda etapa, passou a fazera abrangência dos acidentes com alto po-tencial de perdas em toda a estrutura or-ganizacional através da sua análise e dasações propostas pelas comissões de inves-tigação, implementando-as dentro da re-alidade vivenciada. Para isto, criou-se umformulário específico em cada contrata-da (Quadro 1, Formulário de abrangênciade acidentes com alto potencial de per-das).

Além das análises periódicas e daabrangência dos acidentes fatais, em2011, o grupo trabalhou na verificação dasboas práticas de prevenção a acidentescom as mãos (parte do corpo mais atingi-da) adotadas por cada contratada. Reu-nimos material fotográfico e em conjuntocom os gerentes de QSMS das diversasempresas, preparamos um trabalho vali-dado por todos para adoção como padrãonas obras (veja algumas fotos ilustrandoas práticas validadas).

É importante frisar que as propostasforam objeto de Análises Preliminares deRisco – APR – ou Análises de Segurançada Tarefa – AST – e passaram por testesantes de serem implementadas a fim deque novos riscos não fossem criados.

Após esta validação a fim de acompa-nharmos a eficácia das ações, criamos

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vios, incidentes e acidentes de maneirarápida e eficaz; a maior integração entreas equipes de Segurança do Trabalho detodos os contratos, valorizando as discus-sões e propostas de soluções em grupo, ea melhoria nos relatórios de análises deacidentes executados com a discussão eaprofundamento das possíveis causas bá-sicas e recomendações de ações de blo-queio.

A participação da cadeia produtiva nasdiscussões a fim de validar as ações pro-postas e evitar impactos de escopo/prazoe o engajamento das lideranças de toda aorganização e contratadas em aspectos deSMS foram conquistas também importan-tes.

Com relação ao impacto das medidaspara as contratadas, muito ajudaram asreuniões periódicas do GT de acidentespara divulgação do material de abran-gência de acidentes com alto potencial deperdas da empresa (com retorno das aná-lises); bem como o estímulo à dissemina-ção e adoção (por todos), das boas práti-cas verificadas nas diferentes frentes detrabalho e no mercado, ressaltando aque-las de baixo custo e fácil aplicabilidade.

Relevante também é o fato de que pelaprimeira vez a empresa foi indicada a par-

ticipar de um prêmio de destaque em en-genharia por seu desempenho em SMS,conquistando o segundo lugar.

Além disto, a empresa também teve pe-la primeira vez duas contratadas partici-pando de prêmio em engenharia de QSMSpara empreiteiras nas modalidades: cons-trução industrial menor que 100 milhõesde reais e construção industrial maior que100 milhões de reais, obtendo este últi-mo com a contratada Andrade Gutierrez.

Importante frisar que desde a criação ea implementação do Grupo, não tivemosmais acidentes graves nas obras de am-pliação da refinaria.

As análises e estudos implementadospelo Grupo, as lições aprendidas e a efeti-

vação das propostas em campo mostra-ram-se tangíveis, extremamente econômi-cas e mensuráveis através de listas de veri-ficação (check-lists) e indicadores de ges-tão. Evitam passivos e promovem a segu-rança sem impactar prazos e cronogramasplanejados, sendo fáceis de serem aplica-dos em diversas unidades da Companhia.Cabe ressaltar ainda a decisão assertivade envolver representantes de todas ascontratadas e lideranças do empreendi-mento, validando as decisões do grupo ecomprometendo-se com sua execução.

Alça para transporte de dormentes usados em movimentação de cargas

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