Gestão da água e efluentes Vinícolas - advid.pt · graves problemas ambientais sazonalidade,...

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[email protected] 0 Gestão da água e efluentes Vinícolas: uma visão preocupante! Antonio Pirra Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; Deptº Agronomia, CQVR- UTAD; Apartado 1013; 5000-801 Vila Real; email: [email protected]

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Gestão da água e efluentes Vinícolas:

uma visão preocupante!

Antonio PirraUniversidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; Deptº Agronomia, CQVR-

UTAD; Apartado 1013; 5000-801 Vila Real; email: [email protected]

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Introdução RDD: + antiga do mundo património Mundial UNESCO

graves problemas ambientais sazonalidade, elevada carga poluente, desequilíbrio em nutrientes, pH ácido e elevado teor fenólicos

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Introdução

RDD: + antiga do mundo património Mundial UNESCO

fileira industrial dominante vitivinícola (Vinho Porto)

porta-bandeira de valores patrimoniais, culturais, estéticos e ecológicos

EVs são 10-100 X mais poluentes que os efluentes domésticos

produção 1000 L de vinho origina uma poluição equivalente a 100 pessoas

2005/2006 existiam em Portugal 61 680 locais de vinificação (24 200 na RVV)

O que se sabe…

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O que se presume…

EVs altamente poluentes (10 a 100 X + que os urbanos)

problemas poluição hídrica (indústria de vinificação)

CQO médio da ordem 10 g L-1

pH ácido, elevados teores de SST e de carga poluente

Efluente doméstico

EVs (s/ borras)

Subprodutos (borras, terras, etc.)

CQO (g L-1) 1 10 200 CBO5 (g L-1) 0,5 6 120 SST (g L-1) 0,2 1 60

pH 7,0 4,5 3,5

(Adaptado de Jourjon et al., 2001)

QUADRO 1-Características médias do efluente doméstico, EVs e subprodutos

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E em Portugal (Douro e não só..)

Que se passa com as adegas a nível ambiental?

Muito pouco se sabe…

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O nosso trabalho: estudo de caso

seleccionadas três adegas alvo representativas dos diferentes tipos e

dimensões RDD (pequena , media e grande)

Durante 3 anos acompanhamento qualitativo e quantitativo das

etapas de laboração e caracterização da respectiva produção de

efluentes,

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RDD - Estudo de Caso

ACVR média dimensão, vinifica uvas associados, tratamentos pós

vinificação, lotação, envelhecimento casco, engarrafamento e

comercialização, bem equipada (tubagem e cubas inox); Lavagem taras

Q Sol moderna, grandes dimensões (multinacional vinho do Porto e

mesa), uvas próprias e adquiridas a particulares. Muito bem equipada

(tubagem e cubas em aço inox)

todas recolhem e enviam para destilação após filtração fundos cuba

(borras) e bagaços resultantes da fermentação, não recolhendo terras de

filtração (processadas juntamente com EVs)

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Produção de vinho: todos sabem…. ao infimo pormenor…

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Quadro 1 – Produção anual de vinho por espécie das adegas em estudo (x103 litros)

Vinho de mesa Vinho generoso % Vinho

Ano Branco Tinto Branco Tinto Total Mesa Tinto

1999 11 116 127 100 91 2000 11 127 138 100 9

Quinta 2001 11 149 160 100 93 da Gaivosa 2002 38 125 163 100 77

2003 44 204 248 100 82 Média 23 144 167 100 86

1999 281 1381 502 563 2726 61 71 2000 59 882 548 615 2104 45 71

ACVR 2001 724 2393 612 778 4506 69 70 2002 256 1388 620 703 2967 55 70 2003 549 1906 695 511 3661 67 66 Média 374 1590 595 634 3193 62 70

1999 183 1182 894 3493 5751 24 81 2000 30 1036 903 3732 5702 19 84

Quinta 2001 52 2638 1051 3468 7209 37 85 do Sol* 2002 173 2513 654 3650 6991 38 88

2003 605 2849 468 2795 6717 51 84 Média 209 2044 794 3428 6474 35 85

*Os valores anuais e totais indicados englobam também o vinho vinificado noutros locais e para aqui transportado onde é processado, representando cerca de 35% do total

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E consumo de água/tratamento de efluentes??

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ausência registos qualitativos e quantitativos relativos ao respetivo consumo de água/produção de efluentes.

Instalaram-se contadores : consumo de agua é = produção de efluentes (ou já não será vinho…)

Algumas até têm ETAR pq foram obrigadas (licença de laboração…) mas não funciona pq:

não sabem

n querem saber

as multas ainda

compensam… (?)

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Estudo de casoSazonalidade do consumo diário água

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240

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-12

27

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Data

Volu

me (

m3

dia

-1)

2001 2002 2003F

uga

de a

gu

a

Fu

ga

de á

gu

a

Vindima

Gráfico 2- Consumo diário de água na Q Sol

10-50 m3 dia-1 época baixa (período entre vindimas),

40 a 150 m3 dia-1 na época alta (vindima),

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Sazonalidade do consumo diário água

ACVR 8-20 m3 dia-1 época mais baixa

20-55 m3 dia-1 época alta

consumo mais regular tipo de actividades que desenvolve (lavagem

e engarrafamento taras retornáveis não existe nas restantes adegas)

10

Q. Gaivosa consumo reduzido e irregular

1-6 m3 dia-1 época baixa (fins de Outubro a Agosto)

3-15 m3 dia-1 período vindima

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Consumo acumulado água

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período extra vindima o consumo apresenta uma evolução linear

vindima/primeiras trasfegas (Setembro e Outubro) consumo

aumenta exponencialmente,

concentra 35 - 50 % consumo anual

y = 27,485x - 1E+06

R2 = 0,9902

0

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21-4

-04

Data

Volu

me (

m3)

Vindima 2002

Vindima 2003

Gráfico 4- Consumo acumulado de água na Quinta Sol

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Consumo médio diário e específico água

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Comparar eficiência uso água adegas diferentes dimensões

Consumo específico (L água por litro de vinho processado)

1,5 a 3 L água L-1 vinho

E na sua adega

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

2001 2002 2003Periodo

Co

ns

um

o d

iári

o (

m3 d

ia-1

)

0,0

0,5

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3,5

4,0

4,5

Co

ns

um

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sp

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ífic

o

(L á

gu

a L

vin

ho

-1)

Quinta do Sol ACVR Quinta da Gaivosa

Q Sol (cons. espec.) ACVR (cons. espec.) Q Gaivosa (cons. espec.)

Gráfico 7- Consumomédio diário e específicode água das adegas

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Sazonalidade de características

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carga poluente muito sazonal

CBO5: 20-90% CQO

teor SST 0,05-1,25 gL-1 relação directa carga poluenteassociada

pH 3,7-12,3

preponderância básica vindima e ácida fora deste período.

0

2

4

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10

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14

16

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1

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2-200

2

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1-200

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3

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7-200

3

Data

CQ

O e

CB

O5 (

g L

-1)

0,00

0,25

0,50

0,75

1,00

1,25

1,50

1,75

2,00

SS

T e

SS

V (

g L

-1)

CQO

CBO5

SST

SSV

Gráfico 8- Evolução dosteores de CQO, CBO5,SST e SSV na Q. Sol

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Sazonalidade de características

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ACVR carga poluente variável e sazonal

máximo Fevereiro-Junho 100 g CQO L-1 (picos esporádicos)

CBO5 36-97% do CQO, sem relação fase ciclo operativo da adega

teor de SST 0,015- 9,2 g L-1, em relação directa carga poluente associada

pH 3,5-12,1

preponderância ácida vindimas e

básica fora deste período (lavagens vasilhame com soda caustica)

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2

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2

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Data

CQ

O e

CB

O5 (

g L

-1)

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SS

t e S

SV

(g

L-1

)

CQO

CBO5

SST

SSV

Gráfico 9- Evolução dosteores de CQO, CBO5,SST e SSV na ACVR

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Sazonalidade de características

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Q. Gaivosa carga poluente extremamente variável e sazonal regra é muito

elevada (associada aos vinhos tintos extremamente corados que produz)

valores máximos no período após a vindima >60 g CQO L-1,

prolongando-se até Março (fim fermentação maloláctica),

teor de CBO5 20-95% CQO, em relação directa ciclo operativo da adega.

teor SST muito variável, 0,008-33g L-1, directamente proporcional à

carga poluente associada

pH 3,5-12,1: preponderância ácida, picos básicos (lavagem vasilhame

com soda caustica).

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2

6-1

2-0

2

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Data

CQ

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O5 (

g L

-1)

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SS

T e

SS

V (

g L

-1)

CQO

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SST

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Gráfico 10- Evolução dosteores de CQO, CBO5,SST e SSV na Q. Gaivosa

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Características médias

cargas poluentes elevadas 2,5-25,7 g CQO L-1

CBO5 tendência idêntica 0,7-13,11g CBO5 L-1,

Variações inter-anuais, não correlacionáveis com a produção vinho

16

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2001 2002 2003Periodo

CQ

O e

CB

O5 (

g L

-1)

CQO Qta Gaivosa CQO ACVR CQO Qta Sol

CBO Qta Gaivosa CBO ACVR CBO Qta Sol

Gráfico 11- CQO e CBO5 médios anuais dos EVs

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Características médias

Q. Gaivosa tem também + SST, com médias 1-7,7 g L-1 (produz vinhos

muito corados)

seguindo-se ACVR 0,3-1,1 g L-1 e Q. Sol 0,2-1,4 g L-1

O teor SSV segue tendência idêntica

Q. Gaivosa 1-6,7 g L-1; ACVR 0,25-0,7 g L-1, Q. Sol 0,08-1,33 g L-1

Q. Gaivosa comportamento distinto das restantes:

aumento SST e SSV 2001-03 não correl. com respectiva produção vinho17

0

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2

3

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2001 2002 2003Periodo

SS

T e

SS

V (

g L

-1)

SST Qta Gaivosa SST ACVR SST Qta Sol

SSV Qta Gaivosa SSV ACVR SSV Qta Sol

Gráfico 12- SST e SSV médios anuais dos EVs

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Características médias

razão CBO5/CQO é menor na Q. Gaivosa (cerca 47%),

65% na ACVR e 62% Q. Sol (2 ultimas EVs + facilmente biodegradáveis)

% SSV: Q. Gaivosa teor + elevado (cerca 81%), seguindo-se ACVR e a Q.

Sol com cerca 69% e 64% respectivamente.

excepto Q. Gaivosa restantes adegas diminuem % SSV de 2001/03 (sem

razão correlacionável com respectiva produção vinho)

pH ACVR valores tendência mais elevados: 8,1 (soda caustica na

lavagem taras reutilizáveis)

Q. Sol e Q. Gaivosa EVs ligeiramente ácidos: valores tendência 5,6- 6,518

Gráfico 13- % SSV erazão CBO5/CQOmédios dos EVs

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2001 2002 2003Periodo

%S

SV

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T e

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CB

O5/C

QO

%SSV Qta Gaivosa %SSV ACVR %SSV Qta Sol

CQO/CBO Qta Gaivosa CQO/CBO ACVR CQO/CBO Qta Sol

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(a vergonha da) Análise da estatística disponível...

19

Figura 1 – Nº entidades do sector vinho notificadas e

respectivos resultados em termos cumprimentos de regras

ambientais (IGAOT, 2005)

11 (7%) licença descarga cursos agua

57 (35%) cumpriam exigencias ambientais de

descarga de efluentes

161 entidades notificadas

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cumprimento da legislação ambiental pelas empresas vitivinícola mais

representativas em Portugal: apenas 2 empresas (1%) cumprem a totalidade das

prerrogativas ambientais (2004)

ETARs vinícolas enfrentam graves problemas de funcionamento bem como

deficiente acompanhamento técnico

apenas 7% possuíam licença para os evacuar em massas de água…

20

475 Unidades com produção> 1000 hL

55 (12%) Autorização de rejeição de EVs

33 (7%) licença descarga EVs em cursos água

Figure 2 – principais adegas (produção > 1000 hL) e a sua situação

ambiental (2004/05) [4,5]

(a vergonha da) Análise da estatística disponível...

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Conclusões

21

1. Dois períodos distintos consumo de água/volume de efluentes produzido:

época baixa (Nov. a Ago. senso lato), consumos reduzidos,

época alta (vindima/primeiras trasfegas: Set-Out): consumos

multiplicados por factor 2 a 5 x

consumo neste período: cerca de 35-50% total anual

2. Volume médio de efluentes

produzido variável em função

dimensão e fase do ciclo produtivo

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Sistemas de tratamento: talvezv numa nova acção/curso com mais tempo…. Não são nenhum bicho mau…

Mais intensivas…

22

Qta Nogueira

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[email protected] 23

Qta S Luiz

ACVR

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[email protected] 24

Gran Cruz

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Ou mais extensivas… Etar domestica, Geres

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Mais extensivas…

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Etar Leicar, Vila Conde

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Laboratório análise e tratamento efluentes - UTAD

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Conclusões

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3.produção específica EVs depende dimensão, tecnologia, factor humano:

1,45-2,58 L água L vinho produzido-1, inversamente proporcional dimensão adega.

4.sazonalidade e irregularidade elevada em termos carga poluente, teor SST e pH

5.EVs da RDD apresentam carga poluente extremamente variável

6.Muita falta de conhecimento/desinteresse/falta de fiscalização…

7.desconhece-se quer o nº empresas quer quantidade de EVs produzida anualmente

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Conclusões

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5. pouca informação existente,: grande maioria nao cumpre a legilsaçãoambiental relacionada com o tratamento e descarga de efluentes

6. Estima-se que aplicação legislação UE resultaria na criação de 400 milpostos de trabalho e numa poupança anual de cerca de 72 mil milhões € [4].

7. Um problema

e uma oportunidade!...

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Obrigado pela atenção