Gestão Cultural: Planejamento, ferramentas e gestão empreendedora - Valerya Borges (Janeiro 2015)
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Programa do Curso
Aula 1 Gestão de
Cultura
Aula 2 Projetos
Aula 3 Recursos
Aula 4 Gestão
Empreendedora
Programa do Curso
Gestão – Conceito Geral
Conceito de Gestão aplicado ao setor cultural
Gestor Cultural – Que profissional é
esse?
A Gestão Cultural no contexto atual
Ferramentas de Gestão e
Planejamento
Pontos de atenção, riscos e oportunidades –
Convidada: Amanda Gomes
Planejamento
Fontes de Financiamento
Gestão de recursos sob a perspectiva do patrocinador
Cenário atual
Ferramentas
Planejando um empreendimento
Cultural
Gestão de Cultura Projetos Recursos Gestão
Empreendedora
Pra começar...
... 3 Conceitos u Cultura
u Gestão
u Gestão de Cultura
Gestão de Cultura Projetos Recursos Gestão
Empreendedora
Cultura
u “Conjunto de características distintas espirituais, materiais, intelectuais e afetivas que caracterizam uma sociedade ou um grupo social. Abarca, além das artes e das letras, os modos de vida, os sistemas de valores, as tradições e as crenças”
Definição de CULTURA pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)
Gestão de Cultura Projetos Recursos Gestão
Empreendedora
Gestão u substantivo feminino:
1 ato ou efeito de gerir;
2 administração, direção.
3 gerência Dicionário Michaelis
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Empreendedora
Gerir Cultura
u “No campo específico da cultura gerir significa, uma sensibilidade de compreensão, análises e respeito dos processos sociais. Capacidade de entender os processos criativos e estabelecer relações de cooperação com o mundo artístico e suas diversidades expressivas. A gestão cultural implica uma valorização dos intangíveis e assumir a gestão do opinável e subjetivo. A gestão da cultura há de encontrar os referentes próprios de sua ação adaptando-se a suas particularidades e encontrar uma forma de evidenciar, de forma muito diferente, os critérios de eficácia, eficiência e avaliação”.
Alfons Martinell
Gestão de Cultura Projetos Recursos Gestão
Empreendedora
Origem
Gestão de Cultura Projetos Recursos Gestão
Empreendedora
Década de 1980 institucionalização da cultura
Mudanças na história cultural brasileira
Políticas públicas
Cultura + desenvolvimento
social, econômico e humano
Criação das instâncias máximas da adm. pública de
cultura no Brasil
Secretarias municipais e
estaduais de Cultura
MinC (1985)
Origem
u Formalização da criação de novo mercado
u Reconhecimento da atividade cultural como responsabilidade pública
u Aumento/remanejamento de postos de empregos públicos, privados e no terceiro setor
u Estreitamento da relação entre poder público, empresas, classe artística
Surge a necessidade de um profissional que consiga c o o r d e n a r d e f o r m a s is tematizada projetos, a p a r e l h o s c u l t u r a i s e atender outras demandas do setor: GESTOR CULTURAL
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Empreendedora
Perfil
u Estabelecer estratégia desenvolvimento de uma organização
u definir objetivos e finalidades a desenvolver
u Compor recursos disponíveis: humanos, econômicos, materiais, etc.;
u aproveitar as oportunidades do entorno
u Desenvolver conjunto de técnicas para o bom funcionamento de uma organização
u relação com o exterior
u adaptar-se às características do conteúdo e setor profissional de seu cargo
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Empreendedora
Perfil
Esferas de competências:
u Comportamentais:
liderança,
negociação
desenvolvimento de equipes
e empreendedorismo;
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Empreendedora
Perfil
u Técnicas:
conhecimento do setor
técnicas de produção
controle financeiro
logística
distribuição
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Perfil
u Estratégicas:
associativismo,
análise e prospecção de mercado,
estratégias de captação de recursos financeiros
planejamento
avaliação dos resultados e processos.
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Empreendedora
Perfil
u Há um mercado emergente para o gestor cultural. Não faltam funções necessitando de pessoas capacitadas para assumi-las
u Deve ter capacidade de reconhecer a cultura não só como eventos artísticos, mas como meio de desenvolvimento social e econômico do país.
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Empreendedora
Perfil
u Deverá ser capaz de materializar e dinamizar (âmbito local, regional e nacional) as práticas que configuram a cultura de uma comunidade.
u Desenvolvimento da sensibilidade artística, articulando-a a um caráter mais prático, voltada para ações objetivas e estratégicas de atuação (no setor público, na iniciativa privada, no terceiro setor). Isso exige formação multidisciplinar e generalista.
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Empreendedora
Atuação
Um dos grandes desafios é realizar o mapeamento das possibilidades de atuação no campo profissional.
A diversidade de opções deve-se à própria complexidade gerada pela demanda do mercado cultural, que amplia a oferta e disponibiliza novos postos de trabalho, tanto no setor público quanto no privado.
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Empreendedora
Atuação
Exemplos de possibilidades de atuação:
u áreas artísticas culturais específicas: espaços públicos, privados ou do terceiro setor como teatros, museus, bibliotecas, centros culturais, galerias, circo, ou ainda em festivais, circuitos, indústria fonográfica, setor editorial etc.
u instituições públicas nos âmbitos municipal, estadual e federal (órgãos diretos e indiretos, autarquias, fundações e institutos)
u mercado privado, prestação de serviços especializados de forma autônoma ou com empresas culturais de gestão e/ou produções
u Grupos culturais ou comunitários
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Empreendedora
Atuação
u Não existem modelos gerais. A gestão cultural precisa criar referenciais próprios, adaptados às suas particularidades, com base no contexto em que se vai atuar.
u O gestor precisa estar atento ao cenário cultural, identificando demandas, potencialidades, desejos e fragilidades locais, assumindo, dessa forma, um papel de mediador que opera entre atores diversos.
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Empreendedora
Atuação
u A gestão cultural envolve criatividade na busca de alternativas e inovação e pode partir de uma perspectiva de curto, médio ou longo prazo, efetivando-se no âmbito de projetos, programas, projetos, políticas, ações pontuais ou eventos.
Funções
u realizar novos estudos e pesquisas sobre o mercado cultural e suas interfaces
u criar condições para que a produção cultural aconteça
u cuidar da preservação do patrimônio cultural (material e imaterial)
u aproximar o produto cultural do seu público
u criar condições para que as obras culturais circulem (municípios, estados, país e exterior)
u avaliar resultados de projetos implementados
u estimular a comunidade a desenvolver seu próprio potencial crítico e criativo (formação de públicos e preparação de artistas)
u administrar espaços e grupos culturais
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Empreendedora
Formação
u A formação do gestor cultural deve ser entendida como uma composição de elementos, em que só o autodidatismo não consegue mais responder a todas as demandas do processo formativo e nem o ambiente estritamente acadêmico, que ainda não é suficientemente específico.
Gestão de Cultura Projetos Recursos Gestão
Empreendedora
Formação
u Há uma busca de metodologias de ensino que encontram um equilíbrio entre a formação teórica conceitual e a prática.
u O gestor cultural compõe seu currículo a partir de suas necessidades específicas de atuação profissional.
Formação
u O processo formativo do gestor cultural tem início na educação do seu olhar e da sua sensibilidade para compreender a lógica do campo da cultura e da arte.
u Esse é o seu diferencial como gestor de cultura.
“ ”
Gestão cultural é uma administração rigorosa a serviço da utopia
JACQUES RIGAUD
In “Pensar e Agir com a Cultura: desafios da gestão cultural”
Etapas
Concepção e Elaboração • motivações para a realização do projeto, mensagem, definição da(s) linguagem (ens) artística(s)
• circunstâncias sociais, culturais, políticas, estéticas que justifiquem sua realização
Planejamento • Abrangência geográfica • Logística de ação • Logística de distribuição • Etapas de trabalho • Análise jurídica • Planos de contingência • Cronograma estimado • Composição de recursos • Montagem de checklist
Formulação • Identificação do projeto • Objeto • Objetivos • Justificativa • Público-alvo • Metodologias • Plano de Comunicação • Plano de distribuição • Cronograma • Orçamento
Gerenciamento • Check List • Cronograma • Gestão Orçamentária • Documentação
Avaliação • Criação/aplicação de metodologias de avaliação dos resultados obtidos
”
“ Um projeto é uma organização transitória, que compreende uma sequencia de atividades dirigidas à geração de um produto singular em um tempo dado
HERMANO THIRY-CHERQUES
Gestão de Cultura Projetos Recursos Gestão
Empreendedora
Projeto u Um projeto tem um fim claramente
identificável em termos de custos, prazos e qualidade. Isso quer dizer que terá um resultado, um produto (tangível ou intangível), um serviço ou mesmo um conjunto de ideias.
u É transitório, com ciclo de vida determinado (começo, meio e fim), que acaba quando chegamos ao objetivo pretendido.
Conjunto articulado de ações, com uma sequencia de atividades
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Empreendedora
Pontos de atenção, riscos e oportunidades
CONVIDADA:
AMANDA FERREIRA GOMES
Gestão de Cultura Projetos Recursos Gestão
Empreendedora
DESAFIOS -‐ Pensar a atuação no território: potenciais de a2vos culturais e cria2vos; -‐ Como manter as perspec2vas social, simbólica, ambiental e polí2ca das ações empreendidas; -‐ Como garan2r que as perspec2vas culturais, humanas e intangíveis possam transformar a economia historicamente focada no consumo e não ao contrário? -‐ Como conciliar perspec2vas individuais e cole2vas? -‐ Como incorporar perspec2vas econômicas a cultura sem perder de vista o afeto, o simbólico, o prazer de criar, a liberdade de expressão?
ELEMENTOS PARA ATIVIDADE DE GESTÃO -‐ Conteúdos: instrumentos e linguagens -‐ Equipes: profissionais e grupos envolvidos -‐ Tempos & movimentos: prazos -‐ Recursos -‐ Comunicação -‐ Parcerias
CONTEUDOS -‐ Acompanhamento dos conteúdos: linguagens, instrumentos, criação, produção, avaliação, aprendizados -‐ Diferenciais dos conteúdos, linguagens e instrumentos envolvidos no empreendimento à luz dos contextos históricos, arRs2cos e de mercado -‐ Contratos e contratações -‐ Adequação da linguagem/instrumentos e conteúdos aos públicos -‐ Expressão arRs2ca/cria2va e comunicação com os públicos -‐ difusão, circulação e acesso dos conteúdos, linguagens e instrumentos envolvidos/produzidos/criados pelos empreendimentos -‐ Dialogo com tecnologias, territórios virtuais e publico alvo
EQUIPES -‐ Quem faz o que, como, quando, onde, porque e para quê? -‐ Criação, produção, atendimento e comunicação. -‐ Desenho e gestão de organograma ou outros modelos de operação -‐ Colaboração, diálogo, relacionamento. -‐ Prazos de entrega, contratos, modelos de contratação de equipes -‐ Gestão em modelos distribuído ou centralizado, modelos colabora2vos, -‐ Gestão de vocações, experiência, reputação, par2cipação. -‐ Aprendizado das equipes; -‐ Colaboração X compe2ção -‐ Remuneração apropriada -‐ Gestão par2cipa2va das equipes -‐ As questões humanas dentro dos fluxos do empreendimento
TEMPOS/MOVIMENTOS -‐ Acompanhamento, gestão, adequação dos cronogramas/etapas -‐ Ajustes e alinhamento com calendários/agendas do setor cultural/ cria2vo/outros setores correlatos e/ou alinhamento com calendário dos parceiros (ano le2vo, datas comemora2vas/feriados/agenda dos inves2dores e financiadores/ concorrência) -‐ Acompanhamento e ajuste da concomitância/alternância de a2vidades -‐ Foco e atenção nos fatores crí2cos de sucesso do projeto: o que não pode atrasar sem comprometer os prazos estabelecidos. -‐ Plano de con2ngencia (plano B) e definição de margens de segurança -‐ Renegociação de prazos conforme andamento do cronograma
RECURSOS -‐ Adequação a valores de mercado (projeto / produtos / serviços) -‐ Gestão das capacidades de movimentação econômica no setor/território + impacto nas cadeias cria2vas, culturais e econômicas -‐ Gestão dos potenciais do empreendimento de gerar emprego/renda/ a2vos nos territórios/setores impactados -‐ Margens de segurança e reservas técnicas -‐ Gestão da viabilidade econômico-‐financeira do empreendimento -‐ Gestão do inves2mento inicial (recursos financeiros, intelectuais, tecnológicos, etc.) -‐ Poupança e distribuição de recursos ao longo dos anos/exercícios -‐ Gestão do capital de giro -‐ Equilíbrio entre custos fixos e variáveis
COMUNICAÇÃO -‐ Comunicação com o mercado, comunicação de venda, comunicação social (aderência a praças, públicos, comunidades), -‐ Criação de situações comunica2vas (reuniões, pesquisas, diálogo, encontros, mídias sociais, interação, par2cipação) -‐ Veículos envolvidos na comunicação -‐ o meio e a mensagem. -‐ Dimensões da Comunicação -‐ presencial, virtual, conceitual -‐ Canais de comunicação com o público (FAQ, fale conosco, outros)
PARCERIAS -‐ Gestão do relacionamento com governos, financiadores, inves2dores, colaboradores, equipes, sociedade civil, comunidades e grupos convergentes, fornecedores,, imprensa, clientes e outros. -‐ Mapeamento e ar2culação de parcerias convergentes; -‐ Movimentação e mobilização de redes atuantes na sociedade -‐ Seleção de parceiros por convergências de sen2dos e propósitos -‐ Compar2lhamento de resultados, dificuldades, desafios, avanços com o conjunto de parceiros -‐ Diversidade, convivência e dialogo -‐ gestão da mul2plicidade de mo2vações a par2r das convergências das parcerias -‐ Definição, negociação e formalização do modelo de parceria -‐ Gestão de parceiros no processo: antes, durante e depois das ações empreendidas
OBRIGADA! AMANDA FERREIRA GOMES [email protected]
Recursos
u Recursos humanos:
Produtor, consultor, técnico, artista, público, gestor
u Recursos materiais e serviços:
Espaço físico, impressos, cenário, seguro, frete, internet, computadores
u Recursos financeiros
São a matéria-prima que garante a existência e realização dos projetos
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Empreendedora
Recursos financeiros
u O setor cultural é formado por atividades rentáveis (geralmente ligadas às indústrias culturais) e por atividades não rentáveis que, por não estarem inseridas na lógica do mercado, precisam ser apoiadas por outras fontes.
u Dessa forma, para garantir a vitalidade cultural da sociedade, é necessário existir uma diversidade de fontes de recursos para a cultura.
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Recursos financeiros
u O financiamento da cultura relaciona-se ao conjunto de iniciativas, medidas ou mecanismos capazes de prover recursos financeiros para o desenvolvimento do setor cultural.
u Existem diversas formas de financiamento da cultura, que podem ser assim resumidas:
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Empreendedora
Recursos financeiros
u Fundos públicos (internacionais, federais, estaduais, municipais)
u Receitas geradas pela comercialização de produtos e/ou serviços
u Recursos privados provenientes de pessoas físicas ou jurídicas (investimento, doação ou patrocínio – com ou sem utilização das leis de incentivo fiscal à cultura)
u Permutas ou apoios culturais
u Financiamento coletivo (crowdfunding)
u Ações especiais (Branded Content, Product Placement)
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Empreendedora
Incentivos fiscais
u Lei Rouanet (Lei Federal 8.313/91) – até 4% do total do IR devido
u Lei do Audiovisual (Artigo 1° da Lei Fed. n° 8.685/93)– até 3%
u Lei do Audiovisual (Artigo 1°A da Lei Fed. n° 8.685/93)– até 4%;
u FUNCINE (Artigo 41 a 46 da Medida Provisória n° 2.228/01) – até 3%.
u Lei de Incentivo ao Esporte: 1%
u Fundo da Criança e do Adolescente (FUMCAD, Funcriança, etc): 1%
u Leis estaduais de incentivo à Cultura (ICMS)
u Leis municipais de incentivo à Cultura (IPTU e ISS)
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Incentivos fiscais
Lei Rouanet
(até 4% do IR devido) Mecanismo de patrocínio (recursos para o retorno de mkt) ou doação (filantropia)
2 tipos de enquadramento:
► Art. 26 (entre 64% e 76% de abatimento)
► Art. 18 (100% de abatimento)
Lei do Audiovisual Art. 1
(até 3% do IR devido) Mecanismo de investimento (retorno financeiro)
► 100% de abatimento
► Empresa vira “sócia” do projeto e tem direito a uma parcela do retorno financeiro
► Pode ser lançado como despesa operacional (deduz do imposto de renda, o que aumenta o abatimento)
Lei do Audiovisual Art.1ª
(até 4% do IR devido) Mecanismo de patrocínio (recursos para o retorno de mkt)
► Similar ao artigo 18 da Rouanet (100% de abatimento)
► Não pode ser lançado como despesa operacional
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Incentivos fiscais
Funcine
(até 3% do IR devido) Mecanismo de investimento (retorno financeiro)
► 100% de abatimento do valor investido na compra das cotas
► Empresa vira “sócia” do projeto e tem direito a uma parcela do retorno financeiro
► Não pode ser lançado como despesa operacional
Leis estaduais
(teto de destinação varia) Mecanismo de patrocínio (recursos para o retorno de mkt)
► Valor do abatimento varia de Estado para Estado (Ex. SP: 100% / RJ: 80%)
► O abatimento incide sobre o ICMS devido
► Cálculo do ICMS é determinado pela Sec. Da Fazenda
Leis municipais
(teto de destinação varia) Mecanismo de patrocínio (recursos para o retorno de mkt)
► Valor do abatimento varia de cidade para cidade
► O abatimento incide sobre o IPTU e/ou ISS devidos
Ex: Lei Mendonça (SP)
► Até 20% do IPTU e ISS devidos
► 70% abatimento (30% inv. próprio)
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Gestão de recursos
u Alinhamento com valores da marca
u Alinhamento com políticas e agendas públicas
u Possibilidade de relacionamento (B2B / governos / públicos de interesse)
u Alinhamento com mercado/negócio (praças / públicos / produtos)
u Boa percepção para as marcas - sustentabilidade, responsabilidade socioambiental, etc
u Convergência com políticas de comunicação da empresa e com agendas da sociedade
u Diferenciação, relevância, benefícios sociais, culturais, ambientais
u Resultados sociais e ambientais e impactos socioeconômicos tangíveis
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Empreendedora
Outras possibilidades de financiamento
É a técnica de incorporar marcas em filmes em troca de dinheiro, promoção ou benefício concedido pelo anunciante. (GUPTA & GOULD, 1998)
Product Placement
Também conhecido conteúdo de marca, é uma ferramenta de comunicação publicitária, que conjuga o entretenimento com uma marca num determinado formato, quer seja para TV, rádio, mídia impressa, internet, eventos ou espetáculos. (Wikipedia)
Branded Content
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Empreendedora
Terceiro Setor u “É uma terminologia sociológica que dá
significado a todas as iniciativas privadas de utilidade pública com origem na sociedade civil. A palavra é uma tradução do inglês 'third sector', um vocábulo muito utilizado nos Estados Unidos para definir as diversas organizações sem vínculos diretos com o primeiro setor (público, o Estado) e o segundo setor (privado, o mercado)”.
Wikipedia
De um modo mais simplificado o terceiro setor é o conjunto de entidades da sociedade civil com fins públicos e não-lucrativas.
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Empreendedora
Investimento Social Privado
Incluem-se neste universo as ações sociais protagonizadas por empresas, fundações e institutos de origem empresarial ou instituídos por famílias, comunidades ou indivíduos.
u “Investimento social privado é o repasse voluntário de recursos privados de forma planejada, monitorada e sistemática para projetos sociais, ambientais e culturais de interesse público”.
Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE )
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Empreendedora
Investimento Social Privado
Os elementos fundamentais - intrínsecos ao conceito de investimento social privado – que diferenciam essa prática das ações assistencialistas são:
u preocupação com planejamento, monitoramento e avaliação dos projetos;
u estratégia voltada para resultados sustentáveis de impacto e transformação social;
u envolvimento da comunidade no desenvolvimento da ação.
O investimento social privado pode ser alavancado por meio de incentivos fiscais concedidos pelo poder público e também pela alocação de recursos não-financeiros e intangíveis.
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Empreendedora
Responsabilidade Social Corporativa
u “É a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais”.
Instituto Ethos
Muitas vezes, as decisões sobre quais ações culturais a empresa vai apoiar são tomadas pela RSC, que também pode fazer a gestão do projeto, estando em contato direto com os produtores culturais.
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Empreendedora
Mercado
u Em 2010, a pesquisa Sistema de Informações e Indicadores Culturais 2007-2010, feita pelo IBGE, em parceria com o Ministério da Cultura, mapeou 239 mil empresas ativas relacionadas ao setor cultural, que empregaram 1,7 milhão de pessoas (média de 7 pessoas por empresa).
u As atividades culturais obtiveram cerca de R$ 374,8 bilhões de receita líquida, consumiram R$ 329,1 bilhões, gerando R$ 152,9 bilhões de receita bruta.
Gestão de Cultura Projetos Recursos Gestão
Empreendedora
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Empreendedora
Sistema de Informações e Indicadores Culturais 2007-2010 (IBGE)
Gestão de Cultura Projetos Recursos Gestão
Empreendedora
Sistema de Informações e Indicadores Culturais 2007-2010 (IBGE)
Empreendedorismo u “A essência do empreendedorismo permanece na percepção e exploração de novas oportunidades no domínio dos negócios (...) sempre fazendo algum uso diferente dos recursos nacionais dos quais eles estão extraindo de seus empregos tradicionais e submetendo a novas combinações”.
Schumpeter
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Empreendedora
Gestor empreendedor
u Conhece o setor cultural
u É criativo e sensível
u Sabe trabalhar em grupo
u Estabelece metas
u Busca informações antes de realizar
u Planeja e monitora sistematicamente
u Busca oportunidades
u Exige qualidade e eficiência
u Corre riscos calculados
u Persiste
u Faz o esforço necessário para realizar uma tarefa
u Persuade e cria redes de contatos
u Tem independência e autoconfiança
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Empreendedora
Pensando um empreendimento
► O empreendedor poderá ainda encontrar investidores ou utilizar recursos próprios para viabilizar o seu empreendimento.
► Neste caso, o retorno do investimento pode vir também da venda de produtos ou serviços.
► Em muitos casos há a possibilidade de fazer um mix entre patrocínio e comercialização de produtos/serviços.
Gestão de Cultura Projetos Recursos Gestão
Empreendedora
Pensando um empreendimento
► O conceito de startups (negócios em estágio inicial) vem crescendo nos últimos anos.
► Há grupos de investidores que aportam recursos em negócios dessa natureza. São chamados de “anjos”.
► Além do capital, oferecem experiência profissional e redes de contatos para apoiar.
► Sites de referências: www.anjosdobrasil.net
www.endeavor.org.br
Gestão de Cultura Projetos Recursos Gestão
Empreendedora
Planejamento
u Visão profissional, desde o projeto embrionário,
u Avaliação objetiva sobre a forma de atuação (produtos e serviços)
u Expectativas comerciais à PLANO DE NEGÓCIOS
u Avaliação da concorrência
u Diferencial
u Localização do empreendimento
u Exigências legais
u Estrutura física (tamanho da empresa, tamanho da equipe)
u Localização
u Equipamentos
u Formas de financiamento (próprio ou externo)
u Formas de divulgação
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Empreendedora
Planejando um empreendimento cultural Proposta:
u Em dois grupos, vamos conceber um empreendimento cultural com base nos apontamentos do slide anterior
Gestão de Cultura Projetos Recursos Gestão
Empreendedora
”
“ A gestão cultural é uma profissão complexa que estabelece um compromisso com a realidade de seu contexto sociocultural, político e econômico e, para tanto, é preciso a consciência de que gerenciar e planejar não significa, em momento algum, intervir na liberdade de expressão individual ou de grupos artísticos, ao contrário, significa sintonizar ideias, compreender as realidades no entorno e no mundo, dimensionar os recursos financeiros e humanos para tornar mais eficiente e eficaz a ação pretendida.
MARIA HELENA CUNHA
Gestão de Cultura Projetos Recursos Gestão
Empreendedora
Referencias Bibliográficas
u “Gestão cultural: desafios de um novo campo profissional”, Maria Helena Cunha
u “Gestão cultural: profissão em formação”, Maria Helena Cunha
u "Guia Brasileiro de Produção Cultural: 2010-2011”, Cristiane Olivieri e Edson Natale
u www.sebrae.com.br