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PREVENÇÃO DE RISCOS NA INDUSTRIA

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Gesto de riscos- Antnio Gabriel da silva- 2012

Gesto de riscos na indstria

Incndios, Raios, Bleves, Inundaes, Acidentes pessoais, Impactos Ambientais e a Sade Humana, catstrofes, vazamentos de produtos perigosos etc.

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Gesto de riscos- Antnio Gabriel da silva- 2012 SOU ANTONIO GABRIEL DA SILVA, tcnico em segurana do trabalho Meio ambiente, emergncias com produtos perigosos, combate a sinistros e defesa civil. Gegrafo de formao, gestor ambiental, auditor,sanitarista (public health), membro do NIOSH, ACGIH, AIHA, NFPA, professor e msico. Atuo na rea de segurana desde o final dos anos setenta. Tenho atuado com maestria em vrios segmentos de atuao tais como: Civil e barragens, ferrovias construo pesada, estradas de rodagens, martimo, transportes rodovirios de cargas, montadoras, qumico, metalrgico, servios, naval, petrleo e gs, consultoria, rural sulcro alcoeeiro, atendimento a emergncias com produtos perigosos, hospitalar, fundio de ferro, ao e cobre chumbo etc. atuei em grande empresa como ANDRADE GUTIERREZ CETENCO ENGENHARIA, ECISA, DESTILARIA TABU, USINA BARBACENA, AGROPECURIA FAZENDA SANTA LIDIA, NUTRIMENTAL DO NORDESTE, MENDES JUNIOR, AOS ANHANGUERA, ETC. Iniciei minhas atividades na obra de ITAIPU BI- NACIONAL atuei por mais de uma dcada no sistema PETROBRAS em 12 refinarias e na maioria dos terminais da TRANSPETRO terceirizado cheguei a afirmar publicamente que, onde BR tivesse um buraco com certeza haveria pisado por l!

Participaes:Auxiliei a criar este cinto de segurana provido de duplo talabarte com mosqueto de 50 mm, Participei da elaborao de projetos para descontaminao de plumbemia (chumbo no sangue) e sua preveno em algumas empresas por onde passei, Auxiliei na elaborao do SASSMAQ Etc;

Cursos e seminrios: Participei de cursos e seminrios as nacionais e internacionais ao todo foram mais de cem. Cursos nacionais e internacionais em pases diversos como: Espanha, Estados unidos, Portugal e Argentina.

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Atendimento a emergncias: Atendi grandes emergncias como: Baa de Guanabara derramamento de leo na praia de Guaec, Cubato vila soc, entre outros, incndio no navio em Paranagu e uma dezenas de acidentes pelo Brasil afora e MERCOSUL..

Dificuldades no caminho: Nesta rea no achei nada difcil; algumas situaes de coar a cabea, mas, nada de perder os cabelos. Como diz uma companheira TS, nos bons dias agente agradece; nos dias tenebrosos, agente encara como experincia. Inexistem dias ruins! Tudo dependeu de mim do meu relacionamento e desenvoltura. Obtive resultados fantsticos junto ao povo, nas minhas atuaes. Meus maiores rivais sempre foram s chefias de um modo quase geral. Seu chefe s vezes sabe menos que voc, alguns companheiros tambm e procuram de forma indecente atrapalhar o caminho. Mas, de menos! Alguns processos rolaram, apesar da justia ruim, mas, como diz o velho amigo e companheiro ODIR Mathias!!! Tma resistindo a tecnologia da informalidade, informalidade mesmo ! o importante dizer: gosto do que fao!!!! Quero dizer que, tem muita gente na rea sem saber o que est fazendo. Com isto quem perde o trabalhador, que deixa de ter um ambiente saudvel porque deixam de ser ouvidos nas decises maiores. Quem deve cobrar mais segurana o trabalhador! ele o dono da vez. E quando os acidentes ocorrem quem perde mais sempre o trabalhador.

Depois desta leitura meu amigo, se assim permiteme chama-lo, profissionalmente voc no ser mais o mesmo! No pensar da forma anterior independentemente do nvel de atuao, ao etc. Ver tudo por outros ngulos e faa tudo para que o que ocorreu aqui no ocorra contigo!

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Tenho pesquisado o comportamento de algumas pessoas durante anos, sobre segurana e sade no trabalho. Cheguei a presente concluso: Na rea de segurana todo mundo manda: Sogra, o cunhado, o Z da esquina etc. Todo mundo sabe muito sobre a segurana. Algo est errado! Porque eu tenho pesquisado tanto, tenho participado de centenas de seminrios, cursos e palestras. Estou sempre comprando livros caros, buscando material nacional e internacional o que h de melhor no mercado. Enquanto algum que nem sabe o que significa segurana diz que sabe tudo sobre o assunto! Por esta razo, no se faz muito, no se faz nada ou quase nada de concreto! E os efeitos da falta de conhecimento, atuao descaso acontecem, geralmente quando acontece quem paga o mais pobre. Ser pelo fato de ser maioria? Todo dia vidas so ceifadas, famlias dizimadas, o meio ambiente devastado, florestas dizimadas, vazamentos de produtos perigosos, pessoas que nascem deformadas por irresponsabilidades de gestores de indstrias que produzem venenos sociais, psicolgicos e quimicos, empresas que ceifam a sade fsica e mental de pessoas, empresas que no investem em seus trabalhadores. Empresas que no do quase nada aos seus trabalhadores em troca do seu lavoro. Vers ao longo das 300 pginas aqui demonstradas o que este profissional j viu durante trinta anos de profisso. Digo-vos caro leitor!. Quero assistir o ultimo capitulo desta novela! Ser to fcil assim fazer segurana? Porque todo mundo quer mandar! Se fosse aplicado ainda este cdigo, o codigo que me refiro o cdigo de HAMURABI talvez a situao melhorasse! O Cdigo de Hamurabi (tambm escrito Hamurbi ou Hammurabi) um dos mais antigos conjuntos de leis escritas j encontrados, e um dos exemplos mais bem preservados deste tipo de documento da antiga Mesopotmia. Segundo os clculos, estima-se que tenha sido elaborado pelo rei Hamurabi por volta de 1700 a.C.. Foi

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encontrada por uma expedio francesa em 1901 na regio da antiga Mesopotmia correspondente a cidade de Susa, atual Ir. um monumento monoltico talhado em rocha de diorito, sobre o qual se dispem 46 colunas de escrita cuneiforme acdica, com 282 leis em 3600 linhas. A numerao vai at 282, mas a clusula 13 foi excluda por supersties da poca. A pea tem 2,25 m de altura, 1,50 metro de circunferncia na parte superior e 1,90 na base. [1] A sociedade era dividida em trs classes, que tambm pesavam na aplicao do cdigo: Awilum: Homens livres, proprietrios de terras, que no dependiam do palcio e do templo; Musknum: Camada intermediria, funcionrios pblicos, que tinham certas regalias no uso de terras. Wardum: Escravos, que podiam ser comprados e vendidos at que conseguissem comprar sua liberdade. Pontos principais do cdigo de Hamurabi: Lei de talio (olho por olho, dente por dente); Falso testemunho; Roubo e receptao; Estupro; Famlia; Escravos; Exemplo de uma disposio contida no cdigo: Art. 25 227 - "Se um construtor edificou uma casa para um Awilum, mas no reforou seu trabalho, e a casa que construiu caiu e causou morte do dono da casa, esse construtor ser morto". O objetivo deste cdigo era homogeneizar o reino juridicamente e garantir uma cultura comum. No seu eplogo, Hamurabi afirma que elaborou o conjunto de leis "para que o forte no prejudique o mais fraco, a fim de proteger as vivas e os rfos" e "para resolver todas as disputas e sanar quaisquer ofensas. [1] Durante as diferentes invases da Babilnia, o cdigo foi deslocado para a cidade de Susa (no Ir atual) por volta de 1200 a.C.. Foi

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nessa cidade que ele foi descoberto, em dezembro de 1901, pela expedio dirigida por Jacques de Morgan. O abade Jean-Vincent Scheil traduziu a totalidade do cdigo aps o retorno a Paris, onde hoje ele pode ser admirado no Museu do Louvre, na sala 3 do Departamento de Antiguidades Orientais. Durante o governo de Hamurabi, no primeiro imprio babilnico, organizou-se o mais conhecido sistema de leis escritas da antiguidade: O Cdigo de Hamurbi. Outros cdigos haviam surgido entre os sumrios - viveram entre 4.000 anos a.C. a 1900 a.C. na Mesopotmia. No entanto, o Cdigo de Hamurabi foi o que chegou at ns de forma mais completa - os sumrios viviam em pequenas comunidades autnomas, o que dificultou o conhecimento desses registros. Naquela poca j havia riscos. Ou seja, as pessoas morriam, perdiam partes do corpo e ficavam deficientes porcausa do trabalho. Pouca coisa mudou; apenas aumetaram as causas, os novos riscos surgiram com a chegada da tecnologia. Isto dinmico tende evidentemente a aumentar dinamizar-se com o passar dos tempos. A que entra o X da questo: Tcnicos altura, chefes e gerentes altura patro altura dos riscos de seus processos industriais, procedimentos altura e politicas de segurana coerentes com os riscos oferecidos pelas atividades e mais um item prepoderente: O comprometimento de todos! Para isto temos o OHSAS-18001. Naquela poca o homem saa para caar e eera caado! J havia anlise de riscos! Por qu? Ele levava armas para se defender daqueles riscos, se houvesse o desconhecimento total desses riscos ele nada levaria! Mas, nem sempre eram suficientes. Quais eram os riscos? Imagine uma pessoa numa situao conforme abaixo, caando dentro do mato primitivo.

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Acredite que: alguns abastados pagavam para algum caar pr ele. No queria correr riscos de ser caado. Em troca dava-lhe segurana contra sua venda como escravo.

Onde entraria o cdigo de Hamurabi hoje: No precisa responder por que os senhores sabem muito bem! O QUE O GERENCIAMENTO DE RISCOS

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Gerncia de Riscos o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar os recursos humanos e materiais de uma organizao, no sentido de minimizar os efeitos dos riscos sobre essa organizao ao minimo possvel. um conjunto de tcnicas que visam reduzir ao mnimo os efeitos das perdas acidentais, enfocando o tratamento dos riscos que possam causar danos pessoais. Ao meio ambiente e imagem da empresa e aos trabalhadaores em geral. So os meios estratgicos disponveis pela empresa (plano de emergncia, preveno e controle de perdas, etc) para controlar com racionalidade os riscos mais importantes que possam produzir efeitos negativos sobrevivncia. O que analise de riscos? Identificao e anlise de riscos. De modo geral, a Anlise de riscos tem por objetivo responder a uma, ou mais de uma, das seguintes perguntas relativas a uma determinada instalao: - A empresa dar a devida importncia aos desvios que ocorrem em todas as etapas da execuo de seus processos?

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- Quais os riscos presentes na planta e o que pode acontecer de errado? - Qual a probabilidade de ocorrncia de acidentes devido aos riscos presentes? - Quais os efeitos e as consequncias destes acidentes? - Como poderiam ser aliminados ou reduzidos estes riscos nveis aceitveis? O que seria um Risco: Combinao da probabilidade de ocorrncia e da conseqncia de um determinado evento perigoso. O que seria um Perigo: Fonte ou situao com potencial para provocar danos em termos de leso, doena, dano propriedade, meio ambiente, local de trabalho ou a combinao destes. Resumindo: Perigo a fonte geradora e o Risco a exposio a esta fonte. Ainda falando sobre riscos, quais os tipos de riscos existentes? Riscos de mercado; Riscos de pases; Riscos de crditos; Riscos sociais; (dos quais trataremos aqui) Riscos operacionais; Riscos de acidentes; (dos quais trataremos aqui) aqui esto includos todos os riscos que voc conhece! Risco ambiental; (dos quais trataremos aqui) Risco de roubo (furto, roubo sabotagem, espionagem, desvios, desfalques etc) Riscos tecnolgicos dos quais trataremos aqui; Risocs de incndios exploses; (dos quais trataremos aqui)

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Riscos naturais; (dos quais trataremos aqui) MTODOS DE GERENCIAMENTO DE RISCOS INDUSTRIAIS Identificao de Risco Anlise de Risco Avaliao de Riscos Tratamento e Controle de Riscos. IDENTIFICAO DE RISCOS: Atravs de check-list (questionrios, roteiros, etc) podemos identificar os principais riscos de uma atividade de acordo com a atividade da empresa. Anlise de riscos: Atravs da coleta de informaes dos riscos existentes na empresa, podemos analisar identificar erros e condies inseguras que contribuem para os acidentes; Identificao e anlise de desvios. Esta ferrametna importante na preveno de acidentes identifica define a necessidade e os tipos de treinamentos e investimentos necessrios para inibir a ocorrncia de incidentes antes mesmo dos quais tornarem-se acidentes. Trata-se de um trabalho multidisciplinar, ou seja, todos os trabalhadores devero participar deste trabalho. Evidentemente que, para que estes trabalhadores possam responder eficazmente, precisam ser treinados cas tcnicas de percepo de riscos. Portanto, analisar um risco identificar, discutir, e avaliar a possibilidade de ocorrncia de acidentes, na tentativa de se evitar que estes aconteam e, caso ocorram, identificar as alternativas que tornam mnimos os danos subseqentes a estes acontecimentos.

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AVALIAO DE RISCOS: TCNICAS DE ANLISE DE RISCOS A anlise de riscos cosiste num exame sistemtico de uma instalao para identificar os riscos presentes e formar uma opinio sobre ocorrncias potencialmente perigosas e suas possveis consequncias. As metodologias so oriundas de duas grandes reas: Engenharia de segurana e engenharia de processos. Possuem generalidades e abrangncias, podendo ser aplicadas a quaisquer situaes produtivas. As tcnicas de Anlises de Riscos mais utilizadas so: -Analise Prliminar de Riscos (APR) -Checklist -Tcnica de incidentes Crticos (TIC) -Anlise de Modos de falhas e efeitos (AMFE) -Anlises e rvores de falhas (AAF) -Anlises de rvores de Eventos (AAE) - Estudo de Operabilidade e Riscos-Hazard and Operability Studies (HazOp) -Sries de Riscos (SR) -What-if (WI ) -What-if/Checklist (WIC) Este material voc encontra com faciliade na INTERNET. Ferramenta mais importante para o Profissional de segurana Criada at hoje. Mas, infelizmente muitas empresas ainda impermitem que os seus profissionais as usem. Lembre-se:

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Para que um acidente ocorra so necessrios vrios eventos. s vezes, invisveis. Caso inexista um nvel de percepo de riscos, avaliao de incidentes, ausncia de treinamentos, identificao das causas na raiz de sua ocorrncia, criao de uma cultura preventiva entre os colaboradores, investimento em segurana, comprometimento de toda equipe desde alta gerencia ao mais humilde colaborador, do mais jovem ao veternano, anlise de desvios e incidentes etc. PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES DO TRABALHO. ATOS INSEGUROS: So fatores importantes que colaboram para a ocorrncia de acidentes do trabalho e que so definidos como causas de acidentes que residem exclusivamente no fator humano, isto , aqueles que decorrem da execuo das tarefas de forma contrria s normas de segurana, ou seja, a violao de um procedimento aceito como seguro, que pode levar a ocorrncia de um acidente. EXEMPLOS: Agir sem permisso; Dirigir perigosamente; Deixar de chamar a ateno; No usar EPI; B rincar em local de trabalho; Usar bebidas ou drogas; Inutiliz dispositivo de segurana; ar No cumprir as no rmas de segurana etc...

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falsa a idia de que no se pode predizer nem controlar o comportamento humano. Na verdade, possvel analisar os fatores relacionados com a ocorrncia destes e controllos. Seguem-se, para orientao, alguns exemplos que podem levar os trabalhadores a negligenciarem diante das normas de segurana: CONDIES INSEGURAS: So consideradas falhas tcnicas, que presentes no ambiente de trabalho, comprometem a segurana dos trabalhadores e a prpria segurana das instalaes e dos equipamentos: como voc ver a seguir. Populao de um modo geral sofre a vizinhana ambiental, clientes, parentes de vitimas, crianas e adultos que nada s vezes tem a ver com a tal situao. Voc ver neste guia o seguinte: crianas que nasceram 30 anos depois de um acidente nasceram com deficincia fsica grave porcausa de irresponsabilidades de um grupo de pessoas que geriam um processo sem o mnimo de responsabilidade, qualificao profissional para o exerccio das funes que ocupavam. EXEMPLOS: Falta de dispositivos de proteo ou inadequados; Iluminao inadequada; Ordem e limpeza deficientes; Ventilao inadequada etc... Excesso de rudo ;

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ORDEM E LIMPEZA: sabido que no ambiente de trabalho muitos fatores de ordem fsica exercem influncias de ordem psicolgica sobre as pessoas, interferindo de maneira positiva ou negativa no comportamento humano, conforme as condies em que se apresentam. Neste contexto, a ordem e a limpeza constituem um fator de influncia positiva no comportamento do trabalhador. EXEMPLOS DE FATORES DE ORDEM FSICA: Cor; Temperatura; Luminosida de; Rudo; etc... As pessoas que trabalham num ambiente desorganizado sentem uma sensao de mal-estar que poder tornar-se um agravante de um estado emocional j perturbado por outros problemas. Esse estado psicolgico poder afetar os Relacionamentos dos trabalhadores e exp-los aos riscos de acidentes, alm de prejudicar a produo da empresa, sua imagem, seu produto, sua relao com os empregados e clientes em geral. Faz com que os trabalhadores percam a confiana na empresa. Chegando at dizer: Isto um lixo, especialmente quando forem visitar outra empresa organizada!.

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EXEMPLIFICANDO: AMBIENTE DESORGANIZADO TEMOS: Passagens obstrudas com tbuas, caixo tes, produtos

acabados etc... Obstcu que impedem o trnsito normal das pessoas entre los

mquinas ou corredores; ou ausncia de passagens; Obstculos onde se pode facilmente tropear ou escorregar; Cho sujo de graxa, combu stveis ou substncias qumicas; substncias qumicas usadas sem nenhum controle; Uso de substncia qumica sem identificao; Etc. Analise tudo e todos: Atitudes, fatos, atos, condies; use a psicologia do trabalho. Existe uma obra por nome medicina social e do trabalho, te auxiliar e muito no fator de psicologia do trabalho. Hoje as faculdades brasileiras bem como essas escolinhas que ministram cursos para TS e at mesmo faculdades de esquinas que ministram cursos para EST e todos o s profissionais ligados a nossa rea ignoram esta

Enorme faanha do passado. Por ter sido da poca de supervisor de segurana do trabalho, os cursos eram ministrados em 3, 6 meses. Mas, agente ganhava mais o tinha recursos para investrimos na carreira. Hoje no se pode mais arcar com

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investimentos deste nvel. Fui aos EUA, Europa, Mexico, Cuba, Argentina e outros fazer cursos. Uns pagos por mim; outros pelas empresas (na realidade uma empresa s). Mas agente ia e treinava os outros aqui. Atravs da anlise de Risco e da coleta de informaes, podemos criar uma amostra (populao, por exemplo: acidente de trabalho, quantidade, horrio, gravidade ou acidentes materiais, quebra de mquina, etc.) para avaliar a freqncia da ocorrncia dos acidentes. CONTROLE DE RISCOS: A funo do controle de Riscos prevenir o acidente, so, quaisquer acidentes, que resultem em danos pessoais ou materiais, independente da gravidade, devero ser comunicado aos responsveis e aes devero ser desenvolvidas para evitar possveis reocorrencias. Principais tipos de Riscos Industriais da Empresa; Incndio, exploso; Danos pela natureza (vendaval, chuva, etc.) Danos por Responsabilidade Civil; Responsabilidade civil por produto; Responsabilidade por poluio do meio ambiente; Roubos; Riscos de Acidentes de Trabalho; Riscos de Transporte; Riscos de Acidentes no Trnsito; Quedas de raios; Acidentes de origens externas; Ausencia de manuteno em equipamentos crticos;

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Descumprimento de normas tcnicas (Nr-16) por exemplo Falta de manuteno preventiva; Ausencia de profissionais competentes para atuar frente aos servios de manutenes; ETC.

SISTEMA DE ADMINISTRAO DE SEGURANA: COMIT DE SEGURANA: A conscincia da direo da empresa, em relao segurana, normalmente reflete nos seus funcionrios e podemos dizer que quanto maior a conscincia da alta cpula, mais segura a empresa. Ao contrrio desta, numa empresa que d prioridade produo e deixa para depois a segurana, normalmente surgem acidentes com frequncia fazendo cair produtividade qualidade, aumenta a falta de confiana na empresa e na chefia e o trabalhador faz daquela emrpesa um trampolim, ou seja, quando consegue algo melhor, logo vai embora. visvel quando voc chegar numa empresa onde todo mundo novo, a maioria tem menos de 2 anos. Sinal que a empresa no valoriza ningum! Se no valoriza quem produz, imagine o TS que profissional improdutivo fisiscamente, ou seja, o servio dele no aparece como produo.

Para tanto temos de criar um Comit de Segurana dentro da empresa, que tem como seu superior o responsvel mximo do local de trabalho, como, presidente ou diretor da indstria. Ele tem o poder delegar algum com todas as prerrogativas para tomar as

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decises necessrias para o desempenho com o seu apoio tcnico e financeiro. No confunda com CIPA. Ela tem o dever de identificar os riscos e auxiliar os responsveis pela segurana na luta contra os acidentes; no entanto, no assegura o cumprimento de tais normas e procedimentos. A CIPA e o SESMET cobrariam deste responsvel. A FUNO DO COMIT DE SEGURANA SERIA: Realizar reunies ao menos uma vez por ms, criando desse modo, a cultura" para discusses sobre diversos temas relacionados segurana. Poderia realizar estas reunies mensais depois das reunies dos membros da CIPA.atuaria com base nessas reunies, analisando sua atuao bem como oSESMT. Elaborao do programa anual de atividades; O acompanhamento do resultado da implementao e instruo de melhoria dos locais considerados inseguros pelas inspees internas (auditoria de segurana) Elaborao de normas relacionadas com segurana e sua execuo; Cumprimento das metas do PPRA e outros programas aplicveis;

NORMAS DE SEGURANA INTERNA: Que tipos de normas de segurana devem ser providenciados? As principais seriam: Norma de administrao de segurana Norma de controle de fumo; Norma de uso de solda; Plano de combate a incndio; Plano de evacuao;

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Permisses para trabalhos; Servios especiais (altura, manuteno, civil etc)

Treinamentos: Treinamento de equipes bem como dos funcionrios envolvidos no processo; A norma de Administrao de Segurana estabelece a estrutura do Comit da empresa, o contedo do que ele programa os princpios de segurana a serem respeitados pelos funcionrios e procedimentos em caso de emergncia. Procedimentos internos: A norma de controle de fumo indica o local determinado para fumantes dentro da rea de trabalho (fumdromo) e determina a rigorosa proibio do fumo fora do local indicado; A norma de uso temporrio de solda estabelece a preparao do local para servio temporrio de soldagem e corte (elaborao de uma autorizao formal) para execues de trabalhos especiais. A famosa PT ou permisso para trabalhos;

Normas que determinam procedimentos para trabalhos especficos de riscos, como: Trabalho em altura; Espaos confinados; Servios de eletricidade; Corte quente; Manuseio de produtos qumicos e perigosos; Entre outros.

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Riscos de Incndios : A presena do responsvel no local, a instalao do equipamento de extino de fogo, a verificao aps o encerramento do trabalho. O plano de combate ao incndio estabelece a estrutura e o mtodo de treinamento para combate ao incndio. O plano de evacuao estabelece o mtodo, local e treinamento para evacuao. Estas normas precisam ser, no somente elaboradas, mas fazer com que sejam conhecidas e cumpridas por todos os funcionrios e o seu contedo tambm precisa ser. Retificada para adaptar-se realidade. AUDITORIA INTERNA DE SEGURANA - AIS Aps a formao da organizao e do estabelecimento das normas necessrio executar periodicamente as inspees de segurana na empresa. Normalmente a inspeo peridica dos equipamentos principais solicitada aos fabricantes e empresas especializadas (transformadores, caldeiras, sistema de refrigerao, etc.) No entanto, limpeza, organizao, arrumao (armazenamento de produtos acabados e de matria prima, produtos inflamveis),

Controle de solda, controle de materiais perigosos, equipamentos de combate a incndio, necessrio manter um responsvel na empresa (engenheiro de segurana, tcnico de segurana, CIPA, pessoal da brigada de incndio) A inspecionar a situao da segurana, chamamos isto de auditoria interna de segurana (AIS). Os AIS so importantes, no somente no sentido de melhorar, mas com objetivos de manter viva a chama da preveno, da organizao, do comprometimento de toda

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equipe. pa a chefia vem ver agente trabalhar com segurana. Ou seja, a segurana vem de cima para baixo efeito cascata O resultado desta inspeo e o plano de melhorar devem ser comunicados, sem falta, ao Comit de Segurana, para compartilhar a conscincia quanto ao problema. Alm disso, nessa inspeo, h o mrito de no continuar a mesma situao insegura. Tambm importante que a cpula do Comit de Segurana participe da inspeo ou deve constatar que o plano de melhoria foi executado, para demonstrar a sua atitude no tocante segurana. MEDIDAS DE SEGURANA CONTRA PROPRIEDADE:.A interdependncia do sistema homem- mquina:

Antes de analisar as medidas de segurana contra cada risco sobre propriedades, deveremos falar sobre a relao homem e mquina que tem sido questionada ultimamente. Nos ltimos anos, as empresas esto passando por um processo de transformao tecnolgica, substituindo equipamentos obsoletos por equipamentos automatizados, buscando a reduo da mo de obra e ao mesmo tempo visando eliminao do sistema o homem que passvel de erros. Uso de peermisses para trabalho especiais Entretanto, inevitvel a intermediao do homem para o funcionamento perfeito do equipamento automatizado. De fato, ser considerarmos que o homem susceptvel a erros e por isso devem-se instalar dispositivos de segurana. Porm devemos identificar as causas que conduzem s falhas. Num servio montono, repetitivo em que a ateno se dispersa, a

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probabilidade de falhas muito grande e para evit-las, coloca-se o dispositivo de segurana e define um procedimento

Operacional rigoroso para operao do equipamento Todavia, vrias medidas de segurana operacional no levam a uma soluo completa. O que se deve questionar por que a ateno se dispersa. Atrs do erro no servio h sempre uma causa. Outro ponto a ser considerado seria o problema em caso de emergncia. Num sistema automatizado, numa situao normal praticamente desnecessria a deciso ou operao do operador. Na medida em que o nvel do sistema se sofistica, a intermediao do operador diminui, podemos dizer que o sistema est cada vez mais se tornando uma "caixa preta". Para um operador sem conhecimento profundo do contedo, a soluo em caso de emergncia se torna extremamente difcil e perigosa. Neste sentido podemos dizer que como oportunidade de inteirarem-se com a mquina, os reparos peridicos e operaes de trocas de ferramentas seriam momentos importantes para adquirir experincia quanto ao comportamento da mquina

Normalmente a mquina no possui flexibilidade, simples e sem versatilidade quanto tomada de deciso que foge dos parmetros programveis. O homem e a mquina precisam cobrir mutuamente os seus pontos fracos, construindo-se um sistema homem-mquina, racional e harmonioso.

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Exemplos de grandes acidentes pelo mundoRISCOS DE INCNDIOS E EXPLOSO EMPRESA: PRODUTORA DE LEO ALIMENTCIO JAPO Exploso. No momento do acidente, os equipamentos no estavam em funcionamento, mas os operadores estavam presentes para realizar a inspeo interna da instalao. Por ser o solvente altamente inflamvel, quando o seu vapor permanecer parado e sua concentrao estiver no limite de explosividade, h o perigo de exploso provocado facilmente por eletricidade esttica ou uma mnima fasca produzida no choque entre metais. Com causa do acidente, foi apontada a falta de retirada do solvente, que deveria ter sido feita antes da inspeo. Vtimas: 08 pessoas morreram EMPRESA: INDSTRIA DE PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS JAPO: O fogo surgiu no andar trreo de uma fbrica, de dois pavimentos, de concreto armado, prximo ao duto de escapamento de calor do forno gs, paralisado por falta de energia. A causa do incndio foi devido ao surgimento de chama causado por aquecimento do duto

De exausto, por falta de energia eltrica. O motivo da paralisaoda energia eltrica foi queda de raio nas instalaes que ocasionou a paralisao da energia eltrica. O exaustor do

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forno no funcionou e como consequncia o calor armazenado pelo forno (600 C) aumentou consideravelmente a Concessionria, que interrompeu o fornecimento da eneregia. Com a paralisao da energia eltrica, o exaustor do forno no funcionou e como consequncia o calor armazenado pelo forno (600 C) aumentou consideravelmente. E tambm no duto de exausto, onde a temperatura mais elevada, o resduo de leo impregnado, Produziu chama, propagando-se pelo isolamento trmico do lado externo, estendendo-se pela rea de trabalho. Danos materiais: destruio parcial da fbrica (trreo), danos nas mquinas, produtos e matrias primas. Prejuzo: US $ 3.700.000,00 EMPRESA: SILO DE CEREAIS, WESTWEGO, LOUISIANA USA Data: 23 de dezembro de 1977 Causa: Exploso do silo de concreto, de 250 m de altura, que esmagou o escritrio onde estavam 50 funcionrios. Vtimas: 32 mortes Prejuzos: US $ 100.000.000,00 EMPRESA: INDSTRIA DE PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS IMPERIAL USA Data: Setembro /1991 Local: Hamlet - Carolina do Norte Causa: O incndio foi causado pela ignio do leo hidrulico, provocado pela ruptura de uma linha prxima ao equipamento de cozinhar a gs. Vtimas: 25 mortes. A maior parte das vtimas foi causada por portas fechadas ou sadas obstrudas.

MEDIDAS DE SEGURANA: Vimos pelos exemplos de acidentes s falhas ocorridas.

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As medidas de segurana contra incndio e exploso que podemos considerar a partir dos seguintes princpios: A estrutura relativa segurana, que mencionamos As medidas para evitar incndios ou exploso Como minimizar os danos em caso de ocorrncia de incndio ou exploso. MEDIDAS DE PREVENO CONTRA INCNDIO: Como sabemos, o incndio e a exploso ocorrem a partir do momento em que juntam os trs elementos; o calor, o oxignio e o foco de incndio, ou seja, ar e material combustvel. Em outras palavras, se retirarmos um deles, o incndio ou a exploso no acontece. No entanto, o ar existe normalmente em nossa volta, ento se retirarmos o calor, focos de fogo ou material combustvel, levaria a medida de segurana. AS MEDIDAS DE PREVENO CONTRA INCNDIO SERIAM: Riscos no processo de fabricao Normalmente o risco existente no processo normal de operao ocupa um peso significativo dentre os riscos de incndio existentes em uma indstria. Cada operao de processo tem sua peculiaridade em cada setor e ainda muito diversificada. Nas indstrias que trabalham com grande quantidade de materiais combustveis ou que trabalham com materiais perigosos, mesmo que o seu nvel de periculosidade pequeno, a periculosidade latente no processo de fabricao surpreendentemente elevado. Caso estes materiais combustveis e/ou perigosos se contatam com fontes de fogo, pode-se imaginar o derramamento, a disperso e propagao do fogo. Portanto, claro que, antes de tudo, deve-se evitar o surgimento

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destas situaes, mas principalmente, mesmo que ocorra elimin-la rapidamente. Por outro lado, podemos citar como fonte de calor: Fogo propriamente dito; Material incandescente; Calor de energia eltrica; Fasca; Eletricidade esttica; Calor por atrito, combusto espontneo-Medidas; Medidas para evitar o incndio nos riscos de processos; Diminuir ao mnimo a quantidade de materiais combustveis e/ou materiais perigosos nos locais; Deixar bem claro a sua presena (sinalizao) a fim de chamar a ateno (periculosidade); Como exemplo, podemos citar o controle com as fontes de fogo; Arrumao e limpeza (housekeeping), 5S Eliminao e preveno contra vazamentos mediante inspeo peridica1. Focos de fogo em geral:

Alm dos riscos no processo de fabricao, existem diversas causas que se vinculam com o incndio e exploso.2. essencial o empenho para evitar incndios e/ou exploso

que podem ser causados por aparelhos de aquecimento,

3. Caldeiras, transformadores, GLP (quando instalado no

interior). da edificao),uso de cigarro, uso de fsforo.4. Deveremos tomar cuidado com o servio de soldagem e corte,

devido fasca, pois ela pode espalhar num raio de 10 m e se

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ela encontrar material combustvel, como por exemplo, isolamento a base de l ou isopor, pode surgir incndio cuja propagao lenta e perigosa (geralmente o incndio iniciase lentamente e adquire elevada velocidade de propagao aps algumas horas). 5. Medidas contra propagao de incndio Portanto, quanto aos locais que possam se tornar origem de incndios, o fundamental preparar uma lista de verificao (check-list) e executar todos os dias a auditoria de segurana, qual foi referida anteriormente. Como minimizar os danos em caso de ocorrncia de incndio ou exploso? Seria tomar providncias para no aumentar os danos (propagao de incndio), caso ocorra um incndio ou exploso, atravs: Equipamentos de combate a incndio Isolamento de riscos. Anlise de riscos: Meu povo! A anlise de riscos tem que ser completa, toda atividade precisa ser avaliada, os riscos comtemplados em todas as fases de cada processo. Se for mal realizada nada adiantar mesmo que no fazer. Veja que em alguns casos usa-se EPI, tmTrabalhador treinado, ordem de servio de acordo com cada funo, riscos, atividade, grau de risco da empresa e/ ou atividade. Procure evitar desvios, improviso de meios para execuo das tarefas evite a meia boca! Deveria ser assim; mas estou com presa e vou fazer assado. O chefe mandou como diz o outro foda-se!

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Na hora que o bicho pegar todas saem e a segurana responder pelo que deixou de fazer. Eu digo que deve ser assim quem no o fizer passe bem e seja feliz. Como dizia o grnde jornalista e comentarista da Rdio Liberdade de caruaru o doutor Clvis Gonalves Se alguns cuidados forem tomados grandes dessvios sero evitados e acidentes no ocorrero grandes acidentes. Eu digo sempre: em locais onde eu trabalho no ocorrem acidentes. Olha que forammuitos! J trabalhei em mais de 30 empresas!, Mas onde esto envolvidos os maiores riscos como os senhores vero ao longo deste material, no dada a menor importancia.

Equipamentos de combate a incndio: Os equipamentos de combate a incndio devem ser providenciados de acordo com a necessidade e a amplitude do risco a ser combatida, carga de incndio, edificao. Leve em conta at o risco oferecido pela edificao vizinha. Pior ainda se ele no tiver nenhuma preveno. Lembre-se do PAM PROGRAMA DE AUXILIO MTUO trata-se de profissionais voluntrios das empresas de uma vizinhana industrial, comercial etc que so treinadas para possveis combates emergncias que possam ameaar as atividades no local. J imaginou um complexo de lojas populares que algumas pessoas chamam de cameldromo? Onde tudo inflamvel. Imagine as grandes favelas do mundo veja quantas pegam fogo em So Paulo e quantas vitimas se vo

Os equipamentos seriam: 1- Rede de hidrante 2- Extintores;

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3- Protectorplay; Sistema de sprinkler e outros Sistemas fixos de proteo para tanques e reservatrios; 4- Supressores de exploso; Mas, estes equipamentos devero ser analisados diariamente por pessoal habilitado e qualificado; Temos que prestar ateno em no haver interferncia ou falha em seu funcionamento. No entanto, podemos ver em muitos casos em que, embora se investindo grande soma em equipamentos de combate a incndio, por no ter um controle de manuteno, no h como esperar a extino eficiente no momento de incndio. preciso fazer periodicamente os testes de funcionamento dos equipamentos de combate a incndio e mant-los sempre em condies perfeitas. importante organizar uma equipe de combate a incndio (brigada de incndio) para engajar nas atividades de combate ao incndio, de tal modo que possa manifestar sua verdadeira fora no momento da ocorrncia, formando uma estrutura funcional. de fundamental importncia o treinamento de combate a incndio, pois h muitos casos em que as falhas aparecem especialmente nos perodos noturnos e nos dias de folga; Tem grande importncia os treinamentos, abandonos de reas, simulados envolvendo todos os trabalhadores etc; Isolamento de Riscos: A ideia do isolamento de riscos seria: minimizar os danos em caso de ocorrncia de incndio. O seu princpio bsico consiste em:

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Separar com paredes e portas corta-fogo os locais de servio de alta periculosidade; Dividir a rea interna do edifcio (compartimentao) Isolar a rea de alta periculosidade da fabricao (edificao isolada, por exemplo, armazenagem de produtos perigosos, inflamveis, txicos, etc.) Caso nas paredes corta-fogo houver espao nos locais onde passam tubulaes de utilidades (ar, gua, cabos eltricos e esteiras), podemos considerar que no foi constitudo o isolamento de risco perfeito. Os locais onde os canos e cabos atravessam as paredes corta-fogo, devem ser preenchidos e pintados com tinta incombustvel (atualmente existe material selante, facilmente aplicvel, retardante ao fogo). Em casos de esteira atravessar as paredes corta-fogo necessrio instalar uma porta de fechamento automtico (dumper). Verificamos muitas vezes, situaes de perigo em que os objetos deixados na posio de fechamento da porta corta-fogo, impedem o seu fechamento; Outras vezes constatamos a presena de produtos

combustveis ou inflamveis prximos a porta corta-fogo, que poder provocar propagao de incndio por irradiao de calor. fundamental eliminar os obstculos durante a auditoria de segurana (AIS). Estes so os conceitos bsicos para preveno de incndios e exploso.

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Histrico de alguns acidentes Ampliados/maiores: ! 1921 - Alemanha, Oppau, exploso, 561 mortes. ! 1943 - Alemanha, Ludwigshaffen, exploso, 245 mortes. ! 1944 - EUA, Cleveland, incndio, 136 mortes; 1947 - EUA, Texas, exploso barco, 552 mortes e 3.000 feridos. 1966 - Frana, Feyzin, bola de fogo, 18 mortes 81 feridos 1972 - Brasil, Duque de Caxias, bola de fogo, 39 mortes e 53 feridos; Algumas dessas empresas nem existem mais. Ser que voc conhece todos os riscos aos quais esto expostos a sua empresa? Conveno 174 da OIT diz que toda empresa deve elaborar atualizar treinar seus trabalhadores de acordo com os riscos existentes na planta:

Principais causas dos acidentes qumicos Ampliados foram;Concentraes de substncias perigosas; Desconhecidas e sem estudos de anlise de Riscos; Procedimentos de manuteno no executados pessoal insuficiente ou no seguidos; Deficiente treinamento aos trabalhadores ou mesmo sua inexistncia; Planos de emergncias inexistentes ou Inadequados ou ausentes; Falta de manuteno preventiva e at preditiva se for o caso; Descumprimento de norma; Falta de comunicao entre turnos;

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Falta de comprometimento mesmo; Mudana de projetos sem registro da alterao realizada. Conveno 174 da OIT: (Aprovada na Conferncia Geral de 1993) Tomando como base o Repertrio de recomendaes prticas para a preveno de Acidentes industriais maiores OIT -1991; Considerando a necessidade de zelar para que sejam adotadas medidas apropriadas para: Prevenir os acidentes maiores/ampliados reduzir ao mnimo os riscos de acidentes. Ocorrncias das mudanas tcnicas: Ser que os profissionais de segurana so remunerados suficientemente para cuidar disto? Ser que o salrio que os profissionais de segurana recebem suficiente para atualizar-se tecnicamente a atura do nvel de exigncia do mercado globalizado considerando: 1. A rapidez com que as mudanas ocorrem; 2. A competitividade do mercado devido globalizao; 3. Diferencial entre os mercados exemplo: BRICs, BLOCOS EUROPEUS, etc; 4. Riscos entre pases e governos; 5. Devido aos nveis de exigncias variveis de um continente para outro.

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Exemplo: Por volta dos anos 80 eu estava numa sulcroalcoeeira na regio nordeste. Esta empresa pertence a uma famlia de origem alem. Pioneira na importao de lcool de beterraba da Frana e Alemanha. Na poca foram exigidas adoes de procedimentos medidas e normas que o Brasil veio conhecer agora no ano 2000 e j existiam por l e assim mesmo devido aos efeitos de algumas ocorrncias que j chegaram por aqui. Vim de outra empresa familiar localizada no interior de So Paulo. Famlia italiana bem tradicional que me mandara para Espanha como profissional de segurana para participar de um curso de gesto de emergncias com produtos perigosos numa das principais universidades do mundo BELT IBRICA. Ao voltar, trouxe uma bagagem vasta. O suficiente para gerir qualquer risco de incndio e/ou exploso ou qualquer tipo de emergncia (acidente tecnolgico) acidente maior, acidente ampliado como for denominao. Que o mundo desenvolvido podesse trazer. Desliguei-me desta empresa aps a morte dessa pessoa a quem era muito ligado.

Este conhecimento foi suficiente para atender as exigncias da outras empresas com sucesso. Hoje eu vivo pedindo material aos antigos professores para manter-me atualizado. O dinheiro que entra insuficiente para educar um filho de 10 anos e viver com o mnimo de dignidade possvel. Mas, gostamos disto, no sei fazer outra coisa e sou obrigado a lutar at o fim como homem de segurana!

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Observaes: J vi patro dizer que gosta de colaboradores desinformados porque pedem menos! Na segurana no poderia ser diferente. Existe uma frase citada por um companheiro (a) que diz: Segurana: Quando tudo vai bem, ningum lembra que existe. Quando vai mal dizem que ela no existe. Quando para gastar, dizem que no preciso que exista. Porm, quando realmente no existe, todos concordam que deveria existir. Esta frase encontrei postada por um TS no YAHOO GRUPOS. O INSS divulgou nota que vai cobrar as despesas de quem acidentar! Falei nos anos oitenta que esta medida deveria existir! A responsabilidade de reparar o dano de quem o provoca! Para delegar esta responsabilidade para terceiros, (terceirizar o processo indenizatrio) Ele o causador do dano precisa pagar por isto! S assim poder criar meios de gerir seus riscos. Porque sua ingerncia poder trazer-lhe prejuzo financeiro amanh!

H riscos que, se consumados podero selar a vida de qualquer corporao.

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Quais so estes riscos? Ser que os empresrios conhecem todos os riscos aos quais esto expostos seus patrimnios e o que podero causar para sociedade? Ser que eles informam ao seu vizinho o que tem na planta? Algumas empresas desapareceram do mercado to rpido que algum jamais imaginou. Uns a deixaram aps um dia de trabalho e quando regressaram no dia seguinte, simplesmente no existia mais. Como foi o caso da plataforma do mar do norte. Outros no tiveram a mesma sorte, desapareceram junto. Assim por diante.

Onde voc mora? Sua empresa oferece riscos aos moradores do local/ Sua empresa segura? Os moradores local conhece sua atividade? Sua atividade est realmetne legalizada? Sua empresa cumpre as normas e leis vigentes no pas Embora neste pas ningum cumpre lei porque as prefeituras e os rgos fiscalizadores so todos corruptveis;

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Quais os riscos que a sua empresa oferece a comunidade? Quanto tempo os bombeiros defesa civil e outros rgos de socorro gastaro para chegar a esta empresa em casos de emergencias; Sua empresa tem PEL/PAE? Sua empresa tem uma brigada de emergncia treinada? A comunidade trabalha no local; Qual o relacionamento da empresa com a comunidade local? J houve incidente no local; Quais os tipos de emeregencias que podem surgir por a e quais as medidas existentes? Quais as medidas mitigfadoras que a sua empresa tem para os casos de emergncias Muito mais!

Riscos econmicos. Tudo comeou com o petrleo os preos do barril mexe com a economia te hoje, mas, j mexeu muti mais. Hoje gira em torno da energia eltrica e outra fontes renovveisErros& acertos Recesso econmica afetava os primeiros anos da dcada de 1980. A alta dos juros internacional j era resultante da crise de petrleo em 1979, e a alta dependncia de petrleo (85%) do Pas que o deixou ainda mais vulnervel aos condicionantes externos. Essa mesma crise retardou a ampliao do setor petroqumico brasileiro, provocando o engavetamento do projeto da construo de um polo petroqumico em Itagua / RJ. Queda no preo do petrleo: Uma variante modificava o pas nesta dcada e acabaria com coincidir com um momento decisivo para a indstria petrolfera: aps 21 anos de regime militar, a Nova Repblica nascia em maro de 1985. O novo governo iniciou sua administrao anunciando medidas de austeridade fiscal e monetria, numa perspectiva claramente ortodoxa. Como tais medidas demandariam tempo para surtir os efeitos desejados, o ento Ministro da Fazenda Francisco

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Dornelles determinou um congelamento de preos, modificou as frmulas de clculo da correo monetria e das desvalorizaes cambiais. No momento de implementao do Plano Cruzado a economia brasileira contava com um elevado produto industrial, um considervel supervit na balana comercial, um volume adequado nas reservas internacionais e um dficit pblico praticamente inexistente. Alm disso, havia uma recente queda no preo internacional do petrleo e a desvalorizao da moeda norteamericana frente a moedas europeias e ao iene

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A persistncia dos preos elevados at 1984 implicou a entrada de novos produtores e uma etapa de superproduo cujo ponto crtico foi o ano de 1986, no qual os preos caram abaixo do patamar de US$ 10 o barril. Imediatamente aps o anncio da nova poltica econmica, a inflao caiu significativamente, principalmente devido ao congelamento de produtos siderrgicos e derivados de petrleo. ma recesso geral tomou conta da economia internacional por cerca de cinco anos. Pases como o Brasil, que tinham dvidas em petrodlares, foram bancarrota. O ponto positivo foi o comeo da busca por fontes alternativas de energia. Em 1985, a Arbia Saudita, atingida pelo esfriamento econmico geral, aumentou a produo de petrleo e o preo do produto caiu pela metade. Ainda no incio da dcada de 1980, mudanas estruturais na economia norte-americana (desregulamentao) e do Reino Unido (privatizao) influenciaram as transformaes porque passou a economia mundial nos anos 90. Nos EUA, o governo Reagan promove a desregulamentao da economia e ao mesmo tempo eleva as taxas de juros com o intuito de conter a escalada inflacionria provocada pela mudana no patamar dos preos do petrleo ocorrida nos anos 70. Isso fez com que a moeda referencial para emprstimo internacional ficasse mais cara, o resultado foi o encarecimento das linhas de crdito internacional. Os pases em desenvolvimento, principais tomadores de recursos, passaram por aquilo que se convencionou chamar Crise da Dvida Externa. Esse fato provocou um desaquecimento na economia global, iniciando um movimento de queda no preo do petrleo. Alm disso, h um segundo efeito sobre o preo provocado pelo surgimento de tecnologias que permitiram reduzir custos e ampliar os horizontes de produo das reservas.

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AcidentesA dcada de 1980 marcada tambm por acidentes. Em maro de 1980 a plataforma Alexander Keillan, de Ekofisk, no Mar do Norte, naufraga, deixando 123 mortos; em outubro de 1981 uma embarcao de perfurao afunda no Mar do Sul da China, matando 81 pessoas; em setembro de 1982, a Ocean Ranger, plataforma americana, tomba no Atlntico Norte, quando morrem 84 pessoas. Em fevereiro de 1984 Um homem morre e dois ficam feridos durante a exploso de uma plataforma no Golfo do Mxico, diante da costa do Texas. Tambm o Brasil viu a bruxa rondar as suas atividades em agosto de 1984, quando 37 trabalhadores morrem afogados e outros 17 ficam feridos na exploso de uma plataforma da Petrobras na Bacia de Campos. Quase todos os anos da dcada de 1980 foram marcados por acidentes quem no se lembra do incndio que destruiu a Vila Soc, em Cubato / SP? Em janeiro de 1985, a exploso de uma mquina bombeadora na plataforma Glomar rtico II, no Mar do Norte, causa a morte de um homem e ferimentos em outros dois; em julho de 1988, no pior desastre em todo o mundo relacionado a plataformas de petrleo, 167 pessoas morrem quando a Piper Alpha, da Occidental Petroleum, explode no Mar do Norte, aps um vazamento de gs. Em setembro de 1988, uma refinaria da empresa francesa Total Petroleum explode e afunda na costa de Bornu. Quatro trabalhadores morrem. O ano de 1988 registra, na verdade, vrios acidentes, como o incndio que destruiu a plataforma de Enchova, na Bacia de Campos. Setembro comea com um incndio que destri uma plataforma da companhia americana de perfurao Ocean Odissey, no Mar do Norte, quando morre um operrio. 1989 registram tambm dois acidentes que merecem destaque: em maio, trs pessoas ficam feridas com a

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exploso de uma plataforma da empresa californiana Union Oil Company. Ela operava na Enseada de Cook, no Alasca e, em novembro, a exploso de uma plataforma da Penrod Drilling, no Golfo do Mxico, deixa 12 trabalhadores feridos. Na indstria qumica, um vazamento de gs na unidade da Union Carbide em Bhopal, ndia, acelera as decises das multinacionais em implantar a cultura de responsabilidade. Em 1983, no Canad, surgia o Responsible Care, que no Brasil recebe o nome de Atuao Responsvel.

Acidentes maiores: Quando acontecem de quem a culpa?

Como prevenir? IDENTIFICAR as grandes instalaes AVALIAR os riscos; Adotar medidas de CONTROLE (planos de emergncia); Treinar todo efetivo e a populao do entorno; ATENUAO e reduo das consequncias do impacto-mitigation

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Consequncias: ! Perda de vidas humanas; ! Leses ou mutilaes; ! Impactos ambientais; ! Danos sade humana; ! Prejuzos econmicos; ! Efeitos psicolgicos na populao; ! Comprometimento da imagem da Indstria e do governo. 1-Dever de: Adoo de poltica relativa proteo dos trabalhadores, populao e meio ambiente contra riscos de acidentes maiores; Criao de sistemas de identificao de instalaes sujeitas a riscos de acidentes maiores, baseada em lista de substncias ou categorias de substncias perigosas que inclua suas quantidades limites. 2- Obrigao do empregador de: Notificar a autoridade competente sobre instalaes sujeita a riscos de acidentes maiores que tenha identificado; Criar e manter sistemas documentados de controle de riscos que contenha: Identificao dos perigos e avaliao dos riscos, Medidas tcnicas e organizacionais de controle dos riscos, Planos e procedimentos de emergncia,

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Medidas para reduo das consequncias de um acidente maior,

Consultas com trabalhadores e seus representantes, Mecanismos de melhoria do sistema, Elaborar relatrio de segurana de acordo com o sistema de controle de risco, periodicamente revisto e atualizado; Aps um acidente maior, submeter autoridade competente relatrio detalhado sobre o mesmo, contendo suas causas, consequncias, medidas adotadas e recomendaes de medidas preventivas. 3- Responsabilidade da autoridade competente de: Assegurar a criao, atualizao e coordenao de planos e procedimentos de emergncia para proteo da populao e meio ambiente fora das instalaes de riscos; Garantir, em caso de acidente maior, informaes sobre medidas de segurana para a populao; Estabelecer poltica global de zoneamento para isolamento de instalaes de risco. Trabalhadores e seus representantes legais: 4- Direitos e obrigaes dos trabalhadores e seus representantes de: Estar informados dos riscos ligados instalao e suas consequncias, assim como de quaisquer ordens, instrues ou recomendaes da autoridade competente; Ser consultados na elaborao do relatrio de segurana, planos e procedimentos de emergncia e relatrios de acidentes; Ser regularmente instrudos e treinados nas prticas e procedimentos para preveno de acidentes maiores e nos procedimentos de emergncia;

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Tomar medidas corretivas ou interromper suas atividades quando haja justificativa para crer que haja risco iminente de acidente maior; Discutir com o empregador e informar a autoridade competente sobre risco potencial de acidente maior; Observar prticas e procedimentos preventivos e de emergncia. 5- Dever do Estado exportador, em caso de proibio do uso de substncias, tecnologias ou processos com risco potencial de acidente maior, informar ao pas importador sobre essa proibio e suas razes. Analisar inclusive a existncia de mtodos mitigadores seja (tcnicos mecnicos entre outros) porque, em casos de emergncias com este ou aquele produto, existem meios tcnicos para o combate mitigao etc. rea de aplicao: Todos os ramos da atividade econmica em que so utilizados produtos qumicos. Exceo: Artigos que, sob condies normais de uso, no expe aos trabalhos a um produto qumico perigoso. CONTEDO BSICO: 1- Dever formular, por em prtica de avaliar periodicidade poltica de segurana na utilizao de produtos qumicos no trabalho. 2- Poder da autoridade competente de proibir ou restringir a utilizao de certos produtos qumicos perigosos ou de exigir notificao ou autorizao prvia para seu uso. 3- Obrigao da autoridade competente, ou organismos reconhecidos pela mesma, de estabelecer sistemas e critrios especficos apropriados para classificar os produtos qumicos e suas misturas em funo do tipo e grau dos riscos fsicos e para a sade que oferecem.

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4- Obrigatoriedade de: Identificao em todos os produtos qumicos e etiqueta com informao sobre classificao, perigos e medidas de segurana em todos os produtos perigosos; Fornecimento aos empregados que utilizam substncias perigosas de ficha de segurana com dados sobre sua identificao, fornecedor, classificao, periculosidade, medidas de precauo e procedimentos de emergncia. Descarte adequado de produtos qumicos e seus recipientes. 5- Dever dos fornecedores e empregados de assegurar-se de que todos os produtos qumicos estejam adequadamente identificados e providos de ficha de segurana. 6- Responsabilidade dos fornecedores de repassar aos empregadores fichas de segurana atualizadas e de identificar corretamente os produtos ainda no classificados. 7- Responsabilidade dos empregadores de: Somente utilizar produtos adequadamente identificados, inclusive quando em embalagens originais do fabricante, e dotados de fichas de segurana; Avaliar, controlar e monitorar a exposio dos trabalhadores a produtos qumicos, mantendo os dados obtidos pelo perodo determinado pela legislao e disponibilizando-os aos trabalhadores e seus representantes. Prover inclusive FISPQS (MSDS) e outras infamaes sobre os produtos para que os trabalhadores possam ajudar a empresa em casos de emergncias. Ouvir inclusive estes trabalhadores

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8- Direito dos trabalhadores de: Afastar-se de situao que acredite ser de grave e iminente risco sua segurana ou sade, indicando-a a seu supervisor; Obter todas as informaes referentes aos produtos qumicos utilizados. 9- Dever do Estado exportador, em caso de proibio do uso de substncias perigosas por razes de segurana e sade, informar a todo o pas importador sobre essa proibio e suas razes.

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Organizao Internacional do Trabalho

TCNICAS DE GERENCIAMENTO DE RISCOS.As terminologias perigo e riscos Embora com certa frequncia seja observado o uso indistinto dos termos: Risco e perigo. O desenvolvimento de mecanismos de Gerenciamento de Riscos requer uma clara diferenciao, at porque ambos os termos compreendem. Elementos distintos. O Pequeno Dicionrio Michaelis Ingls-Portugus apresenta a mesma conotao para os termos hazard e risk, traduzidos indistintamente como perigo e risco. Entretanto, para o desenvolvimento do raciocnio lgico, necessrio ao adequado gerenciamento de riscos, fundamental a adoo da abordagem tcnico cientfica mais apuradap ara tal, recorrendo terminologia proposta pelas Normas BS 8800 (Norma Britnica, destinada ao Gerenciamento de Segurana e Sade Ocupacional), OHSAS 18001 (Especificao para Sistemas de Gesto da Segurana e Sade no Trabalho) e OHSAS 18002 (Sistemas de Gesto da Segurana e Sade no Trabalho Diretrizes para a implementao da OHSAS 18001), Os termos perigo e risco so assim conceituados: Perigo (Hazard): uma ou mais condies de uma varivel com o potencial necessrio para causar danos. Estes danos podem ser entendidos como leses a pessoas, danos a equipamentos ou estruturas, perda de material em

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Processo ou reduo da capacidade de desempenho de uma funo pr-determinada. Havendo um perigo, persistem as possibilidades de efeitos. Adversos. Risco (Risk): expressa a combinao de probabilidade de possveis danos. Dentro de um perodo especfico de tempo ou de ciclos operacionais. O termo risco pode tambm ser associado incerteza relativa possibilidade de ocorrncia de um determinado evento perigoso. Visualizao dos diversos elementos interagentes na relao entre Perigos e Riscos.

PERIGO Exposio (nvel de perigo)RISCO CAUSA (FATO EFEITO) O esquema apresentado por De Cicco e Fantazzini mostra que para a Materializao de um EVENTO (ACIDENTE) duas condies bsicas sero sempre Necessrias: a existncia de um ou mais PERIGOS (que podem ser expressos) (Como causas) e um determinado grau de exposio a estes perigos, que. Combinados resultaro no EFEITO ADVERSO (denominado dano ou RISCO). Di Nardi (1997) define perigo como algo capaz de causar dano. Quanto

Maior for o perigo, maiores sero as possibilidades de danos. O perigo baseado:Nas propriedades intrnsecas de materiais e no nvel de exposio aos mesmos. O cido fluordrico, por exemplo, um produto txico e o propano um. Produto inflamvel. Pouco pode ser feito para mudar as

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caractersticas destes produtos. A severidade normalmente depender do nvel de exposio. Esta Exposio, por sua vez, pode ser medida pela quantidade da substncia liberada. As condies ambientais sob as quais esta liberao pode ocorrer: Condies Meteorolgicas, condies topogrficas e medidas de mitigao existentes. A exposio poder ento ser minimizada pela reduo das quantidades de produtos perigosos armazenados nas instalaes ou atravs de melhorias em projetos. J em relao ao risco, Di Nardi (1997) o define como: uma medida de Probabilidade, ou seja, o mesmo est ligado a possibilidade de sua ocorrncia. Quanto maior o risco, maior a probabilidade do mesmo causar danos. Idealmente os riscos deveriam ser quantificados, ou seja, deveria ser possvel. A identificao da frequncia ao longo do tempo em que os riscos tenderiam a manifestar-se. Frequentemente, entretanto, no existem dados estatsticos. Disponveis a respeito de taxas de falhas de equipamentos, assim como a. Probabilidade de erro humano muitas vezes tambm no poder ser precisada. Matematicamente. Desta forma, muitos dados relativos expectativa de falhas de componentes. De sistemas, utilizados em processos de avaliao de riscos, devem ser arbitrados. De forma associativa, com base em eventos prximos aos estudados.

3.2 O gerenciamento de riscos: De acordo com o Manual de Orientao para a Elaborao de Anlise de Risco da CETESB P.4.261:2003, o Gerenciamento de Risco consiste em processo de controle de riscos compreendendo a formulao e a implantao de medidas e procedimentos tcnicos e administrativos, que tm por objetivo prevenir, reduzir e. Controlar riscos, bem como manter uma instalao operando dentro de padres de Segurana considerado tolerveis ao longo de sua vida til.

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Crowl e Louvar (2001) apresentam quatro questes bsicas a serem Observadas em processos de gerenciamento de riscos: 1. Identificao de perigos 2. Identificao de possveis falhas ou desvios de processo 3. A probabilidade das falhas e desvios de processo 4. As consequncias decorrentes destas circunstncias Uma sistematizao do processo de gerenciamento de riscos apresentada Na figura 3, extrada do Guia de Procedimentos para a Avaliao de Perigos. (Guidelines for Hazard Evaluation Procedures), de 1985, do American Institute of Chemical Engineers, apresentado por Crowl e Louvar (2001)

ETAPAS DO GERENCIAMENTO DE RISCOS: A primeira etapa do gerenciamento de riscos compreende o levantamento de dados relativos aos processos e tecnologias aplicadas, caractersticas operacionais. (presso, vazo, temperatura, etc.) e substncias perigosas utilizadas, sistemas de Proteo instalada, assim como dados relativos localizao do empreendimento,circunvizinhana e suas vulnerabilidades. Uma vez promovido o levantamento de dados preliminares, inicia-se ento o Processo de Gesto de Riscos. As tcnicas mais utilizadas no processo de gesto de risco compreendem: Tcnicas de identificao de perigos e

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Avaliaes qualitativas e quantitativas de riscos. Estas tcnicas podem ser aplicadas em distintos estgios de projetos, desde. Fases preliminares de concepo e pr-estudos, at etapas de operao da instalao. Tcnicas de Identificao de perigos podem ser utilizadas independentemente de avaliaes qualitativas ou quantitativas de riscos. Entretanto, melhores resultados sero sempre obtidos quando ambas as tcnicas forem aplicadas em conjunto. Desta forma, alm da identificao dos perigos, ser possvel estimarse a probabilidade da ocorrncia de eventos, permitindo tomadas de deciso acerca daqueles que se apresentem como riscos potenciais efetivos. 3.3 Tcnicas de identificao de perigos Weels (1997) apresenta um significativo nmero de mecanismos destinados Identificao de Perigos, ressaltando que a escolha do mtodo mais apropriado. Deve embasar-se na complexidade do processo em anlise. Crowl e Louvar (2001) tambm ressaltam no existir um mtodo de Identificao de perigos mais adequados que outro; a melhor aplicabilidade depende. Do objetivo da anlise. Embora no se pretenda neste item detalhar sistemticas e processos de identificao de perigos, cabe aqui uma apresentao sinttica dos principais mecanismos propostos pelo American Institute of Chemical Engineers, como base para futura discusso sobre mecanismos de controle de riscos. Dentre estes mtodos constam: Listas de Verificaes (Check List), Inventrio.

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de Perigos (Hazard Surveys), Anlise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Studies HazOp), Revises de Segurana (Safety Reviews) e outros Instrumentos de identificao de perigos (Anlise Preliminar de Perigos, What if / E (Se, Anlise de Erro Humano, Anlise de Modo de Falhas e Efeitos). 3.3.1 Listas de Verificao de Perigos (Check List) Correspondem a um mtodo de simples utilizao, o qual depende, Entretanto, de conhecimento prvio dos perigos de processos a serem avaliados. Apresentam uma srie de itens a serem verificados e que j se encontram correlacionados com alguma expectativa de resultado. As Listas de Verificao podem ser utilizadas nas fases de projeto de novas Instalaes ou equipamentos, bem como nas etapas properacionais de novos sistemas, ou ainda para modificao de instalaes ou equipamentos existentes devem ser utilizadas basicamente nas etapas preliminares dos processos de identificao de Perigos, sendo seus dados normalmente complementados poro outras tcnicas de Identificao de Perigos ou mtodos de Avaliao de Riscos. (AIChe), no Guia intitulado Guidelines for Process Safety Documentation, Second Edition, baseado em tabela parcial publicada, em 1980, por Wells, no livro Safety in Process Plant Design (AIChE, 1992). Inventrio de Perigos (Hazard Surveys) Este mtodo pode resumir-se a um inventrio pr-estabelecido de condies de perigos a serem avaliados em uma determinada instalao, ou compreender.

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Mtodos mais complexos e rigorosos, como o caso dos ndices Dow de Fogo. Exploso (Fire and Explosion Index - F&EI) ou ndice Dow de Exposio Qumica (Dow- Chemical Exposure Index CEI), ou ainda do MOND, desenvolvido pela Imperial Chemical Industries Ltd (ICI). O ndice F&EI foi projetado fundamentalmente para a definio de questes Relativas estocagem, manuseio e processamento de produtos inflamveis e explosivos, permitindo a identificao de distncias de segurana em relao a ndices prefixados para incndio e exploses. O ndice F&EI determinado a partir de valores tabelados, resultantes de penalidades aplicadas com base em perigos gerais de processo (reaes Exotrmicas, reaes endotrmicas, manuseio de materiais, realizao de Atividades em ambientes internos, acessibilidade aos processos e sistemas de (Controle de vazamentos). Tambm so observados perigos especiais de processo (trabalho com materiais txicos, presses de reaes, trabalho em atmosferas). Classificadas quanto inflamabilidade, perigo de exploso de poeiras, temperaturas. De trabalho, quantidade de produtos perigosos em uso, condies de corroso, (Perigos de perda de conteno e utilizao de equipamentos rotativos). Associando-se ainda estes elementos ao Fator de Risco, que corresponde ao Valor tabelado em funo de caractersticas de inflamabilidade e reatividade, obtidos. A partir de classificao fornecida pela National Fire Protection Association (NFPA), Obtm-se a classificao, de modo semi-quantitativo, da atividade industrial em Anlise em:

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Instalaes de risco leve Instalaes de risco moderado Instalaes de risco intermedirio e Instalaes de risco rave ou severo. Irresponsabilidades: O Acidente de Goinia foi um fato tpico de irresponsabilidade Na cidade de Goinia, durante a ensolarada e calorenta tarde domingueira de 13 de setembro de 1987, dois sucateiros Roberto Santos Alves e Wagner Mota. Pereira dirigiram--se s runas de um prdio situado entre as Avenidas Tocantins e Paranaba, no centro da cidade, onde funcionara uma clnica de radioterapia, visando retirar do local um equipamento abandonado. Movia-os a possibilidade de utilizarem o chumbo que revestia o aparelho para vend-lo como sucata a um dos ferros-velhos Da cidade Recolheram uma de suas partes e, com a utilizao de um carrinho de mo levaram-na para a moradia de Roberto, no n0 68 da Rua 57, no Setor Central. No Quintal da casa, usando ferramentas comuns, separaram a parte de chumbo do. Restante da pea, rompendo a janela de irdio que protegia a cpsula de csio 137, o. Que permitiu a liberao de radioatividade para o meio ambiente. Tinha incio a o Acidente com o csio 137 em Goinia. A partir da violao do lacre do equipamento, a radiao foi liberada para um grupo de pessoas que manipularam partculas de csio 137 como se fossem sucata comum. Como consequncia, os efeitos do acidente atingiram homens, mulheres, crianas, animais domsticos, casas, ruas, chegando at atmosfera. A radiao, oficialmente, atingiu uma rea de 2.000 m2 no contnuos, infiltrando-se no solo at a profundidade de 50 cm, em alguns pontos, provocando a necessidade

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da derrubada de rvores e plantas, num raio de 100 m das zonas afetadas. Segundo informaes de tcnicos da Comisso Nacional de Energia Nuclear (CNEN) que participaram do processo de descontaminao de Goinia, foram demolidas sete casas e gerados 6.500 m3 de rejeitos radioativos, que foram transferidos para um depsito provisrio na cidade de Abadia de Gois onde, posteriormente, foi construdo um depsito definitivo. De acordo com informaes oficiais, quando o fato se tornou pblico dezesseis dias mais tarde, 249 pessoas j estavam contaminadas ou irradiadas, entre as quais quatro faleceram em menos de um ms contado a partir da divulgao do acidente. Em decorrncia das peculiaridades do evento, criou-se a necessidade de fazer circular entre a populao uma srie de informaes normalmente restritas. A Doutora em Cincias Sociais, professora da Universidade Catlica de Gois. Especialistas que lidam com o csio 137 no campo da cincia e da tecnologia A Transmisso rpida dessas informaes ocorreu principalmente pela utilizao dos Meios de comunicao de massa: imprensa e redes de rdio e televiso. Tratava-se de informar ao pblico o que era o csio 137, bem como as consequncias decorrentes da contaminao ou irradiao com esse elemento. Assim, ao mesmo tempo em que o acidente vinha a pblico e, por fora de seu. Ineditismo se impunha como pauta em todos os meios de comunicao j se podia Observar objetivamente os efeitos da radiao sobre aqueles que haviam sido

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Submetidos exposio em altas doses. Em razo de a radioatividade ser silenciosa, Invisvel, inodora e indolor; de seus efeitos manifestarem-se geralmente apenas a. Longo prazo, quando o indivduo submetido a uma baixa dose; e, mais ainda, em. Razo da impossibilidade de estabelecer rapidamente a rota de disseminao da radioatividade pelo espao e pelos grupos atingidos, a populao de Goinia viu-se em um estado emocional de perplexidade, seguido de medo e pnico. Os meios de comunicao divulgavam o acontecimento e simultaneamente Propagavam as consequncias da exposio radioatividade, como o Comprometimento gentico, o cncer, e, no limite, a morte. Nesse contexto, apossou-se de muitos habitantes da cidade o medo de estarem contaminados. Diante do Sentimento de ameaa de que a populao se viu tomada e frente s recomendaes Difundidas pelos tcnicos no sentido de que as pessoas evitassem trafegar pelas reas contaminadas e manter contato com indivduos j identificados como expostos radiao, medidas que eram indispensveis para conter a expanso das consequncias do acidente, o pblico reelaborou essas informaes e passou a adotar um comportamento discriminatrio, inicialmente em relao aos atingidos e posteriormente, em relao a todos os moradores das reas onde os focos mais graves. Pura irresponsabilidade dos gestores do sistema. Quando a instalao foi desativada este material deveria ter sido recolhido e guardado em local seguro. Qual seria o custo disto? Zero em relao ao ocorrido!

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por isto que, para cada atividade perigosa dentro da empresa dever ter um tcnico como responsvel. Mas, esta pessoa precisa ter autonomia para exercer sua funo. No pode ser manipulado por uma pessoa ignorante, ingnua que vise apenas o lucro economia etc. Acidente de Chernobyl nos anos setenta: Em 26 de Abril de 1986, exatamente 01h 23min e 58s da madrugada, o mundo conheceu o terror oriundo de uma reao nuclear em escala no controlada. Localizada na rea oriental do extremo ocidente da antiga URSS, ao sul da regio norte da Ucrnia, a usina nuclear de Chernobyl (Tu!!, en Russo) - construda sobre um antigo cemitrio de ndios Mohawk - estava amaldioada desde que sua pedra fundamental foi plantada naquele solo sagrado para os nativos Ucranianos. O acidente despertou no pblico internacional, desconfiana quanto segurana dos programas nucleares soviticos e a competncia dos seus engenheiros. Na poca do acidente, o mundo vivia um cenrio totalmente diferente quanto poltica nuclear. Hoje em dia, possvel comprar plutnio em qualquer favela carioca, ou com alguns milhares de dlares, um cidado pode encomendar sua prpria bomba atmica em Minsk sem muitos problemas. No entanto, em 1986 o funcionamento da energia nuclear ainda era um mistrio to grande quanto os fornos de micro-ondas. Era impossvel naqueles dias, ter-se ideia das consequncias daquele trgico acidente. Um relatrio de 2005, preparado pela International Atomic Energy Agency em conjunto com a Assossiao Pag de Moos, atribuiu ao acidente 56 mortes diretas (46 trabalhadores, 9 crianas vtimas de cncer e 1 fabricante de farofa de despacho) e estima que outras 9.000 pessoas entre as aproximadamente 6,6 milhes altamente expostas a radiao, morram de cncer de dedo, acidentes de

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trnsito, doenas respiratrias, insuficincia cardaca, outras doenas, overdose, assassinadas, em acidentes areos ou por causas naturais nos prximos 40 anos. As demais pessoas devem ter um final semelhante em no mximo 70 anos. Localizao: A Usina de Chernobyl fica prxima a cidade de Prypiat, Ucrnia, a 18 Km a nordeste da cidade de Chernobyl propriamente dita, e foi construda s margens do famoso lago Mke, local sagrado para os ndios Mohawk. Allexey Grigory, chefe de transportes do Departamento Comunista de Construo de Usinas Nucleares de Baixo Custo, apesar de apresentar aos seus superiores um relatrio informando que o local era patrimnio cultural Mohawk, foi visto como instigador e traidor do "movimento partido",vio. (Autoridades comunistas encontraram Allexey morto em sua casa no dia seguinte. Uma investigao concluiu que ele cometeu suicdio com 38 tiros nas costas). A despeito deste incidente, a usina teve sua construo iniciada em 1970. Quatro reatores do tipo ACME, cada um capaz de produzir energia eltrica suficiente para dar choques em mais de 20.000 prisioneiros polticos, estavam em operao na poca do acidente. Outros 2 reatores encontravam-se em construo e deveriam entrar em operao nos prximos 2 anos. Ao contrrio do que se pensava at poucos anos, Chernobyl no era um projeto exclusivamente sovitico. Aps a queda da cortina de ferro durante o governo Gorbatchev, veio a tona o fato de que algumas das mais brilhantes mentes da comunidade cientfica mundial, contriburam para a construo da usina, como o caso do mundialmente famoso e renomado engenheiro americano Dr. Willy Coyote, que foi o engenheiro chefe responsvel pela base de conteno dos reatores nucleares de Chernobyl.

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e

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O que fizeram estas criaturinhas para pagarem to caro? Isto deveria ser o castigo mnimo possvel para quem deixou de fazer a sua parte

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Ser que algumas dessas crianas so filhas ou mesmo parentes de quem causou estas catstrofes? perceptvel ou no este tipo de ocorrncia? Voc sabe o que tem do lado de sua casa? Voc conhece os riscos da empresa onde trabalha? Voc colabora profissionalmente para que isto no corra na sua empresa? Voc conhece os riscos de sua funo/ Voc recebeu treinamento para o exerccio seeguro de suas atividades? Voc se quer usa proteo auditiva, voc usa walk man enquanto trabalha? Voc ainda diz que o que ruim s acontece com os outros! Ser que os ETs so frutos de acidentes maiores? Ser que os homens de segurana conforme o nosso caso, podem interferir na preveno dessas ocorrncias? por esta razo que o

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meu paradeiro tem durao efmera na maioria das empresas por onde passo. sou obrigado a bater de frente com chefias as vezes at com patres com relao ao descomprimento de ordens de Jiricos que so dadas ou descumprir normas de segurana. S que em alguns casos os TS desconhecem os riscos que deveriam prevenir.

Fotos de Vitimas do Acidente de chernobill Saiba que as mulheres deste pas fazem parte do grupo de mulheres mais belas do mundo imagine estas cenas acima. Faltou: Manuteno, Informaes no sistema; Responsabilidade, Ao, Conhecimento do risco, Formao, Controle, Procedimentos, emfim, fatou tudo! Jornalista: Descobriu-se tambm que o Jornalista do The New York Times, Jimmy Leeroy sabia deste detalhe srdido, e na poca da construo

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levantou a possibilidade de levar a conhecimento pblico esta informao. No entanto, Jimmy Leeroy morreu trgicamente quando seu carro explodiu de forma violenta em frente ao prdio onde morava. Em Manhatan. Peritos da polcia americana, concluram que foi uma falha no fusvel do farol de milha a causa do acidente. Segundo os autores (incluindo o Dra. Rosalie Bertell) de um novo livro, O Legado oculto de Chernobyl: levar milnios para recuperar a rea que to grande como a Itlia, para retornar em nvel normal de radiao em cerca de 100.000 anos. J se passaram 25 anos desde esta catstrofe, por isso temos outros 99.977 anos para ir, at as coisas voltar novamente ao "normal". Com a radiao milhares de pessoas foram afetadas e, ficaram deformadas com graves mutaes genticas e Chernobyl at hoje uma cidade fantasma, veja fotos abaixo de crianas com mutaes por causa da radiao e a cidade como se encontra hoje tudo isto por causa do qu: Falta de responsabilidade? obvio! Leia e reflita! Pode-se pagar um salrio irrisrio para um TS? O que faz com que ele seja um fator de insegurana para famlia dele? E pravoc tambm. J pensou se ele disser: eu atuo de acordo com omeu salrio! Voc para fazer segurana, primeiro precisa cuidar da sua. Vejo TS sem um programa de sade familiar os filhos com os dentes podres, a mulher doente e a como fica o psicolgico de um homem deste? Estou falando isto no por ser TS tambm!! Mas pensando no social dessa pessoa.

Acidente de BHOPALLNa noite entre dois e trs de dezembro de 1984, cerca de 40 toneladas de metil isocianato e outros gases letais vazaram da fbrica de agrotxicos da Union Carbide Corporation, em Bhopal, ndia. Foi o

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pior desastre qumico da histria. Estima-se que entre 3,5 e 7,5 mil pessoas morreram em decorrncia da exposio direta aos gases, mas o nmero exato continua incerto. Infelizmente, a noite do desastre foi apenas o incio de uma tragdia, cujos efeitos se estendem at hoje. A Union Carbide, que possua a fbrica de agrotxicos na poca do vazamento dos gases, abandonou a rea, deixando para trs uma grande quantidade de venenos perigosos. Os moradores de Bhopal ficaram com fornecimento de gua contaminada e um legado txico que ainda hoje causa prejuzos. A Union Carbide tentou se livrar da responsabilidade pelas mortes provocadas pelo desastre pagando compensaes inadequadas ao Governo da ndia. Hoje, mais de 20 mil pessoas moram na regio e uma segunda gerao de crianas continua a sofrer os efeitos da herana txica deixada pela empresa. Desde ento, cerca de 20 mil pessoas morreram e mais de meio milho ficaram feridos. Em 1999, a Union Carbide anunciou sua fuso com a multinacional Dow Chemicals, sediada nos Estados Unidos, criando a segunda maior companhia qumica do mundo. Ao incorporar a Union Carbide por um total de US$ 9,3 bilhes, a Dow no apenas comprou os bens, mas tambm a responsabilidade pelo desastre de Bhopal. Enquanto os moradores de Bhopal continuam a sofrer os impactos do desastre de 1984, a responsabilidade legal pelo acidente ainda est sendo julgada pela Justia norte-americana, uma vez que a Dow se recusa a aceitar o passivo ambiental adquirido na compra da Union Carbide. De acordo com a Dow, a partir da incorporao das duas empresas, a receita anualizada superior a US$ 24 bilhes. A capitalizao conjunta de mercado de aproximadamente US$ 35 bilhes e seus ativos esto avaliados em mais de US$ 30 bilhes. Na noite do desastre, as seis medidas de segurana criadas para impedir vazamentos de gs fracassaram devido falhas em seu

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funcionamento; ou porque no estavam ligadas; ou ainda por serem ineficientes. Alm disso, a sirene de segurana, que servia para alertar a comunidade em casos de acidente, estava desligada. Os primeiros efeitos agudos dos gases txicos no organismo foram vmitos e sensaes de queimadura nos olhos, nariz e garganta. Muitas pessoas morreram dormindo; outras saram cambaleando de suas casas, cegas e em estado de choque, para morrer no meio da rua. Outras morreram muito depois de chegarem aos hospitais e prontossocorros. Grande parte das mortes foi atribuda falncia respiratria para alguns, o gs txico causou secrees internas to severas que seus pulmes ficaram obstrudos; em outros, os tubos bronquiais se fecharam levando sufocao. Muitos dos que sobreviveram ao primeiro dia foram diagnosticados com falha no funcionamento dos pulmes. Estudos mais aprofundados com os sobreviventes tambm apontam sintomas neurolgicos, que incluem dores de cabea, distrbio de equilbrio, depresso, fatiga e irritabilidade, alm de anormalidade e efeitos negativos sobre os sistemas: gastrointestinal, muscular, reprodutivo e imunolgico. Justia para Bhopal? A Union Carbide foi intimada a compensar aqueles que, com o desastre, perderam sua Capacidade de trabalhar. A companhia se recusou a pagar os US$ 220 milhes exigidos pelas organizaes de sobreviventes de Bhopal. Em fevereiro de 1989, depois de cinco anos de disputa legal, o Governo Indiano e a empresa chegaram a um acordo de US$ 470 milhes. Supostamente, esta quantia deveria pr fim a toda responsabilidade da indstria perante a sociedade. A indenizao mdia, de US$ 370 a US$ 533 por pessoa, era suficiente apenas para cobrir despesas mdicas por cinco anos. Muitas das vtimas, incluindo-se crianas, sofrero os efeitos do desastre pelo resto de suas vidas.

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Em novembro de 1989, o nmero oficial de mortes foi estimado em 3.590, elevando-se para 3.828 em outubro de 1990. Esta foi a estimativa usada pelo governo indiano para estabelecer o acordo indenizatrio de US$ 470 milhes com a Union Carbide. No entanto, o mdico-legista de Bhopal relatou que ele havia realizado 4.950 autpsias nos primeiros cinco ou seis meses de 1985. Em dezembro de 1992, o nmero oficial de mortos saltou para 4.136 e, em outubro de 1995, para 7.575, quase o dobro da estimativa usada como base do acordo. Organizaes locais de sobreviventes Estimam que entre 10-15 pessoas continuam morrendo a cada ms. Cerca de 100 mil pessoas ainda precisam de assistncia mdica urgente e no receberam a indenizao

A indenizao acordada no cobriu despesas mdicas ou prejuzos relacionados exposio contnua rea contaminada. O maior acidente industrial do mundo custou Union Carbide apenas US$ 0,48 por ao. Desde 1984, mais de 140 aes civis a favor das vtimas e sobreviventes de Bhopal foram iniciadas nas Cortes Federais dos Estados Unidos, na tentativa de obter indenizao apropriada. Os casos continuam em curso atualmente. Procedimentos Legais: Em 1991, a Corte Suprema da ndia reafirmou a responsabilidade criminal da Union Carbide no caso. O processo criminal ainda est pendente na Corte do Distrito de Bhopal. Em 1992, uma ordem de priso foi dada para Warren Anderson, diretor-executivo da Union Carbide na poca do acidente, e para administradores (indianos) da fbrica da Union Carbide na ndia. Anderson no compareceu Corte para enfrentar as acusaes e foi declarado foragido pela Justia indiana h oito anos. No dia 13 de setembro de 1996, em resposta apelao dos acusados da Union Carbide ndia Ltda., a Corte Suprema enfraqueceu

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o grau das acusaes de homicdio culposo para morte causada por negligncia, reduzindo assim a sentena mxima de dez para dois anos de priso. O julgamento dos administradores indianos acusados caminha lentamente para a instncia judicial mxima apesar de todos os esforos da Union Carbide para escapar da Justia, os procedimentos criminais contra os acusados permanecem abertos e pendentes. Desdobramentos recentes do processo na Corte dos Estados Unidos: No dia 15 de novembro de 1999, sete indivduos (trs dos quais so sobreviventes) e cinco organizaes deram entrada uma ao coletiva contra a Union Carbide e Warren Anderson na Corte Federal de Nova York. A ao acusa a companhia e os administradores da fbrica de violaes graves das leis internacionais e de direitos humanos, por causa de sua indiferena e de seu descaso pela vida humana ao No promover a descontaminao do local, perpetuando assim o desastre. Esta ao forou Anderson a submeter-se ao processo judicial norteamericano no dia 08 de maro de 2000, depois de ter se esquivado de intimaes enviadas desde 21 de novembro de 1999 para seus trs endereos nos Estados Unidos. No dia 28 de agosto de 2000, o juz John F. Keenan, da Corte Federal da Zona Sul de Nova York, rejeitou o processo baseado nos princpios de que somente o governo indiano poderia processar a Union Carbide ou seus representantes (Bhopal Act 1985), impedindo aes indenizatrias de organizaes ou de indivduos, mesmo que estes fossem vtimas. A deciso est agora sendo apelada. Union Carbide/Dow. Desde o desastre, a Union Carbide tenta mudar sua identidade de diversas maneiras para se livrar do estigma de Bhopal. Por isso, a Union Carbide India Ltda. mudou seu nome para Eveready Industries Ltda. e Union Carbide Eastern, Hong Kong. Em 1992, a subsidiria da

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Union Carbide na sia alterou seu nome de registro, ressurgindo sob a fachada de uma nova empresa. Por meio da fuso com a Dow, a Union Carbide conseguiu se livrar de seu odiado nome. Em novembro de 2000, o novo presidente/CEO eleito da Dow, Michael D. Parker, demonstrou preocupao com as questes referentes Union Carbide em Bhopal em seu primeiro informe oficial imprensa: claro que temos conscincia do incidente em Bhopal e de sua associao ao nome da Union Carbide, mas ela fez o que foi preciso paraadotar os programas adequados para meio ambiente, sade e segurana.

No dia 11 de maio de 2000, membros da Campanha pela Justia em Bhopal, uma coalizo de estudantes e ativistas ambientais sediada nos Estados Unidos, participaram do encontro anual de acionistas da Dow. Eles exigiram o comprometimento de que, com a fuso das duas empresas, houvesse a assuno de todo o passivo gerado pelo desastre em Bhopal. A resposta do presidente da Dow, Frank Popoff, foi: No est em meu poder assumir a responsabilidade por um evento que aconteceu h 15 anos, com um produto que nunca desenvolvemos, em um lugar que jamais operamos. Enquanto a Dow/Union Carbide foge do problema, a populao local continua a conviver com olegado txico deixado pela empresa. A regio de Bhopal uma das muitas reas contaminadas pela Dow e por outras companhias qumicas que envenenam comunidades ao redor do mundo. No incio do novo milnio, o setor qumico no pode fugir da responsabilidade pela poluio txica que provoca. O Greenpeace e organizaes de sobreviventes locais demandam que: o A Dow assuma o comprometimento pela descontaminao da rea; o A Dow garanta tratamento mdico e benefcios necessrios para tratamentos Em longo prazo de sobreviventes do desastre;

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o A Dow indenize economicamente as pessoas afetadas pela exposio ao gs E s suas famlias; o A Dow providencie gua potvel para as comunidades que vivem prximo ao local do acidente.

Uma corte indiana condenou oito pessoas hoje por negligncia ao no prevenirem um dos piores acidentes industriais do mundo, e que matou milhares de pessoas na cidade indiana de Bhopal, em 3 de dezembro de 1984. Na poca, houve um vazamento de gases txicos na unidade da companhia Union Carbide, situada no centro de Bhopal, o qual se espalhou pelo ar e matou, inicialmente, cerca de 4 mil pessoas. Ativistas dizem que esse nmero pode ter chegado a 15 mil ao longo dos anos seguintes. O juiz Mohan P. Tiwari condenou os acusados por terem "causado mortes por negligncia" e por "homicdio culposo, sem inteno de matar", apesar de que as penas - que devero ser de no mximo dois anos de priso, segundo fontes - s sero conhecidas posteriormente. Os acusados devero recorrer da sentena. Consumir gua de poos contaminados; Os administradores da fbrica da Union Carbide em Bhopal sejam levados Justia; Uma legislao internacional seja estabelecida para responsabilizar criminal Financeiramente as empresas em casos de desastres industriais e de poluio txica contnua.

Acidente do mar do norte.Piper Alpha, uma plataforma de pequeno porte, estava situada no campo de leo Piper, aproximadamente 20 quilmetros ao sudeste d a 10 metros acima da gua. Nos primeiros tempos, produzia tambm gs de um poo e ultimamente produzia leo de 2 poos. Era

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conectada por um oleoduto e um gasoduto ao terminal Flotta, em Orkney e com gasodutos a outras duas instalaes. A instal