GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

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1 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL Mayara Corrêa de Freitas, Estudante de Engenharia Civil, Centro Universitário do Norte Uninorte, Manaus. Eng. Charles Brito de Ribeiro RESUMO O Gerenciamento de resíduos e uns dos principais temas discutidos na Engenharia ·Civil. No Brasil e no mundo, o setor construtivo e o que, mas geram resíduos e o uso de recurso natural, ocasionando impacto significativo ao meio ambiente. No Brasil os dados mostram que assim como nos Países as geraçõa de resíduos são muito elevados sendo que 40% a 70% do total de resíduos gerados são das etapas de demolição que ultrapassa o resíduo urbano. Devido às altas gerações de resíduos foi criados em 2002 a resolução 307 (CONAMA) que responsabiliza as empresas pelos os resíduos e estabelece que este deva ter como objetivo principal a não geração de resíduos e secundariamente, a redução, e reutilização a reciclagem de forma correta e não atingindo a real causa do problema. A maioria das construtoras presta muita atenção nos seus lucros, tendo em vista a causa orçamentaria em projetos construtivos e corrigir as causa de orçamento analisando e controlar o custo de seus projetos assim deixando de lado questões essenciais como o gerenciamento de resíduos a partir do momento que as empresa aplicarem suas obras os programas de resíduos as mesmas sairão com qualidade econômica e menos agressão ao meio ambiente. Palavras- chaves: Meio ambiente, Resíduos, Sustentabilidade. ABSTRACT Aste Management and one of the main topics discussed in Civil Engineering. In Brazil and in the world, the construction sector and what, but generate waste

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GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Mayara Corrêa de Freitas, Estudante de Engenharia Civil, Centro

Universitário do Norte – Uninorte, Manaus.

Eng. Charles Brito de Ribeiro

RESUMO

O Gerenciamento de resíduos e uns dos principais temas discutidos na

Engenharia ·Civil. No Brasil e no mundo, o setor construtivo e o que, mas

geram resíduos e o uso de recurso natural, ocasionando impacto significativo

ao meio ambiente.

No Brasil os dados mostram que assim como nos Países as geraçõa

de resíduos são muito elevados sendo que 40% a 70% do total de resíduos

gerados são das etapas de demolição que ultrapassa o resíduo urbano.

Devido às altas gerações de resíduos foi criados em 2002 a resolução 307

(CONAMA) que responsabiliza as empresas pelos os resíduos e estabelece

que este deva ter como objetivo principal a não geração de resíduos e

secundariamente, a redução, e reutilização a reciclagem de forma correta e

não atingindo a real causa do problema.

A maioria das construtoras presta muita atenção nos seus lucros, tendo

em vista a causa orçamentaria em projetos construtivos e corrigir as causa de

orçamento analisando e controlar o custo de seus projetos assim deixando de

lado questões essenciais como o gerenciamento de resíduos a partir do

momento que as empresa aplicarem suas obras os programas de resíduos as

mesmas sairão com qualidade econômica e menos agressão ao meio

ambiente.

Palavras- chaves: Meio ambiente, Resíduos, Sustentabilidade.

ABSTRACT

Aste Management and one of the main topics discussed in Civil Engineering. In

Brazil and in the world, the construction sector and what, but generate waste

2

and the use of natural resources, causing a significant impact on the

environment.

In Brazil the data show that, as in the countries, the generation of waste is very

high and 40 to 70% of the total waste generated is from demolition stages that

go beyond urban waste.

Due to the high generation of waste, resolution 307 (CONAMA) was created in

2002, which makes companies responsible for waste and establishes that it

should have as its main objective the non-generation of waste and secondarily,

the reduction and reuse of recycling in a correct way and not reaching the real

cause of the problem.

Most construction companies pay close attention to their profits in view of

budgeting on constructive projects and correct budget causes by analyzing and

controlling the cost of their projects, thus leaving aside essential issues such as

waste management from the moment they the companies to apply their works

the waste programs will come out with economic quality and less aggression to

the environment.

Keywords: Environment, Waste, Sustainability.

1. INTRODUÇÃO

Durante a ECO-92 e a definição da Agenda 21, houve destaque a

necessidade urgente de se programar um adequado sistema de gestão

ambiental para os resíduos sólidos (GÜNTHER, 2000).

Uma das formas de solução para os problemas gerados é a

reciclagem de resíduos, em que a construção civil tem um grande potencial de

utilização dos resíduos, uma vez que ela chega a consumir até 75% de

recursos naturais (JOHN, 2000; LEVY, 1997; PINTO, 1999)

A questão da reciclagem na construção civil pode gerar muitos benefícios:

Redução no consumo de recursos naturais não renováveis, quando

substituídos por resíduos reciclados (JOHN, 2000).

Redução de áreas necessárias para aterro, pela minimização de

volume de resíduos pela reciclagem. Destaca-se aqui a necessidade da própria

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reciclagem dos resíduos de construção e demolição, que representam mais de

50% da massa dos resíduos sólidos urbanos (PINTO, 1999).

Redução do consumo de energia durante o processo de produção.

Destaca-se a indústria do cimento, que usa resíduos de bom poder calorífico

para a obtenção de sua matéria-prima (co-incineração) ou utilizando a escória

de alto-forno, resíduo com composição semelhante ao cimento (JOHN, 2000).

Redução da poluição; por exemplo, para a indústria de cimento, que

reduz a emissão de gás carbônico utilizando escória de alto forno em

substituição ao cimento portland (JOHN, 1999).

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Apesar de sua importância econômica e desenvolvimentista, a

Construção Civil, também arca com o ônus de ser o elo da cadeia produtiva

que mais impactos impõe ao meio ambiente (Paschoalin Filho, Duarte, Guerner

Dias, & Cortes, 2013). Entre os danos causados, Paschoalin Filho e Graudenz

(2012) destacam: fim de reservas naturais não renováveis do material

explorado, alteração na paisagem, desmatamento, erosão, poluição do ar

decorrente de emissão de gás carbônico na atmosfera e poluição sonora.

Amadei, Pereira, Souza e Meneguetti (2011) comentam que, além de

impactos gerados durante a extração das matérias-primas naturais, também

ocorrem aqueles impactos causados pelos resíduos gerados nas etapas

posteriores, ou seja, na construção, demolição, manutenção, adequação e

reforma dos edifícios.

Dentre os impactos ambientais gerados pela construção civil, pode-se

destacar a grande geração de resíduos da construção civil (RCC). Os resíduos

de construção civil são os provenientes de construções, reformas, reparos e

demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da

escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral,

solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros,

argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações,

fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou

metralha. (CONAMA, 2002)

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Muitas podem ser as causas do desperdício nas obras de construção

civil que vão desde a fase do projeto que pode ser incorreto, fase de instalação

do canteiro, fase de planejamento da obra, transporte e armazenamento

inadequado de materiais, imperfeições no próprio material de construção, erros

de execução por desqualificação da mão de obra, entre outros. (ALVES;

QUELHAS, 2004)

A racionalização é importante para a redução da geração de resíduos e

deve partir do projeto. A racionalização gera uma economia efetiva na obra.

Um dos objetivos, de fato, é a redução de custos, mas essa não é a única

meta. A racionalização abrange não só processos, mas também a metodologia

de construção, projetos, técnicas novas de edificação, a mecanização e a

manutenção de padrão. (GERAB; KEHDI, 2003)

De acordo com a Abnt NBR ISO: 14.004/2005, na medida em que

aumentam as preocupações com a qualidade do meio ambiente, as

organizações têm voltado sua atenção para os impactos ambientais causados

por suas atividades, seus produtos e serviços.

Para Motta (2009), a inserção da preocupação com a Sustentabilidade

no setor da Construção Civil é essencial para a redução do impacto ambiental

das obras, cabendo às empresas construtoras a adoção de práticas de

gerenciamento e fiscalização baseadas em conceitos coerentes com o conceito

de Sustentabilidade.

3. SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA), DE QUALIDADE (SGQ)

E CERTIFICAÇÕES.

Na fase de execução do projeto podem ser implementados Sistemas

de Gestão Ambiental (SGA) e de Qualidade (SGQ), que consistem em

ferramentas que permitem às empresas estabelecerem um processo de

constante melhoria do seu desempenho ambiental, reduzindo o impacto de

suas atividades. Este desempenho tem significativa importância para seus

stakeholders e o público consumidor

Parte das construtoras brasileiras vem investindo para obtenção de

certificações de SGQ ISO 9.001 e PBQP-H, bem como SGA específicas para a

Construção Civil, tais como: Leadership in Energy and Environmental Design

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(Leed), Processo Aqua ou ISO 14.001. As construtoras vêm se organizando

qualitativamente, visando a estas certificações, de forma que possam obter

financiamento de suas obras junto a instituições bancárias públicas e privadas.

Para Casado (2011), construir seguindo orientações e critérios de

sistemas de certificação ambiental trazem diversos benefícios ambientais, tais

como o consumo de energia que passa a ser, em média, 30% menor; o

consumo de água sofre redução de 30% a 50%; a redução da emissão de CO2

pode alcançar 30% e a redução na geração de resíduos poderá variar entre

50% a 90%.

4. RECICLAGEM E LOGÍSTICA REVERSA DOS RCC

De acordo com Sassi (2008), nesta forma de cadeia, os produtos e os

materiais poderiam ser reintegrados em uma nova construção por meio de

processos de reciclagem e recuperação. Esta afirmação encontra respaldo na

opinião de Housseini et. al. (2015), os quais comentam que a logística reversa

na Construção Civil está diretamente relacionada com o reuso dos

componentes ou materiais de uma construção obsoleta em outra mais nova.

Na visão dos autores, a logística reversa consiste em uma prática sustentável

na Construção Civil, podendo oferecer diversos benefícios na esfera ambiental

(Housseini et. al., 2015).

Nunes, Mahler e Valle (2009) consideram a logística reversa na

Construção Civil como sendo a forma como é planejado, operado e controlado

o fluxo de produtos pós-venda ou pós-consumo de volta ao processo produtivo,

por meio de canais de distribuição reversa, agregando valores econômicos,

ambientais, sociais, etc. Na visão de Housseini et. al. (2015), a logística reversa

trata do movimento dos produtos, bens e materiais, do ponto de consumo para

sua origem.

5. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

Analisados 100 canteiros de obras inicialmente em 12 estados do

Brasil, constatou-se o tamanho do desperdício da construção civil: em média,

gastam-se em reais 3 a 8% a mais em material do que o necessário em função

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das perdas, tanto incorporadas na própria edificação - 2/3 desse volume -

quando sob a forma de entulho. (ALVES; QUELHAS, 2004)

TABELA 1 – CLASSIFICAÇÃO DOS RCC SEGUNDO A RESOLUÇÃO 307/2002 – CONAMA

TABELA 2 – DEFINIÇÕES CONFORME RESOLUÇÃO 307/2002 – CONAMA

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6. RESOLUÇÃO CONAMA 307/02

A regulamentação ambiental de RCC, é baseada em uma política

ambiental de segurança mínima, implementada através de instrumentos de

comando e controle e instrumentos econômicos, inserida em macro políticas

ambientais. Trata-se da Resolução CONAMA 307, de 5 de julho de 2002, que

tem como objetivo o disciplinamento das ações necessárias para a

minimização dos impactos ambientais do setor da construção civil (Brasil,

2002). A Resolução CONAMA 307/02 se destaca como a primeira ação

consolidada para a regulamentação do gerenciamento do resíduo sólido da

construção civil, sendo de extrema importância e podendo ser considerada

como o marco regulador da questão dos resíduos da construção civil. Sendo

assim, a responsabilidade pelos resíduos das atividades de construção,

reforma, reparos e demolições passam a ser do gerador e, para a efetiva

solução da destinação inadequada desses resíduos, prevê-se a participação de

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todos os atores envolvidos: poder público, geradores, transportadores e

destinatários (MARCONDES,2005). A Resolução apresenta como objetivo

principal a não geração de resíduos e, secundariamente, redução, reutilização,

reciclagem e destinação final, com reservação para uso futuro. A partir de julho

de 2004, os resíduos da construção civil não podem ser dispostos em aterros

de resíduos domiciliares, áreas de "bota fora", encostas, corpos d água, lotes

vagos e áreas protegidas por Lei (Brasil, 2002). O Plano Integrado de

Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PIGRCC) é o instrumento

previsto para a implementação da Resolução e incorpora o Programa Municipal

de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PMGRCC) e Projetos de

Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC). O PIGRCC é de

responsabilidade da municipalidade e do Distrito Federal, com prazo de

elaboração definido para 02/01/04 e para implementação, 02/07/04 (Brasil,

2002).

7. LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

O Decreto Municipal de Manaus Nº 1.349 de 09 de novembro de 2011,

determina em consonância com o que estabelece à Política Nacional de

Resíduos Sólidos a Lei 12.305 de 02 de agosto de 2010, que a atualização do

Plano deve ser realizada a cada quatro anos. Portanto, os municípios devem

elaborar o plano de gestão integrada de resíduos sólidos, e realizar sua

respectiva atualização no prazo supracitado observando prioritariamente o

período de vigência do Plano Plurianual. A sustentabilidade é vista de forma

abrangente, envolvendo as dimensões ambiental, social, cultural, econômica,

política e institucional, conforme indicações da Agenda 21(MMA, 2000).

8. LEI FEDERAL Nº 12.305/10

A Lei nº 12.305/10 instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos

(“PNRS”). Possui uma abordagem atual e importantes instrumentos a fim de

viabilizar os avanços que o país necessita para enfrentar diversos problemas

ambientais, sociais e econômicos derivados do manejo inadequado dos

resíduos sólidos.

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9. ESTUDO DE CASO

De acordo Yin (2010), o estudo de caso poderá se utilizar de seis

fontes potenciais de coleta de informação, sendo estas: documentos, registros,

entrevistas, observação direta, observação dos participantes e artefatos físicos.

Para realização dos estudos tivemos parceria de uma empresa de

construção, que desenvolvem atividades de escavação, reformas, demolições

e obras industriais, comerciais e residenciais. A empresa estava atualmente

com uma obra em andamento, de um ponto comercial.

Para podermos saber a quantidade de resíduos gerados foram

levantados alguns dados, esses dados foram feitos com visitas o local e

acompanhamentos diários em loco. Juntamente com entrevista os proprietários

todo processo foi realizado com base nas recomendações da Resolução

CONAMA nº 307/2002.

9.1 Coleta de Dados

9.1.1 Levantamento Dos Tipos De Resíduos Gerados Pelas Empresas

A obra em questão trata de obra comercial com 275 m² de área

construída, em um terreno de 525 m².

Podemos percebe através do acompanhamento que os resíduos

gerados nos canteiros de obra das empresas de construção civil são

comumente iguais variando pouco uma das outras são compostos por solo,

concreto, argamassas, alvenaria de tijolos, componentes cerâmicos, gesso,

madeira, metais, papel, plásticos e os resíduos perigosos. A geração dos

resíduos da construção civil na empresa está diretamente relacionada às

perdas ocorridas nas obras, aos produtos de demolições e escavações.

Durante o andamento da obra houve necessidade de serviços de

demolições de estruturas construídas e escavações, o que contribuiu

significativamente na geração dos resíduos. Contribuindo muito para boa parte

dos resíduos gerados na obra. Foram necessários também os serviços de

terraplenagem para nivelamento do terreno gerando ainda mais resíduos.

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Inicialmente a obra começou com o processo de treinamento dos funcionários

com algumas palestras para mostra quais os métodos que seriam utilizados

para o gerenciamento dos resíduos gerados. Alguns colaboradores já

conheciam por alto sobre de gerenciamento de resíduos. Foram feitas visitas

técnicas durante todo o período da obra primeiramente para conhecimento do

local e após para acompanhamento dos processos. Durante os estudos

realizados observamos que para melhor entendimento e acompanhamento

dividirmos em fazes.

Faze 1- Planejamento

Faze 2 - Implantação

Faze 3 – Monitoramento

Na primeira etapa que no caso e do planejamento foi unas das mais

importantes para os estudos, pois foi nesta fase onde os levantamentos para

melhor conhecer o local e identificar quais procedimentos mais se encaixam na

obra e quais tipos de resíduos gerados, quais poderiam ser reaproveitados na

obra ou em outros locais.

Também durante esta etapa que os funcionários receberam

treinamento e palestra para conhecimento sobre os impactos que os resíduos

geram em nosso ambiente, e quais a formas de gerenciar esses resíduos. Para

os superiores foram designados tarefas para que possam manter o canteiro de

obra em ordem e atendendo as exigências normativas da norma

regulamentadora NR18.

Foi passado juntamente aos funcionários e serventes de pedreiros

como devem ser feita a seleção dos resíduos, juntamente com a aplicação de

baias para melhor entendimento do processo. De acordo com a resolução da

CONAMA nº307\2002 a seleção deve obedecer aos seguintes critérios.

Art. 9º Os Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil deverão

contemplar as seguintes etapas:

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I - caracterização: nesta etapa o gerador deverá identificar e quantificar

os resíduos;

II - triagem: deverá ser realizada, preferencialmente, pelo gerador na

origem, ou ser realizada nas áreas de destinação licenciadas para essa

finalidade, respeitadas as classes de resíduos estabelecidas no art. 3º

desta Resolução;

III - acondicionamento: o gerador deve garantir o confinamento dos

resíduos após a geração até a etapa de transporte, assegurando em

todos os casos em que seja possível, as condições de reutilização e de

reciclagem;

IV - transporte: deverá ser realizado em conformidade com as etapas

anteriores e de acordo com as normas técnicas vigentes para o

transporte de resíduos;

V - destinação: deverá ser prevista de acordo com o estabelecido nesta

Resolução.

Art. 10. Os resíduos da construção civil deverão ser destinados das

seguintes formas:

Art. 10. Os resíduos da construção civil, após triagem, deverão ser

destinados das seguintes formas:

I - Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de

agregados, ou encaminhados a áreas de aterro de resíduos da

construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou

reciclagem futura;

I - Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de

agregados ou encaminhados a aterro de resíduos classe A de

reservação de material para usos futuros.

II - Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a

áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a

permitir a sua utilização ou reciclagem futura;

III - Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em

conformidade com as normas técnicas específicas.

IV - Classe D: deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e

destinados em conformidade com as normas técnicas específicas.

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IV - Classe D: deverão ser armazenados, transportados e destinados em

conformidade com as normas técnicas específicas.

Outra parte importante na obra e a fase de execução, e durante

esta fase onde ocorre grande parte da geração dos resíduos muitos

vezes e inevitáveis, mas também existe a questão do desperdício de

materiais.

10. IMPLANTAÇÃO

Na fase de implantação colocamos em pratica, os dados

levantados na primeira etapa. Para início foram providenciadas as baias,

as baias foram produzidas no próprio canteiro de obra, feitas de

madeiras da própria obra e com fundo para evitar contato com o solo

evitando assim contaminação ao solo todo o processo das baias foram

feitos de acordo com a resolução CONAMA 307\2002.

Após prontas as baias foram pintadas e colocamos adesivos para

melhor identificação. Cada cor e tipo de adesivo mostra especificamente

quais os tipos de resíduos serão depositados na mesma.

Sabemos que e praticamente impossível não existir a geração de

resíduos na construção civil e que esses resíduos pesam em muito no

orçamento final da obra cerca de 5% do orçamento de uma obra fica em

torno dos desperdícios isso incluem resíduos gerados que estavam

foram do cronograma. Por este motivo e de suma importância que as

obras contem com um programa de gerenciamento de resíduos.

11. MONITORIAMENTO

O monitoramento da obra iniciou-se em junho de 2018 e

estendeu-se até outubro de 2018 onde finalizaram os serviços. Durante

todo o período de construção foi feito o monitoramento e

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acompanhamento para melhor identificação dos resultados durante os

estudos foi feito o acompanhamento para sabermos se tudo estava

sendo feito conforme especificações. Todos os resíduos foram

quantificados assim temos como ter uma noção da quantidade real dos

resíduos gerados. Segue abaixo os resultados.

12. QUANTIFICAÇÃO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS

Conforme os estudos realizados obtiveram os seguintes resultados

durante a execução da obra, foram realizadas várias coletas com o valor total

de 12,5 caçambas estacionárias de RCC. Cada caçamba estacionária tinha

capacidade para 5 m3 .

Sabendo esse valor podemos calcular o volume total de resíduos

durante a obra que corresponde a um volume de 66.25 m3. Assim temos os

resíduos de tijolos com maior volume cerca de 13 m³ , gerados pelos processos

de demolições e perdas no canteiro de obra.

Em seguida têm-se os resíduos de concreto gerado por demolições e

perdas, com o volume de 11 m³ e os resíduos de argamassa também

resultante de demolições e perdas por desperdício com volume de 10 m³.

Os resíduos menos expressivos foram os de papel provenientes de

embalagens de produtos com volume de 2 m³ e os de metais com o volume de

0,04 m3. Com um maior volume bastante elevados temos os resíduos de solo

com 20 m³, os resíduo de madeira de fôrmas e estruturas de suporte para

diversos serviços com o volume de 10 m³.

13. REAPROEVEITAMENTO DOS RESIDUOS

Apesar de termos feito todo o acompanhamento da obra e

aplicarmos o gerenciamento com monitoramento, sabemos que e

impossível zerar essa questão, mas o que vai fazer a diferença neste

caso e como esse resíduo vai ser descartado.

No nosso estudo foram baseados de acordo com as

especificações da resolução CONAMA 307\2002. Para a reutilização dos

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resíduos dividimos em partes alguns resíduos foram reutilizados na

própria obra, pois muitos dos resíduos gerados têm grande potencial

para reciclagem ou reuso.

14. MATERIAIS REUTILIZADOS

ARGAMASSA – a argamassa foi reutilizada na própria obra

juntamente com a areia para preparo do reboco. Este item está de

acordo com norma. Para esta finalidade, a ABNT editou, em 2004, a NBR

15.116, que especifica os requisitos para a utilização de agregados reciclados

de resíduos da construção civil no preparo de concreto sem função estrutural e

para sua utilização em pavimentação.

PAPELÃO OU PAPEL- Estes resíduos e gerados das

embalagens utilizadas na obra como, por exemplo, sacos de cimento,

cerâmicas e outros. Todo esse resíduo foi doado para a reciclagem.

Os demais materiais que não foram reutilizados na obra foram

recolhidos por uma empresa terceirizada contratada especificamente

para esse tipo de serviço. De acordo com o que foi pesquisada esta

empresa encaminha os resíduos para reciclagem. Porém não tivemos as

informações exatas de qual e o local e para que tipo de empresa, ao

entra em contato com os donos das duas empresas os mesmos não

souberam informa o real destino dos resíduos.

Quadro 1 – Fontes Geradoras De Resíduos

Natureza Da Geração Tipos De Resíduos Gerados

Escavações Solo.

Demolição Concreto, argamassas, tijolos, componentes cerâmicos e

gesso.

Perdas por extravio Tijolos e componentes cerâmicos.

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Perdas por Desperdício Concreto, argamassas e gesso.

Perdas por processamento

em si

Tijolos, componentes cerâmicos, plástico, metais e

madeira.

Pintura (Resíduos

perigosos)

Tintas, seladores, vernizes, texturas, pincéis, broxas,

trinchas, trapos, estopas e embalagens plásticas e de metal.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A geração de resíduos vem crescendo a cada dia mais no nosso país,

em todos os setores que podemos imaginar. Com o desenvolvimento mundial e

o surgimento da tecnologia isso fica ainda mais evidente. Infelizmente a

construção civil e uma das áreas que mais se expande e em consequência

uma das que gera mais resíduo, muito mais que os resíduos gerados pela

população.

No Brasil os dados mostram que assim como em outros países a geração

de resíduos são muito elevados sendo que 40% a 70% do total de resíduos

gerados são das etapas de demolição que ultrapassa o resíduo urbano.

Justamente por essa questão em 2002 a resolução 307 (CONAMA) que

responsabiliza as empresas pelos os resíduos e estabelece que este deva ter

como objetivo principal a não geração de resíduos e secundariamente, a

redução, e reutilização a reciclagem de forma correta e não atingindo a real

causa do problema. Muitas empresas visam muito os lucros que vão adquirir

em uma determinada obra, deixando de lado a questão dos impactos causados

ao meio ambiente um exemplo bem atual foi o rompimento da barragem em

brumadinho causando assim um desastre ambiental irrecuperável, pois se a

empresa tivesse criado um programa de gerenciamento dos resíduos mais

eficazes não teria ocorrido o desastre.

As empresas precisam entender que quando se aplica um projeto de

gerenciamento de resíduos de qualquer forma não esta tendo um gasto, mais

sim encontrando meios de cuidar do ambiente e fora os incentivos e selos de

certificações que a mesma irá receber.

Os estudos aqui realizados visam mostra como funciona o

gerenciamento de resíduos em certa empresa. Mostramos como esses

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resíduos se formam e qual e melhor forma de gerenciá-los. Foi feito um

levantamento com dados coletados na empresa juntamente com o auxilio de

seus responsáveis e após essa coleta podemos ter uma real noção da

quantidade de resíduos e quais etapas do serviço mais geram resíduos.

Podemos percebe que essa questão dos resíduos necessita cada dia

serem mais estudados e que a implantação de programas de gerenciamento

de resíduos e de fundamental importância para o meio ambiente.

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REFERÊNCIAS

ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e

Resíduos Especiais. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil 2014. São

Paulo: ABRELPE, 2014. Disponível em:

http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2014.pdf.

BRASIL. Resolução CONAMA nº. 307, de 05 de julho de 2002. Estabelece

diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção

civil. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 2002.

BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de

Resíduos Sólidos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 2010b.

CABRAL, Antônio Eduardo Bezerra; MOREIRA, Kelvya Maria de Vasconcelos.

Manual sobre os Resíduos Sólidos da Construção Civil: Programa Qualidade

de Vida na Construção. SindusCons-CE. Fortaleza, 2011.

IPEA-Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Diagnóstico dos Resíduos

Sólidos da Construção Civil. Relatório de Pesquisa. Brasília, 2012. Disponível

em: . Acesso em Fevereiro de 2016.

LIMA, Rosimeire Suzuki, LIMA, Ruy Reynaldo Rosa. Guia para Elaboração de

Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. Série de

Publicações temáticas do CREA- PR, nº 1. Paraná, 2009.