GERAÇÃO DIGITAL E APRENDIZAGEM - Educacional - … · 2011-12-14 · Para refletir sobre o...

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13/12/2011 1 Aluno digital, professor analógico?! Sistema de Ensino Aprende Brasil Encontro Regionalizado de Dinamizadores Projeto de Informática Educativa (PIE) O universo digital está presente na vida de todos, mas aparentemente as gerações mais jovens o assimilam com mais facilidade, gerando impasse aos professores da Educação Básica que necessariamente compartilham vivências com essas gerações. O professor precisa incorporar o universo digital? Que aspectos da sociedade digital impactam nas práticas escolares? Sinopse Levantar características associadas ao cotidiano das novas gerações que interferem na aprendizagem e, consequentemente, no ensino. Objetivo

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13/12/2011

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Aluno digital, professor analógico?!

Sistema de Ensino Aprende Brasil

Encontro Regionalizado de Dinamizadores

Projeto de Informática Educativa (PIE)

O universo digital está presente na vida de todos, mas aparentemente as gerações mais jovens o assimilam com mais facilidade, gerando impasse aos professores da Educação Básica que necessariamente compartilham vivências com essas gerações. O professor precisa incorporar o universo digital? Que aspectos da sociedade digital impactam nas práticas escolares?

Sinopse

Levantar características associadas ao cotidiano das novas gerações que interferem na aprendizagem e, consequentemente, no ensino.

Objetivo

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Acolhida – Avisos gerais

Novas gerações (Oficina – Ocupando lugares)

Marcas identitárias

Intervalo

Criança – sujeito social

Almoço: 12h – 13h30 Eu, professor ou professora, preciso de Tecnologia? –

Glaucia da Silva Brito

Intervalo

Ciberespaço e Cibercultura

Encerramento: 17h

Cronograma

Lembre do último aluno que você encontrou ou com quem conversou:

Como o descreveria?

Quem ele admira?

O que ele pensa da escola, da família, do futuro?

“Que será ele quando crescer?”

E quanto você é responsável pelo que ele é/ou será?

Oficina 1 – OCUPANDO LUGARES

Para refletir sobre o comportamento das novas

gerações dos nossos alunos.

5 min. para:

• Organizar grupos.

• Distribuição das lâminas com cenário – análise.

• Escolher personagens para compor o cenário – os quais

representem alunos que estão em nossas escolas.

• Caracterizar-se como os personagens escolhidos e incluir-se

no cenário (projetado).

• Uma opção é criar uma breve representação.

Shutterstock / iofoto

Música da banda Janela Oval, classificada entre as 8 finalistas do concurso

'Never Hide in Concert' da Ray Ban/Rolling Stone/2010

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As ruas – Bruno Ribas e Leonardo Fortunato

Festival de Bandas 2010 – PUC PR P. Imagens / Pith

P. Imagens / Pith P. Imagens / Pith

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Dreamstime.com / Lucila De Avila Shutterstock / R. Gino Santa Maria

P. Imagens / Pith Shutterstock / Don Tran

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Dreamstime.com / Dariusz Kopestynski

Linguajar

Cinema

Televisão

Dança

Atitudes

Linguajar

O que eles têm a dizer?

“Identidade, qual é a sua” – 2009. Pesquisa on-line com a

participação dos alunos conveniados ao Portal Educacional. Disponível em: <http://www.educacional.com.br/especiais/identidade/pesquisa-resultado.asp>.

Acesso em: 01 dez. 2010.

Gráfico 1 – Quanto você gosta de você? Fonte: Portal Educacional, 2009, p. 2.

Shutterstock / iofoto

Aproximadamente 90% dos participantes se dão nota 7 ou mais.

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Gráfico 2 – Mudar algumas de suas características. Fonte: Portal Educacional, 2009, p. 2.

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Quase 90% dos participantes não mudariam ou mudariam pouco. Gráfico 3 – Indicativos de personalidade. Fonte: Portal Educacional, 2009, p. 3.

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Gráfico 4 – Distribuição por faixa etária quanto à importância de alguns aspectos. Fonte: Portal Educacional, 2009, p. 6.

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Gráfico 5 – Distribuição por gênero quanto à importância de alguns aspectos. Fonte: Portal Educacional, 2009, p. 7.

Shutterstock / iofoto

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Enquanto formadora de

opinião, como a mídia de

massa nos apresenta as

crianças, os adolescentes e

os jovens?

O que nos dizem sobre eles?

Reportagem especial Gerações – Jornal da Globo:

Saiba como pensam as diferentes gerações de trabalhadores.

Jornal da Globo – 15 nov. 2010

http://g1.globo.com/videos/jornal-da-globo/v/saiba-como-pensam-as-diferentes-geracoes-de-

trabalhadores/1375785/

Baby Boomers

1946

1964

Geração X

1965

1981

Geração Y

1982

1995

Geração Z

1996

2009

Geração Alpha

2010

...

Inovadores

Irrequietos

Sinceros

Críticos Foco na individualidade

Colaborativos

Formação acadêmica

Confiantes Buscam rapidez

Curto prazo

Multitarefa

Criativos Recompensas

Impacientes

Resultados

Responsáveis

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“... a tentativa de radiografar uma

„geração‟ em todo seu ineditismo

parece estimulada mais pela

profusão das próprias tecnologias em

um admirável mundo novo do que

pelo pertencimento a um grupo etário

fixo.” (Freire Filho & Lemos, 2008, p. 17)

Como é a geração Z?

Quais são as marcas de sua

identidade?

Em que será “inédita”?

Dreamstime.com / Erwin Purnomo Sidi

Dreamstime.com / Lawrence Wee Dreamstime.com / Atm2003

Dreamstime.com / Distinctiveimages

Shutterstock / Monkey Business Images

Shutterstock / Lizette Potgieter

Shutterstock / iofoto

Shutterstock / Alexander Kalina Dreamstime.com / Sebastian Kaulitzki

“Participa de sua própria

socialização, assim como da

reprodução e da

transformação da

sociedade.”Mollo-Bouvier (2005, p. 393)

São plurais e multifacetados.

MOLLO-BOUVIER, Suzanne. Transformação dos modos de socialização das crianças: uma abordagem sociologia. Educação e

Sociedade, Campinas, vol. 26, n. 91, p. 391-403, maio/ago. 2005.

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Existem múltiplos indicadores identitários

junto às crianças, aos adolescentes e aos

jovens, que vão da “infância idealizada e

superprotegida, considerada um paraíso a

se reencontrar ou construir, e as crianças

trancafiadas em cidades satélites ou

clientes fiéis demais da proteção social e

das instituições de atendimento.” (Mollo-Bouvier, 2005, p. 400)

Não existe um sujeito com todas as

características apontadas para cada geração

(um indivíduo modelo para geração Y ou Z).

Como todo rótulo, segmenta, direciona

olhares e intenções – certos comportamentos

são tidos como naturais e aceitáveis.

A segmentação em gerações esconde,

muitas vezes, a interconexão e a

continuidade entre as diferentes faixas

etárias.

Não existe um sujeito com todas as

características apontadas para cada geração

(um indivíduo modelo para geração Y ou Z).

Como todo rótulo, segmenta, direciona

olhares e intenções – certos comportamentos

são tidos como naturais e aceitáveis.

A segmentação em gerações esconde,

muitas vezes, a interconexão e a

continuidade entre as diferentes faixas

etárias.

Até que ponto as situações de

aprendizagem propiciadas pela

escola incorporam o que já se

conhece sobre a criança e o

adolescente e a forma como se

relacionam e aprendem?

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Organização das Equipes.

Instruções de acesso ao Blog para registro das questões/comentário sobre o tema.

Assistir ao vídeo da Andrea Ramal.

Responder aos comentários das outras equipes.

Escola do futuro

“Avaliar na Cibercultura” de

Andrea Ramal

RAMAL, Andrea Cecilia. Avaliar na cibercultura. Porto Alegre: Revista Pátio, Ed. Artmed, fevereiro 2000. Disponível

em: <http://www.idprojetoseducacionais.com.br/doc/avaliar_na_cibercultura.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2010.

Referência: RAMAL, Andrea Cecilia. Avaliar na cibercultura. Porto Alegre: Revista Pátio, Ed. Artmed, fev. 2000.

Ramal comenta:

• “A cena que proponho

transcorre em 2069. Este é o

único dado que me parece

fictício: porque creio que

essa mudança na escola

realmente ocorrerá.”

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No grupo, troquem ideias com

base nas questões:

I) O que mudou na escola nos

últimos 20 anos?

II) O que precisa mudar com

urgência?

III) Tentem identificar fatores que

provocaram as mudanças

indicadas.

• Elaborarem uma questão ou

uma colocação e insiram

como comentário no blog:

http://blog1.aprendebrasil.com.

br/alunosdigitais

Por que a escola está sempre correndo atrás das mudanças?

Quais são as “marcas identitárias” dos contextos sócio-históricos atuais?

Dreamstime.com / Theodor38

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Eu, professore ou professora, preciso de tecnologias?

Professora Dra. Glaucia da Silva Brito – 2011.

Dreamstime.com / Theodor38

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Alguns diferenciais técnicos: Libera o canal de emissão. Virtualidades variadas e abrangentes por meio de diversos recursos. Digitalização da informação.

Alguns diferenciais técnicos: Online e off-line – predominando online. Contato síncrono e assíncrono. Criação coletiva – produção conjunta.

Dreamstime.com / Theodor38

Como é?

Onde está?

Quem se utiliza dele?

Como é possível?

Silva, Marco. Era digital, cibercultura e sociedade da informação: o novo ambiente comunicacional em

educação presencial e a distância,

Lemos, André. Cibercultura: tecnologia e vida social na cultura contemporânea. 2. ed. Porto Alegre: Sulina,

2004.

Silva (2010, p. 134) e Lemos (2004) e outros apontam o contexto sociotécnico como definitivo para consolidação das sociedades.

Alguns fatores sociotécnicos da atualidade com impacto direto nos processos de ensino e aprendizagem:

TELECOMUNICAÇÕES + MICROELETRÔNICA =

CIBERESPAÇO

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Definição:

“o locus virtual criado pela conjunção das diferentes tecnologias de telecomunicação e telemática, em especial, mas não exclusivamente, as mediadas por computador. É importante sublinhar que essa definição não circunscreve o Ciberespaço a redes de computadores, mas sim percebe como suas instâncias diferentes aparatos de telecomunicações, desde teleconferências analógicas, passando por redes de computadores, ‘pagers’, comunicação entre radioamadores, e por serviço tipo ‘teleamigos’.” (Guimarães Jr., 1999, p. 2)

Complexo. Heterogêneo. De difícil compreensão:

- Diversos ambientes de socialização existentes e possíveis. - Variadas formas de interação – entre as pessoas, entre pessoas e máquinas, entre as máquinas.

Mas sempre um espaço franqueado por pessoas.

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“Por cultura entendo um conjunto de valores e crenças que formam o comportamento; padrões repetitivos de comportamento geram costumes que são repetidos por instituições, bem como por organizações sociais informais. Embora explícita, a cultura é uma construção coletiva que transcende preferências individuais, ao mesmo tempo em que influencia as práticas das pessoas...”

(Castells, 2003, p. 34)

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Castells, Manuel. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro:

Zahar, 2003.

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Tem-se a cibercultura como marca particular e contundente, criada na confluência das telecomunicações e da microeletrônica, como substrato inédito na história da humanidade, impactando na forma como se ensina e se aprende na contemporaneidade.

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“Sendo assim, o conceito de cibercultura passa a abranger o conjunto de fenômenos sócio-culturais que ocorrem no interior deste espaço ou que estão a ele relacionados” – Ciberespaço. (Guimarães Jr., 1999, p. 3)

Dreamstime.com / Theodor38

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O mundo torna-se de fato globalizado e interligado através das mídias eletrônicas, digitais e outras (analógico-mecânica), permitindo a comunicação instantânea e contínua no emprego de múltiplas linguagens. (Silva, p. 134, 2010)

Starte – Globo News, fev. 2011. – Exposição de Mariko Miro - Oneness

De forma objetiva, Lévy define cibercultura como “o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço.” (1999, p. 17)

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LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.

• Conceito religioso de tempos remotos na Índia associado à forma de encarnação de seres supremos.

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• Eletronic Mail: Correspondência – carta.

E-mail

• Diário. Blog

• Barcos, navios. Navegação

• Da filosofia – o que há de vir.

Virtual

Impactos da Cibercultura nos processos de ensino e aprendizagem...

Dreamstime.com / Theodor38

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A conectividade do ciberespaço subsidia a cultura pautada não mais na “externalização de uma mente individual, mas de um processo mental público – essa, sim, é a especificidade das novas mídias” (Machado, 2002, p. 222).

MACHADO, Irene. Tudo o que você queria saber sobre as novas mídias mas não teria coragem de perguntar a Dziga

Viertov. PUC-SP, Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica, v. 2, n. 3, 2002.

As comunidades e as redes virtuais de prática e aprendizagem crescem dia a dia e ampliam ainda mais a geração de dados, informações e conhecimento pelo volume e pela diversificação dos processos criativos e pela capacidade cognitiva na confluência do coletivo.

“Baseando-se nas abordagens do construtivismo social e da cognição situada, as novas comunidades desenvolvem-se como centros de experiência do conhecimento, nos quais a aprendizagem não é separada da ação, sendo os processos de aprendizagem orientados mais para a comunidade do que para o indivíduo, na medida em que a construção do conhecimento é uma elaboração conjunta de todos os membros.” (Dias, 2001, p. 2)

Aprendizagem colaborativa ganha novas dimensões e formas de se efetivar com o ciberespaço.

Mas não é novidade; desde os primórdios a colaboração é um dos princípios da aprendizagem.

Definitivamente, duas cabeças pensam melhor do que uma!

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Egghunt. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=52M5EfRkBBo>. Acesso em: 17 nov. 2011. Revista Galileu - De onde vêm as boas ideias (Steven Johnson)

Steven Berlin Johnson analisou o contexto de

algumas invenções importantes dos último 700

anos e conclui que:

ideias são fruto de redes de conexões que

acontecem dentro e fora de nossa mente.

Insights (eureca) são raros – e sempre resultam

de processos de “maturação”.

“Ter boas sacadas estaria relacionado com a

capacidade de se conectar e fazer relações

improváveis.”

Aluno e professores digitais.

Mundo concreto e virtual – realidades do contexto histórico atual, contextos de atuação do professor

antenado com o seu tempo.

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Agradecemos a presença de todos!

Especialmente a Secretaria de Educação e Dinamizadores do município de Águas de Chapecó.

Aos representantes dos municípios que liberam seus profissionais.

Boas Festas!

Alegria, saúde e força para um próximo ano repleto de realizações!