Geoprocessamento Para Auxiliar a Segurança

download Geoprocessamento Para Auxiliar a Segurança

of 10

Transcript of Geoprocessamento Para Auxiliar a Segurança

  • 7/25/2019 Geoprocessamento Para Auxiliar a Segurana

    1/10

    II Congresso de Pesquisa e Inovao da Rede Norte Nordeste de Educao TecnolgicaJoo Pessoa - PB - 2007

    USO DO GEOPROCESSAMENTO PARA AUXILIAR A SEGURANAPBLICA NO MAPEAMENTO DA CRIMINALIDADE EM TERESINA-PI

    Carlos Eduardo da Rocha FREITAS (1); Valdira de Caldas Brito VIEIRA (2)(1) CEFET-PI, Praa da Liberdade 1597, (86)3215-5208, e-mail: [email protected]

    (2) CEFET-PI, Praa da Liberdade 1597, (86)3215-5208, e-mail:[email protected]

    RESUMO

    A ausncia de sistemas de indicadores sociais de segurana pblica tem sido um dos grandes impasses para aimplementao racional e eficiente de polticas e programas de controle e preveno. Apesar do mapeamentotradicional da criminalidade urbana ser parte integrante em qualquer departamento de polcia, nas ltimasdcadas vem se mostrando insipiente quando se trata de grandes reas com ndices de violncia cada vezmaiores. Esta pesquisa experimental teve como objetivo apresentar o geoprocessamento como umaferramenta eficiente e eficaz na instrumentalizao de polticas pblicas para o combate criminalidade nomunicpio de Teresina-PI. Para o desenvolvimento do trabalho utilizou-se a base de dados georreferenciadosda Prefeitura Municipal de Teresina. Os arquivos foram adquiridos em formato DWG separados por bairros,totalizando 113 arquivos digitais que foram convertidos para o ambiente Geomedia Professional (verso 6.0)

    para os processos de correo, validao grfica e gerao do mapa final. Foram selecionados dadoscriminais relativos aos seis delitos de maior repercusso (homicdio, tentativa de homicdio, leso corporal denatureza grave/gravssima, estupro, roubo e furto) de Janeiro Junho do ano de 2002, obtidos atravs daDelegacia Geral de Segurana Pblica do Piau. Os resultados mostraram que a compreenso da dinmicaespacial das ocorrncias criminais torna-se mais evidente medida que as informaes disponveis sosistematizadas, concluindo-se que o Geoprocessamento apresenta-se como uma ferramenta poderosa para agesto e anlise da criminalidade urbana, proporcionando uma atuao mais bem direcionada, de forma exatae no intuitiva, garantindo uma melhor otimizao das operaes policiais.

    Palavras Chaves:Geoprocessamento, Sistema de Informaes Geogrficas, Criminalidade Urbana.

  • 7/25/2019 Geoprocessamento Para Auxiliar a Segurana

    2/10

    II Congresso de Pesquisa e Inovao da Rede Norte Nordeste de Educao TecnolgicaJoo Pessoa - PB - 2007

    1. INTRODUO

    As geotecnologias tm ocupado, nas ltimas dcadas, um importante espao entre as ferramentascomputacionais no tratamento de informaes em que a localizao geogrfica um importante atributo.Atualmente, a capacidade de coletar, interpretar e gerar informao de forma eficiente e eficaz, um dosrequisitos mais importantes para o crescimento e organizao da sociedade, pois num mundo cada vez mais

    capitalista, em que a agilidade e a consistncia da gesto pblica e ou privada fator decisivo e de grandeimportncia nas tomadas de decises.

    Diversos rgos e instituies pblicas e privadas tm encontrado no geoprocessamento respostas paradiversos problemas, que antes era impossvel devido a grande demanda de dados para um tempo cada vezmais limitado. Alm disso, necessitam manter os recursos existentes e, ao mesmo tempo, agilizar os

    processos de gerenciamento, anlise e distribuio de novos dados. Isso inclui desde os dados relacionadosao registro de imveis e propriedades, como tambm dados provenientes de concessionrias de gua eesgoto, energia eltrica, gs e telecomunicao, proteo ambiental, planejamento agrcola, meteorologia,geomarketing at os relativos s reas de sade e segurana pblica, todos incorporando tecnologiageoespacial, permitindo aos usurios executar procedimentos complexos assegurando o desenvolvimento egerenciamento de toda a infra-estrutura (SILVA, 2003)

    O uso de tecnologia de anlise espacial, combinada com dados scio-econmicos e ambientais, constitui umapoderosa alternativa para a instrumentalizao de polticas pblicas de combate criminalidade urbana.Neste contexto, a apresentao de uma tecnologia integradora e sistemtica de captura, armazenamento,consulta e anlise de dados referentes criminalidade urbana, a finalidade principal deste trabalho, abrindoum leque de viso para as autoridades policiais, demonstrando o uso do Geoprocessamento como umaalternativa de alto valor para o tratamento de questes de segurana pblica.

    2. REVISO BIBLIOGRFICA

    2.1. O Geoprocessamento na Segurana Pblica

    A necessidade de possuir, atualizar e controlar a informao fundamental em qualquer operao policial.Conseqentemente, utilizar uma melhor tecnologia que atenda as demandas e os anseios da sociedade,

    produz aumento significativo da eficincia na segurana pblica. A complexidade dos problemas sociais naatualidade, nos conduz para uma tica cada vez mais comprovada: no basta apenas aparelhar as operaes

    policiais com armamentos, viaturas e efetivo sem que disponibilizem ferramentas que permitem otimizar deforma global os recursos disponveis.

    De acordo com Vasiliev (1996) citado por Harries (1999) os crimes ocorrem tudo ocorre tanto no tempoquanto no espao. A utilizao intensiva de tecnologias de informao espacial tem promovido umaverdadeira revoluo silenciosa nas polcias de todo o mundo (REULAND, 1997). As Geotecnologias vemocupando cada vez mais espaos nos Sistemas de Segurana Pblica, uma vez que a informao espacial daviolncia fator decisivo para o controle e combate a criminalidade urbana. Sistemas de informao tmservido para a deteco de padres e regularidades de maneira a dar suporte a atividades de policiamento,

    bem como para prestar contas comunidade sobre problemas relativos a segurana (BUSLIK e MALTZ,1998).

    O mapeamento exerce um importante papel no processo de investigao, anlise e apresentao de dadossobre a violncia, no entanto, suas mltiplas capacidades devem ser consideradas em todo o processo deaquisio de dados brutos gerao de informao consistente no mbito tecnolgico. Um mapa eficiente oresultado de todo um processo em que relatrios policiais geo-processados so introduzidos num banco dedados e finalmente transformados em smbolos passveis de interpretao. A representao visual facilita adefinio de estratgias para enfocar aes nas reas mais problemticas. Nesse contexto, a geocodificaose torna fundamental para o mapeamento da criminalidade, uma vez que essa tcnica , na atualidade, aforma mais utilizada para introduzir dados sobre a violncia em um SIG. Os crimes ocorrem em determinadolocal e so registrados atravs de endereo ou alguma referncia espacial.

    2.2. A Violncia Urbana

    O grau de violncia nas cidades no um fenmeno exclusivamente de metrpoles como So Paulo e Rio deJaneiro, nem se resume a um problema brasileiro. Estudiosos tm se empenhado bastante para desvendar ascausas desse estado social, formulando estatsticas que demonstram a violncia urbana como um problema

  • 7/25/2019 Geoprocessamento Para Auxiliar a Segurana

    3/10

    II Congresso de Pesquisa e Inovao da Rede Norte Nordeste de Educao TecnolgicaJoo Pessoa - PB - 2007

    mundial, e que afeta principalmente, os pases de terceiro mundo. Em favor disso, este estudo propem utilizao de ferramentas computacionais inteligentes para auxiliar a segurana pblica no mapeamento dacriminalidade, uma vez que a forma como se apresenta a violncia no espao territorial das cidades, o uso demecanismos que possam localizar com preciso, quantificar e relacionar as ocorrncias criminosas comoutras variveis que formam a complexa dinmica urbana, de alta relevncia.

    Estima-se que trezentos milhes de reais ao dia so gastos em conseqncia da violncia no Brasil, sem falarno sofrimento fsico e trauma psicolgico das vtimas da violncia brasileira. As estratgias reativas dapolcia e os mtodos obsoletos de investigao no conseguem conter o volume de crimes, demonstrando aprecariedade dos sistemas de conteno criminal.

    Apesar dos enormes esforos por parte das autoridades e instituies de pesquisa em buscar solues para ocombate as aes criminosas nas cidades, o crime est cada vez mais organizado, audacioso e multifacetado.Sem compreender de forma consistente a dinmica da violncia distribuda no espao urbano e as variveisenvolvidas, as aes tradicionais de combate criminalidade ser sempre impotente diante atividadecriminal do sculo XXI (SILVA, 2001).

    2.3. Mapeamento da Criminalidade

    H tempo, o mapeamento e monitoramento da violncia parte integrante da anlise criminalstica. Omapeamento da criminalidade consistia em uma representao por alfinetes dos crimes ocorridos em umaregio. Os mapas produzidos eram muitos teis para a anlise criminal, por identificarem o local onde oscrimes aconteciam, porm as limitaes eram bastante significativas. Os mapas produzidos at ento, eramestticos, ou seja, no havia possibilidades de uma anlise investigativa de manipulao e monitoramento decontnuo dos dados, alm da difcil leitura e armazenamento. Especialistas afirmam que para se confeccionarum nico mapa, podia-se ocupar reas superiores a 200 metros quadrados e levariam meses para a suaconcluso, sem contar com a atualizao rotineira (HARRIES, 1999). Contudo, os mapas de alfinetes aindaso utilizados, por suas escalas permitirem uma boa visualizao de toda uma jurisdio , alm do baixocusto de tecnologia e pessoal sem qualificao especfica. Atualmente, o mapeamento da criminalidade podeser realizado por desenho auxiliado por computador, utilizando cones e smbolos para demonstrarem o locale o tipo de crime numa determinada rea de atuao policial.

    2.4. SIG Aplicado Anlise Criminal

    A capacidade de analisar e confeccionar diferentes mapas a partir de grandes volumes de dados complexosde forma automtica, permite aos usurios da rea de segurana pblica, realizar diversos tipos de

    procedimentos operacionais, que com tcnicas tradicionais eram quase impossveis ou perderiam muitotempo para a execuo.

    A anlise espacial nos concede diversas oportunidades de explorao incomparvel em relao outros tiposde anlises que no consideram o atributo geogrfico. As possibilidades oferecidas por este tipo de anliseso praticamente ilimitadas. Tais como: Anlise de Zonas Quentes de Crimes (reas de alto grau deincidncia de crimes / no so determinadas por limites administrativos); Anlise da direo, distncia etempo da recuperao de roubos e furtos; Identificao de territrios de gangues; Clculo automtico detaxas especficas por crimes e rea de abrangncia; Construo da Superfcie de Criminalidade; Anlise deredes virias; Planejamento de barreiras policiais; Localizao rpida de viaturas; Mapeamento do tempo(selecionar e visualizar em mapa todos os crimes ocorridos em determinada hora, dia, ms e ano);Mapeamento do espao (selecionar e visualizar em mapa todos os crimes ocorridos em determinado bairro dacidade); Mapeamento por caractersticas registradas (pode-se estabelecer qualquer caracterstica de tempo,espao, vtima, suspeito e modus operandi).

    3. MATERIAL E MTODOS

    3.1. Localizao

    Este trabalho foi realizado na cidade de Teresina, localizada na regio centro-norte do Estado do Piau, comcoordenadas 05 05 12 (latitude sul) e 42 48 42 (longitude oeste), margem direita do rio Parnaba,

    tendo ao lado o municpio maranhense de Timon. A cidade tem uma extenso territorial de 1.672,50 Km,sendo 283,88 Km de rea urbana e 1.388,62 Km de zona rural. Teresina est divida em 113 bairros,abrigando 715.360 habitantes e uma populao flutuante de 1.008.198. formando a grande Teresinaabrangendo as cidades de Altos, Beneditinos, Coivaras, Curralinhos, Demerval Lobo, Jos de Freitas, Lagoa

  • 7/25/2019 Geoprocessamento Para Auxiliar a Segurana

    4/10

    II Congresso de Pesquisa e Inovao da Rede Norte Nordeste de Educao TecnolgicaJoo Pessoa - PB - 2007

    Alegre, Lagoa do Piau, Miguel Leo, Mosenhor Gil, Pau DArco do Piau, Unio e Timon no Maranhosegundo pesquisa do IBGE no ano de 2000 (TERESINA, 2004), conforme pode ser observado na figura 1.

    Figura 1 - Mapa de diviso de bairro da cidade de Teresina-PI (TERESINA, 2004).

    3.2. Levantamento e Reconhecimento dos Dados Digitais

    Para o desenvolvimento do trabalho foram adquiridos junto Prefeitura Municipal de Teresina, os dadosgeogrficos referentes rea de estudo, especificamente a Secretaria de Municipal de Planejamento(SEMPLAN). Os arquivos em formato DWG (Drawing) adquiridos esto separados por bairros, isto cada

    bairro compe 01 (um) arquivo CAD, totalizando 113 arquivos digitais. os limites dos bairros foramdefinidos individualmente e manualmente, devido a falta de geometrias CAD que definissem perfeitamente area de cada bairro.

    3.3. Distribuio Espacial da Populao

    Os dados quantitativos populacionais foram obtidos do Censo Populacional do ano 2000, realizado peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE). A figura 2 apresenta a quantidade populacional decada circunscrio policial, calculada levando em considerao a sua abrangncia, ou seja, foi identificado odistrito que contempla a maior parte e incluiu-se a populao daquele bairro integralmente na circunscrio

    do mesmo (SOUSA NETO, 2002). Para calcular a taxa de risco de cada distrito policial, foi utilizado omesmo mtodo de Sousa Neto (2002). Dividiu-se o nmero de incidncia de ocorrncias criminais em cadadistrito pela populao determinada e multiplicando o resultado por 10.000. Foram selecionados dadoscriminais relativos aos 06 (seis) delitos de maior repercusso (homicdio, tentativa de homicdio, lesocorporal de natureza grave/gravssima, estupro, roubo e furto) de Janeiro Junho do ano de 2002.

  • 7/25/2019 Geoprocessamento Para Auxiliar a Segurana

    5/10

    II Congresso de Pesquisa e Inovao da Rede Norte Nordeste de Educao TecnolgicaJoo Pessoa - PB - 2007

    0

    20.000

    40.000

    60.000

    80.000

    100.000

    120.000

    Populacao 106.29 86.465 75.564 64.803 55.312 51.736 49.717 38.489 31.522 29.904 27.931 26.419 20.188 17.782 16.267

    9 DP 4 DP 7 DP 11 DP 9 DP 12 DP 10 DP 2 DP 3 DP 13 DP 6 DP 22 DP 21 DP 1 DP 5 DP

    Figura 2 - Grfico de Distribuio Populacional por DP (1.000 Hab.)

    FONTE: (SOUSA NETO, 2002)

    4. RESULTADOS E DISCUSSOOs dados obtidos foram convertidos para o ambiente do Geomedia Professional (verso 6.0), onde foramrealizados todos os processos de correo e validao grfica, assim como a gerao do mapa final.

    Por ser uma base de dados em formato CAD, sem tratamento especfico para um Sistema Geo-Informacional,foram realizados alguns procedimentos tcnicos necessrios para a utilizao mxima dos dados em umambiente de geoprocessamento. A importao dos dados foi realizada utilizando uma ferramenta doGeoMedia Professional na verso 6.0, chamada de Define CAD Server Schema Fi le, em que o usuriodefine uma rotina de importao, podendo assim trazer para o ambiente todos os arquivos que desejar deuma s vez, e ainda, indicar o tipo de geometria e camada (layer) no CAD de interesse. Para atender aoobjetivo do trabalho, na modelagem dos dados geogrficos, foram consideradas apenas as divises dos

    bairros, todas separadas em camadas chamadas defeatures (feies) no GeoMedia.

    4.1. Digitalizao e fechamento de polgonos dos limites de bairro

    A utilizao de dados vetoriais num ambiente de geoprocessamento requer uma definio clara dasgeometrias que formam polgono, linha e ponto. Sendo assim, os arquivos adquiridos, por no apresentaremuma estrutura vetorial compatvel com um sistema de informao geogrfica, fez-se necessria adigitalizao e definio dos polgonos dos limites de bairro. Para garantir a conectividade perfeita entre asgeometrias digitalizadas, foi utilizado um comando no GeoMedia chamado I nterative area by feature, emque gera de forma interativa as reas dos bairros, garantindo a conectividade necessria.

    4.2. Processamento e validao grfica

    Como todo material cartogrfico disponvel para o projeto foi proveniente de trabalhos realizados na

    plataforma AutoCAD, os desenhos continham uma srie de problemas e, para serem inseridos dentro de umSistema de Informao Geogrfica deveriam ser tratados. Dessa forma, foi realizado um processo devalidao grfica. Este processo consiste na identificao de erros grficos, como reas que tem comorepresentao um polgono (rea fechada), e na aplicao CAD o mesmo era composto apenas por linhas(formam reas, mas seus limites no so fechados). Para corrigir, este tipo de problema, foram utilizadasfunes automticas e/ou manuais.

    Aps a digitalizao de todos os polgonos que deram origem s geometrias, foi feito um processamentoautomtico de validao grfica das feies geradas. Elaborou-se uma consulta para localizar e listar todos osvrtices das reas que no se conectaram perfeitamente, isto existe algum espao entre um polgono e outroou esto sobrepostos entre si e ou possui pontos duplicados. Ento, o procedimento de validao foi aplicadoutilizando a tecnologia GIS para validar as geometrias com problemas.

  • 7/25/2019 Geoprocessamento Para Auxiliar a Segurana

    6/10

    II Congresso de Pesquisa e Inovao da Rede Norte Nordeste de Educao TecnolgicaJoo Pessoa - PB - 2007

    4.3. Situaes encontradas no processo de Validao

    a) Os limites de bairros quando visualizados de forma geral, apresentaram uma visualizao satisfatria(Figura 3).

    Figura 3 Visualizao das Geometrias

    b) Para identificar possveis problemas foi usada uma funo do sistema Tool s Val idate Connectivity.Oalgoritmo espacial identifica possveis problemas referentes conectividade das geometrias que formam osLimites de Bairro, mostrando em forma de relatrio analtico e em mapa. O mesmo ocorre com a feioDistrito Policial;

    c) Dentro de um SIG, ao serem acionadas funes para identificar possveis problemas grficos, tais como:vrtices duplicados, geometrias cruzadas, existncia de ns no-interligados, elementos prximos semcoincidncia e outros, tem-se uma resposta automtica em forma de relatrios analticos e mapas. Na figura 4

    podemos observar que onde existem pontos vermelhos existem problemas.

    Figura 4 Mapa dos Erros Grficos

    d) Aps a identificao desses erros foi executado um procedimento de fixao entre as geometrias,denominado F ix Connectivity, atravs do qual foram eliminados todos os problemas grficos encontrados naentidade espacial. Aps a realizao de todo o processo de correo grfica das entidades espaciais, foramobtidos o mapa dos distritos policiais (figura 5) e o mapa dos limites de bairros (figura 6).

  • 7/25/2019 Geoprocessamento Para Auxiliar a Segurana

    7/10

    II Congresso de Pesquisa e Inovao da Rede Norte Nordeste de Educao TecnolgicaJoo Pessoa - PB - 2007

    Figura 5 - Mapa dos Distritos Policiais

    Figura 6 - Mapa dos Limites de Bairros

    4.4. Criao do ambiente do banco de dados espacial

    Baseado no levantamento das diversas informaes disponveis na Prefeitura Municipal de Teresina(SEMPLAN) e levando em considerao o objetivo central do projeto (gerar mapas temticos referentes aosBairros e Distritos Policiais da cidade) foi definido um modelo de dados para composio das entidadescartogrficas.

    4.5. Feio Cartogrfica: LIMITE_BAIRRO

    A feio cartogrfica que representa o limite das reas de atuao do projeto de cada bairro do municpio deTeresina-PI, tem como atributos uma chave primria (ID_GEOMETRY), os atributos grficos querepresentam uma geometria do tipo rea (GEOMETRY), atributos de localizao geogrfica para indexao

    espacial da feio (GEOMETRY_XLO e GEOMETRY_YLO; GEOMETRY_XHI e GEOMETRY_YHI) e acodificao do nome do bairro.

  • 7/25/2019 Geoprocessamento Para Auxiliar a Segurana

    8/10

    II Congresso de Pesquisa e Inovao da Rede Norte Nordeste de Educao TecnolgicaJoo Pessoa - PB - 2007

    4.6. Feio Cartogrfica: DISTRITO_POLICIAL

    A feio cartogrfica que representa os Distritos Policiais do municpio de Teresina-PI, tem como atributosuma chave primria (ID_GEOMETRY), os atributos grficos que representam uma geometria do tipo rea(GEOMETRY), atributos de localizao geogrfica para indexao espacial da feio (GEOMETRY_XLO eGEOMETRY_YLO; GEOMETRY_XHI e GEOMETRY_YHI), a geocodificao do nome do distrito

    (NOME_DP) e a taxa de risco (TAXA_RISCO).

    4.7. Gecocodificao de atributos

    A geocodificao de atributos nada mais do que o cadastro das feies espaciais, atribuindo a cadaentidade no mapa as suas caractersticas previamente definidas pelo analista. Para o nosso estudo foirealizado a geocodificao individualmente, assim aps a digitalizao de uma entidade procedeu-se ocadastro dos atributos referentes a cada feio espacial. As figuras 8 e 9 mostram os resultados daGeocodificao dos Limites de Bairros e Geocodificao dos Distritos Policiais, respectivamente.

    Figura 8 - Geocodificao dos Limites de Bairro

    Figura 9 - Geocodificao dos Distritos Policiais

    Atravs dos resultados acima demonstrados foi possvel gerar o mapa de distribuio populacional, conformepodemos observar na figura 10.

  • 7/25/2019 Geoprocessamento Para Auxiliar a Segurana

    9/10

    II Congresso de Pesquisa e Inovao da Rede Norte Nordeste de Educao TecnolgicaJoo Pessoa - PB - 2007

    Figura 10 - Mapa de Distribuio Populacional por DP (1.000 Hab.)

    4.8. Taxa de Risco dos Distritos Policiais

    Saber o nvel de violncia em cada circunscrio policial uma forma de monitoramento direcionado dosproblemas de criminalidade de um determinado municpio. Segundo Sousa Neto (2002 p31) no se podeavaliar se a incidncia de criminalidade maior ou menor do que a de outra rea nos apegando,exclusivamente, ao carter absoluto dos nmeros. Com certeza, na maioria das vezes, a rea de maiordensidade populacional ser aquela com maior ocorrncia de delitos. Os dados de taxa de risco utilizados

    neste trabalho permitiram a gerao do mapa apresentado na figura 11.

    Figura 11 Mapa da Taxa de Risco por Distrito Policial

  • 7/25/2019 Geoprocessamento Para Auxiliar a Segurana

    10/10

    II Congresso de Pesquisa e Inovao da Rede Norte Nordeste de Educao TecnolgicaJoo Pessoa - PB - 2007

    Os resultados obtidos nesta pesquisa corroboram com a afirmao de Buslik e Maltz (1998) de que asGeotecnologias vm ocupando cada vez mais espaos nos Sistemas de Segurana Pblica, uma vez que ainformao espacial da violncia fator decisivo para o controle e combate a criminalidade urbana.Acrescentando ainda, que os sistemas de informao tm servido para a deteco de padres e regularidades

    de maneira a dar suporte a atividades de policiamento, bem como para prestar contas comunidade sobreproblemas relativos a segurana.

    Analisando o mapa gerado neste trabalho possvel se verificar a agilidade na verificao das reas quedevem receber maior ateno e maior aparato policial o que est de acordo com Beato e Duarte (2002)quando citam que a apresentao de dados criminosos em mapas, pode fornecer uma ampla variedade deinformaes jamais vistas em tabelas estticas e relatrios analticos. As anlises mais compreensivas daviolncia urbana so desprezadas em favor da confeco de relatrios analticos inspidos que no levam emconsiderao a distribuio espacial dos fenmenos envolvidos.

    5. CONCLUSO

    De acordo com os resultados apresentados, conclui-se que a compreenso da dinmica espacial das

    ocorrncias criminais torna-se mais evidente medida que as informaes disponveis so sistematizadasconsiderando de forma inter-relacional as variveis envolvidas. Ressalta-se a importncia da organizao esistematizao das informaes disponveis, uma vez que para a obteno de resultados satisfatrios sobre aanlise criminal com Geoprocessamento as informaes devem conter, alm da qualificao do evento, oatributo de localizao de forma mais detalhada possvel. Ento, o Geoprocessamento apresenta-se comouma ferramenta poderosa para a gesto e anlise da criminalidade urbana, proporcionado que aimplementao de polticas de segurana pblica tenha uma atuao mais eficiente e eficaz, direcionadas deforma exata e no intuitiva, obtendo resultados significativos na tomada de deciso, garantindo uma melhorotimizao das operaes policiais.

    REFERNCIAS

    BUSLIK, Marc e MALTZ, Michel..Power to the people: mapping and information Sharing in the ChacaoPolice Department. In: Weisburd, David e McEwen, Tom (orgs.). Crime Mapping and Crime Prevention.Crime Prevetion Studies. Criminal Justice Press, Monsey, New York. 1998.

    HARRIES, K. Mapping crime: principle and practice. Washington, DC: US Department of Justice, Officeof Justice Programs, 1999. Disponvel em: Acesso em: 27 out.2006.

    REULAND, Melissa Miller. Information Management and Crime Analysis. Police Executive ResearchForum. 1997.

    SILVA, B. F. A. Criminalidade urbana violenta: uma anlise espao-temporal dos homicdios em Belo

    Horizonte. Monografia (Graduao em Cincias Sociais) - UFMG, Belo Horizonte. 2001.

    SOUSA NETO, Heitor Araripe. Perfil dos Distritos Policiais da Capital do Piau. Teresina, 2002.

    TERESINA. Secretaria Municipal de Planejamento - SEMPLAN. Teresina em Dados. Teresina. 2005.Disponvel em: http://www.teresina.pi.gov.br:8080/semplan/teresinaemdados.asp> Acesso em: 21 set. 2006.