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Introdução ao Mundo Globalizado Mundialização: conceito relacionado com a crescente integração económica, caracterizando-se principalmente pela instantaneidade de transferências massivas de capitais de uma praça financeira para outra, decorrentes das melhorias nas técnicas informáticas, nas ligações por satélite e na rede de internet. Globalização: fenómeno que traduz uma uniformização mundial em termos económicos, financeiros, sociais, políticos, culturais, religiosos, jurídicos, baseado essencialmente na divulgação do modelo ocidental, com uma economia de mercado e uma organização político-social liberal Suportes que permitiram estes fenómenos (Mundialização/Globalização): Desenvolvimento dos transportes Desenvolvimento das TIC Desenvolvimento das E.T.N. (Empresas Transnacionais) Formação das organizações económicas intergovernamentais (OMC, FMI, OCDE,...) Crescente liberalização dos mercados proporcionada pelas Empresas Transnacionais Movimentos de integração económica (UE, ASEAN, NAFTA) Acontecimentos históricos que favoreceram a globalização Fim da Guerra Fria Queda do Muro de Berlim Abertura da China ao investimento estrangeiro Dimensões do processo globalização Dimensão Económica: Aparecimento de uma nova divisão internacional do trabalho (DIT) Sistema financeiro e investimentos escala global (IDE) Processos de produção flexíveis e multilocais Baixos custos dos transportes Revolução das TIC Desregulação das economias nacionais

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Introdução ao Mundo GlobalizadoMundialização: conceito relacionado com a crescente integração económica, caracterizando-se principalmente pela instantaneidade de transferências massivas de capitais de uma praça financeira para outra, decorrentes das melhorias nas técnicas informáticas, nas ligações por satélite e na rede de internet.

Globalização: fenómeno que traduz uma uniformização mundial em termos económicos, financeiros, sociais, políticos, culturais, religiosos, jurídicos, baseado essencialmente na divulgação do modelo ocidental, com uma economia de mercado e uma organização político-social liberal

Suportes que permitiram estes fenómenos (Mundialização/Globalização):

Desenvolvimento dos transportes Desenvolvimento das TIC Desenvolvimento das E.T.N. (Empresas Transnacionais) Formação das organizações económicas intergovernamentais (OMC, FMI, OCDE,...) Crescente liberalização dos mercados proporcionada pelas Empresas Transnacionais Movimentos de integração económica (UE, ASEAN, NAFTA)

Acontecimentos históricos que favoreceram a globalização

Fim da Guerra Fria Queda do Muro de Berlim Abertura da China ao investimento estrangeiro

Dimensões do processo globalização

Dimensão Económica:

Aparecimento de uma nova divisão internacional do trabalho(DIT)

Sistema financeiro e investimentos a escala global (IDE) Processos de produção flexíveis e multilocais Baixos custos dos transportes Revolução das TIC Desregulação das economias nacionais Emergência do capitalismo transnacional Preemência das agências financeiras multilaterais Emergência de três grandes centros mundiais – a Tríade – que domina(m) o sistema-

mundo: EUA – UE – Japão

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Dimensão Social:

Aparecimento de uma nova classe capitalista transnacional fora do controlo das organizações nacionais, da qual fazem parte os administradores, gestores e acionistas das ETN e que concentram uma grande parte do rendimento mundial

Dimensão Cultural

Verifica-se a difusão de uma nova cultura universal Surgem diásporas, criam-se comunidades transnacionais que partilham sentimentos e

identidades comuns Pode-se assistir ao desaparecimento das especificidades das culturas locais ou

nacionais

Dimensão Demográfica e Religiosa

Intensificação dos fluxos migratórios Aumento dos fluxos turísticos Aumento do multiculturalismo e multietnicidade Diversidade de dinâmicas espaciais religiosas, como a expansão de algumas religiões

(ex. islamismo) e perda de influência de outras

Dimensão Política

Estabelecimento de acordos políticos interestatais, uma vez que a organização política estatal deixa de ter condições para suportar as exigências da nova DIT e da visão pró-mercado.

Dimensão Jurídica



Atores da Globalização

Desregulamentação dos mercados

Enfraquecimento do papel do Estado

Implementação do sistema neoliberal Sistema de produção flexível Emergência de blocos regionais

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Investidores institucionais

Cidades globais Media ONG Indivíduos Organizações Económicas Internacionais

Caraterísticas da Globalização

Difusão do modelo liberal de economia de mercado Intensificação das trocas comerciais de natureza diversa a escala mundial Concorrência acrescida/competição feroz entre empresas Crescente importância das ETN como atores do processo de globalização Domínio das trocas ditas transnacionais e intra-empresariais Abertura das fronteiras aos grandes fluxos planetários (de bens, pessoas, capitais,

informações e serviços comerciais) Diminuição/”desnacionalização” do papel/peso do Estado. Deslocalização contínua das empresas, procurando reduzir os custos de produção Utilização crescente das novas tecnologias de informação e comunicação Consumo de massas de produtos standard

A relação local/global

Os lugares e as suas particularidades tentam articular-se com a inevitabilidade e com as potencialidades da globalização, naquilo a que alguns já chamam de glocalização. São muitas as resistências face a globalização, havendo tentativas de reativação do protecionismo (a nível individual – estatal) ativas. É frequente a formação de agrupamentos preferenciais, abarcados a vários países para constituírem por si mesmo contrapesos face a hegemonia norte americana. Existem igualmente formas claramente contestatárias e até agressivas face a globalização, como as manifestações e as situações de radicalismo/fundamentalismo de que constantemente o mundo é palco.

O pós II Guerra Mundial

No pós guerra assistiu-se a um esforço deliberado de cooperação e da política económica que proporcionou uma Nova Ordem Económica Mundial (NOEM).

Principais Atores Empresas Transnacionais Estados Organizações Internacionais (FMI, OMC,...)

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Objetivos:

Um político, eminente orientado para a paz e para a segurança internacionais.o Criação de instituições que promovessem a sua concretização (ex. ONU)

Um económico que promovesse a prosperidade e a estabilidade económica. o Reconstruir a economia, particularmente a europeiao Relançar o crescimentoo Assegurar a política do pleno emprego

O plano Marshall e a OCDE

Rápida reconstrução europeia através:

Aumento da produtividade Aumento da população Os grandes investimentos estatais O rearmamento (devido a situação internacional instável) O apoio financeiro americano concedido através do Plano Marshall

Conferência de Bretton Woods, surgiram dois organismos:

- um para a concessão de credito a longo prazo (Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento)

- o outro foi o FMI

Ajuda económica dos EUA a Europa

Como os países europeus necessitavam de alimentos, matérias-primas e bens de equipamento, os EUA e o Canadá estavam prontos para satisfazer a Europa. Em 1947, nasceu a Carta que fundou a OECE (organização europeia de cooperação económica), que tinha como objetivo distribuir a ajuda prometida pelo Plano Marshall.

Aparecimento das organizações alfandegárias

Um dos objetivos fundamentais da política pós guerra foi a regularização do comércio internacional, que obrigou a remoção de alguns impedimentos de ordem nacional, tais como: tarifas protetoras, quotas de importação e controlos de câmbio.

Uma forma de promover o comércio internacional passou pela formação de associações alfandegárias, tais como:

GATT (1947) – Acordo geral sobre tarifas e comércio – foi assinado para a restauração de um sistema de câmbios multilaterais.

BENELUX (1947) – acordo de alfandegário entre a Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo.

CECA (1951) CEE (1957) AECL (1960) – associação europeia do comércio livre

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ALCI (1960) – área de livre-câmbio ibero-americano

A bipolaridade do sistema político – económico mundial

Divisão da economia em dois espaços:

Economias de mercado Economias de direção centralEconomias europeias em processo de integração económica

A URSS – a segunda maior economia do mundo

Economias europeias em processo de integração económica

As democracias populares (Bulgária, Checoslováquia, Hungria, polónia, Roménia e republica democrática alemã)

Japão Jugoslávia e AlbâniaCanadá, Austrália e Nova Zelândia China, Coreia (do Norte), Vietname (do

Norte) e CubaA guerra fria

Dominou as relações geostratégicas mundiais na segunda metade do século XX.

Correspondeu a uma situação de tensão global e de intensa hostilidade, durante o período da bipolaridade planetária da segunda metade do século XX, que opôs as duas superpotências mundiais: os EUA e a URSS.

Cada uma destas superpotências desenvolveu e aperfeiçoou os seus sistemas militares com uma capacidade mútua de destruição total.

Grandes marcas que caracterizaram o período de Guerra Fria:

O antagonismo ideológico – neste confronto cada bloco tentava atrair parceiros para a sua esfera de influência: URSS e os países do “Socialismo Real” e EUA e Democracias Europeias. Valor geoestratégico de cada parceiro era medido quer pela sua posição geográfica quer pelo seu valor em recursos.

A questão alemã – a Alemanha foi o símbolo da guerra fria. Divida em dois estados que pertenciam a blocos diferentes, nem a cidade de Berlim escapou a fragmentação.

A partilha da Europa – o mundo bipolar traduziu-se, particularmente, numa divisão da Europa em blocos antagónicos: o Ocidental e o de Leste.

A escalada de armamento nuclear – a possibilidade de um confronto nuclear assumiu a marca mais importante da Guerra Fria. Funcionou como um dissuasor entre as duas superpotências. Era a dissuasão pelo terror ou a “paz pelo terror”.

A descolonização – tornou-se de forma paradoxal, num fator de competitividade entre as superpotências: por um lado, as ex-colónias afirmavam-se contra os impérios coloniais; por outro, as superpotências alimentavam as lutas pela independência. O objetivo eras atrair os novos estados a esferas de influência da potência apoiante. A Guerra fria abarcou e refletiu-se em diferentes planos: o ideológico (capitalista vs marxista), político (democrata vs partido único), económico (economia de mercado vs economia de direção central) e militar (Pacto atlântico). Este último foi o grande instrumento propulsor.

OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte)

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Fundadores (12 membros): EUA; Canadá; Bélgica; Dinamarca; França; Islândia; Itália; Luxemburgo; Noruega; Países Baixos; Portugal e Reino Unido.

A aliança atlântica tinha três objetivos:

Contenção da expansão da URSS Manutenção da Alemanha ocidental controlada pelo sistema de segurança coletivo Assunção da liderança Norte Americana do bloco ocidental

Dois princípios fundamentais:

O do equilíbrio do poder- assegurar o seu papel a nível global. No contexto bipolar da Guerra fria a OTAN garantia assim o equilíbrio Este-Oeste, comprometendo-se, no quadro das ONU, a manter a paz e segurança internacionais.

O da segurança coletiva- os estados comprometiam-se a atuar de acordo com os outros parceiros da aliança, em conjunto, no caso de qualquer um deles ser atacado nos termos previstos no tratado.

Pacto de Varsóvia

Força militar entre os países do leste europeu e a URSS. Este tratado de amizade, cooperação e assistência mutua em caso de agressão armada por outras nações. Foi o principal instrumento da hegemonia militar da URSS, opondo-se a OTAN. São firmados laços de dependência económica.

Estratégias que foram utilizadas na Guerra Fria

De acordo com as questões de geopolítica e geoestratégica, definem-se duas grandes modalidades:

Estratégias de dissuasão nuclear; Estratégias indiretas

o Manobras diplomáticaso Manobras económicaso Manobras de agitaçãoo Guerras por delegação

Japão

Sofreu um grande nível de destruição com a segunda guerra mundial dai necessitar de um forte apoio que permitisse por em marcha um rápido plano de recuperação. A ajuda americana a este país fez-se sentir e produziu profundas reformas políticas e económicas, das quais salientamos:

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Democratização do sistema politico; Forte redução das forças armadas; Implementação de uma reforma agraria; Estimulo ao desenvolvimento da atividade sindical.

Terceiro Mundo

O movimento dos países não-alinhados apelavam ao reforço da cooperação económica e social, proclamavam a sua vontade de viver em paz e definiam os seguintes princípios:

Respeito pela integridade territorial e pela soberania Não-agressão Não ingerência nos assuntos internos Igualdade e vantagens mutuas Coexistência pacífica Respeito pelos direitos fundamentais do ser humano Reconhecimento da igualdade das raças Direito de defesa em conformidade com a carta da ONU Recusa a subserviência e aos interesses das grandes potências Respeito pela justiça e pelas obrigações internacionais

Com a dinâmica de descolonização realizou-se nova cimeira dos Não-alinhados. Definiram-se as aspirações e os objetivos do não alinhamento (o seja, marcar a equidistância entre os dois blocos):

Apoiar movimentos de libertação nacional Não pertencer a nenhum pacto militar coletivo Não fazer parte de nenhuma aliança multilateral com uma grande potência Recusar o estabelecimento de bases militares no seu território

No espaço do Terceiro Mundo foram-se destacando, a partir dos anos 60,alguns países. A intensa industrialização e a expansão de multinacionais permitiram incrementar as suas economias, tornando-os NPI (novos países industrializados).

Anos 70 – anos de crise

Crise devido ao colapso do sistema monetário internacional e aos choques petrolíferos.

O esboçar de uma Nova Ordem Mundial (NOM)

Até finais da década de 80 a situação internacional de relativa paz e segurança manteve-se inalterada:

As duas superpotências continuaram a exercer a sua esfera de influência e mantiveram as suas organizações político – militares

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Os conflitos regionais (áfrica austral, irão/Iraque e Afeganistão) continuaram a ser reflexo do jogo de influências.

Fatores e características da NOM

Datas Acontecimentos decisivos1985 – Chegada de Gorbatchev ao Kremlin Gorbatchev aceitou a derrota da URSS

perante a supremacia armamentista dos EUA1989 – Queda do muro de Berlim Significou o fim da divisão alemã – a

Alemanha reunifica-se em 19901990-91 – Guerra do Golfo Manifestação de liderança dos EUA que se

sobrepõe as decisões da ONU1991 – Golpe de Moscovo (dirigentes soviéticos tentaram depor Gorbatchev)

Implosão da URSS e fim da federação russa como superpotência. Na sequência, tornaram-se independentes várias das anteriores repúblicas da URSS.

1992- Assinatura do Tratado de Maastricht Alteração do âmbito da CEE, passando a ser União europeia

1992- Guerra dos Balcãs (crise no Kosovo) Afirmação da liderança mundial por parte dos EUA. Fragmentação da Jugoslávia.

1993 – Cisão pacífica da Checoslováquia Constituição da República Checa e Eslováquia.

Podemos concluir que:

- a URSS saiu derrotada e de lugar a uma potência em declínio

- os EUA reforçaram o seu poder no cenário internacional, tornando-se numa hiperpotência coma pretensão de dominar todo o planeta.

Conjunto de características no sistema mundial:

Globalização dos mercados Supervisão militar dos EUA Conflitos diversos Confrontos com base em fundamentalismos religiosos, étnicos e nacionalistas Formação de megablocos económicos Uma só superpotência Centralidade das decisões globais (administração norte-americana) Novos temas em debate (direitos humanos, meio ambiente) Novos fluxos migratórios (sul/norte e leste/oeste) Mudanças políticas e económicas nos ex-países socialistas

Impacto do 11 de setembro de 2001

Alguns analistas chegaram a afirmar que, com o ataque terrorista de 2001, tinha caído o poder imperialista dos EUA. Hoje podemos afirmar que o 11 de setembro veio reforçar o desejo e a expressão de liderança dos EUA.

A emergência de novos centros de poder

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O período correspondente ao final do século XX e início do seculo XXI apresenta-se como um tempo de reconfiguração dos mapas mundiais. O epicentro desta mutação encontra-se na Europa, desta vez as alterações foram bem mais específicas:

Desmembramento da união soviética e da Jugoslávia Reunificação da Alemanha Desintegração de Checoslováquia Alargamento da união europeia Elaboração de uma constituição para a europa

A configuração política e o “poderio” militar

Vivências democráticas mais estáveis – América, a Europa e a Austrália

Vivências muito problemáticas – Africa, Medio Oriente e a Asia

A áfrica é o continente em guerra e para guerra – os seus países estão envolvidos em vários conflitos armados e são por outro lado, potencial e “laboratório” de futuras guerras, e são alimentadas por interesses de terceiros. Tendências recentes apontam para a atenuação das tensões nesta área do planeta.

Poderio militar, com base em indicadores das forças armadas associadas a três vertentes:

Recursos humanos (número de efetivos e efetivos por mil habitantes) Financeiro (despesas militares em percentagem do produto interno bruto) Armamento (armas convencionais e outras)

Contingentes militares mais numerosos – EUA, China e Índia

Os centros económicos tradicionais e os emergentes

Analisar o poderio económico das diferentes áreas mundiais é complexa porque os indicadores são inúmeros e a seleção é sempre redutora, por outro lado, as interligações entre os diversos indicadores são por vezes muito densas e perspetiva integradora/aglutinadora do poderio económico é difícil de traduzir em números. É também é incompleta pois a análise ter-se-á de restringir a somente alguns indicadores, conjunto que peca sempre por defeito.

Para minimizar os problemas atrás enunciados, tentou-se:

1. Elencar as principais vertentes do poderio económico e posteriormente, para cada uma delas selecionar alguns indicadores que nos pareceram pertinentes:

a. Produção/riqueza (PIB, PIB em percentagem do total mundial)b. Abertura ao exterior (volume do comércio externo, investimento direito)c. Inovação (patentes concedidas a residentes)

2. Conciliar a perspetiva estática (relacionada com um ano-base) com a tendência evolutiva

3. Conceber um indicador compósito para os países que mais se evidenciaram na análise parcial, de modo a traduzir o grau de “poderio” económico dos mesmos

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A produção/riqueza das diversas áreas mundiais

Maiores centros mundiais em termos de PIB – EUA, zonam euro, Japão e Austrália

Num futuro próximo a manterem-se as tendências recentes, alguns países poderão ver ampliada a sua parcela de contribuição de riqueza mundial, como é o caso da China, que manifestou uma taxa de crescimento anual do PIB anormalmente elevada, alterou o seu padrão de produção e consumo e abriu-se ao exterior.

A abertura ao exterior

Comercio externo – importações e exportações de bens e serviços. Enquanto primeiro indicador evidencia a importância da Europa ocidental, da ásia e da américa do norte.

Investimento direto: investimento direto estrangeiro (captação de capitais estrangeiros) e investimento direto no estrangeiro (aplicação de capitais em países terceiros, nomeadamente pelas economias desenvolvidas).

A inovação

Poderá ser traduzida por indicadores muito diversos, mas no presente caso optou-se por um único – patente – considerando-o bom indício de desenvolvimento tecnológico e da produção e difusão de conhecimento.

Para uma perspetiva de conjunto do poderio económico

Foram considerados vários indicadores, desde os demográficos aos económicos e financeiros:

População, na medida em que o quantitativo populacional pode significar mercado potencial

PIB Exportações e importações Investimento direto estrangeiro e investimento direto no estrangeiro Moeda nacional como denominação da posição externa dos bancos, pois várias

economias estão dependentes da cotação cambial de países terceiros Membro de fóruns económico-financeiros mundiais (G10,G20,G30)

Índice compósito – pretende traduzir o poderio económico, ou seja, a capacidade de uma economia deter poder negocional internacional e de interferir no circuito económico mundial, tornando outras economias particularmente vulneráveis.

Os poderes transacionais (difusos ou instáveis)

Transacional – poder que atravessa fronteiras, ficando fora do controlo de qualquer estado – nação e governo específicos. É um conceito ambíguo e escorregadio quanto as suas manifestações e respetiva distribuição geográfica –há empresas transnacionais (nestlé) bem

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como terrorismo transnacional (al-qaeda). Há empresas um pouco por todo o mundo, deslocalizando-se com frequência (ex. células terroristas). A difusão e a instabilidade são características do poder transacional.

As empresas transnacionais

Transnacionalidade empresarial – tem-se intensificado com o processo de globalização, considerando-se transnacional a empresa que controla capital das entidades estrangeiras.

Índice de Transnacionalidade – resultante da media de vários rácios (capital estrangeiro/total; vendas estrangeiro/total; funcionários estrangeiros/total).

A maioria das empresas transnacionais é de economias desenvolvidas como os EUA, Canadá, países europeus, Austrália e Japão.

Terrorismo

O terrorismo assenta no recurso ao terror como forma de intimidação, podendo visar finalidades muito distintas:

A subversão do sistema político (como sucedeu com as brigadas vermelhas em Itália) A destruição de movimentos cívicos ou democráticos (ex. aliança anticomunista da

argentina) O separatismo (como sucede com a ETA em Espanha) A afirmação de convicções religiosas (movimentos fundamentalistas) Outras

É um poder particularmente difuso e imprevisível, pode surgir em qualquer lugar, nas ocasiões mais diversas e várias vezes, ancorado a motivos pouco claros ou imediatos.