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GEOMORFOLOGIA
GLACIAL :
PROCESSOS E
FORMAS
Relevo Glacial: Conjunto de formas que tem sua origem associada a climas frios
A topografia é resultante das grandes acumulações de gelo, promovendo erosão,
transporte e deposição e pela dinâmica do gelo originando formas particulares
Geleira (Glacier): são massas de gelo formadas em regiões onde a precipitação
de neve é maior que o seu degelo
Glaciar Perito Moreno/Argentina
CLASSIFICAÇÃO DAS GELEIRAS QUANTO SUA FORMA:
Geleira de vale (alpina ou
de montanha): confinada
em um vale através do
qual flui de elevações mais
altas para as mais baixas
Geleira de Piemonte: são línguas lombadas que se espraiam sobre planícies
de sopé de cadeias de montanhas glaciadas
Geleiras de Piemontes
Geleira Continental (mantos de gelo): cobrem pelo menos 50 mil km2 e não
são confinadas pela topografia, isto é, seu formato e movimento não são
controladas pela paisagem subjacente. As geleiras continentais fluem para fora
das áreas centrais de acumulação, em todas as direções
A diferença no deslocamento/fluxo entre os tipos de geleiras:
Geleira Continental (Polar): não se move por deslize sobre o embasamento
rochoso, mas por deformação plástica do gelo.
Por conta disso, realiza pouca erosão e a geleira transporta pequena
quantidade de detritos rochosos. Gelo da orla da calota da Antártica é quase
livre de fragmentos rochosos
Geleira de Vale (Temperada): se movimentam mais depressa porque além da
deformação cristalina e fraturas o gelo se deforma por fusão/regelo/deslize
Como as geleiras se deslocam:
O deslocamento/fluxo das geleiras
deve-se à combinação de:
• deformação plástica interna dos
cristais de gelo
• degelo e regelo
• deslize basal do gelo sobre as rochas
• fraturas e falhas no gelo
A maioria das geleiras possuem dinâmica
Pesquisas realizadas sobre o fluxo das geleiras através de testemunhos e
sondagens mostram que:
Na ZONA DE ACUMULAÇÃO os vetores de velocidade apontam para
baixo;
Na ZONA DE ABLAÇÃO (fusão, evaporação, perda por fragmentação
de icebergs e deflação)
Ablação - Processo que leva à perda de neve ou gelo da geleira (fusão,
evaporação, erosão e separação de icebergs)
EROSÃO & TRANSPORTE GLACIAL
A erosão das rochas pelo gelo, em
muitos aspectos, é similar à erosão por
água corrente;
A geleira conserva as partículas de
rocha em contato entre si e com seu
leito rochoso;
A gelo funde-se e recongela-se durante
a passagem por um obstáculo e;
Os fragmentos transportados pelas
geleiras tendem a marcar o
embasamento (sulcos e estrias) e se
desgastam adquirindo uma forma
plana.
Estrias em Witmarsum
O transporte glacial propicia:
- sulcos (arranhuras, estrias);
- seixos achatados (facetados, estriados);
- abundância de fragmentos finos de rocha (farinha de rocha);
Feições Formadas pela Erosão das Geleiras
- Vales Suspensos e Vales em U
- Fjords
- Horns
- Circos Glaciais
Vale Suspenso: fundo rochoso
da depressão glacial tributária
situados em cotas mais altas
que o fundo rochoso da geleira
principal
Vale glacial em U: anfiteatros de erosão glacial
Possui margens retas e abruptas,
espigões truncados ou obtusos e
perfil longitudinal em degraus
Vale do rio Saskatchewan, Montanhas
Rochosas, Canadá.
Fjords:
Corredores estreitos e profundos cavados
pela erosão glaciária, hoje submersos
pelo mar. Exemplos: Litoral da Noruega,
Groenlândia, sul do Chile
Apresentam costas altas com vales de
origem glacial, de paredes abruptas e
invadidos pelo mar, avançam 30/40 Km
para o interior, profundidade de 400/600
m.
Horn: pico elevado de forma
piramidal, ao longo das arestas
Circo Glacial: cabeceira da
geleira, em forma de bacia
semicircular (tipo anfiteatro),
constitui a zona de
acumulação da geleira.
Deposição Glacial:
As geleiras realizam trabalho de
abrasão da superfície rochosa,
transportam detritos provenientes das
encostas rochosas + altas;
Drift glacial: depósito de origem glacial,
sem considerar a granulometria do
material;
Tipos de DRIFT GLACIAL:
Till glacial: material rochoso
selecionado, não estratificado,
depositado por geleiras.
Drift estratificado de contato de
gelo: ligeiramente estratificado,
parcialmente selecionado pela água
adjacente do gelo em fusão
Formação: o gelo
provoca erosão das
rochas. Carrega
fragmentos de rocha
como instrumentos de
abrasão da superfície,
com o degelo os drift’s
acumulam-se, formando
as morainas.
Morainas: depósitos de blocos, cascalhos e areias carreados pelas geleiras.
Segundo sua posição podem ser: de fundo, laterais, frontais e medianas
Formas de deposição glacial:
Exemplos de Morainas
Drumlim
Colina oval ou elíptica,
constituída de material
semelhante aos depósitos
de moraina, orientada no
sentido do movimento do
gelo Ocorrem isolas ou em
agrupamentos, podendo
Atingir até alguns
quilômetros e algumas
dezenas de metros
Drumlin
Drumlin pleistocênico recoberto por vegetação,
Wisconsin, EUA.
Esker
Esker:
Crista linear de detritos
glaciais que acompanha
lateralmente a geleira, ou
arqueada, junto à margem
frontal da geleira,
acumulada durante o
movimento desta
Evolução da Paisagem Glacial
Antes da glaciação
Durante a glaciação
Depois da glaciação
GEOMORFOLOGIA
DOS DESERTOS:
PROCESSOS E
FORMAS
Relevo Desértico (Dry Landform): Conjunto de formas que caracterizam as
paisagens dos climas áridos e semi-áridos As feições são originárias da exposição das rochas ao contraste de temperatura,
a torrencialidade das chuvas e a atuação expressiva dos ventos
Desertos Frios: temperatura média < 0ºC. Temperatura do solo varia de 80ºC a -40ºC
Desertos Quentes: zonas tropicais e subtropicais
CAUSAS DA ARIDEZ
Fatores CLIMÁTICOS, OROGRÁFICOS e OCEANOGRÁFICOS
FATOR ZONAL:
trajetórias das células anticiclônicas.
Ex. Deserto do Sahara
SAHARA
FATOR CONTINENTALIDADE:
Distância em relação ao Oceano. Perda de umidade em direção ao
continente. EX. desertos da Ásia central
FATOR OROGRÁFICO:
Se manifesta com a presença de cadeias montanhosas
CORRENTES FRIAS OCEÂNICAS: baixa evaporação da superfície do mar
MODELADOS EÓLICOS
A proximidade do vento à superfície terrestre também influência em sua velocidade
devido ao atrito da massa de ar com os obstáculos presentes (ex. vegetação)
Fonte: Decifrando a Terra (2002)
Fonte: Decifrando a Terra (2002)
DEFLAÇÃO: Remoção da areia e poeira da superfície produzindo depressões
(bacias de deflação).
Produz também PAVIMENTOS DESÉRTICOS (extensas superfícies exibindo
cascalho ou substrato rochoso, expostas pela remoção dos sedimentos finos).
Mistura de partículas
grossas e finas
Vento remove
gradualmente as
partículas finas
Pavimento
desértico
ABRASÃO:
Processo de desgaste e polimento dos materiais devido aos constantes impactos
de diferentes partículas em movimentos entre si e com materiais estacionados
Formação de VENTIFACTOS
Dunas (Dune): Acumulação de areia originada pelo vento, onde existe areia solta sem
cobertura vegetal cerrada, o que ocorre normalmente nas praias ou nos desertos
Podem atingir alturas elevadas e as formação inicia quando o vento encontra algum tipo
de obstáculo
Em relação aos seus ângulos é pequeno a barlavento e grande a sotavento
REGISTROS DEPOSICIONAIS PRODUZIDOS PELO VENTO
Fonte: Decifrando a Terra (2002)
As dunas podem ser divididas em tipos principais como: barcana, transversal,
parabólica e longitudinal
(a) Têm suas pontas voltadas
para direção do vento,
indicando o sentido do
movimento. Ocorrem em áreas
com grande quantidade de
areia
(b) São alinhadas na forma de
ondas separadas por corredores.
Suas cristas tendem a formar um
ângulo reto
(c) Têm sentido oposto das
barcanas. Ocorrem em locais
com menor quantidade de areia
(d) Alinhadas paralelamente à
direção do vento, têm poucos
metros de altura e vários
quilômetros de extensão