Geografia do Brasil - 2. Território e Historia no Brasil, Antônio Carlos Robert de Moraes....
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LEITURA 2 - Atividade
MORAES, Antônio Carlos Robert de. Território e Historia no Brasil, 2002, p.
175 a 131. Capítulos V e VI
O ESTADO TERRITORIAL NO CONTEXTO PERIFÉRICO
Ideia de nação é menos forte no Brasil que o território
Dois “modelos” de relações entre o centro e a periferia sob o
capitalismo
Relações de dependência
- troca desigual no sentido amplo
(COLONIA) (PORTUGAL)
Produtos industriais Produtos primários
- troca desigual no sentido restrito
COLONIA Multinacionalização PORTUGAL
Produto industrial País industrial
Tecnologia Estabelece de forma dependente
Capital
Antônio Carlos Robert de Moraes enfoca no Estado, a “produção do espaço” e a
“germinação da nacionalidade”, para analisar a formação do território brasileiro. Em
que discute o inicio de um projeto de estado ancorada num reconhecimento externo
do processo de independênciaapós romper os laços coloniais, a sua formação com
relação à nacionalidade e a construção de uma identidade comum em meio à
diferenciação e á exclusão social. Justifica também o País, o Estado e as fronteiras
dentro dos modelos nacionais plenamente estabelecidos nos países centrais.Ao passo
que, Jean Demageon, propõe que a ocupação e a organização do território brasileiro
podem sercompreendidas através do mercantilismo e da acumulação primitiva do
capital, passando pela republica e a industrialização, que exigia a substituição de
importações.
IDEOLOGIAS GEOGRAFICAS E PROJETOS NACONAIS NO BRASIL
Nos países de formação colonial a dimensão espacial adquire considerável potencia na
explicação de suas dinâmicas históricas, pois a colonização é em si mesma um
processo de relação entre sociedade e o espaço.
Controlar a terra e o trabalho, expandir fisicamente a economia nacional constituem
os alicerces do pacto oligárquico.
Civilizar é qualificar a expansão territorial, que reafirma as determinações da conquista
colonial: apropriação da terra e submissão dos “naturais”. Ou seja, levar a civilização
ao sertão e devastar natureza em direção ao progresso, pois esta os meios naturais são
associados a situação de barbarismo e atraso.
Modernizar é reorganizar e ocupar o território, dota-lo de novos equipamentos e
sistemas de engenharia, conectar suas partes com estradas e sistemas de
comunicação. Enfim, no caso brasileiro, valorização do espaço.
Estado Novo – inovação valorativa dada ao interior do País, que passa a ser visto como
a matriz da Brasilidade e o santuário do verdadeiro caráter nacional.
Junto com as características das culturas locais, a região volta a conhecer um juízo
negativo, qualificada como locus do atraso e da barbárie, os espaços nos quais o
Estado deve concluir a construção do país, impondo a vida moderna.
A politica brasileira pela primeira vez pensada sem o território acabou por gerar níveis
de conflito institucional interno de grande significado, que revelam graves fissuras no
pacto federativo vigente.