Geografia A 11 ano - Áreas Urbanas

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ÁREAS URBANAS Espaço rural: predomínio de atividades do sector primário, ocupação do solo predominantemente agrícola Espaço urbano: Predomínio de atividades do sector secundário e terciário Fatores que contribuem para alteração do espaço: O crescimento urbano; Aumento da mobilidade; Difusão espacial da população Difusão espacial das atividades económicas Difusão de um modo de vida Cidade (caraterísticas): Muita ocupação humana e densidade de construção Tráfego intenso Grande concentração de atividades económicas Equipamentos sociais e culturais Predomínio de atividades do setor terciário, inclusivamente serviços administrativos, sociais e políticos Centro multifuncional, com funções raras e vulgares Modo de vida urbano: Elevados padrões de conforto dos cidadãos O tipo de atividade profissional (terciário sobretudo) As características das habitações Maior concentração de pessoas As diferenças de conceitos: Centro urbano – associa-se unicamente a um critério ligado a um determinado número de habitantes. Cidade – associa o critério ligado ao número de habitantes, mas acresce ainda um carácter funcional (predomínio de atividades dos sectores secundário e terciário), político, administrativo, oferta de determinados bens e serviços e existência de determinados equipamentos.

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ÁREAS URBANAS

Espaço rural: predomínio de atividades do sector primário, ocupação do solo predominantemente agrícola

Espaço urbano: Predomínio de atividades do sector secundário e terciário

Fatores que contribuem para alteração do espaço:

O crescimento urbano; Aumento da mobilidade; Difusão espacial da população Difusão espacial das atividades económicas Difusão de um modo de vida

Cidade (caraterísticas):

Muita ocupação humana e densidade de construção Tráfego intenso Grande concentração de atividades económicas Equipamentos sociais e culturais Predomínio de atividades do setor terciário, inclusivamente serviços administrativos, sociais e

políticos Centro multifuncional, com funções raras e vulgares

Modo de vida urbano:

Elevados padrões de conforto dos cidadãos O tipo de atividade profissional (terciário sobretudo) As características das habitações Maior concentração de pessoas

As diferenças de conceitos:

Centro urbano – associa-se unicamente a um critério ligado a um determinado número de habitantes.

Cidade – associa o critério ligado ao número de habitantes, mas acresce ainda um carácter funcional (predomínio de atividades dos sectores secundário e terciário), político, administrativo, oferta de determinados bens e serviços e existência de determinados equipamentos.

Entre os critérios mais utilizados para definir cidade, destacam-se o demográfico, o funcional e o jurídico-administrativo.

Critério demográfico (população absoluta) –Cada país, determina um número mínimo de habitantes, a partir do qual um aglomerado pode ser considerado cidade. No entanto, este critério varia de país para país, não permitindo portanto, estabelecer comparações universais. Nas cidades, o valor da densidade populacional é

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elevado. Contudo, este critério também não é universal, registando-se disparidades muito grandes de país para país.

Critério funcional (distribuição da população ativa por sectores de atividade) – Este critério tem em conta a influência exercida pela cidade sobre as áreas envolvente e o tipo de atividades a que a população se dedica, que devem ser maioritariamente dos sectores secundário e terciário. Muitas cidades do interior e das regiões autónomas apesar de terem um número de habitantes relativamente reduzido, desempenham funções importantes e estabelecem relações de interdependência com a sua área envolvente.

Critério jurídico-administrativo – Aplica-se às cidades definidas por decisão legislativa. São exemplos as capitais de distrito e as cidades criadas por vontade régia, como forma de incentivar o povoamento, de recompensar serviços prestados ou de garantir a defesa de regiões de fronteira.

Alguns dados comuns às cidades (elementos essenciais à morfologia urbana):

Existência de equipamentos sociais e culturais (hospitais, escolas, transportes públicos, cinemas, teatros).

Forte concentração de imóveis. Preço elevado do solo Movimento intenso de pessoas e veículos. Exerce influência económica, cultural, social e político-administrativa na área envolvente, de acordo

com a importância das sua funções, à escala local, regional, nacional ou internacional.

Portugal mais urbano

Em Portugal aumentou a taxa de urbanização, devido principalmente à alteração do método de cálculo e também como resultado da revolução verificada nos transportes, que veio melhorar as acessibilidades em todo o território nacional. Nos últimos anos a população aumentou em quase todos os centros urbanos e foi bastante acentuado em torno das cidades de Lisboa e Porto. O crescimento dos subúrbios e o despovoamento dos centros de algumas cidades podem ser explicados por alterações associadas aos transportes. Também, regra geral, a renda locativa aumenta de forma proporcional ao aumento da acessibilidade dos lugares.

Áreas Funcionais – Áreas específicas com características próprias e com uma certa homogeneidade. Organizadas em função da renda locativa - preço do solo o qual diminui à medida que aumenta a distância relativamente ao centro. Assim, o preço dos terrenos urbanos diminui do centro para a periferia.

Depende de vários fatores:

Acessibilidade - transportes e vias de comunicação Características ambientais Características socioeconómicas da população residente Planos de urbanização

Segregação funcional: Separação das diversas áreas de uma cidade em função do valor do solo. Consequentemente empurra as atividades menos rendíveis e as classes mais pobres para as periferias das cidades e para os espaços ambientalmente menos agradáveis.

A diferenciação funcional

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As áreas funcionais que compõem a cidade são:

Área Central, Baixa ou CBD- Área da cidade que devido à sua acessibilidade, constitui a área de eleição das atividades terciárias, com destaque para as de nível superior (sedes de várias empresas, Administração Pública - ministérios, câmara, tribunais... - concentração de comércio especializado sobretudo de bens raros, trânsito muito intenso, muito movimento de população, grande competição pelo espaço, o que eleva o preço do solo, assim como ao desenvolvimento de edifícios em altura)

Área residencial- Ocupam grande parte do espaço urbano. Apresentam grande multiplicidade de formas e de aspetos, que são o reflexo do nível socioeconómico dos seus habitantes. A variação do preço do solo urbano é um dos fatores que contribui para a segregação social

Área industrial- Área exterior ao perímetro urbano de expansão da indústria e a instalação de novas

unidades industriais. A grande necessidade de vastos espaços; o elevado preço do solo; a

intensidade e congestionamento de trânsito na cidade e a dificuldade de estacionamento; a elevada poluição sonora e atmosférica são fatores que têm condicionado a expansão da indústria no interior do perímetro urbano:

Periferia ou subúrbios- o grande dinamismo da cidade vai sucessivamente consumindo o seu espaço interior. Quando a procura ultrapassa a oferta, o preço do solo e das construções “dispara”, começando a excluir aqueles que não têm capacidade económica para fazer face aos grandes aumentos que se vão registando. Assiste-se à saída de alguns habitantes (segregação social) e de certas funções (segregação funcional) para a periferia da cidade (subúrbios).

O centro é uma área em forte expansão, principalmente ao longo das principais vias de acesso rodoviário, e com tendência para a descentralização funcional: surgem novas centralidades, para outras áreas da cidade onde há espaço disponível (ex: Parque das Nações). Isto está relacionado com:

O elevado congestionamento funcional; A escassez de espaço, que leva à especulação fundiária; Congestionamento do centro: ruas estreitas e saturação de acessos; Dificuldades de estacionamento, o que faz diminuir as acessibilidades

Novas áreas terciárias aparecem em áreas periféricas da cidade...

• Fase de crescimento centrífugo (desconcentralização urbana em direção às áreas periféricas), oposto de fase centrípeta (concentração da população e das atividades económicas nos centros urbanos)

Assim a cidade entra numa fase de desconcentração facilitando a descentralização.

Suburbanização

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Subúrbio – espaço geográfico resultante do crescimento da cidade – fase centrífuga – cuja atividade está fortemente ligada à cidade.

Fatores de crescimento:

Crescimento da população Desenvolvimento dos transportes Preço do solo mais barato Fuga aos problemas urbanos.

Rurbanização

Implantação dispersa da habitação urbana em meio rural Baixas densidades médias de ocupação e alteração constante da estrutura fundiária Atividade agrícola, cada vez mais instável, devido à urbanização crescente Abandono progressivo da agricultura Implantação de unidades industriais Incremento da atividade comercial

Problemas da expansão urbana:

Intensificação dos movimentos pendulares (aumento de despesas, de tempo de deslocações, de stress, congestionamento do trânsito, dificuldades de estacionamento...)

Congestionamento do sistema de transportes urbanos e suburbanos; Aumento do consumo de combustível e da poluição atmosférica; Desordenamento do espaço, devido ao rápido crescimento e a bairros de habitação precária, sem

arruamentos e saneamento básico;

Área Metropolitana é uma extensa área formada por vários centros urbanos (cidade e seus subúrbios), entre os quais se estabelecem relações de interdependência. Tem uma grande concentração de população e de atividades económicas.

Fatores de formação de Áreas Urbanas:

Grande crescimento demográfico da cidade, dos seus subúrbios e de áreas periurbanas, acompanhado por um grande crescimento espacial que lhe é inerente

Descentralização industrial Terciarização da economia Desenvolvimento das redes e meios de transporte

Problemas urbanos:

Bairros clandestinos (Bairros de “lata”) Habitações degradadas, em áreas mais antigas Escassez de espaços verdes Saturação de infraestruturas Pressão ambiental Trânsito, estacionamento, poluição atmosférica e sonora (devido ao aumento dos movimentos

pendulares)

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Desemprego Aumento da pobreza Aumento de conflitos, racismo, xenofobia Insegurança Aumento da criminalidade