GEO Markets Açores 2012 - Edição Market Iniciative

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destinos feitos à medida açores 2012 9 www.visitazores.com Esta revista é distribuida gratuitamente com as edições dos jornais “Público” (edição sul) e “Jornal de Notícias” de 29.02.2012 EDIÇÕES MARKET INICIATIVE O paraíso aqui tão perto

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Revista de promoção dos Açores produzida pela divisão de Custom Publishing da Market Iniciative. Com uma tiragem de 144.000 exemplares, foi distribuída a 29 de fevereiro de 2012 com os jornais "Público" e "Jornal de Notícias".

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Nota editorial

Um tesouro para preservar. Ao longo dos anos esta tem sido a postura das entidades governamentais açorianas. Estas

nove ilhas de origem vulcânica, semeadas no meio do oceano Atlântico, constituem um legado precioso da natureza. O arquipélago encerra uma riqueza inesgotável em termos de paisagens e experiências que é preciso acarinhar e, ao mesmo tempo, dar a conhecer. Os Açores são o exemplo de que é possível fazê-lo de forma sustentável. Nestas paragens luta-se por abrigar e fortalecer a vida exuberante que existe no mar, na terra e no céu. Defende-se empenhadamente a fauna e a flora que marcam o visitante de modo indelével. Porque este património é único e irrepetível: a natureza não irá criar outro igual.

Este esforço de preservação tem sido reconhecido internacionalmente. Basta ver o impressionante conjunto de galardões já obtidos. Os Açores são: um dos “Melhores Destinos para 2012” (Budget Travel); as “Segundas Melhores Ilhas do Mundo para Turismo Sustentável” (National Geographic Traveller). Os Açores foram: um “Destino Único de Viagens” (Forbes, 2010); um dos “Melhores Destinos do Mundo” (Lonely Planet, 2008); um dos melhores destinos mundiais para a observação de cetáceos (Sunday Telegraph, 2010); um dos “Melhores Destinos de Verão”, (National Geographic Traveller, 2010).

Os Açores receberam: o prémio “Best of the Best – Nature”, da União Europeia, pelo projeto “Life Priolo”; o prémio internacional de “Turismo Sustentável para Destinos Costeiros”, em 2010 e 2011, atribuído pela União Europeia. E como se ainda não chegasse, os Açores têm: duas das “Sete Maravilhas Naturais de Portugal”, eleitas em 2010 por votação pública (Lagoa das Sete Cidades, em São Miguel, e Paisagem Vulcânica da ilha do Pico); três Reservas da Biosfera (Corvo, Graciosa e Flores) reconhecidas pela UNESCO; dois locais Património Mundial da UNESCO (Centro Histórico de Angra do Heroísmo, na Terceira, e a Paisagem da Cultura da Vinha, na ilha do Pico).

É caso para perguntar: ainda tem dúvidas sobre o seu próximo destino de férias? Se tiver, vire a página e conheça os deslumbres que os Açores guardam ciosamente para si.

04 Destaque

MAR

06 Observação de cetáceos08 Mergulho 10 Iatismo

TERRA

12 Trilhos 14 Aventura

ROTEIRO

16 São Miguel Infinita 18 Santa Maria Solarenga 20 Terceira Festiva

22 Graciosa Serena 24 Pico Imponente 26 São Jorge Identidade 28 Faial Maresia 30 Flores Frescura 31 Corvo Humana

CAlEndáRIO

32 Tradições Festivas

InCEnTIVOS

34 Negócios

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Ficha Técnica

Geo Markets – Edições Market IniciativeParque Peninsular – Rua David Mourão Ferreira, 5, Lote 3/4 - 1E - 2650-050 Amadora – PORTUGALPhone: +(351) 214 022 898 | [email protected] | www.marketiniciative.com

Propriedade Governo da Região Autónoma dos AçoresEdição e Produção Market Iniciative (MI) Direção João Teixeira Coordenação Editorial Frederico Machado Redação Paulo M. Morais Fotografia Market Iniciative (exceto as assinaladas); Foto Capa Carlos Duarte Design e Paginação Market IniciativeTiragem 144.000 exemplaresDistribuição Público (edição sul) e Jornal de Notícias de 29 de fevereiro de 2012.Projecto desenvolvido para a Região Autónoma dos Açores

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melhor proposta do que uma viagem no Geoparque dos Açores. O património natural do arquipélago é imenso e encontra-se distribuído pelas nove ilhas. Falar de Geoparque, nesta latitude, é abordar sítios de interesse geológico. Traduzamos isto para linguagem do viajante;

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estamos a falar de um conjunto raro e peculiar de vulcões, caldeiras, lagoas, campos lávicos, fumarolas, águas termais, grutas e algares vulcânicos, fajãs, escarpas, depósitos de fósseis marinhos... Locais emoldurados por uma biodiversidade rica e devidamente preservada.

O melhor dos Açores? Pergunta difícil por ser de resposta múltipla. Atrevemo-nos a avançar

com uma possível solução: os Açores têm tudo para agradar a todos. Este é um destino calmo e relaxante; mas também pode ser um desafio constante aos aventureiros. Este é um destino apropriado para viagens em família; mas também tem trunfos para receber grupos de jovens ou congressos internacionais. Este é um destino para quem gosta de caminhar; mas também tem oferta para quem goste de mergulhar, navegar, escalar, voar, andar de bicicleta ou a cavalo. Este é um destino adequado a desfrutar em excursões de grupo; mas também possibilita o isolamento num local remoto. Este é um destino que fomenta o bem-estar físico e espiritual; mas também tem eventos populares que apelam à folia pura. A lista não tem fim. Para qualquer caso específico, o Arquipélago dos Açores tem a solução. Há, porém, algo transversal: a natureza. Ela está sempre presente. Nestas nove ilhas respira-se em permanência a essência do poder criador da natureza.

Para as famílias mais ou menos numerosas, com elementos de várias gerações e idades, dificilmente haverá

Ponta Delgada, São Miguel

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O resto que existe para ver são acrescentos do homem, tendo em conta a premissa da sustentabilidade, sob a forma de um património arquitetónico, cultural e etnográfico.

Este conjunto extraordinário de fatores, naturais e humanos, forjou a alma e o caráter dos açorianos. Quem chega a estas paragens torna-se também um pouco açoriano quando sobe aos miradouros, palmilha trilhos, observa baleias, nada com golfinhos, mergulha no oceano, bebe vinho e chá regional, degusta os queijos, os frutos,

as carnes, visita museus, admira peças de artesanato, escala ribeiras e escarpas, assiste a touradas e procissões... Porque tudo isto – e todo o resto – está impregnado de natureza açoriana. Ir aos Açores é ter sempre algo de diferente e memorável para fazer amanhã. Ou, se assim o preferirmos, repetir o mesmo, vezes sem conta. Aqui, neste arquipélago de prodígios, o imutável conjuga-se com o dinâmico. É esta a natureza mágica dos Açores.

Sete Cidades, São Miguel

Miradouro do Portal, Flores

Corvo

Ponta Delgada, São Miguel

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Inseridas num oceano repleto de abundantes

riquezas naturais, as ilhas açorianas são um destino

onde a comunhão com o mar se entranha nos

visitantes. A observação de baleias é uma experiência

única. Entra-se num barco rumo à descoberta;

regressa-se com uma memória inesquecível.

Nos Açores fazem-se amigos marinhos para o

resto da vida.

Observação de cetáceos

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Baleias n O arquipélago é a casa marinha permanente do cachalote, cujos machos atingem dimensões entre os 11 e os 18 metros de comprimento. Ao longo do ano, este admirável símbolo açoriano serve de anfitrião a outras espécies migratórias que navegam até ao seu santuário de vida animal. A primavera e o verão são as épocas mais ativas, graças à adição das baleia-comum, baleia-sardinheira ou baleia-piloto. E o momento torna-se ainda mais especial com a vinda da mítica baleia-azul. Ao avistar-se um exemplar daquele que é o maior cetáceo e animal do mundo, faz-se uma vénia à natureza. E fica-se com a certeza de que se viveu um momento raro na vida.

Operadores n O Faial e o Pico, ilhas intimamente associadas à tradição baleeira, funcionam como centro nevrálgico da observação de cetáceos. Todavia, esta é uma atividade quase transversal a todo o arquipélago, existindo operadores especializados em várias ilhas. A maior parte das saídas efetuam-se em barcos semirrígidos que acrescentam emoção e salpicos de água ao avistamento. Algumas empresas também possuem embarcações de maior porte, onde o conforto e a estabilidade são palavra de ordem. Esta atividade turística é realizada tendo sempre em conta o fator segurança e um profundo respeito pelo equilíbrio ecológico, havendo um código de conduta que empresas turísticas e visitantes devem cumprir.

Experiências n Uma excursão para observar baleias começa, tipicamente, com um briefing informativo ainda em terra. Nesta introdução é descrita a saída para o mar e apresentam-se as espécies de baleias e golfinhos que poderão ser avistadas, tendo em conta as informações previamente recolhidas junto dos vigias. Antes da partida distribuem-se equipamento de segurança e, em caso disso, proteções à prova de água. As observações podem durar cerca de três a quatro horas, mas existem programas mais longos em embarcações de maior porte. A taxa de avistamentos de baleias é muito alta devido às condições naturais deste pedaço de Atlântico que atrai perto de trinta espécies de cetáceos.

Golfinhos n Nos Açores existem várias espécies de golfinhos que podem ser avistadas. O golfinho comum (caracterizado pelos saltos fora de água), o roaz e o grampo navegam no arquipélago durante todo o ano. Nos meses mais quentes chegam o golfinho pintado e o golfinho riscado. Algumas destas espécies são especialmente brincalhonas e cordiais. Nadar junto deles é das atividades mais extraordinárias para fazer em família. Entra-se no mar e ouvem-se os sons com que os golfinhos comunicam. E depois abre-se um sorriso no rosto perante os seus movimentos encantatórios, cheios de torcidos e retorcidos, com que recebem os visitantes humanos.

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Debaixo do nível da água, os Açores preservam um paraíso escondido. O arquipélago é um destino que oferece condições excecionais para o mergulho, seja em termos de visibilidade, de temperatura da água ou do tipo de experiências proporcionado. Quando se regressa à tona, já está entranhada a vontade de voltar a entrar neste magnífico mundo azul.

Tubarõesn Nalguns spots açorianos é comum o avistamento de tubarões. O banco de Condor, ao largo da ilha do Faial, é famoso por ser casa habitual do tubarão azul e do tubarão martelo. Operadores credenciados estão a promover mergulhos para observar de perto estes animais que o ser humano costuma associar ao perigo. Mergulhar com tubarões por perto, mesmo em condições seguras, é garantia de emoções fortes.

Espécies

n O Atlântico ganha nestas paragens uma vida especial, promovendo o contato com diversas espécies. Nos bancos oceânicos avistam-se grupos de atuns, serras, lírios. Há spots pejados de meros imponentes. Noutros locais, as esvoaçantes jamantas pedem meças em termos de sensações provocadas aos mergulhadores. Nas zonas costeiras, veem-se cavacos, lagostas, salemas, badejos, abróteas... Também há polvos, moreias, tartarugas, estrelas e ouriços-do-mar. O catálogo é extenso: estima-se que os mares dos Açores alberguem cerca de 700 espécies.

Níveis n Devido à multiplicidade de locais de mergulho, os mares açorianos proporcionam um amplo leque de escolha a mergulhadores principiantes, intermédios ou experientes. Alguns operadores estão capacitados para fazer batismos de mergulho. A experiência iniciática nesta atividade desenrola-se em profundidade reduzida permitindo, ainda assim, a observação de alguma fauna marinha. Todos os mergulhadores devem estar munidos do certificado de mergulho e experiência.

Cenários n O mapa relativo à prática do mergulho assinala mais de uma centena de spots. Zonas costeiras, baixas litorais, bancos oceânicos, fontes termais submarinas e até algumas grutas criam um conjunto de cenários dramáticos para apresentação da fauna e flora subaquática. Como se fossem insuficientes os prodígios naturais, acresce uma mão cheia de locais onde despontam os destroços de navios naufragados. E na baía de Angra, na ilha Terceira, está instalado um parque arqueológico subaquático, devidamente sinalizado, onde se “exibem” âncoras de diferentes estilos e idade.

Mergulho

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Condições n As águas açorianas atingem a sua visibilidade máxima no período de maio a outubro, chegando a atingir os 30 metros. Porém, existem locais onde é possível mergulhar durante praticamente todo o ano, desde que a meteorologia o permita. A temperatura da água é amena, mantendo-se entre os 17 e os 24 graus centígrados.

Segurança n Existem operadores credenciados para a prática de mergulho de mar em praticamente todo o arquipélago. Nalguns centros pratica-se o aluguer de equipamento de mergulho e o enchimento de garrafas, o qual é mantido e vistoriado de forma a garantir elevados padrões de segurança dos mesmos.

Fotografia n Vários operadores promovem programas especializados na fotografia subaquática, seja ela de cunho profissional ou amador. É comum às águas do arquipélago receberem eventos desta área, como foi o caso do Master de Fotografia Subaquática Submarina de Portugal que decorreu ao redor da ilha de Santa Maria, ou o Open Internacional de Fotografia Subaquática que acontece ao largo da ilha Graciosa. Várias imagens captadas nesta geografia já fizeram capa de revistas da especialidade e venceram concursos internacionais. Especialmente ansiada pelos fotógrafos é a hipótese de captar o tubarão-baleia (peixe que pode atingir dez metros de comprimento), que por vezes navega nas águas próximas a Santa Maria.

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Marinasn Três marinas detentoras de Bandeira Azul são o cartão-de-visita dos Açores em termos de iatismo. Em São Miguel, a marina de Ponta Delgada aloja-se nas modernas Portas do Mar. O complexo transformou-se num foco de vivacidade cosmopolita face à fileira de bares, lojas e restaurantes com vista para a bonita linha de casario fronteiriço ao mar. Às centenas de amarrações para pequenas embarcações junta-se o colorido proporcionado pelo terminal de cruzeiros e o cais de honra para mega-iates. No Faial, as cores proveem dos desenhos deixados pelos velejadores nas paredes do cais da Horta. Ruma-se à Terceira e o arco-íris surge alcandorado na baía de Angra do Heroísmo, sob as cores alegres das fachadas dos edifícios. Existem portos de recreio de menor dimensão que facilitam as deslocações para ilhas como São Jorge, Santa Maria e Pico, ou inclusivamente entre diferentes pontos da costa de São Miguel e da Terceira.

Pescan Nalguns portos (como o de São Mateus, na ilha Terceira) começam a aparecer expedições organizadas com vista a proporcionar experiências sobre a vida no mar e a prática da pesca artesanal. As saídas de pesca-turismo, feitas em embarcações de cabine, podem durar entre três e quatro horas. No final tem-se direito a algum pescado que pode ser confecionado em restaurantes da zona. Os mares dos Açores são também férteis para os amantes de big game fishing face à abundância de gloriosos exemplares de espadarte, bonito e atum. Na orla rochosa é comum a pesca com cana, apanhando-se várias espécies costeiras. Com a devida licença é ainda possível praticar a atividade nalgumas ribeiras e lagoas.

IatismoPonte entre Américas e Europa, os Açores são uma plataforma intercontinental que serve de descanso e refúgio de marinheiros de todas as latitudes. Este cordão umbilical entre terra e oceano tem sido perpetuado de variadíssimas formas, criando uma tradição marítima ímpar que contagia o visitante.

Portas do Mar, São Miguel

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Navegaçõesn Uma das melhores formas de apreciar a beleza da linha costeira das ilhas açorianas é dentro de um barco. No período estival, os três grupos de ilhas (Oriental, Central e Ocidental) são ligados por ferries. Durante todo o ano, carreiras regulares fazem a travessia entre Faial, Pico e São Jorge. Esta é uma forma prática e acessível de obter novas e espetaculares panorâmicas do perfil das ilhas do chamado triângulo. Outra forma de conhecer as belezas costeiras é alugar um iate com skipper; os marinheiros locais conhecem manhas marítimas e segredos paisagísticos bem guardados. Independentemente da opção escolhida, a viagem pode ter o bónus de ser feita na companhia de golfinhos ou bandos de aves, imersos em jogos lúdicos com os barcos.

Tradições n A associação do arquipélago à náutica celebra-se hoje em dia num conjunto alargado de eventos e festividades espalhadas pelas várias ilhas. O Faial centra atenções durante a Semana do Mar e a marina da Horta é palco de partida, escala ou chegada de regatas internacionais como Les Sables – Les Azores, La Route des Hortensias, OCC Pursuit Race, Ceuta-Horta ou ARC Europe. Numa ponte histórica com o passado, regatas de típicos botes baleeiros homenageiam a bravura dos açorianos que estiveram ligados à caça da baleia. A maior parte destes botes, devidamente recuperados, encontra-se na ilha do Pico, sendo que também existem exemplares espalhados pelas ilhas do Faial, Terceira, Graciosa, Flores e São Jorge.

Marina da Horta, Faial

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TrilhosVistas do ar, as ilhas açorianas são um espetáculo de manchas verdes rodeadas de azul. Com os pés assentes em terra, é imperioso entrar nesta natureza. Um conjunto de trilhos funciona como passaporte para descobrir a beleza estonteante do Arquipélago. Numa passada mágica, o prodígio revela-se desde as perspetivas panorâmicas até ao preciosismo do detalhe.

Diversidade n A rede de trilhos classificados tem mais de sessenta propostas que agradam a todos os tipos de caminhantes. Sinalizados com marcas e códigos internacionais, os caminhos seguem-se de forma fácil e intuitiva. A maior parte dos itinerários utiliza caminhos de pé posto que, durante séculos, foram utilizados pelos locais para as deslocações do dia-a-dia, transporte de mercadorias ou trânsito das manadas de gado. Além de serem uma montra da natureza envolvente, os trilhos revelam também o engenho das gentes que povoaram e povoam o arquipélago.

Acessibilidade n A Rede de Percursos Pedestres Classificados dos Açores pode ser consultada em www.trails-azores.com. Neste sítio de Internet é possível consultar e descarregar folhetos com a topografia do percurso, as explicações sobre património, flora e fauna avistada, a extensão e tempo estimado de duração. É também uma forma simples e rápida de programar os trilhos a percorrer, consoante o tempo disponível, a aptidão física e os interesses particulares.

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Níveisn A descoberta pedestre dos Açores pode realizar-se em ritmo calmo ou acelerado; em distâncias curtas ou compridas; em trajetos acessíveis ou exigentes; isoladamente ou em grupo. Divididos por três níveis de dificuldade – fácil, médio, difícil – o conjunto de trilhos permite o acesso à alma das nove ilhas tanto para os visitantes com menor preparo físico como para os mais habituados à arte de caminhar pela natureza que desejem ser desafiados.

Aventuran O geocaching tem conhecido grande desenvolvimento nos Açores devido à topografia adequada a esta “caça ao tesouro” moderna. A prática desta atividade permite um contato mais livre com a natureza circundante, aliada a uma faceta de expedição aventureira. No geocaching os participantes têm de encontrar uma cache escondida na paisagem com o auxílio de coordenadas e aparelhos GPS.

Tempon As condições meteorológicas dos Açores mostram-se bastante favoráveis ao conhecimento das ilhas pelo próprio pé, visto que até o dia mais chuvoso é capaz de dar lugar a boas abertas. O clima temperado assegura uma temperatura agradável para a atividade, inclusive nos meses de inverno. No entanto, antes de iniciar qualquer percurso o caminhante deve informar-se sobre o estado de conservação do mesmo e eventuais alertas meteorológicos em www.trails-azores.com.

Alternativasn As paisagens e caminhos açorianos revelam- -se ideais para roteiros de bicicleta, jeep tours ou passeios a cavalo. Existem propostas para férias mais pacíficas que ajudam a recuperar o stress acumulado; mas também há percursos apropriados a desportistas ou amantes de práticas radicais.

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AventuraÀ ideia das paisagens bucólica e relaxante, os Açores juntaram nos últimos anos um conjunto de propostas mais enérgicas e radicais. Porque se há quem goste de admirar uma cascata a partir de um miradouro, há quem prefira atravessá-la. E estas ilhas vibrantes prometem não dar tréguas aos espíritos mais aventureiros.

Coasteering n Nesta modalidade desportiva o praticante avança ao longo da costa. Natação, escalada, saltos e caminhada são requisitadas para ultrapassar os obstáculos de rocha e mar. Os percursos dividem-se em níveis de dificuldade que têm em conta fatores como a temperatura atmosférica e da água ou a ondulação do mar.

Parapenten Explorado o terreno sobe-se ao céu para captar novos ângulos da paisagem pontuada por lagoas, fajãs e cones vulcânicos. O batismo de voo em parapente é realizado em conjunto com um monitor. Para os mais experimentados, abundam os locais para a prática desta modalidade que transforma momentaneamente o ser humano numa imitação de pássaro.

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Escaladan Numa costa pontuada por paredes rochosas, não faltam áreas apropriadas para a prática desta modalidade que consiste em ultrapassar obstáculos verticais. Várias ilhas já contam com setores preparados para a prática da escalada desportiva, em condições de total segurança. Também é possível frequentar cursos de aprendizagem.

Canyoningn Seguir o curso de uma ribeira, transpondo obstáculos dentro e fora de água, com recurso a diversas técnicas e equipamentos: eis a proposta do canyoning. A atividade tem conhecido grande desenvolvimento nos Açores, juntando adrenalina à exploração de locais onde a natureza permanece intocada. Existem percursos adequados a vários níveis de experiência e alguns operadores efetuam batismos deste desporto aventura, sempre praticado de acordo com estritas regras de segurança.

Caiaquen A exploração das zonas costeiras pela água é uma forma de desfrutar de panorâmicas diferentes das ilhas açorianas. Por caiaque acede-se a locais remotos, pouco conhecidos ou frequentados, em passeios que podem ter um forte pendor atlético ou aventureiro.

Rapeln As escarpas das ilhas açorianas são ótimas para a prática desta atividade que consiste em efetuar descidas verticais com uso de cordas. Há operadores que ministram cursos de iniciação a esta modalidade criada a partir das técnicas do alpinismo e geralmente praticada em grupo.

Surfn Desde as ondas míticas da remota Fajã da Caldeira de Santo Cristo às praias da Ribeira Grande (já conhecidas além fronteiras por receberem uma etapa do campeonato mundial de surf), não faltam grandes spots nos Açores para a prática do surf e bodyboard. Há operadores especializados na organização de surf trips que permitem entradas a partir do mar em locais de difícil acesso por terra. Os mais experimentados também podem abalançar-se na prática de big wave surfing.

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InfinitaAbre-se o mapa e São Miguel estende-se horizontalmente numa língua de verde. Aqui e ali, circunferências azuis. A legenda refere que são lagoas. Conhecer estes cenários chegaria para ocupar uma visita à ilha. É preciso, porém, forçar o arranque sob pena de ficar demasiado por ver.

São Miguel

Sete Cidades Portas do Mar, Ponta Delgada

Ribeira grande

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Em Ponta Delgada apetece passear pelo intrincado das ruas históricas, pontuado por edifícios de

traça antiga. Entra-se com prazer em igrejas, como a do Colégio que serve com núcleo de arte sacra do Museu Carlos Machado, tal como se descontrai nas Portas da Mar, vibrantes a qualquer hora do dia. Numa esplanada delineia- -se o trajeto pelas lagoas.

Num repente está-se na estrada, rodeado do verde dos campos e das árvores, alindado pelo colorido das hortênsias azuis. Chega-se às Sete Cidades e a natureza aplica esta mesma paleta em duas lagoas: a azul e a verde, desunidas de forma ténue para parecerem uma só. Do miradouro da Vista do Rei, promontório ideal para apreciar esta que é uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal, só é possível

sair em busca de nova lagoa. Vai-se à do Fogo para atear ainda mais a emoção. Coisa tão perfeita até parece irreal. Haverá mais?

Esquadrinha-se o mapa e sobressai a lagoa das Furnas, inserida numa das zonas vulcânicas mais apelativas do mundo para o guia de viagens World Travel Guide. Aqui sobressai a dimensão. Caminha-se ao longo das margens, descobrindo araucárias centenárias que atingem dezenas de metros, admirando a traça gótica da ermida de Nossa Senhora das Vitórias. Mais tarde voltaremos às lagoas – a de Santiago, a do Canário, a do Congro, a das Éguas... – mas antes é preciso repousar. Talvez num banho de mar, na segurança das piscinas naturais espalhadas ao longo da costa; ou então num banho de sol nas praias de Água d’Alto ou Pópulo. Mais uma opção:

um banho quente na Cascata Velha, rodeado do verde típico dos Açores. De volta às Furnas, a Poça da Dona Beija mostra 38º C de temperatura. O aconchego mostra-se igual no enorme lago artificial do Parque Terra Nostra, famoso pela água ferrosa de cor acastanhada.

Entrámos no domínio dos parques e jardins. Só por si, o Terra Nostra representa um mundo de experiências que vão desde o gigantismo das sequoias e carvalhos à brandura das camélias e azáleas. No exuberante concelho do Nordeste, fica o jardim botânico da Ribeira do Guilherme (na Lomba da Fazenda), onde pode ter-se a sorte de encontrar o Priolo, passeriforme endémico

Ciêncian São Miguel permite efetuar um roteiro científico adequado aos mais novos. O Observatório Microbiano dos Açores, instalado na antiga Casa de Banhos Termal (nas Furnas) apresenta espaços expositivos e laboratoriais. O Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores (em Atalhada) expõe fósseis e minerais. O Observatório Astronómico de Santana (no Pico do Bode, em Santana) organiza observações noturnas na primeira sexta-feira de cada mês, além de mostrar diferentes aspetos da conquista do espaço. O Expolab (em Lagoa) divulga a ciência através de exposições, experiências laboratoriais e jogos.

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Portas do Mar, Ponta DelgadaPiscina de Água Férrea,

Parque Terra Nostra

Ribeira Grande Ribeira Grande

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O conjunto de rochas da Pedreira do

Campo não causa espanto, visto à distância. É preciso conhecer a história para desfrutar do local; saber que este alinhamento vulcânico esteve outrora debaixo de água. Então sim, descobrem-se os detalhes, como um detetive de lupa na mão. O conteúdo fóssil marinho que se observa tem cerca de cinco milhões de anos. Agora sim, a boca pode abrir-se de espanto. Em Santa Maria é fácil ser-se um explorador.

Com chapéu e espírito de Indiana Jones parte-se numa expedição à ilha mais antiga dos Açores. A proteção da cabeça servirá, mais tarde, para os banhos de sol nas magníficas praias de areia branca. Envelheceu bem esta Santa Maria luminosa.

que esteve em vias de extinção e agora é espécie protegida. Lagos e moinhos de água compõem a paisagem serena. Quase ao lado, no Parque Natural dos Caldeirões (na Achadinha), há uma cascata entre fetos arbóreos e mais moinhos, recuperados em museus etnográficos vivos. Na Reserva Florestal de Recreio do Pinhal da Paz (na Fajã de Cima), descansa-se à sombra de criptomérias, faias, acácias. Come-se em estilo piquenique; as crianças brincam no parque infantil e nas casinhas que reproduzem as casas de guardas florestais. Do miradouro avista-se Ponta Delgada.

Voltar aos ambientes cosmopolitas significa visitar a Ribeira Grande, cidade de contrastes entre a alvenaria branca e a pedra preta. Em frente a Vila Franca do Campo, a panorâmica do ilhéu relembra que também há ilhéu ao largo dos Mosteiros. Abre-se outra vez o mapa e constata-se: tanto ainda por descobrir, nesta São Miguel cujo encanto nunca finda.

Grutan Na ilha de São Miguel, a descoberta do coração vulcânico dos Açores faz-se na Gruta do Carvão, cavidade aberta ao público e explorável por visitantes de todas as idades.

Termasn Da Ponta do Escalvado avista-se a Ponta da Ferraria. Desce-se até lá, por estrada serpenteada, rumo a um polo de saúde, lazer e bem-estar. O Spa Termal da Ferraria apresenta uma enorme lista de serviços típicos – jacuzzi, banho turco, banho de imersão, duche vichy, massagens de relaxamento –, a que se juntam um conjunto de propostas inovadoras como o PNF Chi, Olaria Corporal, Azorean Stone Massage, Jazz Massage ou Floating in (e)Motion.

Gastronomian O Cozido das Furnas é um dos pratos mais caraterísticos dos Açores. Vale a pena assistir à “preparação”: homens a resgatar grandes panelas ao fundo da terra. O cozido é confecionado no calor geotérmico, o mesmo que faz brotar fumarolas do solo, dando às Furnas um aspeto misterioso. No prato não há segredos: saboreia-se a carne macia do bife à regional (acompanhado de tira de pimenta da terra), o ananás e o maracujá de São Miguel. E após a visita às plantações de chá de Porto Formoso e da Gorreana, bebe-se o único chá que cresce no continente europeu.

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Praia de São Lourenço

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CascataMuito próximo da piscina natural da baía da Maia é possível ver a cascata do Aveiro, uma impressionante queda de água a rondar a centena de metros.

HistóriaHá mais um motivo para ir a Anjos além de desfrutar da excelente zona balnear com piscina natural. A estátua de Cristovão Colombo, à entrada do povoado, assinala a crença de que o genovês terá aportado em Santa Maria aquando do regresso da sua primeira viagem à América. Diz-se que o navegador terá mandado rezar uma missa na Ermida de Nossa Senhora dos Anjos.

FlorestaNa Reserva Florestal de Recreio das Fontinhas podem apreciar-se exemplares de fetos arbóreos com grandes dimensões, entre exemplares de outras espécies. Equipado com grelhadores, parque infantil, casas de banho e miradouros, serve como um agradável local de repouso. A Reserva Florestal de Recreio de Valverde também está preparada para receber os visitantes com um parque de merendas, parque infantil, casas de banho e miradouros.

SolarengaSanta Maria

O fundo do mar está impregnado em terra. Na chamada “pedra- -que-pica”, na área da Ponta do Castelo, há nova jazida fossilífera com esponjas e dentes de tubarão.

Juntemos a vertente plástica com uma ida ao Poço da Pedreira, antiga zona de extração de inertes, talhada no Pico Vermelho. A parede avermelhada do cone de escórias espelha-se, majestosa, na superfície dum lago. Sigamos até ao leito da Ribeira do Maloás, casa de uma queda de água e de uma

“calçada de gigantes”. As explicações dizem que é uma disjunção prismática em escoada lávica basáltica; mas é a vista que faz a imaginação voar.

Suba-se mais, ainda mais, até ao topo do Pico Alto para se abarcar a ilha quase inteira. Ou siga-se até ao Farol de Gonçalo Velho, na Ponta do Castelo: lá longe, no fio do horizonte, vai-se dar a Portugal Continental. A partida, porém, é sempre adiada. Antes é preciso atravessar troços de floresta laurissilva até chegar ao “deserto vermelho dos Açores”. O Barreiro da Faneca é uma paisagem marciana transposta para o nosso mundo. O safari geológico termina aqui, ao pôr-do-sol que aviva o vermelho-alaranjado da superfície ondulante de terreno argiloso.

No dia seguinte, o nascer do sol pede relaxamento. Está-se no sítio ideal: Santa Maria é a estância balnear dos Açores. Duas magníficas praias, a Formosa e a de São Lourenço,

convidam a estender a toalha com vista para o Atlântico brilhante. Atrás, São Lourenço mostra os socalcos do que em tempos foi encosta vinícola. A vinha desapareceu, ficou o toque humano que embelezou a paisagem à custa de gotas de suor. Também foi o labor humano que edificou a igreja de Nossa Senhora da Purificação, na localidade de Santo Espírito, adornada com uma peculiar fachada barroca. Ou o Forte de São Brás que proporciona panorâmicas sobre a Vila do Porto. Nalgumas casas, lá em baixo, resistem portas e janelas manuelinas. Pela ilha toda resistem as típicas chaminés cilíndricas. Não serão tão antigas como os fósseis mas também fazem parte da história de Santa Maria. Estima-se que a ilha tenha entre os oito a dez milhões de anos. A idade, neste caso, foi benéfica. Porque as rugas do tempo têm aqui cores diferentes de tudo o resto.

Baía de São Lourenço

Praia de São Lourenço

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FestivaO perfil da Terceira é feito de geometrias bem definidas. Vê-se tanto aprumo nas fachadas de Angra do Heroísmo como nos muros de pedra ou renques de hortênsias que delimitam as pastagens. Ilha ordeira, sem dúvida. Mas também tremendamente alegre.

A folia começa no arco-íris com que se pintam os palacetes, os solares, as casas simples que

formam o centro histórico de Angra do Heroísmo. Nem as igrejas e conventos escapam a este cromatismo contagiante. Património Mundial da UNESCO desde 1983, a cidade resplandece mesmo em dia cinzento. Mas quando o Sol se descobre, redobra-se o encanto. Vai-se ao topo do Monte Brasil, vestígio duma erupção vulcânica basáltica submarina, para abarcar todo o casario. Agora só falta descobrir que na Terceira até o negro impacta.

Deixámos para trás o aglomerado de tintas vermelha, amarela, azul,

Gastronomian A mesa compõe-se. Sentemo-nos. Umas lapas de molho Afonso para início de conversa? Agora venha de lá uma alcatra, seja de carne ou de peixe. No museu que fica nos Biscoitos conhece-se e prova-se o vinho produzido localmente. Falta adoçar a boca: uma Dona Amélia dá conta do recado. Ou então duas.

Ciêncian O Museu Vulcano-espeleológico de “Os Montanheiros” é um excelente modo de saber mais sobre a origem dos Açores. Também em Angra do Heroísmo funciona o Observatório do Ambiente dos Açores que apresenta uma exposição relativa à evolução do nosso planeta, contendo uma importante coleção de fósseis.

roxa; vamos de encontro ao verde da paisagem da Serra de Santa Bárbara. Há miradouro mas, melhor ainda, há percurso pedestre para descobrir os Mistérios Negros, domos associados à erupção vulcânica de 1761 que sobressaem por ainda não estarem cobertos de vegetação. Toca-se no basalto preto, irregular, e toca-se a génese do Arquipélago.

A sede de conhecer este âmago vulcânico leva-nos a baixar à Gruta do Natal, túnel lávico que acolhe com conforto visitantes de todas as idades. Há musgo a decorar as paredes subterrâneas destas galerias bem iluminadas. O mesmo se passa no Algar do Carvão, embora de modo mais grandioso. Nos tetos e paredes vê-se obsidiana; a água das chuvas forma estalactites e estalagmites de sílica amorfa. A cavidade é um tesouro mineralógico que dá vontade de abraçar a espeleologia e nunca mais largar o submundo açoriano.

Volta-se à superfície de encontro ao colorido das fachadas dos pequeninos “impérios” do Espírito Santo. Após a imersão no negrume fantástico das grutas, buscam-se raios solares nas zonas balneares da Salga, de Porto Martins e dos

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TerceIrA

Sanjoaninas

Museu de Angra

Praia da Vitória

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Parquesn Na Reserva Florestal de Recreio do Viveiro da Falca passeia-se entre sebes de azáleas e cameleiras, sob a sombra de arvoredo altaneiro. Existe área de recreação infantil, campo de jogos e infraestruturas para merendar. A Reserva Florestal de Recreio da Lagoa das Patas engloba um pequeno espelho de água rodeado de flores e arbustos. Abrigados num bosque de criptomérias encontram-se grelhadores, casas de banho e um recreio infantil. A Reserva Florestal de Recreio da Mata da Serreta, também devidamente equipada, é bastante popular entre os terceirenses, especialmente em setembro por altura da romaria à igreja de Nossa Senhora dos Milagres.

Fortalezasn O património monumental da Terceira é extenso e diversificado, mas nada faz sonhar os mais novos como os castelos e as fortalezas. A ilha está cheia de belíssimos exemplares de arquitetura militar que manifestam a riqueza histórica destas paragens. No Museu de Angra expõe-se uma coleção militar que abrange armas brancas e de fogo, armaduras, capacetes, condecorações e peças de artilharia.

Biscoitos. A pele aquece no areal da Praia da Vitória. O corpo pede festa e a Terceira corresponde, convidando a assistir a uma típica “tourada à corda”. Ilha ordeira, sim senhor. Mas com muita diversão.

Baía de Angra do Heroísmo

Museu de Angra

Praia da Vitória

Sé de Angra do Heroísmo

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Sobe-se ao Farol da Ponta da Barca, a convite do oficial da marinha. As portas estão abertas

para receber, mostrar, explicar. E depois, com simpatia, conceder espaço para se apreciar a vista privilegiada para o ilhéu da

SerenaA ilha saboreia-se como um doce na boca: timidamente, com medo de que o prazer acabe repentinamente. Nada de receios. Aqui o tempo não corre: flui. O vagar instala-se sorrateiro no visitante, preparando-o para sorver um punhado de experiências transcendentes.

Baleia. Do cimo da torre faroleira, um pedaço de rocha vulcânica sobressaída do mar torna-se no símbolo de que os Açores são um santuário de cetáceos. Parece impossível que a natureza possa criar coisas assim. Mas a baleia petrificada, meticulosamente

Gastronomian Famosíssimas são as Queijadas da Graciosa, feitas segundo uma receita ancestral e de contornos secretos. As queijadas têm por acólitos uma série de outros doces, como as escapuchas, escomilhas e pastéis de arroz. Conjugam-se todos bem com a angelica, bebida licorosa tradicional da ilha.

GrAciOsA

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TermasUma nascente termal de águas cloretadas sódicas e temperatura de cerca de 40º C municia as modernas Termas do Carapacho. Aos tratamentos de saúde tão famosos entre a população, associou-se um conjunto de serviços de spa que inclui massagens de relaxamento, duches, banhos e programas completos de nomes sugestivos como “Princess for a Day” ou “Body and Soul Escape”.

MuseuRecentemente remodelado, o museu situado em Santa Cruz da Graciosa mostra de um modo cativante a relação do homem com a terra, abordando temáticas como a produção cerealífera e vinícola. É dado especial relevo às tradições festivas da ilha, como é o caso do afamado Carnaval ou da propensão dos locais para a música, bem patente no fabrico artesanal da “viola da terra”.

MoinhosDe corpo cónico e cúpula a terminar em bico, os moinhos de vento são imagem de marca da Graciosa. Podem apreciar-se exemplares em Santa Cruz, em São Mateus e na Luz.

cinzelada, prova-o. A zona costeira da Graciosa é um museu de escultura. Há a cratera negra da Baía da Caldeirinha, o multicolorido da zona do Barro Vermelho, a concha da Baía da Folga, o panorama do ilhéu da Praia. Na vertigem da Ponta da Restinga é ao lado de outro farol que se observa os ilhéus de Baixo. Eles pedem o tal vagar que aporta luminosidades díspares à paisagem; e no topo da Restinga é fácil que o tempo fique suspenso.

Na Furna do Enxofre, porém, extingue-se a dimensão dos minutos e das horas. Consulte- -se o relógio entre a descida e a subida dos 183 degraus, apenas para o confirmar. Porque dentro da cavidade vulcânica é impossível

tirar os olhos do enorme teto, do lago de água fria, da fumarola de lama. Se a natureza tem lugares místicos, este é um deles. A Furna é uma catedral coroada por uma abóboda de 40 metros de altura e quase 200 metros de comprimento. E pergunta-se outra vez como é possível a natureza ter talhado a pedra assim?

Talvez seja impossível. Talvez a Graciosa seja apenas um sonho, como quem atravessa o túnel escuro da Furna da Maria Encantada para deparar com a mancha verde da reserva florestal da Caldeira. E é então que o aroma desprendido por árvores e flores, o som emitido por pássaros e insetos, nos sussurra que tudo isto é real e intemporal.

Ilhéu da Baleia

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ImponenteA paisagem é recortada pelos muros de basalto que se construíram para proteger os pés de vinha. Sinal de que a argamassa vulcânica se derramou tanto na natureza como no homem. A alma negro-cinza imprime-se na montanha, nos mares de lava, nas casas de pedra.

Confiemos nas considerações alheias: a Bootsnall, editora de guias de viagem,

considera o percurso pedestre das Vinhas da Criação Velha como um dos oito trilhos “únicos” no mundo. O percurso junto linha costeira conduz até uma área de vinhas. Ligam-se assim dois fatores indissociáveis na ilha: o vulcanismo e o vinho. Para a BBC Travel esta conjunção tornou o Pico, em 2011, numa das “Cinco Melhores Ilhas Secretas do Mundo”. E a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico está classificada, desde 2004, como Património Mundial da UNESCO.

A Paisagem Vulcânica da Ilha do Pico é uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal. Os sinais desta natureza ardente estão por todo o lado. Nas falésias abruptas, praias de seixo rolado e pequenos ilhéus que compõem a arriba fóssil de Santo António e São Roque. Na espraiada fajã lávica das Lajes do Pico enquadrada pela Ponta do Castelete. Nos desenhos inverosímeis dos campos de escoadas basálticas do Lajido de Santa Luzia. Nos alinhamentos de cones de escórias do Planalto do Achada embelezados pelas lagoas do Caiado, Capitão, Paul e Seca. No chão de pedra negra que se pisa na Ponta da Ilha.

Ao largo da Madalena, o ilhéu Deitado e o ilhéu de Pé surgem como guardiões de quem atraca

Vinhan O Museu do Vinho expõe alambiques, alfaias, barris, lagar de pedra e relata a história do “verdelho” do Pico que teve fama internacional entre os séculos XVII e XIX. As pragas do oídio e filoxera ditaram a derrocada da produção. Do período áureo ficou uma paisagem singular de “currais” (quadrículas de terra onde se plantava a vinha), “rilheiras” (sulcos no basalto deixados por carros de bois que transportavam as pipas) e adegas.

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no Pico. Estes vestígios de erupção vulcânica submarina incitam o viajante a descer aos subterrâneos daquela que é a ilha mais jovem dos Açores. Na Gruta das Torres, em total segurança, apreciam-se estalactites e estalagmites lávicas, bancadas laterais, bolas de lava, paredes estriadas e lavas encordoadas. O regresso à superfície indica que deixámos para o fim o mais óbvio: a Montanha do Pico.

Íman dos olhares, o magnífico vulcão destila um magnetismo indefinível no espírito dos habitantes e visitantes. Faz-se a vénia ao gigante com 2351 metros e embarca-se na aventura de o escalar. A tarefa exige preparo físico adequado e monitorização por guias especializados. A solidariedade também ajuda: uma família que una esforços para conquistar o ponto mais alto de Portugal jamais esquecerá o feito. No cume descobre-se uma perspetiva única. E, nalguns casos, desvenda-se mais um pouco daquilo que compõe o nosso ser.

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Pico

Núcleo Museológico do Lajido

Museu da construção Naval,

Santo Amaro

criação Velha

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Parquesn O Parque Florestal da Prainha insere-se numa zona de escorrimentos lávicos e está dotado de áreas de merendas, parque de diversões e miradouro para a vizinha São Jorge. Pode visitar-se uma casa e uma adega típicas da ilha. No Parque Florestal de São João encontra-se novo “mistério” de lava, entre espaços de recreio. No Parque Florestal da Quinta das Rosas estão assinalados percursos pedestres entre flora exótica e endémica. A Reserva Florestal de Recreio de Santa Luzia prima pelas zonas arborizadas.

Gastronomian O Queijo de São João, de pasta macia, serve de introdução a um receituário onde falam alto o polvo guisado em vinho de cheiro e a molha de carne. Nas últimas décadas, a vitivinicultura tem vindo a reflorescer e a aperfeiçoar-se com novas técnicas, devolvendo qualidade ao vinho produzido na ilha.

Histórian A tradição baleeira faz parte do código genético do Pico. No Museu da Indústria Baleeira (em São Roque) e Museu dos Baleeiros (Lajes do Pico) descobre-se a importância social e económica que o cachalote teve no Arquipélago. Em Santo Amaro há um museu privado dedicado à construção naval, atafulhado de maquetes e desenhos. Num estaleiro a céu aberto, onde se encontra o cavername de um barco em plena construção. Alguns artesãos continuam a manufaturar miniaturas de botes baleeiros e a perpetuar a arte do scrimshaw.

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Museu da Construção Naval,

Santo Amaro Lajes

Lagoa do Capitão, Planalto Central do Pico

Museu dos Baleeiros, Lajes

Lajido

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IdentidadeAlongada tal como o topo esguio dos moinhos de vento que surgem pelo caminho, São Jorge é uma montanha-russa de emoções. Serpenteia-se ao sabor do vento, num constante descer e subir entre a cordilheira central e a costa. E nas fajãs descobre-se o carácter único da ilha.

São Jorge

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Fajã da Caldeira de Santo Cristo

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Gastronomian A produção do Queijo de São Jorge remonta ao século XVI e, neste caso, sabe bem que a tradição se tenha mantido. Afamado dentro e fora dos Açores, este queijo curado de pasta dura ou semi dura é caracterizado por um aroma e paladar de grande caráter. Uma entidade certificadora garante a qualidade deste produto DOP. Outra relíquia gastronómica da ilha está confinada à lagoa da Fajã da Caldeira de Santo Cristo onde crescem umas amêijoas polpudas que as artes da cozinha transformam num petisco raro e saboroso.

Alojamenton As opções de alojamento no arquipélago açoriano passam pelo tradicional parque hoteleiro. Existem opções de unidades de duas, três e quatro estrelas em quase todas as ilhas, nalguns casos complementada por uma rede de pensões e residenciais. Na Terceira e no Faial existem Pousadas de Portugal. As Casas Açorianas constituem uma alternativa na área do turismo em espaço rural. O conjunto de casas agregado nesta associação permite contatar diretamente com as arquiteturas típicas de cada ilha. Ideais para férias em família, os espaços estão instalados em casas rústicas, solares, moinhos, adegas, devidamente recuperadas e adaptadas aos padrões de conforto modernos.

seixos. Deixamos os adjetivos para quem tiver o prazer de as conhecer.

Regressamos ao vetor humano para apreciar o requinte dos artesãos que rechearam o interior da igreja de Santa Bárbara com talha dourada, azulejos e pinturas. O templo fica próximo de Manadas e está classificado como Monumento Nacional. Da igreja da Urzelina já só se encontra a torre sineira; o resto foi destruído pela erupção vulcânica de 1808. Em Velas o património histórico continua de pé e preservado, convivendo com o moderno. Prova-o a simbiose do velho Forte de Nossa Senhora da Conceição com o novo Auditório Municipal e Centro Cultural cuja arquitetura simula um velame. Embarcamos para um pôr-do-sol final, novamente num extremo: no Morro de Velas ou no Morro de Lemos, com mira para a Baía de Entre Morros. E a Montanha do Pico ao longe, apelando a novas descobertas.

Os extremos da ilha foram pontuados pela natureza. A rematar o lado oriental vê-se o

ilhéu do Topo; o formato circular assemelha-se a um ponto final; no lado ocidental, da Ponta dos Rosais avista-se um par de rochedos que dá largas à fantasia. A ilha é assim: termina sem acabar. No interior de São Jorge é a geografia que comanda o ritmo da visita. Amanhece-se na cordilheira vulcânica central, planalto cheio de picos e vales; na linha do horizonte vislumbra-se o despertar das vizinhas Pico e Faial de um lado, Graciosa do outro.

Mais perto, a costa jorgense apresenta-se numa sequência de arribas vertiginosas a mergulhar no mar. De espaços a espaços, as escarpas espalham-se em pequenas planícies: as fajãs. Esta paisagem típica e identificativa de São Jorge foi originada por desabamentos de terras ou, mais raramente, em escoamentos lávicos. Cada fajã é um caso singular. Muitas têm acesso difícil, havendo casos em que só se chega lá pelos próprios pés. Talvez por isso funcionem ainda como oráculos para o que é ser-se jorgense. As gentes que lá moram revelam-se genuínas; preservam usos e costumes, mantêm tradições, fazem do seu povoamento um museu etnográfico vivo. Depois há as paisagens. A arriba da Fajã de São João tem quedas de água. A Fajã do Ouvidor é sobranceira a uma falésia com 400 metros de altura. As Fajãs dos Cubres e da Caldeira de Santo Cristo têm lagunas costeiras separadas do mar por praias de

Parquesn O Parque Florestal da Silveira segue um curso de água e tem como atração várias azenhas que eram usadas na moagem dos cereais; existem áreas de recreio infantil e de merendas e um extenso relvado cheio de sombras. O Parque Florestal das Sete Fontes apresenta uma flora típica de montanha e está dotado de infraestruturas de recreio infantil e mesas de refeições.

Piscinasn Como prémio adicional da descida às fajãs, algumas apresentam piscinas naturais que permitem banhos de sol e de mar em contextos paisagísticos de exceção.

Fajã da Caldeira de Santo Cristo

Vila das Velas

Fajã das Almas

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MaresiaMesmo em terra, o Faial puxa-nos para o mar. Não admira. Esta é uma paragem entre continentes como provam os desenhos que os velejadores deixam na marina da Horta. Nesta ilha respira-se água. E sentimo- -nos interligados ao mundo, através dos oceanos.

Há sempre alguém que está a repintar a marina da Horta. Os paredões de cimento são a tela

perfeita para deixar um testemunho de que se passou pelos Açores. Pintam-se bandeiras, nomes de cidades e de barcos, mensagens. Desenha-se em estilo livre. O Faial perpetua a sua singularidade no universo náutico nestes molhes em constante renovação. No Peter Café Sport, fundado em 1918, bebe-se um gin tónico famoso, entre caras de marinheiros traquejados. E no Museu de Scrimshaw testemunha-

Faial

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-se o legado marítimo da ilha, inscrito na arte de trabalhar dentes de cachalote.

Na baía de Porto Pim passeia-se entre casario de pescadores e fortificações que protegeram a ilha dos ataques de corsários. O Monte da Guia, unido ao Faial por um istmo, é miradouro natural para apreciar a ligação umbilical desta terra com o mar. Vira-se o pescoço e admira-se a Caldeira do Inferno, subdivida em dois semicírculos. Viajemos até ao centro da ilha para ver nova Caldeira, desta vez um vulcão colapsado de grandiosa

Baía da Horta

Fábrica da Baleia, Porto Pim

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Praias n A praia do Almoxarife, de extenso areal acinzentado, tem vista cenográfica para a vizinha ilha do Pico. A Montanha, modelada com perfeição, centra atenções também a partir da praia da Conceição. Em Porto Pim a baía abriga o areal existente.

Ciêncian No Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos é possível conhecer a origem das ilhas açorianas através de um circuito que recorre a modernas tecnologias. A arquitetura arrojada do museu subterrâneo respeita a paisagem circundante; sobe-se ao farol para ter perspetiva única das escórias vulcânicas. No Observatório do Mar, sedeado na Fábrica da Baleia de Porto Pim, expõe-se maquinaria original associada à indústria baleeira. Num submarino virtual faz-se uma viagem que explora diversos ecossistemas marinhos. Também é possível ver de perto o Lula, submarino que alcança a profundidade de 500 metros e já visitou dezenas de locais do mar açoriano.

Parquesn A Reserva Florestal do Cabouco Velho tem infraestruturas adequadas para piqueniques e zona de recreio infantil. Na Reserva Florestal Natural do Parque do Capelo, plena de sombras, há percursos pedestres assinalados e encontram-se algumas grutas naturais. Na extensa Reserva Florestal de Recreio da Falca destacam-se as árvores de grande porte que refrescam o parque, também dotado de estruturas para piqueniques.

Gastronomian Sopa de peixe à moda do Faial, linguiça com inhames, polvo à regional, molha de carne. Propostas típicas capazes de conquistar qualquer paladar. No fim, as fofas recheadas de creme servem de sobremesa. E de pequeno-almoço, lanche, ceia...

dimensão. O solo e paredes cobrem-se de vegetação endémica que emprestam ao local várias tonalidades de verde. Já no Morro de Castelo Branco o pano de fundo volta a ser o oceano, a envolver a alvura das arribas.

O azul é omnipresente. Dissemina-se pelas hortênsias que ladeiam as estradas e compõe o enquadramento no miradouro da Espalamaca, pontuado por um moinho de vento pintado de vermelho. No horizonte surge o casario rente à baía da Horta e, tão perto que parece impossível, a ilha vizinha do Pico.

Na Península dos Capelinhos mudam as cores. À nossa frente temos o resultado da erupção dos Capelinhos, vulcão que se manteve ativo entre Setembro de 1957 e Outubro de 1958. O farol esventrado parece um fantasma perdido na paisagem lunar de chão acastanhado. E remete-nos de novo para o facto de estarmos numa ilha marítima, onde até um legado vulcânico se assemelha a um oceano. Só no Faial é possível navegar num mar de cinzas pelos nossos próprios pés.

Capelinhos

Porto Pim

Peter Café Sport, Horta

Pousada de Santa Cruz, Horta

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FrescuraÁgua, água por todos os lados. No mar, obviamente. Mas também em terra, entornada em cascatas e em lagos de sonho. O verde da natureza, nas Flores, parece mais viçoso. Passeia-se pela ilha com uma frescura calorosa a pairar no ar.

Sem demoras rumo a Fajãzinha. O precioso está no trajeto, feito de paragens para apreciar as diferentes

perspetivas das cascatas que enfeitam a alta arriba fóssil. Ao longe, a paleta de cores mistura-se no cinzento da pedra, no azul-transparente da água, no branco da espuma, no verde da vegetação. De perto, junto ao Poço da Alagoinha, a extraordinária correnteza de quedas de água transforma-se num referencial das Flores. Na Fajã Grande domina outro tipo de imponência: a altura da cascata do Poço do Bacalhau.

Toma-se banho no laguinho e, de emoções refrescadas, segue-se o elemento água para descobrir a magia das caldeiras. As lagoas Rasa e Funda são como gémeas falsas, a viverem em altitudes diferentes e separadas por um

Museun Num antigo convento franciscano, em Santa Cruz das Flores, está instalado um museu que apresenta núcleos de cerâmica, alfaias agrícolas, ferramentas de antigas profissões e pesca. Um conjunto de peças que vieram do paquete Slavonia, naufragado em 1909 ao largo da ilha, significa uma viagem a princípios do século XX.

Parquen A Reserva Florestal de Recreio Luís Paulo Carvalho funciona como um oásis de tranquilidade, com as infraestruturas necessárias para merendar. No caminho, perto da Fazenda de Santa Cruz, pode-se admirar a igreja de Nossa Senhora de Lurdes, erigida sobre um outeiro. O contraste das paredes brancas rodeadas de verde é magnetizante.

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Poço da Alagoinha

rocha dos Bordões

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Miradouro do Portal

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HumanaUma ilha com uma única povoação. Uma ilha com menos 500 habitantes. Uma ilha onde se volta a dizer bom-dia a quem passa, onde se volta a conversar com desconhecidos, onde as gentes voltam a ter nome próprio. Depois das apresentações, passeia-se pela vila, pelo caldeirão, pelas falésias.

Viajarn Alugar um automóvel ou uma carrinha é uma forma fácil de deslocar-se em família. As ilhas açorianas estão dotadas de boas estradas que levam o visitante até aos sítios mais turísticos ou a alguns locais mais reservados. Excetuando São Miguel, os trajetos são geralmente curtos; nalgumas ilhas é fácil dar uma volta completa num só dia. Esta proximidade permite realizar os trajetos em ritmo calmo de passeio, apreciando a paisagem e efetuando várias paragens.

Caminharn A Vila do Corvo está situada numa fajã lávica que é a única superfície aplanada da ilha. Percorrem-se calçadas de pedra entre casas de paredes negras até desembocar, uma e outra vez, no largo do Outeiro. À beira-mar, junto à Ponta Negra, visitam-se os moinhos de vento. Falta a gigante cratera do Caldeirão que se observa de miradouro e se circunda na companhia de um guia especializado. Da mesma forma, conhecer o rendilhado de falésias implica cuidados redobrados. Valerá a pena o esforço quando, na Ponta do Marco, se encher o peito de ar para absorver a riqueza desta gota de natureza no meio do Atlântico.

Observarn O Corvo, juntamente com as Flores, é um paraíso para o birdwatching. As ilhas do grupo Ocidental estão na rota migratória de várias espécies norte-americanas. Estes hóspedes são recebidos por espécies nativas como o milhafre, tentilhão, alvéola ou melro-preto. Nas aves marinhas destacam-se o garajau-comum, garajau-rosado e cagarro. Em São Miguel, a estrela da companhia é o priolo, ave de pequeno porte que subsiste na mata endémica de laurissilva.

pedaço de terra; a lagoa da Lomba é debruada por hortênsias; mais a Norte fica uma nova caldeira Funda, acompanhada de perto por uma Comprida e uma Branca. Quanto à Seca, não tem água. Esta simplicidade dos nomes é simbólica de uma ilha que mostra abertamente os seus tesouros. Aqui a beldade está bem à vista.

Veja-se a Rocha dos Bordões exposta no topo de uma elevação. Não podia ser melhor a localização destas disjunções prismáticas na rocha basáltica, uma das “calçadas de gigantes” mais impressionantes do mundo. Acreditem, não é exagero. O pôr-do-sol a dourar os bordões servirá, se for preciso, para confirmar que nesta ilha tudo roça o sublime. Descer até à costa é ir ao encontro dos ilhéus que parecem ter sido semeados propositadamente. Saiba-se que o ilhéu de Monchique é o ponto mais ocidental da Europa. E saiba--se que do miradouro perto de Cedros, a ilha do Corvo adorna o horizonte oceânico. Num saltinho de barco chega-se lá. Antes vai-se ao miradouro do Monte das Cruzes para apreciar o figurino de Santa Cruz das Flores. E descansa-se no adro da igreja de Nossa Senhora do Rosário a ver o porto das Lajes das Flores enquanto se pensa quantas mais vezes se visitarão os encantos naturais da ilha.

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açores 2012 calendário

Em todas as ilhas o calendário anual é marcado por uma série de eventos de caráter cultural, desportivo e religioso que envolvem população local e visitantes. Este conjunto de manifestações de cariz vincadamente popular revela bem a arte de receber açoriana. Nalguns festejos, o viajante é mesmo convidado a entrar na casa das pessoas. É assim nas Festas do Espírito Santo, que decorrem nos meses de junho e julho em todas as ilhas do Arquipélago. O culto ao Espírito Santo remonta ao reinado de D. Dinis e da Rainha Santa Isabel; hoje em dia mantém-se vivo nos Açores e até ganhou fama além-fronteiras. Assente em valores humanistas e solidários, a efeméride envolve a distribuição de alimentos pela população mais carenciada. A par deste estender de mão, oferecem--se refeições a quem por ali passa, num convívio salutar entre amigos, conhecidos e até estranhos. À mesa servem-se pratos tradicionais das Festas, como as Sopas do Espírito Santo; por todo o lado ecoa a música dos grupos de foliões num convite à dança e à cantoria. Este espírito que alia doses de diversão à preservação dos costumes e tradições dos ilhéus é a impressão digital dos principais eventos de cada ilha. Nos Açores, os visitantes são recebidos como mais um amigo.

maio

10-16 maio Senhor Santo Cristo dos Milagres (São Miguel)Estas festividades de caráter religioso tiveram início no final do século XVII e constituem atualmente o maior e mais impressionante cortejo religioso dos Açores. Realizadas no quinto domingo após a celebração da Páscoa, têm como ponto alto a procissão que decorre ao domingo e que, durante quatro horas, percorre a cidade de Ponta Delgada.

junho

1 a 3 Campeonato Regional de Fotografia Subaquática Em três dias a ilha de Santa Maria concentra dois eventos de mergulho: o Troféu de Caça Fotográfica e o Campeonato Regional de Fotografia Subaquática.

22-30 junho Sanjoaninas(Terceira)Atualmente consideradas as maiores festas profanas do Arquipélago, foram iniciadas logo após o povoamento da ilha Terceira. O cortejo de abertura com séquito real, em Angra do Heroísmo, surgiu pela primeira vez em 1934, mantendo-se desde então. A noite de São João

é marcada por desfiles de marchas populares e uma feira taurina. Esta tradição dos touros na ilha Terceira é, aliás, prolongada pelas famosas e únicas touradas à corda que, durante vários meses, decorrem um pouco por toda a ilha.

23-24 Festas de São João de Vila Franca do Campo (São Miguel)Festa animada por marchas e canções alusivas ao santo.

27 junho a 1 julho Semana Cultural das Velas(São Jorge)Evento que anima a vila das Velas com exposições de artesanato, fotografia e pintura, festivais de música, atuações de bandas filarmónicas e grupos folclóricos, atividades desportivas em terra e no mar, cortejos e corrida de touros.

29 Cavalhadas de São Pedro (São Miguel)A festa que decorre na Ribeira Grande inclui um desfile a cavalo cuja inspiração parece remontar aos torneios medievais. Os cavaleiros concentram-se junto ao Solar de Mafoma, casa do século XVIII, e iniciam uma cavalgada ao som de cornetas.

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julho

13 a 15 Festas do Nordeste (São Miguel)Evento com uma programação variada nas áreas da música, cultura, gastronomia e desporto.

13 a 16 Festa do Emigrante(Flores)Evento de caráter iminentemente popular que visa homenagear e receber os emigrantes açorianos que, por altura do Verão, regressam à sua terra de origem para conviver com familiares e amigos. Marchas, danças e cantares assinalam este reencontro tão ansiado.

19 a 22 Festa do Chicharro (São Miguel)Festival de música já com mais de duas décadas de existência que atrai muitos visitantes à Ribeira Quente, no concelho da Povoação.

20 a 21 Red Bull Cliff Diving World Series (São Miguel)O Ilhéu de Vila Franca do Campo recebe uma etapa desta prova de saltos para a água a grande altura. A competição reúne a elite dos praticantes desta modalidade espetacular.

27 a 5 agosto Festas da Praia da Vitória (Terceira)Cortejo etnográfico, bodo, folclore, atividades desportivas, marchas, exposições e tradicionais touradas compõem um programa recheado. Um grande espetáculo de fogo-de-artifício assinala o final das festividades.

agosto

1 a 5 Cais de Agosto(Pico)São Roque é palco de um festival que conta com espetáculos de música, cortejos, exposições e a sempre esperada e espetacular regata de botes baleeiros.

4 a 12 Semana do Mar(Faial)Gigantesco festival náutico que decorre na cidade da Horta. À dimensão marítimo- -desportiva junta-se um amplo leque de outras atividades de cariz cultural e de entretenimento. O evento atingiu dimensão internacional, captando as atenções de todos os que sentem ligação ao mar.

10-13 agosto Festival dos Moinhos(Corvo)O festival que anima

o verão da ilha mais pequena dos Açores apresenta um programa cheio de música, teatro e outras animações diversificadas.

12 a 18 Festival Internacional de Folclore (Terceira)Vai na 23ª edição este evento que junta em Angra do Heroísmo grupos de folclore nacionais e internacionais. O programa inclui ainda uma feira de artesanato e sabores tradicionais.

16 a 19 agosto Festival Maré de Agosto(Santa Maria)Evento de créditos firmados no panorama dos festivais de música serve um programa recheado de cantores e bandas nacionais e internacionais, juntamente com atividades culturais, desportivas e ecológicas. Durante o dia, a praia Formosa serve para recuperar das noites agitadas.

20 a 31 Semana dos Baleeiros (Pico)Ligado ao culto de Nossa Senhora de Lourdes, padroeira dos baleeiros, o evento que recorre nas Lajes associa à componente religiosa um extenso programa de animação, desporto e espetáculos.

setembro

31 a 2 setembroFesta da Vinha e do Vinho(Terceira)Celebrada nos Biscoitos, esta festa tem como objetivo recordar e divulgar as tradições das vindimas da ilha. É possível apreciar a apanha e o pisar das uvas, entre provas de vinhos e mostras de gastronomia tradicional.

20 a 23 Campeonato Nacional de Fotografia Subaquática (Santa Maria)A ilha de Santa Maria volta a ser palco de mais uma competição ligada ao mergulho.

outubro

Festas das Vindima (Pico)Ao longo do mês, em várias localidades mas com especial ênfase na Madalena, decorrem festejos que visam celebrar a tradição vinícola da ilha do Pico.

Angra Rock (Terceira)Realizado no Recinto do Bailão, em Angra do Heroísmo, este festival concentra num par de noites animadas espetáculos de nomes consagrados da música nacional e um concurso de novas bandas.

novembro

25 a 4 novembroOutono Vivo (Terceira)Onze dias de manifestações culturais que têm como pano de fundo a Lusofonia. Workshops, palestras, lançamento de livros, espetáculos de teatro, música e poesia, exposições e várias atividades infanto-juvenis animam a Praia da Vitória.

Angra Jazz (Terceira)Evento anual que decorre em Angra do Heroísmo desde 1999. A programação inclui grupos açorianos e de Portugal continental, a par de vários convidados internacionais. Os concertos decorrem no Centro de Congressos, num ambiente que se pretende ter o intimismo de um clube de jazz.

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açores 2012 incentivos

NegóciosAo conjunto de espaços adequados à realização de eventos, reuniões e congressos, os Açores associam uma oferta imbatível de atividades de lazer. Face à diversidade de opções paralelas ou complementares, o arquipélago constitui um cenário bastante apetecível para o Turismo de Negócios.

Espaçosn Em São Miguel, locais como o renovado Teatro Micaelense ou o moderno pavilhão multiusos das Portas do Mar agregam-se a uma grande capacidade hoteleira para acolher facilmente eventos com mais de um milhar de participantes. Na ilha Terceira, o centro de congressos de Angra do Heroísmo apresenta a flexibilidade de dois auditórios (o maior com capacidade para 850 pessoas; o menor com lotação máxima de 150 pessoas). Na vizinha Praia da Vitória, ainda na Terceira, o moderno auditório do Ramo Grande acolhe 450 pessoas. Na ilha do Faial encontram--se estruturas adequadas para reuniões e seminários, como é o caso do Centro Interpretativo do Vulcão dos Capelinhos ou do Teatro Faialense. Várias unidades hoteleiras espalhadas pelo Arquipélago estão dotadas de salas e equipamento para turismo de negócios.

Complementosn Terminada a ordem de trabalhos, os Açores detêm um manancial de experiências que é capaz de se adequar e agradar a diferentes perfis, idades e interesses. O difícil é mesmo a escolha perante o leque de opções – em terra ou no mar, sossegadas ou radicais –, que pode ser desfrutado em grupo. Estas atividades encaixam também com perfeição na criação de programas de incentivos que ajudem, por exemplo, a fortalecer competências nas áreas da liderança ou fomentar o espírito de grupo entre colaboradores de uma empresa.

Golfen A prática da modalidade está assegurada por dois campos em São Miguel (um 27 buracos na Batalha, que permite três percursos diferentes, e um 18 buracos nas Furnas) e um campo na ilha Terceira. Os clubhouses têm condições de receber eventos ligados ao mundo empresarial. Para uma experiência diferente, pode-se dar tacadas de golfe rústico. Praticado em pastagens de relva baixa, com os “buracos” desenhados no solo, esta é uma modalidade alternativa que permite o contato direto com as zonas rurais dos Açores.

Teatro Faialense, Horta

Teatro Micaelense, Ponta Delgada

Clube de Golfe da Ilha Terceira

Centro Cultural e de Congressos, Angra do Heroísmo

Batalha Golfe Club, São Miguel

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fevereiro 2012 \ 35Batalha Golfe Club, São Miguel

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